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IDENTIFICAÇÃO PELOS

ARCOS DENTÁRIOS; PERÍCIAS


ODONTOLÓGICAS DAS LESÕES DO
APARELHO ESTOMATOGNÁTICO
UNIDADE II
IDENTIFICAÇÃO, IDENTIDADE
E RECONHECIMENTO: CONCEITO E APLICAÇÃO
Alteração
Talita Zanin Damas

Elaboração
Karina de Lima

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE II
IDENTIFICAÇÃO, IDENTIDADE E RECONHECIMENTO: CONCEITO E APLICAÇÃO........................................................ 5

CAPÍTULO 1
CONSIDERAÇÕES GERAIS E FATORES RELEVANTES NA IDENTIFICAÇÃO............................................................... 5

CAPÍTULO 2
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO................................................................................................................................................ 9

REFERÊNCIAS................................................................................................................................................25
IDENTIFICAÇÃO,
IDENTIDADE E
RECONHECIMENTO:
UNIDADE II
CONCEITO E APLICAÇÃO

CAPÍTULO 1
CONSIDERAÇÕES GERAIS E FATORES RELEVANTES
NA IDENTIFICAÇÃO

Identificação é o ato mediante o qual a identidade de alguém é estabelecida (SILVA et


al., 2012). Segundo França (2004), identificação é o processo pelo qual se determina
a identidade de uma pessoa ou coisa, bem como um conjunto de diligências cujo fim é
levantar uma identidade.

A identificação humana post-mortem é uma das grandes áreas de estudo e pesquisa da


odontologia legal e da medicina legal, pois as duas ciências trabalham com o mesmo
material, o corpo humano, em vários estágios: espostejados, dilacerados, carbonizados,
macerados, putrefeitos, em esqueletização e esqueletizados, sempre com o mesmo
objetivo, ou seja, estabelecer a identidade humana.

Alguns métodos utilizados para identificação incluem, além da análise odontológica, as


impressões papiloscópicas (impressões digitais), os exames antropológicos, radiológicos
e as análises genéticas, sendo que o método odontológico é especialmente importante
nos casos de carbonização.

Há algumas limitações associadas à identificação odontolegal, tais como ausência de


documentação e registros intravitae, o que impossibilita uma comparação e posterior
identificação do cadáver.

A identificação forense baseia-se no achado de semelhanças e diferenças entre indivíduos.


As diferenças são chamadas de polimorfismos, e alguns deles podem mudar ao longo
do tempo, como tratamentos odontológicos, que podem introduzir modificações no
órgão dentário.

Então, a identificação é um processo para evidenciar os atributos do indivíduo.

Processo identificador – como é?

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1. Primero registro.

2. Segundo registro.

3. Juízo de comparação.

Por definição, a identidade é o conjunto de características que individualizam uma


pessoa, o que a torna diferente de todas as outras (SILVA et al., 2012). A identidade é
baseada em certo número de atributos, alguns dos quais são únicos para o indivíduo. Tais
atributos podem ser divididos e classificados em: biométricos, biográficos e atribuídos.

Identidade biométrica
Consiste nos atributos pessoais únicos, frequentemente usados para fazer uma identificação
positiva, tal como impressões digitais, DNA e até mesmo aparência física.

Figura 2. Classificação das técnicas biométricas.

DNA

Íris Retina voz

Impressão digital assinatura

face Dinâmica de
Radiografia dental digitação
mão

orelha
Comportamental
Física

Fonte: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/2105/1/arquivo7173_1.pdf.

Identidade biográfica

Consiste nos componentes que são construídos ao longo de toda a vida, como histórico
médico, histórico odontológico, histórico militar, entre outros. Métodos científicos de
identificação utilizam ambos os atributos biométricos e biográficos de um indivíduo.
O problema inerente em confirmar a identidade de um cadáver com base nesses diversos
tipos de marcadores de identificação reside na necessidade de se obter material de referência
para comparação ante-mortem. Por muitas vezes, registros médicos e odontológicos e

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impressões digitais não estão disponíveis para comparar com os resultados da necropsia.
Pode-se, então, lançar mão da análise por meio do DNA, se houver material biológico
disponível do indivíduo que se deseja identificar e de parentes biológicos.

O reconhecimento significa apenas o ato de se certificar. É a afirmação laica, de parente


ou conhecido, sobre alguém que se diz conhecer ou de sua convivência. Esse método
pode ser falho e inseguro. Muitas pessoas, parentes e jovens, têm medo de se aproximar
do morto e acabam se limitando a um exame superficial e ligeiro.

A imobilidade da fisionomia, o embaraçamento do olhar, a máscara hipocrática, a alteração


da cor da pele e das mucosas podem modificar sensivelmente a fisionomia do morto. Isso
no caso de morte natural. Quando se trata de morte violenta, as lesões, os ferimentos, as
manchas de sangue, as tatuagens provocadas pela incrustação da pólvora incombusta no
tegumento cutâneo, a atitude insólita do cadáver, os traumatismos, os esmagamentos, as
amputações, decapitação, o dilaceramento do corpo, a putrefação, a carbonização; tudo isso
forma um quadro dantesco e profundamente traumatizante que fatalmente concorrerá para
dificultar a identificação, dando causa a erros ou impossibilitando uma afirmativa absoluta.

O processo de comparação de dados passados com dados atuais é denominado como


Identificação. É um conjunto de manobras para obter-se a individualização de uma
pessoa. Para aplicação desta, devem ser aplicados requisitos científicos para obtenção
de identidade, que são: individualidade, imutabilidade, perenidade, praticabilidade,
classificabilidade (VANRELL, 2002).

Alguns fatores são de alta relevância quando se trata de identificação:

» unicidade: cada um tem que ser único. Nesse fator, são levadas em consideração
características únicas de cada indivíduo. É a condição de que não se observa em
outro indivíduo o conjunto de caracteres pessoais, isto é, apenas um único indivíduo
pode apresentá-lo;

» perenidade: tem que existir sempre que resiste ao tempo. É a capacidade de


certos elementos de resistirem à ação do tempo. Por exemplo, as cristas papilares
e, consequentemente, os desenhos que aparecem antes de o indivíduo nascer (sexto
mês de vida intrauterina) e apenas desaparecem com a decomposição cadavérica.
Também as rugosidades palatinas, que aparecem por volta do terceiro mês de vida
intrauterina, são absolutamente perenes;

» imutabilidade: condição de inalterabilidade dos caracteres por toda a existência,


ou seja, são caracteres que não mudam com o passar do tempo. Os desenhos, com
todas as suas particularidades, permanecem sempre iguais, não são modificados em
hipótese alguma. A única possibilidade é a alteração de um desenho por cicatriz;

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» variabilidade: tem que ter diversos padrões para trabalhar;

» praticidade: tem que ser algo fácil de ser obtido, pesquisado, arquivado. É a
condição que torna o processo aplicável na rotina pericial. É, enfim, a qualidade que
permite que certos requisitos sejam utilizados, como: custo, facilidade de obtenção,
facilidade de registro etc. A tomada das impressões digitais de um indivíduo é
simples, rápida e exige um mínimo de instrumentos. No caso das rugosidades
palatinas, a utilização é facilitada pelo baixo custo e pela facilidade de coleta.

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CAPÍTULO 2
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO

O importante é considerar nesse momento o estado do cadáver.

» Putrefeito?

» Carbonizado?

» Esqueletizado?

» Mumificado?

» Corpo inteiro, ou somente algum fragmento?

Figura 3. Corpo putrefeito.

:
Fonte: http://hownotdie.blogspot.com/2011/10/fenomenos-cadavericos.html.

Figura 4. Corpo mumificado.

Fonte: http://hownotdie.blogspot.com/2011/10/fenomenos-cadavericos.html.

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Figura 5. Corpo esqueletizado.

Fonte: http://ouniversoparanormal.blogspot.com/2015/08/as-diferentes-fases-da-morte.html.

Também deve ser levado em conta o custo, a praticidade e a viabilidade do método


possível. Os principais métodos de identificação humana possuem vantagens e limitações.
Dependendo do caso, eles podem se complementar ou reforçar um ao outro. No entanto,
todos os métodos de identificação, isolados ou combinados entre si, têm o objetivo de,
por meio dos dados obtidos, viabilizar o processo de identificação. O objetivo é tão só
a busca da verdade real.

Os métodos de identificação dividem-se em primários (necropapiloscopia, análise


de DNA, odontologia legal) e secundários (reconhecimento facial, roupas, próteses
e outros), podendo estes ser utilizados de forma combinada ou separadamente. Esse
processo possui grande valor para a dinâmica de um serviço médico-legal, uma vez que
é comum a chegada de cadáveres não identificados, muitas vezes putrefeitos, mutilados,
carbonizados ou esqueletizados.

Papiloscopia

É ciência que trata da identificação por meio das papilas dérmicas. É dividida em três
áreas principais:

» dactiloscopia: processo de identificação por meio das impressões digitais;

» quiroscopia: processo de identificação por meio das impressões palmares;

» podoscopia: processo de identificação por meio das impressões plantares.

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Figura 6. Dactiloscopia.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Datiloscopia.

Figura 7. Quiroscopia.

Fonte: http://ejabol-criminologia.blogspot.com/2011/07/clases-de-criminologia.html.

Figura 8. Podosopia.

Fonte: https://www.grancursosonline.com.br/download-demonstrativo/download-apostila/codigo/vvPOlb3NWtw%3D.

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Existem várias evidências de que o interesse humano em impressões digitais existe


desde a pré-história. Na Nova Escócia há um desenho que mostra uma mão com uma
digital em espiral, presumivelmente feito por nativos pré-históricos. Registro de placas
de cerâmica antiga retiradas de uma cidade soterrada no Turquestão, com os seguintes
dizeres: “Ambas as partes concordam com estes termos que são justos e claros e afixam
as impressões dos dedos que são marcas inconfundíveis”.

Na China do século VII, nos casos de divórcio, o marido tinha que dar um documento
para a divorciada, autenticado com suas impressões digitais. No século IX, na Índia,
os analfabetos tinham seus documentos legalizados com as suas impressões digitais.
Embora a impressão digital fosse empregada como ferramenta de individualidade, não
havia, até então, uma aplicação científica do seu uso para identificação humana.

Figura 9. Desenho pré-histórico.

Fonte: http://www.papiloscopia.com.br/historia.html.

Antes mesmo de os cientistas forenses se interessarem por impressões digitais para


identificação humana, a sociedade tinha reconhecido a necessidade de condenar os
criminosos. Métodos antigos de identificação consistiam em impor cicatrizes, marcas,
ou tatuagens nos criminosos. A mutilação era, e em alguns países continua sendo, uma
atitude extrema de marcar um ladrão. Mas esse tipo de mutilação, bem como marcar
com ferro em brasa (ferrete – na França), desapareceu na maioria dos países na primeira
metade do século XVIII, quando a civilização desenvolveu um sistema de lei criminal e
uma maior importância do indivíduo na sociedade.

No caso da reincidência, o castigo aplicado ao transgressor era mais severo. O criminoso


buscava esconder suas ofensas passadas assumindo uma falsa identidade e, como
nesse período não havia nenhum método eficaz de identificação, esta era uma tarefa
relativamente fácil para o delinquente. Com o passar dos anos, ficou óbvio que muitos
criminosos reincidentes estavam sendo tratados como primários, o que martirizava a
polícia e juízes da época.

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Em 1823, o tcheco Johannes Evangelista Purkinje, professor de anatomia na Universidade


de Breslau, publicou sua tese que citava nove padrões de impressões digitais.
Nesse momento, não fez qualquer menção sobre o seu valor para identificação, mas
deixando as portas abertas para as futuras descobertas.

Figura 10. Johannes Evangelista Purkinje.

Fonte: https://www.britannica.com/biography/Jan-Evangelista-Purkinje.

Figura 11. Os nove padrões de impressão digital de Purkinje: arco (1), tenda (2), presilha (3 e 4) e
espiral (5,6,7,8,9).

Fonte: https://www.ipebj.com.br/docdown/_1c749.pdf.

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Desde a década de 1870, os arquivos criminais haviam incorporado fotografias, tecnologia


que permitiu sofisticar o conjunto dos dados de identificação, ou seja, o registro escrito de
idade, altura, cor de pele, cicatrizes, tatuagens e outras “marcas particulares”. A fotografia
era um grande aliado nos processos de identificação, mas não oferecia nenhuma vantagem
na classificação das fichas, que continuavam dependendo da ordem alfabética. Ciente desse
problema, Alphonse Bertillon, um cientista francês, criou um novo método de classificação
baseado nas medidas corporais. Sob a influência da antropologia física e da estatística social,
buscou uma forma de classificar as medidas do corpo humano. Conhecido como “sistema
antropométrico”, ou “antropometria judiciária”, o método de Bertillon sustentava-se em duas
premissas básicas: a fixidez quase absoluta da ossatura humana a partir do vigésimo ano de
idade e a enorme variação das dimensões entre os indivíduos. Para Bertillon, cada homem
levava com ele uma espécie de código de identificação, inscrito na sua própria corporeidade.

Essa técnica para determinar a identidade de uma pessoa começava com a tomada de
uma série de medições corporais com precisão milimétrica. Eram verificados:

» estatura;

» envergadura;

» altura do busto;

» comprimento e largura da cabeça;

» comprimento e largura da orelha direita;

» comprimento do pé, dedo médio e antebraço esquerdo.

Dessa forma, os resultados eram divididos em três categorias:

1. comprimento pequeno;

2. comprimento médio;

3. comprimento grande.

Esses dados eram anotados em fichas classificadas de acordo com categorias distintas.
O sistema completava-se com os dados da observação morfológica e fisionômica; a
anotação das “marcas particulares” (tatuagens, cicatrizes); e, finalmente, a “fotografia
métrica” de frente e perfil.

Desde que Bertillon conseguiu impor esse sistema na polícia parisiense, na década de
1880, cada vez que se desconhecia a identidade de um detido, este era levado ao Gabinete
de Identificação, e os funcionários lhe tomavam as medidas. Para comprovar casos de
reincidência, realizava-se a busca no arquivo e, então, procedia-se à comprovação direta

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da identidade. Por essas técnicas e outras invenções vinculadas às perícias no “local do


crime”, Alphonse Bertillon foi reconhecido como um dos pais fundadores da moderna
“polícia científica”.

Figura 12. Medições antropométricas de Bertillon.

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Medicoes-antropometricas-Bertillon-1893-sp_fig4_313833580.

Figura 13. Oficina antropométrica.

Fonte: http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v23s1/0104-5970-hcsm-23-s1-0171.pdf.

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Na antropometria, as impressões digitais entravam como um mero elemento de


identificação nas 27 categorias.

Em 1903, uma história conhecida como “o caso Will e Willian West” sinalizou a queda do
uso de medidas antropométricas estabelecidas por Bertillon e favoreceu o uso da impressão
digital. Tratava-se do criminoso Will West, que, ao chegar à Penitenciária Federal de
Leavenworth, nos Estados Unidos, afirmou nunca ter sido preso anteriormente.

O agente da prisão tomou as medidas de Bertillon e tirou uma fotografia de Will para facilitar a
verificação de registros de prisão. Ao checar os registros, um homem chamado William West,
com medidas antropométricas muito parecidas e uma surpreendente semelhança visual com
o novo detendo, já havia sido encarcerado na prisão de Leavenworth.

Os guardas foram enviados para verificar a cela de William West por temerem uma suspeita
fuga, porém William estava dormindo em sua cama. Depois de comparar registros de
ambos os homens, o agente da prisão parecia incapaz de distinguir os homens. Ao tomar
e comparar as impressões digitais de ambos os prisioneiros, notou-se que as digitais
eram totalmente distintas.

Esse caso deixou claro que o método de identificação de impressões digitais poderia
distinguir a diferença de duas pessoas com características físicas muito semelhantes.

Figura 14. Caso de Will e Willian West.

Fonte: https://www.mamamia.com.au/invention-of-fingerprinting/.

O primeiro caso de reconhecimento de cadáver por meio das impressões digitais foi feito
em setembro de 1896 por Juan Vucetich. Nessa época, foi encontrado o cadáver de um
desconhecido nas ruas de La Plata, na Argentina, que, após o exame datiloscópico, foi
identificado como sendo o ex-sentenciado Carlos Casali, libertado em agosto do mesmo
ano do presídio de Sierra Chica.

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A papiloscopia é o método de biometria mais utilizado no mundo inteiro e, além de ser


mais barato, também é seguro, pois possui os princípios científicos de imutabilidade,
perenidade, classificabilidade e variabilidade; e da técnica desenvolvida para tomada
de impressões cadavéricas.

Em setembro de 1891, Vucetich apresentou seu sistema de identificação com o nome de


Icnofalangometria. Vucetich baseou sua classificação no sistema de Galton, procedeu
à tomada das impressões dos dez dedos, empregando os símbolos literais e numerais
na classificação das figuras:

» Arco-a-1;

» Presilha interna-i-2;

» Presilha externa-e-3;

» Verticilo-v-4.

Os símbolos literais representam os dedos polegares, e, nos demais dedos, são empregados
símbolos numerais. Os dez dedos de uma pessoa são diferentes entre si, assim como
não existem duas pessoas que apresentam impressões digitais exatamente coincidentes,
nem mesmo gêmeos. Em julho de 1904, foi expedida a primeira carteira de identidade,
que fora denominada “Ficha Passaporte” ou “Cartão de Identidade”, ainda usando
assinalamentos antropométricos junto com a dactiloscopia.

Os dedos apresentam, nas extremidades, uma série de sulcos e linhas que, no conjunto,
formam o desenho digital. A produção de secreção gordurosa pelas glândulas sebáceas
faz com que seja deixada impressão digital nos objetos tocados.

Esses desenhos aparecem em torno do sexto mês de vida intrauterina e permanecem


durante toda a vida do indivíduo e até algum tempo após sua morte, sendo eliminados
pelo fenômeno da putrefação. Também diferem de um indivíduo a outro, mesmo em
gêmeos univitelinos.

Existem três tipos de impressão digital que podem ser encontradas em uma cena de
crime. São elas:

» impressões visíveis ou patentes: são as impressões digitais reportadas


diretamente com o contato em uma superfície, como tintas, pós, sangue ou algum
outro tipo de material que possa se depositar sobre as cristas papilares. Por ser
visível, esse tipo de impressão digital não necessita de aplicação técnica para ser
revelado e é geralmente fotografado para ser analisado futuramente;

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Figura 15. Furto qualificado – estabelecimento comercial.

Fonte: http://www.papiloscopia.com.br/fatos.html.

» impressões latentes ou invisíveis: são as impressões deixadas pela transferência


de óleos e outras secreções corporais em uma superfície. Elas podem se tornar
visíveis por meio de técnicas elétricas, químicas ou físicas. As impressões latentes
apresentam uma parte sutil da superfície do dedo, e pode ser muito difícil manter
sua integridade. Por esse motivo, as impressões latentes acarretam inúmeros erros
nos processos de comparação de digitais, pois contêm menos detalhes do que as
impressões retiradas em condições controladas;

Figura 16. Revelação de impressão latente.

Fonte: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-83122010000100004.

» impressões modeladas ou plásticas: são as impressões digitais depositadas


em algum material macio que pode registrar seus detalhes. Temos como exemplos

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de materiais que podem gerar esse tipo de impressão a argila, a cera e os depósitos
de gordura nas peças de carros.

O processo de identificação possui três fases:

1. registro dados prévios – planilha dactiloscópica (Instituto de Identificação);

2. registro – planilha dactiloscópica obtida quando do levantamento pericial


ou impressão digital deixada em local de crime (exame de local de crime,
necroscópico);

3. comparação – busca de pontos característicos correspondentes (planilha do


Instituto de Identificação com impressão digital deixada no local dos fatos ou
coletada do cadáver).

O sistema dactiloscópico de Vucetich baseia-se nas características dos 10 dedos. Os


principais elementos das impressões digitais são:

a. cristas papilares (linhas pretas);

b. sulcos papilares (linhas brancas);

c. deltas (utilizados para a classificação dos vários desenhos);

d. pontos característicos (bifurcação, encerro, forquilha, ilhota, cortada).

Para que haja a concordância entre duas impressões digitais, é necessária a coincidência
de pelo menos doze pontos característicos. Para fins criminais e visando aumentar a
segurança, o Federal Bureau Investigation (FBI) requer o casamento de, no mínimo,
20 pontos característicos para a confirmação da identidade dos indivíduos.

Figura 17. Comparação de impressão digital forense.

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Comparacao-de-Impressao-Digital-Forense_fig1_322627578.

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Análise de DNA – genética forense

A Genética Forense é utilizada para identificação em casos nos quais o cadáver já não
apresenta mais características que tornem possível a identificação por papiloscopia, análise
dos arcos dentais ou antropologia forense. Um dos obstáculos mais intransponíveis, ao se
proceder às técnicas de identificação pelas impressões digitais ou pelos arcos dentários,
é a ausência de dados fidedignos para servir como material de confronto. No DNA, por
sua vez, a disponibilidade de famílias inteiras que podem oferecer material de referência
é um fato altamente positivo.

Embora, na espécie humana, o genoma de dois indivíduos não relacionados seja muito
parecido, alguns intervalos específicos são extremamente variáveis, denominados
sequências simples repetitivas ou microssatélites. O local onde uma dessas sequências
hipervariáveis é encontrada no cromossomo é tecnicamente denominado “loco”. Embora
cada indivíduo possa ter somente duas sequências diferentes a cada um desses locos,
formas essas denominadas alelos, na população humana como um todo são observadas,
em cada loco, várias formas diferentes entre os indivíduos.

O perfil genético de um indivíduo é determinado ao se analisar dezenas desses locos genéticos


hipervariáveis. A probabilidade de dois indivíduos apresentarem exatamente os mesmos
dois alelos em dezenas de locos genéticos analisados é praticamente zero, com exceção em
gêmeos idênticos. Entretanto, pai e filho ou mãe e filho compartilham pelo menos um dos
dois alelos a cada uma das dezenas de locos genéticos analisados.

Figura 18. Representação de uma molécula de DNA.

Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/53/5f/535feb8fa08d1-dna.jpg.

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É, portanto, a análise dos alelos observados nesses locos hipervariáveis que permite
a identificação pessoal precisa e a determinação de vínculo genético de paternidade,
maternidade ou irmandade.

Com o conhecimento atual, duas grandes vantagens podem ser citadas sobre a tipagem
molecular: o DNA possui uma alta estabilidade química, mesmo após um longo período,
e está presente em todas as células nucleadas do organismo humano, o que facilita a
sua obtenção (KOCH; ANDRADE, 2008).

A análise por DNA revolucionou a ciência forense desde que começou a ser utilizada em
meados de 1980. Desde então, vários casos foram solucionados, com suspeitos sendo punidos
e inocentes liberados, isso tudo devido à testemunha biológica presente nas cenas dos crimes.
Evidências como sangue, sêmen, saliva e urina estão entre as mais importantes na investigação.
Informações valiosas podem ser obtidas a partir das evidências biológicas encontradas, tais
como provas de DNA para identificação das vítimas e dos suspeitos e manchas de sangue
para a determinação da sequência de acontecimentos.

O uso de DNA apresenta pelo menos duas vantagens sobre os métodos convencionais
de identificação:

» estabilidade química do DNA: mesmo após longo período;

» ocorrência em todas as células nucleadas do organismo humano: o que permite


condenar ou absolver um suspeito com uma única gota de sangue ou por meio de
um único fio de cabelo encontrado na cena do crime.

Os avanços nas técnicas para extração e, também, para amplificação do DNA aumentaram
o potencial para identificar restos humanos anteriormente considerados comprometidos.

Nas aplicações práticas, na atividade pericial forense, os exames de DNA são empregados,
entre outros, nos seguintes casos:

» identificação de suspeitos em casos de violência sexual;

» identificação de cadáveres carbonizados ou em decomposição;

» identificação de corpos mutilados;

» identificação de peças ósseas e órgãos humanos;

» investigação de paternidade;

» produção de perfis de material genético recuperado a partir de evidências de natureza


biológica presentes em suportes diversos encontrados em locais de crimes (manchas
de sangue, manchas de esperma, manchas de saliva, pelos e outros).

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Figura 19. Mancha de sangue em local de crime.

Fonte: http://biopensamentos.blogspot.com/2009/11/importancia-do-dna-na-investigacao.html.

Quando se imagina uma cena de crime, é fácil se pensar que muito provavelmente não exista
uma quantidade suficiente de amostra biológica, o que está correto. Mesmo dessa forma,
cabe o exame de DNA, uma vez que existe um processo de amplificação de amostra chamado
PCR – polymerase chain reaction –, ou reação em cadeia da polimerase.

Descrita pela primeira vez por Kary Mullis e membros da Genética Humana da Cetus
Corporation em 1985, a técnica da PCR revolucionou a biologia molecular com a
capacidade de fazer milhões de cópias de uma sequência específica de DNA em algumas
horas.

Então, em casos em que a amostra não conta com volume de material apreciável, como
no caso de haver somente vestígios de sangue, ou poucas células do epitélio, a técnica da
PCR é o procedimento de escolha. Essa técnica permite ter milhões de cópias de um locus
específico. Para solucionar os problemas resultantes da degradação de grandes moléculas
de DNA, a técnica da PCR optou por trabalhar com fragmentos menores.

A maior contribuição da PCR foi tornar possível a amplificação, in vitro, em um padrão


de ciclos térmicos em que a amostra é aquecida e esfriada sequencialmente e multiplicada
exponencialmente, possibilitando valiosas informações obtidas de quantidades extremante
pequenas de DNA.

Os testes de DNA atualmente disponíveis têm alta confiabilidade e são aceitos como
provas legais em tribunais de justiça (SILVA et al., 2007).

Relato de caso 1

Na cidade de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, no ano de 2013, foram encontradas


amostras de cadáver não identificado, sendo dois dentes e fios de cabelo. Pela investigação

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policial, chegaram a uma suposta mãe, da qual foram coletadas amostras hematológicas
para o exame de vínculo genético.

As amostras foram encaminhadas ao Laboratório de Genética Molecular do Instituto de


Criminalística de Curitiba, para que pudessem ser determinados padrões genéticos por
meio de comparação e para que pudesse ser investigado algum vínculo de maternidade.

A realização do exame de vínculo genético seguiu alguns passos específicos descritos a seguir:

1. extração do DNA;

2. amplificação do DNA pela técnica da PCR;

3. detecção dos produtos amplificados;

4. análise estatística;

5. resultados e laudo: conclusão de inclusão de maternidade de 99,8%.

Relato de caso 2

DNA dentário na identificação de vítimas do tsunami

O Tsunami que ocorreu na Ásia Oriental em dezembro de 2004 tornou muito difícil a
identificação das vítimas. Vários dentistas foram chamados, entre eles Gareth Pearson e
John Clement, para executar a difícil tarefa de identificar os corpos por análise de DNA
dentário e estudo das arcadas. Aproximadamente 75% dos corpos foram identificados
por análise dentária. A grande vantagem do DNA dentário é sua autopreservação, o
que permitiu que Odontolegistas continuassem trabalhando nas identificações por
meses após a tragédia, pois outras amostras de DNA não se preservam na ausência de
refrigeração adequada. Até fevereiro de 2005, haviam sido identificados 400 corpos,
e, em abril, o número cresceu para mais de 1.200; até julho, foram mais de 1.700. Até
setembro de 2005, foram identificados 2.200 corpos. O sucesso da identificação se deveu
à competência e à concentração da vasta equipe de odontolegistas que foram designados,
independentemente de nacionalidades.

Dessa forma, é possível compreender a importância da biologia molecular e de testes


de DNA na identificação dos seres humanos, visto que, em muitos casos, não é possível
a identificação por métodos mais comumente usados.

Odontologia legal

A Odontologia Legal é a divisão da Medicina Legal que diz respeito à região da cabeça e
do pescoço, compreendendo as perícias no vivo, no morto, nas ossadas, em fragmentos,

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em trabalhos odontológicos encontrados e até mesmo em peças dentais isoladas e/


ou vestígios lesionais, sendo o principal objetivo dessa especialidade a aplicação dos
conhecimentos da ciência odontológica a serviço da Justiça. É considerada especialidade
exclusivamente odontológica, responsável pela interface entre os mais diversos ramos
das Ciências Forenses, quando da necessidade da intervenção e/ou colaboração de um
cirurgião-dentista.

A perícia odontolegal pode ser realizada em Foro civil, criminal, trabalhista e


administrativo. Na área criminal, o perito atua na identificação no vivo, no morto e em
perícias antropológicas (crânio esqueletizado), em casos em que a condição do cadáver
encontrado não permite as técnicas mais usuais de identificação, como a papiloscopia.
O odontololegista atua também em perícias de lesões corporais, determinação da idade,
perícias de manchas, determinação da embriaguez alcoólica e outros exames periciais.

No que se refere ao procedimento pericial, trata-se de um processo especial de constatar,


provar ou demonstrar, científica ou tecnicamente, e constitui-se na busca de base para a
formação de um parecer adequado do fato que se pretende provar. Constitui-se, ainda,
na busca de provas que supram a necessidade da Justiça visando esclarecer pontos que
envolvam o acontecimento e a prova pericial, a qual pode ser considerada como um
“exame, vistoria ou avaliação”.

Como a área de odontologia legal é muito ampla e a ela estão ligadas muitas formas de
identificação, ela será descrita com detalhes na próxima unidade.

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