Você está na página 1de 59

VERSO E ESTROFE

RIMAS POBRES E RICAS


RIMAS (posição da estrofe)

Combinam-se alternadamente, seguindo o esquema ABAB.

Banda “14 Bis” – Mesmo de brincadeira.


RIMAS (posição da estrofe)
Combinam-se de duas em duas, seguindo o esquema AABB.

“Vagueio campos noturnos


Paralelas ou Muros soturnos
emparelhadas Paredes de solidão
Sufocam minha canção”

Ferreira Gullar
RIMAS (posição da estrofe)

▪ Combinam-se numa ordem oposta, seguindo o esquema ABBA.

Cassiano Ricardo
RIMAS ENCADEADAS:
as palavras se situam no fim de um verso e no meio de outro.

'Anjo sem pátria, fada errante,


Encadeadas Perto ou distante que de mim tu vás,
Há de seguir-te uma saudade infinda,
Hebreia linda, que dormindo está.

Tomás Ribeiro
VERSOS BRANCOS
são versos que não apresentam esquemas de rima.

“Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano


Vive uma louca chamada Esperança
Brancos E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se[...]”

Mario Quintana
CLASSIFICAÇÃO DOS VERSOS
EXEMPLO DE ESCANSÃO
MÉTRICA é o número determinado de sílabas
poéticas, ou métricas, em cada verso

Regras da escansão
1. Contar até a última sílaba tônica de cada verso.
2. Ditongos crescentes constituem uma sílaba métrica.
3. Quando há duas ou mais vogais posicionadas no fim de uma palavra e no início da
outra, elas se unem em uma única sílaba métrica. Vale o mesmo procedimento para o
caso de palavra que se iniciar com a letra H.
RECURSOS SONOROS EM POEMAS
OUTRO EXEMPLO DE ESCANSÃO

Verso de 10 sílabas SPE | Digital (positivosolucoes.com.br)


Em 31/03: Páginas 27 (questão 1) e 31 (questão 16).
O SONETO
possui quatro estrofes, sendo
dois quartetos (estrofes
compostas por quatro versos)
e dois tercetos (estrofes
compostas por três versos).
RENASCIMENTO

ANTROPOCENTRISMO O HOMEM NA BUSCA DE SI VALORIZAÇÃO DA MITOLOGIA


GRECO-ROMANA
FATOS IMPORTANTES

PRENSA DE GUTEMBERG MOVIMENTO DE AS 95 TESES DE MARTINHO


CONTRARREFORMA LUTERO
Visão de mundo medieval Visão de mundo renascentista
Teocentrismo Antropocentrismo

A verdade está na bíblia, na tradição e na A verdade é obtida pela experimentação, pela


autoridade da igreja católica. observação e pela razão.
A vida material é pouco importante. A vida A vida terrena e material também é importante.
dedicada à religião é tudo. Afinal, a realidade Deve-se explicar a realidade terrestre pelo que
é explicada somente pela vontade de Deus. acontece aqui na Terra.

Conformismo: todas as mudanças são O homem pode e deve progredir, tanto


contrárias à vontade de Deus. material quanto culturalmente.
Conhecer para contemplar a realidade. Conhecer para transformar a natureza.
Saber=Poder.
A natureza é fonte de pecado e deve-se ficar A natureza é maravilhosa, e o homem faz parte
afastado de suas “tentações.” dela.
Ascetismo: vida simples e afastada dos prazeres Hedonismo: valorização do corpo e dos
e desejos. prazeres materiais e intelectuais.
Carpe diem: aproveite o dia, pois a vida é
efêmera.
Crise no Sistema Feudal

• Crise agrária e fome (1315 – 1317)

• Revolta dos camponeses. “Jacqueries”

• A Peste Negra mata 1/3 da população europeia (1347-1350)

• Guerra dos cem anos. (1337 – 1453)

Entrega:14/04: Assista o vídeo em


casa e faça uma síntese
explicativa. (5 linhas)

https://www.youtube.com/watch?v=4V9a5emlI7k
Destaques artísticos

• Leonardo da Vinci - Mona Lisa (1503), Michelangelo - Davi (1501) , Rafael Sanzio –
Madonna (1483), Sandro Botticelli e Tintoretto – Crucificação (1565).
A criação de Adão (1508) – Michelangelo Buonarotti.
A última ceia (1495) – Leonardo da Vinci
Destaques literários

• Divina Comédia (poema épico 1472), de Dante Alighieri. (Caráter moralizante.)


• O Príncipe (1513), de Nicolau Maquiavel. (Absolutismo monárquico de cunho filosófico,
diz como um príncipe deve ser. “O fim justificam os meios.”)
• Romeu e Julieta (1591), de Willian Shakespeare. (Reflexões sobre os costumes e a
hipocrisia).
• Dom Quixote (1605), de Miguel de Cervantes. (satiriza as novelas de cavalaria)
• Gil Vicente (1465-1536): Ficou conhecido por seus Autos que eram encenados nas
igrejas, o qual o autor satiriza as pessoas e seu comportamento.
AUTO DA BARCA DO INFERNO

Entrega:14/04: Assista o vídeo em


casa e faça uma resumo da obra.
(5 linhas)

https://www.youtube.com/watch?v=taAEA9Ji94s
As grandes navegações

Eram os anos de 1500

A PARTIDA
Classicismo

Humanismo
O clássico

Página 24.
Renascimento e Classicismo

Página 25.
CLASSICISMO MANEIRISMO

• Análise do mundo e da vida; • Ruptura com modelos clássicos


• Questões baseadas na (Estilo anti-renascentista);
racionalidade humana; • Composições ambíguas, tensas,
• Razão, equilíbrio e objetividade; dramáticas, contraditórias;
• Simplicidade e clareza. • Aproximação com o Barroco e o
• Temas religiosos e mitológicos. Realismo, pois trata-se de um estilo
de transição entre o renascentismo
e o Barroco.
CLASSICISMO MANEIRISMO

Sete anos de pastor Jacob servia Amor é um fogo que arde sem se ver,
Labão, pai de Raquel, serrana bela; É ferida que dói, e não se sente;
mas não servia ao pai, servia a ela, É um contentamento descontente,
e a ela só por soldada pretendia. É dor que desatina sem doer.

Os dias na esperança de um só dia É um não querer mais que bem querer;


passava, contentando-se com vê-la; É um andar solitário entre a gente;
porém o pai, usando de cautela, É nunca contentar-se de contente;
em lugar de Raquel, lhe dava Lia. É um cuidar que ganha em se perder.

Vendo o triste pastor que por enganos É querer estar preso por vontade;
lhe fora assi negada sua pastora, É servir a quem vence, o vencedor;
como se a não tivera merecida, É ter com quem nos mata, lealdade.

tornando já a servir outros sete anos, Mas como causar pode seu favor
dizendo: –Mais servira, se não fora Nos corações humanos amizade,
para tão longo amor tão curta vida. Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís Vaz de Camões (1524-1580)

Tarefa 14/04: Página 27.


Apenas as questões 2, 3, 4 e 5.
Na literatura
Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões (1572)

Obra mais importante do autor, trata-se de um


poema épico (que narra fatos heroicos) dedicados a
D. Sebastião, rei de Portugal, e narra os grandes feitos
do povo português em suas navegações e guerras.

https://www.youtube.com/watch?v=TnU8ICEV1EM
Os Lusíadas Canto I:
Proposição: viagem de Vasco da Gama à Índia.
Invocação: pedido de inspiração às musas do
Tejo.
Dedicatória ao Rei Dom Sebastião. Apresentação
do Consílio dos Deuses romanos, sendo que estão
a favor dos portugueses, Vênus e Marte (Deusa do
amor e o Deus da guerra), e contra estão Netuno
e Baco (Deus dos mares e o Deus da vinho).
Canto II: Primeiros desafios, exploração da
geografia e a história de Portugal.
Canto III: Inês de Castro.
Canto IV: Velho do Restelo.
Canto V: Gigante Adamastor.
Canto VI: Intervenção de Netuno.
Canto VII: Chegada às Índias.
Os Lusíadas
Canto VIII: Negociações, conversão dos
nativos ao cristianismo.
Canto XI: Retorno, Ilha dos Amores.
Canto X: Narração dos feitos portugueses
que ocorreram depois, A Máquina do
mundo, epílogo.

Tarefa 14/04: fazer um resumo manuscrito de


cada capítulo.
(10 linhas)
CANTO IV

«A gente da cidade, aquele dia,


(Uns por amigos, outros por parentes,
Outros por ver somente) concorria,
Saudosos na vista e descontentes
E nós, Coma virtuosa companhia
De mil Religiosos diligentes,
Em procissão solene, a Deus orando,
Pera os batéis viemos caminhando.
Tarefa 14/04: Página 28.
«Em tão longo caminho e duvidoso
Por perdidos as gentes nos julgavam,
As mulheres cum choro piedoso
Os homens com suspiros que arrancavam.
Mães, Esposas, Irmãs, que o temeroso
Amor mais desconfia, acrescentavam
A desesperação e frio medo
De já nos não tornar a ver tão cedo. [...]”
CANTO V

"Não acabava, quando uma figura


Se nos mostra no ar, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estatura,
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má, e a cor terrena e pálida,
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos.
Luís Vaz de Camões (1524-1580)
Retrato ideal da mulher do
Amor e suas século XVI
contradições
LXXXVIII
Leda serenidade deleitosa,
Poema lírico “Amor é fogo que arde sem
Que representa em terra um paraíso;
ver” - publicado em 1595.
Entre rubis e perlas doce riso;
Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa;
“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
Presença moderada e graciosa,
é um contentamento descontente,
Onde ensinando estão despejo e siso
é dor que desatina sem doer.
Que se pode por arte e por aviso,
Como por natureza, ser fermosa;
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
Fala de quem a morte e a vida pende,
é nunca contentar-se de contente;
Rara, suave; enfim, Senhora, vossa;
é um cuidar que ganha em se perder.
[...]
[...] Página 33.
O desconcerto À instabilidade
do mundo do mundo

ESPARSA AO DESCONCERTO DO Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades


MUNDO
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Os bons vi sempre passar muda-se o ser, muda-se a confiança;
No Mundo grandes tormentos; todo o Mundo é composto de mudança,
E pera mais me espantar, tomando sempre novas qualidades. [...]
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos. Página 31.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado:
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.
ESQUEMA
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
DE RIMAS
Mu/ dan-/ se os/ tem/ pos/ mu/ dan-/se as/ von/ta/des,
Mu/ da-/ se o/ ser,/ mu/da-/se a/ con/fi/an/ça;
To/ do o-/ mun/do é/ com/pos/to/ de/ um/dan/ça,
To/man/do /sem/pre /no/vas /qua/li/da/des.
Rimas intercaladas (ABBA)
Con/ti/nua/men/te /ve/mos /no/vi/da/des
[...]

Verso de 10 sílabas (decassílabo)

Continua na página 31.


Redondilha menor e maior
Tarefa 14/04: Páginas 30 à 34.

[...] Os/ bons/ vi/ sem/pre/ pas/sar


Pa/ra/ que o/ me/ni/no No/ mun/do/ gra/ves/ tor/men/tos
Dur/ma/ sos/se/ga/do, E/ pa/ra / mais/ me es/pan/ tar
Sen/ta/da a/ seu/ la/do Os/ maus/ vi/ sem/pre/ na/dar
A/ mãe/zi/nha/ can/ta:
[...]
[...]

Verso de 5 sílabas (pentassílabo) Verso de 7 sílabas (heptassílabo)


Versos Esparsa ao desconcerto do mundo
brancos Os/ bons/ vi/ sem/pre/ pas/sar
ou soltos No/ mun/do/ gra/ves/ tor/men/tos
E/ pa/ra / mais/ me es/pan/ tar
Os/ maus/ vi/ sem/pre/ na/dar
Em/ mar/ de/ con/ten/ta/men/tos.
Sem rimas fixas Cui/dan/do al/can/çar/ as/sim
O/ bem/ tão/ mal/ or/de/na/do,
Fui/ mau,/ mas/ fui/ cas/ti/ga/do:
As/sim/ que/ só/ pa/ra/ mim
Na/da o/ mun/do/ con/cer/ta/do.

Verso de 7 sílabas (heptassílabo)

Página 32.
Dia 22/10/1500 em Porto Seguro
Eram os anos de 1500

Veja o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=miC1TidIhkA A CHEGADA
Página 35
28/03/2023
DENOMINAÇÕES

LITERATURA CATEQUÉTICA LITERATURA DOS VIAJANTES LITERATURA INFORMATIVA


OU DOS CRONISTAS
• A Carta de Pero Vaz de Caminha é considerada a "Certidão de nascimento do
Brasil".

• Texto minuciosamente descritivo, já que o escrivão tinha que relatar ao rei D.


Manuel as possibilidades de exploração e lucratividade.

• Os textos ficaram conhecidos como crônicas de viagem, também eram enviadas


cartas, diários e relatórios.

Rei Dom Manuel I de Portugal


• Hans Staden presenciou e registrou o ritual de antropofagia da tribo
tupinambá, já que foi prisioneiro por 9 meses.

Veja o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=Cxwprm42gsU

Página 46

“Os filhos da terra ingeriam emulsões de plantas alucinógenas que eram tomadas antes
das batalhas.”

Pedro Álvares Cabral


Das frutas da terra
“Cria-se uma planta humilde junto do chão, a qual tem
umas pencas como cardo (espinho) , a fruta dela nasce
como alcachofras e parecem naturalmente pinhas, e são
do mesmo tamanho, chamam lhes ananases (abacaxi) [...]
Outra fruta se cria numas árvores grandes, estas se não
plantam, nascem pelo mato muitas; esta fruta depois de
madura é muito amarela: são como pêros, chamam-lhes
cajus, têm muito sumo, e cria-se na ponta desta fruta de
fora um caroço como castanha, essa fruta tem a casca
mais amargosa que fel, e se tocarem com ela nos beiços
dura muito aquele amargor e faz empolar toda a boca [...]
Também há uma fruta que lhe chamam bananas, e pela
língua dos índios pacovas: há na terra muita abundância
delas: parecem-se na feição com pepinos, [...] E desta
maneira nunca está o Brasil sem frutas.”
Página 37
Tratado da Terra do Brasil (1576) - de Pero de Magalhães Gândavo.
Esta terra, Senhor, me parece “Eram pardos, todos nus, sem coisa
tamanha que haverá nela bem vinte
alguma que lhes cobrisse suas
ou vinte e cinco léguas por costa. [...]
Traz, ao longo do mar, nalgumas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com
partes, grandes barreiras, por cima suas setas. Vinham todos rijamente
toda chã e grandes arvoredos. De sobre o batel; e Nicolau Coelho fez sinal
ponta a ponta, é toda praia muito que pousassem os arcos. E eles o
chã e muito formosa. [...] Nela, até pousaram [...]
agora, não pudemos saber que haja
ouro, nem prata, nem coisa alguma Pero Vaz de Caminha
de metal nem de ferro; nem lho
vimos. Porém a terra em si é de muito
bons ares [...]. Águas são muitas;
infindas. Em tal maneira é graciosa
que, querendo-a aproveitar, dar-se-á
nela tudo. Porém o melhor fruto, que
nela se pode fazer, me parece que
será salvar esta gente. E esta deve
ser a principal semente que vossa
alteza em ela deve lançar [...]
Página 41
Ritual de antropofagia

Página 46
Veja o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=gq6W7VerWcc
Crônicas de viagem
▪ Tratado da Terra do Brasil (1576) - de Pero de Magalhães Gândavo;

▪ Diário de Navegações (1530) - de Pero Lopes de Souza;

▪ Tratado Descritivo do Brasil (1587) - de Gabriel Soares de Souza.

Observe que muitos navegadores estiveram aqui.


DOS COSTUMES DA TERRA

As pessoas que no Brasil querem viver, tanto que se fazem moradores da terra, por pobres que
sejam, se cada um alcançar dous pares ou meia dúzia de escravos (que pode um por outro
custar pouco mais ou menos até dez cruzados) logo tem remédio pela sua sustentação;
porque uns lhe pescam e cação, outros le fazem mantimentos e fazenda e assim pouco a
pouco enriquecem os homens e vivem honradamente na terra com mais descanso que neste
Reino, porque os mesmos escravos indios da terra buscam de comer pela si e pela os senhores,
e desta maneira não fazem os homens despesa com seus escravos em mantimentos nem com
suas pessôas. A maior parte das camas do Brasil são redes, as quase armam numa casa com
duas cordas e lançam-se nelas a dormir. Este costume tomaram os indios da terra. [...]

Tratado da Terra do Brasil (1576) - de Pero de Magalhães Gândavo.


A’ EL REI D. JOÃO

Já que escrevi a Vossa Alteza a falta que nesta terra há de mulheres, com quem os homens
casem e vivam em serviço de Nosso Senhor, apartados dos peccados em que agora vivem,
mande Vossa Alteza muitas orphãs, e si não houver muitas, venham de mistura dellas e
quaesquer, porque são tão desejadas as mulheres brancas cá, que quaesquer farão cá muito
bem à terra, e ellas se ganharão, e os homens de cá apartar-se-hão do peccado.

A’ El-Rei D. João (1552) - de Manoel da Nobrega


O longa-metragem (2003), adaptado do romance
homônimo de Ana Miranda, é ambientado na época do
Brasil Colônia. A trama se concentra na história de
Oribela, uma das muitas jovens órfãs enviadas, em 1555,
pelo reino português, a fim de se casarem com os
primeiros colonizadores.
A protagonista é, então, obrigada a se casar com
Francisco de Albuquerque e com ele morar em um
engenho de açúcar. A partir do ponto de vista de uma
mulher, o filme mostra o início da colonização e da
escravidão no Brasil.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=aR79HkR4WOI&t=18s
Literatura catequética

▪ Companhia de Jesus chegou no Brasil em 1549 na Bahia.

- Prade José de Anchieta;

- Manoel da Nóbrega;

- Manoel de Paiva.
Cultura indígena

▪ Organização social do indígena: Homens (derrubada de árvores, guerra e caça);


Mulheres (plantio e comida); Crianças (colheita).

▪ Dualidade: Na cultura cristã coexistem (Deus e o Diabo), mas para os indígenas,


apenas os Deuses da natureza e o diálogo com os espíritos de seus antepassados.
Os deuses indígenas tinham virtudes e defeitos, porém não existia o bem e o mal.
Inserção cristã

▪ Poemas relacionados à religião, texto em prosa e textos teatrais.

▪ Manipulação: Usar nas peças teatrais o cotidiano do indígena, assim aproximar-se da


cultura e modificar seus costumes e valores. (santos e demônios – bem e o mal)

▪ Aprender a idioma dos nativos: Padre José de Anchieta cria o 1º dicionário de Tupi,
publicado em 1595. Ferramenta essencial para comunicação e inserção de novos
valores aos nativos.

▪ Os cristãos modificaram a cultura indígena, atribuindo seus valores pessoais, ou seja,


processo de aculturação.

▪ Os jesuítas “protegiam” os nativos da exploração, no entanto o indígena nunca foi


aceito ou inserido socialmente na cultura do europeu.
“Todo o Brasil é um jardim em
frescura e bosque e não se vê em
todo ano árvore nem erva seca. Os
arvoredos se vão às nuvens de
admirável altura e grossura e
variedade de espécies. Muitos dão
bons frutos e o que lhes dá graça é
que há neles muitos passarinhos de
grande formosura e variedades e
em seu canto não dão vantagem
aos rouxinóis, pintassilgos, colorinos
e canários de Portugal e fazem uma
harmonia quando um homem vai
por este caminho, que é para
louvar o Senhor, e os bosques são
tão frescos que os lindos e artificiais
de Portugal ficam muito abaixo”.

Padre José de Anchieta


“Quando morre algum dos seus põem-lhe
sobre a sepultura pratos, cheios de viandas, e
uma rede (…) mui bem lavada. Isto, porque
creem, segundo dizem, que depois que
morrem tornam a comer e descansar sobre a
sepultura. Deitam-nos em covas redondas, e,
se são principais, fazem-lhes uma choça de
palma. Não têm conhecimento de glória
nem inferno, somente dizem que depois de
morrer vão descansar a um bom lugar. (…)
Qualquer cristão, que entre em suas casas,
dão-lhe a comer do que têm, e uma rede
lavada em que durma. São castas as
mulheres a seus maridos.”

Padre Manuel da Nóbrega.


O outro lado da história Página 52

O SINAL DO PAJÉ
– Na nossa época, Curumim – falou o velho pajé como se tivesse lido seu
pensamento –, não tínhamos muito tempo para brincar, não. Vivíamos
constantes tensos. Era um tempo de guerra contra outras gentes do lado
oposto do rio. Era também uma época em que os homens brancos
estavam chegando em nossas aldeias. [...]
– Vocês tinham medo do quê? – quis saber o menino.
– Naquela ocasião, não sabíamos direito do que tínhamos medo, mas o
fato é que aquelas pessoas que estavam vindo para cá encontrar-se
conosco eram muito estranhas, muito feias, muito selvagens. Seus olhos
eram diferentes, seus rostos sujos de pelos nos causavam medo. Seus
rostos não nos permitiam ver sua pele; não sobrava nada onde se
pudesse fazer uma pintura de boas-vindas. Então, não ficávamos seguros
sobre o que eles realmente queriam.
Daniel MUNDUKURU.
RESUMOS DAS TAREFAS
ENTREGA 14/04

Páginas 27, 28, 31, 33.

Página 34 (questão 31)

Páginas 36, 38, 42, 44.

Páginas 48, 49, 50, 51 E 52.


REVISÃO– QR Code da página 41.

QUINHENTISMO

SPE | Digital (positivosolucoes.com.br)

Você também pode gostar