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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Tipo do
PROTOCOLO PRO.MED-ANEST-MEAC.013
Documento
Emissão: Próxima
Título do
ALTA DA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA 27/02/2023 revisão:
Documento
Versão: 1 26/02/2025

1. AUTORES
Antonia Maria de Carvalho
Irene Lopes mello

2. SIGLAS E CONCEITOS
O2 - Oxigênio
SRPA - Sala de Recuperação Pós-Anestésica
UTI - Unidade de Terapia Intensiva

3. OBJETIVO
Orientar os colaboradores da instituição quanto à alta da sala de recuperação pós-anestésica
das pacientes admitidas nesse setor após serem submetidas à anestesia, tendo em vista a
segurança e assistência qualificada.

4. JUSTIFICATIVAS
Os cuidados pós-anestésicos compreendem as atividades de monitorização e assistência
multidisciplinar realizadas objetivando a prevenção e tratamento de complicações decorrentes da
anestesia. Conforme a Resolução 2.174 de 14 de 2017 do Conselho Federal de Medicina, o
paciente após procedimento anéstésico-cirúrgico deverá ser encaminhado à Sala de Recuperação
Pós-Anestésica (SRPA) ou à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), quando essa última for indicada
(BRASIL, 2017). A alta segura da SRPA é primordial para um bom resultado do procedimento
anestésico-cirúrgico realizado.

5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
5.1. Pacientes admitidas na SRPA que receberam anestesia para a realização de
procedimentos cirúrgicos, diagnósticos ou terapêuticos.

5.2. Pacientes que se encontram em recuperação precoce ou fase 2 da recuperação pós-


anestésica (paciente está acordado e alerta e apresenta parâmetros vitais próximos
àqueles do período pré-operatório).

6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES


6.1. Avaliar os parâmetros para a alta: restabelecimento da atividade e dos reflexos
respiratórios, da estabilidade cardiovascular, da força muscular, do nível de consciência
e, em pacientes submetidos aos bloqueios neuroaxiais, o término do bloqueio
simpático.
6.2. Avaliar ainda para a alta da SRPA, a dor pós-operatória, a ocorrência de náuseas e
vômitos, de calafrios, de retenção urinaria, de sangramentos anormais, pois, além de
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seu tratamento proporcionar maior conforto e segurança ao paciente, a presença
desses fatores atrasa a alta da sala de recuperação pós-anestésica.
6.3. Aplicar a escala Índice de Aldrete e KrouliK na qual são considerados todos os
parâmetros considerados abaixo para determinar a alta da SRPA.
6.4. Considerar para alta da SRPA adicionalmente, a escala de Bromage se a paciente foi
submetida à anestesia do neuroeixo.

Tabela 1 - Índice de Aldrete e KrouliK.


Atividade Movimenta os quatro membros 2
muscular Movimenta os dois membros 1
É incapaz de mover os membros voluntariamente ou sob comando 0
Respiração É capaz de respirar profundamente ou de tossir livremente 2
Apresenta dispneia ou limitação da respiração 1
Tem apneia 0
Circulação PA em 20% do nível pré-anestésico 2
PA em 20-49% do nível pré-anestésico 1
PA em 50% do nível pré-anestésico 0
Consciência Está lúcido e orientado no tempo e espaço 2
Desperta, se solicitado 1
Não responde 0
Saturação de É capaz de manter saturação de O2 maior que 92% respirando em ar 2
O2 ambiente
Necessita de O2 para manter saturação maior que 90% 1
Apresenta saturação de O2 menor que 90% mesmo com 0
suplementação de 02

Tabela 2 - Escala modificada de Bromage.


0 Sem bloqueio motor
1 Pode flexionar o joelho e mover o pé, mas não levanta a
perna
2 Pode mover apenas o pé
3 Não pode mover o pé ou o joelho

Atenção: Para a alta segura da SRPA, a paciente deverá apresentar pontuação maior ou igual a
nove no índice de Aldrete e Kroulik e quando submetida à anestesia do neuroeixo deverá
apresentar pontuação 0, 1 ou 2 na escala de Bromage, ou seja, mover pelo menos o pé.

6.5. Registrar em prontuário a condição clínica da paciente por ocasião da alta da SRPA.
6.6. Comunicar a condição clínica da paciente para a equipe assistencial da unidade que dará
continuidade ao cuidado.
6.7. Considerar que o período de observação pós-anestésica deve ser individualizado e
conforme a magnitude do risco de depressão cardiorespiratória e das intercorrências de
cada paciente, de tal forma que um período mínimo de permanência na SRPA não é
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justificável.
6.8. A alta da sala de recuperação pós-anestésica é de responsabilidade exclusiva do médico
anestesiologista que deverá assinar e carimbar a ficha de recuperação pós-anestésica.
6.9. A alta das pacientes da SRPA deve ser priorizada, resguardando os critérios
estabelecidos para a mesma, haja vista a otimização do tempo de permanência da
paciente no setor.

7. ALTA DA SRPA PARA PACIENTES SUBMETIDAS À CIRURGIA AMBULATORIAL


7.1. Considerar as condições para a alta da SRPA para pacientes de cirurgias ambulatoriais:
orientação no tempo e espaço, estabilidade de sinais vitais há, pelo menos, 60 minutos,
ausência de náuseas ou vômitos, ausência de dificuldade respiratória, capacidade de
ingerir líquidos, capacidade de locomoção como a pré-operatória, sangramento
operatório mínimo ou ausente, ausência de dor de grande intensidade e de sinais de
retenção urinária.
7.2. Liberar a paciente do hospital apenas acompanhada por adulto responsável e após
receber, a paciente e seu acompanhante, instruções por escrito quanto aos cuidados
pós-anestésicos e as formas de contato com o hospital, em caso de complicações.

8. REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Conselho Federal de Medicina. Resolução 2174 de 14 de dezembro de 2017.
Dispõe sobre a prática do ato anestésico e revoga a Resolução CFM nº 1.802/2006.
Disponível em: https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2017/2174
Acesso em: jul. 2022.

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9. HISTÓRICO DE REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

ELABORAÇÃO/REVISÃO
Antonia Maria de Carvalho
Irene Lopes mello
VALIDAÇÃO

Conforme Processo SEI nº 23533.006985/2023-69,


Rhaquel de Morais Alves Barbosa Oliveira
assinado eletronicamente.
Chefe da Unidade de Gestão da Qualidade
APROVAÇÃO

Antonia Maria de Carvalho Conforme Processo SEI nº 23533.006985/2023-69,


Chefe da Unidade de Urgência e Emergência da Meac assinado eletronicamente.

APROVAÇÃO

Conforme Processo SEI nº 23533.006985/2023-69,


Zeus Peron Barbosa do Nascimento
assinado eletronicamente.
Chefe do Setor Materno-Infantil da Meac
APROVAÇÃO

Francisco Edson de Lucena Feitosa Conforme Processo SEI nº 23533.006985/2023-69,


Gerência de Atenção à Saúde da Meac assinado eletronicamente.

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos. 2023, Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados www.ebserh.gov.br

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