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De acordo com a terceira lei de Newton, toda ação possui uma reação na mesma intensidade,

direção e sentido oposto. Nesse contexto, ao analisar o desenvolvimento das tecnologias de


informação, fica claro o uso dessa teoria. Embora que, na contemporaneidade, o uso exagerado de
celulares por parte de crianças, devido o incentivo das indústrias e a desatenção dos pais, vêm
gerando diversos prejuízos ao desenvolvimento dos mesmos.

Primeiramente, é importante ressaltar a influência dos pais ou responsáveis na vida das crianças.
De acordo com a teoria tábula rasa, do filósofo empirista John Locke, o homem nasce como se
fosse uma folha em branco e, a partir das suas experiências e convivências, assimila o que está ao
seu redor. Nesse caso, os responsáveis, geralmente, em momentos de proximidade com a criança,
como finais de semana e horário das refeições, acabam por ter um contato maior com o celular do
que o esperado e o indivíduo tende a desenvolver uma curiosidade estimulada pela vontade de
também manusear o aparelho. Porém, os adultos vêem esse desejo como algo normal, dado que o
dispositivo contém formas de entretenimento voltado para os pequenos.

Do mesmo modo, é necessário destacar que, conforme a socióloga Hannah Arendt, em sua
obra “A Banalidade do Mal”, quando uma ação negativa é repetida com uma alta frequência, ela
passa a ser vista como algo natural. De maneira análoga, a banalização por parte dos pais e
sociedade em geral vai de encontro com o uso excessivo do celular pelo público infantil, dado que
não é imposto um controle familiar sobre as obrigações relacionadas ao horário máximo disponível
para utilização dos aparelhos pelas crianças. Com base nisso, a orientação da Associação
Americana de Pediatria que limita em 1 hora diária de uso é completamente desconsiderada.

Portanto, é necessário que o Ministério da Saúde, juntamente com a Secretaria da Família, crie
campanhas veiculadas pelos canais de TV e rádio que orientem os pais a limitar o uso de celulares
pelas crianças e estimularem brincadeiras socializadoras, a fim de resgatar valores e assegurar a
possibilidade do desenvolvimento pleno na infância. Visto que, a moderação é essencial para uma
boa experiência das tecnologias digitais.

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