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10º Ano Professora Elsa Andrade

Lírica Camoniana

 Corrente tradicionalista (Medida Velha)


 Corrente renascentista (Medida Nova)

Em Camões coexistiu a poesia com sabor tradicional, com textos cujos modelos formais e
temáticos revelam a cultura humanística e clássica do poeta.

Assim, e por influência tradicional escreveu vilancetes, cantigas, esparsas, trovas, entre outros.

Fez uso da medida velha e cultivou o verso de cinco sílabas métricas (redondilha menor) e de
sete sílabas métricas (redondilha maior). As temáticas tradicionais e populares usadas por
Camões são o amor, a natureza, o ambiente palaciano e a saudade.

Da influência clássica Renascentista, Camões cultivou a medida nova fazendo uso do verso
decassílabo, através da composição poética, o soneto (composto por duas quadras e dois
tercetos) introduzido em Portugal por Sá de Miranda.

Nas temáticas de influência Renascentista cultivou o amor platónico, a saudade, o destino, a


beleza suprema, a mudança, o desconcerto do mundo, a mulher vista à luz do Petrarquismo e
do Destino.

Mais concretamente:

• o amor - amor físico vs. amor platónico; a divisão interior do sujeito poético causada pelo
conflito amoroso; o poder transformador do amor e os seus efeitos contraditórios.

• a mulher - retrato da mulher perspectivada na concepção de Petrarca e Dante; a amada


surge umas vezes como ser angélico, outras como ser maléfico; a mulher ideal é inacessível e
intocável.

• a natureza - encarada como fonte de recursos expressivos, sempre ligada à poesia


amorosa; o locus amoenus.

• a saudade - faz sofrer, mas inspira; a ausência da amada é insuportável e divide o sujeito
poético.

• o tempo e a mudança - a mudança é cíclica e o tempo anula qualquer esperança.

• o destino - é sobretudo na sua vida amorosa que Camões sente a presença maléfica do
destino: tentando lutar contra a má fortuna. O sujeito poético recorda, muitas vezes, o bem
passado.

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