Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Q. ap. M40 Q5. O capitalismo tornou-se hegemônico na última década do século XX. No curso do seu
desenvolvimento, esse sistema socioeconômico sofreu muitas transformações. Entre elas, cabe destacar,
na esfera das relações de produção, a transição do padrão de estruturação técnica e organizacional fordista
pelo padrão toyotista – que alguns, de modo abrangente, denominam “acumulação flexível”. Nessa
transição, uma série de mudanças políticas, jurídicas e culturais ocorreram de modo entrelaçado, seja
respondendo àquelas transformações ou, então, antecipando-se a elas. De acordo com o sociólogo
brasileiro Ricardo Antunes, na década de 1980,o toyotismo penetra, mescla ou mesmo substitui o padrão
fordista dominante em várias partes do mundo globalizado. Vivem-se formas transitórias de produção, cujos
desdobramentos são também agudos, no que diz respeito aos direitos do trabalho.
ANTUNES, R. Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995. p. 16.
Com base nessa contextualização e nos conhecimentos científicos sobre o tema, explique os motivos pelos
quais a recente reestruturação técnica e organizacional do modo de produção capitalista repercutiu sobre a
legislação trabalhista e intensificou os conflitos sindicais e políticos no Brasil atual.
4. Q. Ap. M41 Q17. No debate sobre as cotas para o ingresso dos negros nas universidades públicas,
reapareceram, de forma recorrente, argumentos favoráveis e contrários à adoção dessa política afirmativa.
Os trechos reproduzidos a seguir constituem exemplos desses argumentos.
Em um país onde a maioria do povo se vê misturada, como combater as desigualdades com base em uma
interpretação do Brasil dividido em “negros” e “brancos”? Depois de divididos, poderão então lutar entre si
por cotas, não pelos direitos universais, mas por migalhas que sobraram do banquete que continuará sendo
servido à elite. Assim sendo, o foco na renda parece atender mais à questão racial e não introduzir injustiça
horizontal, ou seja, tratamento diferenciado de iguais.
Yvonne Maggie (Antropóloga da UFRJ). In: O Estado de S. Paulo. 7 mar. 2010. Adaptado. Este artigo de Yvonne Maggie serviu de
base para o seu pronunciamento lido por George Zarur na audiência pública sobre ações afirmativas convocada pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) em março de 2010.
Desde 1996 me posicionei a favor de ações afirmativas para negros na sociedade brasileira. Vieram as
cotas e as apoiei, como continuo fazendo, porque acho que vão na direção certa – incluir socialmente os
setores menos competitivos – embora saiba que o problema é muito maior e mais amplo. Tenho apoiado
todas as medidas que diminuam a pobreza ou favoreçam a mobilidade social e todas as que combatam
diretamente as discriminações raciais e a propagação dos preconceitos raciais. Em curto prazo, funcionam
as políticas de ação afirmativa; em longo prazo, funcionam políticas que efetivamente universalizem o
acesso a bens e serviços.
A divergência dessas duas posições reproduz, atualmente, o antagonismo existente no debate sobre a
questão racial na sociologia brasileira, exemplificado pela oposição entre os pensamentos de Gilberto Freyre
e Florestan Fernandes. Identifique, nos trechos reproduzidos, os argumentos favoráveis e desfavoráveis à
política de cotas para negros em universidades.
5. Q. Ap. M41 Q A partir das últimas décadas do século XX, as ações afirmativas têm sido um dos
instrumentos para minimizar desigualdades sociais. Sobre ações afirmativas, assinale como Verdadeiro
ou Falso.
A respeito da compressão espaço-temporal, com base na imagem, marque as afirmativas a seguir com
Verdadeiro ou Falso.
3. O principal traço de continuidade entre ambos é o interesse em aumentar a produção, diminuir os custos e
aumentar o lucro da atividade produtiva industrial. Nesse sentido, ambos são padrões produtivos típicos da
expansão do capitalismo.
4. O primeiro texto apresenta uma visão contrária às cotas por entender ser difícil considerar as “leis
afirmativas” para os negros em um país marcado pela mestiçagem, não cabendo, assim, o critério “brancos” x
“negros” para entendimento da sociedade brasileira e de suas desigualdades. Já o segundo defende as cotas
para o ingresso de negros na universidade por entender que, embora mestiça, a sociedade brasileira herdou
concepções de discriminação racial que impediram o acesso dos afrodescendentes a determinados espaços
considerados “brancos”, como é o caso do acesso à universidade.
5. F – V – V – V - V
6. V – V - F.