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XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS

DA UNAERP

A responsabilidade ético-legal dos Enfermeiros na transfusão de sangue


em Testemunhas de Jeová: revisão narrativa da literatura

Marcelo Valente Ramos1; William Henrique da Silva2; Gabriel Rodrigues Santana3

1
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Discente.
valente_ramos@hotmail.com
2
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Discente.
wikahenrique@gmail.com
3
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Pesquisador e Docente.
grsantana@unaerp.br.

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee

Saúde: Outra área da Saúde

Formato: Artigo

Apresentação: Oral (apresentação em slides por meio do Google Meet)

RESUMO

A Testemunhas de Jeová não aceitam transfusões de sangue total ou de seus


quatro componentes primários. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura que
objetivou identificar a produção científica sobre a responsabilidade ético-legal dos
enfermeiros na transfusão de sangue em Testemunhas de Jeová. Os resultados
evidenciaram que a indispensabilidade de transfusão de sangue em pacientes
Testemunhas de Jeová, expõe o enfermeiro diante de um impasse ético porque esse
ato envolve a contrariedade de dois direitos fundamentais, o direito indisponível à
vida e o direito de recusa por convicções religiosas, ambos protegidos igualmente
pela Constituição Brasileira. Constatou-se que o enfermeiro deve saber como agir
diante dos conflitos que possam ser vivenciados durante o seu exercício profissional,
por isso é imprescindível que o mesmo tenha o conhecimento do código de ética de
enfermagem. Em suma, pode-se dizer que os enfermeiros, querendo ou não, terá de
assumir sua parte na responsabilidade da transfusão de sangue em Testemunhas
de Jeová.

Palavras-chave: Enfermagem; Sangue; Testemunha de Jeová.

ABSTRACT
Jehovah's Witnesses do not accept transfusions of whole blood or its four primary
components. This is a narrative literature review that aimed to identify the scientific

1
production on the ethical-legal responsibility of nurses in blood transfusion in
Jehovah's Witnesses. The results showed that the indispensability of blood
transfusion in Jehovah's Witness patients exposes nurses to an ethical impasse
because this act involves the contrariety of two fundamental rights, the unavailable
right to life and the right to refuse for religious convictions, both equally protected by
the Brazilian Constitution. It was found that nurses must know how to act in the face
of conflicts that may be experienced during their professional practice, so it is
essential that they have knowledge of the nursing code of ethics. In short, it can be
said that nurses, willingly or not, will have to assume their part in the responsibility of
blood transfusion in Jehovah's Witnesses.

Key-words: Nursing; Blood; Jehovah's Witness

1 INTRODUÇÃO

Os Testemunhas de Jeová surgiram por volta de 1870, na Pensilvânia, Estados


Unidos, a partir dos ensinamentos de Charles Russell. O movimento religioso
conhecido como Testemunhas de Jeová é uma religião cristã. Seus adeptos seguem
Jesus Cristo e adoram exclusivamente a Jeová. O nome “Testemunhas de Jeová”
apoia-se em um trecho bíblico no qual Jeová pede aos fiéis que sejam suas
testemunhas e que preguem suas doutrinas (EKRAN, 2020).
A Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Pensilvânia) é uma
entidade, sem fins lucrativos, formada em 1884, ao abrigo das leis do Estado da
Pensilvânia, EUA. É usada pelas Testemunhas de Jeová para apoiar a sua obra
mundial, o que inclui a produção de Bíblias e publicações bíblicas (EKRAN, 2020).
Cada congregação é supervisionada por um corpo de anciãos, ou grupo de
homens responsáveis. Cerca de 20 congregações formam um circuito. As
congregações recebem visitas regulares de anciãos viajantes, conhecidos como
superintendentes de circuitos, instruções e orientações bíblicas são fornecidas pelo
Corpo Governante, uma comissão composta por Testemunhas de Jeová experientes
que servem na sede mundial das Testemunhas de Jeová em Warwick, Nova Iorque,
Estados Unidos (EKRAN, 2020).
As Testemunhas de Jeová não aceitam transfusões de sangue total ou de seus
quatro componentes primários – a saber, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos,
plaquetas e plasma. Elas também não doam sangue nem o armazenam para seu
próprio uso numa possível transfusão. Um dos motivos que levam as Testemunhas
de Jeová a recusarem as transfusões de sangue é que elas acreditam que a Bíblia
Sagrada, ou a Palavra de Deus, proíbe tomar sangue por qualquer via (NÓBREGA,
2014).

O enfermeiro assume o papel de intermediador, devido ao motivo de que o


médico ao falar com o paciente parece lhe impor um tratamento, não lhe explicando
de forma clara como os procedimentos se seguiram ou até mesmo devido à falta de
tempo, o que faz necessário que a enfermagem aja como intermediadora para
esclarecer ao paciente suas dúvidas, acalmando-o, chegando até mesmo a mostrar

2
quais os pontos positivos e negativos dos tratamentos respeitando assim o direito do
paciente de recusar algum tratamento e optar por outro se este assim desejar
(BERTI, 2017).
O profissional de enfermagem deve promover uma escuta qualificada
habilidade que deve ser inerente a todo profissional de saúde, que significa
desenvolver a capacidade de ouvir atentamente as pessoas, lembrando que o
processo de narrar um fato pode contribuir para a modificação da maneira de
vislumbrar e agir sobre qualquer situação, principalmente frente à recusa de algum
cuidado (BUZZI, 2014).
O profissional de enfermagem deve promover uma escuta qualificada
habilidade que deve ser inerente a todo profissional de saúde, que significa
desenvolver a capacidade de ouvir atentamente as pessoas, lembrando que o
processo de narrar um fato pode contribuir para a modificação da maneira de
vislumbrar e agir sobre qualquer situação, principalmente frente à recusa de algum
cuidado (BUZZI, 2014).
Os profissionais de enfermagem, em suas três categorias, detêm a
responsabilidade pela administração de transfusões de sangue, e o fazem com
grande frequência. No Brasil, as competências e atribuições do enfermeiro e
técnicos em enfermagem em hemoterapia são regulamentadas pela Resolução nº
511/2016 do Conselho Federal de Enfermagem, a qual estabelece a sua
responsabilidade pelo planejamento, execução, coordenação, supervisão e
avaliação de procedimentos de hemoterapia nas unidades de saúde (ALVES et al.,
2021).
O interesse pelo tema surgiu através das experiências dos pesquisadores
durante o trabalho no pronto atendimento de uma unidade hospitalar, além de
leituras durante o curso de graduação de enfermagem envolvendo o assunto.
Constata- se, na prática do trabalho, a falta de protocolo institucional. A ausência do
protocolo institucional pode gerar insegurança aos profissionais de saúde, pacientes,
diminuição da qualidade da assistência e a falta de autonomia dos profissionais de
enfermagem justificando a relevância dessa pesquisa
Diante do exposto os pesquisadores questionam: Em que consiste, pois, a
responsabilidade ético-legal dos enfermeiros na transfusão de sangue em
Testemunhas de Jeová?

2 OBJETIVO

Desse modo, o presente estudo objetivou identificar a produção científica sobre


a responsabilidade ético-legal dos enfermeiros na transfusão de sangue em
Testemunhas de Jeová.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE

3
O sangue, desde os primórdios da humanidade aparece como ligado a vida.
Uma das primeiras referências que encontramos ao sangue, consta em um dos
livros mais antigos existentes, a Bíblia Sagrada. Na passagem de Gênesis capítulo
9, versículos de 3 ao 6, o Criador declara:

3. Todo animal que se move e que está vivo pode servir-lhes de alimento.
Assim como dei a vocês a vegetação verde, eu lhes dou todos eles. 4.
Somente não comam a carne de um animal com seu sangue, que é a sua
vida. 5. Além disso, vou exigir uma prestação de contas pelo sangue, a vida,
de vocês. Vou exigir de cada animal uma prestação de contas; e vou exigir
de cada homem uma prestação de contas pela vida do seu irmão. 6. Quem
derramar o sangue do homem, pelo homem será derramado o seu próprio
sangue, pois Deus fez o homem à sua imagem (Grifo nosso) (Bíblia
Sagrada, 2015).

Sendo assim, para as Testemunhas de Jeová é totalmente impossível se


abster de sangue e, ao mesmo tempo, introduzi-lo no corpo por meio de uma
transfusão. Portanto, diante da explicação bíblica acima exposta, elas entendem
que, embora haja bons motivos médicos para evitar as transfusões de sangue, o
mais importante é que Deus as manda abster-se do sangue porque ele representa a
vida, que é algo sagrado para Ele (BAPTISTA, 2011).
Em 2019, foram coletadas no Sistema Único de Saúde (SUS) cerca de 3,2
milhões de bolsas de sangue contra aproximadamente 3,35 milhões de bolsas em
2016. As transfusões de sangue no país aumentaram de 2016 para 2019, passando
de 2,8 milhões para 2,95 milhões de transfusões realizadas, a doação de sangue no
Brasil é um ato seguro, tanto para o doador como para quem irá receber o sangue.
Não há como se contaminar com qualquer tipo de doença por meio de uma
transfusão de sangue, todo sangue doado no Brasil é testado laboratorialmente para
doenças transmissíveis pela transfusão (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).
Como se sabe, a enfermagem é a profissão que mais tem contato com o
paciente, por isso é interessante analisar como esses profissionais encaram a
questão religiosa no seu ambiente de trabalho (MURAKAMI, 2012).
O enfermeiro deve saber como agir diante dos conflitos que possam ser
vivenciados durante o seu exercício profissional, por isso é imprescindível que o
mesmo tenha o conhecimento da Resolução Cofen 564/2017, que dispõe sobre o
novo Código de Ética dos Profissionais da Enfermagem (CEPE) além dos preceitos
consignados tanto na Constituição Federal Brasileira quanto na Lei nº 8.080/90 (Lei
do SUS). O profissional da saúde deve ter em mente que sua formação também é
para atender e valorizar as necessidades religiosas/espirituais dos usuários, visto
que, são tão importantes para a consecução da integralidade do cuidado e
proporcionam um processo de bem estar e cura por meio da fé dos que buscam por
cuidado (BRASIL, 2007).

4
Nas sociedades ocidentais, religião e ciência possuem um histórico de
conflitos que se estende ao campo da saúde. Assim, desde a Revolução Científica,
iniciada no século XVI, o enfoque explicativo das doenças supervalorizou
características físico-biológicas e buscou excluir aspectos psíquicos, sociais e
espirituais, contribuindo para a supremacia do paradigma biomédico. Porém, no
decorrer do século XX, diversas transformações foram suscitadas pelo
acompanhamento prolongado de enfermos crônicos e a constatação da influência de
fatores psicológicos para a saúde (GOBATTO, 2013).
Na Idade Média surge a medicina galênica baseada em interpretações
espirituais, mas um pouco a frente, Leonardo da Vinci e Andreas Vesalios daria
início a revolução científica, dividindo o organismo humano em partes ou sistemas,
para uma melhor compreensão (GEWEHR, 2017).
A Organização Mundial da Saúde passou a destacar a dimensão espiritual em
sua delimitação conceitual da saúde, propiciando a ampliação do escopo das
pesquisas na área, de fato, é notável o aumento das publicações que almejam
relacionar saúde e religiosidade/espiritualidade (GOBATTO, 2013).
As palavras religiosidade e espiritualidade podem estar relacionadas, porém,
não são sinônimas, a espiritualidade possui um conceito mais amplo do que religião,
pois esta é apenas uma expressão da espiritualidade, a religiosidade envolve um
sistema de culto e doutrina, que é compartilhado por um grupo, e, portanto, tem
características comportamentais, sociais, doutrinárias e valorais específicas, por
outro lado, a espiritualidade está relacionada com o transcendente, com questões
definitivas sobre o significado e propósito da vida, e com a percepção de que há
mais na vida do que aquilo que pode ser visto ou inteiramente entendido (GOMES,
2014).
É preciso realçar a essência multidimensional das noções de religião,
religiosidade, espiritualidade, crenças e fé, não viabilizando, portanto, definições
consensuais (PEREIRA, 2015).

3.2 ENFERMEIRO FRENTE RELIGIOSIDADE E DIREITOS DO PACIENTE

A enfermagem vem enfatizando a importância de se reconhecer a religião e a


espiritualidade como fontes de fortalecimento para o enfrentamento de doenças, na
história da enfermagem brasileira, a religião ocupa lugar privilegiado, às vezes, uma
chega a ser a porta-voz da outra, na formulação de um pensamento e na
consolidação de atitudes que influenciam a formação e o exercício profissional dos
enfermeiros e auxiliares de enfermagem (RODRIGUES; JUNIOR, 2016).

Os profissionais da saúde primam por solucionar os direitos fundamentais


respeitando os princípios éticos e intervenções assegurando o bem estar dos
Testemunhas de Jeová. A necessidade da transfusão em Testemunhas de Jeová
coloca os profissionais da saúde diante um dilema porque esse procedimento
envolve dois direitos fundamentais: “O direito à vida é inerente à pessoa humana”.
“Estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre

5
exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma de lei, a proteção aos locais de
culto e suas liturgias", ambos da Constituição Brasileira (FRANÇA, 2008).

3.3 RESPONSABILIDADE LEGAL DOS ENFERMEIROS NA TRANSFUSÃO DE


SANGUE EM TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

Tendo em vista a atuação do enfermeiro, o profissional deve manter sua


postura ética quanto a uma transfusão negada. Dentre as crenças religiosas existe
um significativo número de pessoas no mundo conhecido como Testemunhas de
Jeová, e é de senso comum a todos os adeptos da religião a proibição da
transfusão, mesmo havendo risco de morte. O enfermeiro deve levar em
consideração que a transfusão de sangue não é um tema apenas religioso, mas sim
uma questão de saúde (FORMAGGI, 2013).
Os testes realizados pelos bancos de sangue não geram segurança suficiente
a ponto de garantir 100 % da pureza deste material biológico. Apesar de toda a
evolução tecnológica, diante dos conhecimentos atuais, as transfusões de sangue
não são totalmente seguras no que diz respeito à transmissão de moléstias
infecciosas (SOUTO, 2018).
Quando a indicação do tratamento transfusional é confirmada, antes de realizar
o procedimento é de fundamental importância que o enfermeiro forneça informações
para que o usuário tenha o direito em consentir o plano de tratamento proposto ou
se negar. A questão ética não é respeitada quando não se dá ao usuário um outro
tratamento além da transfusão sanguínea, assim sua dignidade pessoal e o princípio
da autonomia não são seguidos da forma correta, dentro dos limites deontológicos
que são representados pela vida física, qualidade de vida e o direito a livres
escolhas (SACCHINI et al., 2013).
Na obrigatoriedade da obtenção do consentimento livre e esclarecido na
assistência médica conferido na Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957,
regulamentada pelo Decreto nº44.045, de 19 de julho de 1958, e pela Lei nº 11.000,
de 15 de dezembro de 2004, em que teve atualização na Recomendação CFM
Nº1/2016 pela Câmara técnica de bioética, assegura ao paciente o direito de saber
sua condição de saúde clínica, ter claramente explicada os mecanismo de ação dos
tratamentos que estão sendo oferecidos, bem como recusar estes procedimentos
oferecidos pelo médico, tendo este o dever de buscar atualização ou transferir este
paciente para realizar outras alternativas que sejam aceitas.

No Código de Ética dos Profissionais da Enfermagem (CEPE), no anexo da


Resolução Cofen 564/2017 art. 22, assegura a este seu direito a recusar realizar
procedimentos que não estejam em sua competência técnica, científica, legal e
ética, devendo assim respeitar a decisão tomada pelo paciente quanto ao tratamento
alternativo que escolherá, bem como executando seu dever de protegê-lo (REIS,
2020).
Ainda que este profissional esteja autorizado a transfundir sobre prescrição
clara do médico, em uma ementa Parecer COREN-SP 068/2013 - CT PRCI n°

6
102.620 o conselho regional, ressalva que o profissional de enfermagem pode
recusar-se a realizar a transfusão por motivos de convicção pessoal e ética (REIS,
2020).
No que diz respeito especificamente à Enfermagem, pode-se encontrar no
Código de Ética dos Profissionais da Enfermagem (CEPE), alguns artigos
indiretamente relacionados a tais questões. O artigo 6º do capítulo I - Dos Princípios
Fundamentais define que o profissional de enfermagem exerce a profissão com
autonomia, respeitando os preceitos legais da Enfermagem.
Embora o Código de Ética dos Profissionais da Enfermagem (CEPE), preveja a
autonomia profissional, grande parte deles ainda carrega o peso da submissão
diante da soberba de outras profissões, bem como o conformismo e a quietude
frente a procedimentos e decisões mais complexas (RATES; PESSALACIA, 2009).
O profissional da saúde deve ter em mente que sua formação também é para
atender e valorizar as necessidades religiosas/espirituais dos usuários, visto que são
tão importantes para a consecução da integralidade do cuidado e proporcionam um
processo de bem estar e cura por meio da fé dos que buscam por cuidado (BRASIL,
2020).
Para que haja uma relação de confiança entre o enfermeiro e o paciente é
importante que esse conheça a sua natureza física, cultural, espiritual, social e
psicológica deste, o enfermeiro deve ser compassivo, no intento de compreender e
respeitar a sistemática dos valores e crenças do cliente, muito embora não guarde
correspondência com a sua (LEIRIA, 2009).

4 MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, para análise dos dados será
utilizada a análise de conteúdo temática de Minayo (2014) pois possui melhor
afinidade para as investigações qualitativas em saúde. Esta análise é organizada em
três momentos: a pré-analise; a exploração do material e, tratamento dos resultados
obtidos e interpretação.
Foram realizadas buscas bibliográficas no período 2009 a 2021 onde a coleta
de dados foi efetuada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Literatura Latino-
Americana em Ciências da Saúde (LILACS) e na Base de Dados em Enfermagem
(BDENF) e em Cartilhas, Guias e Manuais do Ministério da Saúde. Foram
considerados como critérios de inclusão: artigos completos de acesso livre, online e
gratuitos, com o uso de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Testemunha de
Jeová, Sangue e Enfermagem, todos publicados em Língua Portuguesa, período de
2007 a 2021, que abordaram as questões éticas, posicionamento da enfermagem,
questão religiosa, os artigos foram lidos minuciosamente para serem utilizados no
presente projeto de forma que agregue conhecimento.
Definiram-se como critérios de exclusão aspectos dos potenciais participantes
que preenchem os critérios de inclusão, mas que apresentam características
adicionais, que poderiam interferir no sucesso do estudo ou aumentar o risco de um
desfecho desfavorável ou que aumentam o risco de eventos adversos (da maior

7
relevância em estudos que testam intervenções (MINAYO, 2014).

5 RESULTADOS

Gráfico 1: Cruzamento dos descritores na BVS Testemunha Jeová and


Enfermagem. Guarujá, 2021

Fonte: Os autores Fim do gráfico.

Para o primeiro cruzamento dos DeCS testemunha de Jeová and enfermagem


foram encontrados 101 artigos após filtragem. Foram utilizados para critérios dos
filtros: idioma português, artigo e ano de publicação de 2008 a 2021. Dos 101
artigos, apenas 17 foram selecionados pois se enquadraram nos critérios de
inclusão.

Quadro 1- Artigos utilizados após cruzamento e filtragem na BVS, Guarujá


2021.

Identificamos 156 artigos pesquisados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).


Foram utilizados 15 artigos após o cruzamento dos DeCs Testemunha de Jeová and
Enfermagem, sendo, 01 artigo de 2008, 02 artigos de 2009, 02 artigos de 2013, 01
artigo de 2014, 02 artigos de 2016, 01 artigo de 2017, 01 artigo de 2018, 02 artigos
de 2020 e 03 artigos de 2021. Após a seleção dos artigos, realizou-se a leitura
minuciosa
de cada estudo selecionado, visando minimizar os vieses de seleção. Com a
finalidade de extrair os dados principais de cada publicação, foi elaborada uma
tabela que apresentava informações acerca do título, autor e ano de publicação e
resultado do estudo.

TITULO AUTOR E ANO RESULTADOS

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Dilemas Éticos na FRANÇA et al. 2008 As categorias temáticas
hemotransfusão em sinalizam que as TJ acatam
Testemunhas de Jeová: a autotransfusão e se
uma análise jurídico-bioética contrapõem a pratica
médica da hemotransfusão,
mesmo que ela represente a
continuidade da vida.
Transfusões de sangue LEIRIA,2009 A recusa dos pacientes da
contra a vontade de religião Testemunhas de
pacientes da religião Jeová em receber
Testemunhas de Jeová: transfusões de sangue em
uma gravíssima violação situações de iminente risco
dos direitos humanos. de vida tem suscitado
debates nos meios médicos
e jurídicos. O presente
artigo tem a pretensão de
demonstrar que essa recusa
tem apoio na Constituição
Brasileira e também na
legislação infraconstitucional
Posicionamento ético de RATES et al. 2009 O posicionamento ético de
acadêmicos de Enfermagem acadêmicos de Enfermagem
acerca das situações frente às situações
dilemáticas em saúde. dilemáticas em saúde,
tomando como base o
princípio da sacralidade da
vida (PSV) e o princípio da
qualidade de vida (PQV),
apontam a importância de
estabelecer ou consolidar
espaços para a discussão
sobre conflitos bioéticos,
voltados ao estímulo da
reflexão e do diálogo
Questões éticas e SACCHINI 2013 os enfermeiros têm o dever
deontológicas na medicina de saber lidar com as
transfusional. Transfusão de reações tranfusionais,
sangue. levando ao paciente o
melhor tratamento possível,
o mesmo deve saber intervir
em toda e qualquer
intervenção que ocorra
como consequência da
transfusão sanguínea
durante ou após a sua
administração
Os Enfermeiros diante do FORMAGGI et al 2013 Infere-se que o exercício
dilema ético: transfusão de profissional do enfermeiro,
sangue em Testemunhas de levando em consideração os
Jeová. preceitos constitucionais,
bem como o Código de
Ética e os preceitos do SUS,
traduz-se num fator
preponderante para
minimizar tanto eventuais

9
arbitrariedades que possam
contrariar o entendimento e
a prática da integralidade do
cuidado, quanto aos dilemas
ético-legais existentes na
relação entre religiosidade,
espiritualidade e cuidado de
enfermagem.
As testemunhas de Jeová e NÓBREGA 2014 A questão refere-se
o direito fundamental de principalmente a uma
recusa às transfusões de aparente colisão de direitos
sangue na Constituição fundamentais, em especial o
brasileira de 1988. direito à vida e o direito à
liberdade, que engloba as
liberdades de crença,
religião e culto.
O Cuidado De Enfermagem RODRIGUES et al 2016 Com a meta de suprir as
Na Perspectiva Da Fé E necessidades básicas
Espiritualidade. humanas, é que deve
trabalhar a espiritualidade
como planejamento
assistencial de enfermagem,
tendo em vista a falta de
abordagem do tema durante
a graduação, e até mesmo
já em prática da profissão.
Assim, preparado e com
melhor compreensão do
assunto, notando-se um
crescente interesse dos
profissionais de saúde pelo
assunto, este profissional
poderá alcançar uma
relação de confiança,
aceitação dos cuidados e
uma melhor qualidade de
vida para o paciente.
Resolução COFEN- Conselho Federal de Norma Técnica que dispõe
511/2016. Enfermagem (COFEN). sobrea atuação de
Enfermeiros e Técnicos de
Enfermagem em
Hemoterapia.
Vivências de enfermeiros na FERREIRA et al 2017 visão que os enfermeiros
assistência de enfermagem possuem sobre os cuidados
em hemoterapia. de enfermagem em
hemoterapia são próximos
aos achados na literatura e
que os desafios
relacionados a assistência
podem ser superados pela
oferta de treinamentos e
pelo estabelecimento de
facilitadores ao cuidado de
enfermagem
Percepção de enfermeiros BERTI,2017 A compreensão da

10
recém graduados sobre sua experiência nos permitiu
autonomia profissional e ampliar o conhecimento
sobre o processo de tomada sobre os enfrentamentos
de decisão do paciente. dos enfermeiros recém
formados, favorecendo
nossa atuação como
professores de enfermagem
Transfusão sanguínea, SOUTO,2018 Os enfermeiros têm o dever
eventos adversos e de saber lidar com as
questões éticas: Atuação do reações transfusionais,
Enfermeiro levando ao paciente o
melhor tratamento possível,
o mesmo deve saber intervir
em toda e qualquer
intervenção que ocorra
como consequência da
transfusão sanguínea
durante ou após a sua
administração.
Ética e bioética no contexto REIS et al 2020 É crescente a necessidade
da recusa à transfusão de discutir estratégias e
sanguínea: revisando a alternativas para atender a
literatura. pacientes que recusam
receber sangue. Adotar uma
postura ética e preparação
científica com os membros
da enfermagem é
fundamental para uma
assistência individualizada
Sociedade Torre de Vigia de EKRANN,2020 Muitas das técnicas
Bíblias e Tratados de desenvolvidas para
Pensilvânia. pacientes Testemunhas de
Jeová em breve se tornarão
procedimentos-padrão. A
cirurgia sem sangue não
deveria se limitar apenas às
Testemunhas de Jeová,
mas fazer parte integral da
prática cirúrgica básica
Enfermagem diante da SILVA,2021 Infere-se que o exercício
transfusão de sangue em profissional do enfermeiro,
pacientes testemunhas de levando em consideração os
jeová: ética e procedimentos preceitos constitucionais,
alternativos. bem como o Código de
Ética e os preceitos do SUS,
traduz-se num fator
preponderante para
minimizar tanto eventuais
arbitrariedades que possam
contrariar o entendimento e
a prática da integralidade do
cuidado
Responsabilidade Civil e a NOÉ,2021 A realização das atividades
Enfermagem. dos profissionais de saúde
na área da Enfermagem

11
possui diversas nuances no
que tange a
Responsabilidade Civil,
momento em que tais
profissionais saem dos
conhecimentos teóricos e
passam a vivenciar
realidades com riscos reais
Fonte: Os autores Fim d o quadro.

Gráfico 2: Cruzamento dos descritores na BVS, sangue and enfermagem and


testemunha de Jeová. Guarujá, 2021.

Fonte: Os autores Fim do gráfico.

No segundo cruzamento foram utilizados os DeCS testemunha de Jeová and


sangue and Enfermagem foram encontrados após filtragem 55 artigos, foram
utilizados para critérios dos filtros: idioma português, artigo, e ano de publicação
2007 a 2021 dos 55 artigos, foram selecionados 17 que se enquadraram nos
critérios de inclusão.

DISCUSSÃO

Os profissionais da enfermagem prestam serviços no contexto saúde doença


do ser humano, portanto, atua em atividades voltadas ao coletivo e a um único
indivíduo. Por conseguinte, está inserido em um contexto com grande potencial para
gerar conflitos éticos, pois suas ações e decisões podem implicar em consequências

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que afetam o outro de forma positiva ou negativa. É essencial que o profissional
conheça as responsabilidades civis, éticas e penais de suas ações profissionais
assim como seus direitos e deveres, para evitar a ocorrência de danos (SILVA et al.,
2021).
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) exalta essa responsabilidade
quando na Resolução Cofen n º 511/2016 deliberam que o cuidado de enfermagem
em hemoterapia deve ser planejado, executado, coordenado, supervisionado e
avaliado continuamente, para que o paciente receba uma assistência de qualidade
(COFEN, 2016).
A responsabilidade se divide em responsabilidade civil e penal e para esta
oportunidade será somente abordada a responsabilidade civil, eis que se cuida de
assunto extenso e complexo, bastando para o momento somente distinguir ambas
com o intuito de melhor compreender o enfoque dessa oportunidade (NOÉ et al.,
2019).
A responsabilidade penal pressupõe uma turbação, determinada pela variação
da norma penal e para tanto é necessário somente que o pensamento do autor
ultrapasse do plano abstrato para o material, como pelo menos um início de
execução. Neste caso inexiste uma preocupação com o dano aos particulares, mas
que haja a possibilidade dano e ou inquietação da paz social (NOÉ et al., 2019).
Assim, conhecer a responsabilidade atribuída ao enfermeiro na prática da
assistência parece necessitar de total transparência e conscientização do
profissional enfermeiro em todas as facetas que permeiam a relação
assistência/cuidar-responsabilidade. A conscientização da responsabilidade não
poderá acontecer isoladamente no contexto técnico-científico, pois há uma interação
complexa envolvendo o enfermeiro e o indivíduo a ser cuidado, esta interação
envolve a responsabilidade civil, penal, ética e administrativa do profissional
enfermeiro (MATTOZINHO, 2021).
O profissional pode basear-se no Código de Ética dos Profissionais da
Enfermagem (CEPE), na Constituição Federal Brasileira para apoiar-se e agir de
forma correta. Os enfermeiros devem valorizar os indivíduos enquanto seres
humanos dotados de autonomia e capazes de cuidar de suas próprias vidas no que
diz respeito ao direito de optar por ações e práticas de saúde que considerarem mais
convenientes (FORMAGGI, 2013).

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A necessidade de transfusão em Testemunhas de Jeová coloca a equipe de


saúde diante de um dilema ético porque esse procedimento envolve a colisão de
dois direitos fundamentais: o direito indisponível à vida e o direito de recusa por
convicções religiosas, ambos protegidos igualmente pela Constituição brasileira.

Os resultados das pesquisas mostraram que as diretrizes ético-profissionais,


incluídas em um código de ética, devem ser suficientes para dirimir a questão, tendo

13
sempre em mente que os valores pessoais, religiosos ou culturais do enfermeiro não
podem ser colocados acima dos direitos do paciente.

Assim, além da atualização permanente de conhecimentos técnicos, o


enfermeiro necessita também estudar os aspectos legais do seu próprio exercício
profissional, a fim de não incorrer ou ser envolvido em problemas de
responsabilidade civil, criminal, ética e administrativa, que poderá exigir reparação
pecuniária, impor uma suspensão ou a cassação do exercício profissional, bem
como a pena de restrição de liberdade.

Espera-se que este estudo coopere para impulsionar novos projetos e pesquisa
cientifica e assim contribuir para disseminação da pratica profissional de
enfermagem na transfusão de sangue em Testemunhas de Jeová, de acordo com os
princípios da Ética e Bioética.

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