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CENTRO DE INFORMÁTICA
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
Por
Dissertação de Mestrado
Recife - Pernambuco
2008
ii
ORIENTADOR:
Recife - Pernambuco
2008
iv
Agradecimentos
À Deus, pela vida e pelo seu amor; que possibilitou a conclusão de mais uma etapa importante
na minha vida.
Aos meus queridos pais, Joana Darc’ e Astrogildo, pelo amor e carinho e, principalmente pela
confiança.
Agradeço ao meu orientador Edson por toda orientação, incentivo, paciência, compreensão e
principalmente pelos puxões de orelhas.
Aos meus irmãos Cyntia e Rycardo, minha sobrinha Isabelle, tia Tereza, minhas avós e meus
parentes pelo incentivo.
Ao meu Benzinho pelo seu amor, carinho, por esta sempre pertinho de mim.
A Jeneffer, por ser uma grande amiga, pelas dificuldades e bons momentos que passamos
juntas.
Aos meus amigos e colegas da UFPE, em especial ao Alexandre (PE), Alexandrino (CE),
Gabriel (PE), Glauco (PA), Gecinalda e André (BA), Daniela (PR), Marcio (SE), Guilherme
(CE), André (SE), Leandro (TO), Humberto (MG), Wilson (PR), Rodrigo (PE), Diogo (PE),
Anderson (BA) e ao professor Aluízio pelo apoio e pela torcida;
Aos meus velhos amigos da FIC/MG e EAFST/ES, em especial ao Bicudo, Luanna, Monique,
Renata, Edivaldo, Fabiano, Cleyverson, Jéssica e Nana;
Resumo
A sociedade atual vem passando por muitas transformações, sendo uma delas a busca por
maior segurança, levando as pessoas cada vez mais por situações em que são obrigadas a ter
que provar sua identidade. O fato de provar sua identidade é habito muito comum usado nas
assinaturas para autenticar cheques ou ainda a apresentação de documentos com nossa foto,
como carteiras de identidade ou passaporte.
Uma forma de provar a identidade de uma pessoa é a utilização de características
pessoais mensuráveis, como uma medida fisiológica ou comportamental, que distingue, de
forma confiável, um ser humano dos demais, chamado Prova por Biometria. Por ser uma
característica pessoal, esta não pode ser roubada, perdida ou esquecida, além ser um método
mais confiável e seguro do que métodos convencionais.
Dentro desse contexto, é proposto um modelo de arquitetura biométrica que utiliza
diversas medidas biométricas para realizar a tarefa de Reconhecimento e Autenticação
Pessoal. Esse ambiente permite que diferentes métodos biométricos possam ser utilizados
para identificação pessoal através do acoplamento de diversos módulos, sejam eles referentes
à autenticação de identidade mediante a dinâmica da digitação, impressões digitais, face, etc.
O modulo investigado neste trabalho é a dinâmica da digitação, processo de analisar
ritmo como a pessoa digita seu nome completo em um terminal através do monitoramento das
entradas do teclado, onde são extraídas as seguintes características: tempo de pressionamento
da tecla e três latências de teclas. Na etapa de reconhecimento é utilizado um classificador
estatístico, tendo como resultado 0,24% taxa de falsa aceitação e 1,87% falsa rejeição.
Abstract
The society is going by a lot of transformations, and search the larger safety is one of them,
taking the people more and more for situations where they are forced have to prove your
identity. The fact of proving your identity is habit common used in the signatures to
authenticate checks or still the presentation of documents with picture, as identity card and
passport.
Sumário
Capítulo 1 ............................................................................................................................. 1
Introdução............................................................................................................................ 1
1.1 Motivação .................................................................................................................... 1
1.2 Objetivos...................................................................................................................... 4
1.3 Estrutura da Dissertação ............................................................................................... 5
Capítulo 2 ............................................................................................................................. 6
Biometria.............................................................................................................................. 6
2.1 Introdução .................................................................................................................... 6
2.2 História ........................................................................................................................ 6
2.3 Técnicas Biométricas ................................................................................................... 8
2.3.1 Impressão Digital .................................................................................................. 9
2.3.2 Face..................................................................................................................... 10
2.3.3 Geometria da Mão ............................................................................................... 11
2.3.4 Iris....................................................................................................................... 11
2.3.5 Voz ..................................................................................................................... 12
2.3.6 Assinatura ........................................................................................................... 13
2.3.7 Dinâmica da digitação ......................................................................................... 14
2.4 Quadro Comparativo entre Técnicas Biométricas ....................................................... 14
2.5 Sistema Biométrico Multimodal ................................................................................. 16
2.5.1 Integração de Características ............................................................................... 16
2.5.1 Integração de Decisão.......................................................................................... 17
2.6 Medidas de Desempenho............................................................................................ 18
2.7 Considerações Finais.................................................................................................. 19
Capítulo 3 ........................................................................................................................... 20
Dinâmica da Digitação....................................................................................................... 20
3.1 Introdução .................................................................................................................. 20
3.1.1 Informação Alvo.................................................................................................. 21
3.1.2 Quantidade de Padrões ........................................................................................ 22
3.1.3 Características Extraídas...................................................................................... 22
3.1.4 Precisão do Tempo .............................................................................................. 23
3.1.5 Atualização do template biométrico..................................................................... 24
3.1.6 Classificador........................................................................................................ 24
3.2 Considerações Finais.................................................................................................. 24
Capítulo 4 ........................................................................................................................... 25
Arquitetura Proposta......................................................................................................... 25
4.1 Introdução .................................................................................................................. 25
4.2 Arquitetura................................................................................................................. 26
4.2.1 Aplicação ............................................................................................................ 27
4.2.2 API’s ................................................................................................................... 27
4.2.2 – API Biométrica ............................................................................................. 28
4.2.2 – API Segurança .............................................................................................. 35
4.2.2 – API Administrativa ....................................................................................... 36
4.2.2 – API Banco de Dados..................................................................................... 36
4.2.3 Base de Conhecimento ........................................................................................ 37
viii
Lista de Figuras
Figura 2.1 características biométricas (adaptado de [Livia 04]) .............................................. 9
Figura 2.2 Exemplo de Impressão Digital............................................................................. 10
Figura 2.3 captura face......................................................................................................... 10
Figura 2.4 Captura da mão ................................................................................................... 11
Figura 2.5 Estrutura Ocular .................................................................................................. 12
Figura 2.6 Voz ..................................................................................................................... 12
Figura 2.7 Exemplo Assinatura Dinâmica ............................................................................ 13
Figura 2.8 Dinâmica da Digitação ........................................................................................ 14
Figura 2.10 Integração de Características ............................................................................. 17
Figura 2.11 Integração de Decisão ....................................................................................... 17
Figura 2.8 Avaliação de Performance................................................................................... 18
Figura 3.1 Características Extraídas ..................................................................................... 23
Figura 4.1 Diagrama de Camadas......................................................................................... 25
Figura 4.2 Arquitetura Biométrica........................................................................................ 26
Figura 4.3 API’s................................................................................................................... 28
Figura 4.5 Cadastramento .................................................................................................... 32
Figura 4.6 Autenticação ....................................................................................................... 33
Figura 4.7 Reconhecimento.................................................................................................. 34
Figura 4.8 Módulos Biométricos .......................................................................................... 38
Figura 5.1 Tela de Cadastramento ........................................................................................ 40
Figura 5.2 Tela de Captura de Amostras............................................................................... 40
Figura 5.3 Tela de Autenticação........................................................................................... 45
Figura 6.1 Comportamento da FRR (ZeroFAR) com o aumento da quantidade de amostras . 49
Figura 6.2 Combinação das características Tempo de Pressionamento e Latência................. 52
Figura 6.3 Avaliação %FRR (ZeroFAR) quando variação a seleção de características.......... 53
Figura 6.4 Avaliação FRR adotando (FAR=0%) quando variação de características............. 54
Figura 6.5 Comportamento FRR em relação ao FAR (Limiar Global) .................................. 55
x
Lista de Tabelas
Tabela 2.1 Comparação das Tecnologias Biométricas .......................................................... 16
Tabela 5.1 Exemplo da digitação da palavar “IVAN”........................................................... 42
Tabela 5.2 Exemplo da digitação da palavra “IVAN”, após a normalização. ........................ 43
Tabela 6.1 Comportamento da FRR em relação a FAR com diferente variações do Limiar .. 50
Tabela 6.2 Configurações %FRR (ZeroFAR)- Características Extraídas e Seleção dos
Tempos. ....................................................................................................................... 51
Tabela 6.3 Configurações %FRR (ZeroFAR)- Características Extraídas e Seleção dos
Tempos. ....................................................................................................................... 51
Tabela 6.4 Classificadores.................................................................................................... 55
Tabela 6.5 Combinação de Características ........................................................................... 56
xi
Introdução
1.1 Motivação
A sociedade atual vem passando por muitas transformações, sendo uma delas a busca por
maior segurança levando as pessoas cada vez mais por situações em que são obrigadas a ter
que provar sua identidade. A identidade pessoal é um conjunto de dados que permite
reconhecer uma pessoa e a distinguir das demais [DCRD06], referente a um determinado
grupo ou comunidade. O fato de provar sua identidade é habito muito comum usado nas
retiradas de dinheiro no caixa eletrônico com seu cartão magnético, assinaturas para autenticar
cheques, senhas para identificação em controle de acesso ou ainda a apresentação de
documentos com foto, como carteiras de identidade ou passaporte.
Em geral existem três maneiras para provar a identidade de uma pessoa [Ara04] e
“conceder a pessoa certa os privilégios certos o acesso certo no momento certo” [WHGT03]:
A abordagem que utiliza a Prova por Posse também é muito utilizada, sendo
necessário que a pessoa carregue consigo vários documentos de identificação como carteira
de identidade, cartões e chaves. Porém, nenhum desses métodos é 100% confiável, visto que
podem ser esquecidos, roubados, emprestados, perdidos, copiados ou até mesmo falsificado.
Lógica Fuzzy: Utilizado para modelar problemas que tratam com dados
ambíguos. Este classificador é uma generalização da lógica tradicional, tratam os padrões com
um grau de pertinência sobre diversos valores diferentemente da lógica tradicional em que a
premissa sempre é verdadeira ou falsa.
1.2 Objetivos
Esta dissertação tem como objetivo propor um modelo de arquitetura biométrica para
utilização de diversas medidas biométricas na tarefa de identificação pessoal através do
acoplamento de diversos módulos, sejam estes medidas fisiológicas ou comportamentais,
como por exemplo, como a face, voz, mão, dinâmica da digitação, etc.
Biometria
2.1 Introdução
Biometria é derivada das palavras gregas “bios” (vida) e “metron” (medir), que significa
medida da vida, mas também é definida como o método automático de identificação pessoal
usando traços distintos, como as características de comportamento ou físicas do corpo
humano que possa ser usado para reconhecer um indivíduo [WHGT03].
2.2 História
Existem referências que em 500 a.C. as impressões digitais eram usadas para
distingui uma pessoa “nas transações de negócios babilônicas eram incluídas duas impressões
digitais gravadas em peças de cerâmicas”, na China as crianças eram diferenciadas pelas
pegadas e impressões digitais. Na época dos faraós, os comerciantes confiantes eram
identificados por pelas características físicas diferenciadas dos novos comerciantes.
Mais tarde no final do século XIX, surgiu um grande interesse por um francês
Alphonse Bertillon em pesquisas criminalísticas, na tentativa de relacionar as medidas do
corpo humano, e estas eram escritas em cartões constituídos pelo diâmetro transversal da
cabeça, comprimento dos pés, dedos, antebraços, estatura entre outros [AP03], resultando na
produção de uma variedade de dispositivos para mensuração. Ao contrário do que se
pensavam as categorias criadas no sistema de Bertillon não eram únicas, ocorreram muitos
erros, causando o descrédito do sistema, um dos mais conhecidos foi à prisão de um homem
que alegou nunca ter passado pela prisão. No entanto, ao verificar as informações, verificou-
se que havia outro homem com as mesmas características do primeiro que estava detido em
outro presídio [AP03].
Por outro lado, uma característica comportamental é baseada nas ações únicas do
indivíduo aprendida e adquirida ao longo da vida, capturada durante certo período de tempo
[NSTC]. Também na característica comportamental pode ser incorporada o tempo como
medida, como o tempo inicial, médio e final [IBG08]. Dentre as características
comportamentais existe o modo de andar, assinatura, a dinâmica da digitação, a fala entre
outras. As características comportamentais do indivíduo também são conhecidas como uma
característica não estática, ou seja, tendem a variar com o tempo e podem sofrer algumas
alterações, dependendo do estado emocional da pessoa. Por exemplo, a voz de um indivíduo
pode sofrer alterações quando em estado de medo, gripado ou correndo perigo [Sil05] e, por
esse motivo, a maioria dos sistemas biométricos permitem que sejam feitas atualizações de
suas amostras biométricas à medida que vão sendo utilizados, tornado o sistema de
identificação mais eficiente na autenticar do indivíduo [Cos06].
A figura 2.1 apresenta um organograma com exemplos dos tipos de biometria para
as características físicas e comportamentais previamente definidas, e a seguir uma breve
descrição de alguns métodos de forma mais detalhada, apresentando um quadro comparativo
entre as tecnologias biométricas.
A utilização das impressões digitais (Fingerprint) para identificação pessoal ocorre por
séculos e são bem estabelecidas na sociedade, provavelmente pelo fato da impressão digital
ser a muito tempo utilizado nos registros civis e em investigações criminais [JHPB97]. A
formação da digital é determinada durante os primeiros sete meses de gestação do feto e não
sofrem alterações durante o resto da vida, exceto em caso de acidentes [Pra01]. As impressões
digitais são distintas que mesmo em gêmeos idênticos como as impressões digitais em cada
dedo da mesma pessoa [JHP00]. Outro fator interessante é a rapidez e a confiança aliada ao
baixo custo e fácil implementação com um grau de confiabilidade satisfatório.
2.3.2 Face
Por ser uma característica bastante, a fase é bastante aceita pela sociedade em
geral, pois é uma técnica não-intrusiva, podendo ser muito eficiente para identificar uma
pessoa no meio da multidão, e sem exigir que o usuário fique esperando por longos períodos
de tempo ou fazer qualquer coisa mais que olhar à câmera digital [JBP99]. Entretanto, ser não-
intrusiva é uma desvantagens quanto a opinião pública, muitas pessoas expressaram
preocupação quanto ao uso câmeras digitais colocadas imperceptivelmente ao redor das
cidades para identificação de pedestre sem o conhecimento ou consentimento. [IBGFR02].
A geometria da mão (hand geometry) envolve uma variedade de medidas e análise da forma
da mão da pessoa, incluindo largura e área da mão, comprimentos e larguras dos dedos,
contornos externos, linhas internas e veias. Esta é uma técnica bastante simples, barata, fácil
de usar e é esta sendo utilizada para controle de acesso a áreas restritas. [JHP00, JRP04].
2.3.4 Iris
qualidade, usando luz infravermelha tipicamente para iluminar a íris sem causar danos ou
incômodos ao indivíduo.
A íris é uma característica biométrica que não sofre alteração com o passar do
tempo, é extremamente difícil e cirurgicamente de mexer na textura de íris, nem o uso de
óculos ou lentes de contato prejudicam o processo de reconhecimento [Dau93]. A utilização
da íris requer a presença do indivíduo e ainda possui custos elevados. [JHP00, JRP04].
2.3.5 Voz
Geralmente este tipo de sistema biométrico tem uma boa aceitação devido à
grande disponibilidade de dispositivos de captura como, por exemplo, um telefone ou
Capítulo 2 – Biometria 13
2.3.6 Assinatura
Qualquer característica humana, seja ela fisiológica ou comportamental pode ser usada como
característica biométrica, desde que satisfaça os seguintes requisitos básicos [Cla94 , JHP00]:
A tabela 2.1 [JRP06 , JRP04] mostra a avaliação do grau (alta, média ou baixa)
que cada característica biométrica satisfaz as propriedades desejáveis, é certo, que nenhuma
característica biométrica consegue satisfazer com perfeição aos requisitos de uma
característica biométrica ideal, cada uma possui suas vantagens e desvantagens em relação as
demais, por isso a escolha da(s) característica(s) deve ser a que melhor atende aos requisitos
desejados.
Neste modelo, a integração é feita através da união das amostras biométricas capturadas por
diversos dispositivos biométricos. Uma representação do esquema de Integração de
Características é apresentada na figura 2.10.
Capítulo 2 – Biometria 17
...
Figura 2.10 Integração de Características
Neste tipo de integração, cada modalidade biométrica passa suas características para um
classificador dedicado, que gera uma resposta. Todas as repostas são combinadas com intuito
de gerar uma decisão única. Uma representação do esquema de Integração de Decisão é
apresentada na figura 2.11.
...
Taxa de Falsa Aceitação (False Rejection Rate - FRR), também chamada de Erro
do Tipo 1, representa a percentagem de rejeitar incorretamente uma pessoa legitima devida
alguma variação na captura da característica biometrica. Este erro é frustrante para pessoa, faz
com que o usuário volte apresentar novamente a característica biometrica.
Taxa de Falsa Rejeição (False Acceptance Rate (FAR), também chamada de Erro
tipo 2, representa a percentagem de aceitação incorreta de pessoa não autorizado como
legítima. Este tipo de erro causa fraude.
Equal Error Rate (ERR), valor assumido quando FAR e FRR são iguais ou
bastante próximos. Este pode ser calculado a partir da Curva de Características Operacionais
(Receiver Operating Characteristic ROC) que plota FRR por FAR, esta taxa é muito usada
para avaliar o desempenho dos sistemas biométricos.
Neste capítulo foram apresentados os conceitos básicos que regem a biometria, apresentado
também alguns métodos biométricos tais como impressão digital, íris, geometria da mão, voz,
face, assinaturas e dinâmica da digitação, e a integração de diferentes métodos biométricos.
Dinâmica da Digitação
3.1 Introdução
teste. Como resultado obtendo 0.17% de FAR e 13.3% de FRR. No trabalho de Bleha et al.
[BSH90] utilizaram senha e uma frase como informação alvo, a característica analisada foi a
latência entre teclas junto com classificador de Bayes e de distância mínima, foram realizados
vários experimentos: o primeiro experimento foi realizado com nove voluntários num período
de nove semanas, o segundo com dez voluntários, num período de cinco semanas e 26
voluntários num período de oito semanas. Os testes foram realizados com dez usuários
validos e 22 impostores, resultando em 3,1% de FRR e 0,5 % de FAR.
Vetor de Características = [Itp ,VIl , Vtp , AVl , Atp , NAl , Ntp] (3.1)
I tp : Tempo de Pressionamento da tecla (I), isto é o tempo que o usuário leva para
VI l : Latência entre as teclas (V) e (I), isto é intervalo de tempo que o usuário leva
para soltar a tecla (I) e pressionar a tecla (V).
A dinâmica da digitação por ser uma característica comportamental pode sofrer algumas
alterações com o passar do tempo, o estado psicológico do usuário ou problemas como
estresse [Sil05]. Por isso, o template biométrico deve ser atualizado sempre que uma nova
amostra é apresentada, substituindo um padrão antigo pelo novo, assim depois de muitos
acessos com sucesso, o template biométrico pode está diferente do template biométrico
inicial, melhorando o desempenho da autenticação e diminuindo as taxas de FRR e FAR.
Outra maneira de atualizar o template biométrico consiste na criação de um novo template
biométrico [MRW99] toda vez que uma autenticação é realizada com sucesso, o template
biométrico antigo é descartado e substituído por um novo template biométrico criado a partir
de novas amostras biométricas capturadas.
3.1.6 Classificador
Arquitetura Proposta
4.1 Introdução
4.2 Arquitetura
arquitetura a interação é iniciada pelo Cliente durante a aquisição dos dados biométricos e
depois transmitidos para o Servidor. O Servidor recebe as informações transmitidas pelo
Cliente e realiza os processos de Processamento de Padrões, Criação do Template Biométrico
ou Comparação e Decisão, e depois transmite o resultado para o Cliente. Outra
responsabilidade do Servidor é fazer a comunicação com a Base de Conhecimento. A
arquitetura biométrica (figura 4.2) é detalhada a seguir.
4.2.1 Aplicação
4.2.2 API’s
API’s
A API biométrica permite [Til00]: uma substituição fácil de tecnologias biométricas, uma
integração simples de múltiplas biometrias que utiliza à mesma interface, e extensão rápida de
tecnologia biométrica por múltiplas aplicações. A API biométrica modela as três principais
funções do sistema biométrico em alto-nível: Cadastramento, Autenticação e
Reconhecimento. Já os componentes do sistema biométricos são elementos do sistema que
executa tarefas específicas quando requeridas pelo sistema para que este funcione. Exemplos
de componentes de sistemas biométricos são Aquisição de Dados, Processamento de Padrões,
Comparação e Decisão. Descritas as seguir:
Aquisição de Dados
dificuldade neste processo é balancear a qualidade da amostra biométrica sem causar excesso
de inconveniência ao indivíduo [ISO1482], neste caso pode-se incluir um feedback da
interface com o usuário ou varias aquisições para produzir a amostra biométrica, aumentado
assim à qualidade da amostra biométrica adquirida [BEM02].
Transmissão
Processamento de Padrões
Classificação
Decisão
Cadastramento
Autenticação
Reconhecimento
seguinte questão: “Quem é o indivíduo?”. O indivíduo não reivindica sua identidade, mas o
reconhecimento é baseado na similaridade entre as amostras biométricas e os templates
biométricos armazenados no banco de dados.
Criptografia
A criptografia de chaves pública e privada utiliza duas chaves distintas, uma para codificar e
outra para decodificar mensagens. Neste método cada pessoa ou entidade mantém duas
chaves: uma pública, que pode ser divulgada livremente, e outra privada, que deve ser
mantida em segredo pelo seu dono. As mensagens codificadas com a chave pública só podem
ser decodificadas com a chave privada correspondente.
Assinatura Digital
Uma assinatura digital é um tipo de criptografia que tem função similar a uma assinatura
escrita à mão [NIST95]. A assinatura possui duas funções primordiais à integridade e a
autenticação da mensagem. Considerando duas pessoas desejam se comunicar utilizando um
meio de comunicação de acesso público. A integridade impediria que um impostor alterasse
parte da mensagem antes de ela chegar ao seu verdadeiro destino. A autenticação garantiria
que a mensagem enviada tenha sido gerada verdadeiramente pelo usuário legítimo. Uma
terceira função da assinatura seria o não-repúdio. O não-repúdio evita que, depois da
assinatura de uma mensagem, a pessoa negue que a tenha feito tal ação.
Certificados Digitais
Os certificados digitais são utilizados para garantir que uma determinada chave pública
pertença ao seu suposto proprietário. Um certificado digital é um tipo especial de assinatura
Capítulo 4 – Arquitetura Proposta 36
A Base O principal objetivo da API Banco de Dados é possibilitar um ambiente que seja
adequado e eficiente para uso na recuperação e armazenamento de informações. A API Banco
de Dados é composta pelas funções básicas de manipulação do banco de dados, ou seja,
inserção, alteração, exclusão e recuperação dos templates biométricos.
Capítulo 4 – Arquitetura Proposta 37
Digitação
5.1 Introdução
(3) Opção para inserir os dados do usuário e acionar a tela 5.2, onde o processo de
captura de características biométricas,
(1)
(2)
(3)
(4) (5)
(3) O usuário digita seu nome completo, e a partir do seu ritmo de digitar são
extraídas as características biométricas.
Durante o processo de verificação o usuário deve informar seu nome completo para que seja
cadastrado na base de dados. A base de dados é composta por um conjunto de n contas, sendo
Cada conta composta por ID do usuário, Nome Completo (Informação Alvo), Data de
Nascimento, Identidade, Órgão Expedidor da Identidade, CPF, amostras biométricas do
conjunto de protótipos, template biométrico. Os cincos primeiros elementos são fornecidos no
durante o Cadastramento do usuário e o restante é adquirido após a captura das amostras
biométricas.
Uma vez capturados os valores de tempo para cada um dos eventos associados as
teclas, o passo seguinte é formatar estes valores em função da ordem em que ocorrem os
eventos. O primeiro evento Key Down da primeira tecla passa a ser considerado como evento
zero, assim o sistema assume que este evento ocorre primeiro, e todos os eventos ocorrem
sucessivamente após o evento zero. Logo, este é considerado como Evento Inicial [Cos06].
Em seguida, para cada próximo evento, este será calculado conforme a equação :
A partir destes novos valores, é possível extrair uma série de características que
representarão a dinâmica dos usuários ao digitar. Nas próximas seções serão discutidas as
características adotadas neste trabalho
5.1.1 – Características
As características são extraídas a partir da digitação da string alvo, estas devem representar as
classes envolvidas de maneira discriminante. Duas características foram extraídas durante a
digitação, o tempo de pressionamento e o tempo de latência. A extração de características é
feita em função das teclas digitadas [CPC05], sendo a dimensão do vetor de característica
maior ou igual a quantidade de caracteres.
A Latência Pressiona Pressiona (LPP) (equação 5.5) é calcula pela diferença entre
o tempo de pressionar uma tecla e pressionar a tecla sucessora.
A Latência Solta Solta (LSS) (equação 5.6) é calcula pela diferença entre o tempo
de soltar uma tecla e soltar a tecla sucessora.
O template biométrico é gerado para cada conta cadastrada, sendo composto pelo vetor de
característica e informações extraídas do conjunto de protótipos. Essas informações extraídas
são a média ( µ ) e o desvio padrão ( σ ) calculados para cada característica (i) do vetor de
característica ( x ) contidas nas N amostras do conjunto de protótipos de acordo com as
equações 5.7 e 5.8.
N
1
µ=
N
∑x
i =1
i (5.7)
1 N
σ= ∑ xi − µi
N − 1 i =1
(5.8)
Capítulo 5 – Arquitetura e Protótipo 45
(3) Caixa confirmada quando o usuário é impostor, utilizada para saber se ocorreu
ou não um erro de FAR.
5.1.2 - Classificador
N
Score( x, t ) = ∑ s i (5.9)
i =1
Onde:
1 oi xj −µj
si =
oi
∑
j =1 σj
(5.10)
N
Score( amostra, template) = ∑ (s i ∗ w i ) (5.11)
i =1
Onde:
Capítulo 5 – Arquitetura e Protótipo 47
0 se o i for zero
o
wi = n i caso contrario (5.12)
∑ok
k =1
5.1.2 - Decisão
O valor do limiar pode admitir duas formas: assumir o mesmo valor para todas as
classes (limiar global) e valores de limiares independentes para cada classe (limiar local),
cada classe é tratada individualmente, dependendo de cada classe, poderá alcançar resultados
melhores e mais confiáveis quando a quantidade de amostras biométricas compostas no
conjunto de protótipos aumentarem, uma forma de determinar o Limiar é em função do desvio
padrão das características de forma a encontrar o valor de limiar que seja esteja mais próximo
limiar ideal.
Experimentos e Resultados
amostra para composição do conjunto de protótipos obteve um péssimo resultados nos testes
com o mínimo, a média e o máximo. Os melhores resultados encontrados foi utilizando a
média, pode se observar quando a quantidade de amostras biométricas é aumentada, a taxa de
FRR é diminuída melhorando o desempenho do sistema. E piores resultados foram obtidos
utilizando o tempos máximo das características, limitando a classificação, como a Dinâmica
da Digitação é uma característica comportamental uma vez que o usuário demorar mais a
digita como de costume poderá prejudicar todo desempenho do sistema.
6.2.1 Limiar
Tabela 6.1 Comportamento da FRR em relação a FAR com diferente variações do Limiar
Variações do Limiar % FRR (FAR = 0 %)
0.1 56.81
0.01 7.78
0.001 4.41
0.0001 4.33
0.00001 4.21
Observa-se na tabela 6.1 que a taxa FRR é diminuída com a diminuição do Limiar,
os piores resultados foram obtidos variando 0,1 tendo uma detecção sensível, onde baixo
%FAR com alto % FRR. Nota-se também que os testes com variação 0.01, 0.001, 0.0001 e
0.00001 teve uma queda enorme da %FRR, melhorando o desempenho do sistema.
Capítulo 6 – Experimentos e Resultados 51
Tabela 6.2 Configurações %FRR (ZeroFAR)- Características Extraídas e Seleção dos Tempos.
Seleção de Tempo de Latência Solta
Características Pressionamento Pressiona
Mínimo 16.41 21.06
Média 8.33 10.42
Máximo 16.38 19.30
Tabela 6.3 Configurações %FRR (ZeroFAR)- Características Extraídas e Seleção dos Tempos.
resultados bastante semelhantes, mostradas na Figura 6.2 Podem-se observar na tabela 6.3 que
os resultados realizados utilizando a combinação das características foram superiores aos
resultados utilizando somente uma das características mostrada na tabela 6.2.
Como explicado anteriormente a determinação do Limiar é independe para cada classe. Para
verificar o impacto do valor do Limiar, um experimento foi realizado com um Limiar Global,
isto assumir o mesmo Limiar para todas as classes.
6.2.7 Classificador
A partir da tabela 6.5 pode observar que com a combinação características tempo
de pressionamento e Latência SP mais dois tipos de latências melhorou as taxas FRR
diminuiu de 3,63% na combinação de Tempo de Pressionamento e Latência SP para 1,81%, e
a FAR de 0,28% para 0,26%.
Capítulo 7
7.1 Conclusões
[ASLLY05] L.C.F. Araújo, L.H.R. Sucupira Jr, M.G. Lizárraga, L.L. Ling, J.B.T.
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