I. O poema propõe uma filosofia de vida assente na moral epicurista e estoica, pregando uma atitude despreocupada e indiferente perante os acontecimentos através de frases como "viver conforme calha" e "não há tristezas nem alegrias na nossa vida".
II. O destinatário do discurso é o Mestre Alberto Caeiro, explicando que devemos viver imitando a tranquilidade e o deleite simples das crianças.
III. Devemos aceitar com seren
I. O poema propõe uma filosofia de vida assente na moral epicurista e estoica, pregando uma atitude despreocupada e indiferente perante os acontecimentos através de frases como "viver conforme calha" e "não há tristezas nem alegrias na nossa vida".
II. O destinatário do discurso é o Mestre Alberto Caeiro, explicando que devemos viver imitando a tranquilidade e o deleite simples das crianças.
III. Devemos aceitar com seren
I. O poema propõe uma filosofia de vida assente na moral epicurista e estoica, pregando uma atitude despreocupada e indiferente perante os acontecimentos através de frases como "viver conforme calha" e "não há tristezas nem alegrias na nossa vida".
II. O destinatário do discurso é o Mestre Alberto Caeiro, explicando que devemos viver imitando a tranquilidade e o deleite simples das crianças.
III. Devemos aceitar com seren
3 Mestre, são plácidas Mas decorrê-la, Todas as horas Tranquilos, plácidos, Que nós perdemos, Tendo as crianças Se no perdê-las, Por nossas mestras, Qual numa jarra, E os olhos cheios Nós pomos flores. De Natureza...
Não há tristezas À beira-rio,
Nem alegrias À beira-estrada, Na nossa vida. Conforme calha, Assim saibamos, Sempre no mesmo Sábios incautos, Leve descanso Thomas Cole, Oxbow, pormenor (1836). Não a viver, De estar vivendo. 4 O Tempo passa, Colhamos flores. Não nos diz nada. Molhemos leves Envelhecemos. As nossas mãos Saibamos, quase Nos rios calmos, Maliciosos, Para aprendermos Sentir-nos ir. Calma também.
Não vale a pena Girassóis sempre
Fazer um gesto. Fitando o Sol, Não se resiste Da vida iremos Ao deus atroz Tranquilos, tendo Que os próprios filhos Nem o remorso Mary Cassatt, Verão (c. 1894). Devora sempre. De ter vivido. 5 I. Viver «conforme calha» Filosofia de vida assente na moral epicurista e estoica
«são plácidas / Todas as horas / — Viver a passagem do tempo de forma
Que nós perdemos» não angustiada «Não há tristezas / Nem alegrias / — Manter uma atitude de indiferença Na nossa vida.» perante as paixões e os sentimentos intensos «Sempre no mesmo / Leve descanso / De estar vivendo.» — Fruir de forma tranquila o presente
«Não vale a pena / Fazer um gesto.» — Demonstrar uma atitude imperturbável
(ataraxia) «Saibamos, quase / Maliciosos, / Sentir- nos ir.» — Aceitar o destino 6 II. O Mestre
Alberto Caeiro Destinatário do discurso do sujeito poético
Propósito do discurso: explicar como se deve viver