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LÍNGUA PORTUGUESA

PROF. ALTEMAR SILVA

CURSO REGULAR c) Do Norte e Nordeste brasileiro, advieram, nas décadas de 1960 e


Foco: Todos os concursos e carreiras 1970, muito imigrantes para São Paulo.

Prof. Altemar Silva


1.1 – Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes
Email: assccondobrasil@gmail.com Regra: Quando o sujeito é formado por pessoas gramaticais diferen-
WWW.ASSCCONDOBRASIL.COM tes, obedece-se à seguinte lei de prevalência:

Data: ___/____/_____ 1ª pessoa + 2ª pessoa = 1ª pessoa do plural → NÓS

1ª pessoa + 3ª pessoa = 1ª pessoa do plural → NÓS


Língua Portuguesa 2ª pessoa + 3ª pessoa = 2ª pessoa do plural → VÓS
Sintaxe da Concordância
A primeira pessoa prevalece sobre as demais e a segunda prevalece
sobre a terceira.
A “sintaxe de concordância” se preocupa com a perfeita har-
monização das palavras dentro de um período. Sendo assim, buscam- a) O Ministro dos Esportes e eu, na próxima semana, inauguraremos
se dois tipos de harmonização: um novo estádio de futebol.

I – A harmonia sintática entre o verbo e o seu sujeito → Concordância


verbal; b) Vossa tia e tu, quando toda a comitiva chegar, devíeis providenciar
II – A harmonia sintática entre o substantivo e os termos os quais a ele imediatamente um local para descanso.
se referem → Concordância nominal.

Quais os três tipos principais de concordância?


c) Tu e todos os outros professores presentes à cerimônia, após o lan-
a) Concordância gramatical é aquela feita com o núcleo do termo. che, comporeis uma mesa redonda.
b) Concordância atrativa é aquela efetuada com o núcleo semântico
mais próximo.
c) Concordância ideológica é aquela efetuada não com o termo, mas 1.2 – Regras especiais concordância verbal com sujeito simples
com a ideia passada pelo termo.

1.2.1Quando o sujeito é formado por expressões partitivas (uma parte


Vejamos: de, a metade de, o grosso de, um grande número de, uma porção de,
a maioria de etc.) o verbo poderá concordar, no singular, com o núcleo
I – O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis somente
dessas expressões ou com o termo da expressão explicativa ou espe-
anos depois se manifestou.
cificativa que as acompanha.

I – Boa parte dos inscritos no último concurso irá/irão realizar a prova


II – Um grupo de pesquisadores holandeses iniciarão um estudo sobre no centro da cidade.
a febre aftosa no Brasil.

II – Grande número de automóveis circula/circulam nas principais ca-


III – Uma multidão avançou sobre o juiz. Disseram que não aguentam pitais brasileiras.
mais tanta roubalheira.

III – Por incrível que pareça, a maioria dos participantes anteviu/ante-


1 – Regra geral viram o resultado da gincana.

O verbo concorda em número (singular ou plural) e em pessoa (1ª, 2ª


ou 3ª) com o seu sujeito simples.
1.2.2Quando o sujeito é formado por numerais percentuais ou fracio-
nários seguidos de uma especificação, o verbo poderá concordar
tanto com o numeral quanto com a expressão especificativa.
a) O pensamento dos novos filósofos contemporâneos se antepõe ao
pensamento grego. I – 32% de todo o dinheiro arrecadado será doado/serão doados para
instituições de caridade.

b) Grandes golpes sofreram nossos antepassados quando muitas do-


enças assolaram cidades inteiras.

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II – 8,6 % dos entrevistados alegaram que não gostam de comprar a II – Se Sua Majestade quiser, eu posso lhe entregar todas as cópias do
prazo. processo, disse o advogado.

III – ¼ dos alunos do ensino médio prestará/prestarão vestibular para


Medicina.
1.2.6 – Quando o sujeito é a expressão “um dos que”, o verbo poderá
concordar, na maioria dos casos, tanto no singular quanto no plural.

IV – Parece que só 2/3 de todo o grupamento masculino requere- I – Ele foi um dos alunos que mais se destacou/destacaram neste ano.
ram/requereu dispensa para as festas natalinas.

II – Certamente a ex-secretária será uma das pessoas que se arrepen-


V – Os 15% restantes do grupo pesquisado serão novamente entrevis- derá/arrependerão dos erros cometidos.
tados na próxima semana.

III – Aquele meste foi um dos poucos que anteviu/anteviram o inci-


1.2.3 Quando o sujeito é formado por expressões que indicam quan- dente com o metrô.
tidade aproximada (cerca de, perto de, mais de, menos de, coisa de,
obra de, passante de etc.) seguidas de um numeral, o verbo concor-
dará com este numeral que acompanha as expressões.
Obs.: Há casos, entretanto, que só o singular ou só o plural é possível.
I – Cerca de duzentas pessoas intervieram no protesto dos sem-terras. Geralmente, isso se dá em face da exclusão ou da inclusão perceptível
no contexto do período.

IV – Foi um dos filhos de Sr. João que me telefonou hoje pela manhã.
II – Perto de quinze manifestantes se aglomeraram em frente ao Palá-
cio do Planalto.
1.2.7 – Quando o sujeito é um pronome interrogativo, demonstrativo
ou indefinido no plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quais-
III – Mais de vinte alunos foram reprovados neste em nossa escola. quer etc.), seguido de uma das expressões “de nós” ou “de vós”, o
verbo poderá concordar tanto com o pronome interrogativo, indefi-
nido ou demonstrativo quanto com os pronomes “nós” ou “vós”.
1.2.4 – Com a expressão “Mais de um” o verbo deverá ficar, portanto, I – Certamente muitos de vós proporão/proporeis mudanças para a
no singular. nossa administração.
I – A polícia percebeu que mais de um bandido se escondia na mata.

II – Eles perceberam que quaisquer de nós queríamos/queriam resol-


ver aquela situação.
II – Mais de uma criança se entreteve com o novo brinquedo colocado
no salão de jogos.

III – Quantos de vós, após o confisco das poupanças, não interpuse-


ram/interpusestes recurso da decisão.
III – “Mais de um coração de guerreiro batia apressado.” (A. Hercu-
lano)

Obs.: Se o pronome interrogativo, demonstrativo ou indefinido esti-


ver no singular (qual, algum, qualquer etc.), o verbo obrigatoriamente
Obs.: Caso a expressão “Mais de um” apareça repetida ou venha
ficará no singular.
acompanhada de um verbo que indique reciprocidade, a concordân-
cia será feita no plural. IV – Quem de nós, na mesma situação, não agiria daquele jeito?
IV – Mais de um interventor, mais de um advogado, mais de um enge-
nheiro compareceram ao prédio que ruiu.
V – Qual de vós conhece o segredo do cofre?

V – Mais de um deputado se agrediram na última sessão plenária.


VI – Algum de nós certamente entregou o colega à direção da em-
presa.
1.2.5 – Quando o sujeito é um “pronome de tratamento”, o verbo con- VII – Cada um dos que ali estavam tinha um forte compromisso com o
cordará obrigatoriamente na terceira pessoa. marxismo.
I – Vossas Excelências ainda não avaliaram o meu pedido?
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1.2.8 – Quando o sujeito é o pronome relativo “QUE”, o verbo concor- clássicas, o emprego do verbo no singular. Por isso, as duas formas de
dará com o termo antecedente. concordância são consideradas corretas.

I – De repente, apareceram muitos companheiros que apoiaram de I – “Um dos gestos que melhor exprimem a minha essência foi a devo-
imediato o protesto. ção com que corri no domingo próximo a ouvir a missa em S. Antônio
dos Pobres.” (Machado de Assis)

II – Fomos nós que propiciamos todo aquele contratempo.


II – “E chegando a uma das portas que davam para estalagem, gritou:
- Vá de rumor! Não quero isto aqui! É safar!” (Aluízio Azevedo)
III – Havia muitas indagações que nos deixavam confusos.

III – “Uma das felicidades que se contava entre as do tempo presente


a) Se houver predicativo na oração, é possível tanto a concordância era acabarem-se as comédias em Portugal; mas não foi assim.” (Pe.
com o antecedente imediato do relativo “que” quanto com o sujeito Antônio Vieira)
da oração antecedente:

I – Nós sempre fomos os homens que comprávamos/compravam os


materiais de limpeza da firma. 1.2.9 – Quando o sujeito é o pronome relativo “QUEM”, o verbo con-
cordará na 3ª pessoa do singular com este pronome ou com o seu an-
tecedente, desde que se trate dos pronomes pessoais do caso reto (eu,
II – “Tu és a flor que despontaste livre.” (Gonçalves Dias) tu, ele, nós, vós, eles.).

I – Foste tu quem comprou/compraste aquele livro?


III – “Não sabeis que eu sou o que ensinei a dar benefícios por agravos
e favores por injúrias?” (M. Bernardes)
II – Parece que seremos nós quem responderá/responderemos pelos
prejuízos causados.

b) Quando o relativo “que” exerce a função de sujeito e o termo que o


antecede é formado por dois ou mais substantivos, o “que” pode re- Obs.: Quando o antecedente do pronome “QUEM” não for um pro-
tomar qualquer um desses substantivos, desde que a lógica da oração nome do caso reto – repita-se –, só é lícita a concordância na 3.a pes-
adjetiva o permita. soa do singular.

I – O preço das ações que se negociou/se negociaram na bolsa de va- III – Foram os próprios colegas de trabalho quem compôs a música do
lores caiu em razão de uma interferência externa. aniversário dele.

II – Eles interromperam um processo de atitudes que podia/podiam IV – Porventura, seriam aqueles dois rapazes quem promoveu toda a
resolver o problema. bagunça?

III – A lei das sociedades anônimas que foi promulgada esta semana V – “Eu, o Silêncio e a Solidão éramos quem estava aí.” (A. Herculano)
será objeto de impugnação.

1.2.10 – Quando o sujeito for formado por nomes próprios que só exis-
c) Quando o pronome relativo “que” se referir a um vocativo, consi- tem no plural (Estados Unidos, Andes, Patos, Minas Gerais, Alagoas,
dera-se o pronome relativo como se de 2ª pessoa fosse. Portanto, a por exemplo), o verbo ficará no singular se estes nomes não vierem
concordância verbal deverá ser feita na 2ª pessoa. Observe: precedidos de artigo ou se o artigo estiver no singular. Caso apareça
um artigo no plural, a concordância será feita no plural.
I – “Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente.” (Camões) I – Estados Unidos ainda não encontrou uma saída para o Iraque.

II – Ilhéus sempre foi uma bela cidade para o turismo.


II – “Homem, que me pedes amor, sabe que eu te detesto.” (Epifânio
da S. Dias)
III – O Marrocos sempre encanta os turistas que por lá passam.

d) Quando o pronome relativo “que” vem precedido de “um de, uma


de, um dos, uma das”, emprega-se hoje preferencialmente o verbo da IV – As Filipinas se envolveram numa sangrenta guerra há muitos anos.
oração adjetiva no plural. Entretanto, era comum, em muitas obras

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V – Os Emirados Árabes sempre exportaram petróleo. 2.1 – Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, é lícito que
se concorde com o núcleo mais próximo desse sujeito ou, como nos
orienta a regra geral, com ambos os núcleos.
Obs.: Caso o nome no plural se refira a uma obra artística ou literária,
tanto o singular quanto o plural são corretos para o verbo da concor- I – Das indagações do novo funcionário adveio/advieram uma nova
dância. ideia para a equipe e uma nova forma de pensar a empresa.

VI – “Os Lusíadas” imortalizaram/imortalizou Luiz Vaz de Camões.


II – Não convém/convêm aos iniciantes na carreira advocatícia nem a
liberalidade dos anarquistas nem a seriedade dos monges.
VII – “Os Sertões” de Euclides da Cunha representaram/representou
um marco na Literatura Brasileira.
III – Nenhum resultado obteve/obtiveram a reclamação do pai e as ad-
vertências da mãe.
1.2.11 – Quando o sujeito for formado por um substantivo coletivo se-
guido de uma especificação, o verbo poderá concordar tanto com o
coletivo quanto com a especificação. 2.2 – Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos,
ou quase sinônimos, ou ainda se tais núcleos constituem uma grada-
I – Um grupo de arruaceiro invadiu/invadiram várias lojas no centro da ção, o verbo poderá concordar tanto no singular quanto no plural.
cidade.
I – A fama, a glória, o reconhecimento do público fez/fizeram de Paulo
um homem arrogante.
II – Um bando de aves selvagens sobrevoava/sobrevoavam a cidade
naquele instante.
II – Morro, se a misericórdia, o perdão, a graça nunca se preocupa/pre-
ocupam com a situação dos outros.
Os substantivos “milhão, bilhão, trilhão, quatrilhão” são denominados
de “numerais coletivos”. Seguem, portanto, a regra de concordância
dos coletivos. Ademais, tais numerais coletivos só se flexionam em nú- III – O fraco, o debilitado, o sem-forças se rende/rendem com facili-
mero. Não apresentam variação de gênero: são sempre masculinos. dade às corrupções do mundo.

III – Um milhão de pessoas foi/foram ao show.

Obs.:
IV – Cerca de um milhão de turistas visitará/visitarão a Europa neste a) Tenha muito cuidado com esta regra. Não é qualquer tipo de sujeito
ano. composto que possibilitará o verbo no singular. A concordância no sin-
gular é possível pela unidade semântica que esses sujeitos represen-
tam.
V – Mais de um milhão de dólares foi gasto/foram gastos para a re- b) Quando a gradação do sujeito for resumida por um termo, só com
construção do templo. este termo se fará a concordância. Veja:
VI – Um mês, um ano, um século, uma vida inteira não bastava para
esquecer a mágoa que ela me causou.
VI – Os 15 milhões de crianças brasileiras que se vacinaram hoje fica-
rão imunes à doença durante um ano.
c) É fundamental também não se esquecer de que a concordância no
singular, nesta regra, só é possível, porque há também uma unidade
de singular entre os núcleos do sujeito. Basta um dos núcleos vir no
2 – Regras especiais de concordância verbal com sujeito composto plural para que só o plural seja admissível para o verbo da concordân-
cia. Veja:
Regra geral: O sujeito composto exige o verbo da concordância no plu-
ral. V – O rancor, a mágoa, a cólera, a ira, o ódio sempre fazem/faz mal ao
homem.
I – Todos os argumentos e todas as formas de intervenção foram utili-
zados para mudar o pensamento dele.
2.3 - Quando o sujeito composto é resumido por um pronome indefi-
nido (tudo, toda, nada, ninguém, cada um etc.), o verbo concordará
II – O líder comunitário e todas as mulheres ofendidas com a ação do com este pronome resumitivo.
marginal deporão na delegacia mais próxima.
I – O mar, os céus, a terra, tudo apregoa a glória de Deus.

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II – Doenças, desemprego, morte na família, nada o fazia pensar sobre I – Você não dá esmolas, mas um ou outro amigo seu dá.
a vida.

II – Acredito que uma ou outra camisa lhe fica muito bem.


III – “No quintal a aroeira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha, e
o lavadouro, nada sabia de mim”. (M. Assis)
III – Para aquele deputado um ou outro ministério lhe conviria.

CUIDADO!!
2.7 – Quando o sujeito é formado pelas expressões “Um e outro” ou
IV – As bolas de sopro, as serpentinas, os confetes tudo queriam os “Nem um nem outro”, embora haja uma preferência para o plural, a
organizadores da festa naquele instante. concordância pode ser feita tanto no singular quanto no plural.

I – Não adianta correr, pois nem um nem outro escapará/escaparão.


2.4 – Quando os núcleos do sujeito forem infinitivos não precedidos
de determinante, o verbo concordará na terceira pessoa do singular.
II – Um e outro participante da maratona alegou/alegaram que houve
I – Fazer exercícios regulares e dormir oito horas diárias faz bem à sa- fraude na competição.
úde.

III – Paula e Joana foram reprovadas nos estudos. Nem uma nem outra
II – Fumar e beber em ambiente de trabalho é terminantemente proi- quis/quiseram falar sobre o fato.
bido.

Obs.: os verbos que indicam reciprocidade concordam no plural – 3ª


III – Viver e sonhar constitui a alma de nossa existência. pessoa.
IV – Nem um nem outro se cumprimentaram à porta do evento.

Obs.: Se os infinitivos vierem precedidos de determinantes ou se indi-


carem ideias contrárias, o verbo irá para o plural: V – Na última sessão, um e outro parlamentar se esbofetearam em
virtude de não aprovação da medida.
I – O comer e o beber exigem de todos nós moderação.

2.8 – Quando os núcleos do sujeito são unidos por “Nem... nem...”, o


II – Nascer e morrer constituem os limites de nossa vida. verbo da concordância poderá ficar tanto no singular quanto no plural.
2.5 – Quando os núcleos do sujeito são ligados por “OU”, devem-se
observar as seguintes orientações: I - Nem o Sport nem o Náutico ganhará/ganharão o torneio este ano.

a) Se houver ideia de exclusão ou de sinonímia → o verbo concordará


com o núcleo do sujeito mais próximo; II - Nem honra, nem desonra, nem alegria, nem tristeza o faziam/fazia
b) Se houver ideia de inclusão → o verbo concordará com ambos os chorar.
núcleos;
c) Se houver ideia de retificação → o verbo concordará com o núcleo
do sujeito mais próximo. Obs.: Se houver pronomes pessoais indicando pessoais gramaticais di-
ferentes, o verbo da concordância obedecerá à lei da primazia (1ª pes-
I – Toda a empresa está certa de que ele ou tu serás o novo presidente. soa prevalece sobre as demais; 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª).

III – Nem eu nem tu iremos para o show de rock.


II – Guará ou Guaratinguetá sempre foi uma excelente cidade para o
turismo.
IV – Nem o tio João nem tu deixastes/deixaram o dinheiro para eu
comprar a comida. Por que isso aconteceu?
III – Laranja ou abacaxi após o almoço fazem bem à digestão.

2.9 – Quando os núcleos do sujeito são unidos pela preposição “COM”,


IV – O vencedor ou vencedores de concurso ganharão também uma o verbo da concordância poderá ficar no singular ou no plural.
bolsa de estudos no exterior.
I - O amigo com os seus melhores colegas foi/foram tomar satisfações
com o outro grupo em virtude do ocorrido.
2.6 – Quando o sujeito é formado pela expressão “um ou outro”, o
verbo da concordância fica obrigatoriamente no singular.

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II - Ele ficou sabendo que o bandido com vários de seus comparsas


tentariam/tentaria invadir a fábrica à noite.

III - O empresariado brasileiro com toda a sua assessoria poderá/po-


derão perceber a qualquer momento que a economia não vai bem.

Obs.: Lembre-se de que se o verbo anteceder ao sujeito, ele só poderá


concordar com o núcleo mais próximo.

IV a – A nova diretora com todos os seus professores participará/par-


ticiparão da inauguração do Grêmio acadêmico.

IV b – Participará da inauguração do Grêmio acadêmico a nova diretora


com todos os seus professores.

2.10 – Quando os núcleos do sujeito vierem unidos pela conjunção


“como”, embora haja a preferência para o plural, o verbo da concor-
dância poderá ficar no singular ou no plural.

I – A tarifa de energia elétrica como a de água e esgoto subiu/subiram


de preço esta semana.

II – A criança como o adulto só aprende/aprendem na vida quando se


está diante de uma dificuldade.

2.11 – Quando os núcleos do sujeito vierem ligados por conjunções


correlatas (Não só... mas também; Não só... bem como; Não só... mas
também; Tanto... quanto; Tanto... como etc.), o verbo irá para o plural.

I – Não só o Ministro da Fazenda, mas também todo o seu séquito irão


participar da inauguração das obras.

II – Tanto a moça quanto seu pai homenagearão os professores do


curso.

Obs.: Há gramáticos que também admitem, para este caso, a concor-


dância no singular. Para estas correlações aditivas – as quais literal-
mente indicam soma, adição, acréscimo – parece-nos mais lógica, en-
tretanto, a concordância apenas no plural.

I – Tanto o leite quanto o pão subiu/subiram de preço

II – Não só o amigo mais íntimo como também toda a parentela foi/fo-


ram visitá-lo na enfermidade.

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3 - Concordância do verbo “ser”

3.1 - Quando o sujeito é representado pelos pronomes neutros “tudo, III – O deputado foi só alegrias quando soube que não seria cassado.
isto, aquilo, o”, o verbo SER pode concordar tanto com o seu sujeito
quanto com o seu predicativo:

I – Como sabe, nem tudo na vida é/são flores. 3.4 – Quando o verbo SER fizer parte de uma expressão que indica
quantidade (peso, medida, preço), ele sempre ficará no singular.

I – Duzentos gramas de presunto é pouco para a lasanha.


II – O que ele mais admira em você é/são seus belos olhos verdes.

II – Dez mil reais fora o bastante para ele comprar o automóvel.


3.2 – Quando o sujeito é formado por um substantivo e o predicativo
também é um substantivo, ambos indicando coisas, o verbo SER po-
derá concordar tanto com o sujeito quanto com o predicativo:

III – As quarentas árvores plantadas foi muito para quem só dispõe de


I – A maior parte de todo o problema era/eram fricotes da moça. dois hectares de terras inférteis.

II – A cama dele sempre foi/foram restos de jornais velhos. 3.5 – Quando o sujeito ou o predicativo é representado por um pro-
nome do caso reto, o verbo SER obrigatoriamente concorda com esse
pronome.

III – 20% dos alunos foi/foram o número escolhido para representar a


escola nos jogos municipais.
I – Ele sempre foi os olhos da família.

3.3 – Quando o sujeito for representado por uma pessoa – sujeito per-
sonativo –, o verbo SER deverá obrigatoriamente concordar com este II – Nesta terra, o chefe sois vós.
sujeito.

I – Milena era as alegrias de toda a família.


III – Neste setor da empresa, os responsáveis somos nós.

II – A criancinha doente é as preocupações de seus pais.

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IV – Eles sabem que eu serei os pilares da organização. Neste último exemplo também é lícita a concordância “Hoje
é dezesseis de abril”, fazendo o verbo concordar com a palavra implí-
cita “dia”. É óbvio que, se a palavra “dia” vier expressa na frase, o verbo
obrigatoriamente concordará com ela. Veja:

Obs.:
V – Hoje é dia vinte e três de junho.
Se tanto o sujeito quanto o predicativo forem representados
por pronomes do caso reto, o verbo SER concordará obrigatoriamente
com o sujeito. Veja:

3.7 - Quando o verbo SER fizer parte da locução expletiva ou de realce


V – Já falei que eu não sou ele. “É QUE”, ele permanecerá invariável.

I – É nas horas difíceis que se conhecem os verdadeiros amigos.

VI – Nós, meu senhor, não somos eles.

II – Na realidade os homens é que deveriam se amar mais uns aos ou-


tros.
3.6 - Quando o verbo SER fizer parte de locuções que indiquem tempo
ou distância, ele obrigatoriamente concordará, embora seja impes-
soal, com a expressão numérica que acompanhar tais locuções:

3.8 – Quando o sujeito é formado por um pronome interrogativo QUE


I – Entre 1964 e 1985 foram vinte e um anos de repressão. ou QUEM, o verbo SER concorda obrigatoriamente com o seu predica-
tivo.

I – Quem foram os culpados por esta desordem?


II – Já devem ser, pela posição do sol, umas cinco horas da tarde.

II – Que horas são agora, por favor?


III – É meio-dia e meia na cidade de São Paulo e o sol ainda não apare-
ceu.

III – Que poderiam ser aquelas luzes ao longe?

IV – Hoje são vinte e três de junho.

Obs.:

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