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AULA 03

Prof. Leticia godoi

Classicismo
LITERATURA SUPERA
CONTEXTO HISTÓRICO
Século XVI
Resquícios da Idade Média
Grandes Navegações
Conflitos regligiosos e
filosóficos
Reforma Protestante
Antropocentrismo
Fim do Sistema Feudal[
Invenção da Imprensa
PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS:
Universalismo;
Valorização da cultura clássica
greco-romana (mitologia, por
exemplo);
Predomínio da razão;
Ideal platônico de beleza;
Rigor formal na estética.
LITERÁRIAS
Representa o período literário do
século XVI (entre 1537 e 1580)
A chegada do poeta Francisco Sá de
CLASSICISMO Miranda ao país deu o pontapé inicial
ao movimento
EM Base na Itália - "Doce Novo"
PORTUGAL Forma fixa do soneto (2 quartetos e 2
tercetos), nos versos decassílabos e
na oitava rima.
PRINCIPAIS AUTORES
DO CLASSICISMO:
Bernardim Ribeiro (1482-1552), com sua
novela “Menina e Moça” (1554);
António Ferreira (1528-1569), com sua
tragédia “A Castro” (1587).
Luís Vaz de Camões

“Os Lusíadas” (1572)


ESTRUTURAÇÃO ESCRITA
LITERÁRIA:
Medida Velha: trazia poemas de estrutura medieval,
versos com redondilhas e temas prosaicos como a beleza
feminina e a desilusão amorosa;

Medida Nova: estruturava clássicos, com sonetos, temas


filosóficos e existenciais, além de explorar a ambiguidade
amorosa, que era a dualidade entre amor idealizado e que
faz sofrer.
CARACTERÍSTICAS EM
OBRAS:

CULCTUURA
LTURA
Exercícios
Questão 01
UFSCAR/2003 A questão seguinte baseia-se no poema épico Os Lusíadas, de Luís Vaz
de Camões, do qual se reproduzem, a seguir, três estrofes.

Mas um velho, de aspeito venerando, (= aspecto) Que castigo tamanho e que justiça
Que ficava nas praias, entre a gente, Fazes no peito vão que muito te ama!
Postos em nós os olhos, meneando Que mortes, que perigos, que tormentas,
Três vezes a cabeça, descontente, Que crueldades neles experimentas!
A voz pesada um pouco alevantando, Dura inquietação d’alma e da vida
Que nós no mar ouvimos claramente,
Fonte de desamparos e adultérios,
C’um saber só de experiências feito,
Sagaz consumidora conhecida
Tais palavras tirou do experto peito:
De fazendas, de reinos e de impérios!
“Ó glória de mandar, ó vã cobiça
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Desta vaidade a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça Sendo digna de infames vitupérios;
C’uma aura popular, que honra se chama! Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana!”
Questão 02

UNICAMP/2018 Um dos aspectos mais importantes da lírica de Camões é a retomada


renascentista de ideias do filósofo grego Platão. Considerando o soneto citado, pode-se dizer
que o chamado “neoplatonismo” camoniano

Transforma-se o amador na coisa amada, Mas esta linda e pura semideia,


Por virtude do muito imaginar; Que, como o acidente em seu sujeito,
Não tenho, logo, mais que desejar, Assim como a alma minha se conforma,
Pois em mim tenho a parte desejada. Está no pensamento como ideia;
Se nela está minha alma transformada, E o vivo e puro amor de que sou feito,
Que mais deseja o corpo de alcançar? Como a matéria simples busca a forma.
Em si somente pode descansar,
Pois com ele tal alma está liada. (Luís de Camões, Lírica: redondilhas e sonetos, Rio de
Janeiro: Ediouro / São Paulo: Publifolha, 1997, p. 85.)
Questão 03

UNIFESP/2016 Uma das principais figuras exploradas por Camões em sua poesia é a antítese.
Neste soneto, tal figura ocorre no verso:

Sete anos de pastor Jacob servia Vendo o triste pastor que com enganos
Labão, pai de Raquel, serrana bela; lhe fora assi negada a sua pastora,
mas não servia ao pai, servia a ela, como se a não tivera merecida,
e a ela só por prêmio pretendia. começa de servir outros sete anos,
Os dias, na esperança de um só dia, dizendo: “Mais servira, se não fora
passava, contentando-se com vê-la; para tão longo amor tão curta a vida”.
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia (Luís Vaz de Camões. Sonetos, 2001)

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