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INFLUÊNCIAS NA LÍRICA CAMONIANA

A poesia lírica camoniana sofre influências de duas correntes:



A Lírica Tradicional → são os textos poéticos de Camões que seguem os modelos da
poesia peninsular (compilação de poemas em português e castelhano dos sécs. XV-XVI),
ligada aos Cancioneiros castelhanos do século XV e ao Cancioneiro Geral de Garcia de
Resende (1516).

TEMAS ▪ tradicionais e populares: a fonte, a Natureza, a beleza da mulher, o amor, a


saudade;
▪ episódios do quotidiano/banais a que se refere de forma humorística ou satírica;
▪ grandes temas: o desconcerto do mundo*, o amor impossível, as desilusões do
passado.
FORMA

Esta vertente da poesia lírica camoniana é apresentada em redondilhas (menor e maior), ou


seja, em versos de cinco e sete sílabas métricas, respetivamente. É a chamada Medida Velha.

Composições: Vilancetes composições sujeitas a mote e voltas que repetem, total ou


parcialmente, o último verso do mote. São as mais frequentes
composições da Medida Velha. (ver pág.188)
Cantigas

Endechas
Esparsas

A inspiração clássica → influência italiana (dolce stil nuovo) de inspiração clássica,
relacionada com a cultura humanística e clássica do autor.

TEMAS ▪ temas de natureza sentimental - as contradições do amor, a mulher amada e os


seus efeitos sobre o eu, a morte da amada e o “desconcerto” sentimental que
provoca;
▪ a profunda relação do eu com a Natureza;
▪ tema autobiográficos e filosóficos - o desconcerto do mundo* e a mudança.
FORMA

Temos a introdução do verso decassilábico (dez sílabas métricas) e o soneto (composição


poética mais frequente). É a chamada Medida Nova.

Poema constituído por duas quadras e dois


tercetos, num total de catorze versos
decassilábicos, geralmente de esquema rimático
abba/abba nas quadras e cde/cde ou cdc/dcd nos
tercetos. Geralmente, o soneto termina com
«chave d’ouro” (o último verso apresenta um
pensamento elevado). Em Portugal, o soneto é
introduzido por Sá de Miranda.

Composições:
Soneto (mais usado)

Canções
Éclogas
Elegias
Odes

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