Você está na página 1de 15

Matriz de Referência – D03 – DESCRITOR DESTE MATERIAL

TÓPICO DESCRITOR
D – 01 – Localizar informação explícita.

I. Procedimentos de
D-03 – Inferir o sentido de uma palavra ou
Leitura. expressão.
D-04 – Inferir uma informação implícita em um texto.
D-06 – Identificar o tema de um texto.
D-11 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

Inferência de Palavras ou Expressões

O Descritor 3 avalia a habilidade de o aluno deduzir o sentido de uma palavra ou expressão,


com base na compreensão do que está implícito no texto, seja atribuindo a determinadas palavras
um sentido conotativo, seja extraindo sentido do próprio texto. Essa habilidade é avaliada por meio de
um texto a partir do qual o aluno, ao inferir o sentido da palavra ou expressão, seleciona informações
presentes na superfície textual e estabelece relações entre essas informações e seus conhecimentos
prévios.
A produção de inferências é um processo fundamental para a leitura. Quem não faz inferências
não lê. Para se compreender um texto, é preciso fazer inferências, ou seja, é preciso que o leitor
complete o texto com informações que não estão explícitas nele.
Inferir é, portanto, a adição de informações que o leitor faz ao texto; acontecem por meio de
operações cognitivas que o leitor realiza para construir proposições novas a partir de informações que
ele encontrou no texto.
Estas operações não ocorrem apenas quando o leitor estabelece ligações entre as palavras e
organiza redes conceituais no interior do texto. Ocorrem, também, quando o leitor busca, fora do texto,
informações e conhecimentos adquiridos pela sua experiência de vida, com os quais preenche os
“vazios” textuais.
1. Objetivos:
Reconhecer o sentido de palavras ou expressões empregadas em diferentes situações de
comunicação.

2. Conteúdos:
Sentido conotativo x Sentido denotativo

3. Gêneros Textuais Contemplados:


Charges, tirinhas, poesia, etc. (pode ser alterado)

4. Metodologia:
Diferentes procedimentos de leitura; conceituando o descritor; a importância do
descritor; trabalhando o descritor em sala de aula; questões abertas comentadas e não comentadas
(em diferentes níveis) e banco de questões.
ATIVIDADE 1:

A seguir, apresentamos algumas frases. Sua primeira tarefa será, em cada letra, identificar se as
expressões destacadas foram inseridas em sentido conotativo ou denotativo. Depois, você deve
escrever, em caso de sentido figurado, o valor que ela expressa.

a) “O dicionário-padrão da língua e os dicionários unilíngues são os tipos mais comuns de dicionários.

O Globo. O menino maluquinho: agosto de 2002

b) “Além dos ganhos econômicos, a nova realidade rendeu frutos políticos. ”

c) “Os genéricos estão abrindo as portas do mercado...”

ATIVIDADE 2:

Vamos exercitar mais um pouquinho? Agora você trabalhará com frases que foram retiradas dos
textos motivadores da Etapa 1. Releia cada uma delas, observando as palavras ou expressões
em destaque.

Todas as horas que nós perdemos


Não há tristezas nem
alegrias E os olhos cheios
de natureza O tempo
passa
Que os próprios filhos devora
sempre Girassóis sempre fitando
o sol
Para construir uma sociedade
melhor Pernambuco saiu na
frente
O tempo passou voando
Tenho notado que muitos têm esquecido
Para fixar o que já estudamos até agora, você irá transcrever e classificar as frases retiradas
dos textos motivadores na tabela abaixo:

SENTIDO CONOTATIVO SENTIDO DENOTATIVO

ATIVIDADE 3:

Em cada frase abaixo, escreva o sentido que cada palavra destacada expressa. Em seguida,
construa uma outra frase utilizando a mesma palavra destacada em seu sentido literal.

a) Tu és o sol da minha vida.

b) O vento acariciava meus cabelos.

c) Minha vida é um livro aberto.

d) Estou com uma fome de leão.

e) A propaganda é a alma do negócio.


01 . CONSIDERE O TEXTO A SEGUIR:

Todo tempo quanto houver pra mim é pouco


Pra dançar com meu benzinho numa sala de
reboco Todo tempo quanto houver pra mim é
pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de
reboco Enquanto o fole tá tocando tá gemendo
Vou dançando e vou dizendo meu sofrer pra
ela só E ninguém nota que eu estou lhe
conversando
E nosso amor vai aumentando pra coisa mais
melhor Todo tempo quanto houver pra mim é
pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de
reboco Todo tempo quanto houver pra mim é
pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco
Só fico triste quando o dia amanhece
Ai, meu Deus se eu pudesse acabar a
separação Pra nós viver igualado a sangue
- sunga
E nosso amor pede mais fuga do que essa que nos
dão Todo tempo quanto houver pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de
reboco Todo tempo quanto houver pra mim é
pouco
Pra dançar com meu benzinho numa sala de reboco

Compositores: NASCIMENTO LUIZ GONZAGA / JOSE MARCOLINO JOSE


MARCOLINO

1. O uso da expressão “Ai, meu Deus, se eu pudesse acabar a separação (l.14) ” revela que o
estado emocional do protagonista é de:

a) aflição, pois o narrador pressente a partida da amada.


b) angústia, pois o narrador esconde para todos o segredo do seu amor.
c) receio, pois o narrador teme a fuga da mulher e o abandono da amada.
d) solidão, pois o narrador sabe do final da festa e que ficará sozinho.
e) tristeza, pois o narrador sente o tempo passar.

Leia este trecho:

As Liras de Tomás Antônio Gonzaga, popularmente conhecidas como Marília de Dirceu,


constituem a obra poética de maior relevância do século XVIII do Brasil e do Neoclassicismo em
língua portuguesa.

2. No trecho, a palavra “constituem” significa:


a) organizam
b) estabelecem
c) elegem
d) compõem
e) consistem
7. Questões nos três níveis de dificuldade:

Questões abertas

(NÍVEL: LITERAL)

Emergência

Quem faz um poema abre uma janela.


Respira, tu que estás numa cela, abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
para que possas profundamente respirar
Quem faz um poema salva um afogado.

1. O que significa “salvar um afogado” de acordo com o texto lido?

Mário Quintana

(NÍVEL: INTERPRETATIVO)

Mestre

Mestre, são plácidas Todas as horas


Que nós perdemos, Se no perdê-las,
Qual numa jarra, Nós pomos flores.

Não há tristezas Nem alegrias Na nossa


vida.
Assim saibamos, Sábios incautos, Não a
viver,

Mas decorrê-la, Tranquilos, plácidos,


Tendo as crianças Por nossas mestras,
E os olhos cheios
De Natureza…

À beira-rio,
À beira-estrada, Conforme calha,
Sempre no mesmo Leve descanso
De estar vivendo.
O tempo passa, Não nos diz nada.
Envelhecemos.
Saibamos, quase Maliciosos, Sentir-nos
ir.
Não vale a pena Fazer um gesto. Não se
resiste Ao deus atroz
Que os próprios filhos Devora sempre.
Colhamos flores. Molhemos leves As
nossas mãos Nos rios calmos, Para
aprendermos Calma também. Girassóis
sempre Fitando o sol,
Da vida iremos Tranquilos, tendo Nem o
remorso De ter vivido.
2. Na 1a estrofe do poema, para construir o sentido geral do texto, o poeta faz uma referência à
expressão perder tempo, dando-lhe, entretanto, outro sentido, diferente do usual.

Explique o sentido usual da expressão perder tempo e apresente, também, o sentido que
essa mesma expressão assume no poema.

Disponível em: http://praticandoalinguaportuguesananet.blogspot.com/2013/05/exercicios-de-interpretacao-de-


texto.html Acesso em 29 maio 2019.

(Questão Desafio)

CONTO: CAPÍTULO DOS CHAPÉUS

[...] A sala do dentista tinha já algumas freguesas. Mariana não achou entre elas uma só cara
conhecida, e para fugir ao exame das pessoas estranhas, foi para a janela. Da janela podia
gozar a rua, sem atropelo. Recostou-se; Sofia veio ter com ela. Alguns chapéus masculinos,
parados, começaram a fitá-las; outros, passando, faziam a mesma coisa. Mariana aborreceu-se
da insistência; mas, notando que fitavam principalmente a amiga, dissolveu-se lhe o tédio numa
espécie de inveja.
Disponível em: http://www.passeiweb.com/estudos/livros/capitulo_ dos_chapeus_contoMachado de Assis. Fragmento.

A partir do trecho destacado, podemos dizer que:


a) A rua continha coisas que deixavam Mariana tediosa.
b) A rua tinha várias coisas que confortaram Mariana.
c) A janela foi uma espécie de refúgio para Mariana.
d) A janela era o melhor lugar para avistar as coisas.
e) A rua que Mariana avistava era movimentada.

Disponível em: http://www.educacao.ma.gov.br/files/2017/06/Gabarito_comentado_do_Simulado_3_-_Portugues_-


_1a_Serie.pdf Acesso em 29 maio 2019

Banco de Questões:

1. Leia o texto abaixo e responda.

Todo ponto de vista é a vista de um ponto

Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a
partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são
seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar
social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em
que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que
esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. (BOFF, Leonardo). A
águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999

A expressão “com os olhos que tem” (?.1), no texto, tem o sentido de


a) enfatizar a leitura.
b) incentivar a leitura.
c) individualizar a leitura.
d) priorizar a leitura.
e) valorizar a leitura.
2. Leia o texto abaixo e responda.

Doce bem salgado

Em restaurantes finos, sobremesas comuns têm preço de prato principal.


Foram-se os tempos em que quem pagava a conta no restaurante se preocupava apenas com o
preço do prato principal e da bebida. Agora, em casas elegantes do Rio de Janeiro e de São Paulo,
os doces podem ser a parte mais salgada da notinha. E não se está falando, necessariamente, de
sobremesas sofisticadas ou criações originais dos chefs. Uma torta de morango do Massimo, em
São Paulo, abocanha 17 reais do cliente. Só para fazer uma comparação que os donos de
restaurante detestam: com esse dinheiro é possível comprar onze caixas da fruta, com 330
moranguinhos. Ou um filé com fritas num restaurante médio.
No Le Champs Elisées, no Rio, uma torta de maçã sai por 15 reais, mesmo preço da torta de figo
do Le Saint Honoré. “Nossos doces são elaborados e não estão na geladeira há dois dias, como
os de outros lugares”, justifica o chef Alain Raymond, do Champs Elisées.

No trecho “... os doces podem ser a parte mais salgada da notinha. ” (ℓ. 7-8), a expressão em
destaque foi utilizada no intuito de
a) comparar os restaurantes.
b) contradizer os chefs.
c) dar clareza ao texto.
d) enfatizar a ideia anterior.
e) ironizar o preço dos doces.

3. Leia o texto abaixo e responda.

No último quadrinho, a expressão “Bah! ” revela que a menina ficou


a) aborrecida.
b) desolada.
c) enojada.
d) indiferente.
e) triste.
4. Leia o texto abaixo e responda.
Deus sabe o que faz!

A ilustre dama, ao fim de dois meses, achou-se a mais desgraçada das mulheres; caiu em profunda
melancolia, ficou amarela, magra, comia pouco e suspirava a cada canto. Não ousava fazer-lhe
nenhuma queixa ou reprove, porque respeitava nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e
definhava a olhos vistos. Um dia, ao jantar, como lhe perguntasse o marido o que é que tinha,
respondeu tristemente que nada; depois atreveu-se um pouco, e foi ao ponto de dizer que se
considerava tão viúva como dantes. E acrescentou:
– Quem diria nunca que meia dúzia de lunáticos...
– Não acabou a frase; ou antes, acabou-a levantando os olhos ao teto – os olhos, que eram a sua
feição mais insinuante – negros, grandes, lavados de uma luz úmida, como os da aurora. Quanto
ao gesto, era o mesmo que empregara no dia em que Simão Bacamarte a pediu em casamento.
[...]
– Consinto que vás dar um passeio ao Rio de Janeiro.
D. Evarista sentiu faltar-lhe o chão debaixo dos pés. [...] Ver o Rio de Janeiro, para ela, equivalia
ao sonho do hebreu cativo. [...]
– Oh! Mas o dinheiro que será preciso gastar! Suspirou D. Evarista sem convicção.
– Que importa? Temos ganho muito, disse o marido. Ainda ontem o escriturário prestou-me
contas. Queres ver?
E levou-a aos livros. D. Evarista ficou deslumbrada. Era um via-láctea de algarismos.
E depois levou-a às arcas, onde estava o dinheiro. Deus! Eram montes de ouro, eram mil
cruzados sobre mil cruzados, dobrões sobre dobrões; era a opulência. Enquanto ela comia o ouro
com os seus olhos negros, o alienista* fitava-a, e dizia-lhe ao ouvido com a mais pérfida das
alusões:
– Quem diria que meia dúzia de lunáticos...
* médico especialista em doenças mentais.
ASSIS, Machado de. Papéis avulsos. São Paulo: Escala Educacional, 2008. Fragmento.

O termo destacado em “Era uma Via-Láctea de algarismos. ” (ℓ. 33) assume, nesse texto, o
sentido de

a) beleza.
b) disposição.
c) luminosidade.
d) organização.
e) quantidade.

5. Leia o texto abaixo e responda.

História deliciosa
Nada mais gostoso que cheirinho de pão quente de manhã! Muita gente pensa assim, em
vários países, há milhares de anos. O pão foi o primeiro alimento criado pelo homem, há cerca de
12 mil anos. Antes todos dependiam da caça e da pesca para comer.
Quando os antigos aprenderam a plantar trigo, deram um grande passo para se desenvolver e
conquistar novas terras. Descobriram que os cereais eram fáceis de plantar, resistentes e
permitiam fazer pão. No começo, os grãos eram moídos e misturados à água e a massa assada
sobre cinzas. O resultado era um pão fino e duro, torrado e meio sem gosto. Mas era só o começo
de uma longa história.

PRIMEIRAS DELÍCIAS

Os antigos egípcios criaram o tipo de pão que conhecemos hoje. Um dia, esqueceram a
massa no sol e ela fermentou. Eles assaram e perceberam que aquele fenômeno deixava o pão
mais leve, cheio de furinhos e passaram a usar a massa fermentada. No Egito, o pão era tão
importante que servia como pagamento para os trabalhadores. E os nobres também valorizavam
esse alimento: na tumba de Ramsés III há desenhos em relevo com o formato de pães, doces e
bolos.
No Brasil, os pães chegaram trazidos pelos portugueses na época da colonização e por
muito tempo eram consumidos pelos ricos, pois o trigo era muito caro. As primeiras padarias só
surgiram por volta de 1950, tocadas por italianos e portugueses.
Recreio. São Paulo: abril, n. 206, p. 18-19.

No trecho “As primeiras padarias só surgiram por volta de 1950, tocadas por italianos e
portugueses. ”, a palavra destacada adquire, no texto, o sentido de

a) aperfeiçoadas.
b) administradas.
c) contatadas.
d) orçadas.
e) tratadas.

6. Leia o texto abaixo e responda.

Ontem, 1981
Eu aspirava a muitas coisas.
Eu temia viver à deriva.
Eu desfilava meu amor pela Portela.
Eu cantava carinhoso.
Eu escutava e não ligava.
Eu usava roupas da moda
Me alegrava uma roda de choro.
Vintage – Paulinho da Viola
Eu pegava um violão e saía noite adentro.
Meu cavaquinho chorava quando
eu não tinha mais lágrimas.

Hoje, 2010
Eu aspiro ao essencial: uma boa saúde
Eu temo não poder navegar.
Eu desfilo meus sonhos possíveis.
Eu canto e males espanto.
Eu escuto e... “pode repetir, por favor? ”
Eu uso, mas não abuso.
Me alegra um bom papo.
Eu pego o violão e procuro um cantinho.
Meu cavaquinho chora quando
surge uma melodia nova.

No trecho “Eu temia viver à deriva. ”, a expressão destacada tem o sentido de viver sem
a) amor.
b) conforto.
c) ideal.
d) rumo.
e) valores.

7. Leia o texto abaixo e responda.

Exóticos, pequenos e viciantes


Ao caminharmos pela cidade, nas alamedas e nas praças é frequente vermos pessoas
falando ao celular, gente dirigindo com uma das mãos, pessoas apertando botões e até tirando
fotos com seus aparelhos digitais. Até ouvimos os toques polifônicos diversificados e altos que se
confundem com as buzinas e os sons urbanos mais comuns.
O que me chama a atenção são os tamanhos, os formatos e as múltiplas funções dessas coisas
que também são úteis, quando não passam de meros badulaques teens.
Os celulares estão cada vez mais viciosos, uma coqueluche. Já fazendo analogia com a peste, os
celulares estão se tornando uma febre, [...] bem como outros aparelhos pequenos, úteis e viciantes.
[...] tem gente que não vive sem o celular! Não fica sem aquela olhadinha, telefonema ou
mensagem instantânea, uma mania mesmo.
Interessante, uma vez, um amigo meu jornalista disse que os celulares podem ser próteses.
Bem como outro objeto, status ou droga podem ser próteses. Pode haver gente que não têm
amigos, mas tem o melhor celular, o mais moderno, uma prótese para a vida.
Pode ser que haja gente que não seja feliz, mas tenha uma casa boa, o carro do ano, o
poder, a fama e muito dinheiro, tem próteses.
Tudo que tenta substituir o natural, o simples da vida, será prótese de uma pessoa. Aqui,
entendo natural como a busca da realização, da felicidade, do bem-estar que se constrói pela
simplicidade, pelo prazer de viver. Viver incluído no mundo digital e moderno é legal, mas é
preciso manter o senso crítico de que as coisas podem ser pequenas, úteis e viciantes. VIANA,
Moisés. Disponível em: em: 4 fev. 2012. Fragmento. *Adaptado: ReformaOrtográfica.

No Texto 1, no trecho “... é preciso manter o senso crítico de que as coisas podem ser
pequenas, úteis e viciantes. ” (ℓ. 37), a expressão destacada enfatiza

a) a importância dos celulares na vida moderna.


b) a inferioridade dos aparelhos celulares.
c) a tecnologia presente nos aparelhos celulares.
d) uma crítica ao uso do celular e seus malefícios.
e) uma relação entre o tamanho do celular e o vício.

8. Leia o texto abaixo e responda.

Leitura: QUEM COMEÇA NÃO PARA MAIS Mundo Jovem:


Qual a importância da leitura para os jovens?

Elisabeth Dangelo Serra: A leitura no mundo moderno é a habilidade intelectual mais importante
a ser desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa e de qualquer idade. Os jovens que não
tiveram a oportunidade de descobrir os encantos e os poderes da leitura terão mais dificuldades
para realizar seus projetos de vida do que aqueles que escolheram a leitura como companhia.
Apesar dos atrativos atuais trazidos pelas novas tecnologias, hoje há um número expressivo de
jovens que leem porque gostam e ao mesmo tempo são usuários da internet.
Aqueles que são leitores têm muito mais chances de usufruir da internet do que aqueles que não
têm contato com a leitura de livros, jornais e revistas. Contudo é a leitura literária que alimenta a
imaginação, a fantasia, criando as condições necessárias para pensar um projeto de vida com mais
conhecimento sobre o mundo, sobre as coisas e sobre si mesmo.
Uma mensagem: nunca é tarde para começar a ler literatura. Portanto aqueles que não trilharam
esse caminho, e desejarem experimentar, vale a pena tentar.

Mundo Jovem: Como nos tornamos leitores, como desenvolvemos o gosto pela leitura?
Elisabeth Dangelo Serra: Só há uma maneira de nos tornarmos leitores: lendo. E essa atitude é
cultural, ela não nasce conosco, tem que ser desenvolvida e sempre alimentada.
O entorno cultural em que a pessoa vive é determinante para que a habilidade de ler tenha
chances de crescer. Ela é fruto do exemplo e das oportunidades de contato com a cultura letrada,
em suas diversas formas. O exemplo e as oportunidades são criados por adultos que estão
próximos às crianças e aos jovens.

No trecho “... tem que ser desenvolvida e sempre alimentada. ” (ℓ. 34), a palavra destacada assume
no contexto o sentido de
a) aperfeiçoada.
b) apreciada.
c) avaliada.
d) exercitada.
e) sustentada.
9. Leia o texto abaixo e responda.
Carta de Leitor

Enaltecer a habilidade literária de Lya Luft seria “chover no molhado”. Eu a acompanho sempre,
pois creio que ela é detentora da qualidade de que almejo um dia chegar próximo, e de hoje coloco
em crônicas num blog cujo foco são o otimismo e a esperança. Por esse motivo, o artigo de Lya
tocou-me mais do que nunca, especialmente porque sempre se percebe nela a preocupação em
desfazer a opinião de alguns que a qualificam como mal-humorada, ranzinza e saudosista. Lya, no
meu modo de ver, é realista, perspicaz, observadora e analista da realidade. No presente artigo,
nesse momento em que passamos a ver uma tênue luz no fim do túnel mundial, ela aponta e
vislumbra a luminosidade sobre todos os entraves que impedem o brasileiro e o ser humano
universal de viver com um mínimo de dignidade. Ainda é possível mudar.
Teodoro Uberreich
Veja, Ilha Bela, SP, 2 nov. 2011.

No Texto, o autor usou a expressão “‘chover no molhado’” (ℓ. 2) para expressar


a) admiração.
b) entusiasmo.
c) frustração.
d) ironia.
e) monotonia.

10. Leia o texto abaixo e responda.

A melhor amiga do homem

Diogo Schelp
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte
pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global.
Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões
de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e
ocupar um espaço precioso para a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...]. Imaginar o mundo sem
vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por
ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos
no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em
jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o
veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia,
metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869-
1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil
quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista
do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior
rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século
seguinte, uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu
Florian Werner. [...]. Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca
tussa a humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.

No trecho, “Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser
onívora. ” (l. 22-23), a expressão destacada tem o sentido de um fato
a) absurdo.
b) admissível.
c) estimado.
d) impossível.
e) possível.
11. Leia o texto abaixo.
Deus sabe o que faz!
A ilustre dama, ao fim de dois meses, achou-se a mais desgraçada das mulheres; caiu em profunda
melancolia, ficou amarela, magra, comia pouco e suspirava a cada canto. Não ousava fazer-lhe nenhuma
queixa ou reprove, porque respeitava nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e definhava a olhos
vistos. Um dia, ao jantar, como lhe perguntasse o marido o que é que tinha, respondeu tristemente que
nada; depois atreveu-se um pouco, e foi ao ponto de dizer que se considerava tão viúva como dantes.
E acrescentou:
Quem diria nunca que meia dúzia de lunáticos...
Não acabou a frase; ou antes, acabou-a levantando os olhos ao teto – os olhos, que eram a sua feição
mais insinuante – negros, grandes, lavados de uma luz úmida, como os da aurora. Quanto ao gesto, era
o mesmo que empregara no dia em que Simão Bacamarte a pediu em casamento. [...]
– Consinto que vás dar um passeio ao Rio de Janeiro.
D. Evarista sentiu faltar-lhe o chão debaixo dos pés. [...] Ver o Rio de Janeiro, para ela, equivalia ao
sonho do hebreu cativo. [...]
– Oh! Mas o dinheiro que será preciso gastar! Suspirou D. Evarista sem convicção.
– Que importa? Temos ganho muito, disse o marido. Ainda ontem o escriturário prestou-me contas.
Queres ver?
E levou-a aos livros. D. Evarista ficou deslumbrada. Era um Via-Láctea de algarismos.
E depois levou-a às arcas, onde estava o dinheiro. Deus! Eram montes de ouro, eram mil cruzados
sobre mil cruzados, dobrões sobre dobrões; era a opulência. Enquanto ela comia o ouro com os seus
olhos negros, o alienista* fitava-a, e dizia-lhe ao ouvido com a mais pérfida da das alusões:
– Quem diria que meia dúzia de lunáticos...
* médico especialista em doenças mentais.
ASSIS, Machado. Papéis avulsos. São Paulo: Escala educacional, 2008. Fragmento.

A expressão “comia o ouro com os seus olhos negros...” (l. 22) pode ser compreendida como um olhar
a) ambicioso.
b) desconfiado.
c) desconfortável.
d) interessado.
e) melancólico.

12. Leia o texto abaixo e responda.


DOCE BEM SALGADO

Em restaurantes finos, sobremesas comuns têm preço de prato principal.

Foram-se os tempos em que quem pagava a conta no restaurante se preocupava apenas com o
preço do prato principal e da bebida. Agora, em casas elegantes do Rio de Janeiro e de São Paulo, os
doces podem ser a parte mais salgada da notinha. E não se está falando, necessariamente, de
sobremesas sofisticadas ou criações originais dos chefs. Uma torta de morango do Massimo, , abocanha
17 reais do cliente. Só para fazer uma comparação que os donos de restaurante detestam: com esse
dinheiro é possível comprar onze caixas da fruta, com 330 moranguinhos. Ou um filé com fritas num
restaurante médio.
No Le Champs Elisées, no Rio, uma torta de maçã sai por 15 reais, mesmo preço da torta de figo
do Le Saint Honoré. “Nossos doces são elaborados e não estão na geladeira há dois dias, como os de
outros lugares”, justifica o chef Alain Raymond, do Champs Elisées.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/150999/p_106a.html>. Acesso em: 25 mar. 2010.

No trecho “... os doces podem ser a parte mais salgada da notinha. ”, a expressão em destaque foi
utilizada no intuito de
a) comparar os restaurantes.
b) contradizer os chefs.
c) dar clareza ao texto.
d) enfatizar a ideia anterior.
e) ironizar o preço dos doces.
13. Leia o texto abaixo e responda.

SINCERIDADE DE CRIANÇA

Era uma época de “vacas magras”. Morava só com meu filho, pagando aluguel, ganhava pouco e
fui convidada para a festa de aniversário de uma grande amiga. O problema é que não tinha dinheiro
messmoooooo.
Fui a uma relojoaria à procura de uma pequena joia, ou bijuteria mesmo, algo assim, e pedi à
balconista:
– Queria ver alguma coisa bonita e barata para uma grande amiga!
Ela me mostrou algumas peças realmente caras, que na época eu não podia pagar. Então eu
pedi:
– Posso ver o que você tem, assim... alguma coisa mais baratinha?
E a moça me trouxe um pingente folheado a ouro... bonito e barato. Eu gostei e levei.
Quando chegamos ao aniversário, (eu e meu filho) fomos cumprimentar minha amiga, que, ao
abrir o presente, disse:
– Nossa, muito obrigada!!!!! Que coisa linda!!!!!
E meu filho, na sua inocência de criança bem pequena, sem saber bem o que significava
a expressão “baratinha” completou:
– E era a mais baratinha que tinha!!!
Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/infantil/610758>. Acesso em: 22 mar. 2010.

Nesse texto, a expressão “vacas magras” indica que a narradora


a) comprava objetos baratos.
b) havia perdido muito peso.
c) possuía pouco dinheiro.
d) tinha criação de gado.
e) não queria engordar.

14. Leia o texto abaixo e responda.

EDUCAÇÃO DE HOJE ADIA O FIM DA ADOLESCÊNCIA

Há pouco tempo recebi uma mensagem que me provocou uma boa reflexão. O interessante
é que não foi o conteúdo dela que fisgou minha atenção, e sim sua primeira linha, em que os
remetentes se identificavam. Para ser clara, vou reproduzi-la: “Somos dois adolescentes, com 21 e
23 anos...”.
Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jovens acreditam que a adolescência se estende
até, pelo menos, aos 23 anos?! Mas, em seguida, eu me dei conta do mais importante dessa
história: que a criança pode ser criança quando é tratada como tal, e o mesmo acontece com o
adolescente. Os dois jovens adultos se veem como adolescentes, porque, de alguma maneira,
contribuímos para tanto.
A adolescência tinha época certa para começar até um tempo atrás, ou seja, com a
puberdade, época das grandes mudanças físicas. E terminar também: era quando o adolescente,
finalmente, assumia total responsabilidade sobre sua vida e tornava-se adulto. Agora, as crianças
já começam a se comportar e a se sentir como adolescentes muito tempo antes da puberdade se
manifestar e, pelo jeito, continuam se comportando e vivendo assim por muito mais tempo. Qual é
a parcela de responsabilidade dos adultos e educadores?

No primeiro parágrafo, a palavra “fisgou” tem sentido de


a) levou.
b) indicou.
c) chamou.
d) identificou.
e) interpelou.
Disponível em: http://www.santanna.g12.br/professores/ana_paula_port/atividade_reforco_lp_9anos.pdf. Acesso em:
30 mai 2012. Adaptado.
GABARITO:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E A E B D D D D D
11 12 13 14
A E C C

Você também pode gostar