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Ambiguidade é a qualidade ou estado do que é ambíguo, ou seja, aquilo que pode ter mais do que um
sentido ou significado.
A ambiguidade pode apresentar a sensação de indecisão, hesitação, imprecisão, incerteza e
indeterminação.
Exemplo: “Não sei se gosto do frio ou do calor”. “Não sei se vou ou fico”.
A ambiguidade pode estar em palavras, frases, expressões ou sentenças completas. É bastante aplicável
em textos de teor literário, poético ou humorístico, mas deve ser evitado em textos científicos ou
jornalísticos, por exemplo.
A estrutural provoca ambiguidade por causa da posição das palavras em um enunciado, gerando uma má
compreensão do seu significado.
Exemplo: “O celular se tornou um grande aliado do homem, mas esse nem sempre realize todas as suas
tarefas”.
As palavras “esse” e “suas” podem se referir tanto ao celular, quanto ao homem, dificultando a direta
interpretação da frase e causando ambiguidade.
A ambiguidade lexical é quando uma determinada palavra assume dois ou mais significados, como
acontece com a polissemia, por exemplo.
Exemplo: “O rapaz pediu um prato ao garçom”.
No exemplo acima, a palavra “prato” pode se referir ao objeto onde se coloca a comida ou à um tipo de
refeição.
Ambiguidade ou anfibologia
Na gramática, ambiguidade ou anfibologia é todo duplo sentido causado pela má construção da frase.
A função da ambiguidade é sugerir significados diversos para uma mesma mensagem. É uma figura de
palavra e de construção.
Embora funcione como recurso estilístico, a ambiguidade também pode ser um vício de linguagem, que
decorre da má colocação da palavra na frase. Nesse caso, compromete o significado da frase.
Exemplos:
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"Maria comeu um doce e sua irmã também". (Maria comeu um doce, e sua irmã também).
"Mataram o porco do meu tio". (Mataram o porco que era do meu tio).
"O guarda deteve o suspeito em sua casa". (Na casa de quem: do guarda ou do suspeito?).
Ambiguidade e Polissemia
O fato de uma palavra ter muitas significações é também chamado de polissemia.
A palavra “vela”, por exemplo, pode fazer referência à vela de barco, vela de cera (que serve para
iluminar), ou pode ser a conjugação do verbo velar, que significa “estar vigilante”.
Polissemia
por Daniela Diana
A Polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra. Do grego polis, significa
"muitos", enquanto sema refere-se ao "significado".
Portanto, um termo polissêmico é aquele que pode apresentar significados distintos de acordo com o
contexto. Apesar disso, eles têm a mesma etimologia e se relacionam em termos de ideia.
Exemplos de polissemia
Vejamos alguns exemplos no qual as mesmas palavras são utilizadas em diferentes contextos:
Exemplo 1
Logo, constatamos que a palavra "letra" é um termo polissêmico, visto que abarca significados distintos
dependendo de sua utilização.
Assim, na frase 1, a palavra é utilizada como "música, canção". Na 2 significa "caligrafia". Já na oração 3
indica a "letra do alfabeto". Apesar dos muitos significados, todos se relacionam com a ideia de escrita.
Exemplo 2
Exemplo 3
Na oração 1, formigueiro tem o sentido de multidão, na oração 2, tem o sentido de coceira. E, finalmente,
na oração 3, o formigueiro refere-se à toca das formigas. Todos se relacionam com a ideia de multidão,
muitas formigas passando dão a sensação de comichão, por exemplo.
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Polissemia e Ambiguidade
Exemplo: Ninguém conseguia se aproximar do porco do tio, tão bravo ele era.
● Essa oração pode ser entendida com ironia, na medida em que pode ser interpretada como uma ofensa
ao tio. Ao mesmo tempo, o tio pode realmente ter um suíno que é bravo.
Exercícios
A mensagem dessa tirinha apoia-se no duplo sentido de uma palavra através de um recurso:
a) Balanço – polissemia;
b) Vida – homonímia;
c) Vida – polissemia.
d) Balanço – sinonímia;
2. (FGV – IBGE/2016) – A polissemia – possibilidade de uma palavra ter mais de um sentido – está
presente em todas as frases abaixo, EXCETO em:
3. (UFMT – TJ-MT/2016) – Os rinocerontes-negros estão entre os bichos mais visados da África, pois sua
espécie é uma das preferidas pelo turismo de caça. Para tentar salvar alguns dos 4.500 espécimes
que ainda restam na natureza, duas ONG ambientais apelaram para uma solução extrema: transportar
os rinocerontes de helicóptero. A ação utilizou helicópteros militares para remover 19 espécimes – com
1,4 toneladas cada um – de seu habitat original, na província de Cabo Oriental, no sudeste da África do
Sul, e transferi-los para a província de Lampopo, no norte do país, a 1.500 quilômetros de distância,
onde viverão longe dos caçadores. Como o trajeto tem áreas inacessíveis de carro, os rinocerontes
tiveram de voar por 24 quilômetros. Sedados e de olhos vendados (para evitar sustos caso
acordassem), os rinocerontes foram içados pelos tornozelos e voaram entre 10 e 20 minutos. Parece
meio brutal? Os responsáveis pela operação dizem que, além de mais eficiente para levar os
paquidermes a locais de difícil acesso, o procedimento é mais gentil.
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A palavra radical pode ser empregada com várias acepções, por isso denomina-se polissêmica. Assinale o
sentido dicionarizado que é mais adequado no contexto acima.
a) Que exige destreza, perícia ou coragem.
b) Brusco; violento; difícil.
c) Que não é tradicional, comum ou usual.
d) Que existe intrinsecamente num indivíduo ou coisa.
4. (COPEVE-UFAL – Prefeitura de Maceió – AL/2016) – velar³. v. (Etm. do latim: vigilare). 1. v.t.d. e v.i.
Manter-se acordado; não dormir; ficar ao pé de algo ou de alguém: velava as noites em sofrimento;
velava o filho morto; 2. v.t.d. e v.t.i. Proteger; oferecer proteção a: velava a reputação da filha; o prefeito
vela pela cidade. 3. v.t.d. Vigiar; manter-se de vigia: os soldados velavam o quartel.
As acepções da forma verbal “velar” no verbete caracterizam o que é chamado precisamente de
a) ambiguidade, de sentido incerto.
b) paronímia, diferentes palavras com sons semelhantes.
c) polissemia, diferentes sentidos para uma mesma palavra.
d) homonímia, diferentes palavras para um só sentido.
e) antonímia, de sentido oposto.
1. Discurso Direto
No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a fala do
personagem.
O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade. Assim, o narrador se
distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é dito.
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Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar algo que foi dito por um estudioso,
por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.
2. Discurso Indireto
No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem preferindo suas palavras. Aqui
não encontramos as próprias palavras da personagem.
Preciso sair por alguns instantes. (enunciado na 1.ª Disse que precisava sair por alguns instantes.
pessoa) (enunciado na 3.ª pessoa)
Sou a pessoa com quem falou há pouco. (enunciado Disse que era a pessoa com quem tinha falado há
no presente) pouco. (enunciado no imperfeito)
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Discurso Direto Discurso Indireto
O que fará relativamente sobre aquele assunto? Perguntou-me o que faria relativamente sobre aquele
(enunciado no futuro do presente) assunto. (enunciado no futuro de pretérito)
Isto não é nada agradável. (pronome demonstrativo Disse que aquilo não era nada agradável. (pronome
em 1.ª pessoa) demonstrativo em 3.ª pessoa)
Vivemos muito bem aqui. (advérbio de lugar aqui) Disse que viviam muito bem lá. (advérbio de lugar lá)
Exercícios de Vestibular
1. (Fatec-1995) "Ela insistiu: - Me dá esse papel aí."
Na transposição da fala do personagem para o discurso indireto, a alternativa correta é:
a) Ela insistiu que desse aquele papel aí.
b) Ela insistiu em que me desse aquele papel ali.
c) Ela insistiu em que me desse aquele papel aí.
d) Ela insistiu por que lhe desse este papel aí.
e) Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali.
2. (Fuvest-2000) Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a testa, achando a frase
extravagante. Aves matarem bois e cabras, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela
estivesse tresvariando.
(Graciliano Ramos, Vidas secas)
Uma das características do estilo de Vidas Secas é o uso do discurso indireto livre, que ocorre no trecho:
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b) “Fabiano resmungou”.
c) “franziu a testa”.
d) “que lembrança”.
e) “olhou a mulher”.
3. (Fuvest-2003) Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de
idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de
um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a
sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava
jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e… O homem aproxima-se dele
mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de
lágrimas.
Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente.
Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer.
Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. O garoto
fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando
eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental!
(Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)
4. (Fuvest-2007) “‘Muito!’, disse quando alguém lhe perguntou se gostara de um certo quadro.”
Se a pergunta a que se refere o trecho fosse apresentada em discurso direto, a forma verbal
correspondente a “gostara” seria:
a) gostasse.
b) gostava.
c) gostou.
d) gostará.
e) gostaria.