Você está na página 1de 31

S

SECRETARIA EXECUTIVA DO ENSINO MÉDIO PROFISSIONAL -


SEMP
GGPEM
PROGRAMA MONITORIA PE - APRENDIZAGEM

77777777777777777

CADERNO DE LÍNGUA
PORTUGUESA

ENSINO MÉDIO

MATERIAL DE APOIO AOS


MONITORES DE APRENDIZAGEM

I BIMESTRE 2024

1
1
Seja bem-vindo(a)!
Tudo bem? Somos as professoras de Língua
Portuguesa, Deise Neves e Jacicleide Silva. Fazemos parte da
Equipe da GGPEM - Gerência Geral de Políticas do Ensino
Médio.

Será muito gratificante disponibilizar este material


norteador e de apoio a você que acaba de ingressar no
PROGRAMA MONITORIA PE - APRENDIZAGEM, que
atenderá aos estudantes das Escolas da Rede Estadual de
Pernambuco da SEE - Secretaria de Educação e Esportes. E é
com muita satisfação que apresentamos o CADERNO 1 DO
MONITOR.

Desta feita, vamos trazer algumas orientações sobre


as questões relacionadas aos seguintes descritores:

D08 - inferir o sentido de uma palavra ou expressão em um texto;


D09 - Identificar o tema central de um texto;
D13 - Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais;
D10 - Distinguir fato de uma opinião;
D26 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e/ou o
interlocutor.

2
O que você vai encontrar neste Caderno?

Estes são os ícones do CADERNO 1:

Dicas para você ampliar a aprendizagem.

1. Disponibilizamos também videoaulas (QR CODE)


para apoiá-lo nesta caminhada. Assim, você poderá
aprofundar os conteúdos propostos e tirar as
dúvidas de seus colegas.

2. Sugestão: que tal responder às questões, utilizando primeiramente o Caderno do Estudante sem
olhar o gabarito?

Apenas um lembrete: os descritores podem apresentar números diferentes, mas o mesmo conteúdo.

Vamos lá? Você tem muito trabalho pela frente!

3
As questões 1,2,3 e 4 estão relacionadas ao Descritor D08.

Você sabe como inferir o sentido de uma palavra ou expressão


em um texto? Pois bem! Para inferir e compreender o sentido
da palavra ou expressão é preciso considerar o contexto, as
pistas linguísticas fornecidas pelo texto e levar em consideração
o seu conhecimento de mundo. Assim também, as palavras
podem ter sentidos diferentes a depender do contexto em que
estão inseridas. É essa habilidade que você irá trabalhar agora!

Com o descritor D08, pretende-se verificar se o leitor é capaz de


inferir um significado para uma palavra ou expressão que
desconhece.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno, ao inferir o sentido
da palavra ou expressão, seleciona informações também presentes na superfície textual e
estabelece relações entre essas informações e seus conhecimentos prévios. Por exemplo, dá-
se uma expressão ou uma palavra do texto e pergunta-se que sentido ela adquire.

Observe o exemplo do item:

Todo ponto de vista é a vista de um ponto

Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E
interpreta a partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber
como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam.
Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer:
como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que
desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam.
Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.

BOFF, Leonardo. A águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999

A expressão “com os olhos que tem” (? .1), no texto, tem o sentido de

A) enfatizar a leitura.
B) incentivar a leitura.
C) individualizar a leitura.
D) priorizar a leitura.

4
E) valorizar a leitura.

Aqui você encontrará uma videoaula sobre o descritor D08:

https://www.youtube.com/watch?v=KJEAhYT7FNk&t=9s

QUESTÃO 1

(SAEPE). Leia o texto abaixo.

Disponível em: <https://pensandoprafrente.blogspot.com>. Acesso em: 25 nov. 2014.

Nesse texto, o termo “inteiro” foi escrito em tamanho maior para

A) apontar surpresa.
B) enfatizar crítica.
C) expressar irritação.
D) indicar gritaria.
E) mostrar desprezo.

Neste caso, foi utilizado uma charge que traz como temática a crítica do
desmatamento, que é evidenciado através do trocadilho da imagem das árvores
cortadas, “não-inteiras”, com a palavra inteira em caixa alta, por isso a resposta
correta é a letra “B”. O distrator “A” não tem relação com o contexto do texto,
pois o personagem que fala demonstra já conhecer a realidade do

5
desmatamento local. O distrator “C” não está errado porque a imagem do
personagem da charge não denota irritação já que seus braços estão apontando

a paisagem desmatada. Enquanto a alternativa “D” não tem relação alguma com o contexto
do texto, apenas o termo inteiro está em caixa alta para chamar atenção sobre seu sentido
neste contexto. O distrator “E”, está em contradição com o que está sendo defendido no
texto, a preocupação com o meio ambiente.

QUESTÃO 2

(SAEPE). Leia o texto abaixo.

Tanto faz

Quando você for sair da sua casa


Não se esqueça de levar coragem
Sempre equipe sua alma com asas
Cada dia é uma nova viagem
Todo mundo gosta de viajar
A saudade muitas vezes faz bem [...]
Ame demais, sofra demais
Consequentemente é assim, entendeu?
Só quem sofreu poderá dizer que já sentiu o amor
E aí, já sofreu?
Tanto faz, tanto fez
Não dá nada, dessa vez
Vou lutar por vocês
E quando tudo for melhor
Eu vou ligar pra ela [...]

PROJOTA. Disponível em: <http://www.somusica10.com.br/2015/08/projota-tanto-faz-


malhacao.html#ixzz3oT3mtTYl>. Acesso em: 13 out. 2015. Fragmento.

Nesse texto, as formas verbais “esqueça” (v. 2), “Ame” (v. 7) e “sofra” (v. 7) indicam

A) um alerta.
B) um convite.
C) uma ordem.
D)uma recomendação
E) uma solicitação.

Ao analisarmos cada um dos termos, a saber, o verbo ame, esqueça e sofra,


podemos notar que eles estão em sua forma imperativa. A forma imperativa, ou
modo verbal imperativo é por onde uma ordem, um pedido, um desejo, convite,

6
recomendação, solicitação ou todo e qualquer tipo de requisição é feita. De acordo
com o contexto do texto, podemos entender que é feita uma recomendação a

partir desses verbos imperativos. Portanto, alternativa D é a correta. Sendo assim, os demais
distratores A, B, C e E, apesar de serem possível pelo fato do verbo estar no modo imperativo
é o contexto do texto que nos indica o sentido dessas expressões verbais.

QUESTÃO 3

(SAEPE). Leia o texto abaixo.

Maneira de amar

O jardineiro conversava com as flores, e elas se habituaram ao diálogo. Passava


manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O
girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os
girassóis são orgulhosos de natureza.

Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se


contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as
outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de
girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Maneira de amar. In: Histórias para o Rei. Rio de
Janeiro: Record, 1999, p. 52.

Nesse texto, no trecho “... escutando o que lhe confiava um gerânio.”, (1° parágrafo) o
pronome destacado refere-se

A) ao jardineiro.
B) à cravina.
C) ao girassol.
D) à natureza.
E) à terra.

Retomando a leitura do poema podemos identificar que o pronome lhe retoma o


termo jardineiro que está expresso na primeira estrofe “O jardineiro conversava
com as flores, e elas se habituaram ao diálogo”, que neste caso o genârio está
incluso nestas flores que o jardineiro conversava.Portanto, a alternativa correta é
a letra ‘A”. Quanto ao distrator “B”, “C”, “D” e “E” estão incorretos por não terem
relação direta com a retomada do pronome lhe destacado no contexto da questão.

QUESTÃO 4

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

7
Carta de Leitor

Enaltecer a habilidade literária de Lya Luft seria “chover no molhado”. Eu a


acompanho sempre, pois creio que ela é detentora da qualidade de que almejo um dia
chegar próximo, e de hoje coloco em crônicas num blog cujo foco são o otimismo e a
esperança. Por esse motivo, o artigo de Lya tocou-me mais do que nunca, especialmente
porque sempre se percebe nela a preocupação em desfazer a opinião de alguns que a
qualificam como mal-humorada, ranzinza e saudosista.
Lya, no meu modo de ver, é realista, perspicaz, observadora e analista da realidade.
No presente artigo, nesse momento em que passamos a ver uma tênue luz no fim do túnel
mundial, ela aponta e vislumbra a luminosidade sobre todos os entraves que impedem o
brasileiro e o ser humano universal de viver com um mínimo de dignidade. Ainda é possível
mudar.
Teodoro Uberreich.Veja, Ilha Bela, SP, 2 nov. 2011.

No Texto, o autor usou a expressão “‘chover no molhado’” (1° parágrafo) para expressar

A) admiração.
B) entusiasmo.
C) frustração.
D) ironia.
E) monotonia.

Neste caso, foi utilizado uma charge que traz como temática a crítica do
desmatamento, que é evidenciado através do trocadilho da imagem da árvores
cortadas , “ não-inteiras”, com a palavra inteira em caixa alta, por isso a resposta
correta é a letra “B”. O distrator “A” não tem relação com o contexto do texto, pois
o personagem que fala demonstra já conhecer a realidade do desmatamento local.
O distrator “C” não está errado porque a imagem do personagem da charge não
denota irritação já que seus braços estão apontando a paisagem desmatada.
Enquanto a alternativa “D” não tem relação alguma com o contexto do texto,
apenas o termo inteiro está em caixa alta para chamar atenção sobre seu sentido
neste contexto. O distrator “E”, está em contradição com o que está sendo
defendido no texto, a preocupação com o meio ambiente.

As questões 5, 6,7 e 8 estão relacionadas ao Descritor 09

Você sabe identificar o tema de um texto? Então, vamos lá! O


tema é o eixo sobre o qual o texto se estrutura. A percepção do
tema responde a uma questão essencial para a leitura: “O texto
trata de quê?” É com base no tema ou na ideia principal que o
texto será desenvolvido. Em muitos textos, o tema não vem

8
explicitamente marcado, mas deve ser percebido pelo leitor quando identifica a função dos
recursos utilizados, como o uso de figuras de linguagem, de exemplos, de uma determinada
organização argumentativa, entre outros. Em outras palavras, é necessário relacionar as
diferentes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, você precisa
relacionar as múltiplas partes que compõem um todo significativo, que é o texto. Estas
informações que se relacionam com o tema chamamos de subtemas (ou ideias secundárias).

Com o descritor D09 irá se verificar se o leitor é capaz de identificar o tema de um texto.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o estudante irá associar as
informações que integram o texto, as quais caminham no sentido de estabelecer uma unidade
de sentido, que é o tema central, ideia principal do texto.

Agora, pense sobre os tema você gosta de ler: esportes, namoro, tecnologia, ciências,
jogos, novelas, moda, cuidados com o corpo? Perceba que as temáticas são praticamente
infinitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essencial para se tornar um leitor
hábil. Vamos, então, começar nossos estudos?

Observe o exemplo de item:

RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,


assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,


tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,


Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno. Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20.

O tema do texto é:

A) a consciência súbita sobre o envelhecimento.


B) a decepção por encontrar-se já fragilizada.
C) a falta de alternativa face ao envelhecimento.
D) a recordação de uma época de juventude.
E) a revolta diante do espelho.

9
Aqui você encontrará uma videoaula sobre o descritor D09:

https://www.youtube.com/watch?v=pjAoqEkB92w&t=151s

QUESTÃO 5

(SAEPE) Leia o texto abaixo.

A brasileira Sandra Maria Feliciano Silva, 51, moradora de Porto Velho (RO), está entre
os cem candidatos pré-selecionados para uma missão que pretende colonizar Marte em 2025,
informou a fundação Mars One, que organiza a expedição.
De um total inicial de mais de 202 mil candidatos inscritos em 2013, apenas cem
restaram na terceira seletiva da Mars One. Uma segunda fase de seleção já havia reduzido
esse número para 1.058 candidatos.
“O grande corte de candidatos é um passo importante para sabermos quem tem as
qualidades certas para ir a Marte”, disse em comunicado Bas Lansdorp, cofundador e diretor
executivo da fundação.
No perfil divulgado pela Mars One, Sandra afirma ser formada em administração e
direito.
Ela também é professora [...] especialista em segurança pública.
A candidata também mantém uma página no Facebook sobre aquários. Ela escreveu
um livro de ficção chamado “Os Ancestrais”, publicado em dezembro passado. Entre os temas
de interesse dela estão astronomia, física, biologia, administração de crise e ecologia de
sistemas fechados.
Em um vídeo divulgado pela fundação, Sandra diz que tem “a coragem e o espírito
certos” para participar desta missão.
Disponível em: . Acesso em: 15 out. 2023. Fragmento.

O tema desse texto é:

A) a pré-seleção de uma brasileira para ir à Marte.


B) a vida profissional de Sandra Maria Feliciano Silva.
C) o comunicado feito pelo diretor Bas Lansdorp.
D) o número de selecionados para habitar Marte.
E) o trabalho desempenhado pela fundação Mars One.

10
Após realizar a leitura do texto tente responder à questão “sobre o que o texto
fala?” logo perceberá que as informações trazidas estão direcionadas para
questões da vida profissional da brasileira Sandra Maria Feliciano Silva como
expresso nas linhas 10 à 14, portanto a alternativa correta é a letra “B”. Os
distratores “A”, “C”, “D” e “E” são informações secundárias, que dão suporte ao
tema abordado. Para que o estudante chegue a esta constatação é necessário que
vá além da simples identificação de uma informação expressa na superfície textual,
percebendo que todo texto tem um propósito comunicativo indicado, em primeiro
lugar, pelo assunto escolhido para sua elaboração.

QUESTÃO 6

(PAEBES). Leia o texto abaixo.

Tudo sobre você mesmo

[...] A partir de março, a Polícia Federal dará início a um processo gradual de


substituição das atuais carteiras de identidade. Em seu lugar, virá o RIC, Registro Único de
Identidade Civil, considerado um dos mecanismos de identificação mais seguros do mundo. O
novo cartão vai reunir as informações de vários documentos, com a finalidade de provar,
acima de dúvidas, a identidade do usuário. É uma forma de acabar com as fraudes e
duplicidades em serviços públicos.
[ ...] O cidadão põe o polegar no leitor biométrico e pronto: em um instante a
autoridade saberá tudo sobre ele. Isso é bom ou é ruim?
[...] A nova identidade deverá facilitar a vida do cidadão. Em breve, será possível visitar
um posto do INSS e ter acesso imediato a contribuições, débitos e pendências. O eleitor, por
sua vez, poderá votar em trânsito, de onde estiver. Basta levar o cartão RIC a qualquer
terminal público do país. E confirmar a identidade colocando o polegar em um leitor de
digitais.
Época. Globo, n. 559, 2 fev. 2009, p. 99-100. Fragmento.

A ideia principal do texto é

A) a comprovação da identidade do usuário.


B) a identificação pelo leitor biométrico.
C) a nova carteira de identidade no Brasil.
D) o acesso fácil a qualquer informação.
E) o fim das fraudes no serviço público.

11
O fragmento do texto jornalístico lido acima nos chama atenção para a
importância do título em um texto. Há situações, em que o leitor é estimulado a ler
um texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título, já que o título
cumpre a importante função de antecipar informações sobre o assunto que será
tratado no texto. Neste caso, provavelmente, o leitor se sentiu atraído pela
possibilidade de “conhecer tudo sobre ele mesmo” o que foi confirmado no
tratamento do tema. Ao ler este texto e relacionar as diferentes informações, é
possível identificar que já nas primeiras linhas é trazido o tema sob o qual todo o
texto irá se desenrolar “a nova carteira de identidade no Brasil, pois como vemos
nesta parte da notícia se relata este fato socialmente relevante, sendo portanto, a
alternativa C a correta. Sendo os distratores A, B, D e E informações
secundárias da notícia “a nova carteira de identidade no Brasil”, as quais trazem
informações quanto a comprovação da identidade do usuário (linha 4); a
identificação do usuário (linha 6); acesso fácil a qualquer informação (linha 9 à 11);
bem como, o fim das fraudes (linha 5). Perceba, que todas as informações
secundárias se relacionam para dar detalhes sobre a notícia temática do texto.

QUESTÃO 7

(PROEB). Leia o texto abaixo e responda.

Tempestade

A noite se antecipou. Os homens ainda não a esperavam quando ela desabou sobre a
cidade em nuvens carregadas. Ainda não estavam acesas as luzes do cais, no Farol das Estrelas
não brilhavam ainda as lâmpadas pobres que iluminavam os copos [...], muitos saveiros ainda
cortavam as águas do mar quando o vento trouxe a noite de nuvens pretas.
AMADO, Jorge. Mar morto. 79ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. Fragmento.

O assunto tratado nesse texto é

A ) o advento da tempestade.
B) o trabalho nos saveiros.
C ) a chegada da noite.
D) a iluminação do cais.
E) a movimentação do cais.

Ao ler este fragmento do romance “Mar morto” de Jorge Amado é preciso dar
atenção aos pequenos detalhes. Já no título “Tempestade” se estabelece vínculo
com o tema do texto, se conectando diretamente com as expressões “ela desabou
sobre a cidade em nuvens carregadas” e “a noite de nuvens pretas” nos direcionam
à letra A como resposta correta. Os demais distratores B, C, D e E apresentam
relação com o texto, mas são ideias secundárias.

12
QUESTÃO 8

(SEDUC- MA) Leia o texto e responda:

ESCOLAS OFF-LINE TÊM DESEMPENHO INFERIOR

Levantamento feito pelo Ministério da Educação (MEC) descobriu que as escolas que
usam computadores sem conexão com a Internet não ganham em desempenho. Ao contrário,
chegam a ter piores notas médias em provas oficiais. O estudo foi feito tomando por base as
notas obtidas por alunos brasileiros de 4ª série no Sistema de Avaliação da Educação Básica
(Saeb). A conclusão do trabalho é que o acesso à rede mundial melhora os resultados dos
estudantes em 5,5 pontos.
NOVA ESCOLA. São Paulo: Abril. n. 208. dezembro, 2008.

A informação principal desse texto é

A) a escola brasileira ainda está carente de tecnologia.


B) o MEC pesquisou o desempenho de alunos de 4ª série.
C) o aluno com acesso à rede mundial tem melhores notas.
D) o estudo foi feito com base nas notas dos alunos no Saeb.
E) a Internet está ao alcance da maioria dos alunos brasileiros.

Se você observar a hierarquia das informações, das ideias e dos argumentos


presentes no texto, será necessário que separe essa informação das demais, que
são secundárias e/ou complementares, assim poderá compreender que a ideia
principal é a de que o aluno com acesso à rede mundial tem melhores notas, por
isso, a alternativa correta é a “C” . Continuando a análise pode-se perceber que o
distrator A fala apenas de uma constatação da falta de tecnologia na escola
brasileira. O distrator B, assim como o distrator D, traz a informação
complementar sobre a pesquisa do acesso a tecnologia. E o distrator E uma
informação contrária ao que foi trazido no texto.

⮚ O título é uma síntese precisa do texto, cuja função é estratégica na sua articulação: ele
nomeia o texto após sua produção, sugere o sentido do mesmo, desperta o interesse do
leitor para o tema, estabelece vínculos com informações textuais e extratextuais, e
contribui para a orientação da conclusão à que o leitor irá chegar ao final do texto.

13
As questões 9, 10, 11 e 12 estão relacionadas ao Descritor D13

Você sabia que todo texto se realiza com uma determinada


finalidade, ou seja, tem um propósito interativo específico,
uma função social? É essa habilidade que você irá trabalhar
agora! O descritor D13 tem como foco identificar a finalidade
de textos de diferentes gêneros.

Espera-se, nessa habilidade, que você consiga entender


que todo texto tem sua função social e, por isso, pretende,

por exemplo, informar ou esclarecer, expor um ponto de vista, refutar (= ser contrário)
uma posição, narrar um acontecimento, fazer uma advertência, persuadir, ou seja,
convencer alguém de alguma coisa, etc. O entendimento bem-sucedido de um texto
depende, também, da identificação das intenções pretendidas por esse texto. Isso pode
proporcionar diferentes finalidades, dependendo da intenção dos interlocutores.
Este item avalia a habilidade de identificar a função de textos de diferentes gêneros,
isto é, a finalidade com que o texto foi escrito. Para resolver a tarefa proposta, você precisa
estar familiarizado com os diferentes gêneros textuais que circulam na sociedade e entender
que os textos são elaborados segundo certos princípios que são próprios de uma situação de
comunicação na qual ele será utilizado. Isso tem impacto direto nas formas de escrever o
texto e do léxico (= vocabulário), por exemplo.

Aqui você encontrará uma videoaula sobre o descritor D13:

https://www.youtube.com/watch?v=5gF-5Ys2ka8

QUESTÃO 9

Leia o texto abaixo e responda.

14
(http://www.sedur.ba.gov.br/arquivo_charges/charge.05.06.2007.html)

A charge destina-se a:

A) criticar o conflito existente entre gerações.


B) conscientizar os leitores da importância de preservar a natureza.
C) apontar o desperdício de um desmatamento mal planejado.
D) salientar um processo ainda rudimentar de trabalho rural.
E) parabenizar alguém pelo dia do meio ambiente.

Na charge são apresentados elementos verbais e não verbais se faz uma crítica
sobre o tema do desmatamento com a finalidade de conscientizar sobre a
importância de preservar o meio ambiente por isso a resposta correta é a
alternativa B. O distrator A está errado por não haver indicação de conflito de
gerações. O distrator C é está errado por não ser discutido no texto nada sobre
mal planejamento do desmatamento. O distrator D apesar de indicar através da
ferramenta um trabalho rural rudimentar não é esta a finalidade principal da
charge. E o distrator E está errado porque a parabenização pelo dia do meio
ambiente tem objetivo de chamar atenção sobre o desmatamento.

QUESTÃO 10

(PAEBES). Leia os textos abaixo e responda.

Dicas

Veja como agir para fazer uma compra segura pela internet.

15
• Além do e-mail, verifique se a loja oferece número de telefone e endereço.

• Imprima todos os procedimentos realizados durante a compra: número da transação e


confirmação do pedido. Se possível, solicite à loja online um fax ou uma confirmação por
escrito de que a aquisição foi feita.
• Cuidado com promoções. Lembre-se de que, na maioria das vezes, ao preço do
produto, ainda será somado o valor do frete.
• Antes de finalizar a compra num site estrangeiro, não deixe de verificar as taxas de
importação e o valor do frete. Procure saber também se a empresa tem representantes no
Brasil.
• Existem produtos, como músicas e programas, que podem ser comprados e recebidos
pela própria internet. Assim, não há custo de frete nem prazo para entrega.
• Nunca envie suas informações de pagamento via e-mail. As informações que viajam
pela internet não são protegidas contra leitura de estranhos.

E-bit - Empresa de pesquisas na área do comércio eletrônico. In: Correio Braziliense. 12 abr. 2010.

A finalidade do Texto é

A) convencer.
B) ordenar.
C) orientar.
D) sugerir.
E) vender.

Acima temos um texto instrucional o qual através de uma interlocução direta com
o leitor apresenta um conjunto de procedimentos a serem seguidos, sendo assim,
a alternativa correta é a C, que indica a finalidade de orientar o leitor sobre
compra na internet. O distrator A está errado por não haver defesa de algum
ponto de vista. O distrator B está errado porque o teor do texto não indica uma
ordem. O distrator D não deve ser entendido como uma simples sugestão, algo
mais casual, mas uma orientação que parte da opinião de uma especialista no
assunto. O distrator E está errado porque no texto apesar de trazer termos como
“promoção, compras” não há indícios de prática de comercialização.

QUESTÃO 11

(APA – Crede-CE). Leia o texto e responda.

16
O primeiro dia do programa “Mais Médicos” foi marcado por faltas e desistências por
parte dos médicos brasileiros. Em algumas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, nenhum
dos profissionais selecionados compareceu às unidades de saúde a que foram alocados —
entre os que faltaram, uma parte nem sequer justificou sua ausência. Segundo as secretarias
de saúde, alguns profissionais chegaram a comunicar oficialmente sua desistência do
programa federal.
Na capital carioca, o número de faltosos foi maior do que o de presentes. Eram
esperados dezesseis profissionais, mas para o azar da população e descrédito do programa, só
seis se apresentaram.
Todos os que trabalharão na cidade são brasileiros e apenas um passa pelo curso de
requalificação por ter se formado na Espanha — o que explica a ausência.
(http://veja.abril.com.br/noticia/saude/mais-medicos-comeca-com-faltas-e-desistencias)

O proposito do texto é:

A) criticar.
B) ensinar.
C) vender.
D) informar.
E) comover.

Quando o texto traz para discussão o tema “meditação”, busca informar o leitor
sobre seus benefícios (“a meditação ajuda”). Por isso, a resposta da opção D
mostra-se adequada sobre a finalidade do texto, portanto a letra D é a correta.
Tendo em vista essa consideração, o distrator A torna-se inviável, por estar em
contradição com o que a opção correta indica. O distrator B, por sua vez, evidencia
que se trata de uma consequência da meditação, mas não foi esse o foco do texto.
Por fim, nem um componente linguístico (= palavra ou expressão) presente no
texto possibilita indicar que o seu objetivo seja promover uma denúncia, o que
impossibilita o distrator C. E quanto ao distrator E está distoante do texto por
este não ter o proposito de provocar comoção nos leitores.

QUESTÃO 12

(SAEPE). Leia o texto abaixo.

O coração roubado

“O Coração Roubado e outras crônicas” é uma obra capaz de tornar a leitura parte da
vida do leitor, pois está repleta de textos curtos, fáceis de serem compreendidos, associando

17
diversão e reflexão. Assim, o leitor se prende ao que está escrito e ainda é levado a questionar
sobre as ocorrências do cotidiano nas quais ele está inserido. O leitor é levado a refletir sobre
suas próprias ações. Em alguma das histórias ele vai se encaixar. Escritas de maneira
inteligente e instigante, as 26 crônicas de Marcos Rey apresentam uma série de tipos
inesquecíveis, vivendo situações as mais diversas.
Nas páginas de Coração Roubado, você encontrará cenas hilariantes, absurdas,
constrangedoras, delicadas... presentes no cotidiano de qualquer pessoa, em qualquer lugar.
[...]
Disponível em: <http://professormarconildoviegas.blogspot.com.br/2014/06/coracao-
roubado-contos.html>. Acesso em: 4 ago. 2014. Fragmento.

Qual é a finalidade desse texto?

A) Contar uma história.


B) Divertir o leitor.
C) Divulgar um filme.
D) Expor uma análise crítica.
E) Relatar um acontecimento.

Neste texto o autor da sua opinião sobre uma obra de crônica a fim de influenciar
os seus leitores recomendando a obra pelas suas boas qualidades , portanto a
alternativa correta é a D. O distrator A está errado por restringir o texto apenas a
narrar um fato. O distrator B está errado por distoar do caráter opinativo do texto
analisado. O distrator C está errado quanto a referência a um filme, pois se analisa
uma obra literária, como também, quanto ao objetivo do texto que não se trata de
divulgação. O distrator E está errado por não se tratar de um texto narrativo mas
sim de um texto argumentativo.

⮚ Sempre leia e observe as informações que estão abaixo do texto. No caso da questão
12: //professormarconildoviegas.blogspot.com.br// Chama-se suporte textual e poderá trazer
informações importantes que ajudarão você na interpretação. Nesse exemplo, é possível
observar que: o texto foi extraído de um blog; se trata de um fragmento, ou seja, uma parte; o
autor se chama Marconildo Viegas e, por fazer parte de um blog, o texto é a opinião do autor
sobre uma obra literária.

18
⮚ É muito importante! Em nossa interação, comunicação cotidiana com o mundo, lidamos
com uma infinidade de textos verbais e não verbais, os quais se apresentam nas mais
variadas formas e nos mais diferentes lugares, conforme a finalidade sociocomunicativa
com que foram criados. O fato é que se torna impossível comunicar-se verbalmente, sem
que o façamos por meio de um texto.

⮚ Nas ruas, nos deparamos com outdoors e recebemos panfletos que quase sempre têm a
finalidade de divulgar e de incentivar o consumo de um produto. Seguindo instruções e
informações que vemos em placas e em faixas espalhadas pela cidade.
⮚ Nos livros, podemos encontrar textos de diferentes naturezas e que cumprem diferentes
funções. Por exemplo, os textos literários — romances, contos, crônicas, novelas e
compilações de poemas — destinam-se principalmente à fruição estética (= ato de tirar
prazer daquilo que possui um formato artístico, seja pela sua beleza e feiura, ou pelos
sentimentos que despertam nos seus admiradores, como a raiva, tristeza, alegria, revolta,
etc.). Os livros de divulgação científica analisam objetos, fatos, situações e apresentam
proposições teóricas sobre seus estudos. Há, ainda, livros de autoajuda, de receitas,
biografias e autobiografias, etc.
⮚ Nos jornais e nas revistas, há mais uma infinidade de diferentes textos. Há os editoriais e
os artigos de opinião, textos que, respectivamente, defendem o ponto de vista dos jornais
e dos especialistas sobre temas polêmicos; as notícias, que relatam fatos cotidianos; as
reportagens, que apresentam uma compilação (= reunião) de informações sobre um
assunto; há também horóscopos, charges, tirinhas, resenhas, além de anúncios e de
publicidade.
⮚ Nos meios de comunicação de massa, como o rádio e a TV, há também os mais variados
textos: noticiários, documentários, programas de variedades, de humor e de entrevistas,
novelas e filmes e mais textos publicitários etc. Com a criação e a popularização da
internet, surgiu mais uma infinidade de diferentes manifestações textuais: os e-mails, as
mensagens instantâneas, os posts, os scraps, as enciclopédias eletrônicas, os e-books,
entre outros. Todos esses textos, embora sejam veiculados em um suporte comum — a
web — são utilizados em situações específicas e com diferentes funções.

Observe, com atenção, o quadro a seguir.

19
As questões 13, 14, 15 e 16 estão relacionadas ao Descritor D10

Você sabe a diferença entre um fato e uma opinião? Então,


através do estudo do descritor D10, você deve ser capaz de
perceber a diferença entre o que é fato narrado ou discutido e o
que é opinião sobre ele. Diante de alguns textos, especialmente
os de natureza argumentativa, o leitor deve estar apto a
identificar a diferença entre fato e opinião.

Assim, você deve identificar, no texto, um fato relatado e diferenciá-lo do comentário


que o autor, ou o narrador, ou o personagem fazem sobre esse fato. Distinguindo no texto as
partes que são referentes a um fato e as que se referem a uma opinião relacionada ao fato
apresentado, expressa pelo autor, narrador ou por algum outro personagem.

Exemplo de item:

Senhora
(Fragmento)

Aurélia passava agora as noites solitárias.


Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma desculpa qualquer para justificar sua
ausência. A menina que não pensava em interrogá-lo, também não contestava esses fúteis
inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa o tema desagradável.
Conhecia a moça que Seixas retirava-lhe seu amor; mas a altivez de coração não lhe
consentia queixar-se. Além de que, ela tinha sobre o amor ideias singulares, talvez inspiradas pela
posição especial em que se achara ao fazer-se moça.
Pensava ela que não tinha nenhum direito a ser amada por Seixas; e pois toda a afeição que
lhe tivesse, muita ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que esse amor a
poupara à degradação de um casamento de conveniência, nome com que se decora o mercado

matrimonial, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e redentor.


Parecerá estranha essa paixão veemente, rica de heróica dedicação, que entretanto assiste
calma, quase impassível, ao declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e se deixa
abandonar, sem proferir um queixume, nem fazer um esforço para reter a ventura que foge.
Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja investigação nos abstemos; porque o
coração, e ainda mais o da mulher que é toda ela, representa o caos do mundo moral. Ninguém
sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir nesses limbos.

ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __. Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8.

20
O narrador revela uma opinião no trecho:

A) “Aurélia passava agora as noites solitárias.” (l. 1)


B) “...buscava afastar da conversa o tema desagradável.”(l. 4-5)
C) “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus...” (l. 12-13)
D) “...e se deixa abandonar, sem proferir um queixume,...” (l. 16)
E) “Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica,...” (l . 18)

Aqui você encontrará uma videoaula sobre o descritor D10

https://youtu.be/9sB7OhB6_gk?si=KfZM4hFuJpWU7gcx

QUESTÃO 13

(SAEPE). Leia o texto abaixo.

Segunda-feira, 15 de junho de 1942

Minha festa de aniversário foi no domingo à tarde. O filme de Rin Tin Tin fez o maior
sucesso entre minhas colegas de escola. Ganhei dois broches, um marcador de livros e dois
livros.
Vou começar dizendo algumas coisas sobre minha escola e minha turma, a começar
pelos alunos.
Betty Bloemendaal [...] mora numa rua que não é muito conhecida, no lado oeste de
Amsterdã, e nenhuma de nós sabe onde fica. Ela se dá muito bem na escola, mas é porque
estuda muito [...]. É muito quieta.
Jacqueline van Maarsen é, talvez, minha melhor amiga, mas nunca tive uma amiga de
verdade. No começo, achei que Jacque seria uma, mas estava redondamente enganada.[...]
Henry Mets é uma garota legal, tem um jeito alegre, só que fala em voz alta e parece
mesmo uma criança quando estamos brincando no pátio. [...]

Hanneli Goslar [...] é meio estranha. Costuma ser tímida – expansiva em casa, mas
reservada quando está perto de outras pessoas. Conta para a mãe tudo que a gente diz a ela.
Mas ela diz o que pensa, e ultimamente passei a admirá-la bastante. [...]
Nannie van Praag-Sigaar é pequena, engraçada e sensível. Apesar de só ter 12 anos, é a
própria lady. Age como se eu fosse um bebê. Além disso, é muito atenciosa, e eu gosto dela.
[...]
FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. Rio de Janeiro: BestBolso, 2010. Fragmento.

21
Nesse texto, há um fato no trecho:

A) “Minha festa de aniversário foi no domingo à tarde.”. (1° parágrafo)


B) “Jacqueline van Maarsen é, talvez, minha melhor amiga,...”. (4° parágrafo)
C) “... achei que Jacque seria uma, mas estava [...] enganada.”. (4° parágrafo)
D) “Henry Mets é uma garota legal,...”. (5° parágrafo)
E) “... é muito atenciosa, e eu gosto dela.”. (último parágrafo)

Ao analisar a questão fica muito claro que é a alternativa A que está correta, pois é nela
que está transcrito um fato, isto é algo objetivo que aconteceu. Nos distratores B, C, D e E,
estão expressos fragmentos da opinião da personagem principal sobre seus colegas,
portanto estão incorretos.

QUESTÃO 14

(PAEBES). Leia o texto abaixo.

Cães imitam os donos

Ah, olha só, isso não é só coisa de gato. Os cachorros também imitam o que os donos
fazem.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, treinou oito
cachorros para ver mesmo se eles imitam ou não o que a gente faz. Primeiro, os donos
tiveram de ensinar: fizeram algo (tipo enfiar a cabeça num balde que estava no chão, ou andar
em volta de um cone) e, alguns segundos depois, deram a ordem “faça como eu”. Fizeram o
teste 19 vezes, com tarefas diferentes e em intervalos maiores (os cães tinham de imitar a
ação até 10 minutos depois que os donos haviam feito). Em algumas situações, até levavam o
cachorro para longe do cone (ou do balde). E, em todas as tentativas, os bichinhos refizeram
os passos do dono.
Segundo a pesquisa, isso mostra que os cães têm memória declarativa – memória de
longo prazo sobre fatos e eventos que podem ser relembrados conscientemente. “Eles fazem
isso [nos imitar] naturalmente, porque são predispostos a aprender socialmente com a gente”,
explica Ádám Miklós, um dos pesquisadores.
Espertinhos, não? Vai ver é por isso que eles gostam tanto de dormir na sua cama. Só
estão te imitando…

Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/caes-imitam-os-


donos/>. Acesso em: 24 fev. 2014.

Qual passagem desse texto expressa uma opinião do autor?

A) “Primeiro os donos tiveram de ensinar:...”. (2° parágrafo)


B) “...‘faça como eu’.”. (2° parágrafo)
C) “... os cães têm memória declarativa...”. (3°parágrafo)
D) “‘Eles fazem isso [nos imitar] naturalmente,... ’”. (3° parágrafo)
E) “Espertinhos, não?”. (último parágrafo)

22
A opinião é um ponto de vista a respeito de um determinado fato, isto é, refere-se
a um julgamento pessoal em relação a algo. Esse entendimento nos leva a optar
pela alternativa E como correta, visto que a expressão “Espertinhos, não?” trata-se
de uma opinião relativa ao fato dos cães imitarem os donos naturalmente. Nos
distratores A, B, C e D estão incorretas porque apenas estão narrando os fatos que
ocorreram durante a pesquisa, os quais levaram a autora chamar os cães de
espertinhos.

QUESTÃO 15

Leia o texto a seguir e responda à questão:

A raposa e as uvas

Num dia quente de verão, a raposa passeava por um pomar. Com sede e calor, sua
atenção foi capturada por um cacho de uvas.

“Que delícia”, pensou a raposa, “era disso que eu precisava para adoçar a minha boca”. E,
de um salto, a raposa tentou, sem sucesso, alcançar as uvas.

Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videira, dizendo: “Aposto que estas uvas estão
verdes.”

A frase que expressa uma opinião é:

A) “a raposa passeava por um pomar.”


B) “sua atenção foi capturada por um cacho de uvas.”
C) “a raposa afastou-se da videira.”
D) “aposto que estas uvas estão verdes.”
E) “De um salto, a raposa tentou, sem sucesso, alcançar as uvas”

Na fábula acima fica fácil perceber que é a alternativa D está correta, pois é nela
que está a frase na qual se expressa uma opinião. O verbo “aposto”, flexionado na
1ª pessoa do singular (eu), emite uma opinião da raposa em relação à uvas. Pois
bem, os distratores A, B, C e E estão incorretos, já que apresentam fatos sendo
narrados; observe que são relatos de ações da raposa, como passear, ter a atenção
capturada e afastar-se, saltar.

QUESTÃO 16

As enchentes de minha infância

23
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu
invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a
casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia,
casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde
chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos,
depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no
meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.

Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina
de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas
ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às
vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos,
torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de
manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um
palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a
cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas
cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos
sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

A expressão que revela uma opinião sobre o fato “… vinham todos dormir em nossa casa”, é:

A) “Às vezes chegava alguém a cavalo…”


B) “E às vezes o rio atravessava a rua…”
C) “e se tomava café tarde da noite!”
D) “Isso para nós era uma festa…”
E) “As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos”

Na questão acima se pede para identificar a opinião sobre o fato destacado. Então,
localizando a expressão destacada no terceiro parágrafo do texto, podemos ver
que ele inicia com a exposição do fato relatado pelo narrador: “Então vinham todos
dormir em nossa casa.” Observe que na sequência dessa frase temos: “Isso para
nós era uma festa”. O termo isso, que é um pronome demonstrativo, retoma o
fato que acabou de ser citado, demonstrando a respeito dele uma opinião. Nesse
sentido, isso = vinham todos dormir em casa. Na opinião do narrador, esse fato era
uma festa. A resposta correta da questão, portanto, só pode ser a alternativa D.
Os distratores A, B, C e E estão incorretos porque se referem a fatos relatados pelo
autor e não a uma opinião.

24
⮚ Atenção: Há itens que solicitam que o aluno identifique um trecho que expresse um
fato ou uma opinião, ou então, dá-se a expressão e pede-se que ele reconheça se é um
fato ou uma opinião.
⮚ Quando é importante saber diferenciar fato de opinião? Quando nos engajamos em
um debate de um tema polêmico; Quando devemos escrever um texto dissertativo;
dentre outras atividades nas quais precisamos conhecer o fato em seus detalhes para
exprimir uma opinião precisa sobre ele.

⮚ É importante saber distinguir os fatos das opiniões nas Fake News, pois elas
contribuem para a desinformação da sociedade, espalhando notícias baseadas em
“achismos” fazendo com que muitas pessoas as tomem como verdades absolutas, e,
então, fica muito mais difícil demonstrar que esta não é a realidade dos fatos. As fake
news tendem a conter palavras ou frases que despertam emoções ou mexem com as
crenças das pessoas, atingindo um maior potencial de divulgação e compartilhamento
nas redes sociais. Em uma realidade que até mesmo os adultos, das mais variadas
idades, têm a tendência de confundir o que é real e o que é uma visão pessoal, a
carência de referências torna-se uma ameaça para a vida coletiva.

As questões 17,18, 19 e 20 estão relacionadas ao Descritor 26

Como sabemos a língua não é homogênea, ela pode variar e


essa variação ocorre por diferentes motivações. Como exemplo,
podemos citar um seminário escolar que, por ser um gênero
textual considerado formal, espera-se que ao fazer uso desse
texto, vocês utilizem a modalidade formal da língua. Por outro
lado, se vocês estiverem em uma conversa informal com seus
colegas, farão uso da língua de forma mais descontraída, sem,
necessariamente, ficarem se monitorando para usar uma
linguagem formal.

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em identificar quem
fala no texto e a quem ele se destina, essencialmente, por meio da presença de marcas
lingüísticas (o tipo de vocabulário, o assunto, etc.), evidenciando, também, a importância do
domínio das variações lingüísticas que estão presentes na nossa sociedade.

Essa habilidade é avaliada em textos nos quais o aluno é solicitado a identificar, o


locutor e o interlocutor do texto nos diversos domínios sociais, como também, são
exploradas as possíveis variações da fala: linguagem rural, urbana, formal, informal,
incluindo também as linguagens relacionadas a determinados domínio sociais, como, por
exemplo, cerimônias religiosas, escola, clube, etc.

25
Observe o exemplo do item:

Luz sob a porta

— E sabem que que o cara fez? Imaginem só: me deu a maior cantada! Lá, gente, na porta
de minha casa! Não é ousadia demais?
— E você?
— Eu? Dei telogo e bença pra ele; engraçadinho, quem ele pensou que eu era?
— Que eu fosse.
— Quem tá de copo vazio aí?
— Vê se baixa um pouco essa eletrola, quer pôr a gente surdo?
(VILELA, Luiz. Tarde da noite. São Paulo: Ática, 1998. p. 62.)

O padrão de linguagem usado no texto sugere que se trata de um falante

(A) escrupuloso em ambiente de trabalho.


(B) ajustado às situações informais.
(C) rigoroso na precisão vocabular.
(D) exato quanto à pronúncia das palavras.
(E) contrário ao uso de expressões populares.

Aqui você encontrará uma videoaula sobre o descritor D26:

https://www.youtube.com/watch?v=V0uHb1MMNlM

QUESTÃO 17

Leia o texto.

TÔ AQUI

Já imaginei milhões de maneiras para chamar sua atenção. Já fiz mais de quinhentas
caretas diferentes para que você me notasse. Já chorei rios de lágrimas pensando em você.
Lotei um estádio de futebol de vontade de te ver. Já mandei um caminhão de recados. Breve
vou começar a pensar que você gosta de outro...

FERNANDES, Maria; HAILER, Marco Antônio. Disponível em:


https://drive.google.com/file/d/0BwKU10l2yX_NRW9acGdCYVRKeU0/view. Acesso em: 15 de jan de 2024.

26
A expressão “Tô aqui!”, no título desse texto, revela um falante que faz uso de linguagem

A) formal.
B) coloquial.
C) regional.
D) técnica.
E) arcaica.

Podemos perceber que neste texto a escolha do título com a expressão informal
“ tô aqui” nos direciona para alternativa B como correta. Os distratores A, D e E
não atendem a linguagem utilizada no texto. Quanto ao distrator C está errado por
não se tratar de um regionalismo, particularidade linguística de uma determinada
região geográfica, decorrentes da cultura lá existente, mas sim de uma variação
linguística estilísticas, por remeter ao contexto de adaptação da fala, no caso
informal.

QUESTÃO 18

(SAEPE). Leia o texto abaixo.


Pela janela
Quando eu percebi que a Milena estava olhando para mim, lá do outro
lado da classe, virei o rosto para a lousa, onde a professora acabava de escrever
uma pergunta.
Antes do recreio, a gente tinha assistido A guerra do fogo e agora
estávamos em grupos de quatro, fazendo um trabalho sobre o filme. A história se
passava na Idade da Pedra, não tinha falas, só grunhidos saindo das bocas dos
homens das cavernas. [...]
Em torno da minha mesa estavam Geandré, o Walter, o Duílio e eu.
Estávamos sentados próximos à janela, de onde eu podia ver os menores correndo,
lá embaixo. [...]
Olhei para Milena, bem rápido, ela estava me olhando, de novo, mas
virou o rosto, quando me viu.
No dia anterior, a Milena passou por mim, na saída e, sem me olhar, pôs
um papel dobrado na minha mão. De um lado estava escrito “De Milena” e no outro
“Para Rodrigo”. Eu coloquei o papel no bolso e só tive coragem de ler quando
cheguei em casa, depois de mais de uma hora na perua, com ele queimando no
meu bolso.
PRATA, Antônio. Carta fundamental. Set. 2009. Fragmento.

No trecho “Antes do recreio, a gente tinha assistido...” (1° parágrafo), a expressão


destacada é característica da linguagem

27
A) coloquial.
B) culta.
C) científica.
D) regional.
E) técnica.

Como sabemos “A gente” é uma expressão muito utilizada na linguagem coloquial


ao invés do pronome “nós”. Sendo assim, “A gente” é uma locução pronominal,
com verbos conjugados na 3ª pessoa do singular, e não é indicada para linguagem
formal, sendo mais usada na linguagem informal. Portanto, somos levados a
identificar a alternativa A como correta. Assim, os distratores B, C, e E se referem
a linguagem padrão, formal por isso estão incorretas. E o distrator D está
incorreto porque não se trata de um regionalismo, mas sim de uma variação
linguística estilísticas.

QUESTÃO 19

(SAEPE) Leia o texto abaixo.

Por mais respeito às bicicletas

A capital pernambucana só tem 28,4 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Número


irrisório quando se sabe o potencial cicloviário da cidade. O Plano de Mobilidade do Recife
prevê a instalação de 424 km de estrutura para o trânsito de bicicletas. E poderiam ser muito
mais: em 2 mil km de vias é possível reduzir a velocidade dos carros para permitir um convívio
amigável entre motoristas e ciclistas, segundo dados do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira,
[...].

Se assim fosse, reduziria-se o perigo que tanto afasta “simpatizantes” das bikes desse
tipo de transporte e endossa o discurso da “ciclovia” como alternativa máxima à viabilização
do tráfego de bicicletas.

[...] Entenda-se: a ciclovia é separada das faixas destinadas aos carros por obstáculos
físicos. As ciclofaixas e ciclorrotas não.

No Recife, apesar de não haver estatísticas que comprovem o aumento do número de


bicicletas nas ruas [...], essa é a percepção de muitos. [...] No entanto, não há estatísticas
publicadas que comprovem que esteja havendo aumento no número de acidentes graves
envolvendo bicicletas. [...]

Mais: muitos especialistas defendem que a lógica do senso comum é inversa à


realidade.

28
Dizem que quanto mais bicicletas nas ruas, menos acidentes. A justificativa está na
premissa de que quanto mais bikes circulando, mais o motorista se acostuma a dividir o
espaço com esse tipo de veículo.

COLARES, Juliana. Disponível em:https:// www.ufpe.br /agenciaclipping/index. php Acesso em: 26 mar.
2022. Fragmento

Nesse texto, o trecho “... muitos especialistas defendem que a lógica do senso
comum é inversa à realidade.” (4° parágrafo) apresenta marcas da linguagem
A) científica.
B) coloquial.
C) formal.
D) regional.
E) técnica.

Podemos observar que no trecho acima estão presentes características


da linguagem formal, como a utilização de alguns vocabulário rico e
diversificado e a escrita correta das palavras e pontuação, o que nos
direciona a optar pela alternativa C como a correta. O distrator A está
errado por não trazer uma informação cientifica. O distrator B e D estão
errados pelo trecho estudado não apresentar variação linguística. E o
distrator E está incorreto porque na linguagem técnica há termos
específicos de determinada área, o que não ocorre neste trecho.

QUESTÃO 20

Leia o texto abaixo.


A professora de desenho

[...] Toda sexta-feira, depois do recreio, [...] entrava a professora de desenho. A dona
Andréia. [...] A aula de desenho era uma farra. A gente abria os cadernos, que não tinham
linhas, só folhas de papel em branco, para a gente fazer o que quisesse. Podia. Dona Andréia
deixava. Ela era linda.
Um dia, ela se atrasou. [...] Todo mundo estava louco para ter aula de desenho. Por
que será que ela estava atrasada? [...] Talvez a dona Andréia tivesse brigado com o namorado.
Pode ser que o diretor da escola tivesse dado uma bronca nela. Vai ver que tinha alguém
doente na família.
Mas a gente não queria saber de nada. Só queria ter aula de desenho. Foi quando a

29
dona Andréia apareceu. Todos nós ficamos contentes. Não foi só contente. Foi uma espécie
de alegria total, de gritaria, de explosão. Ela entrou na classe. Alguém gritou:
– É a Andréia!
[...] Todo mundo começou a gritar:
– É a Andréia! É a Andréia!
O berreiro foi ganhando ritmo. Como se fosse torcida de futebol.
– AN-DRÉ-IA! AN-DRÉ-IA! [...]
Ela começou ficando alegre com a zoeira. Deu um sorriso. O sorriso dela era lindo. [...]
Depois, ela ficou um pouco assustada. Não estava entendendo a bagunça.
[...] Foi então que eu vi. Ela começou a chorar. E saiu da sala. Na hora, não entendi.
Fiquei pensando. Quem sabe ela se assustou muito. Talvez não imaginasse que a gente
gostava tanto dela. E, às vezes, muito amor assusta as pessoas. [...] Ela também pode ter
chorado por outro motivo qualquer. Estava triste com o namorado, ou com alguma doença da
família, e toda aquela alegria da gente atrapalhando os sentimentos dela.
A Andréia nunca mais voltou. As aulas de desenho acabaram. Comecei a perceber uma
coisa. É que às vezes, quando a gente gosta demais de uma pessoa, não dá certo. Dá uma
bobeira na gente. A gente começa a gritar:
– Andréia! Andréia! E a Andréia fica sem jeito. Não sabe o que fazer. Se assusta. Se
enche.
Ouça este conselho: Se você gosta muito de alguém, tome cuidado antes de fazer
escândalo. Não fique gritando “Andréia! Andréia!”. Finja que você só está achando a pessoa
legal, nada mais. Senão a Andréia sai correndo.
Quando a gente gosta de alguém, tem de fazer como sorvete. Dá uma mordidinha. Mas
não enfia o nariz e a boca na massa de morango. Senão, vão achar que a gente é idiota.
As pessoas da minha classe gostavam tanto da Andréia, que ela foi embora. Se a gente
fosse mais esperto fingia que não gostava tanto.

COELHO, Marcelo. Disponível em:disponível em:http://revistaescola.Abril.com.br/


fundamental-1/professora-desenho-634209.shtml. Acesso em: 21 out 2020.

Um trecho desse texto que apresenta marcas de oralidade é:

A) “Por que será que ela estava atrasada?”. (2° parágrafo)


B) “Todos nós ficamos contentes.”. (3° parágrafo)
C) “Como se fosse torcida de futebol. – AN-DRÉIA! AN-DRÉ-IA!”. (8° parágrafo)
D) “E, às vezes, muito amor assusta as pessoas.”. (10° parágrafo)
E) “As pessoas da minha classe gostavam tanto da Andréia, que ela foi embora.”. (16°
parágrafo

No texto lido é facilmente identificável que há marcas de oralidade na alternativa


C que é a correta quanto a questão, pois apresenta uma marca proposital de
separação das sílabas do nome Andréia fazendo analogia com uma torcida de
futebol. Os distratores A, B, D e E estão incorretos quanto a questão por
apresentarem marcas da linguagem formal.

30
⮚ A variação linguística é algo comum na língua e isso acontece pelo fato dos falantes de
uma língua serem diferentes, apresentarem gostos diferentes, morarem em diferentes
lugares e isso certamente reflete na língua. Falar uma variante linguística diferente não é
errado, o que o falante precisa ter cuidado é com a adequação linguística, ou seja, de
acordo com um ambiente de comunicação específico, adequar o uso da língua.

⮚ A linguagem regional está relacionada com as variações ocorridas, principalmente na


fala, nas mais variadas comunidades linguísticas. Essas variações são também chamadas
de dialetos. O Brasil, por exemplo, apresenta uma imensa variedade de regionalismos na
fala dos usuários nativos de cada uma de suas cinco regiões.

⮚ As marcas de oralidade são traços de gírias, abreviações, expressões populares, ou


comuns em diálogos, e erros de português que aparecem em textos. Por vezes,
dependendo do gênero escrito, essas marcas podem ser propositais. Por exemplo, na
literatura e em crônicas, para representar um diálogo orgânico.

⮚ Variantes linguísticas são as muitas formas de se expressar dentro de um mesmo idioma.


As variantes são fortemente influenciadas pela cultura, contexto, local, época e
experiências individuais ou coletivas. Elas dialogam com os ambientes em que se
manifestam e são uma expressão comunicativa e cognitiva de quem as fala, possuindo
regras e características próprias.

⮚ Os tipos de variantes linguísticas são quatro: as variações diatópicas


(geográficas); variações diacrônicas (históricas); variações diastráticas (grupos
sociais); e as variações diafásicas (formal x informal).

Esperamos que você tenha gostado do caderno e conseguido explorar ao máximo


o seu conhecimento! Este é o ano para se aventurar por novas fronteiras
intelectuais e descobrir o vasto universo do aprendizado!

Até breve!

31

Você também pode gostar