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Thaís

fms.thata@gmail.com
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Olá!
seja bem-vindos a mais uma edição do melhor material de
atualidades! nessa revista você encontrará compilados de notícias,
qr codes para aprofundar seus estudos, contextos históricos,
anotações de aula, tudo para facilitar o entendimento das
atualidades na geopolítica. aproveite muito esse material, muito
obrigada pela confiança no meu trabalho. <3
beijos e bons estudos!
me acompanhe nas redes sociais: @deuskdminhavaga

aqui vai uma dica: sempre que tiver


dúvida sobre um acontecimento,
pesquise! use o google a seu favor.
nas provas as atualidades muitas
vezes estão ligadas aos contextos
históricos, então é mega importante
que você não desassocie a
atualidade da história!

Fatos
Thaís
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repertório!
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a era
Infelizmente vivemos um
um
sempre que encontrar um dado onde a desinformação é
igos,
legal que consiga associar na dos nossos maiores inim
sempre que buscar uma
redação, faça uma ficha sobre isso. a
matéria verifique que se
pode te ajudar bastante na hora dos
fonte é confiável e se os
repertórios socioculturais.
dados de fato existem!
aqui vão alguns podcasts que
eu adoro ouvir e sempre me

História
mantém atualizada :)
angu de grilo
café manhã
Em 2021 várias efeméride o assunto
s vão a terra é redonda
rolar, portanto, não deixe
de revisar foro de teresina
as datas que comemoram 123 segundos
guilhotina
aniversários fechados esse
anos! petit journal

É proibida a reprodução parcial ou total deste material sejam quais forem os meios empregados para isso: eletrônicos,
fotográficos, xerográficos ou quaisquer outros, sob pena de respnder legalmente pela violação, conforme estabelecido pela
Lei nº 9.610 de 19/02/1998 e pelo artigo 184 do Código Penal.
Nesta revista você
encontrará:
05 ERA TRUMP

12 GOVERNO BIDEN

16 RÚSSIA E CHINA

18 CHINA

20 GUERRA COMERCIAL CHINA E ESTADOS UNIDOS

22 PROTESTOS NA TAILÂNDIA

24 PROTESTOS EM HONG KONG

28 NOVA POLÍTICA DEMOGRÁFICA CHINESA

29 ENCOLHIMENTO DA POPULAÇÃO RUSSA

31 CRISE NA BIELORRÚSIA

34 CRIMEIA

36 ARMÊNIA E AZERBAIJÃO

37 NEO - OTOMANISMO

38 TENSÃO ENTRE AS COREIAS

41 TENSÃO ENTRE CHINA E ÍNDIA

44 GOLPE MILITAR NO MALI Thaís


47 SOMÁLIA fms.thata@gmail.com
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48 CONFLITOS EM MOÇAMBIQUE

51 PROTESTOS NIGÉRIA

54 O QUE ESTÁ ACONTECENDO NA ETIÓPIA

56 10 ANOS DE INDEPENDÊNCIA DO SUDÃO DO SUL

58 CANAIS E ESTREITOS

59 ESTREITO DE ORMUZ

61 ENCALHAMENTO NO CANAL DE SUEZ

66 NOVA ROTA DO ÁRTICO

69 NOVA ROTA DA SEDA

71 10 ANOS DO DESASTRE DE FUKUSHIMA

73 HAITI E SUA INSTABILIDADE POLÍTICA

75 PROTESTOS EM CUBA

77 75 ANOS DA ONU

78 20 ANOS DOS ATAQUES DE 11 DE SETEMBRO

80 GUERRA NO AFEGANISTÃO

83 10 ANOS DE GUERRA DA SÍRIA

88 CONFLITO ÁRABE- PALESTINO EM 2021

94 - CRISE HÍDRICA NO BRASIL

99 APAGÃO NO AMAPÁ

101 COVID EM MANAUS

103 MACEIÓ ESTÁ AFUDANDO


M B R E
RELE Ê S !
S R O L
ESSE

Alguns termos e conflitos que podem aparecer nas provas e é


bacana que você saiba!

Soft Power

É o poder exercido de forma suave para atingir objetivos sem usar a força/coerção.
Essa ferramenta é usada em guerras e disputa por supremacia. Um exemplo é o cinema. (filmes como Capitão América).

A China vem exercendo seu soft power através de empréstimos!

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sunitas e xiitas

Os sunitas e xiitas compartilham dos mesmos dogmas da fé islâmica. No entanto, a grande questão recai sobre quem seria o verdadeiro profeta após a morte de Maomé (570-632).

Fundador e o mais importante profeta do islamismo, Maomé (Muhammad) é autor do Alcorão, o livro sagrado da religião islâmica.

Os sunitas (cerca de 90% dos muçulmanos) acreditam que o califa (chefe de Estado e sucessor de Maomé) deveria ser eleito pelos próprios muçulmanos.

Já para os xiitas, o profeta e sucessor legítimo deveria ser Ali (601-661), genro de Maomé, que por fim, foi assassinado.

guerra comercial

Guerra comercial entende-se como tarifação.


Protecionismo para proteger os produtos nacionais em detrimento dos importados.

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ERA TRUMP. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

ERA TRUMP
Quem é Donald Trump?
O 45º presidente dos Estados Unidos é um magnata dos imóveis, ele construiu um império comercial enorme.
Publicou livros, participou de filmes e ainda foi apresentador em programas da televisão americana.
Num contexto geral: Adotou política nacionalista: proteção industrial e econômica dos EUA e geração de
empregos para os nativos.

RELEMBRE OS PRINCIPAIS PONTOS ENTENDA A CRONOLOGIA


America First”
Defendia maior parceria com a Chacina de Las Vegas:
Rússia Maior ataque a tiros da história dos EUA mata 59 e deixa mais de 500 feridos
É contrário a ascensão chinesa em Las Vegas. Homem atirou do 32º andar do resort Mandalay Bay contra
Oposição ao acordo nuclear com multidão que participava de festival de música country. Estado Islâmico
Irã: um acordo que prevê a reivindicou o ataque a tiros, que já é o mais letal da história dos EUA.
retirada das armas nucleares Discussão do uso de armas no país: vale lembrar que Trump é pró-indústria
iranianas. Contudo, os EUA se bélica e defende o armamento.
dispuseram a fortalecer a Marcha de supremacistas brancos em Charlottesville:
economia iraniana gradualmente Os graves distúrbios
Thaís deste fim de semana em Charlottesville (Virgínia), por
conforme o acordo fosse conta de uma marcha de suprematistas brancos, resultaram em uma
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cumprido. Trump desacredita avalancheHP15916305822995
de críticas contra Donald Trump pela mornidão de sua reação. Com
que a economia do país do vítimas fatais já confirmadas, em seu primeiro grande incidente racista, chegou
Oriente Médio mereça tal a citar a “violência de todo tipo” sem citar o racismo e o nazismo. Esses grupos
injeção. abraçaram o trumpismo em sua vertente nacionalista e se tornaram mais
Tendência ao isolamento: valentes com sua vitória eleitoral. A Casa Branca teve de esclarecer que a
Trump, em sua fala, rejeita a condenação do presidente os inclui. O prefeito de Charlottesville o acusou de
globalização. Salienta que os açulá-los. A tragédia colocou Trump diante de um espelho incômodo.
demais países devem procurar Saída do do país do Tratado de Associação Transpacífico (TPP, na sigla
investimentos para não em inglês)
depender dos EUA. Deixa claro o lema “America First” O que é o Acordo Transpacífico
Trump enfrentou grandes (TPP)?O Acordo de Associação Transpacífico, também conhecido pela
embates desde o início do sigla TPP (do inglês Trans-Pacific Partnership) é um tratado de livre-
mandato por achar que comércio assinado por 11 países banhados pelo Oceano Pacífico.
conseguiria ser “autônomo”. Criado com o interesse de estabelecer uma maior integração entre as
economias do Pacífico, o TPP surgiu a partir da expansão do Trans-
pacific Strategic Economic Partnership (TPSEP), um bloco econômico
formado em 2005 apenas pela Nova Zelândia, Chile, Cingapura e
Brunei.
Em razão da importância desse acordo no comércio internacional – já
que o mesmo envolve a participação de grandes potências
econômicas, o TPP foi considerado por muitos como o acordo
comercial mais importante dos últimos tempos. Somando todos os
países membros, o TPP representou, no momento da sua criação, um
PIB de mais de US$ 50 trilhões – ou seja, 40% de toda a economia
mundial.

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ERA TRUMP. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Quais são os objetivos do TPP?


A importância do TPP vai muito além do desenvolvimento do comércio entre seus membros. Isso se deve
porque, além de ser um acordo de cooperação comercial, o tratado Transpacífico também intenciona:
O aumento da integração econômica entre seus membros, principalmente através redução de tarifas, taxas, barreiras
alfandegárias e demais obstáculos à circulação de produtos, serviços e investimentos;
O estímulo aos investimentos internos entre os membros do bloco, para favorecer o desenvolvimento econômico dos
países e aumentar a integração comercial entre eles.
A criação de regras comuns sobre propriedade intelectual de produtos e serviços, novas tecnologias e produção de
conhecimento, para ao mesmo tempo proteger as inovações dos países-membros e estimular o desenvolvimento
científico global;
A padronização das legislações trabalhistas dos países membros, para garantir um melhor padrão nas condições de
trabalho (principalmente nos países asiáticos) e evitar a migração empresas para países com mão de obra barata;
O fortalecimento de políticas ambientais comuns, para garantir que os países do bloco possam alcançar um
desenvolvimento econômico sustentável.

O Acordo de Paris é um
compromisso internacional
discutido entre 195 países
SAÍDA DO PROTOCOLO DE PARIS
com o objetivo de minimizar
as consequências do
aquecimento global.
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TRUMP PROÍBE CIDADÃOS DE SETE PAÍSES DE ENTRAR NOS ESTADOS UNIDOS


31 JANEIRO 2017

Em meio à polêmica determinação do presidente Donald Trump de proibir a entrada aos EUA de pessoas de
sete países, uma pergunta segue sem resposta clara: por que estes países especificamente?
Estão na lista Síria, Iraque, Irã, Líbia, Sudão e Iêmen, nações predominantemente muçulmanas.
Desde a sexta-feira à tarde, quando Trump assinou a ordem executiva, seus cidadãos estão impedidos por 90
dias de entrar nos EUA. O documento presidencial argumenta questões de segurança, afirmando que "vários
indivíduos nascidos no exterior têm sido condenados ou implicados em delitos relacionados com o terrorismo
desde o 11 de setembro de 2001".
Embora esteja aberta a possibilidade de ampliar a lista, a ordem deixou de fora a proibição a países como
Arábia Saudita e Egito, de onde vêm vários membros da Al-Qaeda que atacaram os EUA em 2001.
Enquanto isso, nenhum indivíduo envolvido nos atentados a Washington e Nova York naquele ano vem dos sete
países vetados por Trump.
Xenofobia: Xenofobia é o medo, aversão ou a profunda antipatia em relação aos estrangeiros, a desconfiança
em relação a pessoas que vêm de fora do seu país com uma cultura, hábito, raça ou religião diferente.
Fonte: BBC BRASIL

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ERA TRUMP. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

DONALD TRUMP ANUNCIA REVISÃO DO ACORDO DE OBAMA COM CUBA

O que Trump pretende mudar em relação a Cuba, segundo fontes da Casa Branca: haverá
maiores restrições para viagens de americanos a Cuba; haverá mais restrições para fazer
negócios com empresas controladas pelas forças armadas cubanas.
O que Obama implementou e Trump não deve mudar, segundo fontes da Casa Branca: os EUA
manterão sua embaixada em Havana, e a operação de voos e viagens de navios dos EUA para
Cuba permanece.
.

Thaís
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TRANSFERÊNCIA DA EMBAIXADA AMERICANA DE TEL AVIV PARA JERUSALÉM

Símbolo dos conflitos entre palestinos e israelenses, o território da cidade de Jerusalém


voltou a ser discutido nos últimos dias. Isso aconteceu porque a embaixada dos Estados Unidos
foi transferida para o local. Antes disso, o centro das relações internacionais norte-americana na
região era localizado em Tel Aviv, cidade de Israel. A mudança foi uma promessa de campanha
de Donald Trump.
Com isso, os EUA passaram uma mensagem de que acredita que Jerusalém é a verdadeira
capital de Israel, quando a briga pela cidade ainda não foi resolvida entre os dois estados.

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ERA TRUMP. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

IMPEACHMENT
O estopim de tudo isso foi o caso envolvendo o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Trump teria ligado
para Zelenski, pressionando-o para que investigasse o filho do ex-vice presidente Joe Biden (que agora concorre
às primárias do partido para candidatar-se a vaga de presidente).
Em 2015, Joe Biden pressionou a demissão do secretário geral da Ucrânia, que investigava a empresa
Burisma de corrupção.
Adivinha quem trabalhava nessa empresa? O filho de Joe, Hunter Biden. Com isso, os opositores de Trump
viram nessa atitude uma brecha para acusá lo de abuso de poder, ao pressionar um aliado mais fraco em
benefício próprio. Ele busca a reeleição, logo, um escândalo contra seu concorrente seria ótimo.

NOTÍCIAS DE JULHO DE 2020

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Depois de semanas ignorando ou minimizando o impacto da pandemia de covid-19, o presidente


americano, Donald Trump, demonstrou nos últimos dias uma mudança de tom em relação à crise.
Nesta semana, Trump anunciou a retomada dos briefings da força-tarefa criada pela Casa Branca para responder
à pandemia causada pelo novo coronavírus. Ele havia interrompido sua participação nessas entrevistas coletivas
diárias em abril, após reação negativa e deboches à sua insinuação de que injetar ou ingerir desinfetante poderia
ajudar a curar a doença.
O presidente, que até então vinha se recusando a usar máscaras, apesar da recomendação de
especialistas médicos de que seu uso é eficaz para conter a propagação do vírus, também tuitou nesta semana
uma foto em que aparece usando o equipamento de proteção.

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ERA TRUMP. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

IMPACTO DA ERA TRUMP NO BRASIL:

Quatro anos podem soar como pouco tempo — Trump perdeu a tentativa de reeleição em
novembro de 2020 —, mas o conjunto de políticas públicas e o estilo de comando do principal
líder populista de direita do mundo produziram profundos efeitos não só nos EUA como no mundo
— e no Brasil, em particular. Ao menos parte dos aspectos da Era Trump devem seguir gerando
repercussões, mesmo após a saída do republicano da Casa Branca.
Se não inaugurou o estilo, Trump foi o maior expoente de uma política feita a partir da
comunicação rápida e direta com o eleitorado via redes sociais, em termos que muitas vezes
contrariavam a liturgia do cargo e a hierarquia do partido.
Não raro ele quebrou regras tácitas da democracia americana, como ao se recusar a conceder
sua derrota nas urnas ou ao se abster de participar da posse do sucessor.
Impulsionou ainda notícias falsas e teorias da conspiração junto aos seus quase 90 milhões
de seguidores.
Nos estertores de seu mandato, Trump perdeu tais recursos. Suas contas foram definitivamente
ou temporariamente suspensas por plataformas como Twitter, Facebook e Instagram.
As redes argumentaram que os posts de Trump representavam risco de incitação à violência, já
que o presidente chegou a justificar com falsas alegações de fraude eleitoral as cenas de invasão
do Capitólio que seus apoiadores protagonizaram no em janeiro.

Thaís
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AMERICA FIRST
Já a agenda política de Trump se organizou a partir de dois motes centrais.
O primeiro, "America First", ou Estados Unidos primeiro, foi o motor para ações tão variadas
quanto o protecionismo econômico, que levou à guerra comercial com a China e respingou até
em produtos brasileiros, a ruptura com entidades multilaterais, como a Organização Mundial da
Saúde, que os EUA largamente financiavam, ou a construção de um muro na fronteira com o
México, para barrar a imigração ilegal.
O segundo mote, do governo "da lei e da ordem", mostrou seus efeitos tanto no elogio a ações
policiais eventualmente truculentas - e no desmonte dos mecanismos de punição a policiais
abusadores - quanto, na retomada de execuções de prisioneiros federais (a gestão Trump levou a
cabo o maior número delas em 120 anos) e no sucesso em emplacar na Suprema Corte e em
outros órgãos judiciais do país maiorias conservadoras, que podem reverter decisões históricas
como a legalização do aborto no país.
Trump dos trópicos
Mas quatros aspectos da Era Trump são centrais para a relação dos Estados Unidos com o
Brasil, especialmente depois que Jair Bolsonaro subiu a rampa do Palácio do Planalto, em janeiro
de 2019.
“Não há nenhum outro líder que se espelhe tanto em Trump quanto Bolsonaro”, analisa o
americanista Carlos Gustavo Poggio, professor de relações internacionais da FAAP.

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ERA TRUMP. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

De acordo com a brasilianista Amy Erica Smith, professora de ciência política na Universidade de Iowa, a ascensão de
Trump ao poder nos EUA, contra todos os prognósticos de políticos e analistas, mostrou ao mundo ocidental que seu estilo
personalista e sua agenda fortemente baseada em conservadorismo nos costumes e em nacionalismo tinham viabilidade
eleitoral.
A simbiose entre os dois presidentes ficou evidente nos primeiros meses de pandemia. Ambos subestimaram a
doença, culparam a China, apostaram em soluções sem eficácia como a cloroquina, jogaram contra medidas de isolamento
social que pudessem atrapalhar a economia, entraram em confronto com governadores.
Trump, contudo, apostou fortemente em vacinas, enquanto Bolsonaro não a tornou prioridade em sua gestão e já disse
frases de desestímulo ao uso de imunizantes.
Mesmo o roteiro de fraude eleitoral, adotado por Trump nos últimos dois meses, encontra eco no Brasil. Em março de 2020,
em viagem a Miami, Bolsonaro disse ter "provas" de que a eleição de 2018 tinha sido roubada e que ele teria vencido em
primeiro turno.
Não existe qualquer evidência disso e o presidente brasileiro jamais apresentou as provas que disse ter.
Em janeiro, Bolsonaro afirmou: "Se nós não tivermos o voto impresso em 22, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter
problema pior que os Estados Unidos".
Se as semelhanças entre os líderes fez com que veículos de imprensa internacionais apelidassem Bolsonaro de "Trump
dos Trópicos", vale ressaltar que há, sim, diferenças.
A primeira é que Trump ainda conta com o respaldo de uma máquina partidária robusta como são os republicanos,
enquanto Bolsonaro sequer conseguiu criar uma agremiação própria e segue sem legenda.
A segunda é que a base social de Bolsonaro não está consolidada, o perfil de seus apoiadores mudou da classe média e
alta para os mais pobres em dois anos e seria exagerado dizer que ele possui um público cativo, como o Trump.

A AMÉRICA LATINA VISTA DE CIMA DO MURO


Em quatro anos de mandato, Trump esteve uma única vez na América Latina — uma visita a Buenos Aires, em 2018,
onde acontecia a reunião do G-20. A escassez de viagensThaís do líder à região, considerada zona de influência tradicional dos
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americanos, é simbólica do tipo de relação que Trump manteve com o restante do continente em sua gestão.
"Trump só olhou pra América Latina de cima do muro",HP15916305822995
afirma Poggio, em uma referência à barreira física que o mandatário
prometeu erguer na fronteira com o México. "Para ele, a área só era importante nos temas que diziam respeito diretamente
à situação doméstica".
Durante a campanha de 2016, Trump prometeu endurecer as medidas contra imigrantes ilegais e foi o que fez.
Entre suas políticas, chegou até a, em 2018, estabelecer a separação de pais e filhos que tivessem entrado sem
documentos no território americano. Esse foi o destino de pelo menos cinco mil menores de idade - algumas dezenas deles
brasileiros. Até hoje, mais de 500 crianças jamais voltaram a ser reunidas a seus pais.
Também passou a forçar solicitantes de asilo a aguardar pelo fim de seu processo no México ou em países da
América Central, como a Guatemala, de onde parte deles estava fugindo. E promoveu mutirões de captura de imigrantes
irregulares em regiões conhecidas pela presença deles.
Os brasileiros não ficaram imunes às pressões. Contraditoriamente, enquanto Trump levantava o muro e punha em
marcha o endurecimento de ações contra migrantes, a quantidade de brasileiros que se arriscava na travessia entre México
e EUA explodiu.
Em 2019, o número de brasileiros detidos pelo Serviço de Proteção de Fronteiras e Alfândega dos Estados Unidos superou
os 18 mil, um recorde em mais de uma década. E mesmo com a pandemia, em 2020, 7,6 mil brasileiros foram pegos ao
tentar entrar dessa forma no país, número quase 5 vezes maior do que o registrado em 2018, quando 1,6 mil cidadãos do
Brasil foram apreendidos nas fronteiras.
Outras questões influenciadas pelo efeito Trump foram o meio ambiente e as sanções econômicas. Inspirado pelo
presidente americano, que saiu do TPP como vimos lá no começo, Bolsonaro garantiu que não demarcaria novas terras
indígenas, determinou que fiscais ambientais não mais destruíssem tratores e veículos de madeireiros autuados em
flagrante em desmatamento ilegal, sugeriu que a Amazônia pegava fogo naturalmente ou por atuação dos indígenas e se
posicionou a favor da mineração em áreas protegidas. A aplicação de multas caiu em mais de 30% na Amazônia e recuou
à metade no Pantanal.
Em dezembro, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram que entre agosto de 2019 e julho
de 2020 a Floresta Amazônica registrou a maior devastação em 12 anos.

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ERA TRUMP. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

EM RELAÇÃO A ECONOMIA..

A Era Trump marca o retorno com força do protecionismo ao partido Republicano, em


substituição à agenda neoliberal de Ronald Reagan.
Em 2016, a campanha do republicano compreendeu que havia entre trabalhadores fabris
americanos, desempregados após a partida da indústria ou a perda de competitividade, um
sentimento de abandono por parte de sindicatos e do partido democrata, que também havia
abraçado a globalização da produção.
Trump prometeu devolver a eles seus empregos e salários, e com isso ganhou apoio em áreas
cruciais como Michigan e Pensilvânia, onde agora acabou derrotado. Uma vez no poder, Trump
tentou cumprir as promessas.
Ninguém foi mais taxado por Trump do que a China, o que levou a uma guerra comercial
entre os dois países. (Abordaremos esse assunto logo mais!)
Ao mesmo tempo, o governo americano precarizou a atuação da Organização Mundial do
Comércio (OMC), que perdeu condições de arbitrar disputas entre países.
Ainda no início do mandato do republicano, suas políticas econômicas atingiram o Brasil.
Trump criou uma sobretaxa para aço e alumínio, em uma tentativa de proteger a siderurgia
americana. Foram quatro anos de idas e vindas com essa tarifa, colocada em prática sempre que
o momento político do republicano exigia, como próximo às eleições de novembro.

Thaís
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A gestão Bolsonaro não protestou abertamente contra


as medidas, embora tenha tentado manejá-las nos bastidores,
e ainda aumentou a cota de importação para trigo e etanol
dos EUA, mesmo sob protestos da indústria sucroalcooleira
brasileira.
O Itamaraty justificou a medida dizendo que a
concessão abriria portas para uma negociação de maior
abertura do mercado americano ao açúcar brasileiro,
atualmente taxado em cerca de 140%. Meses mais tarde,
nenhum avanço nesse sentido jamais foi anunciado pelo
Brasil ou pelos Estados Unidos

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GOVERNO BIDEN. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

GOVERNO BIDEN
Expectativa x realidade:
O atual homem mais poderoso do mundo recebeu o governo com muitos desafios pela frente.
O governo Trump deixou uma imagem complicada para muitos aliados, afinal, pregava um certo isolacionismo, o
que acabou arranhando a hegemonia americana.

Nos primeiros 100 dias de ANTES DE TUDO QUERO SUA ATENÇÃO!


governo, Joe Biden acelerou a
vacinação contra o COVID-19, É importante que você correlacione os eventos acontecidos. Por exemplo,
priorizou a volta do a criação de um novo plano econômico com os que já aconteceram, como isso
multilateralismo e das políticas impactou a economia, pontos fortes e fracos etc.
sociais. As atualidades irão cair nos vestibulares por vezes relacionadas aos fatos
O novo presidente democrata históricos, de modo a criar um paralelo entre o antigo e o novo, por isso, não
encontrou o país num cenário deixe de lincar os acontecimentos!
caótico em relação a pandemia,
afinal, Trump preferiu por muito BORA PRA MAIS UMA REPORTAGEM PARA ENTENDER MELHOR?
tempo adotar uma postura Thaís
negacionista em relação à fms.thata@gmail.com
Ambição para superar a pandemia e modernizar o país
doença. HP15916305822995
A ambição dos planos de estímulo e reconstrução, sem precedentes
Como promessa eleitoral, Biden desde o New Deal de Franklin Roosevelt, definiu o programa econômico de
disse que vacinaria 100 milhões de Joe Biden nos primeiros 100 dias de seu mandato, mas seus objetivos vão
pessoas nos 100 primeiros dias de além.
mandato e esse marco se deu no É o que demonstra sua proposta de reforma fiscal, para exigir uma
58º dia. prestação de contas de multinacionais ―incluídas as grandes tecnológicas―,
PLANO BIDEN que durante anos esquivaram o pagamento de impostos federais e para obter
Desde o New Deal do presidente financiamento para seus programas. Depois de sua declaração de intenções
Roosevelt não se via um pacote ―o plano de resgate da pandemia, de 1,9 trilhão de dólares (equivalente ao
de estímulo tão grande como o PIB do Brasil), aprovado pelo Congresso em março―, a Administração
encabeçado pelo novo democrata se dispõe a modernizar os EUA mediante um colossal plano de
presidente. infraestruturas, com investimentos de dois trilhões de dólares em oito anos
O plano econômico visa retomar a para gerar milhões de empregos.
economia americana e propõe A reforma fiscal será, se aprovada no Congresso, o instrumento para isso.
medidas para acelerar a produção e O objetivo maior da sua política é combater pela raiz males como a pobreza
distribuição de vacinas, reabertura infantil e, acima de tudo, uma desigualdade social sistêmica; os dois planos (o
de escolas e apoio aos governos resgate e o programa de infraestrutura) incluem numerosas iniciativas a esse
estaduais e municipais. Incluiu respeito. A principal diferença entre ambos está no financiamento: o
também U$$400 bilhões para primeiro fica a cargo do orçamento federal, o que aumentará o
auxiliar famílias de baixa renda. endividamento; o segundo depende dos contribuintes.
O plano de infraestrutura aspira a reforçar o país frente ao avanço da
mudança climática; de fato, a proposta do primeiro orçamento federal da
Administração democrata prioriza a luta contra o aquecimento global. Biden
está preparando uma ordem executiva para insistir com as agências federais
para que tomem medidas de combate aos riscos financeiros relacionados ao
clima, incluindo medidas que poderiam impor uma nova regulação às
empresas. 12
GOVERNO BIDEN. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

REABERTURA AO MUNDO, COM A CHINA NA MIRA

A reabertura dos EUA ao mundo após quatro anos de isolamento percorreu várias estações nestes 100 primeiros dias
do mandato de Joe Biden, com uma clara aposta no multilateralismo.
As sanções à Rússia por sua ingerência eleitoral e um ataque cibernético maciço; a retirada definitiva das tropas do
Afeganistão e o diálogo para reavivar o pacto nuclear com o Irã, que os EUA abandonaram em 2018, marcaram este
período de graça, tanto como o fiasco da primeira reunião bilateral com a China.
Além disso, Biden procurou na recente cúpula climática internacional recuperar a liderança para os EUA com um ambicioso
plano de redução de emissões.
Trata-se de uma guinada importante na política adotada pelo país nos últimos anos e implicará uma profunda
transformação econômica desta potência.
Rússia, Afeganistão e Irã monopolizam os holofotes, enquanto a forja de velhas e novas alianças para rebater a pujança
chinesa é a parte menos visível do iceberg diplomático.
O fato de Yoshihide Suga, primeiro-ministro do Japão, ter protagonizado a primeira visita oficial a Biden na Casa Branca
indica qual é o objetivo primordial da sua política externa: frear a China e todos os seus desafios, tanto dentro do seu
território (a repressão da minoria muçulmana aos uigures em Xinjiang) como no mar do Sul da China ou em seu apoio ao
regime nuclear da Coreia do Norte, para não falar de suas ingerências em Hong Kong, Taiwan e Tibete.
A primeira viagem oficial dos secretários de Estado e Defesa foi ao Japão, Coreia do Sul ―dois países onde os EUA
mantêm tropas― e Índia, outro aliado crucial para domar a voracidade estratégica chinesa.

Apesar de ter devolvido a diplomacia ao cenário internacional, Biden não se privou de dar alguns murros na mesa,
como ao anunciar as sanções mais duras contra o Kremlin desde a presidência de Barack Obama, fechando o parênteses
de suposta cumplicidade ou negligência por parte de Trump, e a denúncia da implicação do poderoso príncipe herdeiro
saudita, Mohamed bin Salman, no assassinato do jornalista crítico Jamal Khashoggi.
Este último foi um movimento decepcionante para quem esperava medidas mais duras, inclusive sanções, mas soou
como um aviso a um aliado tradicional, vital no equilíbrio regional
Thaís do Oriente Médio. Apontar o dedo para o herdeiro foi a
segunda advertência a Riad depois da retirada do fms.thata@gmail.com
apoio ao regime saudita na guerra do Iêmen, que o presidente democrata
qualificou de “catástrofe humanitária e estratégica”. HP15916305822995
A sombra da síndrome do Vietnã é alongada, e Biden começou seu mandato pondo limites a guerras sem fim como a do
Iêmen, a da Síria ―parte do legado de Barack Obama― e a mais prolongada de todas, a do Afeganistão, quando se
aproxima o vigésimo aniversário dos atentados do 11 de Setembro, origem da chamada “guerra ao terrorismo” declarada
por George W. Bush.
A permanência das tropas norte-americanas no país do Oriente Médio tinha chegado anos atrás a um beco sem saída,
que as ações letais do Talibã e a dificuldade de levar adiante o diálogo com Cabul só contribuem para ressaltar. Sair do
atoleiro afegão é um alívio para um país que continua recebendo corpos de soldados em sacos plásticos.
Apesar do que prometeu em campanha, Biden não retirará as tropas da Europa, e menos ainda em pleno reaquecimento da
tensão na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. Biden paralisou a retirada militar da Alemanha anunciada por Trump e vigia
qualquer movimento no flanco oriental europeu, que representaria uma ameaça tanto para seus efetivos como para a linha
de defesa da OTAN.
A nova Guerra Fria com Moscou dominará as relações euro-atlânticas, junto com a declaração de boas intenções à
União Europeia, pendente de se concretizar. Em outra mudança na política externa, o democrata reconheceu pela primeira
vez neste sábado como “genocídio” a matança de armênios por parte do império turco, uma declaração que eleva a tensão
com a Turquia, país que também é sócio da aliança atlântica.
Com exceção do México e do chamado Triângulo Norte (El Salvador, Honduras e Guatemala), para frear a saída de
imigrantes irregulares, Biden não prestou atenção à América Latina.

REVIRAVOLTA NAS POLÍTICAS SOCIAIS


Antes de completar uma semana na Casa Branca, Joe Biden assinou uma ordem que proíbe a expulsão de qualquer
membro do Exército por causa da sua identidade de gênero, levantando o veto imposto pelo ex-presidente Trump às
pessoas transgênero.
O democrata se tornou o primeiro presidente a comemorar o Dia da Visibilidade das Pessoas Transgênero, celebrado
desde 2009.
O presidente está pressionando para que o Senado aprove a Lei de Igualdade, que modifica a Lei de Direitos Civis de
1964 para incluir a proteção contra discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, junto com os casos
motivados por raça, religião, sexo e origem nacional.
Essas proteções se estenderiam a questões de emprego, moradia, educação, solicitação de crédito, entre outras áreas. 13
GOVERNO BIDEN. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Os republicanos se opõem entre outras razões, por medo de que isso obrigue pessoas religiosas a tomarem decisões
que contrariem suas crenças, como a contratação em escolas privadas de pessoas cuja conduta viole seus princípios de fé.
Trump também proibiu que clínicas de planejamento familiar financiadas com recursos federais encaminhem suas
pacientes para clínicas de aborto e cortou o orçamento destes centros, que atendem a mulheres de baixa renda. O
Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) elaborou uma proposta para revogar esta última
medida, que está em fase de discussão pública.
Em outra frente relevante, a agenda contra o racismo, Biden assinou quatro ordens executivas.
Uma delas obriga o Departamento de Moradia e Desenvolvimento Urbano a tomar as medidas necessárias para “reparar as
políticas federais racialmente discriminatórias que contribuíram para a desigualdade da riqueza durante gerações”.
Outro decreto elimina os contratos do Departamento de Justiça com as prisões privadas. Os Estados Unidos são o país com
maior população carcerária do mundo, composta desproporcionalmente por negros e latinos.
As duas ordens restantes procuram combater a xenofobia contra os norte-americanos de ascendência asiática e aumentar a
soberania das tribos nativas americanas.
Embora esteja em fase preliminar, o Governo democrata também quer reformar as normas sobre o assédio sexual em
escolas. Biden assinou uma ordem executiva para que o Departamento de Educação revise as regras estabelecidas pelo
Governo Trump, redefinindo o assédio sexual como uma gama limitada de ações “severas, generalizadas e objetivamente
ofensivas”.

DESAFIO MIGRATÓRIO
A imigração é, junto com a crise do coronavírus, um dos principais problemas deste começo de Governo Biden.
Os especialistas consultados para esta reportagem concordam que o Governo democrata estabeleceu a direção correta
neste tema, mas as mudanças para desmontar o perverso sistema herdado de Donald Trump não chegaram com a
velocidade esperada.
O modelo migratório da nova era é um assunto pendente e, como muito do legado trumpista, terá sua sorte decidida num
Congresso dividido e polarizado. “Esta direção é apenas parte de uma visão que está em construção. A Administração
encara opções muito difíceis, e resta ver quais caminhosThaís pode tomar no clima político atual”, afirma Hiroshi Motomura,
acadêmico da Escola de Direito de Universidade defms.thata@gmail.com
Califórnia em Los Angeles (UCLA).
Biden desenhou o perfil de sua reforma imaginada com uma série de ações nas primeiras horas de seu mandato.
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Prometeu regularizar 11 milhões de imigrantes irregulares, revogou o veto de viagens a alguns países muçulmanos e recriou
os programas que garantem proteção a mais de um milhão de pessoas entre os jovens que chegaram aos EUA na infância
(os chamados dreamers) e os migrantes provenientes de países afetados pela mudança climática e a pobreza, incluindo
cidadãos venezuelanos. Também pôs fim à desumana política de separação de famílias e de expulsão de menores
migrantes.
A Câmara de Representantes, de maioria democrata, aprovou o plano de Biden. O Senado o tem em suas mãos, e seu
aval é mais complexo.
“Necessita 60 votos, e tem 50. Estamos esperando que passe, mas será preciso convencer 10 republicanos, e não será
simples”, considera a advogada Alma Rosa Nieto, integrante da Associação de Advogados de Imigração. “Ainda estamos
lutando com um partido republicano pró-Trump com muitos legisladores anti-imigrantes”, afirma. O senador Lindsey
Graham, muito influente entre os republicanos, disse em março que não apoiará reforma migratória alguma “enquanto a
fronteira [com o México] não estiver controlada”. É apenas um exemplo do duro pedágio que aguarda a Administração
democrata, à espera também de que a Câmara Alta aprove uma série de nomeações que renovarão a cúpula de Segurança
Doméstica e da vigilância de fronteiras com perfis progressistas de ativistas e policiais.
Washington nega que a atual situação configure uma crise. Os agentes da patrulha fronteiriça detiveram em março 172.331
migrantes.
É um aumento de mais de 100.000 detenções desde janeiro, e o maior registrado desde março de 2001. Este aumento de
entradas causa tensão em várias regiões fronteiriças. Bruno Lozano, prefeito de Del Río (Texas), uma cidade que viveu a
chegada da onda, enviou em fevereiro passado um SOS a Biden.
“Não temos recursos para acomodar estes migrantes em nossa comunidade”, disse o democrata, conhecido por ser o
prefeito mais jovem (e abertamente gay) na história desta localidade de 35.000 habitantes. A mensagem se tornou viral e foi
amplamente repercutida pelos setores mais conservadores, interessados em manter a ideia de que a fronteira está fora de
controle.

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GOVERNO BIDEN. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Os analistas põem em perspectiva essas históricas cifras. “É falso dizer que as fronteiras estão abertas”, afirma Aaron
Reichlin-Melnick, do Conselho Americano da Imigração. “Nos últimos três meses, quase 70% das pessoas que entraram
foram expulsas rapidamente graças a uma norma implementada no ano passado por Trump durante a pandemia e que
Biden manteve. Menos famílias estão sendo autorizadas a ficar em 2021 do que em 2019 com a Administração Trump”,
acrescenta. Os adultos sozinhos continuam sendo o grupo mais numeroso de migrantes, embora o fenômeno dos menores
desacompanhados tenha voltado a crescer até níveis inéditos. Em março foram 18.000, um número que superlotou os
albergues do Governo, cuja manutenção custa pelo menos 60 milhões de dólares (328,6 milhões de reais) por semana ao
Departamento de Saúde e Serviços Sociais.
Biden também manteve do Governo anterior o teto de 15.000 refugiados anuais autorizados a entrar nos Estados
Unidos. A decisão causou alvoroço entre as bases democratas, que consideram rompida uma promessa de campanha de
elevar os acolhidos a mais de 60.000. A polêmica forçou o Executivo a recuar. Deve anunciar medidas definitivas em maio,
mas muitos concordam que foi uma oportunidade perdida para estabelecer um antes e um depois em relação a Trump, uma
era que não acaba de desaparecer por completo.
Fonte: El Pais Brasil

Thaís
fms.thata@gmail.com
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ASSIM DE
SAÚDE
Ufa! Até que enfim acabou essa reportagem,
né?
Vai tomar uma água, fazer um alongamento e
depois faça uma conexão do que você leu com
os assuntos da geopolítica. Protecionismo,
políticas migratórias, relembre os movimentos
migratórios e suas causas, não esquece que
atualidades sem contexto histórico não adianta!
Beijinhos atualizados.

15
RÚSSIA E CHINA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

RÚSSIA E CHINA:
unidos contra o inimigo comum!
A nova aproximação entre Moscou e Pequim é vista por muitos como uma resposta a um
inimigo comum: os Estados Unidos.

Em março de 1969, as tropas Rival comum


da China e da antiga União Soviética Desde 2014, Washington mantém o Kremlin isolado do Ocidente, em
(URSS) se enfrentaram numa represália pela anexação da Crimeia pela Rússia. Nos últimos dois anos, as
batalha que durou meses e marcou sanções cresceram após o Congresso dos EUA propor novas medidas contra
por mais de duas décadas as a Rússia por sua interferência nas eleições americanas de 2016.
relações entre os dois países. Agora, outro fator internacional aproxima russos e chineses: a guerra comercial
Mais de 50 anos depois, pouco que Donald Trump declarou contra a China.
parece ter restado das velhas Após mais de um ano de tensões comerciais, em maio de 2019, Trump
tensões e das cicatrizes dos impôs novas barreiras de mais de US$ 200 bilhões a produtos chineses.
conflitos. Agora, os presidentes da Pequim respondeuThaíscom novos impostos às importações oriundas dos EUA,
Rússia, Vladimir Putin, e da China, que somam US$ 60 bilhões, a partir de junho.
fms.thata@gmail.com
Xi Jinping, afirmam que os vínculos Sem uma solução aparente a curto prazo para a guerra comercial, Pequim
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entre Pequim e Moscou estão em parece ter constatado que o inimigo de seu inimigo pode ser seu melhor aliado.
seus "melhores momentos" e que A China, que por mais de um ano deixou em fogo baixo sua guerra
"resistiram às provas do tempo e às comercial com os EUA, empregou há mais de um mês sua máquina de
turbulências". propaganda contra Washington.
Os dois líderes se reuniram em "Toda a China e seu povo estão sendo ameaçados. Para nós, isso é uma
2019 numa cúpula em São verdadeira 'guerra do povo'", afirmava em maio um editorial publicado pela
Petersburgo, assinaram 30 acordos agência Xinhua e pelo Diário do Povo, porta-voz do Partido Comunista.
e prometeram reforçar a cooperação Putin, por sua vez, acusou Washington de protagonizar um "egoísmo
entre as nações. econômico desenfreado" e criticou os "esforços" da Casa Branca para barrar
um gasoduto russo na Europa e a "campanha" contra a chinesa Huawei, maior
fabricante global de equipamentos de telecomunicação que enfrenta severas
sanções nos EUA.
Aproximação natural
Mas a nova aliança entre a Rússia e a China é um caminho que muitos
viram surgir há algum tempo.
Nos últimos anos, a China se tornou a principal parceira comercial da Rússia.
Em 2017, a Rússia exportou aos chineses o equivalente a US$ 39,1 bilhões,
e importou US$ 43,8 bilhões, segundo dados do Observatório de
Complexidade Econômica, ligado ao Instituto Tecnológico de Massachusetts
(MIT). Em 2018, as cifras eram US$ 30,3 bilhões e US$ 35,5 bilhões,
respectivamente.

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RÚSSIA E CHINA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Previsões indicam que as cifras podem dobrar num futuro próximo.


Sob a iniciativa da nova Rota da Seda, que busca ampliar o comércio chinês no mundo, Pequim investiu US$ 373
milhões na construção de sua parte de uma ponte sobre o rio Amur unindo a província de Heilongjiang e a cidade russa de
Blagoveshchensk.
Segundo especialistas, a obra pode facilitar ainda mais o transporte de produtos agrícolas.
Há vários anos, os dois países também aprimoraram sua cooperação no setor de energia e promoveram a estabilidade do
rublo e do yuan como uma tentativa de reduzir a dependência do dólar e outras moedas ocidentais.
Em resposta à escalada na guerra comercial, Pequim reduziu significativamente suas importações de gás natural líquido
dos EUA nos últimos meses. A falta do produto poderá ser compensada quando começar a operar um oleoduto que ligará a
Sibéria e a China.
O comércio entre os dois países mostra uma balança desigual: as importações de produtos chineses por Moscou em
2017 representaram apenas 1,8% das exportações de Pequim, ante 20% das compras feitas pelos Estados Unidos.
A Rússia ocupa o décimo lugar no ranking de exportações chinesas e não está nem entre as dez primeiras em importações
ou comércio total.
Esse fato, somado às limitações da economia russa, fazem muitos especialistas duvidarem de que, além das promessas
diplomáticas da semana passada, Xi possa encontrar um alívio na Rússia para as sanções americanas.

Uma dor de cabeça


Porém, além do fator econômico, a maioria dos especialistas concorda que uma consolidação da aliança entre as duas
potências pode virar uma dor de cabeça para os EUA por outras razões.
Segundo a agência estatal russa TASS, durante a visita de Xi à Rússia, os dois líderes assinaram cerca de 30 acordos que
trataram de comércio a energia até o "fortalecimento da estabilidade estratégica, que inclui temas internacionais de
interesse mútuo, assim como temas de estabilidade estratégica global".
Fonte: BBC BRASIL
Thaís
fms.thata@gmail.com
A relação China-Rússia em datas emblemáticas
1961: China condena formalmente a versão soviética
do comunismo Relembre sobre a
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rota da seda e a
1969: Guerra fronteiriça entre as duas nações
1976: As tensões começam a diminuir após a morte de
Mao Tsé-Tung
1992: O presidente russo, Boris Yeltsin, visita a China

nova rota!
1998: Comunicado conjunto prometendo uma relação
"igualitária e confiável"
2001: Assinatura de tratado estabelecendo uma
estratégia de 20 anos para trabalhar juntos
2009: Assinatura de mais de 40 contratos num valor
aproximado de US$ 3 bilhões
2010: Finalização do primeiro gasoduto entre China e
Rússia
2014-2019: Consolidação das relações sob os
governos de Xi e Putin

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CHINA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

POTÊNCIA!
Vamos falar sobre a gigante China.
China é sempre babadeira e protagonistas de vários rolês, né? Então vamos fazer um
apanhadão aqui antes de entrar na treta da guerra fiscal com o Estados Unidos, mais
especificamente com o ex presidente Donald Trump (tá chorando ainda, more?)

China tem crescimento recorde no E se liga nessa efeméride de 2019!


primeiro trimestre. 70 anos da Revolução Chinesa - vale a pena um resumão!
Economia avançou 18,3% na No século 19, a China era explorada por grande parte das nações europeias,
comparação anual, segundo o principalmente pelo Reino Unido, que interferia na política e na economia.
Escritório Nacional de Estatísticas. Guerra do Ópio - China sai derrotada.
Resultado se deve principalmente à Com a monarquia derrubada, é proclamada a República da China, influenciado
base de comparação com o início de pela Revolução Russa, em 1921 é criado o PCC: partido comunista chinês,
2020, quando o país ficou paralisado que tinha como principal fundador Mao Tse Tung.
pelo coronavírus. Criação tambem do Kuomintang, partido destinado a combater a exploração
A China anunciou em abril desse europeia e a Thaís
monarquia, que se demonstrou ineficiente diante todos os
ano um crescimento econômico problemas vividos pelo país.
fms.thata@gmail.com
recorde no primeiro trimestre, de OHP15916305822995
Kuomintang foi o movimento republicano conduzido pelo Partido
18,3% na comparação com o Nacionalista da China. O partido foi liderado pelo militar Chiang Kai-shek, que
mesmo período do ano passado, em tentou a todo custo unificar a China, com a formação de um governo nacional.
grande parte devido à base de Para concretizar essa tarefa, os republicanos que integravam o Kuomintang
comparação reduzida em relação ao combateram incansavelmente os comunistas e os "senhores da guerra" (que
começo de 2020, quando a foi a denominação dada aos proprietários rurais que haviam formado exércitos
pandemia paralisou a atividade. regionais para manter o controle político e econômico nos seus respectivos
Embora o salto do Produto domínios territoriais).
Interno Bruto tenha ficado abaixo da Contando com um exército poderoso, Chiang Kai-shek conseguiu
expectativa do mercado de 19% em estabelecer, em 1927, controle sobre a maior parte do território da China e
pesquisa da Reuters, os dados estabelecer um poder central que ficou sob a liderança do Kuomintang.
oficiais mostraram que esse foi o Não obstante, na China daquele período, qualquer programa político de
crescimento mais forte desde que os unificação nacional que pretendesse ser estável e duradouro dependia de um
registros trimestrais começaram em amplo consenso entre as classes sociais, que estavam em conflito latente
1992, depois de alta de 6,5% no diante de seus interesses profundamente divergentes.
quarto trimestre de 2020. O governo central passou a reprimir com extrema violência os
trabalhadores urbanos e, principalmente, os comunistas que lideravam as
Fonte: G1 revoltas e a sublevação de camponeses. Em 1934, as forças militares do
governo central desfecharam um forte golpe no movimento comunista,
forçando-o a abandonar as suas posições no sul do país.
Em 1937 o Japão invade a China almejando dominá-lo, então a guerra é
suspensa e Kuomintang e PCC se unem para derrotar o inimigo em comum.
Em 1946 a Guerra Civil é retornada e tem fim em 1949 com a vitória do PCC.
Proclama-se a República Popular da China,
Chiang Kai-shek refugia-se na ilha de Formosa, conhecida como Taiwan.

18
CHINA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Em 1956: perseguição de Mao Tse Tung a quem o criticava.


1958: Grande salto para frente:
eliminar propriedade privada
coletivizar a produção agrícola
substituir grandes áreas de plantio por pátios industriais
O projeto fracassa, milhões de camponeses morrem.
1966: Revolução Cultural Chinesa
Tentativa autoritária de doutrinação procurando mudar completamente a cultura chinesa, eliminar todos os símbolos
capitalistas e ocidentais, numa forma de moldar a sociedade para que fossem totalmente leais ao líder.
Implantação do socialismo de mercado. China bombando desde então.

E EM 2021..
NOTÍCIAS FRESQUINHAS!
Thaís
fms.thata@gmail.com
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O presidente Xi Jinping comemorou triunfantemente a ascensão "irreversível" da China, antes colonizada e


agora uma potência mundial, em um discurso que marcou o centenário do Partido Comunista no poder nno dia
1 de julho de 2021.
"O tempo em que o povo chinês poderia ser pisoteado e oprimido acabou para sempre!", declarou Xi Jinping do
Portão de Tiananmen, de onde seu distante antecessor Mao Tsé-tung proclamou a República Popular em
1949.
Referindo-se às Guerras do Ópio, ao colonialismo ocidental e à invasão japonesa (1931-1945), Xi Jinping
elogiou o Partido Comunista Chinês (PCC) por melhorar os padrões de vida e restaurar o orgulho nacional.
"O Partido Comunista e o povo chinês declaram solenemente ao mundo o seguinte: o povo chinês se ergueu",
disse o presidente, comemorando as centenas de milhões de chineses que saíram da pobreza em poucas
décadas.
Com crescimento exponencial nos últimos 40 anos, o PCC pode se orgulhar de ter tirado a China do
subdesenvolvimento.
Mas os líderes chineses enfrentam uma desaceleração econômica global, desafios climáticos e envelhecimento
da população.
No cenário internacional, entre a covid-19, a repressão aos muçulmanos em Xinjiang (noroeste) e as ameaças
contra Taiwan, a imagem da China caiu nos últimos dois anos ao seu nível mais baixo na maioria dos países
ocidentais.
Fonte: Estado de Minas.

19
GUERRA COMERCIAL CHINA E ESTADOS UNIDOS NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

CHINA X EUA:
guerra comercial!
A guerra comercial começa em 2018;
Trump aumenta as tarifas dos produtos chineses para incentivar a compra dos produtos
nacionais.

Mas bora entender todo o rolê de Entenda, o Deng foi visionário e com a estruturação da economia
antes e os motivos da China chinesa, o novo líder criou as ZEEs (Zonas Econômicas Especiais),
incomodar tanto o Trump cidades costeiras que, por apresentarem mão de obra barata, boa
Em 2018, as reformas de Deng infraestrutura e isenção de impostos, eram muito atraentes aos
Xiaoping completaram 40 anos. investimentos externos.
Deng Xiaoping promoveu inúmeras Isso atraiu MUITAS indústrias, nesse rolê elas deixaram os EUA e isso
reformas econômicas, cujo acarretou em desemprego.
desdobramento depois de uma década Enquanto a China era só um lugar de “montar” os produtos estava
foi a implantação de uma economia de
tudo “ok” para o governo americano, mas a partir do momento que a
mercado nos moldes capitalistas.
China começa a desenvolver tecnologia e produtos que competem no
Na década de 1990, as reformas
mercado, a parada
Thaís fica SÉRIA! Antes o “made in China” significava
do sistema produtivo se aprofundaram
produto barato e quase descartável. Atualmente os chineses produzem
fms.thata@gmail.com
ainda mais e resultaram num
produtos de excelente qualidade e preços mais acessíveis. Só pra
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vertiginoso crescimento da economia
você ter uma noção, a China vendeu 539 BILHÕES para os Estados
chinesa, cujas bases são os
investimentos estatais e o capital Unidos…. E os Eua apenas 120 bilhões de dólares para a China. kkkkk
estrangeiro (que foi atraído para a ou seja… Para o Trump, os chineses estão levando vantagem e todo
China num volume sem precedentes esse cenário reforça o seu slogan de campanha “America First” e, tem
na história do país e do continente todo o respaldo da população que o apoia para iniciar as medidas
asiático). De acordo com todos protecionistas.
prognósticos, por volta do ano de 2030 O QUE É PROTECIONISMO?
a China se transformará na maior Protecionismo são medidas econômicas de um Estado para aumentar as
economia do mundo. exportações e diminuir ou proibir as importações. Essa política é oposta
O Estado comunista chinês, ao livre comércio, onde as barreiras governamentais ao comércio e circulação
porém, resistiu politicamente à de capitais são mantidas a um mínimo.
desagregação da ex-URSS e ao fim do Nos últimos anos, tornou-se alinhado com a antiglobalização.
socialismo no Leste europeu. Os Porém, as medidas protecionistas afetam todo o globo. Principalmente se
dirigentes comunistas chineses tratando das duas principais potências.
mantiveram a China fechada
politicamente e governam o país com UMA DAS MEDIDAS PROTECIONISTAS FOI O BOICOTE A HUAWEI

base na ditadura do partido único. Uma


COMO ACONTECEU O BOICOTE?
questão que surge com freqüência no
O governo americano pede para a Google não renovar o contrato com a
debate político e nos círculos
empresa.
acadêmicos ocidentais é saber até
A Huawei diz “poxa, que pena, já esperávamos essa notícia, porém desde
quando a China se manterá
2018 estamos desenvolvendo o nosso próprio sistema operacional, beijos, fica
politicamente fechada e resistirá às
com Deus Gog.”A empresa chinesa começou a produzir o próprio chip e
pressões por reformas políticas
liberalizantes e democráticas. desenvolver tecnologia 5G!
Fonte: UOL vestibulares Chique, né? Aposto que já já a Larissa Manoela vai atrás para usar no Laricell!
Tá passada? Não sabia que a Lari tinha uma companhia de telefone? Pois é, e
a gente aqui estudando para os vestibulares ......SOFRO! Mas voltando ao
assunto.. 20
GUERRA COMERCIAL CHINA E ESTADOS UNIDOS NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

5G: 100x mais potente!


Rede muito mais rápida que a 4G, acaba com o tempo de latência das mensagens, novas e amplas
possibilidades.
A internet possibilita as relações instantâneas, exemplos disso são os aplicativos de entrega, GPS, home
office, Uber: os avanços da comunicação telemóvel modificam a estrutura social e urbana.
China já está na frente. Estados Unidos está atrás e BOLADO.
Trump MEGA recalcado acusa a China de ser imperialista…. hmkkk, logo você, more?
Por que os Estados Unidos estão bolados?
Se a China sai na frente, ela ganha mercado em todos os sentidos. Primeiro pelo fato de uma nova rede
demandar novas instalações e segundo por ser desenvolvedora. Mas agora papo sério! O chip 5G possibilita
uma velocidade tão grande que pode causar uma vulnerabilidade nas defesas de informações. “tech is the
new oil” traduzindo, a tecnologia é o novo petróleo, logo, quem domina a tecnologia, domina tudo! Enquanto os
EUA enxotou a Huawei, a Rússia disse que está de braços abertos para conhecer a nova tecnologia.

Thaís
fms.thata@gmail.com
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COMO ISSO AFETA O BRASIL?


Essa dúvida é muito comum: se o conflito é entre a China e EUA, como isso afeta o Brasil?
Assim como os outros mercados globais, nossa economia pode sofrer com as repercussões da guerra comercial.
Uma redução das atividades econômicas chinesas, por exemplo, pode provocar uma diminuição das importações
realizadas pelo gigante asiático. E boa parte desses produtos tem origem brasileira.
Na realidade, a China é nosso principal parceiro comercial. Para lá vão cerca de 26% de todas as exportações
brasileiras – mais que o dobro do que é enviado aos EUA.
Os norte-americanos, por sua vez, ficam em segundo lugar na lista de melhores parceiros comerciais do Brasil. Eles
são responsáveis por cerca de 11% das nossas vendas para o exterior.Dito isso, vale ressaltar: desde o início da
guerra comercial, as exportações do Brasil para a China cresceram, já que a China, por exemplo, deixou de comprar
produtos norte-americanos, como a soja.

ROLEZINHO
PÓS ELEIÇÃO

21
TAILÂNDIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

PROTESTOS NA
TAILÂNDIA

A Tailândia é um paós localizado no sudoeste asiático regido por uma monarquia


parlamentarista. O atual primeiro-ministro foi eleito por um golpe.
A juventude tailandesa é muito ativa e tem ido às ruas pedir por mais democracia e nova eleição,
principalmente por possuirem criticas ao governo monárquico e ao sistema judiciário.
Em setembro de 2020 ocorreu um dos maiores protestos em anos, com pelo menos 15 mil
pessoas, segundo a polícia. "Abaixo o feudalismo, vida longa ao povo", gritavam alguns.
Não houve registros de violência.
Segundo o correspondente do portal da BBC em Bangcoc, Jonathan Head, uma série de
escândalos políticos e o impacto da pandemia do coronavírus levaram ao crescente
descontentamento no país.
POR TRÁS DOS PROTESTOS
Thaís
A Tailândia tem uma longa história fms.thata@gmail.com
de agitação política e protestos, mas uma nova onda de
manifestações começou em fevereiro HP15916305822995
depois que a Justiça ordenou a dissolução de um partido
de oposição pró-democracia.
O Future Forward Party (FFP) provou ser particularmente popular entre os jovens eleitores pela
primeira vez e conquistou a terceira maior parcela de assentos parlamentares nas eleições de
março de 2019, vencidas pela liderança militar em exercício.

Os protestos ganharam nova musculatura em junho, quando o proeminente


ativista pró-democracia Wanchalearm Satsaksit desapareceu no país vizinho
Camboja, onde estava exilado desde o golpe militar de 2014.
Seu paradeiro permanece desconhecido e os manifestantes acusam o estado
tailandês de orquestrar seu sequestro - algo que a polícia e o governo negaram.
Desde julho, ocorrem protestos de rua regulares liderados por estudantes.
Os manifestantes exigem que o governo chefiado pelo primeiro-ministro Prayuth
Chan-ocha, um ex-general do Exército que tomou o poder por meio de um golpe,
seja dissolvido, que a Constituição seja reescrita e que as autoridades parem de
perseguir opositores.
O QUE É DIFERENTE DESTA VEZ?
As demandas dos manifestantes ganharam as atenções de todo o mundo no mês
de agosto, quando um pleito de 10 pontos pela reforma da monarquia foi
apresentado em um protesto.

22
TAILÂNDIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Segundo muitos, a iniciativa foi um ato de coragem em um país onde a população é ensinada desde o nascimento a
reverenciar e amar a monarquia e temer as consequências de falar sobre ela.
A jovem que leu o manifesto, a estudante Panusaya Sithijirawattanakul, disse que sua intenção "não é destruir a
monarquia, mas modernizá-la, adaptá-la à nossa sociedade".
Mas ela e seus colegas ativistas foram acusados de "chung chart" - um termo tailandês que significa "ódio à nação" - e
dizem que temem profundamente as consequências de fazer "a coisa certa" ao falar sobre suas posições abertamente.

QUAIS SÃO AS LEIS QUE PROTEGEM A MONARQUIA?

Cada uma das 19 constituições da Tailândia dos tempos modernos declara, na parte superior, que: "O Rei será
entronizado em uma posição de adoração reverenciada" e que "ninguém deve expor o Rei a qualquer tipo de acusação ou
ação".
Essas disposições são respaldadas pelo artigo 112 do código penal, conhecido como lei de lesa-majestade, que sujeita
qualquer pessoa que critique a família real a julgamentos secretos e longas penas de prisão.
A definição do que constitui um insulto à monarquia não é clara e grupos de direitos humanos dizem que a lei tem sido
frequentemente usada como uma ferramenta política para conter a liberdade de expressão. Já a oposição clama por
reformas e mudanças.
Em 2015, um homem foi condenado a 15 anos de prisão por postar imagens nas redes sociais do cachorro favorito do
rei de uma forma que parecia zombar do monarca. Outras maneiras de violar a lei incluem "curtir" qualquer referência
crítica nas redes sociais, questionar qualquer aspecto da história tailandesa que possa ser interpretado como negativo para
o monarca, ou produzir um livro ou peça com personagens que se assemelham a membros da família real.
A lei vem sendo cada vez mais aplicada nos anos após o golpe de 2014, embora seu uso tenha ficado mais comedido
desde que o rei Vajiralongkorn divulgou que não queria mais que fosse amplamente usada.
Mas observadores dizem que o governo usou outras vias legais, incluindo a lei de sedição, para combater os dissidentes.
Fonte: BBC Brasil
Thaís
fms.thata@gmail.com
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EM
2021...

E por falar em protestos.. vamos continuar na Ásia para


falarmos mais disso! 23
PROTESTOS EM HONG KONG NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

PROTESTOS EM
HONG KONG
CONTEXTO
Desde 2014, com a Revolução dos Guarda-Chuvas, a ilha de Hong Kong passa por
intensos protestos. Antes das notícias, vamos a história dessa região adminstrativa. Hong Kong,
é uma região especial da China existente desde julho de 1997.Seu território, localizado no
estuário do Rio das Pérolas, compreende a ilha de Hong Kong, a península de Kowloon, a ilha de
Lantau, além de alguns ilhéus menores. Junto com Macau, esta antiga colônia britânica constitui
uma das duas Regiões Administrativas Especiais da China e abriga cerca de 7 milhões de
habitantes, a maioria de chineses da etnia han. O território adota duas línguas oficiais, o inglês e
o chinês (mandarim como oficial, e o cantonês, mais falado nas ruas).
A China cedeu a ilha de Hong Kong ao Reino Unido em 1842 após a Primeira Guerra do
Ópio. Posteriormente, os ingleses anexaram a vizinha península de Kowloon e as muitas ilhas
menores ao redor da colônia, que em tratado foram arrendadas por 99 anos, passível de
Thaís
renovação por igual período. O aparato colonial fará com que Hong Kong obtenha um
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impressionante desenvolvimento durante os cerca de 150 anos seguintes como um posto
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avançado do império britânico no extremo oriente, tornando-se um importante centro empresarial
e comercial.
Por ter um perfil oposto ao do modelo socialista da China, foi acertado que o território seria
governado com base no princípio de "um país, dois sistemas", em que Pequim concorda em dar
à região um alto grau de autonomia e de preservar seus sistemas econômicos e sociais para 50
anos a partir da data da entrega.

O governo central fica encarregado de controlar as políticas externa e de


defesa de Hong Kong, mas o território conserva sua própria moeda e estatuto
aduaneiro, além de controle em outros setores.
Com pouco espaço para expansão em todo o seu terreno montanhoso, Hong
Kong está entre os locais de maior densidade populacional do mundo, algo em
torno de 6.300 pessoas por quilômetro quadrado. Arranha-céus, templos budistas,
centros comerciais e mercados tradicionais disputam o limitado espaço disponível.
Isso é o reflexo de seu alto grau de desenvolvimento econômico, um dos maiores
do continente asiático. As empresas com sede na região empregam milhões de
trabalhadores na província vizinha chinesa de Guangdong.
A economia do território foi gradualmente deixando o setor manufatureiro e
atualmente é baseada em serviços. Destaca-se ainda um importante centro
empresarial e bancário, bem como um canal para as exportações crescentes da
China. O seu porto de águas profundas é um dos mais movimentados do
mundo.Hong Kong é considerado um dos Tigres Asiáticos.

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PROTESTOS EM HONG KONG NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

ENTENDA A 'REVOLTA DO GUARDA-CHUVA' QUE PEDE DEMOCRACIA EM HONG KONG

Diante de negativa da China em liberar candidaturas, população foi às ruas.


Os guarda-chuvas foram usado para proteger do gás e virou símbolo de resistência.
O estopim da revolta ocorreu na última semana de setembro, quando o parlamento chinês aprovou uma medida limitando
os candidatos da eleição de 2017 nessa região administrativa especial.
Em poucos dias, milhares de manifestantes foram às ruas protestar contra a decisão e pedir candidaturas abertas.
O que querem os manifestantes?
Sufrágio universal sem condições e o fim do controle de Pequim sobre os candidatos para comandar o governo local.
Por que o guarda-chuva é o símbolo da revolta?
Em alguns dos protestos, a polícia reagiu com bombas de gás lacrimogêneo. Isso fez com que os manifestantes se
protegessem com máscaras e com guardas-chuvas - que viraram um símbolo da resistência.
Qual foi a resposta do governo?
O chefe do governo de Hong Kong, que recebeu apoio de Pequim, exigiu o fim imediato das manifestações. Os
manifestantes prometem ocupar o centro da cidade até que as autoridades de Pequim concedam as reformas políticas, que
foram prometidas após a devolução à China da ex-colônia britânica em 1997.
Quanto de autonomia tem a ilha chinesa?
Hong Kong tem ampla autonomia, mas tem a política decidida em sua essência por Pequim. A China governa o território
sob a fórmula “um país, dois sistemas”, que garante à ex-colônia britânica um grau de autonomia e liberdades que não são
desfrutadas na China continental, tendo estabelecido o sufrágio universal como uma meta eventual.
Fonte: G1

ACONTECIMENTOS DE 2019
As manifestações tiveram início em junho em repúdio a um controverso projeto de lei, apresentado em abril, que
permitiria a extradição de suspeitos de crimes para a China continental sob certas circunstâncias.
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Essa lei permitia que os crimes cometidos em Hong Kong fossem julgados pelo estado chinês. Logo, a liberdade estaria
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em jogo. A lei foi suspensa.
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Como os protestos cresceram?
Os manifestantes temiam que o projeto fosse retomado, então continuaram protestando, exigindo que ele fosse
derrubado completamente.Àquela altura, os confrontos entre a polícia e os manifestantes haviam se tornado mais
frequentes e violentos.
Em julho, os manifestantes invadiram o Parlamento, vandalizando parte da estrutura. Em agosto, um militante foi
ferido no olho, levando os manifestantes a usarem tapa-olhos feitos de gaze e tinta vermelha em solidariedade.
Um ato de protesto no aeroporto internacional de Hong Kong, em agosto, também levou a novos confrontos, além
de provocar o cancelamento de centenas de voos.Em setembro, o projeto de lei foi finalmente derrubado, mas os
manifestantes disseram que era "muito pouco e tarde demais". Os protestos continuaram, sendo marcados por uma
escalada crescente da violência.
Em 1º de outubro, enquanto a China celebrava os 70 anos de governo do Partido Comunista, Hong Kong vivia um
de seus "dias mais violentos e caóticos".Um rapaz de 18 anos foi baleado no peito por um policial com arma de fogo,
enquanto os manifestantes enfrentavam os policiais com bastões de metal, coquetéis molotov e outros projéteis.

O QUE OS MANIFESTANTES QUEREM?


Que os protestos não sejam caracterizados como "motim";
Conceder anistia aos manifestantes presos;
Conduzir uma investigação independente sobre suposta violência policial;
Implementar o sufrágio universal completo;
A quinta demanda, que seria derrubar o projeto de lei, já foi atendida.Alguns também pedem a renúncia de Carrie
Lam, considerada por eles como uma marionete de Pequim
Os protestos em apoio ao movimento de Hong Kong se espalharam pelo mundo — houve passeatas no Reino Unido,
França, EUA, Canadá e Austrália. Em muitos casos, os partidários dos manifestantes de Hong Kong foram confrontados
por militantes pró-Pequim. O presidente chinês, Xi Jinping, alertou contra o separatismo, dizendo que qualquer tentativa
de dividir a China terminaria em "corpos esmagados e ossos quebrados".
Fonte: G1

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PROTESTOS EM HONG KONG NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

EM
2021... Thaís
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E vamos relembrar o
massacre da paz celestial
que completou 30 anos
em 2019.

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PROTESTOS EM HONG KONG NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

MASSACRE DA PRAÇA DA PAZ


CELESTIAL COMPLETOU 30 ANOS EM
2019.

O episódio que ficou conhecido como o massacre da praça da paz


celestial refere-se ao desfecho de uma série de manifestações ocorridas entre
15 de abril a 4 de junho de 1989 em Pequim, capital chinesa.
Neste período, manifestantes, sobretudo estudantes universitários,
intelectuais e trabalhadores acamparam na Praça da Paz Celestial (Tian An
Men) com o objetivo de reivindicar maior liberdade política.
Ao reprimir tais manifestantes, as forças do governo encurralaram os
manifestantes com armas e tanques, provocando um grande número de
mortes, uma verdadeira chacina. As vítimas do massacre podem ter chegado a
milhares, não se sabe exatamente o número de mortos e feridos, embora o
governo tenha reconhecido oficialmente a morte de "apenas" poucas centenas
de pessoas. Os sobreviventes foram perseguidos e presos, e até hoje, o tema
é proibido na sociedade chinesa.
Os protestos de Pequim fazem parte do movimento que varreu todo o
mundo socialista no final da década de 1980 e que resultou no colapso da
maioria dos governos do bloco socialista. Alguns poucos regimes, entre eles o
chinês, sobreviveram a esta época de mudanças Thaísradicais, mas não sem
alterações na sua política chamada "linha dura", de antagonismo ao mundo
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capitalista. HP15916305822995

De fato, a China começou a investir a partir destes protestos numa política


de abertura de sua sociedade e economia, apesar de haver até hoje ainda um
controle estatal à mídia e à influência cultural externa.
Os protestos por reformas no regime chinês têm sua origem na exoneração de
Hu Yaobang de seu cargo de secretário geral do Partido Comunista chinês por
Deng Xiaoping, por ser considerado um liberal reformista. Ao mesmo tempo em
que os regimes socialistas enfrentavam os protestos populares, principalmente na
União Soviética e no leste europeu, em abril de 1989 morre Hu Yaobang, e
durante o seu funeral, estudantes se reúnem na Praça da Paz Celestial
reivindicando um encontro com o primeiro-ministro Li Peng. O pedido não é aceito
e os estudantes decidem iniciar uma greve nas universidades da capital chinesa.
Os protestos acabaram por atrair operários, camponeses e cidadãos comuns, no
que se transforma em um movimento por maior liberdade de expressão dentro do
país, bem como melhorias nas condições de vida e fim da corrupção.
Em 20 de maio o governo decreta lei marcial e acaba pondo um fim aos
protestos de modo violento. Nesses 23 anos, apesar da economia chinesa ter dado
um salto fantástico, a repressão política e a censura, bem como o desrespeito aos
Direitos Humanos são ainda negligenciadas pelo partido comunista no poder
desde 1949.

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NOVA POLÍTICA DEMOGRFÁFICA CHINESA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

ATUAL POLÍTICA DEMOGRÁFICA


chinesa!
Na década de 1970, a China adotou uma política de filho único por casal, para tentar controlar a
alta taxa de natalidade da época.
A China abandonou essa política em 2016, substituindo-a por um limite de dois filhos.
Mas isso não foi suficiente para levar a um aumento sustentado de nascimentos.
O custo de criar os filhos nas cidades desencorajou muitos casais chineses.

A política do filho único gera uma Nas redes sociais chinesas, o assunto é um tema quente, com a hashtag
série de questões, principalmente na "por que essa geração de jovens não deseja ter filhos" sendo compartilhada
queda da natalidade. mais de 440 milhões de vezes na plataforma Weibo.
Os direitos ligados à maternidade "A realidade é que não existem muitos empregos bons para as mulheres, e
foram depreciados. as mulheres que têm bons empregos farão de tudo para mantê-los. Quem
Com a inserção das mulheres no ousaria ter filhos nesta situação?", pergunta uma usuária.
mercado de trabalho, as chinesas Embora algumas cidades tenham estendido os benefícios da licença-
estão repensando a maternidade. maternidade nos últimos anos, dando às mulheres a opção de solicitar licença
Um censo populacional que ocorre além dos 98 Thaís
dias padrão, as pessoas dizem que isso só contribuiu para a
uma vez a cada década mostrou que discriminação de gênero no local de trabalho.
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o número de nascimentos na China HP15916305822995
Em março, uma candidata a emprego em Chongqing foi forçada por um
caiu para o nível mais baixo desde empregador em potencial a garantir que largaria o emprego assim que
1960 — levando alguns a defender a engravidasse.
erradicação das políticas de controle É TARDE DEMAIS PARA REVERTER A SITUAÇÃO?
de natalidade. Mas alguns na China O anúncio da mudança da política de natalidade — permitindo três filhos
dizem que essas políticas não são o por casal, ao invés de dois — foi feito nesta segunda-feira (31/05/2021).
único obstáculo. Espera-se que as restrições de nascimento sejam totalmente suspensas em
Especialistas afirmam que também um futuro próximo, com fontes dizendo à Reuters que isso pode acontecer nos
faltam medidas de apoio às famílias próximos três a cinco anos.
— como auxílio financeiro para Alguns pedem que a China abandone suas políticas de controle de natalidade
educação ou acesso a creches. imediatamente.
Muitas pessoas simplesmente Parece que não existe uma solução única para todos, mas o especialista
não têm dinheiro para criar filhos em em demografia, Jiang Quanbao, da Universidade Xi'an Jiaotong, diz estar
meio ao aumento do custo de vida. otimista de que ainda é possível a China reverter seus problemas
O sucesso não é mais definido por populacionais.
elementos tradicionais na vida, como Embora as taxas de fertilidade estejam caindo, a taxa "ainda é elástica"
casar e ter filhos — em vez disso, porque continua sendo a norma da sociedade que os chineses se casem e
valoriza-se o crescimento pessoal. tenham filhos, disse ele.
Ainda espera-se que as mulheres Desde que haja mais medidas de apoio às famílias nos cuidados infantis e na
tenham papel predominante na educação, por exemplo, há esperança de mudança: "Não é tarde demais".
criação dos filhos, seguindo as Fonte: BBC Brasil
convenções de gênero no país.
Embora a China em teoria tenha 14
dias de licença-paternidade, é
incomum que os homens a aceitem
— e é ainda mais raro que eles se
tornem pais em tempo integral.
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ENCOLHIMENTO DA POPULAÇÃO RUSSA NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

E POR FALAR EM
DEMOGRAFIA..

O ambicioso plano da Rússia para combater o


encolhimento da população
Esse assunto é uma das principais ameaças às aspirações geopolíticas da Rússia.
O país enfrenta uma crise demográfica sem precedentes que atingiu um novo patamar em 2018 quando, pela primeira
vez em uma década, a população russa caiu em termos absolutos.
Segundo a Rosstat, o IBGE russo, o país tem agora 148,8 milhões de habitantes, 93,5 mil a menos do que no ano
anterior.
E as estimativas não são promissoras. Segundo estimativas da ONU, a Rússia perderá cerca de 8% de sua população
até 2050.
Consciente disso, o governo do presidente Vladimir Putin desenvolveu um plano ambicioso para atrair entre 5 e 10
milhões de imigrantes entre 2019 e 2025.
"O declínio demográfico tem sido um problema para a Rússia há décadas", diz Gregory Feifer, analista do Centro Davis
para Estudos Russos e Eurasianos da Universidade de Harvard
Thaís(EUA), à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da
BBC. fms.thata@gmail.com
"O alto escalão do governo, incluindo o presidente Putin e o primeiro-ministro Medvedev, falou publicamente sobre
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isso".
"Mas as políticas que vêm sendo tomadas são inadequadas para enfrentar o declínio da população. O que o governo
está fazendo é desestimular a imigração e incentivar a emigração", acrescenta Feifer.
FUGA DE CÉREBROS
Como muitos outros países do mundo, a Rússia também enfrenta baixas taxas de natalidade.
Em sua campanha eleitoral de 2018, o presidente Putin prometeu gastar mais de US$ 8 bilhões (R$ 32 bilhões) nos
próximos três anos em programas para ajudar as famílias a ter filhos.

Mas o declínio da população russa em termos absolutos se


deve, principalmente, à migração.
Em 2017, o último ano com dados disponíveis, 377 mil
deixaram a Rússia, segundo a Rosstat.
"Muitas pessoas estão deixando a Rússia, jovens
profissionais altamente qualificados são maioria", diz Feifer.
"E isso é um problema para a Rússia, porque é o tipo de
pessoas que o país precisará para manter sua influência no
mundo e em sua economia."
A opinião de Feifer é comprovada pelos números da Rosstat.
Segundo o órgão, em 2017, 22% das pessoas que deixaram a
Rússia tinham formação superior, 5% a mais que em 2012.

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ENCOLHIMENTO DA POPULAÇÃO RUSSA NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

ATRAIR IMIGRANTES
Tradicionalmente, a Rússia era um país receptor de imigrantes, e a perda de população causada pelo declínio
natural (baixas taxas de natalidade) costumava ser mitigada pelos recém-chegados ao país, principalmente de países
do Cáucaso e da Ásia Central.
Por outro lado, esse número vem registrando quedas consecutivas. No ano passado, chegou ao valor mais baixo
desde 2005: 124.900, segundo a Academia Russa de Economia e Administração Pública (Ranepa).
A dificuldade na obtenção de vistos de residência e a obrigatoriedade de que o candidato à cidadania russa
renuncie a sua nacionalidade de origem representam barreiras à imigração, explicou Yulia Florinskaya, especialista
em migração da Ranepa, ao site de notícias Eusarianet.
Estima-se que a Rússia precise de até 300 mil pessoas a mais por ano para mitigar os efeitos da perda natural da
população e permanecer em um crescimento líquido zero.
Neste contexto, o governo de Putin deu prioridade à política imigratória e aprovou em outubro do ano passado um
novo plano para os próximos seis anos, com o qual espera atrair entre 5 e 10 milhões de migrantes.
Pelo plano, os procedimentos para obtenção de autorizações de trabalho e acesso à cidadania russa são
simplificados.
O objetivo é atrair principalmente a população de língua russa de países vizinhos, incluindo a Ucrânia, o Cazaquistão,
o Uzbequistão, a Moldávia e outras repúblicas ex-soviéticas. Mas também tem como alvo os estrangeiros que
querem "integrar-se à sociedade russa".
O PLANO DE PUTIN ESTÁ FUNCIONANDO?
Após uma trajetória descendente durante vários anos, os números da Rosstat mostram um aumento significativo
no número de imigrantes nos primeiros meses de 2019.
Entre janeiro e abril deste ano, houve uma "imigração estranhamente alta na Rússia".
As estatísticas oficiais mostram que nesse período a população migrante cresceu em 98 mil pessoas, em
comparação com as 57,1 mil registradas no mesmo período de 2018.
No entanto, nenhum dos planos anteriores do governo russo foi bem-sucedido.
Thaís
Além disso, ainda é muito cedo para vincular esse aumento à nova política de imigração do governo e estabelecer
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uma tendência. HP15916305822995
Em qualquer caso, de acordo com uma análise da Stratfor, embora a Rússia consiga atrair um número significativo
de migrantes para mitigar o declínio de sua população, isso terá um impacto pequeno nas previsões demográficas.
Fonte:BBC BRASIL.

VAI TOMAR UM
EI!
COPO COM ÁGUA!

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CRISE NA BIELORRSÚRIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

CRISE NA
B i e l o r r ú s i a
País que foi parte da União Soviética.
Putin tenta manter o poder sobre os estados independentes.
Belarus tem uma posição estratégica.
Eleições fraudadas: Presidente no poder desde 1990

Belarus é o último lugar no "Após a dissolução da União Soviética em 1991, a KGB russa se dividiu em
mundo onde a URSS (União das duas organizações: a FSB (serviço de segurança nacional, em russo) e SVR
Repúblicas Socialistas Soviéticas) (serviço de inteligência estrangeira).
parece nunca ter caído. Em Belarus, no entanto, a estrutura organizacional da KGB permaneceu
Muitas ruas ainda levam nomes intacta e, portanto, manteve seu nome original", explica Sasha Razor,
de heróis soviéticos e efemérides pesquisadora bielorrussa do Departamento de Estudos Eslavos da
gloriosas, a economia ainda é Universidade daThaís
Califórnia, em Los Angeles.
nacionalizada, o russo é ensinado A agência bielorrussa foi a única em todas as repúblicas soviéticas que
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como segunda língua e as estátuas manteveHP15916305822995
seu nome e até sua insígnia da era comunista, com pequenas
antigas de Lênin ou Stálin continuam alterações.
em seus pedestais de mármore. E a agência voltou a ser o foco de questionamento nas últimas semanas,
A foice e o martelo já não estão quando Belarus viveu as maiores manifestações de sua história. Como já
mais entre os símbolos nacionais, aconteceu em outros protestos contra o presidente Lukashenko, a KGB
mas a bandeira e o escudo de participou ativamente da repressão às manifestações.
Belarus continuam homenagear a Os resultados das eleições de agosto foram polêmicos porque deram a
nostalgia de uma "época de ouro": o vitória por ampla margem ao líder que governou o país nos últimos 26 anos.
passado comunista. Eles geraram uma onda incomum de indignação em um país onde a
Mas os jovens que agora protestam dissidência política é rigorosamente punida há anos.
nas ruas já não se lembram desse Com os protestos, houve também inúmeros relatos de prisões arbitrárias,
período. tortura, intimidação, interrogatório e deportações forçadas nas quais a KGB
No centro de Minsk, a Praça da desempenhou um papel central, segundo grupos de oposição, organizações de
Independência se tornou o centro direitos humanos e especialistas.
das manifestações que há mais de "Por exemplo, Maria Kolesnikova, uma das últimas pessoas proeminentes
um mês convocam a saída do da oposição que ainda está em Belarus, foi interrogada pela KGB, que a instou
presidente Alexander Lukashenko. a deixar o país", afirma o professor de ciência política Volha Charnysh, do MIT
Um prédio próximo, uma rara (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
mistura de estilos neoclássico e Herança soviética
stalinista, ainda mantém não apenas Segundo Razor, a KGB em Belarus tomou forma semelhante à que existe hoje
o nome, mas as funções secretas em 1954, pouco depois da morte de Stálin.
que tinha desde que a nação era No entanto, de acordo com a especialista, suas raízes podem ser rastreadas
uma república soviética: o Comitê de até a VChK (a Comissão Extraordinária da Rússia) fundada em 1917 por Félix
Segurança do Estado ou KGB (na Dzerzhinsky, criador do serviço de inteligência bolchevique que nasceu,
sigla em russo). curiosamente, perto de Minsk.

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CRISE NA BIELORRSÚRIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

"Como Belarus nunca passou pelo processo de desmantelar o legado comunista, a figura de Dzerzhinsky continua
fazendo parte da paisagem cultural bielorrussa", diz ela.
"Existem várias ruas chamadas Dzerzhinsky. Há uma cidade chamada Dzerzhinsk na região de Minsk e o Museu
Dzerzhinovo, na casa onde Dzerzhinsky nasceu, é onde a KGB bielorrussa realiza seus eventos anuais", acrescenta.
Charnysh comenta que tudo isso é explicado pelo fato da era comunista não ter tido a mesma conotação negativa em
Belarus como nos países vizinhos quando eles se tornaram independentes no início dos anos 1990.
"Esta visão relativamente positiva do passado soviético e a falta de antagonismo em relação à Rússia se devem ao fato de
que Belarus não teve um Estado independente até 1991 (as tentativas de declarar independência após a Primeira Guerra
Mundial fracassaram)", explica.
De acordo com os acadêmicos, isso não ocorreu porque a experiência soviética em Belarus foi muito melhor do que
em outras repúblicas soviéticas.
"Em 1937, milhares de bielorrussos (incluindo escritores, artistas e políticos) morreram durante o grande expurgo de Stalin
(em que o ditador perseguiu e matou comunistas dissidentes). Mas, na década de 1990, apenas um pequeno segmento da
população bielorrussa via o passado soviético como um período de repressão e estagnação econômica ou percebida a
Rússia como um vizinho perigoso, responsável pelo domínio soviético ", afirma Charnysh.
Para ele, isso também está ligado ao ensino de história no país, tradicionalmente favorável ao patrimônio da URSS.
"Nessa perspectiva pró-soviética (que não é compartilhada por todos no país, mas ainda domina), a KGB e outros
símbolos soviéticos não são desacreditados nem considerados ilegítimos", acrescenta.
Olga Ivshina, especialista em Belarus da BBC Rússia, explica que essa visão nostálgica do passado soviético foi ainda
mais consolidada sob o governo de Lukashenko, que foi o único membro do parlamento bielorrusso a votar contra a
dissolução da URSS.
"Ao longo dos anos, Lukashenko tentou preservar os símbolos soviéticos, porque eles estão associados ao estado de
bem-estar que muitos se lembram do passado soviético. Foi sua escolha pessoal: desde manter símbolos como a bandeira
e o escudo atuais até manter o nome da KGB ", diz Ivshina à BBC Mundo.
A KGB
Thaíshoje
Embora tenha mantido seu nome e estrutura interna após a queda do bloco socialista, a KGB bielorrussa vem
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mudando ao longo dos anos à medida que fortaleceHP15916305822995
seus laços com o governo.
"Para Lukashenko, como para muitos líderes das ex-repúblicas soviéticas, era muito importante manter boas relações com
a agência de segurança. Por isso, ele sempre foi muito próximo de seus líderes e realizou um processo de transformação
que o levou a se tornar quem controla formalmente o KGB ", afirma Ivshina.
Razor afirma que o desaparecimento da URSS também acarretou mudanças substanciais dentro da agência, que
deixou de estar diretamente subordinada a Moscou.
"Embora haja um acordo formal entre a FSB russa e a KGB bielorrussa para troca de informações, também houve relatos
de algumas tensões entre os dois serviços secretos", afirma.
"Em 2005, a liderança da KGB bielorrussa passou por um expurgo em que todos funcionários que tinham ligações
anteriores com os serviços secretos soviéticos e russos foram demitidos", diz ela.
Segundo a analista, apesar disso, a KGB bielorrussa continua a usar o modelo soviético como exemplo para suas
operações.
"A KGB está tradicionalmente associada à repressão à dissidência política no país e às prisões de líderes de protestos.
Na verdade, cerca de 80% da sua atividade visa a vigilância e a manutenção do controle político do país", diz Razor.
A agência tem sido acusado ao longo dos anos de estar por trás dos desaparecimentos e mortes misteriosas de políticos
ou figuras da oposição. Em 2010, ela foi criticada pelos EUA e pela União Europeia por reprimir manifestantes, por prisões
arbitrárias e por supostamente realizar torturas em sua prisão no centro de Minsk.
"Foi nessa prisão que, na década de 1930, eles aprisionaram a elite cultural do país antes da sua eliminação em massa
durante o grande expurgo (entre 1937 e 1941). E é lá que eles mantêm prisioneiros políticos de alto nível hoje, incluindo o
candidato presidencial de 2020, Viktor Babariko, e seu filho Eduard Babariko", afirma Razor.

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CRISE NA BIELORRSÚRIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

A agência do "medo"
Desde o início dos protestos em agosto passado, a KGB bielorrussa foi apontada por várias organizações e ativistas de
direitos humanos como um dos órgãos por trás da repressão política condenada inclusive pela Organização das Nações
Unidas (ONU).
"A KGB está encarregada de investigar as pessoas envolvidas nos protestos. Muitas vezes, está diretamente envolvida em
prisões e interrogatórios", diz Charnysh.
De acordo com o especialista, os agentes costumam coletar informações comprometedoras sobre ativistas da
oposição, que depois usam para forçá-los a cooperar.
"O recrutamento pela KGB também ocorre com frequência quando as pessoas são presas em manifestações da oposição.
Os alvos típicos são ativistas da oposição, mas a KGB também tentou recrutar estudantes bielorrussos que viajavam para o
exterior em programas de intercâmbio", diz ele.
Segundo o professor do MIT, a agência também tem sido usada na política externa do governo.
Fonte: BBC BRASIL

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ANOTAÇÕES

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Relembre o conflito na Crimeia

As tensões na Crimeia – província semiautônoma da Ucrânia, localizada em uma


península no sul do país – revelam as relações existentes entre os ucranianos e os
russos desde a extinção da União Soviética. A população dessa região, em sua ampla
maioria, utiliza o idioma russo e mantém-se mais vinculada a Moscou do que
propriamente a Kiev. Assim, com as recentes transformações que marcaram a política
do país, a província em questão passou a tornar-se palco de extrema instabilidade
política.
Os problemas internos da Ucrânia encontraram o seu ápice quando o então
presidente Viktor Yanukovich refugou de um acordo que se comprometera a realizar
com a União Europeia, o que ampliaria as relações do país com o bloco vizinho. Essa
decisão foi diretamente influenciada pela Rússia, que não via com bons olhos esse
acordo, uma vez que a Ucrânia é um dos seus principais parceiros comerciais no
continente europeu.
Nesse momento, os grupos opositores ao governo constituídos majoritariamente
pela população que utiliza o idioma ucraniano e que habita a porção central e oeste do
país iniciaram uma onda de protestos pelas ruas das principais cidades. Os líderes
desse movimento são políticos ligados ao governo anterior a Yanukovich e a partidos e
movimentos de direita e de extrema-direita, com destaque para o Udar (soco), o
Svoboda (liberdade) e o Setor Direito.
Diante disso, alguns meses sucederam-se com o agravamento das tensões, em
que prédios públicos foram ocupados, as ruas incendiadas e a repressão aos
manifestantes intensificada. Em janeiro de 2014, o então primeiro-ministro Mykola
Azarov renunciou ao cargo e, no mês seguinte, o presidente Yanukovich fugiu para a
Rússia após a ocupação da sede do governo pelos grupos opositores.

Tá curtindo?
Faça suas anotações: Thaís
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As regiões leste e sul, as mais industrializadas e povoadas do país, possuíam uma


grande quantidade de habitantes russos, que obviamente se opuseram aos
manifestantes pró-Europa. Nessas regiões, foi a província da Crimeia que conheceu,
então, os níveis maiores de tensão e instabilidade política, principalmente com a atitude
do novo governo de revogar uma lei que garantia o russo como idioma oficial local.
Com isso, grupos militares pró-Rússia assumiram o controle político da província e
estabeleceram ali uma zona de resistência ao novo governo ucraniano, nomeando
Sergei Axionov como primeiro-ministro do parlamento local. Sob esse panorama, o
presidente da Rússia, Vladimir Putin, teve aprovado no parlamento de seu país o pedido
de envio de tropas para Ucrânia. Com isso, os países da União Europeia, além dos
Estados Unidos, anunciaram o descontentamento com a decisão, iniciando uma política
de articulação de um provável bloqueio econômico e/ou comercial à Rússia.
No entanto, sob a argumentação de que era necessário defender os direitos
humanos da população russa na Crimeia, foram enviadas tropas que rapidamente
ocuparam aeroportos e bases militares na província, com alguns poucos focos de
resistência. Os militares ucranianos da região, em sua ampla maioria, aliaram-se a
Moscou ou abandonaram a Crimeia. Em resposta, os estadunidenses e os europeus
prometeram agir no sentido de punir a Rússia pela ação realizada, considerada ilegítima
pelos governos ocidentais.
De toda forma, é preciso também salientar que o que motivou a ação militar da Rússia
foi o interesse na região da Crimeia, que foi anexada pela Ucrânia em 1954, quando o
então líder soviético Nikita Khrushchev – de origem ucraniana – cedeu-a em caráter
amistoso. Essa península possui uma importância econômica e outra estratégica,
configurando-se como uma importante via de ligação entre o Mar Negro e o Mar de
Arzov, servindo também de entreposto comercial para a Europa, além de ser uma
grande produtora de grãos e alimentos industrializados. Por outro lado, a Europa e os
Estados Unidos objetivam diminuir a influência russa na zona formada pelas ex-
repúblicas da antiga União Soviética.
34
Fonte: Mundo Educação
CRIMEIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

É, amigos, infelizmente esse conflito ainda acontece e em abril a Rússia fez um deslocamento de tropas que chamou
a atenção de seus vizinhos.

Confira essa matéria do jornal da USP.


Aponte o seu celular para o QR e leia na íntegra.

Após o aval do presidente Vladimir Putin, tropas russas foram enviadas para a fronteira com a Ucrânia, onde fica a
península da Crimeia, território disputado pelos dois países. Estados Unidos e União Europeia classificaram essa situação
como uma “crise potencial iminente”, um alerta para a possibilidade de eclodir uma guerra armada em uma área de
conflitos frequentes. Em resposta, o presidente norte-americano Joe Biden também deslocou tropas para a região e foi
chamado de inimigo pelos russos.
De acordo com Angelo Segrillo, professor do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas (FFLCH) da USP, apesar da mobilização militar e da troca de ameaças, uma guerra aberta é improvável. “Neste
momento, essas disputas estão mais na área de provocações e ameaças simbólicas ou um pouco mais que isso”, afirma.
“Mas nem Estados Unidos nem Rússia querem entrar em guerra por causa da Ucrânia. Eu acho que deve se manter assim
por um tempo”, acrescenta.

RELAÇÃO RUSSO-UCRANIANA
Apesar do envolvimento norte-americano, Rússia e Ucrânia protagonizam a disputa pela Crimeia. Segrillo comenta que os
dois países têm a mesma origem, por isso sua relação é ambivalente, com acordos comerciais e proximidade cultural, mas
também crises e conflitos. “Do século 9 ao 12 eles eram um povo só, depois foram se diferenciando. É como se fosse uma
briga em família, relação de amor e ódio.”
A península da Crimeia fez parte da Rússia até 1954, quando Nikita Khrushchov, primeiro-ministro da então União
Soviética, transferiu a região para a Ucrânia. O professor comenta que, na época, essa mudança não causou muitos
Thaís
problemas, pois ambos os países integravam o bloco soviético.
fms.thata@gmail.com
Entretanto, com a dissolução da URSS em 1991 e a independência de seus membros, a Crimeia passou a integrar a
HP15916305822995
Ucrânia oficialmente. “Quando eles se tornaram países diferentes, ficaram aqueles russos étnicos fora da Rússia”, comenta
Segrillo. Dessa forma, grande parte da população que habita a Crimeia tem identificação russa, e não ucraniana. Essa
divisão étnica da região é um dos elementos que intensificam a disputa.

35
Armênia e Azerbaijão, o que está acontecendo?

Esse conflito geopolítico envolve questões étnico-religiosas, briga por territórios e


um movimento separatista.
São ex-repúblicas soviéticas que disputam uma Nagorno-Karabakh há 30 anos.
Internacionalmente é reconhecido como território pertencente ao Azerbaijão, país rico
em petróleo e majoritariamente muçulmano, porém, a população dessa região é de
maioria armênia e cristã.
Nagorno-Karabakh é uma espécie de estado mas não reconhecido.
No colapso da crise socialista e na separação dos países, o parlamento regional de
Nagorno-Karabakh (que era uma região autónoma dentro do Azerbaijão) votou para se
tornar parte da Armênia.
Enquanto o Azerbaijão lutava contra esse movimento separatista, o governo armênio
o apoiava, mas quando os dois países conseguiram independência, esse conflito
escalonou-se para uma guerra sangrenta. Dezenas de milhares de pessoas foram
mortas e até hoje o acordo de paz nunca foi concretizado de fato, apenas um cessar
fogo.
Em 2019 os governantes emitiram um comunicado conjunto prometendo medidas
completas para a paz, o que não rolou.
Rússia e Turquia - disputa BRABA de influência.
Rivalidade antiga, desde os impérios e a disputa dos Cáucaso.
(A Rússia apoiava a Sérvia, inimigo turco)
Apoiam governos opostos na Líbia e na Síria.
Rússia não quer que surja uma rota pelo Cáucaso e depois para a Turquia, e a
Armênia é peça chave porque bloqueia essa passagem para a Turquia, e enquanto a
Armênia for pró-russa, essa passagem não será concretizada.

Tá curtindo?
Faça suas anotações: Thaís
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NEO-OTOMANISMO NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

NEO-OTOMANISMO

VAMOS RECAPITULAR ALGUNAS COISAS..

Recep Erdogan comanda a Turquia há 15 anos e pode ficar por mais 10 no poder, mesmo
depois de ter sofrido a tentativa de um golpe. Vale lembrar que de 2003 a 2014, Erdogan foi
primeiro ministro e a partir de 2014 foi presidente, porque houve uma mudança constitucional e a
Turquia passou a adotar o regime presidencialista.
Em 2016 há uma tentativa de golpe pelos militares e pela população que foi para as ruas,
porém, o presidente se valeu disso para iniciar uma verdadeira caçada, um regime autoritário e
centralizador.
Erdogan é uma figura muito polêmica, chegou a ser preso nos anos 90 quando era prefeito,
por usar o cargo político para fazer discursos religiosos. Algo proibido visto que a Turquia é um
país laico.
Em 2001 fundou partido AKP, partido conservador. Ele continua apelando ao público religioso e
mantém seu apoio de forma duvidosa. Thaís
Em 2016 sofreu uma tentativa de golpe. fms.thata@gmail.com
HP15916305822995
A tentativa foi fracassada, mas ela levantou um questionamento sobre a continuidade no poder
de um líder polêmico. Erdogan, que comanda a Turquia desde 2002, tem governado o país com
mão de ferro, enfrentando grupos militares, rivais políticos e até a própria imprensa.

Erdogan e seu partido têm um apoio forte e leal da base conservadora e


muçulmana de eleitores, enquanto fora do país, ele tem recebido críticas
pela maneira como "silencia" seus opositores - em alguns casos fazendo até
o uso da força. Inspirado na história do Império Turco otomano, o presidente
turco busca uma perigosa expansão de poder. Confia abaixo nas
reportagens!

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TENSÃO ENTRE AS COREIAS. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

TENSÃO ENTRE
as Coreias!
Tensão (re)surge porque a Coreia do Norte explodiu um prédio na fronteira.
Não esquece: Guerra das Coreias em 1953
Zona desmilitarizada: vila construída para ser ponte de diálogo entre a Coreia do Norte e resto do mundo.
(Região de fronteira, zona neutra)
Nessa vila também há um complexo industrial numa tentativa de criar uma indústria conjunta entre as Coreias.
Foi nessa região onde ocorreu a explosão.

Depois que o ex-presidente dos Por exemplo, podemos lembrar a histórica cúpula intercoreana na Vila da
EUA, Donald Trump, e o líder norte- Paz de Panmunjom, a nordeste de Kaesong, em abril de 2018.
coreano, Kim Jong-un, se Enquanto esse acontecimento consolidou a posição do presidente sul-coreano
encontraram em 2019, havia Moon Jae-in comoThaísestadista histórico, o mais importante para Kim Jong-un
esperança de que o regime fms.thata@gmail.com
estava em um pen drive que seu interlocutor lhe entregou.
comunista desistisse de seu HP15916305822995
Ali estava a promessa de cooperação econômica intercoreana,
programa de armas nucleares. descrevendo vários projetos que permitiriam às duas Coreias - sob comando
Mas nenhum resultado concreto sul-coreano - construir de forma colaborativa os vínculos econômicos entre
ocorreu desde então nesse sentido. elas.
A explosão do escritório também O alívio das sanções econômicas foi a principal demanda da Coreia do
aconteceu apenas um dia após o Norte aos Estados Unidos, à Coreia do Sul e ao mundo ao longo dos dois anos
20º aniversário da primeira cúpula de diplomacia que persistiram nos Jogos Olímpicos de Inverno de
intercoreana entre o pai de Kim Pyeongchang, onde Kim Yo-jong fez sua primeira aparição pública como uma
Jong-un, Kim Jong-il, e o presidente força nas relações entre os dois países.
sul-coreano Kim Dae-jung. Essa demanda continuou até os dias finais de 2019, quando Pyongyang
O Ministério da Unificação da começou a deixar claro que não havia expectativas de que a diplomacia
Coreia do Sul afirmou que já sabia pudesse render frutos.
que a explosão ocorreria. É por isso que a destruição da instalação que foi usada para permitir
Das promessas de cooperação à administrativamente a colaboração intercoreana representa um ataque ao
explosão núcleo das promessas de Moon.
A gravidade do evento - e sua Para o presidente sul-coreano, que se encontra com uma força política
natureza global ao estampar sem precedentes após a vitória maciça de seu partido nas eleições
manchetes de jornais ao redor do parlamentares de abril, esse pode ser um momento para buscar mais
mundo - levanta naturalmente concessões.
questões sobre qual é o objetivo de Uma explicação para o ato desta terça-feira foi dada por Kim Yo-jong em sua
Pyongyang. declaração no fim de semana passado.
Não há uma única resposta, mas Ela citou o lançamento de panfletos contra o regime norte-coreano por
as diversas peças desse complexo grupos civis sul-coreanos, descrevendo-os como um insulto à "dignidade" da
quebra-cabeça ajudam a entender liderança suprema da Coreia do Norte.
os motivos da ação norte-coreana. E Pyongyang leva a sério esse tipo de iniciativa; em agosto de 2015, os alto-
falantes do Exército sul-coreano transmitindo propaganda pela Zona
Desmilitarizada entre os dois países desencadearam uma grande disputa. 38
TENSÃO ENTRE AS COREIAS. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

A ascensão da irmã
Mas a questão dos panfletos, por mais irritante que possa ser para Pyongyang, provavelmente não explica tudo. Parte
da resposta - que nunca será conhecida, dada a natureza do regime norte-coreano - pode ter a ver com a própria Kim Yo-
jong.
Nos últimos anos, a figura da irmã mais nova de Kim Jong-un vem ganhando força dentro do regime de partido único.
Outrora vista escondida atrás de um pilar quando seu irmão fez um discurso antes de um grande desfile militar, ela agora
está instigando o Exército Popular da Coreia a agir. No ano passado, foi vista pela primeira vez supervisionando
lançamentos de mísseis com o irmão.
Seu papel tanto nos assuntos intercoreanos quanto no comando de atividades militares podem indicar uma estrela em
ascensão.
Permitir que ela comandasse a demolição do Escritório de Ligação Inter-Coreano pode servir para reforçar suas
credenciais de liderança, da mesma maneira que se dizia que seu irmão havia sido fundamental para o afundamento da
corveta naval sul-coreana, ROKS Cheonan, e bombardeio da Ilha Yeonpyeong em 2010.
A atual trajetória dos laços intercoreanos traz 2010 à mente.
O que é preocupante neste momento, no entanto, é que a Coreia do Norte não é mais uma potência nuclear aspirante.
Suas capacidades nucleares se ampliaram e o país pode atormentar o vizinho por mais influência ou concessões.
Nesse sentido, a demolição do escritório de ligação intercoreano pode ser o início de um período muito mais sombrio na
história intercoreana.
Fonte: BBC BRASIL

Thaís
RELEMBRE!
fms.thata@gmail.com
A Guerra da Coreia foi um conflito que aconteceu entre
HP15916305822995
1950 e 1953 entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul e
iniciou-se quando as tropas norte-coreanas
ultrapassaram a fronteira que separa as Coreias, dando
início à invasão da Coreia do Sul.
Essa guerra foi uma das primeiras manifestações da
bipolarização que caracterizou o mundo no período da
Guerra Fria.
Fonte: Brasil Escola

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TENSÃO ENTRE AS COREIAS. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Coreia do Norte decide


não participar dos jogos olímpicos de Tóquio.
ENTENDA AS RAZÕES GEOPOLÍTICAS DESSA DECISÃ0

Thaís
fms.thata@gmail.com
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O QUE DIZ O MUITA COISA EM JOGO


GOVERNO: Em 2018, nos jogos olímpicos de inverno sediados na Coreia do Sul
A decisão de não participar foi chamado por muitos de "jogos da paz", afinal, a Coreia do Norte
enviou seus atletas para a competição. Uma paz momentânea foi
aconteceu para poupar os atletas mediada por Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico
em razão da pandemia do Internacional).
Foram feitas várias reuniões entre Bach e os dirigentes dos dois
COVID-19.
lados, e criou-se uma equipe unificada feminina de hóquei no gelo. Além
ESPECULAÇÕES: disso, em outra decisão histórica, as duas delegações desfilaram juntas
na cerimônia de abertura.
Japão e Coreia do Norte não
possuem uma boa relação. A decisão de não participar desta vez dos jogos olímpicos de Tóquio
O governo japonês aponta que 17 causou uma sensação de boicote por parte da Coreia do Norte e foi um
balde de água fria em Thomas, afinal, foi o fiador desse acordo, mas na
pessoas foram sequestradas pela
sua vizinha sul-coreana que pretendia lançar a candidatura conjunta.
Coreia do Norte, acusadas de Dessa forma, a decisão de nao ir aos jogos poupou a Coreia do Norte
espionagem, desde os anos 1970. de um possível e desagradável encontro diplomático para resolver esta
pendência com o Japão e de uma sanção esportiva com sua vizinha.

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TENSÃO CHINA E ÍNDIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

TENSÃO ENTRE
Ch i n a e Í n d i a
No mês de junho de 2020, China e Índia entraram em confronto na Linha de Controle
Real (LAC na sigla em inglês), que fica em Ladahk, região que tem sido alvo de disputas
territoriais sino-indianas há quase 60 anos.

O movimento ocorreu depois que a Índia construiu uma estrada de várias


A área do confronto está
centenas de quilômetros para ligar uma base aérea de alta altitude que
exatamente na fronteira — chamada
reativou em 2008.
de Linha de Controle Real ou LAC
A Índia culpou a China pela situação. "Durante o processo em andamento
(na sigla em inglês) — entre os dois
no vale de Galwan, um confronto violento ocorreu ontem à noite com vítimas
países no vale de Galwan, em
de ambos os lados", diz um comunicado do Exército indiano.
Ladakh.
A China, por sua vez, pediu à Índia "para não tomar medidas unilaterais ou
Isso ocorre na disputada região Thaís
criar problemas", e o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China,
fms.thata@gmail.com
da Caxemira, que é altamente
Zhao Lijian, disse que foi a Índia que cruzou a fronteira, "provocando e
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militarizada e ponto de frequentes
atacando o povo chinês, resultando em sério confronto físico entre as forças
conflitos por causa de reivindicações
fronteiriças dos dois lados".
territoriais concorrentes entre Índia,
Qual é o pano de fundo dessa disputa?
Paquistão e China.
Vários fatores levaram a esse confronto, mas objetivos estratégicos
No vale de Galwan, muitos
concorrentes estão na sua raiz.
incidentes entre patrulhas indianas e
A Índia e a China compartilham uma fronteira com mais de 3.440 km e
chinesas têm sido registrados.
reivindicações territoriais ao longo dela.
Desde abril de 2020, os dois lados
Desde a década de 1950, a China se recusa a reconhecer as fronteiras
acumulam tanques, artilharia e
traçadas durante a era colonial britânica.
tropas nas proximidades do vale.
Em 1962, isso levou a uma guerra breve e brutal, que resultou em uma
As forças terrestres são apoiadas
humilhante derrota militar para a Índia.
por helicópteros de ataque e aviões
Propostas e contrapropostas
de combate.
Desde essa guerra, Índia e China se acusam mutuamente de invasão.
No início de maio de 2020, as
A Índia diz que a China está ocupando 38 mil km² de seu território — que fica
tensões aumentaram depois que a
na área onde o atual confronto está ocorrendo.
imprensa indiana disse que as
A China reivindica todo o Estado de Arunachal Pradesh, que chama de Tibete
forças chinesas montaram tendas,
do Sul.
cavaram trincheiras e transportaram
Existem também várias outras regiões em que os dois países têm opiniões
equipamentos pesados vários
diferentes sobre a localização da fronteira.
quilômetros para dentro do que era
A Linha de Controle Real é mal demarcada e fica em Ladakh, onde há muitos
considerado pela Índia como seu
rios, lagos e calotas de neve — o que significa que a linha que separa os
território.
soldados pode mudar e eles geralmente se aproximam do confronto.

41
TENSÃO CHINA E ÍNDIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Várias rodadas de negociações nas últimas três décadas falharam em resolver as disputas de fronteira, mas mantiveram
um certo grau de estabilidade na região.
CONSTRUINDO INFRAESTRUTURA
Para apoiar as tropas posicionadas em um terreno tão hostil e sem habitantes, os dois lados estão construindo uma
infraestrutura ferroviária e rodoviária.
Sob o governo de Narendra Modi, a Índia começou a construir dezenas de estradas ao longo da LAC e está correndo para
cumprir o prazo de dezembro de 2022 para concluir esses projetos.
Uma dessas estradas vai para o vale de Galwan, onde o atual conflito aconteceu.
A China também vem construindo estradas e infraestrutura em uma área estrategicamente importante para Pequim, pois
conecta sua Província de Xinjiang ao oeste do Tibete.
PODER GLOBAL X PODER REGIONAL
A economia chinesa é quase cinco vezes maior que a da Índia. A China se vê competindo para substituir os EUA como
a potência mundial dominante.
A Índia, por outro lado, abriga visões de uma ordem mundial multipolar, onde espera desempenhar um papel significativo.
Os políticos e analistas indianos às vezes falam como se a Índia e a China fossem potências iguais, sem reconhecer os
avanços maciços da China.
Em agosto de 2019, a Índia tomou a decisão controversa de acabar com a autonomia limitada de Jammu e Caxemira, e
reformulou o mapa da região — uma ação que a China denunciou como hostil.
Isso criou o novo Ladakh, administrado pelo governo federal, que incluía Aksai Chin, uma área que a Índia reivindica, mas
controlada pela China. O confronto ocorreu nessa área.
FATOR PAQUISTÃO
Uma das raízes da desconfiança da Índia está na relação entre China e Paquistão, aliados de longa data. O governo
indiano acusa os chineses de terem ajudado os paquistaneses a obter tecnologia nuclear e mísseis.
A alta cúpula do governo nacionalista hindu BJP da Índia também conversa sobre a recuperação da Caxemira,
administrada pelo Paquistão. Thaís
Uma rota estratégica, a rodovia de Karakoram, passa por essa área que liga a China ao Paquistão. Pequim investiu
fms.thata@gmail.com
cerca de US$ 60 bilhões (cerca de R$ 314 bilhões)HP15916305822995
na infraestrutura do Paquistão — o chamado Corredor Econômico da
China no Paquistão (CPEC, por sua sigla em inglês) — como parte de sua Iniciativa Belt and Road, e a rodovia é a chave
para o transporte de mercadorias de e para o porto de Gwadar, no sul do Paquistão. O porto dá à China um ponto de apoio
no mar da Arábia.
A Índia teme que, em um futuro próximo, Gwadar seja usado para apoiar as operações navais chinesas no mar da Arábia.
QUESTÃO TIBETE
Por sua vez, a China suspeita da relação entre o governo indiano e o líder tibetano, Dalai Lama. O líder espiritual fugiu
para a Índia após o levante fracassado em 1959 no Tibete.
A Índia se recusou a reconhecer o governo tibetano no exílio, mas seu líder estava entre os convidados durante a
cerimônia de posse do primeiro-ministro Modi em 2014.
A China não leva a sério as aspirações geopolíticas da Índia e a vê como um país que poderia colaborar com seus rivais
tradicionais como EUA, Japão e Austrália.
A Índia também alterou as regras para proibir que empresas chinesas assumam o controle de empresas indianas
quebradas devido às perdas causadas pela pandemia.
Mas a China continua sendo o segundo maior parceiro comercial da Índia — assim como com a maioria dos países, a
China desfruta de um enorme superávit comercial em relação à Índia.
NEGOCIAÇÕES
No passado recente, as patrulhas de fronteira de ambos os exércitos se enfrentavam centenas de vezes todos os anos.
Em 2013 e 2017, isso levou a impasses sérios que terminaram após semanas de manobras políticas e diplomáticas.
Após o último impasse em 2017, Modi e o presidente chinês Xi Jjinping realizaram duas cúpulas informais para resolver
suas diferenças.
Índia e China estão mantendo conversas para neutralizar a situação — oficiais militares se reuniram em 6 de junho e
novamente na terça-feira após o incidente.
A reunião mais recente foi realizada no ponto de patrulha 14 em Galwan, perto do local onde as mortes ocorreram.
Esse confronto sem dúvida aumentará a desconfiança entre as duas nações, o que pode exigir intervenção política entre as
cúpulas para evitar que a situação fuja do controle.
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TENSÃO CHINA E ÍNDIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Indo além!

Thaís
fms.thata@gmail.com
HP15916305822995

Um fator determinante do interesse


chinês nessa região está ligado aos
recursos hídricos, uma vez que as
nascentes de importantes rios asiáticos,
como os rios Yang-tse-Kiang (rio Azul),
Hoangho (rio Amarelo), Mekong, Indus,
entre outros, nascem em território
tibetano, mananciais esses que
respondem por aproximadamente 30%
das fontes de água da China.

43
GOLPE MILITAR NO MALI. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

GOLPE MILITAR NO
Mali!
Segundo golpe em 8 anos
País localizado na África Ocidental, no Sahel (limite do deserto do Saara e a África subsaariana, países mais pobres e
consequentemente mais perigosos)
Região rica culturalmente: conflitos!
Lembrar sempre que as barreiras étnicas não foram respeitadas no neocolonialismo, de modo a gerar choques entre
etnias distintas.
A instalação de barreiras apenas políticas artificiais não respeitou a cultura dos povos originários.
França tem MUITO interesse nesse país e em seus vizinhos como Níger e Argélia.
Argélia: gás natural, Níger: energia nuclear (urânio)

Bora entender o contexto? A crise aprofundou o distanciamento e piorou a situação dos tuaregues em
Se liga nessa matéria de 2013! relação ao governo central. Foi neste ambiente que os separatistas do norte
"No dia 11 de janeiro de 2013, a aproximaram-se de militantes islâmicos atuantes na região do Saara, que lhes
França iniciou uma intervenção forneceram apoio. A motivação do separatismo tuaregue repousa em critérios
Thaís
militar no Mali para conter o avanço étnicosfms.thata@gmail.com
e tem objetivo a criação de um governo autônomo, mas o influxo
de grupos terroristas atuantes no islâmicoHP15916305822995
mudou o perfil da situação.
norte do país africano. Diversos grupos militantes islâmicos entraram em cena. O principal deles é
A situação, que é vista com a Al-Qaeda do Magreb Islâmico (AQIM na sigla em inglês): trata-se de uma
cuidado e apreensão pelas milícia dotada de algumas centenas de membros que atua no Sahel, a região
lideranças ocidentais, remonta não do deserto do Saara que compreende Mali, Mauritânia, Argélia, Líbia e Níger.
apenas ao passado recente de crise Seus principais líderes teriam sido treinados no Afeganistão antes da invasão
política malinense como também ao americana e teriam ainda raízes de atuação na Argélia pós-independência.
histórico da formação de Estes grupos de terroristas apoiaram os tuaregues desamparados, mas
movimentos islâmicos na África têm motivações bem distintas das dos separatistas do Mali. Eles desejam livrar
Ocidental. a África ocidental dos estrangeiros europeus e de seus costumes e determinar
Ex-colônia francesa a imposição extremista rígido da sharia (a lei islâmica) em moldes similares ao
independente desde 1960, o Mali é fundamentalismo implantado no Afeganistão, marcado pela repressão das
um país pobre e sem acesso ao mulheres e de hábitos supostamente pecaminosos, como o fumo.
mar. Ele se divide basicamente em Foi esta frente separatistas fortalecida por terroristas que despertou a
duas porções: a do sul, mais atenção da França, que, nos primeiros dias de 2013, decidiu intervir no Mali.
densamente urbanizada e povoada; Diversas cidades da região central do país já haviam sido parcial ou
e a do norte, predominantemente completamente tomadas pelos militantes islâmicos, nos quais já imperavaum
desértica e esparsamente ocupada. novo tipo de sociedade – distinta mesmo da desejada pelos tuaregues. De
O norte é a região dos tuaregues, modo geral, a ação francesa está sendo bem recebida pelos malinenses que,
grupo étnico que possui um histórico somente amparados no seu frágil, velho e pobre Exército, nenhuma chance
separatista do governo central da tinham contra o avanço dos terroristas.
capital Bamako, localizada ao sul,
próximo à fronteira com a Guiné.

44
GOLPE MILITAR NO MALI. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Mas a ação francesa, que já conseguiu conter o avanço islâmico e mesmo libertou algumas cidades, acabou por
provocar retaliações por parte destes grupos. Em reação à intervenção, um grupo da AQIM liderado pelo terrorista Mokhtar
Belmokhtar invadiu um campo de exploração de gás na Argélia, fazendo cerca de 700 reféns. Belmokhtar, um dos
fundadores da AQIM, pedia a saída das tropas francesas do Mali e a libertação de aliados detidos nos Estados Unidos sob
a acusação de terrorismo. A crise dos reféns do complexo de In Amenas levou à ação do Exército da Argélia, que, em uma
operação de resgate que se estendeu por três dias, provocou a morte de dezenas de reféns e militantes.
O Mali espera a chegada de um Exército de soldados da comunidade africana, cujos líderes temem o aumento da
atividade terrorista na região. A intervenção francesa foi prontamente apoiada pelo Conselho de Segurança das Nações
Unidas. Paris, Bamako e outros líderes africanos, como Alassane Ouattara – presidente da Costa Marfinense e da
Comunidade Econômica dos Estados do Oeste Africano (Ecowas) – esperam contar com crescente apoio internacional no
enfrentamento deste novo desafio do terrorismo do século XXI."
Fonte: Portal Terra.

JUNHO DE 2020
"O presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, foi forçado a renunciar e a dissolver o Gabinete e o Parlamento após
ser ilegalmente detido por militares junto com seu primeiro-ministro, Boubou Cissé, como parte do golpe de Estado
promovido nesta terça-feira por um grupo de militares do país africano. Os dois dirigentes, que se encontravam no domicílio
particular do presidente, foram levados à base militar de Kati, a 15 quilômetros de Bamako, a capital, onde permaneciam
sob o controle dos amotinados. “Não desejo que se derrame mais sangue para me manter no poder”, disse Keita durante
um discurso transmitido pelo canal estatal de TV ORTM. Os militares prometeram uma transição para o Governo civil.
A sublevação foi recebida com vivas por uma multidão que se concentrou na praça da Independência, epicentro dos
protestos que há meses sacodem o Mali para pedir a demissão do presidente, acusado de incapacidade para lidar com a
crise que o país atravessa há anos.
Tudo começou quando um número indeterminável de militares se dirigiu pela manhã a toda velocidade à base de Sundiata
Keita, em Kati, onde várias testemunhas disseram ter Thaís ouvido tiros. Depois de abrir os armazéns, os soldados se
apropriaram de um numeroso arsenal e rumaram fms.thata@gmail.com
para Bamako, tomando posições nos arredores de locais estratégicos da
capital, como o Ministério da Defesa, o comando dasHP15916305822995
Forças Armadas e a sede do canal ORTM.
As reações não tardaram. O secretário-geral da ONU, António Guterres, exigiu a libertação “imediata e incondicional”
de Keita e Cissé e a retomada da ordem constitucional no Mali. Nesta quarta-feira está prevista uma reunião de urgência do
Conselho de Segurança, a pedido da França e do Níger. A União Africana também reagiu na mesma linha. O presidente da
comissão desse organismo pan-africano, Moussa Faki Mahamat, pediu aos golpistas que evitem o uso da força.
A Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (Cedeao) condenou o golpe, pediu aos sublevados que retornem
a seus quartéis e manifestou sua firme defesa da ordem constitucional. Também o presidente do Conselho Europeu,
Charles Michel, condenou com firmeza a quartelada. “Um golpe de Estado nunca é a solução para uma crise, por mais
profunda que seja”, disse.
A sublevação militar gerou também uma forte “inquietação” na França, país que lidera com 5.100 militares a Operação
Barkhane, destinada a combater o extremismo islamista na região do Sahel, que inclui o Mali. O presidente Emmanuel
Macron “segue atentamente a evolução da situação e condena a sublevação” militar, disse o Palácio do Eliseu,
acrescentando que o chefe de Estado conversou nesta terça-feira com Keita e com os presidentes Mahmadou Issoufou
(Níger), Alassane Ouattara (Costa do Marfim) e Macky Sall (Senegal). O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, salientou
por sua vez que seu país apoia o apelo à manutenção da ordem constitucional feito pela Cedeao, informa Silvia Ayuso de
Paris.
A sublevação de junho guardou enormes semelhanças com o golpe de Estado de 2012, liderado pelo capitão Amadou
Haya Sanogo, que acabou com o mandato do então presidente Amadou Toumani Touré. O Mali atravessa um profundo
período de instabilidade, agravado nas últimas semanas. Por um lado, a ameaça jihadista e os conflitos intercomunitários já
atingem dois terços do país, que se tornaram zona vermelha. Em Bamako, um movimento popular e a oposição há meses
vinham exigindo nas ruas a demissão do presidente Keita, em manifestações que deixaram 14 mortos, segundo as Nações
Unidas. E, por último, um recente relatório da ONU acusava altos funcionários do Governo e do Exército como
responsáveis por obstruírem a aplicação do acordo de paz de Argel, apontando para possíveis sanções contra eles.

45
GOLPE MILITAR NO MALI. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

O Mali vive sob tormenta desde a ocupação jihadista do norte do país, em 2012. A operação militar francesa iniciada
ano seguinte conseguiu recuperar as principais cidades do norte, como Gao e Tombuctu, mas fracassou em seu esforço de
liquidar os grupos armados. Os radicais exibiram uma enorme capacidade de resistência, se reorganizaram e hoje
golpeiam com mais força que nunca, pois ampliaram seu raio de atuação a dois países vizinhos: Burkina Fasso e Níger.
Por isso, a União Europeia vê o Mali como chave na hora de frear a expansão do terrorismo islâmico. Uma missão da UE
integrada por 200 espanhóis há sete anos forma militares malineses em técnicas antiterroristas, na base de Koulikoro.
Festa nas ruas
Quando os veículos com os soldados rebeldes cruzaram as ruas de Bamako, nesta terça, foram acolhidos com
aplausos e vivas. Para entender tanta alegria com um golpe de Estado é preciso se debruçar sobre a história recente deste
país, um dos mais pobres do mundo. Keita chegou ao poder em 2013, com a imagem de ser um homem forte, cujo pulso
não tremeria na hora de endireitar e reunificar um Mali que começava a rachar. Entretanto, a decepção não tardaria a
chegar.
Numerosos escândalos de corrupção rodearam seus Governos ao mesmo tempo em que Keita ia perdendo o controle do
território. Os massacres entre grupos étnicos na região de Mopti começaram a mostrar a clamorosa ausência de um Estado
em retirada, incapaz de controlar uma crise que já superava o mero aspecto da segurança. Nos últimos anos, a saúde
pública chegou ao fundo do poço, e a educação beirava o colapso. A desesperança se instalou nos habitantes do Mali,
golpeados pelo desemprego e a pobreza.
Em abril deste ano, em meio ao coronavírus e à insatisfação, os malinenses foram de novo às urnas sem terem uma
saída clara. Mas o poder voltou a fazer armadilhas. Desta vez foram apanhados em flagrante. A cólera se voltou para o
Tribunal Constitucional, para os deputados, para o sistema e, na ponta mais visível de tudo, para um presidente incapaz de
cumprir sua parte do contrato social: atender às necessidades básicas da população. E toda essa insatisfação foi
canalizada por um movimento popular liderado pelo imã Mahmud Dicko, que deixou Keita cada vez mais encurralado,
solitário e cansado. Por isso, em contraposição à unanime condenação internacional ao golpe, relativamente poucos dentro
do Mali se entristecem com sua queda."
Fonte: EL PAÍS BRASIL Thaís
fms.thata@gmail.com
HP15916305822995

Não esquece!
Junta militar dá golpe prometendo uma transição apenas para
restabelecer a ordem no país.
Comunidade internacional liga o sinal vermelho, afinal, o
presidente derrubado tinha certo apoio político internacional
Nesse período de instabilidade, as fronteiras são fechadas
causando preocupação que outros países adotem esse
modelo ditatorial.
Outro questionamento do mundo ocidental é, quem são esses
militares? Estão ligados aos grupos de minorias étnicas, com
grupos jihadistas?
Medo de fortalecimento das lideranças extremistas e eclosão
de novas guerras.

46
SOMÁLIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

O QUE ESTÁ ROLANDO NA


Somália?
País localizado no Chifre africano, tem saída do mar vermelho para o oceano Índico.
Num breve resumão, a Somália não possui governo forte e legítimo desde 1991, quando o regime de Siad Barre foi
derrubado por milícias armadas.
Em 2004 um governo provisório foi instaurado mas não foi reconhecido pelas milícias armadas.
Al Shabab - filiado à Al Qaeda, passa a controlar a região sul.
Impede a atuação das agências humanitárias como a Cruz Vermelha.
Grupo Al Shabab controla várias áreas.

Bora entender o contexto?


Somália na Guerra Fria:
Em 1974 se declara socialista e se alinha à União soviética.
URSS abandona para investir em seu oponente, a Etiópia.
Estados Unidos vê vácuo e oferece ajuda - com o intuito de aumentar sua influência no continente.
A localização é atrativa pois está numa área estratégica.
Um ponto a ser destacado é a importância geoestratégica do Chifre Africano. Devido a sua posição geográfica, a região
permite a projeção de força para o Oriente Médio, regiãoThaís de extremo interesse das duas superpotências; no Oceano
Índico, é local de importância comercial e estratégica, pois possibilita uma maior presença da marinha em todo sudeste
fms.thata@gmail.com
asiático e extremo oriente. HP15916305822995
Na década de 1960, assegurar a presença neste oceano e no Oriente Médio era de extrema importância, devido a
possibilidade soviética de auxiliar os seus aliados – Iêmen do Sul e Egito no Oriente Médio e o Vietnã do Norte, que se
encontrava em guerra contra os norte-americanos, no sudeste asiático – e contrapor a presença dos Estados Unidos na
região, já que as Forças Armadas norte-americanas acabavam de se instalar na base de Diego Garcia no meio do
Oceano Índico.
Fonte: REVISTA PERSPECTIVA

Nos anos 2000 a pirataria somali chamou atenção. Alguns grupos extremistas aproveitaram para financiar suas ações.
O extremismo cresce onde não há estado eficiente e as condições de vida são precárias.
Grupo extremista na região: Grupo Al Shabab: Al shabab significa "juventude' em árabe. Grupo surge como uma ala
radical da extinta união das cortes islâmicas enquanto combatia forças etíopes que invadiram e pais para apoiar o fraco
governo interino.
Em áreas que controla impõe uma rígida versão da Sharia.
Não esquece também que existem grupos separatistas no país.

47
MOÇAMBIQUE. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

MOÇAMBIQUE E
D e l g a d o .
O Cabo
Desde 2017, há um conflito entre grupos armados não estatais e o governo de Moçambique na província de Cabo
Delgado. Em 2020 esse conflito se intensificou, deslocando mais de meio milhão de pessoas.
Em 2021 houve um terrível ataque a cidade de Palma.
Vamos entender essa situação terrível?

Entendendo o contexto..
Na aldeia de Muatide, por exemplo, jihadistas transformaram neste mês
O norte de Moçambique vive o
um campo de futebol em campo de execuções. Segundo fontes locais, os
auge de uma onda de violência que
combatentes capturaram pessoas que tentavam fugir, levaram-nas para o local
tomou a região nos últimos três
e mutilaram seus corpos.
anos, quando insurgentes islâmicos
Mais de 50 pessoas foram decapitadas ao longo de três dias de violência.
passaram a promover assassinatos,
Desde 2007, cerca de 2 mil pessoas foram mortas e mais de 430 mil ficaram
Thaís
decapitações e sequestros de fms.thata@gmail.com
desabrigadas no conflito na província de maioria muçulmana, religião de um
mulheres e crianças em vilarejos na
em cadaHP15916305822995
cinco moçambicanos.
província de Cabo Delgado, rica em
A organização não governamental Anistia Internacional estima que mais de
rubi e gás natural.
350 mil pessoas correm o risco de passar fome na esteira da crise.
O que desperta conflito e interesse.
A entidade condena a violência do grupo Al-Shabab, ligado ao Estado Islâmico
Consequências da guerra civil
(EI), mas também critica duramente o governo de Moçambique, acusando-o de
Moçambique, que se tornou
combater a violência com atrocidades extrajudiciais, entre elas tortura e
independente de Portugal em 1975,
perseguição. O governo nega as acusações.
ainda sofre os efeitos de uma guerra
A presença do Estado moçambicano, aliás, está no centro do surgimento
civil de 16 anos que terminou em
do grupo neste país de língua portuguesa (falada por 17% dos habitantes) que
1992.
enfrenta até hoje as graves consequências da guerra civil encerrada em 1992.
As tensões permanecem entre o
Membros do Al-Shabab, que também falam português em alguns vídeos de
partido no poder, Frente de
propaganda, têm se aproveitado da pobreza e do desemprego locais para
Libertação de Moçambique
recrutar jovens em sua luta a fim de estabelecer um domínio islâmico na
(Frelimo), e o antigo movimento
região, enquanto muitos moradores dali reclamam que ficam alheios ao
rebelde da oposição, Resistência
desenvolvimento econômico em torno das indústrias de gás e rubi.
Nacional Moçambicana (Renamo). E
Vídeos violentos e reveladores
a corrupção tornou-se uma grande
Em abril de 2020, um vídeo filmado com um telefone celular em Muidumbe se
preocupação no país.
tornou uma poderosa prova de que um violento conflito na região mais ao norte
A descoberta de campos de gás
de Moçambique agora está em campo aberto, de forma espetaculosa e
na costa de Moçambique em 2011
alarmante.
deve levar a grandes
Nas imagens, homens armados caminham calmamente pela grama alta,
transformações na economia de
contornando um grande edifício branco, aparentemente não incomodados com
uma das nações mais pobres da
o som de tiros ao fundo.
África. Mas, apesar do recente
A maioria carrega fuzis automáticos e usa roupas que parecem uniformes do
crescimento econômico, mais da
Exército moçambicano. Alguns tiros são disparados perto dali, e alguém grita
metade dos 24 milhões de
como que em resposta: "Allahu Akhbar" (Alá é grande, em árabe).
moçambicanos continuam a viver
abaixo da linha da pobreza. 48
MOÇAMBIQUE. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade por uma série de ataques recentes em Moçambique, e parece
estar promovendo seu envolvimento com o grupo jihadista como parte de uma operação de "franquia" com a qual
expandiu sua presença (simbólica ou não) em várias partes de África.
A ideia de que a ofensiva em Cabo Delgado é, no seu cerne, parte de um movimento jihadista global ganhou força
entre os próprios militantes do Al-Shabab moçambicano, que juraram publicamente lealdade ao EI no ano passado.
O relacionamento entre os dois grupos oferece vantagens para ambos os lados.
Mas um vídeo de um líder dos combatentes, que circulou neste ano pelo WhatsApp em Moçambique, oferece uma
explicação muito mais detalhada para as ações do grupo.
"Ocupamos (as cidades) para mostrar que o governo é injusto. Ele humilha os pobres e dá o lucro aos patrões", diz
um homem alto, sem máscara, de uniforme cáqui, cercado por outros insurgentes.
O homem fala frequentemente sobre o Islã e a sua aspiração por um "governo islâmico, e não um governo de
descrentes". Ele cita também acusações de abusos por parte dos militares de Moçambique e se queixa diversas vezes
de supostas injustiças do governo.
Especialistas entrevistados pela BBC dizem que o avanço da insurgência islâmica em Moçambique é bastante
semelhante ao surgimento do Boko Haram no norte da Nigéria, como um grupo marginalizado que explora queixas
locais, aterroriza comunidades e oferece um caminho alternativo para jovens desempregados frustrados com um
Estado controlado por autoridades corruptas e negligentes.
"Esse vídeo é bastante significativo", diz Eric Morier-Genoud, pesquisador especializado em Moçambique.
"Ele explica que é um local, de Moçambique, negando as acusações de que são todos estrangeiros. E denuncia o
Estado como injusto e ilegítimo", afirma Morier-Genoud. Para ele, o fato de a maioria dos rostos presentes neste vídeo
não estar de máscara revela "uma clara busca por confiança".
"Essa foi a primeira vez que falaram à população", diz o historiador moçambicano Yussuf Adam. Para ele, o vídeo dá
mais peso ao argumento de que o conflito em Cabo Delgado é, no fundo, alimentado por questões locais.
"O Exército, desde o início, espanca as pessoas, leva-as para a prisão e as tortura. Há muita islamofobia (na província
de maioria muçulmana de Cabo Delgado). São discriminados porque são do norte, e as outras pessoas pensam que
elas são burras." Thaís
fms.thata@gmail.com
Segundo Adam, "o problema é que temos um monte de jovens, e jovens sem empregos. Se resolvermos o abuso
HP15916305822995
de violência, a corrupção e se tivermos um sistema judicial sério, tenho certeza de que resolveremos isso
rapidamente".
No início, o governo moçambicano tentou minimizar a insurgência, classificando os militantes como criminosos e
bloqueando o acesso de jornalistas e ativistas à região. Mas isso tem mudado.
O governo de Moçambique nega as acusações e afirma que os criminosos presentes em vídeos, como esse
analisado pela Anistia Internacional, são combatentes jihadistas vestidos com fardas do Exército.
A insegurança vai além dos vilarejos locais. Teme-se que o conflito se espalhe para o país vizinho, a Tanzânia, e
talvez até mesmo para a África do Sul.
Empresas estrangeiras do setor de gás — interessadas em investir bilhões nos campos de gás offshore
descobertos na costa de Cabo Delgado — estão agora reduzindo suas operações, tanto por causa da crescente
insegurança quanto por causa da queda dos preços da commodity.

EM RESUMO.. singu
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om m o
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Nas últimas décadas, Cabo Delgado viu um fluxo migratório de fundamentalistas se dif
lar –
é um
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cristãos e muçulmanos e de agências religiosas internacionais de caridade tentando refer
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converter a população local. com e
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o de
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E mais especificamente nos últimos anos, Moçambique tornou-se cada vez mais corrupta, e q ue
ador
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olsas
p o ssu es de de
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e o seu litoral norte tornou-se um importante centro de contrabando de marfim, madeira, e e st
recur
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heroína e rubi, com o envolvimento da polícia e de outros funcionários públicos. tais
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inera
is, ve
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cial
e de
a soja o petróleo ou a
Os chefões do contrabando local atraíram jovens militantes para suas organizações, , a c
a na -d
, o ca
e-a çú
rvão
gríco
las,
miner
car e al,
oferecendo bons salários. outro
s.

A fronteira próxima com a Tanzânia não tem controle de agentes de segurança, e


sempre houve ali um grande movimento de pessoas. Isso se ampliou com tráfico de
pessoas, principalmente do Quênia, Somália e dos Grandes Lagos.
Já havia jovens tanzanianos na comunidade de vendedores ambulantes de Mocímboa da
Praia que passaram a fazer parte desses grupos criminosos.

49
MOÇAMBIQUE. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Depois da morte, em 2012, do clérigo muçulmano Aboud Rogo Mohammed (acusado de apoiar a Al-Shabab na
Somália) no Quênia, seus seguidores ficaram sob intensa pressão local e migraram para o sul, até chegarem a Cabo
Delgado em 2015.
Usando a renda obtida com contrabando, redes religiosas e traficantes de pessoas, as células extremistas pagaram para
enviar jovens a Tanzânia, Quênia e Somália para treinamento militar e islâmico.
A renda também ajudou a transferir clérigos radicais para Moçambique.
Cabo Delgado é majoritariamente muçulmana, e os novos pregadores islâmicos, tanto estrangeiros de países da África
Oriental quanto moçambicanos formados no exterior, estabeleceram mesquitas e argumentaram que os líderes religiosos
locais eram aliados da Frelimo — que desde a independência é o partido da situação e principal força política do país — e
da sua apropriação de riquezas.
Algumas dessas novas mesquitas passaram a fornecer dinheiro para ajudar a população local a iniciar negócios e
gerar empregos, enquanto os islâmicos argumentam que a sociedade seria mais justa sob a sharia (lei islâmica).
Em 2015, houve confrontos violentos na região quando a polícia e líderes tradicionais islâmicos tentaram barrar o avanço
dos fundamentalistas, que passaram então a treinar milícias. Estas estariam depois envolvidas no ataque inicial que abriu o
atual confronto, em Mocímboa da Praia, em 2017.
Fonte: BBC BRASIL

Infelizmente em 2021 novos conflitos aconteceram.

Thaís
fms.thata@gmail.com
HP15916305822995

Militantes islâmicos estão decapitando crianças de apenas 11 anos na província de Cabo Delgado, no norte de
Moçambique, diz a ONG Save The Children.
Uma mãe disse à ONG que teve que assistir à decapitação de seu filho de 12 anos onde ela estava se escondendo com
seus outros filhos.
Mais de 2,5 mil pessoas foram mortas e 700 mil fugiram de suas casas desde o início de uma insurgência islâmica no país
em 2017.
Os militantes são ligados ao grupo autodenominado Estado Islâmico (IS).
Os insurgentes são conhecidos localmente como Al-Shabab, embora não tenham ligações com o grupo jihadi somali de
mesmo nome.
Eles juraram lealdade publicamente ao EI. O grupo extremista afirma que realizou vários ataques em Moçambique e parece
estar promovendo seu envolvimento no país como parte de uma operação de "franquia". O Departamento de Estado dos
EUA designou os insurgentes como organização terrorista. O grupo raramente dá qualquer indicação sobre seu motivo,
liderança ou demandas.
Em um vídeo no ano passado, um líder militante disse: "Ocupamos [as cidades] para mostrar que o governo da época é
injusto. Ele humilha os pobres e dá o lucro aos patrões".
O homem falou sobre o Islã e o seu desejo de um "governo islâmico, não um governo de descrentes", mas também citou
supostos abusos por parte dos militares de Moçambique, e repetidamente queixou-se de que o governo era "injusto".
Fonte: BBC BRASIL
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50
NIGÉRIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

PROTESTOS NA
NIGÉRIA

END SARS
Sars é uma sigla para um esquadrão especial da polícia nigeriana.
Ele foi criado especialmente para roubos, criado em 1992 e está
sendo acusado de corrupção, extorsão, roubo, tortura, sequestro e
execuções
Em novembro de 2020, vários vídeos foram divulgados mostrando a
exarcebada violência policial cometida por esse grupo.
Em resposta aos atos violentos, os manifestantes foram às ruas pedir
ao fim do esquadrão, lançando a Thaís
#ENDSARS.
fms.thata@gmail.com
O movimento ganhou corpoHP15916305822995
e apoio de vários artistas como Beyonce,
Rihanna, o então na época candidato Joe Biden e principalmente
apoio do movimento Black Lives Matter.
Mais uma vez as redes sociais mostraram seu poder mobilizando as
manifestações e reverberando o apoio mundial a comunidade.

A Nigéria é um país extremamente dividido e assolado por


um grupo radical chamado Boko Haram.
A desigualdade econômica alcançou níveis extremos na Nigéria
de acordo com a Comissão de Direitos Humanos da Organização
das Nações Unidas (ONU), e a Oxfam reportou em 2019 que
quase 70% da população do país vive abaixo da linha da
pobreza.
Pessoas jovens com menos de 30 anos formam mais de 40% da
população da Nigéria. Eles enfrentam dificuldades severas e um
desemprego crônico. De acordo com a Chatham House, uma
#endS
organização sem fins lucrativos, “se os desempregados da ARS
juventude nigeriana formassem seu próprio país, seria maior do
que a Tunísia ou a Bélgica”.

51
NIGÉRIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

PROTESTOS NA NIGÉRIA

Com este movimento de protestos, eles estão fazendo com que suas vozes sejam ouvidas e falando sobre as
injustiças, os assédios e as extorsões que dizem ter aguentado nas mãos de oficiais da SARS.
Após encontro com o presidente Muhammadu Buhari, o ministro da Juventude e do Desenvolvimento Esportivo,
Sunday Dare, afirmou que, para o chefe do Executivo, “é importante que permitir que as gerações mais jovens
excerçam a sua liberdade de protestar”. Buhari ainda teria prometido que não apenas fará as reformas, mas garantirá
que elas durem para que o país tenha orgulho de sua força policial.

Falando em Nigéria, relembre o que é o grupo fundamentalista Boko Haram.


O Boko Haram é um grupo terrorista surgido na Nigéria que, muitas vezes, é denominado como “grupo radical
islâmico”, pois as suas ações correspondem ao fundamentalismo religioso de combate à influência ocidental e de
implantação radical da lei islâmica, a sharia. O nome Boko Haram significa “a educação não islâmica é pecado” ou “a
educação ocidental é pecado” na língua Hausa, um idioma bastante falado no norte do território nigeriano.
O surgimento do Boko Haram ocorreu em 2002 como uma Thaís
seita religiosa, fundada por Mohammed Yusuf na cidade de
fms.thata@gmail.com
Maiduguri, capital do estado de Borno, na Nigéria. Para Yusuf e os seus seguidores, a cultura ocidental reproduzida na
HP15916305822995
sociedade seria a principal razão para os males do país, sendo necessária a sua erradicação para combater a corrupção e
o descaso das autoridades para com o povo. O líder atual do Boko Haram é Abubakar Shekau.
Com o passar do tempo, o Boko Haram foi se tornando um grupo militar cada vez mais bem armado, recebendo vários
treinamentos e ações de formação por parte da Al-Qaeda do Magrebe de alguns outros grupos militares radicais
existentes na região setentrional da África. Em 2009, com a morte de Mohammed Yusuf durante um confronto armado, o
Boko Haram tornou-se uma organização militar totalmente radical. No entanto, somente em 2013 os Estados Unidos
passaram a considerar, oficialmente, o Boko Haram como grupo terrorista, que é hoje um dos maiores da atualidade.
O principal objetivo do Boko Haram atualmente, além de combater os princípios e legados ocidentais deixados pela
colonização britânica no país, é a construção de uma república islâmica. Para conseguir esse objetivo, o grupo terrorista
utiliza muitos métodos radicais, incluindo a realização de atentados e o sequestro para realizar avanços territoriais. O
Boko Haram também age por meio do sequestro de mulheres, utilizando-as para a obtenção de resgates e,
principalmente, negociando-as como escravas sexuais.
A ação mais notória do grupo até hoje ocorreu em abril de 2014, quando o Boko Haram sequestrou cerca de 276
mulheres entre 16 e 18 anos. Segundo relatos de algumas das que conseguiram escapar, os militantes utilizavam-nas
como escravas sexuais e vendiam-nas para membros da organização a um preço médio de 12 dólares. Indícios
posteriores também afirmaram que boa parte das mulheres foi utilizada em diversos combates.

Não há números concretos sobre a ação do Boko Haram, mas estima-se que o grupo terrorista
já tenha executado mais de três mil pessoas, número que se eleva continuamente a cada
conflito ocorrido. O grupo já tomou boa parte do território da Nigéria, sobretudo as suas áreas
ao norte e a nordeste, em um mapa difícil de ser representado, pois, a cada mês ou semana,
um nova cidade é tomada ou perdida para as tropas do governo nigeriano, realinhando as
#endS
fronteiras da república radical islâmica. ARS

52
NIGÉRIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Os milhares de combatentes e militantes do Boko Haram vêm lutando não tão somente contra as tropas
governamentais da Nigéria, mas também contra o apoio de outros países. Chade e Níger, que formam uma
coalização africana, vêm atuando no território nigeriano para combater as ações da milícia terrorista, que
eventualmente realiza atividades fora da Nigéria e ameaça, com uma possível expansão, os países
circunvizinhos, principalmente Camarões, que já sofreu alguns atentados.
As ações do Boko Haram são uma demonstração da expansão da atividade de grupos terroristas pelo
mundo, algo que se intensificou nos períodos posteriores à Guerra Fria. O líder Abubakar Shekau jurou,
inclusive, uma lealdade a outro grupo terrorista radical, o Estado Islâmico. Essa postura não se trata, ao
menos por enquanto, de uma aliança entre os dois grupos, mas pode indicar um paralelo sem igual para o
crescimento da ação de grupos radicais pelo mundo.
Fonte:Brasil Escola

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Thaís
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RS
#endSA

53
ETIÓPIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

O QUE ESTÁ ACONTECENDO


NA ETIÓPIA?

Você conhece a história desse país? A Etiópia não possui saída para o mar, é o segundo país
mais populoso da África e nunca foi colonizado, apesar das tentativas. Localizado no chifre africano,
os etíopes são majoritariamente cristãos, cercados por países muçulmanos. É uma região
multiétnica e no Tigré, região norte, existe um embate com Amhara. Bora entender um pouco
desses choques e conflitos?
Guerra do Tigré
Após o fim da Guerra Civil Etíope em 1991, a Etiópia tornou-se um Estado de partido dominante
sob o governo da Frente Democrática Revolucionária do Povo Etíope (FDRPE), uma coalizão de
base étnica cujo membro fundador e mais influente foi a Frente de Libertação do Povo Tigré (FLPT),
liderada por Meles Zenawi como presidente e depois primeiro-ministro até sua morte em 2012.
Hailemariam Dessalegn, um Wolayta étnico do Movimento Democrático dos Povos do Sul da Etiópia
(MDPSE) tornou-se o primeiro-ministro.
A FLPT costumava fazer parte da coalizão governante da Etiópia até sua recusa em 2019 de se
Thaíso governo e a FLPT aumentaram nos meses
fundir no Partido da Prosperidade. As tensões entre
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antes da intervenção militar em Tigré. O primeiro-ministro Abiy Ahmed acusou as autoridades
HP15916305822995
regionais de Tigré de minar sua autoridade. Enquanto as autoridades tigrínias consideraram a
recusa em reconhecer a eleição de setembro de 2020 para o parlamento de Tigré (embora o
governo federal e o conselho eleitoral tenham adiado todas as eleições até o fim da pandemia de
COVID-19 na Etiópia) como a razão para o início do conflito. As relações calorosas entre Abiy
Ahmed e o presidente da Eritreia, Isaias Afwerki, visto como um inimigo em Tigré, também foram
consideradas como tendo alimentado a tensão.

Conflito armado
Em 4 de novembro de 2020, a Força de Defesa Nacional da Etiópia
lançou uma operação militar contra a Frente de Libertação do Povo Tigré
(FLPT) na região de Tigré. A operação foi lançada depois que Abiy Ahmed, o
primeiro-ministro da Etiópia, declarou que a Frente de Libertação do Povo
Tigré havia atacado uma base militar, embora as autoridades estatais de
Tigré tenham negado o lançamento do ataque, de acordo com um oficial
tigrínio.
Foi declarado um estado de emergência na região durante os seis
meses seguintes ao ataque. Os serviços de eletricidade, telefone e Internet
em Tigré foram encerrados pelas autoridades nacionais. No entanto, a
Administração Regional de Tigré ameaçou retaliar contra qualquer forma de
ataque, pois todos os aspectos de transporte, incluindo voos, foram
proibidos. Durante a investida, várias pessoas declararam terem sido
martirizadas, incluindo propriedades destruídas, enquanto outras ficaram
feridas.
54
ETIÓPIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Após o encerramento dos serviços de telefone e internet em Tigré, a Amnistia Internacional instou as autoridades
etíopes a restabelecer rapidamente as comunicações, de modo a respeitar o direito das pessoas à liberdade de
expressão.
No dia anterior ao ataque ao acampamento militar, o parlamento federal da Etiópia sugeriu designar a FLPT como uma
organização terrorista. Como a tensão continuou a crescer, um general nomeado pelo primeiro-ministro etíope Abiy
Ahmed, foi impedido pelos tigrínios de assumir seu posto militar.
Em 5 de novembro de 2020, Debretsion Gebremichael, administrador-chefe da região de Tigré, afirmou que as forças
tigrínias haviam apreendido a maioria das armas do quartel general do Comando Norte do Exército da Etiópia.
Debretsion também afirmou que o próprio Comando do Norte havia desertado para o lado dos tigrínios, embora
essa alegação fosse denunciada pelo governo etíope como "informação falsa", e que a Força Aérea da Etiópia estava
bombardeando áreas perto de Mek'ele, a capital de Tigré.
Em 6 de novembro de 2020, Ahmed revelou que seu governo havia lançado um ataque aéreo contra as forças da
região fortificada de Tigré em vários locais. De acordo com o anúncio de Ahmed, foguetes e outras armas foram
gravemente danificadas, impedindo as forças tigrínias de realizar uma resposta substancial. Em março de 2021, Michelle
Bachelet, a 7.ª chefe de direitos da ONU, pediu à Etiópia que permitisse a entrada de investigadores para conduzir uma
investigação em Tigré.
Bachelet afirmou que foi verificado vários "relatos de graves violações e abusos dos direitos humanos", incluindo
assassinatos em massa na cidade de Axum e em Dengelat, pelas forças armadas da Eritreia; e acrescentou que "se
tratava de violações graves do direito internacional, possivelmente correspondendo a crimes de guerra."

NOTÍCIAS DE
Fonte: Wikipedia

2021
Thaís
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55
SUDÃO DO SUL. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

SUDÃO DO SUL
10 anos de independência.
Em fevereiro de 2011, a população no Sudão – país localizado na região norte da África – foi às urnas para definir, em
referendo, a separação e emancipação da região na porção meridional do país. Com a aprovação de esmagadores
98,8% dos votantes, surgiu o até então mais novo país: o Sudão do Sul, tendo como capital a cidade de Juba.

Apesar das intensas celebrações Para a solução de um conflito armado que se arrastava por 12 anos – e
nas ruas, não tardou para que a também pela grande pressão internacional – foram estabelecidos acordos em
população percebesse que havia 2005 na cidade de Nairóbi, Quênia, onde se decidiu pelo referendo de 2011,
muito pouco para comemorar, pois o que culminou na separação.
novo país nascia com graves A diferença entre os dois territórios é latente tanto nos aspectos físicos
convulsões sociais e pesados quanto nas composições étnicas. O norte é majoritariamente composto por
desafios a enfrentar. regiões desérticas (salvo o vale por onde passa o Rio Nilo), com escassez de
Para piorar, os conflitos com os água e recursos Thaís
naturais, enquanto o sul possui uma maior quantidade de
vizinhos do norte foram retomados fms.thata@gmail.com
vegetação e pântanos. Além disso, o Sudão do Sul é basicamente composto
HP15916305822995
em função das indefinições no por povos cristãos e animistas, que não aceitavam a dominação política e
estabelecimento das fronteiras entre legislativa dos povos do norte, de maioria islâmica.
os dois países, que disputam Apesar dessas diferenças étnico-culturais, a razão para a existência dos
regiões ricas em petróleo. conflitos está plenamente centrada na disputa pelos recursos naturais,
Em resumo, pode-se dizer que principalmente o petróleo, produto do qual os dois países são dependentes.
uma guerra civil (até então, a mais Nesse quesito, observa-se uma interdependência na utilização desse recurso
longa em atividade na África), em natural que necessita de uma maior estabilidade política para se manter.
vez de acabar, foi apenas
transformada em um conflito CONDIÇÕES DE VIDA DA POPULAÇÃO DO SUDÃO DO SUL
internacional.
Em virtude da herança colonial e dos conflitos armados que se perpetuaram
Assim como a maior parte da
na região desde o término da colonização inglesa, a população do Sudão do Sul,
África, as fronteiras do Sudão foram
apesar de celebrar a independência recente do país, vem passando por grandes
definidas artificialmente pelas
dificuldades econômicas e sociais.
potências ocidentais durante o
Os dados são escassos, porém pouco animadores. Mais de 70% da
processo de implantação do
população é analfabeta, número que se eleva entre as mulheres. As taxas de
colonialismo.
mortalidade infantil também são elevadas e o número de mães que morrem
Assim, desde a independência
durante os partos é alto. Estima-se que aproximadamente 45% da população
do Sudão em relação ao Reino
não possua acesso a nenhuma fonte de água potável. A população sofre com a
Unido em 1956, o país vive em
falta de hospitais – que na maioria dos casos oferecem péssimas condições
profundas crises políticas, que
estruturais e de higiene – e com o baixo número de profissionais da saúde.
confluíram para uma série de
guerras civis.

56
SUDÃO DO SUL. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Para agravar a situação, a guerra e os constantes bombardeios – principalmente nas regiões de fronteira –
intensificam o número de mortos e refugiados, além de fazer com que o governo do sul invista quase 50% das
riquezas do país em armas em detrimento de investimentos em educação e saúde.
Os movimentos organizados pela população acusam o governo do Sudão de utilizar comida como “arma de
guerra”, cortando o seu fornecimento ou atacando organizações humanitárias, como os Médicos sem Fronteiras,
que fazem constantes anúncios sobre a situação calamitosa que predomina em boa parte dos dois países em
conflito.
Apesar de recentes acordos, bem como dos esforços da ONU e de alguns países vizinhos, como Nigéria e Angola,
as diferenças entre os dois países parecem estar longe do fim, bem como a crise socioeconômica e as condições
de miséria que assolam a maior parte dos habitantes.

CONFLITO DE DARFUR
Os conflitos de Darfur emergem como um elemento mais dramático nesse contexto. Eles arrastam-
se desde 2003 e ainda ocorrem nos dias atuais, com um saldo de milhares de mortos e milhões de
refugiados, embora os números alarmantes não gerem tanta atenção e debate no âmbito político
internacional. Segundo a Organização das Nações Unidas, mais de 300.000 pessoas já foram mortas e
mais de 2,7 milhões tiveram de abandonar suas áreas de origem, migrando principalmente para o
Chade, país vizinho a oeste.
As causas dos conflitos de Darfur estão nos desníveis regionais em termos de desenvolvimento social
e atuação do governo do Sudão. Sob a alegação de que o poder público sudanês abandonou
completamente as regiões do oeste, grupos armados de maioria não árabe ergueram-se e começaram a
atacar alvos do governo, que responde, desde então, pesadamente com ataques diretos e também com
o auxílio de milícias e organizações armadas, embora os órgãos oficiais do país neguem essa prática.

Os dois principais grupos que atuam em Darfur são o Movimento de Justiça e Igualdade (MJI) e o
Thaís
Exército de Libertação Sudanesa (ELS). Do outro lado, o governo, além de atacar com bombardeios
fms.thata@gmail.com
aéreos, também atua por meio de incentivos aos Janjaweed, uma milícia pertencente a um grupo
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étnico árabe e muçulmano localizado ao norte de Darfur, os Baggara.
Embora um acordo de paz tenha sido assinado no ano de 2006 (não aderido por todos os grupos
rebeldes), a escalada de violência foi retomada mais intensamente no ano de 2013, elevando novamente
o número de mortos e refugiados. Nesse meio-tempo, ocorreu, em 2011, a Independência do Sudão do
Sul por meio de um referendo, embora isso não tenha gerado qualquer tipo de trégua entre o Sudão e o
governo do novo território formado.

Atualmente, o mapa da região encontra-se assim estabelecido: a oeste, a região de Darfur, que
luta contra o governo com sede em Cartum, a capital do Sudão. Ao sul, o Sudão do Sul, que,
embora esteja em uma trégua temporária, mantém uma relação instável com o norte, sobretudo
pela disputa de fronteiras e pelo escoamento da produção de petróleo por gasodutos que passam
pelo território sudanês.
Pode-se dizer que a independência ocorrida no sul pode ter deixado o governo em Cartum ainda
mais fragilizado politicamente, o que tem elevado a motivação política dos grupos em Darfur por um
separatismo cada vez mais reivindicado.
Vale lembrar que essa posição não é uma unanimidade na região, uma vez que os grupos
étnicos muçulmanos não árabes da região sofrem certa resistência interna das etnias árabes.
Várias organizações humanitárias e também a ONU atuam na região no sentido de tentar
conter o conflito ou minimizar os seus danos aos Direitos Humanos. No entanto, a relação dessas
organizações com o governo não é muito amistosa, sobretudo pelas acusações frequentes de que
o governo vem praticando graves e sequenciais crimes de guerra.
Além disso, a ONU é frequentemente limitada pela atuação da China no Conselho de
Segurança, haja vista que o governo chinês possui vários acordos com o Sudão para a importação
de petróleo e minérios em geral. Esse contexto diminui ainda mais a esperança de paz para a
região.
Fonte: Brasil Escola.

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CANAIS. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

CANAL DE SUEZ
e seus desdobramentos
Em 2019 o estreito de Ormuz ganhou lugar nos jornais e em 2021 o Canal de Suez também
ganhou destaque.
Mas você sabe a diferença entre esses dois?
Antes de entender os episódios, vamos entender a diferença entre estreito e canal?

Estreito – Definição e exemplos


Estreitos são faixas de água que unem massas de água muito maiores, como oceanos e mares.
Os estreitos são naturalmente formados, sem intervenção humana, e o fluxo de água dentro deles
acontece em ambas as direções. Eles podem ou não ser navegáveis, dependendo de sua
profundidade.
Alguns exemplos famosos de estreitos são Estreito de Bósforo, Estreito de Gibraltar, Estreito de
Singapura, Estreito de Sunda, Estreito de Lombok e Estreito de Ormuz.

Thaís
Canal – Definição e exemplos fms.thata@gmail.com
Um canal é um corpo de água mais largoHP15916305822995
e profundo que divide duas massas de terra.
Canais podem surgir naturalmente, como o Canal da Mancha e o Canal de Moçambique, ou serem
construídos pelo homem, como no caso do Canal de Suez, Canal de Panamá e o Canal de Kiel.
Canais artificiais, também chamados de Canais de Navegação, geralmente são feitos escavando
caminhos de água menores até que sejam profundos os bastante para a passagem de
embarcações.
A criação de canais para facilitar e encurtar rotas comerciais é um procedimento antiquíssimo e sua
aplicação ocorre a quase 4 mil anos.

Afinal, qual a diferença entre os dois?


Apesar de ambos serem acidentes geográficos parecidos, existem algumas diferenças técnicas que
separam um canal de um estreito: estreitos são sempre formações naturais, enquanto canais podem
ser artificiais. Estreitos são mais curtos e rasos, enquanto canais podem ser muito mais largos e
profundos. Enquanto o estreito é necessariamente a conexão entre dois corpos de água distintos,
canais podem fazer conexões dentro de um mesmo corpo de água, como no caso do Canal de
Moçambique, que tem ambas as entradas no Oceano Índico. Para completar, o fluxo de água em
um canal pode ocorrer em apenas um sentido, dependendo do caso, mas o fluxo de água dentro de
um estreito sempre acontece em ambas as direções.

Fonte: CursoH

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CANAIS. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Por que o Estreito de Ormuz é importante e


tem impacto na gasolina que você compra?
NOTÍCIAS DE JUNHO 2019

Um acidente geográfico na costa do Irã é a maior arma do país em seus embates com os Estados Unidos.
O Estreito de Ormuz, canal que conecta o Golfo Pérsico e o Oceano Índico, é uma das principais rotas mundiais de
comércio. Mais de 30% da produção mundial de petróleo é escoada por ele.
Por isso, qualquer coisa que aconteça por ali reflete no preço da gasolina e na economia do mundo todo.
Em 2018, os Estados Unidos anunciaram a saída do acordo nuclear assinado com o Irã três anos antes e
determinaram a aplicação de novas sanções ao país do Oriente Médio. As medidas afetavam principalmente o setor
energético e bancário.
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, advertiu então que seu país poderia suspender o comércio pelo Estreito
de Ormuz. O canal é um ponto frequente de conflito e já provocou tensão na relação com os EUA em anos
anteriores.
E há uma deterioração nas relações entre os EUA e o Irã desde abril, quando os EUA acabaram com as isenções de
sanções, proibindo efetivamente todas as exportações de petróleo iranianas.
As receitas obtidas com a venda de petróleo são vitais para a economia do Irã. Desde as sanções dos EUA, as
exportações de petróleo caíram de 2,5 milhões de barris por dia para 800 mil.
O Irã ameaçou que, se as exportações de petróleo forem interrompidas, "nenhum barril" poderá passar pelo estreito.
O governo de Donald Trump enviou um grupo de porta-aviões e uma unidade de bombardeiros à região para
mostrar que os EUA retaliarão qualquer ataque.
Há o temor de que a escalada de tensão na região aumente.
Thaís
fms.thata@gmail.com
Fonte: BBC BRASIL HP15916305822995
A crescente tensão entre Irã e Estados Unidos no Estreito de Ormuz,
por onde é escoado quase um terço da produção global de petróleo,
trouxe para o centro da crise mais um país: o Reino Unido.

Forças de segurança iranianas apreenderam nesta sexta-feira (20) um petroleiro de bandeira britânica na região do
Golfo, ação classificada pelo ministro das Relações Exteriores britânico, Jeremy Hunt, como um caminho "perigoso",
"ilegal" e “desestabilizador".
O Irã, que teve um petroleiro detido por britânicos no início deste mês sob acusação de desrespeitar sanções europeias
ao envio de petróleo para a Síria, afirmou que houve "violação de regras marítimas internacionais" quando o petroleiro
colidiu com um barco de pesca local na região.
Apreendido em seguida à colisão pela Guarda Revolucionária Iraniana, o Stena Impero foi cercado por quatro navios
e um helicóptero antes de ser conduzido para águas iranianas.
Hunt defendeu que "a liberdade de navegação deve ser mantida" e alertou para "sérias consequências" se a situação
não for resolvida rapidamente. "Não estamos avaliando opções militares. Estamos buscando uma maneira diplomática
para resolver esta situação", disse Hunt, que fez menção no Twitter à detenção do petroleiro iraniano por forças
britânicas no início do mês.
Outro petroleiro - de bandeira libanesa e propriedade britânica- , o MV Mesdar, também foi abordado por guardas
armados, mas foi libertado ainda na sexta.
Os proprietários do Stena Impero disseram ter cumprido todos os regulamentos, além de estarem em águas
internacionais quando foram abordados.
Segundo eles, não há feridos entre os 23 tripulantes, que são indianos, russos, letões e filipinos.
O governo britânico alertou embarcações do país a se manterem afastadas da região.
O que antecedeu esse acirramento?
Os últimos acontecimentos ocorrem em meio à deterioração das relações entre Irã, Estados Unidos e Reino Unido.
59
CANAIS. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

As tensões aumentaram drasticamente desde abril, quando Washington endureceu as sanções que havia
imposto a Teerã após a retirada unilateral do acordo nuclear de 2015.
As receitas obtidas com a venda de petróleo são vitais para a economia do Irã, e desde a volta dos embargos, as
exportações iranianas do recurso caíram de 2,5 milhões de barris por dia para 800 mil.
No mês seguinte, os americanos culparam os iranianos por ataques a navios-tanque nessa importante área de
navegação do mundo. O Irã nega todas as acusações, e fala em violação de seu território e de regras marítimas
internacionais.
Em junho, um drone americano foi derrubado na região por forças de segurança iranianas, e o caso quase levou
a uma retaliação militar dos EUA. As duas partes divergem se a aeronave estava ou não em espaço aéreo do Irã.
Nesta sexta-feira, foi a vez dos americanos abaterem um drone iraniano no Golfo.
O governo britânico e outras potências europeias tentam manter de pé por vias diplomáticas o acordo nuclear
abandonado pelos EUA e gradativamente interrompido pelo Irã, que restringe as atividades nucleares iranianas em
troca do relaxamento das sanções econômicas.
O embaixador do Irã nas Nações Unidas (ONU), Majid Takht-Ravanchi, afirmou que seu país continuará a
exceder os limites permitidos para o enriquecimento de urânio, a menos que a Europa apresente alguma forma de
compensar as perdas econômicas provocadas pelas sanções americanas.
Em julho, o Reino Unido acabou envolvido diretamente na crise EUA-Irã quando militares britânicos ajudaram a
apreender o petroleiro iraniano Grace 1 em Gibraltar, território britânico na península Ibérica reivindicado pela
Espanha.
A suspeita é que os barris de petróleo estavam sendo transportados para a Síria, o que seria uma violação das
sanções europeias contra o regime de Bashar al Assad. O Irã fala em pirataria e acusações infundadas.

Por que a tensão no Estreito de Ormuz pode fazer disparar o preço do petróleo:
Thaís
O Golfo de Omã fica em uma das extremidades do estratégico Estreito de Ormuz, canal que conecta o Golfo
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Pérsico e o Oceano Índico. HP15916305822995
Em seu ponto mais apertado, o canal mede cerca de 33 quilômetros de largura. Mas, na realidade, a largura das
rotas de navegação, por onde passam as embarcações, é de apenas três quilômetros, em qualquer direção.
Mais de 30% da produção mundial de petróleo é escoada pelo estreito, e qualquer evento ali se reflete no preço da
gasolina e na economia do mundo todo.
A importância do Estreito de Ormuz é óbvia, segundo Rockford Weitz, diretor de Estudos Marítimos da
Universidade de Tufts, em Massachusetts, nos Estados Unidos. Ele desempenha um papel central no escoamento de
um terço do petróleo consumido diariamente no mundo, e o eventual fechamento do canal poderia fazer os preços do
barril de petróleo subirem entre US$ 150 e US$ 200, mas seu impacto não se restringiria a isso.
"Além dos fluxos de petróleo, também interromperia as importações marítimas nos países do Golfo, incluindo seus
principais portos, como Dubai. Dado que mais de 90% do comércio mundial é feito por via marítima, acabaria
resultando em escassez de oferta nos países do Golfo - e, portanto, no aumento dos preços de produtos importados",
opina Weitz.
"Se o Irã fechar o estreito, independentemente de por quanto tempo, terá um impacto enorme no mercado energético
mundial, assim como nas economias dos estados do Golfo, que poderiam sofrer inclusive instabilidade política no
longo prazo", avalia Baffa.
Para evitar um bloqueio dessa natureza, a Marinha americana reativou, em 1995, sua Quinta Frota para vigiar as
águas do Golfo Pérsico.
Fonte: BBC BRASIL

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CANAIS. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Navio encalhado no Canal de


Suez: por que incidente pode
piorar crise econômica global

O Canal de Suez, no Egito, é uma das principais travessias marítimas do mundo para o
transporte de mercadorias e matérias-primas.
No dia 23 de março de 2021, a passagem pelo canal foi bloqueada pelo cargueiro Ever Given,
que encalhou devido a uma falha técnica e gera preocupação em todo mundo por bloquear a
passagem dos demais navios.
"Se o Canal de Suez permanecer bloqueado por mais 3 ou 5 dias, isso começará a ter ramificações
globais muito sérias", disse Niels Madsen, vice-presidente de produtos e operações da consultoria
dinamarquesa Sea-Intelligence, à agência Reuters.

Mas por que isso é importante para o comércio em todo o mundo, incluindo o Brasil?

1. Um elo crucial para unir Oriente e Ocidente


O Canal de Suez é um canal navegável de 193 quilômetros localizado no Egito que conecta o
Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Thaís
fms.thata@gmail.com
Inaugurada em 1869, é uma das principais artérias econômicas do mundo, já que por ela passa
HP15916305822995
mais de 12% do comércio mundial, segundo dados da Autoridade do Canal de Suez.
Seu valor está no fato de oferecer aos navios de carga uma rota entre a Ásia, o Oriente Médio e a
Europa sem ter que contornar o Cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África.
Isso permite que os navios economizem quase 9 mil quilômetros em cada sentido, reduzindo a
distância em 43%, segundo dados do World Maritime Transport Council (WSC), instituição que
representa as principais empresas de transporte marítimo de carga.

2. Um valor diário de mais de R$ 50 bilhões


A fila de navios que esperam para cruzar o canal na quarta-feira inclui
mais de 40 navios de carga, transportando alimentos básicos, desde grãos e
cereais até os chamados produtos "secos" como cimento, e 24 navios-
tanque, de acordo com dados da consultoria Lloyd's List Intelligence.
Havia também oito navios transportando gado e um caminhão-pipa, de
acordo com a Bloomberg.
O Canal de Suez é um dos chamados "pontos de estrangulamento" do
planeta, conforme definido pela Agência de Energia dos Estados Unidos
(EIA, por sua sigla em inglês), "essencial para a segurança energética
global" e no abastecimento de matérias-primas e mercadorias.
Na verdade, quase 19 mil navios passam pelo canal a cada ano,
transportando milhões de toneladas de mercadorias.

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CANAIS. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

A Lloyd's List estima que o valor diário dos contêineres que transitam pelo canal é de US$ 9,5
bilhões (mais de R$ 53 bilhões), dos quais cerca de US$ 5 bilhões (R$ 28,2 bi) vão para o oeste e
outros US$ 4,5 bilhões (R$ 25.4 bi) para o leste.
3. Vital para cadeias de abastecimento
O canal é vital para as cadeias de suprimentos em todo o mundo, dizem os analistas, portanto,
bloqueá-lo pode ter consequências significativas.
O primeiro problema pode ser encontrado no congestionamento dos portos, diz Lars Jensen,
analista da consultoria Sea Intelligence.
"Se partirmos do pressuposto de que os navios estão cheios [...], isso significa [que são] 55 mil
TEU (contêineres) por dia de carga da Ásia para a Europa [via canal]. A previsão atual é de que o
canal demorará cerca de dois dias para desobstruir, o que acarretará no atraso de 110 mil TEU de
carga, o que provocará um pico de carregamento nos principais portos da Europa", explica o
consultor, em análise que publicou sobre o assunto.
"Em outras palavras, isso aumenta o risco de que veremos congestionamentos nos portos
europeus dentro de uma semana", prevê.
Em que isso pode significar? Que o fornecimento de "basicamente tudo o que se vê nas lojas"
pode ser "afetado", disse o consultor à rede NBC.

Thaís
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4. Impacto nos preços do petróleo e outras commodities
Na opinião de Salvatore R. Mercogliano, especialista em assuntos marítimos e professor de história da Universidade
Campbell, da Carolina do Norte (EUA), o bloqueio pode ter "enormes ramificações para o comércio mundial".
"A cada dia que fecha o canal, os navios porta-contêineres e petroleiros não entregam alimentos, combustíveis e produtos
manufaturados para a Europa e nenhuma mercadoria é exportada da Europa para o Extremo Oriente".

O Canal de Suez é "particularmente importante como meio de transporte de petróleo e gás natural liquefeito, permitindo
que remessas cheguem do Oriente Médio à Europa", diz Theo Leggett, correspondente de negócios da BBC.
Na verdade, 5.163 petroleiros passaram pelo canal no ano passado, de acordo com dados oficiais do canal,
movimentando quase dois milhões de barris de petróleo por dia, estima o Lloyd's List Intelligence.
De acordo com os dados da EIA, os fluxos totais de petróleo através do Canal de Suez e do oleoduto SUMED (construído
no próprio Golfo de Suez) representaram cerca de 9% do petróleo mundial total comercializado por mar e 8% do gás
natural liquefeito.
Devido à sua importância e às incertezas geradas, os preços mundiais do petróleo subiram mais de 6% na quarta-feira
após a suspensão do tráfego no canal, embora tenham caído ligeiramente novamente na quinta-feira.
Os mercados, portanto, ainda aguardam o desenvolvimento dos eventos:
"Obviamente, quanto mais tempo durar essa interrupção, mais provável será que os refinadores e compradores tenham de
recorrer ao mercado à vista para garantir o abastecimento de outro lugar", diz o departamento de estudos do banco ING.
O tempo será a chave para medir o impacto ao longo do tempo, de acordo com analistas.
"O efeito provavelmente será fraco e transitório. Mas se o bloqueio durar mais do que alguns dias, isso pode impactar no
preço e de forma mais duradoura", diz Bjornar Tonhaugen, da Rystad gabinete, para a agência AFP.
E o resto dos produtos e mercadorias?

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CANAIS. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

São milhões de dólares em commodities nos outros navios e, se o canal não for desobstruído rapidamente,
eles buscarão outras rotas, o que significa mais tempo, mais combustível e mais custos que podem ser repassados
aos consumidores", disse Ian Woods, advogado de comércio marítimo da firma londrina Clyde & Co, em entrevista
para a NBC.
Enquanto analistas e mercados observam ansiosamente a resolução do incidente, há vozes que já alertam para as
lições que podem ser extraídas dele.
"É um cenário de pesadelo", disse Leggett, da BBC.
"O incidente mostrou o que pode dar errado quando a nova geração de grandes navios, como o Ever Given,
tem que passar por estreitos canais", observa ele.
Embora algumas partes do canal tenham sido expandidas como parte de um grande programa de modernização
em meados da última década, "continua difícil de navegar", diz ele, e podem ocorrer acidentes no futuro com
consequências ainda mais graves.
Fonte: BBC Brasil

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CANAIS. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Canal de Suez: 7 números para


entender o tamanho da crise após
navio encalhado

Um enorme navio com contêineres que estava preso no Canal de Suez desde 23 de março de
2021 foi finalmente liberado.
Conheça a seguir alguns números-chave que ajudam a entender por que o bloqueio causou tanta
dor de cabeça para a indústria de navegação mundial.

1. O navio
O Ever Given é um dos maiores navios porta-contêineres do mundo. Tem 400 metros de
comprimento e pesa 219 mil toneladas.
O navio pode transportar até 20 mil contêineres. No momento do acidente, levava pouco mais de 18
mil.
O cargueiro foi construído em 2018 e é operado pela empresa de transporte taiwanesa Evergreen
Marine.
2. A importância do canal
O bloqueio do Canal de Suez não afeta apenasThaísa indústria de transporte marítimo global, mas
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inúmeros outros negócios e até mesmo economias nacionais.
HP15916305822995
Cerca de 12% do comércio global, aproximadamente 1 milhão de barris de petróleo e em torno de
8% do gás natural liquefeito passam pelo canal todos os dias.
Antes da pandemia, o comércio pelo Canal de Suez contribuía com 2% do Produto Interno Bruto
(PIB) do Egito, de acordo com a agência Moody's.

2. O clima no momento do acidente


O Ever Given encalhou depois de alojar-se lateralmente ao longo do rio.
No início, uma rajada de vento foi considerada a culpada. A velocidade do
vento na época foi registrada em 40 nós.
Mas a Autoridade do Canal de Suez (ACS) disse a repórteres que essa não
foi a única razão para o navio encalhar. Uma investigação seria necessária
para determinar se ocorreram erros técnicos ou humanos.
3. O congestionamento de navios
O episódio criou um engarrafamento de navios no Canal de Suez. No
domingo, véspera da liberação, havia 369 embarcações presas no
congestionamento, esperando por solução em ambos os lados do bloqueio.

64
CANAIS. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

4. A rota alternativa
Alguns navios foram redirecionados, para evitar o bloqueio do Canal de Suez. Isso
adiciona cerca de 6,5 mil km e oito dias ao total da viagem
5. Os esforços para desencalhar o Ever Given
No fim de semana, 14 rebocadores puxaram e empurraram o Ever Given na maré alta
para tentar desencalhá-lo e foram capazes de mover o navio "30 graus da esquerda para a
direita".
Então, na manhã de segunda-feira, após vários relatos de que o navio havia voltado a
flutuar parcialmente, a ACS emitiu um comunicado dizendo que o Ever Given havia sido
"refloteado com sucesso".
O ACS informou que as manobras continuariam para permitir "a restauração total da direção
da embarcação para que fique posicionada no meio da hidrovia navegável".
Então, depois de algumas horas, o Ever Given foi finalmente liberado por completo.
6. A fila de espera
Deve levar algum tempo para zerar o acúmulo de navios que esperam para usar o canal.
Richard Mead, editor-chefe do jornal de navegação Lloyd's List, disse à BBC: "Há cerca de
450 navios ainda esperando para transitar pelo canal. Será um processo demorado".

Thaís
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7. O custo do bloqueio
Os verdadeiros danos e custos são difíceis de avaliar até que o navio seja
totalmente liberado e o comércio reiniciado. Mas algumas estimativas já têm
sido divulgadas.
O presidente da ACS, Osama Rabie, disse que o prejuízo era de US$ 14
milhões a US$ 15 milhões (R$ 80 milhões a 86 milhões) por dia de bloqueio.
Por sua vez, dados da Lloyd's List indicam que o navio encalhado estava
segurando cerca de US$ 9,6 bilhões em comércio ao longo da hidrovia a cada
dia.
Isso equivale a US$ 400 milhões e 3,3 milhões de toneladas de carga por
hora, ou US$ 6,7 milhões por minuto.
A seguradora alemã Allianz disse que o bloqueio poderia custar ao comércio
global entre US$ 6 bilhões a US$ 10 bilhões por semana e reduzir o
crescimento anual do comércio em 0,2 a 0,4 pontos percentuais.

Fonte: BBC BRASIL

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NOVA ROTA DO ÁRTICO. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

NOVA ROTA DO
Ártico
O derretimento das calotas polares é uma consequencia do aquecimento global e uma constatação dos efeitos negativos
da ação humana sobre o planeta. Vamos entender todas as questões que envolvem esse rolê?

Entendendo o contexto..
Então, rola a maior disputa entre Rússia, Estados Unidos, Canadá,
A Rússia busca uma saída de
Dinamarca e Noruega.
águas permanentemente quentes
De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar,
desde o início da corrida imperialista
que delimita a exploração marítima, determina é que todo país tem o direito de
do século XIX, com o crescimento
controlar até 200 milhas de distância de sua costa – equivalente a 370
do comércio, essa necessidade
quilômetros. E Thaís
aí a Rússia alega que a cordilheira de Lomonosov, que se
aumentou cada vez mais e parece fms.thata@gmail.com
estende por baixo do oceano Ártico ocupando quase metade do círculo polar,
que agora existe uma alteração. HP15916305822995
tem início na plataforma continental asiática. Ou seja, da Rússia. A alegação é
Porém, ela vem carregada do
antiga – a diferença, agora, é que o russos têm um extenso relatório composto
desastre ecológico do derretimento
por uma expedição a bordo de um submarino nuclear, os órgãos precisam
das geleiras do Ártico.
ratificar o processo.
Essa região é bastante disputada
O primeiro é a ONU, responsável por moderar quaisquer dúvidas a respeito
há um tempo, principalmente pelo
da Lei do Mar. O segundo é o Conselho Ártico. Nele, além dos russos, estão
interesse em explorar petróleo e
também Canadá, EUA, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia – os
rotas mais curtas. E diferente da
8 que têm territórios para além do círculo. E isso é um problema. Embora não
Antártida, que é protegida por um
haja provas científicas, a cordilheira de Lomonosov provavelmente faz parte
tratado, o Ártico ainda não tem uma
também da plataforma continental americana – e, seguindo o raciocínio russo,
convenção de defesa.
os canadenses poderiam requerer para si a mesma metade do pólo. Aliás, eles
já fizeram um requerimento não tão ambicioso, mas ainda assim grande. Como
o fizeram também Noruega e Dinamarca e como pretende fazer, segundo o
Washington Post, os próprios EUA, tão logo ratifiquem o tratado.

66
NOVA ROTA DO ÁRTICO. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

A depender de onde se sai do Ártico, no verão a navegação já é realidade.

A Rota Marítima do Norte, que passa ao longo do litoral setentrional russo, conectando
o Atlântico ao Pacífico, é um dos lugares mais inóspitos e inacessíveis do planeta localizado
no Extremo Norte da Rússia e banhado pelo oceano Glacial Ártico, que banha
aproximadamente 60% dos mais de 37,6 mil quilômetros do litoral russo. A região possui
uma das maiores reservas de hidrocarbonetos do mundo.
Os principais clientes desta rota seriam China, em primeiro lugar, e também Japão e
Coreia do Sul, porque transportar mercadorias até os portos dos países do Sudeste Asiático
já não seria rentável devido à longa distância a ser percorrida.
A rota marítima no Ártico russo é cada vez mais praticável, isso graças às mudanças
climáticas.
A mudança climática, que resulta no degelo da região durante o verão, está tornando o
projeto de uma nova possibilidade de atividades na região cada vez mais viável.
De acordo com o relatório da agência meteorológica russa Rosgidromet, a área de gelo na
região é cinco a sete vezes menor, em comparação com a década de 1980.

Thaís
fms.thata@gmail.com
HP15916305822995

Além disso, em 2020 a área de cobertura de gelo em setembro atingiu um


recorde de redução, limitando-se a 26 mil quilômetros quadrados.
Em 2020, a Rússia registrou temperaturas anuais recorde, resultando no declínio
histórico do gelo no período de verão na Rota Marítima do Norte.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem feito da exploração do Ártico uma
prioridade estratégica, defendendo a criação de uma via marítima ao longo da costa
norte para conectar a Europa à Ásia e competir com o Canal de Suez, que recebe
cerca de 10% do fluxo marítimo global.
Em 2011, o governo russo anunciou que investiria 3,4 bilhões de euros (R$
22,4 bilhões) nos próximos dez anos em todo o sistema de transporte russo para
reformar os portos de Murmansk, situado na parte europeia da Rússia, e no Extremo
Oriente os da península de Kamchatka, além de construir 10 centros de emergência
com serviços de meteorologia e salvamento na região.
Após ter lançado a rota em 2011, a Rússia iniciou a construção de navios
quebra-gelo e portos de abastecimento, centros de coordenação de operações de
salvamento e bases militares na costa norte.

67
NOVA ROTA DO ÁRTICO. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

A rota mostra um sensível aumento no fluxo de navios nos meses de verão, contudo,
há necessidade de melhorias na gestão e logística dos percursos para que haja um
transporte mais seguro e eficiente no norte, englobando o acesso a observações sinóticas
do tempo meteorológico, do gelo marinho e das condições oceânicas, um sistema eficaz de
busca e salvamento e auxílio de navios quebra-gelo, tripulações em constante treinamento
para operar na região polar, além da necessidade de um sistema de tráfego de
embarcações e um sistema integrado de governança e regulamentação baseado na
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Fonte: Sputinik Explica

Thaís
fms.thata@gmail.com
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TRUMP QUERIA COMPRAR A GROENLÂNDIA?
Trump teria mostrado pela primeira vez interesse em comprar a Groenlândia, de acordo com The New York Times,
em uma reunião no Salão Oval no primeiro semestre do ano passado. Depois disso, a ideia teria sido mencionada várias
vezes, em perguntas a seus assessores sobre a possibilidade legal de fazer a compra.
Estes, de acordo com o Times, teriam evitando transmitir seu ceticismo ao chefe e, em vez disso, concordaram em
investigar a viabilidade da operação. De uma perspectiva histórica, a ideia de Trump não é de todo insólita nem mesmo
inteiramente disparatada em termos legais.
Existem precedentes para a compra e venda de territórios na história do país: em 1803, os Estados Unidos compraram a
Louisiana da França por 15 milhões de dólares (em valores da época) e, 64 anos depois, compraram o Alasca da Rússia
por 7,2 milhões de dólares.
Há até uma relação comercial prévia, e não tão antiga, com o potencial vendedor: já no século XX, em 17 de janeiro
de 1917, os Estados Unidos compraram da Dinamarca o território das Índias Ocidentais por 25 milhões de dólares,
transformando-o no que hoje são as Ilhas Virgens Americanas. E Trump não é o primeiro presidente que está de olho na
Groenlândia, nem o que foi mais longe: Harry S. Truman chegou a oferecer à Dinamarca 100 milhões de dólares pela
ilha em 1946.
Fonte: El País

68
NOVA ROTA DA SEDA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

NOVA ROTA DA
Seda
A Rota da Seda foi uma importantíssima rede de circulação comercial estabelecida pelo Império Chinês e ampliada
consideravelmente pelas conquistas mongóis, que data ainda da Idade Antiga. Essa rede de caminhos eram
interconectados através do sul da Ásia e eram usadas no comércio da seda entre o Oriente e a Europa.
Essa rotas não foram importantes somente para o crescimento e desenvolvimento de regiões e de grandes civilizações
como o Egito Antigo, a Mesopotâmia, a China, a Pérsia a Índia e Roma, elas foram importantes também para
fundamentar o início do mundo moderno.
E agora a China quer retoma-lá para aumentar sua influência no mundo, expandir-se na Ásia e se transformar na nova
potência dominante.

Entenda o contexto: A previsão é que diversas cidades chinesas se transformem em centros


Esse é um projeto ambicioso do logísticos de transporte na nova rota. Nas imediações de Xian, por exemplo,
presidente Xi Jinping o qual visa haverá uma zona de livre comércio e desenvolvimento tecnológico – Xixian.
restabelecer conexões. Com o plano, o Governo chinês pretende desenvolver as províncias do
Lançada em 2013, a China já oeste do país, mais pobres que as da costa, e criar novos mercados nos
concedeu centena de milhares de países da Ásia Central, tradicionalmente dominados pela Rússia. Por outro
Thaís
dólares em subsídios e empréstimos lado, fms.thata@gmail.com
também almeja aproveitar parte do excesso de capacidade que
para a construção de gasodutos, apresenta em setores como o aço, permitindo que suas empresas de
HP15916305822995
portos, ferrovias e aeroportos em infraestrutura obtenham, no exterior, contratos que já não conseguem no
mais de 130 países na África, Ásia e saturado mercado interno.
América Latina. Mas a razão de ser do projeto não é totalmente econômica. Segundo Tom
Muitos questionam a Miller, da empresa de consultoria Gavekal Economics e autor do livro China’s
grandiosidade do projeto: Asian Dream (o sonho asiático da China), “é difícil encontrar projetos sólidos”
a cúpula dirigente de Pequim na Ásia quanto à transparência e à viabilidade. Pequim é consciente de que
nunca esteve em consenso. parte – uma parte provavelmente importante – dos investimentos será a fundo
há críticas do ocidente, perdido. Miller calcula que a China poderia perder 80% dos investimentos no
principalmente dos Estados Paquistão, 50% em Myanmar e 30% na Ásia Central.
Unidos, já que a China quer Os trens de longa distância que saem carregados do território chinês
despontar ainda mais como a retornam semivazios: sua relação demora-preço ainda está em desvantagem
principal potência e influência frente ao barco.
mundial.
MAIS INFLUÊNCIA
Para a China, o projeto também tem uma importância geoestratégica.
Permitiria realizar o desejo de abrir uma saída para a África, Europa e Oriente
Médio que não passe pelo congestionado estreito de Malaca nem por um
possível conflito no Mar do Sul da China.
Outro fator da equação é o desejo de Xi Jinping de transformar a China num
ator de importância no cenário global. O lema “O Sonho Chinês”, um dos
favoritos do presidente, inclui resgatar sua percebida grandeza de outros
séculos, ser na Ásia o que os Estados Unidos são no Ocidente. A China deve
estar ao menos no mesmo nível.
Fonte: El País Brasil

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NOVA ROTA DA SEDA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

A NOVA ROTA DA SEDA E A PANDEMIA DO COVID-19

Em 2020, vários países pobres como Paquistão, Sri Lanka e alguns países africanos solicitaram perdão ou
adiamento de suas dívidas, o que acarreta enorme pressão no sistema econômico chinês.
Além da viabilidade de alguns de seus projetos, a segurança de muitos países beneficiários também suscita
dúvidas. Uma forte presença de empresas, trabalhadores e capital chinês pode criar ressentimento nas pulações
locais. Em janeiro, os protestos no Sri Lanka contra o porto de Hambantota, de construção chinesa, acabaram em
violência.
A pandemia, por outro lado, pode também oferecer novas oportunidades à China para implementar outras
iniciativas incorporadas à Nova Rota da Seda: a Rota da Seda da Saúde e a Rota da Seda Digital.
Ambas foram integradas ao projeto em 2017, e desde então a China tem construído a infraestrutura de
telecomunicações, hospitais e instalações sanitárias numa perspectiva de maior conectividade sanitária e digital
pan-euroasiática. Há também formação médica e envio de equipes aos países membros dessa iniciativa.
Fonte: BBC Brasil.

Thaís
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Bom, meus amores... como fofoca geopolítica é bobagem, vocês sabiam que a China tem uma
ativa repressão contra muçulmanos?
São habitantes da região autônoma de Xinjiang são muçulmanos sunitas com pretensões
separatistas.
Essa região está na Nova Rota da Seda.
é uma região desértica e rica em minérios
Importantíssima no cenário atual do desenvolvimento chinês no contexto atual de globalização.
NÃO DEIXE DE LER ESSA REPORTAGEM!
ps.: esse assunto FREXXXQUINHO sobre os uigures quem abordou foi a linda da Lulu
(@bixomed_) <3

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10 ANOS DE FUKUSHIMA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

10 ANOS DO DESASTRE NUCLEAR DE FUKUSHIMA


ENTENDA O QUE ACONTECEU E AS CONSEQUÊNCIAS DESSE ACIDENTE.

Thaís
fms.thata@gmail.com
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JAPÃO E ENERGIA O QUE ACONTECEU HÁ 10 ANOS


TERMO NUCLEAR
MATÉRIA DO JORNAL O GLOBO
O Japão usa energia nuclear por Dez anos após o desastre que marcou a região de Tohoku, no
possuir poucas reservas nordeste do Japão, mais de 30 mil pessoas ainda não conseguiram
voltar para suas casas na província de Fukushima, devido aos riscos da
energéticas de combustíveis
radiação. Três províncias foram duramente atingidas pelos desastres
fósseis, exceto o carvão, e precisar naturais de 2011 (um terremoto e um tsunami de proporções históricas):
muito de energia. Fukushima, Iwate e Miyagi.
Uma década depois da tríplice tragédia, Fukushima enfrenta diversos
Por ser um pais rico, populoso e
impasses: o destino da água e da terra contaminadas pela radiação, o
extremamente moderno, necessita futuro de milhares de desabrigados e o desfecho para famílias com
de uma demanda alta de energia. pessoas desaparecidas até hoje.
O acidente nuclear japonês foi o Mais de 2,5 mil pessoas são consideradas desaparecidas na província.
Um ponto final também é o que esperam os evacuados desde 2011. O
mais sério desde Chernobyl.
colapso da usina provocou o vazamento de material radioativo por
A área atingida fica no nordeste do diversas cidades, o que deixou milhares de desabrigados “oficiais” e
Japão e é uma região mais pobre e “não-oficiais”. Os oficiais são que os que foram ordenados a deixar suas
casas às pressas após a catástrofe: mais de 160 mil pessoas foram
bastante povoada por idosos.
evacuadas, de acordo com dados de 2012, no primeiro levantamento
feito pela província. 71
10 ANOS DE FUKUSHIMA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Os não-oficiais são os que decidiram fugir por conta própria antes da ordem das autoridades, movidos
pelo medo da radiação.
Ao longo da década, autoridades foram liberando algumas áreas para retorno dos antigos moradores. Mas, de
acordo com os dados do governo de Fukushima de dezembro de 2020, ainda há mais de 36 mil pessoas
vivendo na condição de evacuados – ou, como ativistas preferem designar, “refugiados nucleares”.
Isso quer dizer que até hoje milhares de japoneses vivem um tipo de limbo físico e jurídico, pois as áreas
onde moravam ainda não foram liberadas e não se sabe se um dia serão. Aqueles que deixaram seus lares
sem ordens expressas de evacuação muitas vezes são invisíveis às políticas de reconstrução, como a
possibilidade de reivindicar indenizações financeiras.
O primeiro-ministro visitou a província de Fukushima em março. Suga passou por cidades como Okuma e
Futaba, onde fica a usina nuclear de Fukushima, e depois se reuniu com moradores para conversar sobre os
esforços de reconstrução em curso. Na opinião do premiê, todos os moradores que tiveram de deixar suas
casas por conta do acidente nuclear de 2011 vão poder retornar “um dia”.

Thaís
fms.thata@gmail.com
HP15916305822995

RELEMBRE:
A energia termonuclear é produtiva independente do clima, porém
acarreta desvantagens como os resíduos nucleares de difícil
armazenamento e riscos de acidente, por isso é sempre importante que as
usinas fiquem perto de corpos hídricos como rios ou mares.

Não esqueça de revisar as usinas nucleares brasileiras!

ANOTAÇÕES:

72
HAITI. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

HAITI E SUA
instabilidade política!
O Haiti hoje ocupa uma triste posição, é o país mais pobre das Américas e passa por uma instabilidade política desde
sua independência. País tem um histórico de violência política, mas situação se agravou no fim do ano passado, em meio
a desavenças sobre quando Moïse deveria deixar o poder
Vamos entender todo esse contexto desse imbróglio?
Comecando pela Revolução Haitiana..

Entendendo o contexto.. Desde então o Haiti sofre com guerras civis e tiranias que se abatem sobre a
Essa região pertencia a Espanha população que sofre com a pobreza.
mas foi passada para a França num O país já passou por várias intervenções internacionais, entre elas de sua ex-
acordo, e a partir dai se tornou uma metrópole França.
das colônias mais prosperas do Invasão americana de 1915 a 1934 que só é retirada pela política da boa
mundo, conhecida como pérola das vizinhança implementada por Franklin Roosevelt
Antilhas. Em 1957 começa a Ditadura Duvalier que durou 1986, um regime altamente
As Ilhas das Antilhas separam o mar autoritário. O que é algo extremamente maluco de se pensar, afinal o Papa
do Caribe do restante do oceano Doc, como era conhecido, veio de origem humilde, se formou em medicina e
atlântico. exercia Thaís
A revolução haitiana aconteceu por fms.thata@gmail.com
a profissão de modo próximo as camadas mais carentes da população. Mas ai
uma soma de fatores, principalmente HP15916305822995
é que entra o pulo do gato... Ele até se tornou ministro da saúde mas não ficou
pela violência e exploração praticada no cargo, foi exilado por 7 anos e quando retornou ao Haiti, entoava um
pelos franceses. O sistema escravista discurso populista contra a elite e conquistou o apoio conquistando a
em São Domingo era extremamente presidência.. e ai, meus amores.. Papa Doc se apaixonou pelo poder e a
violento e já causava revolta há muito ditadura sanguinária descia o cacete em quem fosse opositor.
tempo. "Os 14 anos de autoritarismo serviram para o tirano estabelecer alianças
Inspirado pela revolução francesa, os leiais, uma delas com a Milícia de Voluntários da Segurança Nacional,
escravizados se rebelaram. conhecidos como Tonton Macoute — nome que faz alusão a figura do bicho
Napoleão enviou tropas para reprimir papão. A força paramilitar haitiana, que se inspirava no fascismo, aniquilou,
as revoltas mas nao obteve sucesso. perseguiu, caçou e prendeu centenas de jornalistas e civis que eram contra os
O Haiti recebeu esse nome em pensamentos do déspota.
homenagem aos indígenas O ditador institui uma taxa obrigatória que deveria ser paga por toda
autóctones da região. população, sem exceções. A contribuição seria destinada a construção da
Foi o único país das Américas a Duvalierville, a cidade de Duvalier. Mas o montante jamais foi empregado no
conseguir sua independência a partir país, seu destino final foram as contas do líder em bancos no Haiti e na Suíça."
de uma revolta, e inspirou a Fonte: Aventuras na História.
conjuração baiana em 1798 O governo do Papa Doc só teve fim porque ele morreu, quem assumiu seu
Com a rebelião, os escravos lugar foi seu filho Baby Doc, que manteve o regime autoritário por mais 12
passaram a organizar-se e a lutar anos.“Baby Doc” foi deposto por um movimento popular em 1986, e eleições
contra as tropas francesas que diretas ocorreram quatro anos depois, com a primeira vitória do sacerdote Jean
estavam instaladas na região. A força Bertrand Aristide.
do movimento em São Domingos e Mas o período democrática teve curta duração – em 1991 Aristide foi
os desdobramentos da Revolução derrubado por um golpe militar, exilou-se e só voltou três anos depois, quando
Francesa resultaram na abolição da os Estados Unidos enviaram 20 mil soldados para intervir no país.
escravidão em todas as colônias Aristide voltou a ser eleito presidente em 2000 e no ano seguinte sobreviveu a
francesas, incluindo São Domingos uma tentativa de golpe que deixou 13 mortos.
em 1794. Mas os últimos dois anos foram marcadas por crescentes distúrbios, com
muitos críticos acusando Aristide de utilizar práticas pouco democráticas para
se manter no poder. 73
HAITI. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Haiti: com quase 20 governos em 35 anos, país tem


sucessão incerta após assassinato de presidente.
O assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, pode colocar o país mais pobre do Ocidente
em uma nova espiral de instabilidade e caos, em meio a incertezas sobre quem o sucederá.
Moïse foi morto a tiros na residência oficial durante a madrugada, segundo informou o premiê
interino Claude Joseph, que decretou estado de emergência no país de 11 milhões de habitantes e
se disse no comando.
Mas, em um país cada vez mais polarizado, com pobreza latente e vivendo há meses sob o aumento
da violência de gangues na capital Porto Príncipe, cresce o medo de que se avizinhe mais um
período grave de crises.
Não está claro como ficará o governo com a morte do presidente. Ele havia recém-nomeado um
novo premiê, Ariel Henry, que não chegou a tomar posse oficialmente.
O chefe da Corte Suprema do Haiti, que também seria um possível sucessor sob as regras da
Constituição do país, morreu no mês passado de covid-19 e ainda não foi substituído.
Antes do assassinato de Moïse, Airel Henry havia dito em entrevista à agência France Presse que
sua prioridade, segundo ordem emitida pelo presidente, seria a preparação de novas eleições em um
"ambiente favorável".

Thaís
fms.thata@gmail.com
HP15916305822995

Moïse, que antes de entrar para a política era um exportador de banana, estava no poder
desde 2017, mas enfrentava crescentes protestos por acusações de corrupção e pela deterioração
econômica do país.
Neste ano, líderes da oposição acusaram-no de tentar instalar uma nova ditadura no Haiti, ao
endurecer a repressão a protestos e tomar medidas consideradas autoritárias — algo que ele
negava.
Moïse vinha governando por decreto havia mais de um ano, depois de ter dissolvido o Parlamento
e o país fracassar em realizar eleições legislativas.
O presidente ainda tentou promover uma polêmica reforma constitucional que, segundo ele,
ajudariam a conter a instabilidade da política haitiana.
Em fevereiro deste ano, chegou a haver um ultimato de setores da oposição, advogados,
acadêmicos e igrejas para Moïse deixar o cargo, tendo em vista que seu mandato de cinco anos
estava perto do fim. Ele respondia que planejava se manter no poder até 2022.
Palco de devastação constante pela passagem de furacões e ainda sofrendo com os efeitos
do intenso terremoto de 2010, o Haiti já teve quase 20 governos nos últimos 35 anos, entre líderes
militares, presidentes eleitos ou interinos, conselhos de ministros ou governos de transição.
Desde que a dinastia Duvalier foi derrubada, em 1986, o Haiti sofre sucessivas crises de poder,
eleições contestadas, intervenções e golpes de Estado, que a tornam a nação do continente que
teve mais governos (não parlamentaristas) no menor intervalo de tempo desde o final do século
20.
Fonte: BBC BRASIL

74
CUBA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

#CUBALIBRE
qu e e s tá a c on te c e n d o e m Cuba?
o
A ilha governada há 62 anos pelos revolucionários vive momentos turbulentos!
Vamos nos aprofundar nessa história!

Como tudo começou... O primeiro movimento de independência teve liderança de Carlos Manoel,
Cuba foi uma colônia espanhola que decidiu libertar seus escravos em 1868 pedindo a abolição da escravatura,
muito visada por sua excelente chamou os cubanos para a rebelião contra o domínio espanhol e daí pra
localização geográfica, na entrada do frente… só pra trás! Uma guerra de 10 anos na qual os rebeldes levaram a pior.
Golfo do México, se tornou um Em 1892 as revoltas pela independência foram retomadas sob a liderança
importante entreposto pois era a de um intelectual que estava exilado nos Estados Unidos, nessa época Cuba
última parada de reestabelecimento era a única colônia espanhola na América.
antes de cruzar o Oceano Atlântico. Em 1898 depois de um incidente envolvendo um cruzador americano, os
O seu crescimento se deu em Estados Unidos responsabilizaram a Espanha e entraram na guerra de vez, em
torno de Havana, pois, países como julho desse mesmo ano a marinha americana derrotou a frota espanhola,
França, Holanda e Inglaterra bancava mediando o acordo de paz que deu fim à colonização espanhola.
corsários e piratas para saquearem Thaís
Mesmo independente, Cuba ainda passava por muitas influencias internas,
os tesouros mantidos na colônia fms.thata@gmail.com
resquício disso era a emenda Platt, que era um dispositivo legal instituto na
espanhola, com isso a cidade HP15916305822995
primeira constituição cubana que liberava a intervenção americana no país
precisou ser fortificada e se tornou o sempre que seus interesses econômicos e políticos na região fossem
porto mais seguro da ilha. ameaçados.
A Espanha preocupada em perder Auge, né?
território para a política expansionista Não, meus amores.. Além disso os EUA ficaram com 117 quilômetros
inglesa decidiu cultivar açúcar e quadrados para a construção de uma base militar, a famosa base de
tabaco. As lavouras seguiram os Guantánamo, que está lá até hoje!
moldes ibéricos, plantation e Agora que você entendeu o babado da relação EUA x Cuba, vamos para
dizimação de povos nativos. Com uma história mais recente.. a Revolução Cubana, que e 2019 completou 60
isso, os espanhóis buscaram anos, afirmando assim Cuba como o único país socialista das Américas.
escravizados africanos para
trabalharem nas lavouras. Vamos relembrar rapidinho o que aconteceu desde 1959:
Cuba se tornou uma rica colônia, Seis anos antes os irmãos Fidel e Raul foram presos na frustrada tentativa
principalmente Havana, crescendo de de golpe contra Fulgêncio Batista, um ditador cubano que era apoiado
forma próspera e urbanizada. pelos americanos. Em 1959, finalmente conseguiram derrubar o governo e
É, bebê, o negócio é que toda iniciou-se a revolução.
colônia que começa a prosperar e No âmbito social, Cuba conseguiu diminuir o analfabetismo, melhorar a
gerar riqueza passa pelo processo de expectativa de vida e a saúde. Mas no sentido contrário, as liberdades
identidade nacional, principalmente individuais diminuíam. Não há imprensa livre, até 2003 existia pena de
da geração rica dos descendentes morte para os opositores, a perseguição é ferrenha e a censura também.
dos colonos, no caso, os espanhóis. Tanto que um movimento chamado San Isidro em 2018 ganha muita
Nesse trelelê todo adivinha quem repercussão e apoio de artistas, principalmente rappers, os quais
ofereceu ajuda para cuba se denunciam as atuais condições vividas na ilha.
emancipar?
Ele mesmo, batendo na portinha e
oferecendo democracia… PODE,
ENTRAR ESTADOS UNIDOS!
75
CUBA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Cuba ainda vive com o embargo econômico americano que começou lá em 1958 ainda no
governo do ditador Batista.
Mas foi em 1962 que o embargo de caráter econômico, financeiro e comercial foi imposto. Aqui
embaixo tem mais informações nos QRcodes! Use sem moderação <3
Repare, essa história é complicada e repleta de lados, aqui nessa revista não há espaço para
dicotomia, não estamos em busca do bem ou do mal, e sim de acontecimentos que podem cair no
vestibular, por tanto, por mais difícil que seja, leiam as reportagens com imparcialidade, você quer
ser aprovado, né? Então se atente aos fatos e bora!

Notícias de 2021:

"No dia 11 de julho, Cuba viveu um dos maiores protestos de sua história recente.
Milhares de pessoas por toda a ilha foram às ruas aos gritos de "liberdade" e "abaixo à ditadura",
num país onde manifestações contrárias ao governo estão proibidas.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, deu uma "ordem de combate" para calar os
manifestantes, muitos dos quais, segundo grande número de testemunhos e fotografias, foram
presos e duramente reprimidos.
O gatilho para a situação atual parece ser, de fato, um misto da gravidade da situação da
pandemia de coronavírus e as medidas econômicas do governo que têm dificultado cada vez mais
a vida em Cuba."

3 prontos para entendermos os protestos atuais em Cuba


1. A crise do coronavírus
Thaís
Os protestos na ilha parecem ser resultado de esgotamento acumulado da população. Esse esgotamento aumentou nos últimos
fms.thata@gmail.com
meses com uma das maiores crises econômicas e de saúde que a ilha viveu desde o chamado "período especial" (a crise no
HP15916305822995
início dos anos 1990 após o colapso da União Soviética).
2. A situação econômica
O coronavírus teve um profundo impacto na vida econômica e social da ilha. O turismo, um dos motores da economia cubana,
está praticamente paralisado. Além disso, há inflação crescente, apagões, escassez de alimentos, medicamentos e produtos
básicos.
No início do ano, o governo propôs um novo pacote de reformas econômicas que, ao aumentar os salários, fez disparar os
preços. Economistas como Pavel Vidal, da Universidade Javeriana de Cali, na Colômbia, estimam que podem subir entre 500%
e 900% nos próximos meses.
3. Acesso à internet
Antes do dia 11 de julho, o maior protesto ocorrido em Cuba após o início da revolução de Fidel Castro, de 1959, havia
acontecido em agosto de 1994 em frente ao Malecón de Havana.
Cubanos em outras províncias nem sabiam o que havia acontecido na capital.
Quase 30 anos depois do que ficou conhecido como "Maleconazo", o cenário é muito diferente: se no governo de Fidel Castro o
acesso à internet na ilha era restrito, seu irmão e sucessor, Raúl Castro, deu passos inaugurais que levaram a uma maior
conectividade.
Desde então, os cubanos têm utilizado as redes sociais para denunciar seu incômodo com o governo a tal ponto de, em muitas
ocasiões, as autoridades usarem seus meios de comunicação oficiais para emitir posicionamentos sobre tais comentários.
O governo cubano garante que as redes sociais são utilizadas pelos "inimigos da revolução" para criar "estratégias de
desestabilização" que seguem os manuais da CIA.
Fonte: BBC Brasil

E sempre MUITO bom relembra aqui que MAIS uma vez a internet se faz presente nas manifestações atuais! 76
75 anos da Organização das Nações Unidas

Com certeza você já ouviu falar da ONU, né?E em 2020 ela completou 75
anos.
Num breve resumo de sua história, vamos conhecer mais sobre a
Organização.
Esse orgão foi criado na cidade de Yalta, para garantir a paz global e a
segurança internacional em 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Sendo a paz entendida como igualdade social, conservação do meio
ambiente e diminuição da desigualdade.
Seu objetivo perpassa a resolução de impasses sem a intervenção bélica,
atuando assim, em diversas áreas.
A ONU possui 6 mecanismos:
Assembléia Geral
Conselho de Segurança (15 membros sendo eles 5 fixos)
Conselho Economico e Social
Conselho de Tutela
Corte Internacional de Justiça
Secretariado Geral
Partiu ler mais sobre algo tão importante e que envolve o Brasil, já que até
missão de paz nós já lideramos?

Tá curtindo?
Faça suas anotações: Thaís
fms.thata@gmail.com
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TERMINE AQUI
SUA LEITURA

77
11 de Setembro: 20 anos dos ataques terroristas.

O que você estava fazendo há 20 anos? Talvez alguns de vocês não tinham nem nascido,
né?
Infelizmente no dia 11 de setembro de 2001, 4 ataques terroristas aconteceram nos Estados
Unidos causando quase 3 mil mortes.
Mas para entendermos o motivo desses ataques, como sempre, vamos analisar o contexto.
Antes de tudo quero que você JAMAIS associe a religião islâmica com o fundamentalismo, ok?
Não se esqueça que o radicalismo infelizmente pode acontecer em qualquer matriz religiosa.
Bora pro resumão:
Na segunda metade do século XX, o Egito era o centro do nacionalismo árabe, o
sentimento de nação como ideologia.
Já a Arábia Saudita era o berço do fundamentalismo, ou seja, a religião como identidade.
Para eles, o sentimento de nação era um conceito ocidental que precisava ser eliminado.
Durante a Guerra Fria as duas superpotências eram inimigas, mas, em 1979 o cenário virou.

Em 1979, com a invasão da União Soviética ao Afeganistão, os Estados Unidos ofereceram


treinamento e se aliaram ao Afeganistão para evitar que a União Soviética expandisse seus
territórios ao sul e chegasse aos poços de petróleo ou ao Oceano Índico.
A China também passou a armar a elite afegã para lutarem contra os invasores soviéticos.
O Paquistão também ofereceu ajuda porque tinha interesse em transformar o Afeganistão numa
região de estratégia e influencia num possível ataque contra a Índia, surgindo assim o cerne do
grupo Talibã.
A Arábia Saudita passa a patrocinar uma rede islâmica internacional fundamentalista para
lutarem contra os soviéticos no Afeganistão.
A atuação dos americanos no financiamento
Thaísdessas forças contrarrevolucionárias atraiu um
palestino chamado Abdullah Azzam, que convocou uma jihad (guerra santa, para os
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muçulmanos) contra os soviéticos. Foi Azzam que convidou bin Laden para ir ao Afeganistão
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participar da luta contra a URSS. No entanto, alguns anos depois, Azzam e bin Laden acabaram
rompendo quando este resolveu voltar-se também contra os muçulmanos “decadentes”. Com
isso, bin Laden acabou fundando a Al-Qaeda, que atualmente é uma das maiores organizações
terroristas do mundo.

Até ai "tudo bem", Bin Laden tinha o apoio americano na luta contra os comunistas, porém, na Guerra
do Golfo os conflitos começaram a acontecer.
Em 1990 o exército iraquiano invadiu o Kuwait, com isso a família real se refugiou na capital saudita,
criando uma enorme tensão entre os dois países (Iraque e Arábia).
Temendo um risco maior, Bin Laden oferece seus serviços para proteger o território saudita porém a família
real opta pela proteção americana e permite que usem seu território como base de ataque.
Osama rompe com a Arábia e proclama uma Jihad (guerra santa) contra o império do mal, os Estados
Unidos.

Em 1996 os Talibãs tomam o poder no Afeganistão e implantam um governo super conservador e


repressivo, e oferecem o país como base para a Al Qaeda.
Vale lembrar que o ataque às torres gêmeas não foi o primeiro. Em 1993 ocorreu o primeiro atentado no
World Trade Center, num estacionamento e em 2000 houve um ataque a um navio americano.

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11 de Setembro: 20 anos dos ataques terroristas.

VEJA A CRONOLOGIA A SEGUIR:

"Os atentados que aconteceram em 11 de setembro de 2001 foram realizados por 19


terroristas da organização chamada Al-Qaeda. O início dos atentados deu-se com o sequestro
de quatro aviões comerciais, sendo dois Boeing 757 e dois Boeing 767, que decolaram da costa
leste dos Estados Unidos com direção para a Califórnia.
Os terroristas sequestraram os seguintes voos: Voo 11, Voo 77 e Voo 175, da American
Airlines, e Voo 93, da United Airlines. Esses decolaram das cidades de Boston, Washington e
Newark, com direção a Los Angeles e San Francisco. Dos quatro voos mencionados, três
conseguiram atingir seus alvos, mas o quarto, como veremos, caiu antes de atingir seu alvo.
Nesse dia, os 19 terroristas embarcaram, e, quando as aeronaves já estavam no ar,
renderam a tripulação e os passageiros, e então reajustaram as rotas das aeronaves para seus
alvos.
Tudo começou com o Voo 11 da AA, que decolou às 07:59 de Boston em direção a Los
Angeles. Menos de uma hora depois, precisamente às 08:46, o avião era lançado contra a Torre
Norte (chamada de World Trade Center One) do World Trade Center, um complexo comercial
que ficava no coração da ilha de Manhattan.
Menos de 20 minutos depois, o segundo avião (Voo 175, da AA) foi lançado, dessa vez,
contra a Torre Sul (World Trade Center Two), chocando-se com a segunda torre exatamente às
09:03. Naquele momento, a imprensa internacional já estava fazendo a cobertura, e o ataque
contra a segunda torre foi televisionado ao vivo para todo o planeta.
O terceiro avião (Voo 77, da AA) foi lançado contra o Pentágono, prédio que sedia o
Departamento de Defesa dos Estados Unidos, às 09:37, e o quarto avião (Voo 93, da UA) caiu
Thaís
no interior do estado da Pensilvânia, às 10:03.
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Na época, especulou-se queHP15916305822995
esse avião seria lançado contra a Casa Branca, mas
evidências apontaram que o alvo dele era possivelmente o Capitólio. O quarto avião não atingiu
seu alvo porque seus passageiros foram informados de que se tratava de um atentado, e então
rebelaram-se contra os terroristas, que acabaram derrubando o avião antes do alvo previsto.
Ao todo, os atentados de 11 de setembro causaram a morte de 2996 pessoas (esse
número inclui os 19 terroristas). Entre o total de mortos, 2606 pessoas morreram em Nova York;
246, nos aviões; e 125, no Pentágono. Como mencionado, os 19 que faltam nessa conta eram
os terroristas que realizaram o atentado.

CONSEQUÊNCIAS DO ATENTADO
Depois dos atentados, a reação do governo norte-americano foi imediata e focou no
endurecimento das medidas de segurança no país, com grande foco nos aeroportos, e na
represália contra seus perpetradores. A revanche estadunidense deu-se por meio da invasão do
Afeganistão, ainda em 2001.
A invasão do Afeganistão foi autorizada pelo então presidente dos Estados Unidos, George
W. Bush, e tinha dois objetivos: capturar Osama bin Laden e derrubar o Talibã, grupo que
governava aquele país desde a década de 1990. A busca por bin Laden deu-se porque ele
reconheceu em vídeo ter sido o autor dos ataques.
Os Estados Unidos procuraram derrubar o Talibã, porque esse grupo governamental e
fundamentalista abrigava a Al-Qaeda em seu território. Com a invasão do Afeganistão, os EUA
iniciaram uma fase do que ficou conhecido como Guerra ao Terror, que incluiu a invasão do
Iraque dois anos depois (em 2003).
O governo Talibã foi derrotado, mas a situação do Afeganistão nunca se estabilizou. Osama
bin Laden foi morto por tropas americanas em seu esconderijo no Paquistão, em 2011."
Fonte: UOL

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GUERRA NO AFEGANISTÃO. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

GUERRA NO AFEGANISTÃO
o m a is c a r o d a h is tó r ia :
o conflit
Depois de 20 anos de embate, finalmente as tropas americanas deixaram o território afegão.
Confia as reportagens abaixo para entender esse conflito que já deixou mais de 100 mil mortos.

NOTÍCIAS DO DIA 15/08/2021


RETOMADA DO TALEBÃ

Thaís
fms.thata@gmail.com
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GUERRA NO AFEGANISTÃO. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

No dia 8 de julho de 2001, Joe Biden, deu o prazo de 31 de agosto para a retirada das tropas americanas, exceto por
650 militares que permanecerão para garantir a segurança da Embaixada Americana em Cabul, segundo a agência
Reuters.
Enquanto isso, o Talebã vem mais uma vez conquistando espaço em território afegão, com a retomada de dezenas
de distritos.
Os custos da guerra foram astronômicos, tanto econômicos quanto humanos. Mas os Estados Unidos chegaram a
atingir seus objetivos na região?

Como o conflito começou


No dia 11 de setembro de 2001, uma série de ataques perpetrados em solo americano mataram quase 3 mil
pessoas.
Aviões foram sequestrados e lançados contra o World Trade Center em Nova York — as chamadas Torres Gêmeas
— e o prédio do Pentágono no condado de Arlington, Virgínia. Uma quarta aeronave caiu em um campo na
Pensilvânia.
Osama Bin Laden, chefe do grupo terrorista islâmico Al-Qaeda, foi rapidamente identificado como responsável pelos
atentados.
Os talebãs, radicais islâmicos que governavam o Afeganistão e protegiam Bin Laden, se recusaram a entregá-lo.
Assim, um mês após o 11 de setembro, os Estados Unidos lançaram ataques aéreos contra país com o objetivo de
derrotar os dois grupos.
E depois?
Dois meses após o início da ofensiva, o regime do Talebã entrou em colapso, e seus combatentes fugiram para o
Paquistão. Isso não significou, entretanto, o fim do grupo.
Com o tempo, sua influência voltou a crescer e, em paralelo, os militantes passaram a lucrar centenas de milhões de
dólares por ano com negócios que iam do comércio de drogas à mineração.
Um novo governo apoiado pelos Estados Unidos chegou em 2004, mas o Talebã seguiu realizando ataques e
Thaís
atentados. Com a ajuda de soldados afegãos,fms.thata@gmail.com
as forças internacionais tentavam conter o grupo convalescente. O
conflito teve um impacto enorme sobre os afegãos, tanto civis quanto militares.
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Então, os problemas no Afeganistão começaram em 2001?
A resposta mais curta é "não". O país vivia em um estado quase permanente de guerra fazia décadas, ainda antes da
invasão americana.
No final dos anos 1970, o Afeganistão foi um dos palcos dos conflitos entre os dois polos da Guerra Fria.
Naquela época, o então governo comunista que comandava o país tinha apoio dos soviéticos, que chegaram a enviar
tropas para lutar contra os combatentes do movimento de resistência, conhecidos como mujahideen e apoiados por
Estados Unidos, Paquistão, China e Arábia Saudita, entre outros países.
O conflito se estendeu por mais de uma década. As tropas soviéticas se retiraram em 1989, mas a guerra civil
continuou. Do caos que se seguiu surgiu o grupo chamado Talebã (palavra que pode ser traduzida como
"estudantes").

Como o Talebã ganhou tanta influência?


O grupo avançou inicialmente na região de fronteira entre o sudoeste do Afeganistão e o norte do Paquistão no início
da década de 1990 com a promessa de combater a corrupção e melhorar a segurança da população, que vivia no dia
a dia os efeitos de uma guerra civil destrutiva.
Com o crescimento, o grupo passou a introduzir ou apoiar punições a contravenções baseadas na lei islâmica, como
execuções públicas de assassinos e de adúlteros condenados e amputações para os considerados culpados do
crime de roubo.
Os homens eram obrigados a deixar a barba crescer e as mulheres, a usar a burca, um véu que cobre o rosto e o
corpo. Televisão, música e cinema foram proibidos e meninas com mais de 10 anos passaram a enfrentar cada vez
mais dificuldades para que pudessem ir à escola.
O Talebã nunca realmente deixou de existir?
No decorrer das últimas décadas, o grupo chegou a passar por momentos de dificuldade que, entretanto, nunca
foram duradouros.
Em 2014, no fim do que se desenhava como o ano mais sangrento no Afeganistão desde 2001, as forças
internacionais, temendo permanecer no país indefinidamente, encerraram suas missões de combate, deixando para
o Exército afegão a missão de lutar contra o Talebã. 81
GUERRA NO AFEGANISTÃO. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Quais os custos do conflito?


Mais de 2,3 mil militares americanos foram mortos e mais de 20 mil, feridos. Em termos econômicos, a fatura para o
contribuinte nos Estados Unidos chega perto de US$ 1 trilhão (R$ 5,2 trilhões), apontam estimativas.
O maior impacto, contudo, deu-se sobre a população afegã: alguns levantamentos apontam que cerca de 60 mil
membros das forças de segurança perderam a vida. Quase 111 mil civis foram mortos ou feridos desde que a
Organização das Nações Unidas (ONU) começou a registrar sistematicamente os números de vítimas civis em 2009.
Um acordo com o Talebã
Em fevereiro de 2020, os Estados Unidos e o Talebã assinaram um "acordo para trazer a paz" ao Afeganistão que há
anos vinha sendo discutido.
Segundo seus termos, os Estados Unidos e seus aliados militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte
(Otan) concordavam em retirar todas as tropas do território em troca do compromisso do grupo de não permitir que a
Al-Qaeda ou qualquer outro grupo extremista operasse nas áreas que controla.
Como parte das negociações em 2020, o Talebã e o governo afegão concordaram em libertar parte de seus
prisioneiros. Quase 5 mil militantes talebãs foram liberados nos meses seguintes ao acordo.
Os Estados Unidos também prometeram suspender as sanções contra o grupo. O país negociou diretamente com o
Talebã, sem o intermédio do governo afegão.
"Depois de todos esses anos, chegou a hora de trazer os nossos de volta para casa", disse o então presidente
Donald Trump.
Todas as forças americanas estão se retirando?
No início de julho, todos os soldados americanos e de aliados internacionais membros da Otan deixaram a base
aérea de Bagram, a principal base militar americana no Afeganistão.
De acordo com a agência Associated Press, contudo, cerca de 650 soldados americanos devem permanecer no país
para fornecer proteção a diplomatas e ajudar a proteger o aeroporto internacional de Cabul, um hub de transporte
vital para o país.
Qual a situação agora?
Thaís
Desde que o acordo foi assinado, o Talebã tem dado sinais de que vem apostando em uma estratégia diferente. Os
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ataques complexos em centros urbanos e postos militares têm dado lugar a uma onda de assassinatos seletivos que
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tem aterrorizado os civis.
Os militantes têm avançado por vastas áreas do território, ameaçando derrubar mais uma vez o governo em Cabul
após a retirada das tropas estrangeiras.
A preocupação com o futuro da capital tem crescido, mas o presidente do país, Ashraf Ghani, tem repetido que as
forças de segurança do país são totalmente capazes de manter os insurgentes longe do poder.
A Al-Qaeda segue operando no Afeganistão, enquanto militantes do grupo autodenominado Estado Islâmico também
realizaram ataques no país.
Duas décadas no Afeganistão: valeu a pena?
"A resposta depende do seu parâmetro", afirma o correspondente de segurança da BBC, Frank Gardner.
Fontes da área de segurança disseram à BBC que, desde o início da guerra, não houve um único ataque terrorista
internacional bem-sucedido planejado a partir do Afeganistão.
"Assim, baseado apenas pela medida do contraterrorismo internacional, a presença das Forças Armadas
estrangeiras teve sucesso em seu objetivo", completa Gardner.
Duas décadas depois, porém, o Talebã está longe de ser derrotado e segue sendo um grupo com importante poder
de combate.
Alguns relatos apontam que o último mês de junho foi um dos mais violentos no país desde a chegada da coalizão
liderada pelos Estados Unidos. Centenas de vidas foram perdidas e importantes conquistas foram ameaçadas, já que
muitas escolas, prédios do governo e parte da rede de energia foram danificados ou destruídos.
"A Al-Qaeda, o Estado Islâmico e outros grupos extremistas não desapareceram, eles estão se renovando, em parte
estimulados pela partida iminente das últimas forças ocidentais remanescentes."
Fonte: BBC Brasil

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10 ANOS DE GUERRA SÍRIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

10 ANOS DA GUERRA DA SÍRIA


a s e 5 0 0 m il vi d a s p e r d idas
qu
Esse conflito iniciado na Primavera Árabe e travado até hoje perpassa os interesses das maiores
potências do mundo.

Contexto... Cronologia:
Tudo começa com a Primavera Julho de 2011
Árabe, o governo opta pela Milhares de manifestantes voltaram às ruas e foram reprimidos pelas forças de
repressão e vira guerra civil. segurança de Bashar al-Assad.
População dividida em curdos e Julho de 2012
árabes, população dividida em Os combates chegam a Alepo, a maior cidade do país, antes do conflito. A
religiões: maioria sunita passa a se manifestar. Cresce a importância do grupo jihadista
Governo joga com o medo da Estado Islâmico, dentro da guerra.
ascensão dos sunitas e Junho de 2013
consegue a neutralidade dos A ONU anuncia que 90 mil pessoas morreram até aquela data como resultado
outros grupos minoritários. dos conflitos.
Governo sírio que conseguiu Thaís
Agosto de 2013
retomar quase todos os territórios fms.thata@gmail.com
Centenas morrem após um foguete despejar um agente químico nos subúrbios
ocupados. HP15916305822995
de Damasco. O governo culpa os rebeldes.
Maior fluxo de refugiados do Junho de 2014
mundo O Estado Islâmico toma o controle de parte da Síria e do Iraque e proclama a
Rússia, Hezbollah, Irã e Turquia criação de um califado, porém os ataques cessam quando os Estados Unidos
apoiam a Síria. ameaçam intervir no conflito.
Vale lembrar: o conflito sírio Abril a Julho de 2014
passou a funcionar na lógica da A OPAQ (Organização para a Proibição de Armas Químicas) registra o uso
Guerra Fria, Estados Unidos de sistemático de armas químicas.
um lado, Rússia de outro. As Setembro de 2014
potências medem forças por A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos lança um ataque aéreo
meios de atores locais, e essa contra a Síria .A Rússia inicia ataques aéreos e é acusada de matar rebeldes e
internacionalização do conflito civis com apoio do ocidente.Surgem as alianças políticas, como a Coalizão
sírio levou à uma das maiores Nacional da Síria Revolucionária e das Forças de Oposição.
tragédias humanitárias do Agosto de 2015
mundo. Combatentes do Estado Islâmico promovem assassinatos em massa, a maioria
A crise migratória provocou na por decapitação.O Estado Islâmico usa armas químicas na cidade de Marea.
Europa um grande impacto Março de 2016
político, dando combustível a As forças de Al-Assad reconquistam a cidade de Palmira das mãos do Estado
extrema direita nacionalista. Islâmico. Durante todo o ano de 2016 são feitas algumas reuniões entre as
Usou da xenofobia uma partes beligerantes a fim de alcançar a paz.
bandeira. Setembro de 2016
As forças russas e exército sírio bombardeiam Alepo e reconquistam. A batalha
pela cidade durou quatro anos e se tratava de um ponto estratégico importante,
pois é a segunda cidade mais importante do país.

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10 ANOS DE GUERRA SÍRIA. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

Janeiro de 2017
Começam as negociações que serão conhecidas como o "Processo de Astana" quando vários atores da guerra tentam negociar um
cessar-fogo. O Acordo de Astana foi ratificado apenas por Rússia, Irã e Turquia, não sendo ratificado pela governo sírio ou a
oposição no exílio.
Abril de 2017
O Exército sírio lança um ataque com gás sarin à população civil da cidade de Khan Shaykhun, no dia 4 de abril, deixando uma
centena de mortos. Como resposta, pela primeira vez, os Estados Unidos atacam diretamente a base síria d'Al-Chaayrate lançando
mísseis.
Setembro de 2017
As Forças Democráticas Sírias e o Estado Islâmico travam uma luta pela posse zona de Deir ez-Zor, rica em petróleo. A batalha
segue em curso.
Fevereiro de 2018
Em 18 de fevereiro de 2018, o exército de Bashar al-Assad, passou a atacar violentamente a região de Ghouta, reduto que lhe faz
oposição. Estima-se que mais de 300 pessoas foram mortas durante o bombardeio.Em 24 de fevereiro de 2018, a ONU decretou uma
pausa humanitária a fim de fazer entrar um comboio na zona conflitiva de Guta Oriental. Igualmente, o presidente russo Vladimir
Putin, determinou uma pausa de cinco horas.O objetivo era entregar remédios, roupas e alimentos para os civis, cerca de 400 mil que
estavam entre os dois exércitos combatentes. O cessar-fogo, porém, não foi respeitada por nenhum dos lados, e mais mortes
ocorreram.
Abril de 2018
Na primeira semana de abril, um ataque com armas químicas foi efetuado na localidade de Jan Sheijun. Ainda que não se soube com
certeza se foram os russos ou o o exército de Bashar al-Assad que usou este armamento, o ataque provocou uma reação imediata
de França, Estados Unidos e Reino Unido.Desta maneira, os três países se uniram para revidar no dia 13 de abril, bombardeando a
região de Duma. A Rússia também está realizando um trabalho enorme de desinformação, espalhando notícias falsas pelas redes
sociais e blogs, a fim de desqualificar a ajuda ocidental.
Junho de 2018
Thaís voltar para seu país. Um mês depois, outro contingente de 900
Um grupo de 800 sírios que estavam refugiados no Líbano resolveram
pessoas fazia o mesmo. fms.thata@gmail.com
Outubro de 2019 HP15916305822995
O presidente americano Donald Trump anuncia a retirada das tropas americanas no norte da Turquia.Imediatamente, o presidente
deste país, Recep Tayyip Erdogan, inicia o ataque aos curdos, alegando que os mesmos atentavam contra a soberania turca.

84
10 anos da guerra civil na Síria.

A Guerra civil síria que já dura 10 anos foi iniciada no estopim da primavera árabe.
A reação violenta do governo de Bashar al-Assad levou ao surgimento de uma oposição
armada.
A Síria é governada de maneira ditatorial por Bashar al-Assad desde 2000 e pela família al-
Assad desde a década de 1970. Os protestos na Síria contra o governo de Bashar al-Assad foram
motivados pela onda de manifestações que se espalhou pelos países árabes e trouxe à tona a
insatisfação da população com a forma como a família al-Assad governa o país.
(Vale lembrar que durante a Guerra Fria, a Síria foi um importante aliado da União Soviética,
e sua maior herdeira política, a Rússia, continua apoiando a ditadura Assad. Inclusive
enviando armamento no combate bélico da guerra civil.
Além do apoio russo, Assad tem apoio também do Irã.)

O episódio sírio começa com um protesto de estudantes na cidade Daraa que escrevem em um
muro de uma escola: “doutor, você é o próximo”, numa referência direta a Assad, que é médico.
15 estudantes foram presos e torturados pela polícia secreta do governo. A população vai para a
rua se manifestar contra a esse episódio atroz.
O ditador envia ordem expressa para reprimir essas manifestações e uma parte do exército se
recusa a obedecer ao ditador e passa a entrar em choque com a outra parte do exército.
Dissidência nas forças armadas resulta na formação do Exército Livre da Síria (ELS) contra
Assad.

Vale lembrar que o grupo terrorista do Estado Islâmico surge contra o ditador não porque
queriam democracia, e sim porque queria um regime ultra fundamentalista islâmico.
Thaís
fms.thata@gmail.com
Se liga nesse resumão: HP15916305822995

O ELS era considerado como um grupo de origem secular, ou seja, que não estava vinculado a
nenhuma tendência religiosa e, portanto, representava a ala moderada da oposição. Essa posição
do ELS mudou radicalmente ao longo do conflito, pois a origem secular foi abandonada e o grupo
aderiu a ideais de fundamentalismo religioso.
Além disso, o foco de combate do ELS foi transformado radicalmente. No começo da guerra civil
na Síria, eles tinham como grande objetivo derrubar o governo de Bashar al-Assad e estabelecer
um governo democrático. Com o passar dos anos, o ELS passou a ter como foco o combate aos
curdos no norte da Síria, sob a alegação de que eles queriam fragmentar o território sírio. Essa
luta do ELS contra os curdos é um reflexo do apoio que o ELS recebe da Turquia nesse conflito.
À medida que a guerra avançou, outros grupos rebeldes foram surgindo, muitos de orientação
extremista. O maior desses grupos rebeldes extremistas é o Hayat Tahrir al-Sham, anteriormente
conhecido como Frente Fateh al-Sham e Frente Al-Nusra, de orientação sunita. Esse grupo, até
julho de 2016, era o braço armado da Al-Qaeda na Síria.
A desvinculação da Hayat Tahrir al-Sham da Al-Qaeda — acredita-se — teria acontecido
pacificamente. Entretanto, sabemos que isso não é verdade, porque, tempos depois, o Hayat
Tahrir al-Sham entrou em conflito contra o Hurras al-Din, grupo fundamentalista que surgiu em
fevereiro de 2018 e que é considerado o atual representante da Al-Qaeda na Síria.
A partir de 2014, aproveitando-se da fragilidade da Síria, o antigo braço iraquiano da Al-Qaeda,
conhecido como Estado Islâmico (EI), invadiu o país e conquistou parte do território. A atuação do
Estado Islâmico levou à fundação de um califado na região. Califado é uma espécie de reino
islâmico que impõe a sharia (lei islâmica).

85
10 anos da guerra civil na Síria.

O Estado Islâmico buscava a autonomia total sobre a Síria e, por isso, era inimigo de todas as
forças que estavam em luta no país. Essa organização terrorista foi uma ameaça real para o
governo de Bashar al-Assad e para outros grupos na Síria, o que levou a uma grande mobilização
interna e internacional contra o avanço dessa organização.
Países como Rússia e Estados Unidos mobilizaram grandes recursos para lutar contra o Estado
Islâmico, assim como o governo sírio. Os grupos rebeldes, como o Exército Livre da Síria,
também lutaram contra o Estado Islâmico. A mobilização contra o EI deu resultado e, atualmente,
ele já não controla mais territórios na Síria, embora ainda seja visto como ameaça por sua
atuação internacional.
A violência trazida pelo Estado Islâmico levou os curdos sírios a se mobilizarem em
autodefesa. Assim, surgiu a Unidade de Proteção Popular do Curdistão Sírio. A YPG (na sigla em
curdo) pertence ao Curdistão Sírio, área do norte e nordeste da Síria que está sob controle dos
curdos. A região também é conhecida como Federação Democrática do Norte da Síria.
Os curdos são acusados de defenderem o separatismo, mas negam isso e, até o presente
momento, não tomaram nenhuma ação separatista. A YPG, que garantia a proteção dos curdos
contra o Estado Islâmico, também defende os curdos sírios dos ataques de tropas da Turquia. Os
turcos denunciam os curdos de fazerem parte de uma organização terrorista.
Observadores internacionais veem os ataques que os curdos sofrem dos turcos como parte de
uma estratégia da Turquia. Os turcos temem que o fortalecimento dos curdos na Síria repercuta
na minoria curda que habita o território turco. Os turcos reforçaram seus ataques depois que os
Estados Unidos retiraram seu apoio aos curdos em 2019.
A mobilização estrangeira na guerra da Síria acontece de maneira direta e indireta, pois
vários países apoiam distintos grupos. A mobilização
Thaís americana, a princípio, ocorreu contra o
Estado Islâmico. Nesse momento, os Estados Unidos bombardeavam posições controladas pelo
fms.thata@gmail.com
grupo extremista para enfraquecê-lo. HP15916305822995
Os Estados Unidos também forneceram apoio para grupos rebeldes, como o Exército Livre da
Síria e a Unidade de Proteção Popular. Entretanto, no decorrer do conflito, os norte-americanos
retiraram seu apoio ao ELS, que se aliou aos turcos; e ao YPG, que se aliou com o governo sírio e
com a Rússia, para evitar ser massacrado pelo turcos, que intensificaram seus ataques contra os
curdos em 2019.
A Rússia, por sua vez, garante apoio ao governo de Bashar al-Assad e, até o momento, que a
Síria não sofra sanções internacionais. Além disso, a Rússia aderiu ao conflito a partir de 2015
para reforçar a luta do governo sírio contra o Estado Islâmico e contra os rebeldes. O apoio dado
pela Rússia foi fundamental para sustentar Bashar al-Assad no poder em um momento delicado.
O Irã também apoia o governo sírio, principalmente para evitar que milícias sunitas assumam o
poder na Síria, uma vez que, se isso acontecesse, os interesses iranianos no Oriente Médio
seriam severamente ameaçados, pois a Síria se tornaria uma ameaça ao Hezbollah, organização
xiita que fica sediada no Líbano, país vizinho da Síria. O Irã envia tropas, armas e dinheiro para
Bashar al-Assad.

86
10 anos da guerra civil na Síria.

Quais foram os impactos da Guerra Civil Síria?


A Guerra Civil Síria tem mais de 10 anos de duração, e a extensão desse conflito tem
deixado o país em ruínas. A infraestrutura básica do país, como estradas, rede de hospitais,
escolas, entre outros, foi destruída. Isso afeta diretamente a economia e a qualidade de vida da
população síria. Milhões de pessoas ficaram sem acesso a um sistema de saúde e milhões de
crianças abandonaram as escolas, prejudicando o seu futuro.
Além da destruição material, é importante mencionar o empobrecimento da população, que,
em um país arrasado pela guerra, viu sua situação de vida se degradar cada vez mais. Além
disso, mais da metade da população do país hoje depende de ajuda humanitária para sobreviver,
pois itens básicos à sobrevivência, como alimentos, estão em falta.
A guerra também causou milhares de mortos e fala-se que, até o final de 2020, quase 600 mil
pessoas morreram.Além disso, outras 13 milhões de pessoas abandonaram suas casas para
garantir sua sobrevivência. Mais da metade delas migraram de região na própria Síria, e mais de
5 milhões de pessoas fugiram do país.
Fonte: História do Mundo

Thaís
fms.thata@gmail.com
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CONFLITO PALESTINA - ISRAEL. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

CONFLITO PALESTINA - ISRAEL


d e 1 9 4 0 n u m tr is te e n tr ave
de s
Essas anotações abaixo são transcrições do curso do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais da PUC cedidas
pela Isabela @papelarisa <3

Colonialismo A questão judaica na Europa


3 tópicos para entender a dominação Os judeus vão começar a serem vistos como corpos diferentes no período do
Espaço: ocupação de espaços surgimento do nacionalismo. Houve a tentativa de inclusão social, mas como
população: expulsão da população toda minoria, em uma democracia liberal, a opressão era expressiva. Por isso,
recursos: exploração dos recursos muitos judeus irão se unir a causa trabalhadora, entretanto, outra parcela irá
Tanto os EUA quando a URSS buscar apoio no nacionalismo, ou seja, buscar um território para ser seu
apoiaram a criação do Estado de espaço nacional.
Israel, que se resultou na expulsão Palestina Otomana
de mais de 700 mil palestinos. Existiam muitas identidades naquele local, as quais não se identificaram com o
A elite árabe não se importa com a nacionalismo otomano. Importante ressaltar que existiam judeus palestinos,
questão palestina, países do mundo cerca de 5% da população, em sua maioria, viviam em Jerusalém.
inteiro sempre declaram apoio mas E o sionismo?
Thaís
não conseguem de fato uma posição fms.thata@gmail.com
É um movimento Plura, mas ainda sim sustentado pelo colonialismo e pelo
efetiva e a maioria apoia Israel. HP15916305822995
racismo. No contexto de pré 2ª Guerra Mundial, era amplamente divulgada a
A opinião pública e os movimentos colonização na Palestina.
sociais são fundamentais nessa A colonização sionista na Palestina
questão, afinal, as ações militares de O judeu europeu era visto como passivo, por isso, busca mostrar trabalho
Israel não possuem controle, pois, desde o inicio da colonização com a ideia de “um país construído pelas mãos
não há poder para se contrapor. do povo”. Diversas ideias “esquerditas" (como sindicato, classe operária) são
O poderio militar israelita é o maior usadas desde o inicio para expropriar os palestinos de suas terras, com a
da região, é importantíssimo lembrar intenção de serem os "novos nativos.”
que qualquer poder militar, leia-se, Sionismo diplomático
máquina de guerra, sem um Declaração de Balfour: apoio declarado aos judeus em sua colonização. O
oponente com o poder similar, pode mandato britânico na Palestina começa em 1917. Por mais que os judeus
facilmente gerar uma crise fosse 6% da população, eles viviam e ocupavam a maioria das maiores
humanitária. cidades.
A origem do processo colonial Muitos judeus migraram por ideologia ou alternativa a sobrevivência.
sionista: Aumento da resistencia palestina diante ao sionismo, movimento que se
Para o autor australiano Wolfe, o militariza cada vez mais.
colonialismo não é um processo Em 1937 ocorre uma greve geral, revolta árabe: pacificação colonial e leis de
histórico e sim estrutural. emergencia que estão em vigor até hoje, um estado de exceção permanente.
O colonialismo por povoamento de
colonos brancos, acumulação de
terras e deposição de nativos é um
processo permanente e sempre
inacabado pois a resistência é
eminente.

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CONFLITO PALESTINA - ISRAEL

Entre 1918-1947, a população judaica vai de 6% a 33%, por meio de migrações.


Em 47 a ONU aprova a partilha da Palestina em dois Estados – um judeu e outro árabe. Essa
resolução é rejeitada pela Liga dos Estados Árabes.
1948: sionistas dão inicio a expulsão dos palestinos, mais de 700 mil são expropriados e milhares
de vilarejos são destruídos.
1948 – Os Judeus proclamam o Estado de Israel, provocando a reação dos países árabes.
Primeira Guerra Árabe-Israelense. Vitória de Israel sobre o Egito, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano
e ampliação do território israelense em relação ao que fora estipulado pela ONU. Centenas de
milhares de palestinos são expulsos para os países vizinhos. Como territórios palestinos restaram
a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, ocupadas respectivamente por tropas egípcias e jordanianas.
1956 – Guerra entre Israel e o Egito. Embora vitoriosos militarmente, os israelenses retiraram-se
da Faixa de Gaza e da parte da Península do Sinai que haviam ocupado.
1964 – Criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), cuja pretensão inicial era
destruir Israel e criar um Estado Árabe Palestino. Utilizando táticas terroristas e sofrendo pesadas
retaliações israelenses, a OLP não alcançou seu objetivo e, com o decorrer do tempo, passou a
admitir implicitamente a existência de Israel.
1967 – Guerra dos Seis Dias. Atacando fulminantemente em três frentes, os israelenses ocupam
a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (territórios habitados pelos palestinos) e tomam a Península do
Sinai ao Egito, bem como as Colinas de Golan à Síria.
1970 – “Setembro Negro”. Desejando pôr fim às retaliações israelenses contra a Jordânia, de
onde provinha a quase totalidade das incursões palestinas contra Israel, o rei Hussein ordena que
suas tropas ataquem os refugiados palestinos. Centenas deles são massacrados e a maioria dos
sobreviventes se transfere para o Líbano. Thaís
1973 – Guerra do Yom Kippur (“Dia do Perdão”). Aproveitando o feriado religioso judaico, Egito e
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Síria atacam Israel; são porém derrotados e os israelenses conservam em seu poder os territórios
ocupados em 1967. Para pressionar os países ocidentais, no sentido de diminuir seu apoio a
Israel, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) provoca uma forte elevação
nos preços do petróleo.
1977 – Pela primeira vez, desde a fundação de Israel, uma coalizão conservadora (o Bloco Likud)
obtém maioria parla mentar. O novo primeiro-ministro, Menachem Begin, inicia o assentamento de
colonos judeus nos territórios ocupados em 1967.
1979 – Acordo de Camp David. O Egito é o primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel.
Este, em contrapartida, devolve a Península do Sinai ao Egito (cláusula cumprida somente em
1982). Em 1981, militares egípcios contrários à paz com Israel assassinam o presidente Anwar
Sadat.
1982 – Israel invade o Líbano (então em plena guerra civil entre cristãos e muçulmanos) e
consegue expulsar a OLP do território libanês. Os israelenses chegam a ocupar Beirute,
capital do Líbano. Ocorrem massacres de refugiados palestinos pelas milícias cristãs libanesas,
com a conivência dos israelenses.
1985 – As tropas israelenses recuam para o sul do Líbano, onde mantêm uma “zona de
segurança” com pouco mais de 10 km de largura. Para combater a ocupação israelense, forma-se
o Hezbollah (“Partido de Deus”), organização xiita libanesa apoiada pelo governo islâmico
fundamentalista do Irã.
1987 – Começa em Gaza (e se estende à Cisjordânia) a Intifada (“Revolta Popular”) dos
palestinos contra a ocupação israelense. Basicamente, a Intifada consiste em manisfestações
diárias da população civil, que arremessa pedras contra os soldados israelenses. Estes
frequentemente revidam a bala, provocando mortes e prejudicando a imagem de Israel junto à
opinião internacional. Resoluções da ONU a favor dos palestinos são sistematicamente ignoradas
pelo governo israelense ou vetadas pelos Estados Unidos. A Intifada termina em 1992.

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CONFLITO PALESTINA - ISRAEL

1993 – Com a mediação do presidente norte-americano Bill Clinton, Yasser Arafat, líder da OLP, e
Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel, firmam em Washington um acordo prevendo a criação
de uma Autoridade Nacional Palestina, com autonomia administrativa e policial em alguns pontos
do território palestino. Prevê-se também a progressiva retirada das forças israelenses de Gaza e
da Cisjordânia. Em troca, a OLP reconhece o direito de Israel à existência e renuncia formalmente
ao terrorismo. Mas duas organizações extremistas palestinas (Hamas e Jihad Islâmica) opõem-se
aos termos do acordo, assim como os judeus ultranacionalistas.
1994 – Arafat retorna à Palestina, depois de 27 anos de exílio, como chefe da Autoridade
Nacional Palestina (eleições realizadas em 1996 o confirmam como presidente) e se instala em
Jericó. Sua jurisdição abrange algumas localidades da Cisjordânia e a Faixa de Gaza – embora
nesta última 4 000 colonos judeus permaneçam sob administração e proteção militar israelenses.
O mesmo ocorre com os assentamentos na Cisjordânia. Na cidade de Hebron (120 000
habitantes palestinos), por exemplo, 600 colonos vivem com o apoio de tropas de Israel. Nesse
mesmo ano, a Jordânia é o segundo país árabe a assinar um tratado de paz com os israelenses.
1995 – Acordo entre Israel e a OLP para conceder autonomia (mas não soberania) a toda a
Palestina, em prazo ainda indeterminado. Em 4 de novembro, Rabin é assassinado por um
extremista judeu.
1996 – É eleito primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, do Partido Likud (antes denominado Bloco
Liked), que paralisa a retirada das tropas de ocupação dos territórios palestinos e intensifica os
assentamentos de colonos judeus em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em meio à
população predominantemente árabe. O processo de pacificação da região entra em compasso
de espera, ao mesmo tempo em que recrudescem os atentados terroristas palestinos. Em Israel,
o primeiro-ministro (chefe do governo) é eleito Thaís
pelo voto direto dos cidadãos.
1999 – Ehud Barak, do Partido Trabalhista (ao qual também pertencia Yitzhak Rabin), é eleito
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primeiro-ministro e retoma as negociações com Arafat, mas sem que se produzam resultados
práticos.
2000 – Israel retira-se da “zona de segurança” no sul do Líbano. Enfraquecido politicamente,
devido à falta de progresso no camiho da paz, e também devido às ações terroristas palestinas
(não obstante as represálias israelenses), Barak renuncia ao cargo de primeiro-ministro. São
convocadas novas eleições, nas quais ele se reapresenta como candidato. Mas o vencedor é o
general da reserva Ariel Sharon, do Partido Likud, implacável inimigo dos palestinos. Pouco antes
das eleições, começa nos territórios ocupados uma nova Intifada.
2001 – Agrava-se o ciclo de violência: manifestações contra a ocupação israelense, atentados
suicidas palestinos e graves retaliações israelenses. Nesse contexto, Yasser Arafat, já
septuagenário, parece incapaz de manter a autoridade sobre seus compatriotas ou de
restabelecer algum tipo de diálogo com Israel, cujo governo por sua vez mantém uma inflexível
posição de força.
Fonte: Curso Objetivo

20 anos depois os conflitos continuam e em maio de 2021 uma nova onda de violência
assombrou a região.
E dessa vez o gatilho para a nova escalada de violência teve origem nas ameaças de despejo de
famílias palestinas de Sheikh Jarrah, um bairro fora dos muros da Cidade Velha de Jerusalém.

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CONFLITO PALESTINA - ISRAEL

Leia um trecho da reportagem da BBC Brasil

“Pelo plano de partilha da ONU, na fundação do Estado de Israel, em 1948, Jerusalém


deveria ser dividida em duas partes, o lado oriental, palestino, e o lado ocidental, israelense.
Sheikh Jarrah fica na parte palestina. Então, por que a Justiça de Israel determinou que as
famílias palestinas fossem expulsas? Porque considerou que os judeus que entraram na justiça
tinham a posse do terreno.
Para entender essa disputa, é preciso voltar no tempo.
A defesa desses judeus israelenses alega que em 1870, quando a Palestina ainda estava
sob domínio do Império Turco Otomano, eles haviam comprado as terras em Sheikh Jarrah.
Ali permaneceram até 1948, quando, logo após a fundação do Estado de Israel, o país foi
atacado pelos vizinhos árabes. Israel ganhou a guerra, mas a Jordânia acabou ocupando a
parte oriental de Jerusalém.
Foi então que a Jordânia e o braço da ONU para refugiados, a Acnur, construíram, em
Sheik Jarrah, casas para abrigar 28 famílias palestinas refugiadas.
Mas as famílias palestinas nunca ganharam direito definitivo sobre a posse da terra.
Foi quando Israel ocupou Jerusalém Oriental em 1967, que começou então o litígio.
Os proprietários judeus passaram a tentar reaver a área na Justiça.
Trata-se de uma questão que desafia os limites da Justiça e de quem determina as regras de
um país.
Se, de um lado, as leis israelenses permitem que judeus reivindiquem direito de
propriedade às terras que possuíam antes de 1948, de outro, não concedem o mesmo direito a
palestinos que eram proprietários de terras que atualmente pertencem a Israel.
Thaís
Ou seja, um palestino não poderá contar com essa lei para dizer que pertence a ele uma
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terra em Jerusalém Ocidental ou mesmo em alguma parte ocupada por Israel após vencer
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guerras e anexar territórios.
Em 1982, os tribunais israelenses decidiram a favor da adoção de um acordo entre os
arrendatários palestinos e os proprietários judeus.
Esse acordo estabeleceu que os inquilinos palestinos tinham "arrendamentos protegidos" sob a
lei israelense, mas que os proprietários ainda manteriam a posse da terra.
Mas agora, judeus ganharam no tribunal de Israel o direito de reaver suas propriedades em
Sheikh Jarrah.
A decisão final ainda será dada pela Suprema Corte israelense, portanto, continua o debate
legal e moral entre os direitos dos inquilinos detentores do arrendamento, ou seja, as famílias
palestinas, e os titulares da propriedade, segundo a lei israelense, os judeus.
E mais simbólico ainda é que a decisão de retirada das famílias tenha ocorrido justamente
na área oriental de Jerusalém, que deveria ser a capital de um Estado palestino, segundo o
plano da ONU, o mesmo que abriu caminho para a fundação de Israel.
Essa parte oriental de Jerusalém inclusive está sob ocupação militar de Israel desde a guerra
de 1967, uma ocupação que é considerada ilegal pela comunidade internacional, com exceção
de poucos países.
Mas essa é uma disputa muito maior do que por "um punhado de casas", diz Jeremy
Bowen, editor da BBC para o Oriente Médio.
Há décadas, israelenses têm ocupado áreas em territórios palestinos por meio dos chamados
assentamentos, tanto em Jerusalém Oriental quanto na Cisjordânia.
Pelo plano da ONU, a área conhecida como Palestina, que estava sob domínio britânico
na época, deveria ser dividida entre o que viria a ser o Estado de Israel e a Palestina. A grande
maioria desses assentamentos é considerada pela ONU uma violação das leis internacionais.
Como mencionado anteriormente, Jerusalém seria dividida em duas. E o território palestino
ficaria assim, desmembrado, mas com pontos de comunicação, ou seja, seria possível transitar
por toda sua extensão.

91
CONFLITO PALESTINA - ISRAEL

Hoje, depois de ocupações e anexações por Israel, o mapa atual em nada se assemelha
àquele de 1948. A faixa de Gaza vive sob bloqueio de Israel e do Egito. E não tem
comunicação com a Cisjordânia, comandanda pela Autoridade Palestina e onde há um pouco
mais de estabilidade.
Mas a Cisjordânia, que também está há décadas sob ocupação militar israelense, é palco
tambem do avanço constante na construção dos chamados assentamentos.
No território, há cerca de 430 mil judeus israelenses que ocupam 132 assentamentos (e 124
"postos avançados" menores).
Em pelo menos seis ocasiões desde 1979 o Conselho de Segurança da ONU reafirmou que
estes assentamentos são "uma violação flagrante da legislação internacional". A última delas
foi em 2016 - o documento oficial também menciona Jerusalém Oriental.
E o que diz Israel? Israel defende as iniciativas argumentando que representam uma
estratégia de defesa de sua integridade, e não uma tentativa de minar a soberania palestina.
Diz tambem que não dá a refugiados o direito de retorno às suas casas porque isso
comprometeria a própria existência de um Estado judeu.
Segundo Bowen, o fato de o conflito ter desaparecido das manchetes internacionais nos
últimos anos não significa que tenha acabado.
"É uma ferida aberta no coração do Oriente Médio", diz ele, que gera ódio e ressentimento
que atravessa não apenas os anos, mas gerações.
Mas não foram só as ameaças de despejo que deflagraram a atual onda de violência.
Nas últimas semanas, houve a violenta repressão de palestinos por parte da polícia israelense
durante o Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, culminando com o uso de gás
lacrimogênio e de granadas dentro da mesquitaThaís de al-Aqsa, o lugar mais sagrado para os
muçulmanos depois de Meca e Medina. Os palestinos protestavam em solidariedade às
fms.thata@gmail.com
famílias ameaçadas de despejo. HP15916305822995
Foi então que o Hamas, o grupo extremista palestino que controla a Faixa de Gaza,
resolveu dar um ultimato a Israel para remover suas forças do complexo de al-Aqsa e de
Sheikh Jarrah.
Israel não acatou a ordem, e o Hamas então começou a disparar foguetes contra cidades
israelenses.
Até hoje, o Hamas considera os israelenses invasores, não só das áreas consideradas
ocupações ilegais, mas de todo o território, e defende a destruição total de Israel, mas não tem
poder de fogo para tal.
As dezenas de foguetes são quase todos interceptados pelo poderoso sistema israelense de
interceptação de mísseis, chamado Domo de Ferro.
Uma foto registrada durante a noite pelo fotógrafo Anas Baba, da agência de notícias AFP,
reflete a violência do conflito entre o exército de Israel e os militantes palestinos, que tem
escalado nos últimos dias.”
Fonte: BBC Brasil

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CONFLITO PALESTINA - ISRAEL

Thaís
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CRISE HÍDRICA NO BRASIL. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

CRISE HÍDRICA NO BRASIL


os d os r es er va tó r io s as su stam!
númer
Você sabia que em 2001 aconteceram vários apagões programados pelo governo para evitar o colapso elétrico no
Brasil? Pois é, essa situação pode ser novidade para muitos de nós mas é algo que o país já passou.
Vamos relembrar e entender o contexto atual?

Em 2021, estudiosos apontam ser Pior seca no Brasil em 91 anos acende alerta: existe o risco de um novo
a pior crise em 91 anos e que nunca apagão?
se viu tão pouca água nos O governo federal anunciou, em junho, um novo aumento nas contas de luz e
reservatórios. pediu ajuda da população para combater o desperdício. A crise hídrica que
Em junho desse ano o governo atinge parte do Brasil, resultado da maior seca em 91 anos, tem reflexo no dia
emitiu um alerta emergencial sobre a a dia de todos nós e levanta uma série de questões.
situação hídrica brasileira. Qual é a situação das hidrelétricas? Qual o impacto na economia? E, 20 anos
Esse cenário é acarretado pela seca depois da crise do apagão, será que a gente vai ter de racionar energia
mas especialistas também apontam novamente?
os impactos causados pelo El Niño. “Essa crise atual vem sendo veiculada já desde o final do ano passado. Mas se
Essas condições aumentam a você olhar com cuidado, você vai ver que de 2019 para cá, todos foram anos
energia, ameaçam o fluxo de Thaís
com chuvas abaixo do normal”, explica o climatologista e professor de ciências
commodities e atrapalha bastante a fms.thata@gmail.com
atmosféricas da USP, Pedro Leite da Silva Dias.
economia. HP15916305822995
No fim de maio, o Operador Nacional do Sistema disparou o alerta: oito
Bora ler algumas reportagens que grandes hidrelétricas da região Sudeste devem chegar a novembro perto do
esmiuçam bem esse rolê todo? colapso."
Fonte: G1

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CRISE HÍDRICA 2021

"APAGÃO OU RACIONAMENTO: 10 TERMOS PARA ENTENDER A CRISE DO SETOR


ELÉTRICO:
Reportagem da BBC Brasil

É apagão ou racionamento?
A pior crise hídrica no país em 91 anos trouxe de volta ao vocabulário dos brasileiros termos
que estavam quase em desuso desde 2001, ano que foi marcado por uma política de redução
compulsória do consumo de energia elétrica, imposta pelo governo federal.
O racionamento de energia teve forte impacto sobre a popularidade do então presidente
Fernando Henrique Cardoso (PSDB), somando-se à crise de desvalorização do real de 1999,
com efeitos relevantes sobre a atividade econômica.
Os dois fatores juntos contribuíram de maneira decisiva para que o tucano José Serra fosse
derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2002, segundo analistas à época.
Mas o que querem dizer cada um desses termos?
Existe "racionalização compulsória" ou "racionamento educativo" — expressões
contraditórias que apareceram no debate nas últimas semanas?
E o que a sopa de letrinhas ONS, ENA, PLD e SIN — siglas para Operador Nacional do
Sistema Elétrico, Energia Natural Afluente, Preços de Liquidação das Diferenças e Sistema
Interligado Nacional — tem a ver com a sua conta de luz?
Conversamos com Edvaldo Santana, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) entre 2005 e 2013, e Filipe Pungirum, meteorologista da Climatempo, para nos ajudar a
entender cada um dos termos da crise do setor elétrico.
Apagão - É uma falha inesperada no Thaís fornecimento de energia. São exemplos: a crise
energética que durou três semanasfms.thata@gmail.com
no Amapá em 2020, após incêndio numa subestação em
Macapá, e o blecaute que atingiu dezHP15916305822995
Estados e o Distrito Federal em 11 de março de 1999.
Racionamento - É a determinação pelo governo de uma redução compulsória do consumo
de energia elétrica, quando o sistema não tem condições de atender à totalidade da demanda
devido a algum problema, como a falta de chuvas decorrente de uma crise hídrica.
No Brasil, a medida foi adotada entre 1º de julho de 2001 e 19 de fevereiro de 2002, durante o
segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O racionamento
aplicado então estabelecia uma redução obrigatória de 20% no consumo de energia elétrica,
sob ameaça de multa e corte no fornecimento.
Por que os dois termos costumam ser confundidos?
"É que aqui no Brasil, em 2001 e 2002, quando teve o racionamento, a oposição ao governo
Fernando Henrique chamou aquilo de 'apagão'. Assim, os dois termos aqui viraram sinônimos,
mas são coisas completamente diferentes", explica o ex-diretor da Aneel Edvaldo Santana.
Atualmente, há risco de apagão ou racionamento? Até o momento, e de olho nas eleições de
2022, o governo tem negado enfaticamente a possibilidade de um racionamento.
No entanto, a Aneel estuda um aumento de até 60% na bandeira vermelha das contas de
luz, que seria uma forma de desestimular o consumo de energia elétrica via preço. Com isso, a
cobrança adicional passaria dos atuais R$ 6,24 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos,
para cerca de R$ 10, resultando num aumento de até 20% no preço final das contas de luz.
A agência reguladora se reúne nesta terça-feira (29/06) para definir o reajuste das
bandeiras.
O governo também tem descartado a possibilidade de apagões, isto é, de falhas imprevistas no
sistema.
O governo também tem descartado a possibilidade de apagões, isto é, de falhas imprevistas
no sistema.
Contudo, o ONS, órgão responsável pela coordenação e operação do sistema elétrico
brasileiro, alertou que os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste devem
chegar a novembro a 10,3% da capacidade — isso se o plano de ação desenhado pelo
governo para prevenir um quadro mais grave for bem-sucedido.
Será o nível mensal mais baixo para os reservatórios em 20 anos, segundo afirmou o diretor-
geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, em audiência pública na Câmara dos Deputados em 20 de
junho. 95
CRISE HÍDRICA 2021

Caso as ações não surtam o efeito esperado, o nível dos reservatórios pode cair para 7,5%,
alertou o executivo, percentual em que o sistema de geração de energia entraria em colapso e
falhas de fornecimento podem acontecer.
Racionalização - É quando o governo cria incentivos para que o consumidor, por conta
própria, economize energia. O ex-diretor da Aneel Edvaldo Santana cita como exemplo a
distribuição de geladeiras mais eficientes a famílias de baixa renda, feita por algumas
distribuidoras de energia nos anos 2000. O aumento da tarifa também é um incentivo à
racionalização.
'Racionalização compulsória' - A primeira versão da MP (medida provisória) elaborada pelo
atual governo para combater os efeitos da crise do setor elétrico trouxe uma expressão
esquisita: "racionalização compulsória".
O termo causou estranhamento geral, por ser contraditório. "Quando há racionalização, ela
nunca é compulsória, é sempre voluntária", afirma Santana. "Quando há racionamento, aí sim,
é compulsório. O governo misturou as duas coisas."
Uma nova versão da minuta excluiu o neologismo, mas a MP já passou a ser chamada no
Congresso e na imprensa de "MP do Racionamento" ou "MP do Apagão", trazendo de volta o
fantasma que o governo quer afastar às vésperas da disputa da reeleição em 2022.
'Racionamento educativo' - Outro neologismo que apareceu no debate recente sobre a crise
do setor elétrico.
O termo foi usado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
"O ministro Bento (Albuquerque, das Minas e Energia) esteve comigo, fazendo análise de
cenário, garantindo que nós não vamos ter nenhum tipo de problema com apagão, mas vamos
ter que ter um período educativo de algumThaís racionamento para não ter nenhum tipo de crise
maior", afirmou Lira, após participar em 22 de junho da cerimônia de lançamento do Plano
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Safra 2021-2022 no Palácio do Planalto.
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Horas depois, diante da forte repercussão negativa da sua declaração, Lira negou a
possibilidade de racionamento.
"Falei há pouco com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que esclareceu que
a medida provisória não irá trazer qualquer comando relativo ao racionamento de energia. Será
feito o incentivo ao uso eficiente da energia pelos consumidores de maneira voluntária",
escreveu o presidente da Câmara, em postagem nas redes sociais.
"Racionamento educativo' é como 'racionalização compulsória': não existe", afirma Edvaldo
Santana.
"O que acontece é que 'racionamento' é uma coisa que, no Brasil, perde eleição. Então não
se pode falar disso. Fica todo mundo com medo e aí ficam tentando mascarar."
"Isso é muito perigoso. A propaganda do governo sobre a crise, da forma como está sendo
feita, é praticamente inócua", opina o ex-diretor da Aneel. "Ela destaca a crise de água, quando
não há escassez nos reservatórios de água para consumo."
"É preciso dizer com todas as letras que o problema é de energia e que a população tem que
economizar eletricidade. Mas por que ficam falando de água? É que a regulação da água para
uso humano é estadual e municipal, então o governo federal quer dividir o problema com
Estados e municípios. É esperteza política na hora de fazer a propaganda", opina Santana.

96
CRISE HÍDRICA 2021

Bandeiras tarifárias - O sistema de bandeiras tarifárias das contas de luz foi implantado em
janeiro de 2015 pela Aneel com dois objetivos.
O primeiro deles é remunerar as distribuidoras pela compra de energia mais cara produzida
pelas termelétricas em momentos de escassez de geração hidrelétrica. O segundo é sinalizar
ao consumidor que há escassez na oferta de energia, no momento em que o problema está
acontecendo, como uma forma de incentivá-lo a reduzir o consumo.
Antes do sistema de bandeiras, quando acontecia o acionamento de usinas térmicas, as
distribuidoras arcavam com o custo adicional e só eram recompensadas pelo gasto a mais no
reajuste anual das contas de luz para os consumidores.
Com isso, podia acontecer de o reajuste ocorrer num momento em que já não houvesse
mais escassez de energia, dando um sinal errado ao consumidor, com preços baixos no
momento de escassez e mais altos quando a situação já estivesse regularizada. As bandeiras
foram criadas então para resolver esse descompasso.
Inicialmente, o sistema tinha três patamares: verde (sem acréscimo na conta de luz), amarelo e
vermelho.
Posteriormente, foi criado um segundo patamar para a bandeira mais cara com a
introdução da bandeira vermelha patamar 2, que é a que está vigorando atualmente, com
acréscimo de R$ 6,24 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
Agora, o governo estuda elevar essa cobrança adicional, mas ainda não está decidido se
será criado um novo patamar nas bandeiras ou se a bandeira vermelha 2 será reajustada para
um valor mais alto, que pode chegar a um acréscimo de R$ 10 a cada 100 kWh consumidos.

E agora, a sopa de letrinhas: Thaís


ENA (Energia Natural Afluente) - Numa hidrelétrica, é a quantidade de água que chega
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nos reservatórios que pode ser transformada em energia.
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"É essa Energia Natural Afluente que, nos últimos meses, tem ficado em 60%, 50% do valor
histórico. No mês de junho, deve ser a mais baixa em 90 e tantos anos", diz Santana,
acrescentando que esse indicador é monitorado para saber quanto de energia poderá ser
gerada à frente.
PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) - As distribuidoras de energia — como a Enel
na capital paulista e a Light na capital fluminense -— são obrigadas a contratar 100% da
energia que irão fornecer aos consumidores em contratos de longo prazo firmados com
geradores.
Essa energia contratada às vezes pode sobrar ou faltar e a diferença é comprada (quando
falta) ou vendida (quando sobra) no chamado mercado de curto prazo, a um preço chamado de
"preço de liquidação das diferenças". Isso porque só se negocia nesse mercado a diferença
entre o contratado pelas distribuidoras e o realizado.
"Quando não tem água, é o PLD que sinaliza isso", observa Edvaldo Santana, explicando
porque esse é um termo relevante na crise atual. "O normal é o PLD estar em R$ 100, R$ 150
[por megawatt-hora]. Já está em R$ 350 e deve chegar no mês que vem no teto, que é R$
580."
SIN (Sistema Interligado Nacional) - É o sistema de produção e transmissão de energia elétrica
do Brasil. É formado por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior
parte da região Norte (à exceção de Roraima).
Esses sistemas trocam energia entre si, aproveitando a diversidade de regimes de chuva nas
diferentes regiões do país.
O subsistema Sudeste/Centro-Oeste é considerado a "caixa d´água" do sistema elétrico
brasileiro, por conter cerca de 70% da capacidade de armazenamento para geração
hidrelétrica.
E é justamente esse subsistema que está sendo mais afetado pela crise hídrica atual.
Já o subsistema Norte passa pela situação contrária: com chuvas acima da média histórica,
que levaram inclusive a fortes alagamentos nos rios da região.
"O Norte nunca exportou tanta energia para o resto do país como agora", diz Santana. "No
mês passado (maio), chegou a exportar 11 gigawatts, que é suficiente para atender Minas
Gerais e o Rio de Janeiro." 97
CRISE HÍDRICA 2021

Agora, a água já está acabando, e a exportação deve ficar em torno de 2 gigawatts. A partir
do mês que vem, é zero. A geração de Belo Monte e Tucuruí só vai ser suficiente para atender
o Norte, porque essas usinas não têm grandes reservatórios", afirma o ex-diretor da Aneel.
"Se não fosse o Norte, poderíamos ter racionamento já em agosto, setembro. O Norte ajudou
muito a minimizar a crise."
El Niño e La Niña - Por fim, os últimos termos necessários para dominar o "be-a-bá" da
crise hídrica são os fenômenos climáticos El Niño e La Niña.
São duas fases opostas de um fenômeno de mudança de temperaturas na faixa tropical do
oceano Pacífico. Quando essas águas estão mais frias do que o normal, acontece a La Niña.
Quando estão mais quentes que o normal, é a vez do El Niño.
Esse aquecimento ou resfriamento afeta a circulação atmosférica global, trazendo
consequências climáticas para várias partes do mundo.
No Brasil, El Niño desfavorece as chuvas no Norte e Nordeste do país e favorece no Sul,
trazendo ainda aquecimento para o Sudeste. Já La Niña tem efeito inverso, provocando mais
chuva no Norte e Nordeste, menos chuva no Sul e favorecendo a formação de corredores de
umidade no Sudeste, com temperaturas mais baixas no período úmido.
O ano de 2020 foi de La Niña, diz Filipe Pungirum, meteorologista da Climatempo. Esse é
um fenômeno que não é tão prejudicial ao setor elétrico, já que provoca chuvas na maior parte
dos sistemas brasileiros.
"Mas ele não é o único fenômeno que impacta a distribuição de chuvas nas bacias
brasileiras. Não foi por causa da La Niña que nós chegamos à situação atual", garante
Pungirum.
Segundo o meteorologista, o fator mais Thaís relevante para a seca atual no Sudeste foi a
configuração da temperatura das águas do oceano Atlântico, que foi muito desfavorável ao
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avanço de frentes frias e à formação HP15916305822995
de corredores de umidade na região da bacia do Paraná.
"É preciso lembrar também que a gente vem de uma sequência de anos insatisfatórios em
termos de chuva, o que tem prejudicado a saúde dos nossos reservatórios", destaca o
especialista.
Segundo Pungirum, algumas teorias relacionam esse fenômeno às mudanças climáticas de
longo prazo, mas o meteorologista avalia que ainda é preciso uma série mais longa, de pelo
menos trinta anos, para que essas hipóteses possam ser confirmadas.
Fonte: BBC Brasil

98
APAGÃO NO AMAPÁ. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

APAGÃO NO AMAPÁ:
ergia?
o que provocou queda de en
Em novembro de 2020 um incêndio deixou o Amapá no escuro por 22 dias, provocando desabastecimento, falhas em
serviços públicos essenciais e protestos. O desastre é obra de uma empresa privada negligente e de um poder público
disposto a fazer vistas grossas na hora de fiscalizá-la. Todo esse cenáriode caos em meio a pior crise sanitária do país.

Para entendermos o apagão no


Amapá é preciso voltar no tempo. "Apagão no Amapá: o que provocou queda de energia que leva sede e
Na época da ditadura militar foi caos ao Estado?
construída a hidrelétrica do Tucuruí, O Estado do Amapá tem cerca de 860 mil habitantes, segundo projeção do
no Pará. IBGE para 2020. Segundo o Ministério de Minas e Energia, 85% dessa
O Amapá, mesmo produzindo população foi afetada pelo apagão, ou seja, cerca de 730 mil pessoas.
muita energia, depende dessa Três planos foram divulgados pelo Ministério de Minas e Energia para o
hidrelétrica. E para chegar ao Amapá, reestabelecimento de energia no Estado.
essa energia precisa de muitas linhas O primeiro deles prevê que cerca de 60% a 70% da carga volte a ser atendida
de transmissão e desde 2018 essas até o fim da tarde desta sexta (6/11). Os outros dois estabelecem um prazo de
linhas são operadas por uma 15 a 30 dias para a normalização.
empresa privada. Nas redes sociais, moradores reclamam da situação crítica no Estado - a
Thaís
Porém, em 2019 essa empresa hashtag "#SOSAmapá" ficou entre as mais comentadas no país na quinta
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passou por uma série de problemas (5/11).
HP15916305822995
financeiros e só conseguiu ser salva Segundo o portal de notícias G1, há filas também em supermercados e
porque foi comprada por uma locais de revenda de água, e o problema provocou uma corrida ao aeroporto,
empresa estrangeira. hotéis, supermercados e shoppings, onde ainda havia energia elétrica por
Essa empresa já tinha um histórico causa de geradores.
financeiro super suspeito com vários Também na quinta, o prefeito de Macapá, Clécio Luís, decretou estado de
episódios de calote na entrega de calamidade pública na capital por 30 dias.
obras e fornecimento de energia. O incêndio
Para toda a estrutura de Na noite de terça-feira, uma explosão seguida de incêndio atingiu um
transmissão funcionar, são transformador de uma subestação de Macapá, segundo informou o Ministério
necessárias subestações e são de Minas e Energia. O incêndio inutilizou o transformador e ainda danificou
fundamentais para a distruibuição. outro. Foram horas para combater o incêndio, afirmou o ministro da pasta,
Em 3 de novembro de 2020 uma Bento Albuquerque, em coletiva de imprensa na quinta (5/11).
subestação no Amapá pegou fogo. "Foi reportado um incêndio no transformador 1 da subestação de Macapá,
A princípio a hipótese do apagão era de propriedade da LMTE [Linhas de Macapá Transmissória de Energia], tendo
uma tempestade que assolou o sido registrado perda total na unidade", informou o ONS (Operador Nacional do
estado e poderia ter provocado o Sistema Elétrico, responsável por monitorar o fornecimento de energia em todo
fogo, porém, os para-raios estavam o Brasil), em nota.
intactos e vários problemas foram A causa do incêndio ainda não é conhecida, e o ONS abriu uma
diagnosticados. investigação com prazo de 30 dias para apurar as causas e responsabilidades.
Desde a falta de um transformador Planos
de backup que deveria existir na Os planos apresentados pelo governo federal para solucionar o apagão na
estação a falta de guarnição de uma região vão "assegurar o reestabelecimento gradual da carga total de Macapá
equipe que poderia conter o incêndio. nos próximo dias", disse nesta quinta o ministro de Minas e Energia.
13 das 16 cidades do Amapá ficaram O primeiro plano apresentado pelo governo federal, mais imediato, é recuperar
sem energia. o segundo transformador, que estava em operação, mas que teve um dano
Então vamos para algumas menor, na bucha de conexão do transformador com a rede.
reportagens para entendermos essa 99
situação lamentável.
APAGÃO NO AMAPÁ. NAJU, ME ATUALIZA! 3ª EDIÇÃO.

O segundo plano é mais demorado: um segundo transformador será transportado da subestação de Laranjal do Jari (270 km de
Macapá) a Macapá. Para o transporte, é necessário desmontar o transformador, retirar o óleo, fazer transporte fluvial, terrestre e
instalação. O prazo para isso é de 15 dias, e a instalação do transformador garantiria 100% do fornecimento de energia.
O terceiro plano apresentado pelo Ministério de Minas de Energia é transportar um transformador de Boa Vista (RR), que passa pelos
mesmos processo de desmontagem, transporte e instalação. O prazo para esse processo é de 30 dias.
Fonte: BBC Brasil

Thaís
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100
COVID NO BRASIL: MANAUS

No começo de 2021 Manaus enfrentou um dos episódios mais tristes e desoladores


da pandemia.
A segunda onda atingiu em cheio a capital manauara e o caos se instalou. Centenas de
pacientes morreram sem ar, os hospitais ficaram abarrotados, cilindros de oxigênio
vazios e cemitérios cheios.
Infelizmente esse roteiro de filme de terror foi a realidade de muitos brasileiros.
Confira agora algumas reportagens do que houve no Amazonas e como isso
degringolou na CPI do covid.

Reportagem BBC Brasil


"Em meio à descoberta de uma nova variante do coronavírus ali, houve um pico no
número de internações, com hospitais lotados e sem oxigênio.
Relatos dramáticos que circulam nas redes sociais dizem que pacientes estão sendo
submetidos à ventilação manual e muitos morreram asfixiados. O sistema de saúde dá
sinais de colapso.
Para o pesquisador Jesem Orellana, do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz
Amazônia), Manaus virou a "capital mundial da covid-19". Falando à BBC News Brasil
por telefone, ele diz que, devido à crise pela qual passa a cidade, não há outra solução
senão "um lockdown total”.

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"Nova cepa e transmissão acelerada em todo o Brasil

O panorama é ainda mais explosivo e imprevisível com a descoberta de uma nova


cepa do coronavírus confirmada pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas
(FVS-AM) circulando no Estado, com uma velocidade maior de transmissão. “A taxa de
transmissão está em 1,3. Acima de um é uma velocidade que aumenta o número de
casos.
É uma velocidade semelhante à observada durante o primeiro pico em abril e maio”,
afirmou a diretora da FVS-AM, Tatyana Amorim.
A aceleração da transmissão não se dá apenas no Amazonas. Todas as regiões do país
tem índices maiores do que 1, como o Estado do Norte, segundo a ferramenta da USP e
da Unesp que utiliza matemática e inteligência artificial para analisar dados da covid-19.
A média móvel de casos medidas por um consórcio de meios de imprensa registrou
recorde nesta quinta. Já a média móvel de mortes voltou a ser mais de 1.000 e é 42%
maior do que há 14 dias atrás.
Depois de recuar em impor um lockdown em dezembro por causa de protestos
populares, o Governo do Estado, chefiado por Wilson Lima (PSC) anunciou, pela
primeira vez, toque de recolher em todo o Estado, de 19h às 6h, exceto para pessoas
que trabalham em áreas essenciais, além de proibir o transporte coletivo entre rodovias
e rios, exceto para transporte de carga. Ainda nesta quarta-feira, o Governo do Estado
do Pará proibiu a entrada no estado de embarcações de passageiros provenientes do
Amazonas.”
Fonte: El Pais Brasil

101
CPI DA COVID

Em abril de 2021 foi instaurada a CPI da Covid para investigar as ações do governo
federal ao combate a pandemia.
Você sabe o que é uma CPI?
CPI, comissão parlamentar de inquérito, é uma comissão temporária criada para
fiscalizar fatos determinantes. Ela é garantida pela constituição e pode ser instalada na
Câmara, no Senado, ou nas duas casas legislativas em conjunto.
A comissão, que busca apurar ações e omissões do governo federal na gestão da
pandemia, ainda tem um longo caminho pela frente e já dura 4 meses. Apesar de ser
um assunto importantíssimo e relevante para nossas vidas, não apenas para
vestibulares, talvez seja pouco provável de ser abordado em provas, visto o teor político
que carrega, por isso, deixarei aqui reportagens para que você se aprofunde no assunto.
E não se esqueça de se proteger, a pandemia ainda não acabou.

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102
MACEIÓ ESTÁ AFUNDANDO

Em 2018 um tremor em Maceio marcou milhares de vidas para sempre. Mais de 55 mil
pessoas passam por um êxodo forçado causado pela mineração feita de forma
inadequada.
O problema começou em fevereiro de 2018, após fortes chuvas e um tremor de terra.
Desde então, a situação só se agravou, obrigando centenas de famílias a deixarem suas
moradias por causa dos riscos de desabamento.
Segundo o relatório do Serviço Geológico do Brasil (CPMR), a exploração de sal-gema,
feita de forma inadequada, desestabilizou as cavernas subterrâneas que já existiam nos
bairros, causando o afundamento do solo e, consequentemente, as rachaduras.
A saída compulsória dessas pessoas causa diversos danos ao tecido social.
Individualmente no âmbito da saude mental mas também no mercado imobiliário, afinal,
55 mil pessoas saíram de suas residências com uma indenização baixíssima
precisariam de uma nova casa, e agora, a especulação imobiliária se aproveita da
situação hiperflacionando os preços.

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Confira um trecho da reportagem no Metrópole


A empresa, que tem como sócios a Odebrecht e a Petrobras, não admite oficialmente
ter causado o problema, mas já concordou, na Justiça, em pagar mais de R$ 12 bilhões
para indenização de moradores e comerciantes, realocação de escolas e hospitais e
financiamento de ações que minimizem o drama causado pelo afundamento de bairros
inteiros.
Na área atingida, há risco de desabamento, segundo a Defesa Civil local. Essa região
não tem solo estável, e as mudanças são registradas por sismógrafos e outros
equipamentos instalados em vários locais da cidade. Além dos pontos críticos, há uma
área de segurança em volta cuja ampliação já levou a quatro revisões do mapa de
remoção de moradores desde 2019.
Inicialmente, foram removidos os habitantes do bairro de Mutange, na beira da lagoa.
Hoje, segundo dados da prefeitura, cerca de 55 mil pessoas já tiveram de deixar
suas casas, e o número deve continuar a subir. Os bairros de Bebedouro, Pinheiro, Bom
Parto e parte do Farol foram incluídos na área de risco; e Flexal de Cima e de Baixo
foram considerados afetados pela prefeitura por terem ficado isolados socialmente, sem
acesso a comércio ou serviços públicos. O avanço do fenômeno também ameaça
algumas vizinhanças que estão fora dos mapas.
Bebedouro, um dos bairros mais afetados, faz parte da história da fundação de
Maceió. Ali estão prédios tombados pelo patrimônio municipal e estadual, como o Asylo
das Órphans Desvalidas de Nossa Senhora do Bom Conselho, construído em 1877 para
as órfãs da Guerra do Paraguai e que funcionava como escola pública bem-conceituada
até bairro ser condenado; e a Igreja de Santo Antônio de Pádua, inaugurada em 1873
com azulejos vindos de Portugal, onde o padre ainda resiste a fechar as portas, mas
celebra missas em uma vizinhança praticamente sem moradores.

103
MACEIÓ ESTÁ AFUNDANDO

O que era explorado:


O sal-gema é um sal retirado de rochas e se forma no subsolo, a cerca de mil metros da
superfície.
Ele pode ser usado normalmente na cozinha, como o sal rosa do Himalaia vendido em
supermercados, que é sal-gema. No entanto, seu uso é importante em vários processos
industriais. Para a Braskem, o resultado da mineração serve para produzir PVC e soda
cáustica.
Grandes quantidades de sal-gema foram encontradas no subsolo de Maceió na década
de 1960, e, em 1976, a empresa Salgema começou a cavar minas na região, com
anuência das autoridades locais. Para chegar aos depósitos de sal, é preciso cavar até
uma profundidade de, aproximadamente, mil metros.
Fonte: Metrópoles

Thaís
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104
BRUMADINHO E MARIANA

Em 2015 a barragem de Mariana rompeu e marcou para sempre a vida de milhares


de mineiros.
Em 2019 outro rompimento, dessa vez em Brumadinho.
O rompimento ocorreu devido a deformações da estrutura da barragem.
Especialistas apontaram ainda uma redução de resistência em determinadas áreas da
estrutura devido à infiltração das chuvas fortes que haviam caído na região nos dias
anteriores à tragédia. A segunda, dessa vez, anunciada e neglicenciada.
Aponte seu celular para o QR code e veja algumas reportagens.

Thaís
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105
2021 TERCEIRA EDIÇÃO NAJU, ME ATUALIZA! @deuskdminhavaga

OBRIGADA!

SE VOCÊ CHEGOU ATÉ


AQUI, PARABÉNS <3
CONTINUE

Na vida sempre teremos vários percalços mas é necessário enfrentar com coragem e
determinação. Em um ano pandêmico os estudos se tornam ainda mais difíceis mas eu
confio em você, portanto, como na música dos Racionais: "É necessário sempre acreditar
que o sonho é possível, que o céu é o limite e você, truta, é imbatível. Que o tempo ruim vai
passar, é só uma fase, que o sofrimento alimenta mais a sua coragem."

Se precisar, descanse! Para treinar:

Assista séries, veja filmes, ouça Não se esqueça que no site do objetivo
podcasts que te faça rir. você encontra várias provas (inclusive
Nada vale sua saúde mental. com resolução comentada) e pode
Thaís
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treinar e conhecer a banca que irá
HP15916305822995 prestar!

A vocês:

Mais uma vez quero agradecer você pela confiança no meu trabalho e por acreditar nesse
projeto.
Continue me acompanhando nas redes sociais e vamos juntos nessa caminhada.

E por fim..

Deixo aqui também os meus agradecimentos a minha mãe que é minha maior
incentivadora <3, minhas amigas Taíse, Luiza e Isa que sempre estão apoiando
meus sonhos, a Nat por mesmo de longe ser meu suporte, Carol por me ensinar
tanto e dividir comigo sua maturidade. Marina, Victor e Abner por serem colo
quando preciso, me impulsionarem e serem presentes.
Ao Jorge e ao Tiago que foram cruciais na abertura de novos horizontes e a todos
meus amigos que se fazem presentes em minha vida.
Um beijo e até a próxima edição ❤

É proibida a reprodução parcial ou total deste material sejam quais forem os meios empregados para isso:
eletrônicos, fotográficos, xerográficos ou quaisquer outros, sob pena de respnder legalmente pela violação,
conforme estabelecido pela Lei nº 9.610 de 19/02/1998 e pelo artigo 184 do Código Penal.

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