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Lírica Camoniana
Em Camões coexistiu a poesia com sabor tradicional, com textos cujos modelos formais e
temáticos revelam a cultura humanística e clássica do poeta.
Assim, e por influência tradicional escreveu vilancetes, cantigas, esparsas, trovas, entre outros.
Fez uso da medida velha e cultivou o verso de cinco sílabas métricas (redondilha menor) e de
sete sílabas métricas (redondilha maior). As temáticas tradicionais e populares usadas por
Camões são o amor, a natureza, o ambiente palaciano e a saudade.
Da influência clássica Renascentista, Camões cultivou a medida nova fazendo uso do verso
decassílabo, através da composição poética, o soneto (composto por duas quadras e dois
tercetos) introduzido em Portugal por Sá de Miranda.
Mais concretamente:
• o amor - amor físico vs. amor platónico; a divisão interior do sujeito poético causada pelo
conflito amoroso; o poder transformador do amor e os seus efeitos contraditórios.
• a saudade - faz sofrer, mas inspira; a ausência da amada é insuportável e divide o sujeito
poético.
• o destino - é sobretudo na sua vida amorosa que Camões sente a presença maléfica do
destino: tentando lutar contra a má fortuna. O sujeito poético recorda, muitas vezes, o bem
passado.