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APRESENTAÇÃO
AULA 11
• Rousseau pode ser visto como o filósofo mais crítico da história da filosofia ocidental.
• Rousseau desafia a ideologia do Iluminismo e, com isso, ataca o âmago da
modernidade europeia.
TÓPICOS DA AULA
I. O Iluminismo
II. Definição rousseauísta de filosofia (Primeiro Discurso)
III. Introdução ao Segundo Discurso de Rousseau
III.1. Prefácio
III.2. Parte I (descrição do estado de natureza)
a. Ser humano físico
b. Ser humano metafísico
c. Ser humano moral
IV. Parte II (narração da degradação humana)
I. O ILUMINISMO
• Apresentação dos aspectos mais gerais do Iluminismo.
– O Iluminismo se desenvolve durante o século XVIII (“Século da Filosofia”).
– Período histórico em que ocorre a “maioridade” intelectual do saber filosófico.
• Ernst Cassirer, A Filosofia do Iluminismo:
“Tal é o sentido verdadeiramente fecundo do pensamento iluminista.
Manifesta-se menos por um conteúdo de pensamento determinado do que
pelo próprio uso que faz do pensamento filosófico, pelo lugar que lhe confere
e pelas tarefas que lhe atribui. O século XVIII, que se autointitulou
orgulhosamente o “Século da Filosofia”, justificou essa pretensão na medida
em que devolveu efetivamente à filosofia seus direitos originais, em que a
restabeleceu em sua significação primeira, sua significação verdadeiramente
‘clássica’” (2ª Ed. Ed. Unicamp, 1994, p. 11).
• Enciclopédia, ou Dicionário razoado das ciências, das artes e dos ofícios.
– Obra colossal, publicada em 17 volumes, entre 1751 e 1765.
– Projeto editorial inicial de Diderot e D’Alembert e, em seguida, com o apoio de Louis de
Jacourt e d’Holbach.
– A organização sistemática dos conhecimentos (herança de Aristóteles e de Plínio, o
Velho, História Natural) atende à ideia central do Iluminismo: progresso.
– O progresso moral da humanidade decorre do avanço dos conhecimentos, o que
pressupõe a maturidade da própria razão universal.
“Comecemos, pois, por afastar todos os fatos, pois eles não se prendem à
questão. Não se devem considerar as pesquisas, em que se pode entrar neste
assunto, como verdades históricas, mas somente como raciocínios hipotéticos e
condicionais, mais apropriados a esclarecer a natureza das coisas do que
mostrar a verdadeira origem” (Os Pensadores, 1973, p. 242. Ênfase
adicionada).
– As causas mais básicas acessíveis às ciências são ainda efeitos de uma causa
desconhecida.
Necessidade de alteração do método de investigação.
– Suposição do objeto de exame e dos raciocínios hipotéticos (conjeturais) que
ele autoriza.
– As ciências não são recusadas, mas subordinadas a raciocínios que reconstroem o objeto
de exame.
– A tarefa de reconstrução conjetural do ambiente original da humanidade
nascente (o “jardim do Éden” e de seus primeiros habitantes) é executada na
Parte I.
– A Parte I é composta por três blocos temáticos:
i. Ser humano físico [pp. 243-8];
ii. Ser humano metafísico [pp. 248-56];
iii. Ser humano moral [pp. 256-65].
III.2.a SER HUMANO FÍSICO