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BRUNA DEMARCHI GAMA RODRIGUES

WILDSON RODRIGUES DA FONSECA

IMPACTOS DAS LEIS SOBRE A IGREJA EVANGÉLICA


BRASILEIRA

JOÃO PESSOA

2023
Introdução

As leis brasileiras regulam a atuação das igrejas evangélicas em diferentes áreas, como
casamento, previdência social, educação, financiamento público, direito processual,
liberdade religiosa e violência doméstica. Essas leis têm um impacto significativo na vida
das igrejas evangélicas, moldando sua atuação e relacionamento com o Estado e a
sociedade.

Este trabalho de pesquisa tem como objetivo analisar apenas algumas leis que afetam a
igreja evangélica brasileira.
LISTA DE LEIS

 Constituição Federal de 1988: A Constituição garante a liberdade de crença


religiosa e a isonomia entre as religiões.

 Código Civil de 2002: O Código Civil define as igrejas como pessoas jurídicas de
direito privado.

 Lei nº 9.099/1995: A Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais estabelece que
as igrejas evangélicas podem celebrar casamentos civis.

 Lei nº 8.213/1991: A Lei de Previdência Social permite que os membros de igrejas


evangélicas contribuam para a Previdência Social como segurados especiais.

 Lei nº 10.825/2004: A Lei da Educação Infantil estabelece que as creches e pré-


escolas confessionais, incluindo as evangélicas, devem ser credenciadas pelo poder
público.

 Lei nº 13.019/2014: A Lei do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade


Civil (OSCs) permite que as igrejas evangélicas recebam recursos públicos para a
realização de projetos sociais.

 Lei nº 13.105/2015: O Código de Processo Civil estabelece que as igrejas


evangélicas podem ser autoras e rés em ações judiciais.

 Lei nº 13.296/2016: A Lei da Liberdade Religiosa garante a proteção da liberdade


religiosa contra intolerância e discriminação.

 Lei nº 13.718/2018: A Lei da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher


estabelece que as igrejas evangélicas devem promover campanhas de
conscientização sobre violência doméstica.

 Lei nº 14.285/2022: A Lei da Liberdade Religiosa nas Escolas Públicas estabelece


que as escolas públicas devem respeitar a liberdade religiosa dos alunos.
Como essas leis são aplicadas:

 A Lei nº 9.099/1995 permite que os casamentos realizados em igrejas evangélicas


sejam registrados nos cartórios, o que garante aos cônjuges os mesmos direitos e
deveres que os casamentos realizados no civil.

 A Lei nº 8.213/1991 permite que os membros de igrejas evangélicas contribuam


para a Previdência Social como segurados especiais, o que lhes dá direito a
aposentadoria, auxílio-doença e outros benefícios.

 A Lei nº 13.019/2014 permite que as igrejas evangélicas recebam recursos públicos


para a realização de projetos sociais, como creches, escolas e hospitais.

 A Lei nº 13.105/2015 permite que as igrejas evangélicas sejam autoras e rés em


ações judiciais, o que lhes dá o mesmo acesso à justiça que outras pessoas jurídicas.

 A Lei nº 13.296/2016 garante a proteção da liberdade religiosa contra intolerância e


discriminação, o que inclui a proteção contra a discriminação de pessoas LGBT+
por igrejas evangélicas.

 A Lei nº 13.718/2018 estabelece que as igrejas evangélicas devem promover


campanhas de conscientização sobre violência doméstica, o que inclui a
conscientização sobre a violência doméstica contra mulheres e crianças.

 A Lei nº 14.285/2022 estabelece que as escolas públicas devem respeitar a


liberdade religiosa dos alunos, o que inclui a liberdade de não participar de
atividades religiosas.

É importante ressaltar que todas essas leis são aplicáveis a todas as igrejas evangélicas,
independentemente de seu tamanho, denominação ou orientação teológica.
Conclusão

Ao examinar os impactos das leis brasileiras sobre as igrejas evangélicas, surge uma clara
valorização da liberdade de crença e a igualdade entre religiões, como delineado na
Constituição Federal de 1988. Esta proteção é essencial para permitir que as igrejas
evangélicas exerçam sua fé sem restrições e participem ativamente da vida pública em
paridade com outras confissões religiosas. Além disso, a definição legal das igrejas como
entidades de direito privado, conforme estabelecido pelo Código Civil de 2002, representa
um avanço significativo, conferindo personalidade jurídica e autonomia para atuar em áreas
cruciais como educação, saúde e assistência social.

Ao abordar a Lei nº 13.296/2016, que tem como propósito preservar a liberdade religiosa e
prevenir a discriminação, torna-se evidente que isso pode instigar debates, principalmente
em relação à interpretação das verdades bíblicas sobre orientação sexual. Conciliar essas
crenças com as expectativas legais de não discriminação se mostra um desafio, destacando
a complexa interação entre a fé e a legislação do Estado.

Em relação à Lei nº 13.718/2018, que propõe que as igrejas evangélicas promovam


campanhas de conscientização sobre violência doméstica, é perceptível a nobre intenção de
enfrentar esse sério problema. No entanto, reconhecemos que algumas igrejas podem se
sentir confrontadas ao lidar com esse tema, especialmente diante de divergências sobre
como abordá-lo à luz das crenças bíblicas relacionadas ao divórcio. Isso ressalta a
importância de abordar questões sociais complexas de maneira sensível e respeitosa,
considerando o contexto da fé.

Essas reflexões pessoais ilustram a complexidade de harmonizar as leis do Estado com as


convicções da Palavra de Deus. Elas também enfatizam a importância em participar de
diálogos construtivos e respeitosos sobre temas sensíveis, buscando um entendimento
mútuo e a aplicação da fé em um contexto jurídico diversificado. Nossa análise destaca a
necessidade de respeitar a diversidade de perspectivas e práticas religiosas na sociedade
contemporânea, garantindo assim um espaço inclusivo e respeitoso para todas as crenças,
sem abrir mão das verdades do evangelho.

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