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Bonsucro Production Standard Version 5.

1 January 2022

PADRÃO DE
PRODUÇÃO
BONSUCRO
VERSÃO ATUAL: VERSÃO 5.1
DE JANEIRO DE 2022

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

Dados de contato:

Bonsucro
Unit KP.CC3. 01, Kennington Park Business Centre
1-3 Brixton Road
Londres, SW96DE, Reino Unido
Tel: + 44 (0) 20 3735 8515
www.bonsucro.com
info@bonsucro.com

Este documento foi originalmente escrito em inglês. Bonsucro


baseará toda a sua interpretação e decisões na versão em inglês.
Bonsucro não assume nenhuma responsabilidade por erros e
interpretações equivocadas quando este documento é traduzido
para outras línguas.

Bonsucro (nome comercial da Better Sugarcane Initiative Ltd.) é


responsável por este documento. Os padrões Bonsucro são revisados
pelo menos a cada cinco anos. A próxima revisão do Padrão de
Produção Bonsucro está prevista para janeiro de 2027.
Entre em contato com a Bonsucro se desejar receber uma cópia
impressa da versão 5 do Padrão de Produção Bonsucro do Bonsucro.

Contato para comentários: Standards@bonsucro.com

Para mais informações e downloads de padrões: clique aqui

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

CONTENTS

Introdução 4 Anexo 1 - definições 39

Propósito 4 Anexo 2 - cálculo das emissões de gee apenas para o princípio 3 52

Aims 5 1. Demarcação do sistema 52

Princípios centrais 6 2. Impactos diretos e indiretos 52

Padrão de produção bonsucro 7 3. Mudança de uso do solo 52

Escopo 8 4. Manuseio de coprodutos e produtos diversos 53

Documentos relacionados 9 5. Componentes que contribuem às emissões 53

Histórico de alterações 10 6. Método de cálculo 54

Versão 5.1 10 7. Dados padrão (default), e dados secundários 55

Declaração 12 References 56

Princípio 1: avaliar e gerir os riscos ambientais, sociais e de direitos 13 Fator de emissão de eletricidade, em kg co2/ mj: 59
humanos
Anexo 4 - parâmetros da água potável oms 66
Princípio 2: respeitar os direitos laborais e as normas de 17
segurança e saúde no trabalho Anexo 5 - o alojamento fornecido e controlado pela usina atende 67
aos padrões regulatórios locais.
Princípio 3: gerenciar a eficiência dos insumos, produção 25 Se não houver padrões regulatórios, as seguintes condições devem ser
e processamento para melhorar a sustentabilidade atendidas.

Princípio 4: gerir ativamente a biodiversidade e 29


os serviços ecossistêmicos

Princípio 5: melhorar continuamente outras áreas-chave do negócio 37

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INTRODUÇÃO
A Bonsucro é a plataforma de sustentabilidade líder mundial e o padrão para a cana-de-açúcar, uma das culturas mais importantes do mundo. Reunimos
mais de 270 membros de mais de 50 países para enfrentar desafios críticos no setor de cana-de-açúcar e impulsionar o desempenho e o impacto através
de nosso sistema de padrões de sustentabilidade. Trabalhamos em todos os produtos e derivados da cana-de-açúcar: Açúcar, etanol, melaço e bagaço em
setores de mercado tradicionais e novos, desde açúcar e álcool até biocombustíveis e bioplásticos.

PROPÓSITO
Nossa declaração de propósito expressa nossa principal razão
de existir e a meta abrangente que orienta nossas prioridades e
escolhas estratégicas.

Coletivamente acelerar a produção e os usos sustentáveis da


cana-de-açúcar.

Essa declaração ilustra nossa função de entidade catalizadora da


transformação do mercado, que promove a adoção da produção
sustentável da cana-de-açúcar em todas as cadeias de valor do
açúcar, etanol, melaço e bagaço.
Ela também expressa nosso posicionamento como uma
plataforma de sustentabilidade global, que atua de forma
colaborativa junto aos produtores, usineiros, agentes comerciais,
usuários finais, sociedade civil, governos e outras entidades de
sustentabilidade para ampliar sua escala em todos os elos e
cenários do setor.
A Bonsucro se dedica exclusivamente à cana-de-açúcar e todos
os seus produtos finais. Sua atuação é global, como presença
local sólida nos países que mais produzem, usam e consomem a
cana-de-açúcar e seus derivados.

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AIMS Objectives Indicadores Base de referência Meta (desagregado por gênero)

Impulsionar a ação Redução percentual nas emissões dos escopos 1 e 2 em usinas e 18% de redução 0,33 kg CO2por >30% de redução
climática no setor produtores certificados 5 anos após a certificação /kg açúcar para
canavieiro 0,27 kg CO2por/kg açúcar

Compromissos & ações coletivas** em linha com a meta A ser definido ao longo de 2021-22
de 1,5° do aquecimento global

28% increase
Melhorar a segurança Aumento percentual na eficiência do uso da água (kg por mm por 105 kg/mm/ha to >30% increase
hídrica & administração hectare) de produtores certificados após 5 anos de certificação 135 kg/mm/ha
MELHORAR
da água
O IMPACTO
AMBIENTAL Melhorar a Compromissos & ações coletivas** para a gestão hídrica A ser definido ao longo de 2021-22
DA CANA-DE- biodiversidade sustentável
e saúde do solo
AÇÚCAR

Aumento salarial Aumento percentual da diferença média entre os salários pagos Fazenda: +16% a Fazenda: 30% de aumento
no cultivo e acima do salário-mínimo legal após +21% de diferença média Usina: 45% de aumento
processamento da 5 anos de certificação Usinas +18% a
cana-de-açúcar +26% de diferença média
FORTALECER OS
DIREITOS HUMANOS Compromissos & ações coletivas** para o Salário A ser definido ao longo de 2021-22
de Bem-estar
E O TRABALHO
DIGNO NO CULTIVO Melhorar a saúde Fazenda: 38% de redução
Redução percentual dos acidentes em fazendas & usinas Fazenda: 43% de redução
E PROCESSAMENTO & segurança certificadas após 5 anos de certificação Usina: 18% de redução Usina: 23% de redução
DA CANA-DE- ocupacional
no cultivo e
AÇÚCAR

Aumentar a oferta & Hectares de cana-de-açúcar certificados anualmente 1,3 milhões ha 2 milhões ha
demanda de açúcar, 130 usinas 210 usinas
Número de usinas certificadas
etanol e derivados
com certificação de Toneladas de açúcar certificado & metragem cúbica de etanol Açúcar: 6,2 milhões Açúcar: 9,6 milhões Etanol: 4,3
sustentabilidade produzido (ou equivalente) Etanol: 2,7 milhões milhões

Número de créditos Bonsucro de açúcar bruto (ou equivalente) Créditos: 1,2 milhão Créditos: 2,2 milhões
vendidos anualmente Cadeia de custódia: 820.000 t Cadeia de custódia:
Toneladas de produtos físicos certificados vendidos a partir da usina 1,6 milhão t
CRIAR VALOR EM
Cadeias de valor
TODA A CADEIA DE mais inclusivas &
Número de agricultores independentes & pequenos produtores
3.000 produtores 15.000 produtores
cobertos* pela certificação da Bonsucro e/ou pelos projetos de
SUPRIMENTO sustentáveis impacto ao longo de 5 anos

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PRINCÍPIOS CENTRAIS
Nossos quatro princípios centrais orientam nossas escolhas e decisões operacionais para a implementação das Metas estratégicas e Prioridades.

COLABORAÇÃO
A colaboração é parte essencial de nossa identidade como uma iniciativa que
congrega vários atores por meio da afiliação global e que envolve todos os elos
do setor canavieiro com interesse na sustentabilidade. Nosso sucesso como um
sistema de padrões e uma plataforma exige que nos relacionemos, aprendamos
e compartilhemos com organizações

INCLUSÃO Sustainability Pillar Environmental Social Economic

Precisamos ser inclusivos para impulsionar a transformação do setor e ampliar


a escala de nosso impacto. Isso inclui: engajamento com comunidades de Strategic Aim Improve the Strengthen Decent Work Create value across
trabalhadores, usinas, produtores e agricultores; viabilização de melhorias de environmental impact and respect for human the supply chain
sustentabilidade fora do processo de certificação; e alinhamento e cooperação of sugarcane rights in sugarcane
com parceiros estratégicos, outros sistemas de padrões de sustentabilidade e farming and milling
agências governamentais que buscam o benefício coletivo.
SDG contribution 6. Ensure availability 5. Achieve gender 8. Promote
CREDIBILIDADE and sustainable
management of water
equality and
empower
sustained, inclusive
and sustainable
and sanitation for all women & girls economic growth,
Transparência e credibilidade em nossos padrões, garantia, MEL e relatório full and productive
de impacto são vitais para o nosso trabalho. Cumprimos integralmente os 11. Protect & restore employment and
Princípios de Credibilidade ISEAL, respeitados por outros sistemas de padrões de sustainable use of 8. Promote decent work for all
sustentabilidade relevantes, que atuam para gerar impactos econômicos, sociais terrestrial ecosystems sustained, inclusive
e ambientais positivos, ao mesmo tempo em que reduzem os impactos negativos. and sustainable
13. Take urgent action economic growth, 12. Ensure
to combat climate full and productive sustainable
ADAPTABILIDADE change and its employment and consumption &
impacts decent work for all production patterns
A produção e utilização de cana-de-açúcar são grandemente afetadas por
cenários, economias, mercados, culturas e governos. A sustentabilidade é uma
jornada de melhoria contínua. Iremos adaptar nossa oferta e abordagem aos
diversos contextos, e, sempre que possível, delegar responsabilidade para
nossas equipes e parceiros em campo. Iremos fortalecer nossa adaptabilidade
e resiliência organizacional para assegurar nossa agilidade em responder a
eventos e crises não previstos.

CONTRIBUIÇÃO PARA OS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Nossas três Metas estratégicas correspondem aos três pilares do desenvolvimento sustentável e determinam como vamos contribuir para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável de 2030 da ONU.

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PADRÃO DE PRODUÇÃO BONSUCRO


O objetivo principal do Padrão de Produção Bonsucro é definir um conjunto de princípios, critérios e indicadores, juntamente com notas explicativas, para
a avaliação do desempenho das operadoras em relação aos três pilares da sustentabilidade. Destina-se aos membros da Bonsucro que desejam obter a
certificação. Também é usado por organismos de certificação licenciados e auditores autorizados ao realizar auditorias de certificação. Por último, visa um
público mais vasto do sector da cana-de-açúcar e todas as partes interessadas.

ESTRUTURA
O Padrão de Produção Bonsucro está estruturado em torno de cinco (5) princípios, vinte (20) critérios e setenta e dois (72) indicadores:

• PRINCÍPIO 1: Avaliar e gerir os riscos ambientais, sociais e de direitos humanos


• PRINCÍPIO 2: Respeitar os direitos laborais e as normas de segurança e saúde no trabalho
• PRINCÍPIO 3: Gerenciar a eficiência dos insumos, produção e processamento para melhorar a sustentabilidade
• PRINCÍPIO 4: Gerir ativamente a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos
• PRINCÍPIO 5: Melhorar continuamente outras áreas-chave do negócio

Cada indicador do padrão inclui:

• indicador: composto por um número de referência e um título.


• escopo do indicador: indica a área em que o indicador deve ser aplicado.
• padrão do indicador: este verificador indica os dados ou informações que aumentam a especificidade ou a facilidade de avaliação do indicador ou
uma maneira de responder à pergunta feita no título do indicador. Pode ser um valor métrico, ou pode ser “Sim” ou “Não”.
• texto completo do indicador: fornece informações detalhadas sobre os requisitos para implementar o indicador: a conformidade da operadora é
avaliada em relação à descrição completa do indicador.
• A referência aos documentos de orientação publicados separadamente por Bonsucro:
• GUI Guia para a implementação de padrões de produção : o guia oferece as melhores práticas, sugestões e exemplos de como as operadoras podem
implementar os requisitos.
• GUI Guia para a auditoria e certificação : o guia fornece as melhores práticas, sugestões e exemplos de como os auditores podem auditar com base
nos requisitos.

As operadoras não serão auditadas em função do Guia. O padrão deve ser lido em conjunto com o Guia para suporte na implantação e auditoria dos
indicadores do Padrão de Produção Bonsucro.

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ESCOPO
O Padrão de Produção Bonsucro se aplica em todo o mundo a qualquer usina de cana-de-açúcar e sua área de fornecimento que deseja vender
produtos derivados de cana-de-açúcar com certificação Bonsucro e fazer reivindicações relacionadas. O padrão avalia o resultado das práticas
implementadas no nível de usina e fazenda (também chamadas de “áreas de agricultura”).

Unidade de certificação

O titular do certificado pode ser:

• a usina
• as usinas e suas áreas de abastecimento de cana
• o grupo de agricultores

Para obter mais informações, consulte o Protocolo de Certificação Bonsucro V6, parte 2, Seção 1, “Escopo da certificação”.

Note-se que alguns indicadores são aplicáveis a:

• área fora da unidade de certificação: 1.2.3 e 1.2.4


• toda a área de fornecimento: 4.1.1 e 4.3.1

Além disso, a Bonsucro também publica outros padrões que as operadoras devem atender de acordo com o escopo da seção de certificação do
Protocolo de Certificação Bonsucro V6, Parte 2, Seção 1.

O Padrão de Produção Bonsucro tem dois tipos de indicadores:

• Indicadores essenciais: que devem ser cumpridos. Estes são identificados pelo termo “Essencial” na coluna “escopo” em todo o padrão;
• Indicadores adicionais: a cumprir de acordo com a seção de decisão de certificação do Protocolo de Certificação Bonsucro V6, Parte 2, Seção 20.
Estes são identificados pela ausência do termo “Essencial” na coluna “escopo” em todo o padrão.

Para obter mais informações sobre como uma operadora será auditado com base em indicadores essenciais e adicionais, consulte o Protocolo de
Certificação Bonsucro V6, Parte 2, Seções 18 a 20.

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DOCUMENTOS RELACIONADOS
• SCH Calculadora Bonsucro
• GUI Guia para a Implementação do Padrão de Produção Bonsucro
• GUI Guia de Auditoria e Certificação Bonsucro
• SCH Protocolo de Certificação Bonsucro
• SCH Padrão Bonsucro EU RED
• SCH Padrão Bonsucro de Balanço de Massa e Cadeia de Custódia
• SCH Guia para a Implementação do Padrão de Produção Bonsucro para Pequenos Agricultores
• Outros documentos de esquema e de referência publicados na Biblioteca de documentos da Bonsucro

APLICAÇÃO
Esta versão do Padrão de Produção Bonsucro do Bonsucro V5.1 foi publicada em 17 de janeiro de 2022. Esta versão substitui todas as versões anteriores, e
inclui requisitos novos e modificados. Os requisitos novos e modificados podem ser encontrados no documento “Resumo das alterações”.

Qualquer auditoria em relação ao Padrão de Produção Bonsucro iniciada a partir de 1 de Septembro de 2022 deve ser realizada de acordo com o Padrão
de Produção Bonsucro da Bonsucro V5.1. Isto é aplicável a:

• operadoras certificadas antes de 1 de Septembro de 2022


• operadoras programadas para iniciar a sua primeira auditoria de certificação (inicial) a partir de 1 de Septembro de 2022

Qualquer auditoria no Padrão de Produção Bonsucro iniciada entre 17 de abril de 2022 e 1 de Septembro de 2022 pode ser realizada no Padrão de
Produção Bonsucro V5.1. Esta opção, se selecionada pela operadora, deve ser discutida com o organismo de certificação para considerar a viabilidade
antes de proceder à auditoria. Isto é aplicável a:

• operadoras certificadas antes de 1 de Septembro de 2022


• operadoras programadas para iniciar a sua primeira auditoria de certificação (inicial) a partir de 1 de Septembro de 2022

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HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
Como organização de várias partes interessadas, a Bonsucro procura envolver as partes interessadas quando as alterações são propostas e feitas em nossos
padrões. Aqui você encontrará informações detalhadas sobre esse processo e o trabalho atual no desenvolvimento de padrões, bem como informações sobre
como esses documentos-chave foram criados.

O Padrão de Produção Bonsucro está no coração de tudo o que o Bonsucro faz. Estabelece uma definição de como a produção sustentável de cana deve ser,
fornecendo uma ferramenta métrica abrangente para agricultura e usina sustentáveis. A Bonsucro quer maximizar o impacto que o padrão tem no futuro do setor
de cana-de-açúcar e melhorar o valor agregado para os produtores que o implementam, usam e cumprem.

O “Padrão de Produção Bonsucro” contém princípios e critérios para alcançar a produção sustentável de cana-de-açúcar e todos os produtos derivados da cana-
de-açúcar em relação às dimensões econômica, social e ambiental. Seu objetivo principal é definir um conjunto de princípios, critérios e indicadores, juntamente
com notas explicativas, para a avaliação do desempenho das operadoras em relação aos três pilares da sustentabilidade. O padrão é usado por membros
da Bonsucro que desejam obter a certificação. Também é usado por organismos de certificação licenciados e auditores autorizados ao realizar auditorias de
certificação.

O procedimento de desenvolvimento e revisão do padrão Bonsucro é baseado no Código de Boas Práticas para o Estabelecimento de Padrões ISEAL. Requer um
processo de consulta e tomada de decisão de várias partes interessadas para garantir condições claras e auditáveis no próprio padrão. O processo é conduzido
pelo Grupo de Trabalho de Revisão Padrão liderado pelas partes interessadas e apoiado pelo Conselho Assessor Técnico e o Conselho de Membros.
Procedimento de desenvolvimento e revisão do padrão.

Bonsucro está em conformidade com o código ISEAL. O nosso sistema foi avaliado de forma independente de acordo com os Códigos ISEAL de Boas Práticas,
reconhecido a nível mundial para sistemas de sustentabilidade eficazes e credíveis. Mais informações em www.isealalliance.org.

VERSÃO 5.1
Em abril de 2019, por recomendação da Secretaria Bonsucro, o Conselho de Administração concordou em iniciar o processo de revisão do Padrão de Produção
Bonsucro. O Conselho instruiu a secretaria a seguir o procedimento de revisão do padrão estabelecido de acordo com o Código de Melhores Práticas ISEAL para o
Estabelecimento de Padrões.

A Secretaria formou um grupo de trabalho de revisão de padrões, composto por pessoas com experiência em todas as áreas do Padrão de Produção Bonsucro. O
Grupo de Trabalho de Revisão do Padrão foi encarregado de elaborar a nova versão do Padrão de Produção Bonsucro. O Grupo baseou seu trabalho em duas
consultas públicas, duas auditorias piloto e na participação de vários consultores externos e especialistas técnicos.

Cada reunião foi minutada e as atas foram divulgadas no site da Bonsucro. O Grupo de Trabalho de Revisão do Padrão se reuniu pela primeira vez em Londres,
em julho de 2019. Depois, se reuniu novamente em novembro de 2019 e posteriormente se reuniu à distância ao longo de 2020. Em outubro de 2021, o Grupo de
Trabalho se reuniu em Madri para aprovar a versão final do Padrão de Produção.

Um total de duas consultas públicas foram realizadas durante o projeto, envolvendo 402 pessoas.

• Maio-julho de 2020: 1a consulta pública


• Junho-julho de 2021: 2a consulta pública

Foram realizadas duas auditorias piloto

• Julho de 2021: Brasil


• Julho de 2021: Índia

O Padrão de Produção Bonsucro v5.1 foi aprovado pelo Conselho de Administração do Bonsucro em 17 de dezembro de 2021 e publicado em 17 de janeiro de 2022.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

Rodada de revisão Data Descrição da alteração

A Junho de 2010 Rascunho da versão enviada ao Subcomitê Bonsucro EU

B Julho de 2010 Versão final aprovada pelo Comitê de Gestão Bonsucro

C Dezembro de 2010 Revisão feita com base na conformidade com EU RED

D Fevereiro de 2011 Revisão feita com base na conformidade com EU RED

Versão 2.0 do rascu-nho Novembro de 2013 Primeiro rascunho aberto para consulta pública

Versão 2.5 do rascu-nho Junho de 2014 Segundo rascunho aberto para consulta pública

Versão 2.9 do rascu-nho Julho de 2014 Versão final publicado para votação pelos membros

Versão 4 Julho de 2014 Padrão de produção Bonsucro e guia revisados, com a inclusão de novos indicadores
e esclarecimentos incorporados ao docu-mento guia, que se tornou um guia para a
implementação.
16 indicadores essenciais sobre 8 critérios
12 novos indicadores (incorporados ou que substituem outros indicadores)
2 indicadores cujos valores foram alterados
2 indicadores removidos
Eliminação do Princípio 7: Cadeia de custódia

Versão 4.1 Agosto de 2015 Princípio 6 revisto. Inclui a certificação para a produção de etanol celulósico a partir de
derivados da cana-de-açúcar (como pa-lha e bagaço) no âmbito da certificação europeia de
Bonsucro. Correções adicionais ao indicador 3.1.4 e ao anexo 4.

Versão 4.1.1 Setembro de 2015 Indicador 6.1.2 revisto para incluir uma definição de pastagens de grande biodiversidade em
conformidade com o Regulamento da UE Número 1307/2014.

Versão 4.1.2 Maio de 2016 Indicador 6.1.2 revisto para esclarecer os requisitos de avaliação da função de um especialista
para determinar se a terra tinha ou tem um estado de pastagem de grande biodiversidade.

Versão 4.2 Dezembro de 2016 Revisão tendo em conta as alterações à RED e ao FQD, tal como descrito na Diretiva 2015/1513.

Versão 5.01 do ras-cunho Maio de 2020 Primeiro rascunho para consulta pública

Versão 5.07 do ras-cunho Junho de 2021 Segundo rascunho para consulta pública

Versão 5.1 Janeiro de 2022 Padrão de produção Bonsucro e guia revisados, com a inclusão de novos indicadores e
esclarecimentos.
Agora inclui 72 indicadores sobre 20 critérios
12 novos indicadores (incorporados ou que substituem outros indicadores)
2 indicadores cujos valores foram alterados
2 indicadores removidos
Eliminação do princípio 6: EU RED

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DECLARAÇÃO

Em nome da Secretaria da Bonsucro, gostaria de expressar nossa gratidão às muitas pessoas e organizações que contribuíram para o desenvolvimento
da versão 5 do Padrão de Produção Bonsucro.

Um grande agradecimento aos participantes do Grupo de Trabalho de Revisão do Padrão que dedicaram seu tempo, conhecimento e paixão a
este projeto de dois anos e meio. Sem seus conselhos e decisões, não teríamos alcançado um Padrão melhorado que atendesse às expectativas da
sociedade.

Graças aos produtores que permitiram que os organismos de certificação realizassem auditorias-piloto em conexão com o rascunho do Padrão. Sua
colaboração garantiu que o Padrão e o Guia revisados sejam ferramentas práticas que podem ser implementadas no campo. Agradeço a todos os
membros da Bonsucro, aos organismos de certificação e aos outros especialistas por compartilharem sua experiência e conhecimento para garantir
que o padrão e o Guia resultantes estejam de acordo com a realidade do setor e com o processo de certificação.

Obrigado também ao Conselho de Membros da Bonsucro pelas contribuições, ao Conselho Assessor Técnico pela supervisão e ao Conselho Diretivo
pelos seus conselhos. Seu compromisso com nossa missão comum é inestimável e todos desempenharam um papel fundamental seguindo os termos de
referência para esta revisão.

Por fim, agradeço a Nicolas Viart e a Nahuel Tuñon, que lideraram o processo de revisão para a Secretaria de Bonsucro, trabalhando incansavelmente
durante a pandemia para guiar o desenvolvimento deste novo padrão.

Londres, 17 de dezembro de 2021


Danielle Morley
CEO da Bonsucro

*Membros anteriores e atuais do Grupo de Trabalho de Revisão do Padrão:


Ruth Ascencio, Robert Quirk, Miguel Tejada, Danielle Lima, Luiz Iaquinta, Olivia Scholtz, Ilana Weiss, Nitin Kayande, Cristina Lopez, Pat Brenchley, Dra.
Kendyl Salcito, Dr. François-Régis Goebel, Marina Carlini, Alex Bjork, Aurea Nardelli, Peter Allsopp, Dra. Catharina Wesseling, Marionne Lips, Mario
Amador, Andre Valente.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

PRINCÍPIO 1: AVALIAR E GERIR OS RISCOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE DIREITOS HUMANOS

CRITÉRIO 1.1: Liderança demonstrada pela elaboração e aplicação de políticas de sustentabilidade

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

1.1.1 A operadora Usina Sim De acordo com o escopo de aplicação e o conteúdo do Padrão de Produção Bonsucro, a
desenvolve e Agricultura operadora tem as seguintes políticas estabelecidas a serem respeitadas:
implementa • direitos humanos alinhados com os Princípios Orientadores da ONU sobre Empresas e
políticas de INDICADOR
Direitos Humanos (UNGP)
sustentabilidade ESSENCIAL
• direitos dos povos indígenas, participação da comunidade e direitos sobre a terra
• direitos trabalhistas
• saúde e segurança no trabalho
• proteção ambiental / não conversão de AVC
• luta contra a corrupção, o suborno e o branqueamento de capitais
• conduta ética

As políticas serão assinadas pela alta administração. O compromisso da operadora é colocado


à disposição do pessoal, fornecedores, clientes e outras partes interessadas, com um interesse
legítimo devidamente demonstrado.
As políticas estabelecem claramente que o respeito por esses valores é um dever ativo que
envolve a devida diligência contínua de impactos reais e potenciais.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

CRITÉRIO 1.2: Avaliação sistemática dos riscos e impactos

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

1.2.1 A operadora Usina Sim A operadora tem um plano de identificação, priorização e participação com as partes
faz um Agricultura interessadas e afetadas. O plano deve incluir ações e objetivos alcançáveis, atividades de
mapeamento de supervisão, responsabilidades acordadas, prazos e recursos atribuídos. O plano reflete a
partes interessadas INDICADOR melhoria contínua e os princípios de aprendizagem da organização.
internas, externas e ESSENCIAL
vulneráveis O plano é revisado pelo menos a cada 3 anos ou mais cedo de acordo com os
procedimentos da empresa.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

PRINCÍPIO 1: AVALIAR E GERIR OS RISCOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE DIREITOS HUMANOS

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

1.2.2 A operadora Usina Sim A operadora realiza uma análise de risco sobre a conformidade com o Padrão de
realiza uma análise Agricultura Produção Bon-sucro
de risco sobre a
conformidade A análise será revisada pelo menos a cada 3 anos ou mais regularmente, dependendo dos pro-
com o Pa-drão de cessos e atividades da empresa.
Produção Bonsu-
cro Para obter mais informações, consulte o Guia.

1.2.3 A operadora Usina


A operadora realizará e documentará uma avaliação que identifique oportunidades
realiza e Agricultura Sim
para enfrentar as condições sociais e ambientais adversas, enquadradas nos indicadores
documenta uma
fundamentais do prin-cípio 2, 3, 4 do Padrão de Produção Bonsucro sobre as operações na área
avaliação de Área fora da unidade
fora da unidade de certificação.
oportunidade de de certificação
melho-ria fora da
A avaliação será revista pelo menos a cada 3 anos ou mais regularmente, dependendo dos pro-
unidade de certi- INDICADOR
cessos e atividades da empresa.
ficação ESSENCIAL
Para obter mais informações, consulte o Guia.

1.2.4 A operadora Usina Sim


Sobre a avaliação do indicador 1.2.3, a operadora desenvolverá e documentará um plano de
desen-volve Agricultura
me-lhoria contínua que defina e priorize as ações que a operadora deve tomar para reduzir as
e implementa
lacu-nas ambientais e sociais entre a área de certificação e a área do fornecedor.
um pla-no de Área fora da unidade
melhoria contínua de certificação
O plano de melhoria contínua será progressivo e apropriado para o tamanho, setor, contexto
para abordar as
ope-racional, propriedade e estrutura da operadora com ações e objetivos alcançáveis,
oportuni-dades INDICADOR
responsabili-dades acordadas, prazos e recursos alocados. O plano reflete a melhoria contínua
destacadas ESSENCIAL
e os princípios de aprendizagem da organização. O plano será revisado pelo menos a cada 3
identifi-cadas fora
anos ou mais regu-larmente, dependendo dos processos e atividades da empresa.
da unidade de
certificação.
Se tiver determinado que a conversão de ecossistemas naturais representa um risco para toda a
base de oferta (no indicador 1.2.3), deve ser tratada prioritariamente.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

PRINCÍPIO 1: AVALIAR E GERIR OS RISCOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE DIREITOS HUMANOS

CRITÉRIO 1.3: A implementação do sistema de sustentabilidade é sistemática e baseada no risco

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

1.3.1 A operadora Usina Sim A operadora tem um sistema de gestão documentado para identificar, seguir e promover o cum-
tem um sistema Agricultura primento de todas as leis e regulamentos locais, nacionais e internacionais ratificadas aplicáveis.
para promover o
cumprimento de INDICADOR Em caso de conflito entre o Padrão Bonsucro e a legislação nacional, as operadoras procurarão
todas as leis ESSENCIAL formas de respeitar os princípios do Padrão de Produção Bonsucro sempre que possível.
e regulamentos Sempre que o contexto nacional impossibilite o pleno cumprimento desta responsabilidade, as
locais, na-cionais operadoras respeitarão os princípios do Padrão de Produção Bonsucro, na medida do possível,
e internacionais em função das circunstâncias, e demonstrarão os seus esforços a este respeito, sem infringir a lei,
ratificadas os regula-mentos ou as decisões judiciais.
aplicáveis.
Para obter mais informações, consulte o Guia.

1.3.2 A operadora Usina Sim O pagamento será feito de acordo com o contrato
respeita os termos Agricultura (incluindo o valor e o momento do pagamento).
do contrato de
entrega de cana. INDICADOR Para obter mais informações, consulte o Guia.
ESSENCIAL

CRITÉRIO 1.4: Sistemas de monitoramento e avaliação (M&E, em inglês) e reclamações são implementados

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

1.4.1 A operadora Usina Sim A operadora deve realizar avaliações sobre o cumprimento de seus planos, objetivos e metas,
garante que os Agricultura verificar o cumprimento dos requisitos legais aplicáveis e outros requisitos para promover a
processos de melhoria contínua. A organização mantém registros e relatórios de monitoramento interno.
monitoramento interno INDICADOR
sejam realizados, que ESSENCIAL Para obter mais informações, consulte o Guia.
as ações corretivas
sejam implementadas
e que a revisão da
administração seja
realizada

15
Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

PRINCÍPIO 1: AVALIAR E GERIR OS RISCOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE DIREITOS HUMANOS

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

1.4.2 A operadora Usina Sim A operadora deve estabelecer um mecanismo de reclamação eficaz, acessível a todas as partes
garante que haja Agricultura interessadas que possam ser afetadas negativamente pelas suas operações. O mecanismo
um mecanismo de reclamação deverá ter como objetivo satisfazer os critérios de eficácia dos Princípios
para apresentar INDICADOR Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos (UNGP): um processo
reclamações ESSENCIAL legítimo, acessível, previsível, equitativo, transparente, compatível com os direitos, uma fonte de
aprendizagem contí-nua e baseada no compromisso e no diálogo.

A operadora resolve as controvérsias de forma eficaz, oportuna e adequada, garantindo o


anoni-mato dos denunciantes quando solicitado, sem risco de retaliação ou intimidação.
Existem procedimentos para garantir que as partes interessadas, incluindo as analfabetas, com-
preendam o sistema. As operadoras mantêm as partes atualizadas sobre uma reclamação infor-
mada do seu progresso, dentro do prazo acordado, e disponibilizam o resultado e comunicam-
no às partes interessadas relevantes.

O mecanismo de resolução de litígios inclui a opção de acesso a aconselhamento jurídico e


técni-co independente, a possibilidade de os autores da denúncia escolherem pessoas ou grupos
que os apoiem ou atuem como observadores, bem como a opção de um mediador externo.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

PRINCÍPIO 2: RESPEITAR OS DIREITOS LABORAIS E AS NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

CRITÉRIO Critério 2.1: Fornecer um ambiente de trabalho seguro e saudável nos locais das operações

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

2.1.1 A operadora Usina Sim Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade
garante que os Agricultura de certifica-ção. As avaliações de saúde e segurança serão realizadas em todos os tipos de
principais perigos e trabalho nas instalações da operadora e aderirão às normas relevantes (legislação, políticas e
riscos para a saúde INDICADOR melhores práticas) no que diz res-peito a garantir que o emprego não comprometa a saúde ou a
segurança de todos os trabalhadores.
e a segurança se- ESSENCIAL
jam identificados, Os perigos e riscos para a saúde e a segurança serão avaliados em relação aos riscos
documentados, trabalhistas, riscos ambientais, problemas médicos pré-existentes e problemas de saúde mental
ava-liados e e cognitiva. A avaliação em curso ou repetida para incorporar as condições em mudança
comunica-dos. será disponibilizada aos trabalhadores um resumo dos principais perigos e riscos de saúde e
segurança.
Para obter mais informações, consulte o Guia.
Usina
Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de
2.1.2 A operadora Agricultura Sim certifica-ção. Os problemas de saúde ocupacionais, ambientais e médicos, mentais e cognitivos,
gerencia os os perigos/riscos para a saúde identificados são gerenciados de acordo com a avaliação de
perigos e riscos de INDICADOR riscos/perigos para a saúde e a segurança.
segu-rança para ESSENCIAL
a saúde através A operadora deve definir um plano que contenha ações e objetivos alcançáveis, atividades de
de um plano supervi-são, responsabilidades acordadas, prazos e recursos atribuídos. O plano de gestão
implementado e reflete a melhoria contínua e os princípios de aprendizagem da organização. O plano é revisado
pelo menos a cada 3 anos ou mais cedo de acordo com os procedimentos da empresa.
aplicado
Para obter mais informações, consulte o Guia.

Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de


2.1.3 A operadora Usina Sim certifica-ção.
garante que os tra- Agricultura A operadora fornece água potável gratuita e segura para todos os trabalhadores, muito perto de
balhadores tenham suas estações de trabalho.
acesso a água po- INDICADOR O consumo de água recomendado dependerá da exposição ao calor e da carga de trabalho.
tável e instalações ESSENCIAL
A operadora fornece acesso gratuito à água para saneamento, lavagem das mãos, resfriamento
de saneamento da pele, bem como acesso a instalações sanitárias. Banheiros separados são fornecidos para
adequadas homens e mulheres trabalhadoras, a menos que as instalações unissex sejam a norma cultural
do país, permitidas pela legis-lação nacional ou exista apenas um gênero.
A água potável fornecida deve estar em conformidade com os parâmetros microbiológicos,
físicos e quí-micos e outras características estabelecidas na legislação aplicável do país ou, na
sua ausência, em con-formidade com a diretriz que contém os seguintes parâmetros críticos
definidos pela Organização Mundial de Saúde:
Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 2: RESPEITAR OS DIREITOS LABORAIS E AS NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

2.1.4. A operadora Usina Sim Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de
garante que os tra- Agricultura certifica-ção.
balhadores tenham
acesso gratuito ao INDICADOR Os EPI necessários, aprovados e adequados são emitidos gratuitamente aos trabalhadores e
equipamento de ESSENCIAL estão em boas condições. A operadora formará os trabalhadores no uso de EPI. A operadora
proteção pessoal deve criar um siste-ma para monitorizar a utilização eficaz dos EPI.
adequado
Para obter mais informações, consulte o Guia.

2.1.5 A operadora Usina Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de
>90%
garante que os tra- Agricultura certifica-ção.
balhadores sejam
treinados em saúde A operadora garante que pelo menos 90% dos novos trabalhadores recebam uma indução,
e segurança incluindo treinamento básico sobre Instruções de saúde e segurança no trabalho antes de iniciar
as atividades. A formação inclui informações sobre os riscos associados às atividades realizadas
pelos trabalhadores.

Para os trabalhadores que iniciam um novo emprego ou assumem novas atividades, O


treinamento é for-necido relacionado aos riscos específicos para a saúde e a segurança
associados à nova posição ou ati-vidade.

Todos os trabalhadores recebem uma atualização com treinamento de atualização pelo menos
a cada 3 anos ou com mais frequência, conforme determinado pelo plano de gerenciamento de
saúde e seguran-ça.

Instruções sobre novos problemas de saúde e segurança relacionados a questões específicas são
reali-zadas à medida que surgem.

O tempo gasto na formação será considerado tempo trabalhado e será remunerado como tal.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

2.1.6 A operadora Usina Sim


garante que os Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de
Agricultura certifica-ção.
pri-meiros socorros
Os suprimentos de primeiros socorros estão disponíveis e revisados, e a equipe dedicada é
e a resposta de INDICADOR treinada para usá-los. Ter uma resposta de emergência evita o aumento de lesões ou doenças e
emer-gência ESSENCIAL as pessoas feridas ou doentes receberão tratamento médico profissional.
estejam
dis-poníveis Para obter mais informações, consulte o Guia.
para todos os
trabalhadores

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PRINCÍPIO 2: RESPEITAR OS DIREITOS LABORAIS E AS NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na


2.1.7: A operadora Usina Usina <15; unidade de certificação.
assegura que os Agricultura Agricultura <30
acidentes sejam número por Um acidente de tempo perdido é definido como um evento inesperado e não planejado que resulta
inferiores ao limiar milhão em uma lesão pessoal que faz com que o trabalhador não possa continuar suas tarefas normais no
métrico de horas dia seguinte ou no turno seguinte. Os incidentes, lesões não fatais e lesões ocupacionais mortais serão
trabalha-das registrados e analisados para identificar sua causa raiz e aplicar medidas corretivas.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

CRITÉRIO Critério 2.2: Proporcionar a todos os trabalhadores (incluindo trabalhadores migrantes, sazonais e outros trabalhadores contra-tados)
prestações e salários suficientes para atingir um nível de vida adequado

INDICADOR Escopo Standard Texto completo do indicador

Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas


2.2.1:A operadora Usina 100% na unidade de certifica-ção.
garante que todos Agricultura
os trabalhadores Todos os trabalhadores recebem um contrato ou documento equivalente (por exemplo, certificado de
tenham um contrato INDICADOR tra-balho nacional). A operadora deve explicar aos trabalhadores as cláusulas presentes no contrato
ou documento equi- ESSENCIAL de for-ma apropriada (especialmente se os trabalhadores forem analfabetos ou falarem outro idioma)
para certi-ficar-se de que eles compreendem as cláusulas, os direitos e as obrigações incluídas em seus
valente respectivos contratos.

Se não for especificado pela legislação local, o contrato inclui pelo menos os seguintes itens: horas de
trabalho, horas extras e pagamento, aviso, períodos de descanso, férias, licença parental, licença de
ma-ternidade/paternidade, salários, modo de pagamento e, se legal, qualquer dedução relevante será
feita. Uma cópia do contrato é fornecida ao trabalhador em seu próprio idioma.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

2.2.2 A operadora Agricultura Sim Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de
garante que as ho- Usina certifica-ção. A operadora deve assegurar que as horas de trabalho não excedam o permitido nos
ras de trabalho es- termos da legis-lação nacional
tão em conformida- INDICADOR Se os trabalhadores trabalharem mais de 60 horas por semana, a operadora realizará e documentará
de com a legislação ESSENCIAL uma avaliação de risco para garantir que o excesso de horas de trabalho não comprometa a saúde
nacional e a segurança e minimize a acumulação de fadiga, controlando as taxas de acidentes e agindo em
conformi-dade se as taxas de acidentes causadas pelo excesso de horas excederem a média normal.

Sem prejuízo de quaisquer circunstâncias excepcionais ocasionais, a operadora deve também


assegurar que os trabalhadores tenham pelo menos 1 dia de folga a cada 7 dias ou 2 dias de folga a
cada 14 dias.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 2: RESPEITAR OS DIREITOS LABORAIS E AS NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

CRITÉRIO Critério 2.2: Proporcionar a todos os trabalhadores (incluindo trabalhadores migrantes, sazonais e outros trabalhadores contra-tados)
prestações e salários suficientes para atingir um nível de vida adequado

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

2.2.3 A operadora Usina >25% Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de
certifica-ção.
garante que as Agricultura
As horas extras serão voluntárias e excepcionais. As horas extras voluntárias são refletidas no
ho-ras extras sejam contrato de trabalho / do trabalhador e os documentos de folha de pagamento são fornecidos
pagas com um prê- INDICADOR com apresentação de informações precisas de todo o trabalho executado, incluindo horas extras.
mio ESSENCIAL
Para obter mais informações, consulte o Guia.

Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de


2.2.4 A operadora Usina ≥1 $/$ certifica-ção.
garante que os tra- Agricultura
balhadores recebam O salário-mínimo é pago conforme definido por exigência legal.
pelo menos o salá- INDICADOR
rio mínimo legal, ESSENCIAL Se os salários forem negociados voluntariamente entre empregadores e organizações de
incluindo as presta- trabalhadores, esses valores salariais negociados se aplicam a todos os trabalhadores cobertos
pelo acordo negociado.
ções
Nos casos em que a lei permite formas de pagamento em espécie, esses não ultrapassam 30% do
salário mínimo.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de


2.2.5 A operadora Usina ≥1 $/$ certifica-ção.
assegura que os Agricultura O salário-mínimo é pago a todos os trabalhadores, incluindo aqueles em regime de remuneração
trabalhadores pa- por pro-dução/cotas, para os quais o cálculo é baseado na proporção da diária do salário-
gos por volume co- INDICADOR mínimo de acordo com as horas trabalhadas (conforme descrito em 2.2.4 e 2.2.2). Se, nessas
condições, a remuneração pelo trabalho baseado em produção não atingir o salário-mínimo, o
lhido recebam, pelo ESSENCIAL
nível salarial será elevado para pelo menos o salário-mínimo. A parcela do salário-mínimo exigido
menos, o salário que é paga em espécie não ultrapassa 30%. Os dias com restrições ao trabalho (por ordem da
mínimo, incluindo as administração ou devido a incidentes/lesões no local de trabalho) são compensados como um dia
prestações inteiro.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

Aplica-se a todos os trabalhadores nas dependências da usina e fazendas incluídas na unidade


2.2.6 A operadora Usina Sim de certi-ficação.
assegura-se de que Agricultura
A operadora completará a ferramenta de salários prevalecentes, alinhada com a metodologia de
os salários predomi-
salário digno, incluída na Calculadora. O índice de referência será atualizado a cada 3 anos, ou
nantes sejam com- mais frequente-mente de acordo com as políticas da empresa.
parados
Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 2: RESPEITAR OS DIREITOS LABORAIS E AS NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

CRITÉRIO 2.3: Respeitar o direito dos trabalhadores a condições de trabalho favoráveis

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

2.3.1 A operadora Usina Sim Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de
garante que os tra- Agricultura certifica-ção.
balhadores não se- A operadora tem uma política de não discriminação e igualdade de oportunidades publicamente
jam discriminados INDICADOR disponí-vel, implementada e comunicada, aplicável nos processos de recrutamento,
ESSENCIAL remuneração, acesso a trei-namento e promoção, e acesso a suas instalações.
A discriminação inclui qualquer distinção, exclusão ou preferência que tenha o efeito de anular
ou preju-dicar a igualdade de oportunidade ou tratamento.
A discriminação pode ser baseada em raça, cor, identidade de gênero, idade, idioma, religião,
patrimô-nio/riqueza, nacionalidade, origem étnica/social, casta, deficiência, gravidez,
indigeneidade, filiação sindi-cal, filiação política, estado civil/familiar, relações pessoais, estado
de saúde, orientação sexual ou outras razões não válidas que sejam irrelevantes para as
habilidades, capacidades, qualidades e aptidão médi-ca para o trabalho.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de


2.3.2 A operadora Usina Sim certifica-ção.
garante que os Agricultura A operadora tem uma política pública, implementada e comunicada para prevenir o assédio
tra-balhadores não sexual e to-das as outras formas de assédio e violência. Os denunciantes são protegidos e seu
so-fram abusos ou INDICADOR anonimato é garanti-do.
as-sédio ESSENCIAL A política garante que nenhum trabalhador seja sujeito a comportamentos e práticas
inaceitáveis, ou a ameaças decorrentes deles, que resultem em formas verbais e não verbais
de danos físicos, psicológicos, sexuais ou econômicos, e incluam violência de gênero, extorsão e
assédio.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de


2.3.3 A operadora Usina Sim certifica-ção.
garante que os Agricultura A operadora tem uma política pública, implementada e comunicada que garante que
tra-balhadores não os trabalhadores não sofram trabalho forçado ou obrigatório. A operadora protegerá os
fa-çam trabalhos INDICADOR denunciantes e seu anonimato será garantido.
for-çados ESSENCIAL
As políticas cobrirão as várias formas de mão-de-obra mais relevantes para as operações locais,
mesmo quando: o traba-lho forçado pode ser o resultado do tráfico de pessoas e da migração
irregular.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 2: RESPEITAR OS DIREITOS LABORAIS E AS NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

2.3.4 A operadora Usina 18 Aplica-se a todos os menores de idade nas instalações da usina e fazendas incluídas na
garante que não Agricultura Anos unidade de cer-tificação, independentemente de serem empregados da operadora, e garante
haja trabalho que nenhum trabalhador menor de 18 anos esteja presente nos campos ou manuseando
infantil INDICADOR equipamentos pesados.
ESSENCIAL
Para jovens trabalhadores com idade mínima legal para trabalhar, mas com menos de 18
anos, e para aprendizes legalmente aceitos, há restrições de horas de trabalho e horas extras;
bem como para traba-lho em alturas perigosas; com máquinas, equipamentos e ferramentas
perigosas; transporte de cargas pesadas; com exposição a substâncias ou processos perigosos; e
em condições difíceis, como trabalho noturno, atividades essas que são proibidas.

A operadora utiliza um sistema para verificar a idade dos trabalhadores.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

2.3.5 Quando a Usina 100% Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de
operadora fornece Agricultura certifica-ção.
alojamento para
os trabalhadores, INDICADOR Se o alojamento for fornecido aos trabalhadores, seja pela operadora ou pelos seus
ele garante que ESSENCIAL subcontratantes, a operadora deve assegurar que o alojamento fornecido cumpra as normas
ele es-tá em sanitárias e regulamentares locais ou os requisitos estabelecidos no anexo 5, o que for mais
conformidade rigoroso.
com as normas
mí-nimas de Para obter mais informações, consulte o Guia.
segurança

2.3.6: A operadora Usina <5% Isso representa as horas de trabalho perdidas devido ao absentismo, também conhecidas como
registra as horas de “não com-parecimento”, bem como greves, doenças não justificadas etc. Não inclui férias, folgas
legais, licença de maternidade ou treinamento.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 2: RESPEITAR OS DIREITOS LABORAIS E AS NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

CRITÉRIO 2.4: Salvaguardar o respeito dos direitos laborais através de mecanismos de diálogo social que funcionem

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

2.4.1 A operadora Usina Sim Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de
garante que os di- Agricultura certifica-ção.
reitos dos trabalha-
dores à formação de INDICADOR A operadora respeita esses direitos e não interfere nos esforços dos próprios trabalhadores
sindicatos e afili- ESSENCIAL para estabe-lecer mecanismos de representação independentes (sindicatos ou plataformas
ação a eles sejam organizacionais semelhan-tes) de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e as
respeitados e nego- Normas Fundamentais da OIT.
ciados coletivamen-
te, sem interferência A operadora implementa garantias aos trabalhadores sindicalizados em toda a força de trabalho,
esten-dendo-se aos não sindicalizados.

Os Acordos de Negociação Coletiva são regularmente negociados e renegociados entre as


organizações de empregadores e de trabalhadores e são devidamente respeitados para vigorar.
Os acordos celebra-dos são transparentes, documentados e devidamente cumpridos mediante
2.4.2 A operadora Usina Sim sua implementação.
promove a consulta Agricultura
e o intercâmbio de Para obter mais informações, consulte o Guia.
informações entre
as organizações
de empregadores
e trabalhadores, Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de
atra-vés do diálogo certifica-ção.
A operadora mantém diálogos regulares com os trabalhadores diretos e indiretos para promover
a melho-ria contínua das condições de trabalho.
A operadora também promove outros mecanismos de diálogo social (por exemplo, comitês mistos,
comitês de gênero, comitês para lidar com o assédio e práticas de consulta aos trabalhadores).

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 2: RESPEITAR OS DIREITOS LABORAIS E AS NORMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

CRITÉRIO 2.5: O uso da terra e dos recursos hídricos não prejudica os direitos legais, consuetudinários ou de uso dos povos indígenas e das comunidades locais

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

2.5.1 A operadora Usina Sim A operadora deve demonstrar que identificou e documentou qualquer direito legal e/ou
identificará os Agricultura consuetudinário em relação ao uso da terra e da água. Quando os direitos tiverem sido
direi-tos legais e/ou cedidos por povos indígenas ou comunidades locais em benefício da operadora, em ou após a
con-suetudinários publicação deste padrão, ou quando a operadora obtiver a primeira certificação (o que ocorrer
em relação aos mais tarde), a operadora deve demonstrar que a decisão foi tomada mediante um processo de
usuá-rios da terra e Consentimento Livre, prévio e Informado em conformidade com a legislação nacional, como
da água e qualquer requisito mínimo.
transferência des-
ses direitos à ope- Para obter mais informações, consulte o Guia.
radora é feita com
base na participa-
ção e consulta.

2.5.2 A operadora Usina Sim A operadora participará de boa-fé nos processos jurídicos aplicáveis e tomará as medidas
deverá demonstrar Agricultura adequadas de acordo com a legislação nacional para resolver qualquer conflito relacionado
que está a tomar com a terra ou a água. A operadora está em conformidade com qualquer decisão judicial.
medidas para tratar INDICADOR Quando as denúncias forem apresenta-das através de processos não judiciais, a operadora se
de reclamações ESSENCIAL comprometerá de boa-fé a resolver os conflitos de terras ou de água.
le-gítimas de terras
e águas de acordo Para obter mais informações, consulte o Guia.
com os processos
legais aplicáveis.

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PRINCÍPIO 3: GERENCIAR A EFICIÊNCIA DOS INSUMOS, PRODUÇÃO E PROCESSAMENTO PARA MELHORAR A SUSTENTABILIDADE

CRITÉRIO 3.1: Monitorar a eficiência da produção e do processo; medir os impactos da produção e do processamento para melhori-as ao longo do tempo

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

3.1.1 A operadora Agricultura Tc/ha A operadora deve registar os rendimentos médios da cana-de-açucar sem irrigação e cana-de-
assegura-se de A depender açúcar irrigada.
que os rendimentos da zona A operadora também introduzirá as coordenadas GPS da usina no Mapa de zonas climáticas de
da produção estão climá-tica Bonsucro e registrará a zona climática. A operadora deve assegurar que os rendimentos exce-
acima do limiar dam o limite estabelecido no mapa das zonas climáticas.
es-tabelecido no
mapa das zonas Para obter mais informações, consulte o Guia.
climáti-cas

3.1.2 A operadora Usina >10% O teor teórico de açúcar recuperável da cana é uma medida da quantidade de açúcar presente
maximizará o teor Agricultura na cana que pode ser extraída. É uma medida da qualidade da cana, não da eficiência da re-
de açúcar na cana cuperação do açúcar na usina. O teor de fibra da cana e a pureza do suco cru têm um efeito
sobre a recuperabilidade do açúcar. Estes estão incluídos neste parâmetro. Este indicador só é
aplicável se não for produzido etanol a partir de açúcar cristalizável.
Nos casos em que o açúcar e o etanol são produzidos (não a partir do melaço final), o teor de
açúcares totais Invertidos (TSAI) na cana é importante e não apenas a sacarose recuperável.
Esta é uma medida da qualidade da cana, não da eficiência industrial da usina para converter
açúcares em etanol. O TSAI é a soma de açúcares redutores e sacarose, na qual a sacarose é
convertida em açúcares redutores equivalentes dividindo-a por 0,95.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

3.1.3 A operadora Usina > 120 kg/t Usado se o etanol for produzido, isoladamente ou em conjunto com a produção de açúcar. Com
maximizará os Agricultura ca-na base em uma utilização de 90,5% do total de açúcares como açúcar total invertido (TSAI).
açú-cares totais
inverti-dos (TSAI) Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 3: GERENCIAR A EFICIÊNCIA DOS INSUMOS, PRODUÇÃO E PROCESSAMENTO PARA MELHORAR A SUSTENTABILIDADE

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

3.1.4 A operadora Agricultura <16 para co- Mede o tempo médio desde a colheita (ou queima) da cana-de-açúcar até sua moagem na
realizará as opera- lheita mecani- usi-na (também conhecido como ‘kill to mill’ em inglês).
ções de colheita de zada
forma eficiente <24 para co- No caso da cana queimada, é o período entre a queima do campo antes da colheita e a moa-
lheita verde gem da cana (excluindo a queima acidental e criminosa).
manual
<48 para co- Para obter mais informações, consulte o Guia.
lheita de cana
queimada

3.1.5 A operadora Usina >75 % Tempo de processamento como uma porcentagem do tempo total de moagem. Qualquer parali-
tritura a cana de Tempo de sação, incluindo atividades de manutenção ou falha no fornecimento de energia, deve ser con-
forma eficiente processamen- tabilizada, com exceção das paradas exclusivamente decorrentes de chuvas.
to como uma
porcentagem Para obter mais informações, consulte o Guia.
do tempo total
de moagem

3.1.6 A operadora Usina >90% Este indicador só é aplicável se o açúcar e/ou o etanol forem produzidos apenas a partir do
maximiza a me-laço final. Esta relação é usada para medir a recuperação real de açúcar a partir da
recupe-ração do recuperação teórica de açúcar de cana.
açúcar
Para obter mais informações, consulte o Guia.

3.1.7 A operadora Usina >75% Usado no caso do etanol apenas ou açúcar e etanol sendo produzidos a partir de outra subs-
maximizará a tância que não seja o melaço final produzido na mesma usina. É a razão expressa como por-
efici-ência centagem (%) da soma dos produtos equivalentes do TSAI (açúcar, etanol, levedura e melaço)
industrial com relação ao TSAI da cana.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 3: GERENCIAR A EFICIÊNCIA DOS INSUMOS, PRODUÇÃO E PROCESSAMENTO PARA MELHORAR A SUSTENTABILIDADE

CRITÉRIO 3.2: Controlar as emissões de aquecimento global com vista a minimizar os impactos das mudanças climáticas

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

3.2.1 A operadora Usina Sim A operadora monitorará os impactos das alterações climáticas correspondentes e avaliará como
garante que foi Agricultura elas afetarão suas operações e trabalhadores ao longo do tempo. A operadora deve elaborar e
es-tabelecido e aplicar planos de mitigação e adaptação às alterações climáticas. Como parte do plano de miti-
aplica-do um plano INDICADOR gação das alterações climáticas, a operadora deve definir as emissões de referência e os objeti-
de mi-tigação ESSENCIAL vos absolutos de redução de GEE.
e resistên-cia
A operadora deve definir um plano que contenha ações e objetivos alcançáveis, atividades de
às mudanças
supervisão, responsabilidades acordadas, prazos e recursos atribuídos. O plano de gestão refle-te
climáticas
a melhoria contínua e os princípios de aprendizagem da organização. O plano é revisado pe-lo
menos a cada 3 anos ou mais cedo de acordo com os procedimentos da empresa.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

3.2.2 A operadora Agricultura <40 kg CO2 Estima as emissões das atividades agrícolas. O resultado também é usado no cálculo das emis-
deve assegurar eq/t cana sões totais do campo à entrada da usina.
que as emissões de
GEE por tonelada Para obter mais informações, consulte o Guia.
de cana se situem
abaixo do limite
mé-trico

3.2.3 A operadora Usina Total <0,4 Usado somente se açúcar estiver sendo produzido. Emissões do campo à entrada da usina. O ônus
deve assegurar que t CO2eq/t ambiental é a tonelada de dióxido de carbono equivalente.
as emissões de GEE açúcar
por tonelada de Para obter mais informações, consulte o Guia.
açúcar estão abaixo
do limite mé-trico

3.2.4 A operadora Usina Total <24 g Usado se o etanol for produzido. O ônus ambiental é o grama de dióxido de carbono equivalen-te.
deverá assegurar CO2eq/MJ
que as emissões combustível Para obter mais informações, consulte o Guia.
de GEE por MJ de
etanol estejam
abaixo do limite
mé-trico

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PRINCÍPIO 3: GERENCIAR A EFICIÊNCIA DOS INSUMOS, PRODUÇÃO E PROCESSAMENTO PARA MELHORAR A SUSTENTABILIDADE

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

3.2.5 A operadora Usina <9 saída de Calcula a energia total necessária para gerar um MJ de energia, aplicase somente à
maximiza o retorno energia / produção de etanol ou eletricidade.
de energia sobre a en-trada de
energia invertida energia Para obter mais informações, consulte o Guia.

PRINCÍPIO 4: GERIR ATIVAMENTE A BIODIVERSIDADE E OS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

CRITÉRIO 4.1 Proteger e reabilitar a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, bem como manter e melhorar os AVCs

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

4.1.1 A operadora Agricultura Yes A operadora mapeia a biodiversidade e serviços ecossistêmicos nas zonas de fornecimento. O
irá garantir que os mapeamento será atualizado de acordo com as políticas da empresa ou as melhores práticas.
principais serviços
do ecos-sistema e Toda a área de Para obter mais informações, consulte o Guia.
da biodiversidade fornecimento
sejam mapeados

4.1.2 A operadora Agricultura Yes A operadora dos produtores desenvolve e implementa um Plano de Gestão da Biodiversidade e
desenvolve e Usina Serviços Ecossistêmicos (BESMP). O BESMP considera ameaças e impactos que a produção de
implementa um cana-de-açúcar tem sobre a biodiversidade, os serviços ecossistêmicos e AVCs, identificando
plano de gestão da INDICADOR as medidas de mitigação e restauração que devem ser adotadas. A operadora deve definir um
biodiversidade ESSENCIAL plano com ações e objetivos alcançáveis, atividades de acompanhamento, responsabilidades
acorda-das, prazos e recursos atribuídos. O plano de gestão reflete a melhoria contínua e os
princípios de aprendizagem da organização. O plano é revisado pelo menos a cada 3 anos ou
mais cedo de acordo com os procedimentos da empresa.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

PRINCÍPIO 4: GERIR ATIVAMENTE A BIODIVERSIDADE E OS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

4.1.3 A operadora Agricultura 0% A operadora realiza uma análise de mudança histórica do uso da terra na unidade de
garante que certificação para determinar se a terra convertida em cultivo de cana-de-açúcar a partir de 1
nenhuma zona INDICADOR de janeiro de 2008 danificou os ecossistemas naturais considerados legalmente protegidos de
de ecossistemas ESSENCIAL acordo com de-terminações nacionais ou internacionais.
naturais definida
internacionalmente Para obter mais informações, consulte o Guia.
ou nacionalmente
como protegida
legalmente tenha
sido convertida
para a agricultura
a partir de 1 de
janeiro de 2008.

4.1.4 A operadora Agricultura 0% A operadora realiza uma análise histórica da mudança de uso da terra da unidade de
garante que certificação para determinar se a terra classificada como ecossistemas naturais não foi
nenhuma INDICADOR convertida para a agri-cultura em 1 de janeiro de 2021 ou mais tarde.
outra área de ESSENCIAL
ecossistemas Os níveis mínimos de conversão são permitidos se forem insignificantes no contexto de um de-
naturais tenha sido terminado site (devido a uma pequena área) e se não afetarem significativamente os valores de
transformada em conversação dos ecossistemas naturais ou os serviços e valores que eles fornecem.
agricultura a partir
de 1 de janeiro de Antes de qualquer expansão para novos terrenos rurais ou novos projetos agricolas , a operado-
2021. ra realiza a “Avaliação de Risco de AVC para expansão da Bonsucro” nas áreas planejadas e
implementa os procedimentos da avaliação de riscos de AVC.
Para obter mais informações, consulte o Guia.

Note-se que no futuro poderá ser publicado um procedimento de reparação e indenização ou


um documento equivalente que se aplique a este indicador.

A partir da data da certificação inicial ou da data de publicação da presente norma (que seja
4.1.5 A operadora Usina Sim
a última), a operadora não deve estender-se aos ecossistemas naturais ou às zonas que conte-
garante que a Agricultura
nham AVC na unidade de certificação e realizar todas as ações possíveis para evitar a conversão
expansão da cana
dos AVCs em toda a área de fornecimento.
seja de áreas que INDICADOR
não são AVC após a ESSENCIAL
Antes de qualquer expansão para novos terrenos rurais ou novos projetos de cana-de-açúcar, a
certifica-ção.
operadora realiza a “Avaliação de Risco de AVC para expansão da Bonsucro” das zonas plane-
jadas e implementa os procedimentos da avaliação de riscos de AVC.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

PRINCÍPIO 4: GERIR ATIVAMENTE A BIODIVERSIDADE E OS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

4.1.6 A operadora
Usina 100% Aplicável quando há grandes mudanças na força de trabalho (por exemplo, mecanização) ou
realiza uma
Agricultura expansão do campo (> 5% da área total de fornecimento de 5% da média móvel, 1000 ha, o
avaliação de impacto
que for menor) ou estabelecimento de novas operações de cana-de-açúcar; as mudanças são
ambiental e social
INDICADOR cobertas pela avaliação de impacto ambiental e social (AIAS).
quando há uma
ESSENCIAL
mudança significativa
Para obter mais informações, consulte o Guia.
nas operações ou na
expansão do terreno

CRITÉRIO 4.2: Estabelecimento de um plano de manejo do solo para evitar a erosão e manter e melhorar a saúde do solo

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

4.2.1 Mapeamento Agricultura Sim A operadora deve mapear os limites dos campos e as suas unidades de gestão do solo, que po-
de solos e/ou dem incluir tipos de solo e outras características relevantes para a gestão da saúde do solo.
unidades de gestão O mapeamento será feito de acordo com as melhores práticas reconhecidas pela indústria local,
de solos da fazenda idealmente apoiadas por publicações científicas.
e desenvol-vimento
de um plano de Para obter mais informações, consulte o Guia.
manejo do solo
A operadora desenvolve e implementa um Plano de Manejo do Solo (SMP em inglês) que des-
creve as melhores práticas de manejo exigidas para a operadora assegurar a prevenção da
4.2.2 A operadora Agricultura Sim de-gradação e erosão dos solos da fazenda e permitir o uso otimizado dos recursos e a melhoria
desenvolve e imple- contínua das condições do solo.
menta um Plano de INDICADOR A operadora desenvolve, documenta e implementa um plano de manejo do solo com ações e
Manejo do Solo ESSENCIAL objetivos alcançáveis, responsabilidades acordadas, prazos e recursos alocados que identificam e
abordam ameaças e impactos de:

1. Compactação, erosão e perturbação do solo


2. Falta de cobertura contínua do solo
3. Baixa matéria orgânica
4. Alcalinização ou acidificação de solos

Determinam-se as práticas destinadas a prevenir, mitigar, remediar e reduzir a degradação do


so-lo para cada unidade de gestão. Práticas são identificadas e implementadas para melhorar
conti-nuamente as condições do solo.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 4: GERIR ATIVAMENTE A BIODIVERSIDADE E OS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

4.2.3 A operadora Agricultura Sim A operadora deve realizar análises periódicas do solo ou das folhas para informar os objetivos
realiza análises e o acompanhamento incluídos no Plano de Manejo do Solo, bem como as recomendações
regu-lares do solo relativas aos fertilizantes.
ou das folhas
O procedimento de amostragem e os procedimentos analíticos para a determinação da
recomendação serão realizados de acordo com as melhores práticas reconhecidas pela indústria
local, idealmente apoiadas por publicações científicas.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

4.2.4 A operadora Agricultura <1,05 A operadora aplicará NPK total (nitrogênio, fósforo e potássio), orgânico e inorgânico, conforme
aplica tanto para cada recomendado pela análise do solo ou das folhas. A recomendação será feita de acordo com
fertilizante como INDICADOR nutriente as melhores práticas reconhecidas pela indústria local, idealmente apoiadas por publicações
recomendado na ESSENCIAL (proporção científi-cas.
análise do solo aplicada à
recomendada) A operadora também terá um plano para reduzir o uso de fertilizantes ao longo do tempo.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

4.2.5 A operadora Agricultura Sim Isto aplica-se apenas às plantações que tenham sido queimadas antes da colheita (ou seja, não
evita que os topos e à colheita de cana verde) não se queima a cobertura morta nem os resíduos agrícolas após
folhas de cana-de- a colheita, exceto quando necessário no caso de cultivar a plantação para fazer replantação.
açúcar queimem Se a cana-de-açúcar for queimada antes da colheita, será apenas com queima fria (também
após a colheita chamada de “queima fria”). Os restolhos devem ser mantidos e espalhados uniformemente.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 4: GERIR ATIVAMENTE A BIODIVERSIDADE E OS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

CRITÉRIO 4.3. Estabelecimento de um plano de gestão da água

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

4.3.1 A operadora Usina Sim A operadora deve, na medida do possível:


identifica os Agricultura
principais recursos Identificar os principais recursos hídricos (incluindo zonas de captação, bacias hidrográfi-cas,
hídricos e áreas de Toda a área de sub-bacias ou microbacias) e definir o seu nível de disponibilidade (estresse água).
captação fornecimento Identificar outros usuários do recurso hídrico das áreas de captação mapeadas.
Identificar iniciativas da água locais e listar as organizações envolvidas na gestão da água.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

4.3.2 A operadora Usina A operadora desenvolve e implementa um plano de gestão da água com ações e objetivos
desenvolve e Agricultura Sim al-cançáveis, responsabilidades acordadas, prazos e recursos alocados. O plano de gestão da
imple-menta um água reflete a melhoria contínua e os princípios de aprendizagem organizacional.
plano de gestão da INDICADOR
água ESSENCIAL A operadora deve definir um plano que contenha ações e objetivos alcançáveis, atividades de
supervisão, responsabilidades acordadas, prazos e recursos atribuídos. O plano de gestão reflete
a melhoria contínua e os princípios de aprendizagem da organização. O plano é revisado pelo
menos a cada 3 anos ou mais cedo de acordo com os procedimentos da empresa.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

4.3.3: A operadora Usina Sim Especialmente quando o estresse hídrico ocorre, a operadora documenta seu compromisso em
promove o uso Agricultura ações colaborativas e coletivas para promover o uso sustentável da água e sua participação com
sus-tentável da outros usuários de água, governo e sociedade civil na captação ou planejamento e gestão de
água através da água de aquífero, incluindo como alocar a água de forma justa e sem conflitos.
participa-ção em
ações colabo- Para obter mais informações, consulte o Guia.
rativas

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PRINCÍPIO 4: GERIR ATIVAMENTE A BIODIVERSIDADE E OS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

4.3.4 A operadora Usina <20 para Água consumida na usina = água utilizada menos água devolvida ao meio ambiente.
maximiza a açúcar Se os efluentes são exportados pela usina para os campos para irrigação, a usina contabiliza
eficiência da água apenas ou como água devolvida ao meio ambiente.
por massa de <30 para
produto etanol Para obter mais informações, consulte o Guia.

Kg de água /
kg de massa
do produto

4.3.5 A operadora Agricultura WPa ≥ WPo Para garantir que a água de irrigação seja usada de forma eficiente.
maximiza a
produtividade da A produtividade da água (WP em inglês) é uma medida da efetividade do uso da água de irriga-
irrigação ção que é usada para produzir cana-de-açúcar. WP é igual ao rendimento de cana colhida (t/
ha) dividido pelo volume líquido de irrigação aplicado ao longo da estação de crescimento (mm).

A produtividade da água de irrigação é fortemente influenciada pelo índice pluviométrico


recebi-do. Esta relação é expressa como a referência da produtividade da água - WPo.

O rendimento real da cana e a taxa líquida de irrigação aplicada ao longo da estação de cresci-
mento (mm) irão determinar o valor real da produtividade da água - WPa.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

4.3.6 A operadora Usina >2,5 ppm O oxigênio dissolvido é um indicador da quantidade de oxigênio disponível no fluxo receptor
minimiza os efeitos ou para manter a vida. A amostragem deve ser realizada no ponto de descarga.
prejudiciais da 1 kg de DQO
descarga de / t produto Para obter mais informações, consulte o Guia.
resíduos ou
0,25 kg DBO
/t

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PRINCÍPIO 4: GERIR ATIVAMENTE A BIODIVERSIDADE E OS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

CRITÉRIO Critério 4.4: Planos de gestão de pragas, doenças e ervas daninhas estabelecidos e aplicados

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

4.4.1 A operadora Agricultura SIim A operadora identifica as pragas atuais, históricas e potenciais, incluindo ervas daninhas, que
identifica e monitora afetam os campos e, quando apropriado, define para cada uma o limite a partir do qual o
pragas e doenças controle de pragas se torna necessário.
atuais, históricas e A operadora realiza monitoramento de campo da condição de plantações, pragas e organismos
potenciais benéficos.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

4.4.2 A operadora Agricultura Sim O plano identificará as estratégias agronómicas, biológicas e químicas adequadas à espécie-alvo
implementa práticas e ao sistema de criação, limiares em que é necessário o controlo de ervas daninhas e pragas pa-
de manejo de ervas INDICADOR ra minimizar o impacto económico e minimizar os impactos fora do local de cultivo.
daninhas, pragas e ESSENCIAL
doenças A operadora deve definir um plano que contenha ações e objetivos alcançáveis, atividades de
supervisão, responsabilidades acordadas, prazos e recursos atribuídos. O plano de gestão reflete
a melhoria contínua e os princípios de aprendizagem da organização. O plano é revisado pelo
menos a cada 3 anos ou mais cedo de acordo com os procedimentos da empresa.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

4.4.3: a operadora Agricultura < 5 kg de Minimizar a poluição do ar, do solo e da água, em particular os impactos externos. A operadora
maximiza a ingredien-te deve contabilizar as quantidades de ingredientes ativos de produtos agroquímicos (incluindo pes-
eficiência dos INDICADOR ati-vo/ha/ ticidas, herbicidas, inseticidas, fungicidas, nematicidas e maduradores) aplicados. O Operador
agroquímicos ESSENCIAL ano deve utilizar apenas produtos registados para uso e taxas registadas e de acordo com as instru-
aplicados ções do rótulo.
A operadora calculará a média da taxa de aplicação na superfície total tratada.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 4: GERIR ATIVAMENTE A BIODIVERSIDADE E OS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

4.4.4 A operadora Agricultura 0 kg de A operadora não usará ingredientes ativos de produtos agroquímicos incluídos em:
aplica apenas ingrediente
agroquímicos INDICADOR ativo/ha/ 1. A.formulações de pesticidas que atendem aos critérios das classes Ia (extremamente
legais e seguros ESSENCIAL ano perigosas) ou Ib (altamente perigosas) da Classificação Recomendada de Pesticidas por
Perigo da OMS,
2. ingredientes ativos de pesticidas e suas formulações que atendam aos critérios de c
arcinogenicidade das Categorias 1A e 1B do Sistema Globalmente Harmonizado de
Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS em inglês),
3. ingredientes ativos de pesticidas e suas formulações que atendam aos critérios de
mutagenicidade das categorias 1A e 1B do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação
e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS em inglês),
4. ingredientes ativos de pesticidas e suas formulações que atendam aos critérios de toxicidade
reprodutiva das Categorias 1A e 1B do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos,
5. ingredientes ativos de pesticidas listados pela Convenção de Estocolmo em seus Anexos A e B, e
aqueles que atendem a todos os critérios do parágrafo 1 do Anexo D da Convenção,
6. ingredientes ativos e formulações de pesticidas listados pela Convenção de Rotterdam em seu
Anexo III,
7. pesticidas listados no Protocolo de Montreal.

Nos casos em que não se disponha de alternativas não proibidas legalmente registradas para a
sua utilização, investigações serão realizadas e serão documentadas para determinar isto, tendo
em conta que podem ser utilizados controlos químicos ou não químicos alternativos. Se esta
investigação confirmar que não existem alternativas químicas ou não químicas não proibidas,
será tolerada a utilização de um agroquímico proibido. Nesses casos, os planos de gerenciamento
de risco devem ser atualizados para controlar os riscos decorrentes da aplicação de um produto
químico potencialmente perigoso, bem como um plano para eliminar gradualmente ou eliminar o
uso de agroquímicos proibidos.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 4: GERIR ATIVAMENTE A BIODIVERSIDADE E OS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

CRITÉRIO Critério 4.5: Garantir que produtos químicos e materiais perigosos não tenham um impacto negativo na biodiversidade e nos serviços ecossistêmicos

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

4.5.1 A operadora Usina 100% Agroquímicos e outros produtos químicos são armazenados com segurança, o acesso é restrito
gerencia com Agricultura a usuários exclusivos, a área de armazenamento é ventilada e permite o gerenciamento de
segurança as derramamento (como uma bacia de retenção etc.).
instalações de INDICADOR
armazenamento ESSENCIAL A operadora deve garantir que agroquímicos e fertilizantes sejam armazenados de forma segura
e remove com em suas fazendas fornecedoras e de maneira que impeça o acesso não autorizado e proteja o
seguran-ça meio ambiente em caso de derramamento.
produtos químicos,
combustíveis, A operadora deve assegurar que estes materiais sejam manuseados e eliminados
lubrificantes e de forma segura.
outros materiais
perigosos Para obter mais informações, consulte o Guia.

4.5.2 A operadora Usina Sim Todos os trabalhadores - que manuseiam ou entram em contato com produtos químicos agríco-
treina os Agricultura las, combustível e materiais perigosos são treinados, sendo que pelo menos um trabalhador em
trabalhado-res no cada grupo de campo é treinado em primeiros socorros.
manuseio e uso O treinamento é realizado por um profissional competente no manejo seguro dessas substâncias.
correto de produ-tos
químicos agríco-las, 1. O treinamento é específico e relevante para as tarefas realizadas.
combustível e ma- 2. Uma explicação dos nomes, formulações, toxicidade, riscos à saúde e outras informa-ções
teriais perigosos. relevantes da FISQ relacionadas a produtos químicos agrícolas, combustível, materiais
perigosos, e todas as substâncias a serem usadas.
3. Técnicas para o correto manuseio dessas substâncias.
4. Uso correto de EPI.
5. Medidas preventivas para redução de possíveis danos à saúde e ao meio ambiente causados
pelas substâncias.
6. Procedimentos de emergência, primeiros socorros e atendimento médico para casos de
envenenamento ou contato indevido com essas substâncias.
7. Registros de treinamento são mantidos, quando apropriado para cada trabalhador. Os
registros de todos os usos de agroquímicos, combustíveis, materiais perigosos e relatórios são
precisos, completos, acessíveis e atualizados.
8. Todos os registros devem ser mantidos por um período mínimo de dois anos.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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PRINCÍPIO 5: MELHORAR CONTINUAMENTE OUTRAS ÁREAS-CHAVE DO NEGÓCIO

CRITÉRIO 5.1: Promover a sustentabilidade económica e social

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

5.1.1 A operadora Usina Usina >14; O valor acrescentado pela operação é o valor das vendas menos o custo das mercadorias, maté-
garante que o Agricultura US$/t cana rias-primas (incluindo energia elétrica) e serviços adquiridos.
valor por tonelada
de cana seja Agricultura Para obter mais informações, consulte o Guia.
maximizado >10; US$/t
cana

CRITÉRIO 5.2: Redução das emissões e dos efluentes. Promover a reciclagem dos fluxos de resíduos sempre que tal seja prático.

INDICADOR Scope Padrão Texto completo do indicador

5.2.1 A operadora Usina Sim A operadora medirá e notificará as emissões de fontes pontuais e demonstrará que está em con-
está em formidade com a legislação aplicável em termos de PM10, PM2, 5, SO2 e NOx.
conformidade
com a legislação Para obter mais informações, consulte o Guia.
sobre emis-sões
atmosféricas de
fontes pontuais

5.2.2 A operadora Usina Mínimo 50% A operadora tem um plano e implementa um programa de reciclagem/reutilização/eliminação
reci-cla ou remove Agricultura ou armazenamento seguro e responsável (se outras opções não estiverem disponíveis) para
com se-gurança todas as seguintes categorias:
resíduos não
produzidos 1. fibra,
2. metal,
3. plástico,
4. borracha,
5. madeira,
6. vidro,
7. elementos eletrônicos.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

PRINCÍPIO 5: MELHORAR CONTINUAMENTE OUTRAS ÁREAS-CHAVE DO NEGÓCIO

CRITÉRIO 5.3: Treinar seus trabalhadores e outros trabalhadores em todas as áreas de seu trabalho e desenvolver suas habilidades gerais

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

5.3.1 A operadora Usina Média de 16 A operadora oferece uma média de 16 horas de treinamento para habilidades vocacionais e/ou
fornece formação Agricultura horas por ocupacionais para todos os trabalhadores (excluindo o treinamento em saúde e segurança). Os
profissional aos ano (ou o dias de treinamento são divididos entre trabalhadores de nível básico, gerência intermediária e
trabalhadores equivalente alta gerência.
em período
integral a 16 Antes de cada colheita ou ciclo de corte, um plano de treinamento é elaborado (nos casos em que
horas por ano) o ciclo de colheita ou corte é contínuo, o plano de treinamento é anual).

Para obter mais informações, consulte o Guia.

CRITÉRIO 5.4: Melhoria contínua do bem-estar dos trabalhadores

INDICADOR Escopo Padrão Texto completo do indicador

5.4.1 A operadora Usina 15% Aplica-se a todos os trabalhadores nas instalações da usina e fazendas incluídas na unidade de
promove a inclusão Agricultura certificação. A operadora realiza treinamento para o empoderamento das mulheres com base na
de gênero em comunidade. As operações de recrutamento aumentam a presença das mulheres em cargos de
cargos gerenciais e gestão e de empregos qualificados em toda a operação, a fim de atingir os objetivos fixados na
qualificados operação de pelo menos 15%.

Para obter mais informações, consulte o Guia.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Absenteísmo Cascio e Boudreau, 2015


Qualquer falha em se apresentar ou permanecer no trabalho conforme o previsto,
independentemente do motivo. Isso geralmente não é planejado, por exemplo, quando
alguém fica doente, mas também pode ser planejado, por exemplo, duran-te uma greve ou
ausência intencional.

Todos os Todos os trabalhadores que trabalham dentro da unidade de certificação, incluin-do: Padrão de produção
trabalhadores Bonsucro v.4.2
os trabalhadores assalariados
• os trabalhadores permanentes
• os trabalhadores temporários e sazonais
• os trabalhadores migrantes
• os trabalhadores subcontratados
• os trabalhadores sem-terra

os trabalhadores não assalariados


• os grandes e médios agricultores
• os pequenos agricultores
• os agricultores de subsistência
• os agricultores familiares, sem salário
• os trabalhadores cooperados
• os arrendatários e meeiros

Área de influência A unidade de certificação e a terreno” mais ampla que a rodeia ou que é adjacen-te. Manual de avaliação do AVC

Análise do contexto Definição a ser desenvolvida pelo Grupo de Trabalho de Revisão do Padrão
empre-sarial

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Bacia ou captação Área geográfica em que a água é capturada, flui e, eventualmente, descarregada em um ou Alliance for Water
mais pontos. O conceito inclui a captação de águas superficiais e subter-râneas. Stewardship

Uma bacia hidrográfica superficial é definida pela área de terra da qual todas as chuvas
recebem fluxos através de uma sequência de córregos e rios para uma única foz, como afluente
de um rio maior ou para o mar.

Uma bacia de água subterrânea é definida pela estrutura geológica de um aquífero e das
rotas de fluxo de água subterrânea. É reabastecida com água que se infiltra da superfície.
Tem espessura vertical (de alguns metros a centenas de metros) e super-fície. Dependendo
das condições locais, as bacias de captação de águas superficiais e subterrâneas podem ser
fisicamente separadas ou interconectadas.

“Captação de origem” refere-se a uma captação, distinta da ou das) captações do local, onde
um produto ou serviço é fabricado ou adquirido. Pode estar em qual-quer lugar, desde uma
bacia hidrográfica adjacente até o outro lado do mundo. Os termos alternativos são bacia
aquífera, bacia e bacia hidrográfica.

Criança Qualquer pessoa com menos de 15 anos de idade, a não ser que exista uma lei lo-cal que OIT 138
determine uma idade maior para trabalhar, ou para permanência na escola, caso em qual se
aplica a idade maior.
A Convenção de Idade Mínima da OIT 138 (1973) determina que a idade mínima para ser
empregado não pode ser menos que a idade de conclusão do ensino obri-gatório, e em
qualquer caso não pode ser menos que 15 anos.

Trabalho infantil Qualquer trabalho feito por um jovem com menos que a idade especificada na de-finição Padrão de produção
anterior de ‘criança’, salvo nos casos determinados na recomendação 146 da OIT. Bonsucro v.4.2

Negociação Todas as negociações entre um empregador, um grupo de empregadores ou uma ou mais Iniciativa do quadro de
coletiva organizações patronais, por um lado, e uma ou mais organizações de traba-lhadores, por outro, responsabili-zação
para: i) determinar as condições de trabalho e as condições de emprego; e/ou ii) regular as
relações entre empregadores e trabalhadores; e / ou iii) regular as relações entre empregadores
ou suas organizações e uma organização ou organizações de trabalhadores.

Empresa A totalidade de qualquer organização ou entidade comercial responsável pela Padrão de produção
im-plementação do padrão. Bonsucro v.4.2 2 (Adaptado
da SA 800)

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Consenso Acordo geral caracterizado pela ausência de oposição sustentada a questões subs-tanciais por Guia Bonsucro v.4.2
parte de qualquer grupo de interessados importante. (Adaptado do Guia ISO/IEC
NOTA: O consenso deve ser o resultado de um processo que procura ter em conta as opiniões 2:2004)
das partes interessadas, em particular as diretamente interessadas, e conciliar os argumentos
em conflito. Não é necessário que isso implique unanimi-dade.

Consulta Procurar opiniões antes de tomar uma decisão. A consulta inclui a participação dos comités de Grupo de Trabalho de
saúde e segurança e dos representantes dos trabalhadores, se houver. Revisão do Padrão

Trabalhador/ Trabalhadores que não são considerados funcionários regulares de uma empresa comercial. Grupo de Trabalho de
Empregado con- Eles podem ser contratados a tempo parcial ou a curto prazo, geralmente para completar uma Revisão do Padrão
tratado tarefa específica (como a construção de uma propriedade da em-presa).

Eles podem não ser incluídos na folha de pagamento regular da empresa e funcio-nar de forma
muito independente das funções comerciais normais da empresa.

Contratado Definição a ser desenvolvida pelo Grupo de Trabalho de Revisão do Padrão Relatório da OIT ao Comitê
Organização externa que presta serviços à organização de acordo com especifica-ções, termos encarre-gado de examinar
e condições acordados. o suposto incumprimento
do Qatar em relação ao
trabalho forçado

Substituição do A prática de substituir ou alterar as condições de emprego que o trabalhador acei-tou


contrato originalmente, seja por escrito ou verbalmente, o que se traduz em piores condições ou em
menores benefícios. As alterações no contrato ou no contrato de trabalho são proibidas, a menos
que essas alterações sejam feitas para cumprir a lei local e fornecer termos iguais ou melhores.

Desmatamento Perda de florestas naturais como resultado de: i) conversão para a agricultura ou outro uso de Iniciativa do quadro de
terras não florestais; ii) conversão para uma plantação de árvores; ou iii) degradação grave e responsabili-zação
sustentada.

Degradação Mudanças dentro de um ecossistema natural que afetam significativamente e nega-tivamente Iniciativa do quadro de
sua composição, estrutura e/ou função de espécies e reduzem a capaci-dade do ecossistema de responsabili-zação
fornecer produtos, apoiar a biodiversidade e/ou fornecer serviços ecossistêmicos.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Discriminação 1. O termo discriminação inclui o Artigo 1 o da Convenção 111 da OIT: BGuia Bonsucro v.4.2
(Adaptado da Convenção
(a) qualquer distinção, exclusão ou preferência feita com base na raça, cor, sexo, religião, opinião 111 da OIT)
política ou origem nacional ou social, que tem o fei-tio de negar ou enfraquecer a igualdade de
oportunidade ou tratamento no emprego ou na ocupação; (b) qualquer outra distinção, exclusão
ou prefe-rência que tenha o efeito do negar ou enfraquecer a igualdade de oportu-nidade
ou tratamento no emprego ou na ocupação e que possa ser assim identificada pelo membro
envolvido, após consultar organizações represen-tativas de empregadores e empregados, onde
existam tais organizações, e com outras entidades apropriadas.

2. Qualquer distinção, exclusão ou preferência em relação a um determinado tra-balho com


base nos requisitos inerentes a esse trabalho não é considerada discri-minação.

3. Para as finalidades dessa Convenção, os termos ‘emprego’ e ‘ocupação’ incluem acesso ao


treinamento vocacional, acesso ao trabalho e às suas ocupações específi-cas e aos termos e
condições do trabalho.

Deslocamento Expulsão forçada de pessoas de sua casa ou país, muitas vezes devido a conflitos armados ou Grupo de Trabalho de
desastres naturais. Uma pessoa internamente deslocada, ou IDP (em inglês), é alguém que é Revisão do Padrão
forçado a fugir de casa, mas permanece dentro das frontei-ras de seu país.

Due diligence Um processo de gerenciamento de risco implementado por uma empresa para identificar, Iniciativa do quadro de
prevenir, mitigar e levar em conta como você aborda os riscos e impac-tos ambientais e sociais responsabili-zação
em suas operações, cadeias de abastecimento e investi-mentos.

Fazenda Uma operadora que produz cana-de-açúcar que é entregue à usina. Guia Bonsucro v.4.2

Trabalho forçado Qualquer trabalho ou serviço que seja exigido a uma pessoa sob ameaça de sanções e para o Iniciativa do quadro de
qual essa pessoa não tenha se oferecido voluntariamente, incluindo todas as formas de servidão responsabili-zação
por dívidas e tráfico de pessoas para fins de trabalho forçado.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Consentimento Iniciativa do quadro de


Livre, Prévio e Direito humano coletivo dos povos indígenas e das comunidades locais a dar ou negar seu responsabili-zação
Informado (CLPI) consentimento antes do início de qualquer atividade que possa afetar seus direitos, terras,
recursos, territórios, meios de subsistência e segurança ali-mentar.

• Consentimento: Os povos indígenas e as comunidades locais tomam uma decisão coletiva


para conceder ou negar a aprovação da atividade especificada que pode ter um impacto
sobre esses povos indígenas e comunidades locais.
• Livre: O consentimento é concedido por povos indígenas e comunida-des locais
voluntariamente afetados sem coerção, coerção ou intimida-ção.
• Prévio: O consentimento é dado antes que a atividade especificada seja autorizada ou
iniciada.
• Informado: O consentimento é dado depois que os povos indígenas e as comunidades locais
receberam a informação pertinente, oportuna e culturalmente apropriada necessária para
tomar uma decisão com ple-no conhecimento de causa.

Liberdade de Direito explícito de todos os trabalhadores a criar e ou aderir aos seus próprios ór-gãos de Comércio ético
associação representação ou sindicatos da forma que decidirem ser mais eficaz.

Falha fundamental Uma violação que altera o procedimento que impede completamente a empresa de operar de Adaptado das definições
acordo com o padrão. Estes erros podem conduzir a uma perda de produtividade e a violações ISO relativas à não
significativas dos requisitos básicos. conformidade
Quando lapsos isolados (Ver definição) ocorrem continuamente, isso também pode ser
considerado uma falha fundamental.

Mecanismo de Qualquer processo rotineiro através do qual possam ser levantadas reclamações sobre os efeitos Iniciativa do quadro de
reclamação negativos sobre os direitos humanos ou o meio ambiente relacio-nado com as empresas e se responsabili-zação
possa procurar uma solução.

Perigo Uma situação física com um potencial de lesões humanas, danos à propriedade, danos ao meio Princípios fundamentais da
ambiente ou alguma combinação destes. OIT em matéria de saúde e
segurança no trabalho

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Alto Valor de Os Altos Valores de Conservação (AVCs) são valores biológicos, ecológicos, sociais ou culturais Guia comum para a
Conservação considerados altamente significativos ou cruciais a nível regional, nacional ou global. Todos os habitats identificação de AVCs
naturais possuem algum tipo de valor de conservação inerente; eles incluem a presença de espécies
incomuns ou endêmicas, a presta-ção de serviços ecossistêmicos, locais sagrados, ou recursos
explorados por mora-dores locais. No entanto, alguns valores são mais significativos ou importantes
do que outros, e é por isso que a abordagem do AVC oferece uma maneira objetiva de identificar esses
valores para mantê-los ou realçá-los. (Ver www.hcvnetwork.org).

Os seis Altos valores de conservação (AVCs):

AVC 1, diversidade de espécies: concentrações de diversidade biológica, incluindo espécies endémicas e


espécies raras, ameaçadas ou ameaçadas, significativas a nível mundial, regional ou nacional.

AVC 2, ecossistemas ao nível da paisagem e mosaicos: grandes ecossistemas ao nível da paisagem


e mosaicos de ecossistemas significativos no âmbito mundial, regional, ou nacional, e que contêm
populações viáveis da grande maioria das espécies que aparecem de forma natural, em naturais de
distribuição e abundância.

AVC 3, ecossistemas e habitats: ecossistemas, habitats ou abrigos raros, ameaçados ou em perigo.

AVC 4, serviços do ecossistema: serviços do ecossistema básicos em situações críti-cas, incluindo a


proteção de áreas de captação de água e o controle da erosão dos solos e encostas vulneráveis.

AVC 5, necessidades comunitárias: áreas e recursos fundamentais para atender às necessidades


básicas das comunidades locais ou dos povos indígenas (meios de sub-sistência, saúde, nutrição, água
etc.) identificados através da colaboração com essas comunidades ou povos indígenas.

AVC 6, valores culturais: áreas, recursos, habitats e paisagens culturais, arqueológi-cos ou


historicamente significativos no âmbito mundial ou nacional e/ou de impor-tância crítica cultural,
ecológica, econômica ou religiosa/sagrada para a cultura tra-dicional das comunidades locais ode
povos indígenas, identificados envolvendo di-tas comunidades ou povos indígenas.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Política dos Direitos O compromisso de respeitar os direitos humanos definidos na Carta Internacional dos Direitos Humanos Grupo de Trabalho de Revisão
huma-nos e na Declaração de Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho da Organização Internacional do do Padrão
Trabalho (OIT). A Carta Internacional dos Direitos Humanos inclui coletivamente os dois pactos: o Pacto
Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais. De acordo com os princípios orientadores das Nações Unidas sobre as Empresas e os Direitos
Humanos, a Política deve comprometer a empresa a “res-peitar” os direitos humanos, realizar a “due
diligence” para avaliar os impactos reais e potenciais sobre os titulares de direitos e fornecer remédios
para os impactos adversos que ocorram.

Documentação das atividades, investimentos, processos, procedimentos e metodo-logias que uma


Plano de empresa pretende implementar no nível da base de fornecimento para alcançar e demonstrar o Iniciativa do quadro de
implementação cumprimento dos compromissos e obrigações ambi-entais e sociais. Os planos de implementação responsabili-zação
podem resultar de avaliações de ris-co, avaliações de deficiências e outros processos que identifiquem
violações reais ou potenciais, impactos sociais ou ambientais adversos ou outras necessidades de
melhoria.

Um acontecimento perigoso resultante de ou durante o trabalho em que não te-nham sido causados
Incidente ferimentos pessoais, ou em que os ferimentos pessoais apenas requeiram tratamento de primeiros Princípios fundamentais da
socorros. OIT em matéria de saúde e
segurança no trabalho

Eventos ou ações que não estão listados nos requisitos padrão, mas que não afetam negativamente a
Lapso isolado operação ou controle de qualidade de todo o negócio. Adaptado da definição ISO
Isso pode incluir um único evento ou uma situação de baixo risco, como um lapso momentâneo sobre não-conformidade.
no julgamento de gerenciamento (por exemplo, registros de treina-mento ausentes, alteração de
documentos únicos não autorizados).

Entende-se como a relação, definida legalmente ou habitualmente, entre indiví-duos, grupos de Relatório do Gabinete do Alto
Posse da terra indivíduos ou povos em relação à terra. De um modo geral, os sis-temas de terra determinam quem Comissariado das Nações
pode usar quais recursos por quanto tempo e em que condições. Unidas para os Direitos
Humanos

Salário digno Remuneração recebida por uma semana de trabalho normal por um trabalhador em um determinado GLWC
local, suficiente para pagar um padrão de vida digno para o trabalhador e sua família. Os elementos
de um padrão de vida decente incluem alimentação, água, habitação, educação, saúde, transporte,
roupas e outras neces-sidades essenciais, incluindo provisão para eventos inesperados.

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ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Acidente de tempo Guia Bonsucro v.4.2


perdido Uma lesão envolvendo um trabalhador que faz com que ele perca seu próximo tur-no devido a uma lesão.

Método para detectar uma doença ou disfunção corporal antes que um indivíduo procure atendimento Departamento do Trabalho dos
Exames médicos médico. Os exames médicos geralmente são administrados a pessoas sem sintomas atuais, mas que Estados Unidos
podem estar em alto risco de certos resulta-dos adversos à saúde.

Usina A operadora que solicita a certificação. A usina tem a responsabilidade final pelo cumprimento do padrão Guia Bonsucro v.4.2
Bonsucro.

Ecossistemas Um ecossistema se assemelha substancialmente, em termos de composição de es-pécies, estrutura e Iniciativa do quadro de
naturais função ecológica, a um encontrado ou encontrado em uma de-terminada área sem impactos humanos responsabili-zação
significativos. Isso inclui ecossistemas ge-renciados pelo ser humano, onde grande parte da composição,
estrutura e função ecológica das espécies naturais estão presentes. RED da UE

Para definições mais específicas de serviços ecossistêmicos separados, você pode usar o seguinte:

Pastagens: ecossistemas terrestres dominados por vegetação herbácea ou arbustiva por pelo menos 5
anos contínuos. Inclui prados ou pastagens que são cultivadas para feno, mas exclui terras cultivadas
para outras culturas e terras agrícolas em pousio temporário. Além disso, exclui áreas de florestas
contínuas, tal como defini-das no presente capítulo, a menos que se trate de sistemas agroflorestais que
in-cluam sistemas de uso da terra em que as árvores são geridas em conjunto com culturas ou sistemas
de produção animal em ambientes agrícolas. A predominância da vegetação herbácea ou arbustiva
significa que sua cobertura combinada do solo é maior do que a cobertura do dossel das árvores.

Florestas e outras terras arborizadas de grande biodiversidade: florestas e outras terras arborizadas
ricas em espécies e não degradadas, ou que tenham sido identi-ficadas como sendo de grande
biodiversidade pela autoridade competente rele-vante, a menos que sejam apresentadas provas de que
a produção dessa matéria-prima não interferiu com os fins de proteção da natureza.
Pastagens com alto valor de biodiversidade, ou seja, pastagens naturais que conti-nuariam a ser
naturais na ausência de intervenções humanas e que mantêm a com-posição natural das espécies e
suas características e processos ecológicos.

Pastagens não naturais com alto valor de biodiversidade significa prados que deixa-riam de ser
prados na ausência de intervenção humana, que são ricos em espécies, não estão degradados e
foram identificados como de grande biodiversidade pela autoridade competente pertinente, a menos
que sejam fornecidas provas de que a colheita da matéria-prima é necessária para preservar a sua
condição de pastagem.

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ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

São ricos em espécies, ou seja: (i) constituem um habitat de importância significativa para espécies
gravemente ameaçadas, ameaçadas ou vulneráveis classificadas na lista vermelha de espécies
ameaçadas na União Internacional para a conservação da natureza ou outras listas de espécies ou
habitats elaboradas para fins semelhantes ou estabelecidas na legislação nacional ou reconhecidas
por uma autoridade nacional competente do país de origem da matéria-prima, ou (ii) constituem
um habitat de importância significativa para espécies endémicas ou com uma área de distribuição
limitada, ou (iii) constituem um habitat de importância significativa para a manutenção da
diversidade genética dentro das espécies, ou 7 SCH Bonsucro EU Red standard v1 29 de junho de 2021,
(IV) ou constituem um habitat de importância significativa para concentrações importantes a nível
mundial de espécies migratórias ou gregárias, ou (V) constituem um ecossistema importante, muito
ameaçado ou único, a nível regional ou nacional.

Outras terras arborizadas: terras não definidas como “florestas”, abrangendo mais de 0,5 hectares;
com árvores com mais de 5 metros e uma cobertura de dossel de 5 a 10%, ou árvores capazes de
atingir esses limiares; ou com uma cobertura combinada de arbustos, e árvores com mais de 10%. Não
inclui terras que estão predominantemente em uso agrícola ou urbano.
Turfeiras: são solos com horizontes de matéria orgânica (substrato de turfa) de uma espessura
acumulada de pelo menos 30 cm a uma profundidade de até 60 cm. A matéria orgânica contém, pelo
menos, 20% em massa de carbono orgânico no solo fino.
Pântanos: terras cobertas ou saturadas de água de forma permanente ou durante uma parte
significativa do ano

Floresta natural Uma floresta que é um ecossistema natural. As florestas naturais possuem muitas ou a maioria das Iniciativa do quadro de
características de uma determinada floresta nativa do local, incluindo a composição das espécies, responsabilização
estrutura e função ecológica. As florestas naturais incluem:

a) florestas primárias que não foram objeto de grandes impactos humanos na história recente

b) florestas regeneradas (de segundo crescimento) que foram objeto de impactos significativos no
passado (por exemplo, pela agricultura, pecuária, plantações de árvores ou corte intensivo), mas onde
as principais causas de impacto cessaram ou diminuíram muito e o ecossistema atingiu grande parte
da composição de espécies, estrutura e função ecológica dos ecossistemas naturais anteriores ou
outros contemporâneos

c) florestas parcialmente degradadas por causas antropogênicas ou naturais (por exemplo, colheita,
incêndios, alterações climáticas, espécies invasoras ou outras), mas em que a terra não se tornou para
outro uso e em que a degradação não conduz a uma redução sustentada da cobertura florestal abaixo
dos limiares que definem uma floresta ou a uma perda sustentada de outros elementos principais da
composição, estrutura e função ecológica do ecossistema

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Acidentes de Um acidente de trabalho é um acontecimento inesperado e não planeado, incluin-do atos de violência, Bonsucro Production Standard
trabalho que ocorrem como consequência do trabalho ou em relação a ele e que resultam em lesões pessoais, v.4.2 (Adapted from ILO
doenças ou morte a um ou mais trabalha-dores. Isto inclui acidentes de viagem, de transporte ou Resolution/ Convention 155
de tráfego rodoviário em que os trabalhadores são lesados e que surgem do trabalho ou durante o on statistics of occupational
trabalho, ou seja, durante o exercício de uma atividade económica, no trabalho ou no exer-cício da injuries)
atividade comercial do empregador. Lesões ocupacionais: qualquer lesão pessoal, doença ou morte
resultante de um acidente de trabalho; portanto, uma lesão ocupacional é distinta de uma doença
ocupacional, que é uma doença con-traída como resultado de uma exposição ao longo de um período
de tempo a fato-res de risco decorrentes da atividade trabalhista.

Doenças Uma doença contraída como resultado de uma exposição a fatores de risco decor-rentes da atividade Bonsucro Production Standard
ocupacionais laboral v.4.2 (Adapted from ILO)

Mecanismos Processo de reclamações que os trabalhadores podem usar para expressar suas preocupações sobre United Nations
operacionais de os impactos negativos que podem ter sofrido como resultado de certas práticas comerciais. Guiding Principles on Business
reclamação and Human Rights (UNGPs)
(OGM, em inglês)

Operadora Fazenda ou usina. Entidades responsáveis pela realização e contratação de ativida-des relacionadas Bonsucro guidance v.4.2
ao cultivo e processamento da cana-de-açúcar, incluindo o trans-porte.

Horas extras Todas as horas trabalhadas em excesso das horas normais, a menos que sejam tidas em conta para ILO
fixar a remuneração de acordo com o costume.

Participação Envolvimento na tomada de decisões. A participação inclui a participação dos comi-tés de saúde e SRWG
segurança e dos representantes dos trabalhadores, se houver.

Equipamento de Equipamento que protege o utilizador contra o risco de acidentes ou de efeitos adversos para a SRWG
Proteção Individual saúde. Pode incluir itens como capacetes de segurança, luvas, pro-teção para os olhos, roupas de alta
(EPI) visibilidade, calçados de segurança, arreios de segurança e equipamentos de proteção respiratória
(EPR).

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ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Equipamento Equipamentos de controle de poluição, como precipitadores eletrostáticos, filtros de pano ou Inventário Nacional de
de Controle de câmaras de sacos e depuradores úmidos, são comumente instalados para reduzir a concentração de Poluentes da Austrália
Poluição substâncias nos gases de escape do processo antes da emissão da chaminé.

Política Uma política é uma declaração pública de uma empresa que especifica as ações que pretende realizar Iniciativa do quadro de
ou os objetivos, critérios ou metas que pretende cumprir com respeito à sua gestão ou desempenho responsabili-zação
quanto a temas ambientais, sociais e/ou de governança.

Agregador Agregadores são empresas agrícolas ou cooperativas de produtores que consolidam e distribuem Grupo de Trabalho de Revisão
primário produtos agrícolas. Eles geralmente apoiam produtores regionais de vários tamanhos e experiência e do Padrão
vendem produtos para mercados locais ou regio-nais.

Período de Este prazo é de um ano, salvo acordo em contrário. O período incluirá uma única estação de moagem Padrão de produção Bonsucro
referência completa. v.4.2

Risco A probabilidade de um evento indesejado com consequências específicas ocorrer dentro de um período Princípios fundamentais da
ou em circunstâncias específicas. Pode ser expresso: OIT em matéria de saúde e
como frequência (o número de eventos especificados em unidade de tempo) ou como probabilidade (a segurança no trabalho
probabilidade de um evento especificado após um evento anterior), dependendo da
circunstância.

Avaliação dos Um processo sistemático de avaliação de riscos potenciais nas operações, cadeias de abastecimentos e Iniciativa do quadro de
riscos investimentos atuais ou futuros de uma empresa. responsabili-zação

Análise da causa Análise das causas subjacentes (raiz) dos riscos de sustentabilidade identificados em uma cadeia de Grupo de Trabalho de Revisão
raiz abastecimentos específica. do Padrão

Afetados Um impacto significativo seria evidente se as operações das explorações ou das usinas de cana- Padrão de produção Bonsucro
significativamente de-açúcar resultassem em alterações no ambiente que resultassem em que (1) a qualidade e/ou v.4.2
quantidade do habitat que sustenta uma espécie em perigo ou ameaçada fosse afetada na medida
em que o número e a viabilidade da espécie (a classificação da lista vermelha da IUCN) fosse afetada
negativamente; (2) a conversão, diminuição ou degradação da integridade de um habitat em perigo
de tal forma que, na opinião de um ecologista competente, houvesse um impacto ad-verso (3) Os
serviços ecossistêmicos (como o abastecimento de água) serão modifi-cados o suficiente para causar
comunidades ou ecossistemas (por exemplo, os flu-xos contêm nutrientes adicionais que alteram a
ecologia a jusante ou afetam a dis-ponibilidade de água potável para as comunidades à jusante).

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Diálogo social Os diferentes tipos de negociação, consulta ou simplesmente troca de informações entre ou entre OIT C154 e grupo de trabalho
representantes de governos, empregadores e trabalhadores, sobre questões de interesse comum de revisão do padrão
relacionadas com a política económica e social.

O diálogo social também é possível entre empresários e trabalhadores, o que é chamado de diálogo
social bipartido; é a forma comum no nível da empresa. O diá-logo social, que inclui o governo, é
tripartido, o que é comum a nível regional, na-cional (por exemplo, a comissão sobre o salário mínimo)
e internacional (OIT). Há também um diálogo entre várias partes interessadas, muitas vezes praticado
sobre os desafios de sustentabilidade (internacionais) nas cadeias de abastecimentos, o Bonsucro é um
bom exemplo disso. Esta diferença deve ser clara para evitar confu-sões sobre o papel do governo no
diálogo social, uma vez que não há papel para o governo no nível da empresa e neste indicador.

Partes interessadas Um indivíduo ou grupo que tem interesse em qualquer decisão ou atividade de uma organização. ISO 26000 - Guia sobre
As partes interessadas podem incluir: Responsabilidade Social

• Fornecedores
• Pessoal interno, como funcionários e trabalhadores
• Trabalhadores sazonais ou migrantes
• Membros
• Clientes, incluindo acionistas, investidores e consumidores
• Reguladores
• Comunidades locais e regionais

Guia Bonsucro v.4.2


Padrão Documento que fornece, para uso comum e repetido, regras, diretrizes ou caracte-rísticas para (Adaptado do Anexo 1 do
produtos ou processos e métodos de produção relacionados, cujo cumprimento é voluntário. acordo OTC da OMC)

Subfornece-dor/ Uma pessoa jurídica na cadeia de produção que, direta ou indiretamente, provê aos fornecedores bens Padrão de produção Bonsucro
Subcontratado e/ou serviços que são integrados a, e utilizados na/ou para, a produção dos bens e/ou serviços do v.4.2 2 (Adaptado da SA 800)
fornecedor e/ou da empresa.

Fornecedor/ Uma pessoa jurídica que fornece para a empresa bens e/ou serviços, que são inte-grados a, e Padrão de produção Bonsucro
Contratado utilizados na/ou para, a produção dos bens e/ou serviços da empresa. v.4.2 2 (Adaptado da SA 800)

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ANEXO 1: DEFINIÇÕES

Term Definition Source

Abordagem Explicar a compreensão das interações e interdependências presentes em uma si-tuação complexa, IGI Global
sistêmica baseada em conhecimentos e práticas para mergulhar nas rela-ções, estrutura, leis, caracterizando o
problema.

Parte interessada Mulheres, crianças, migrantes, pessoas com deficiência e qualquer outra pessoa que pertença, ou seja Iniciativa do quadro de
vulnerável percebida como pertencente, a grupos que estão em uma posição desvantajosa ou marginalizados. responsabili-zação

Índices de Índice que foi desenvolvido em 1957 como base para o monitoramento do estres-se térmico ambiental Grupo de Trabalho de
temperatura para controlar as baixas por calor nos campos de treinamento militar. Combina o efeito da umidade e Revisão do Padrão
de globo úmido movimento do ar (em tnwb), temperatura do ar e radiação (em tg) e temperatura do ar (ta) como um
(WGBT em inglês) fator em situações ao ar livre na presença de sol. Se não houver carga de calor radiante (sem luz solar),
o tg reflete os efeitos da velocidade do ar e da temperatura do ar. Os instrumentos de medição WGBT
disponíveis no mercado fornecem ta, tnwb e tg separadamente ou um WGBT integrado em uma forma
para leituras digitais.

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ANEXO 2 CÁLCULO DAS EMISSÕES DE GEE APENAS PARA O PRINCÍPIO 3

1. DEMARCAÇÃO DO SISTEMA
“A delimitação operacional engloba o cultivo e processamento da cana-de-açúcar. O limite reconhece cada usina, junto como seus fornecedores de cana-
de-açúcar, como uma unidade individual, em vez de considerar uma empresa que tem e opera várias usinas. No caso dos Produtores Independentes de
Energia (PIE) que fornecem vapor e energia elétrica para uma usina a partir do bagaço proveniente dela, aquele PIE será incluído junto com a usina em
questão. A fronteira do sistema inclui ainda a energia embutida na fabricação e fornecimento de todos os fertilizantes e produtos químicos, mas exclui
a energia embutida nos bens de capital usados na agricultura e processamento. Serão incluídas todas as atividades da usina no local, visando refletir a
sustentabilidade total de um sistema que produz alimento, combustível, energia e produtos químicos.

Esta análise representa uma análise B2B, levando em conta a operação de uma planta de processamento de cana-de-açúcar, que produz açúcar bruto
e/ou etanol na usina. Unidades que são somente refinarias não serão incluídas dentro do escopo. Representam o fornecimento de produtos para uma
terceira parte que não é o usuário final (análise de ciclo de vida da produção, ou ‘cradle-to-gate’ em Inglês).

2. IMPACTOS DIRETOS E INDIRETOS

“Os cálculos da energia e GEE são associados com os insumos diretos de energia e, num nível secundário, com insumos indiretos. Os insumos diretos são
principalmente insumos de combustíveis e energia, expressos em termos de seu valor primário de energia. Os insumos indiretos incluem, adicionalmente,
a energia necessária para a produção dos produtos químicos, fertilizantes e outros materiais utilizados. Os insumos indiretos não incluem a energia
adicional consumida na fabricação e construção dos prédios e equipamentos usados na fazenda, no transporte ou nos edifícios.

3. MUDANÇA DE USO DO SOLO

A Mudança de Uso do Solo pode ser separada em componentes diretos e indiretos:

• Mudança direta no uso do solo se refere à mudança do estado original da terra para seu uso na produção da cana-de-açúcar. Dependendo do uso
anterior da área em questão, supõe-se que a mudança no uso do solo possa liberar parte do carbono contido no solo e na vegetação.
• Mudança indireta no uso do solo se refere aos efeitos secundários induzidos pela expansão em grande escala. Com isso, culturas existentes são
deslocadas, levando à expansão de sua área cultivada para outros lugares, sejam no mesmo país, ou em outras partes do mundo. É muito difícil
estimar os impactos dessas mudanças.

Caso a cadeia de produção do produto tenha causado a conversão direta de terras não-agrícolas em terras agrícolas em ou após 1 de janeiro de 2008,
então as emissões de GEE associadas com a mudança direta no uso do solo são incluídas no cálculo do carbon footprint. A tabela do IPCC de valores
padrão para mudanças no uso do solo para países selecionados, publicada no PAS 2050, é utilizada no cálculo.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

4. MANUSEIO DE COPRODUTOS E PRODUTOS DIVERSOS


Duas abordagens são possíveis:

• O método de ‘substituição’ ou ‘deslocamento’ visa modelar a realidade ao rastrear o destino provável dos subprodutos. Cada subproduto gera um crédito de energia e
emissões equivalente à energia e às emissões evitadas ao deixar de produzir a matéria que o subproduto provavelmente deslocará.
• O método de ‘alocação’ aloca energia e emissões decorrentes de um processo para os seus vários produtos, de acordo com seus conteúdos de massa e energia ou
valores monetários.

“No caso do processamento da cana-de-açúcar, uma fábrica que exporta energia elétrica ou bagaço adquire um crédito em termos de energia e emissões evitadas,
de acordo com a substituição de energia naquele país. Algumas normas recomendam o uso da intensidade média de GEE para calcular o crédito de GEE da energia
exportada, embora possa ser mais realista usar o mix marginal de energia. Considerando que o fornecimento marginal de energia virá, normalmente, de combustíveis
fósseis, a estimativa da redução (de emissões) será conservadora caso seja usado o mix médio de geração. Neste caso, é adotada a abordagem alinhada com a rede
da UE, que afirma que, para o cálculo de créditos de exportação de eletricidade, o fator médio deve ser usado. A tabela dos valores específicos utilizados de cada país
encontra-se a continuação.
Caso uma fábrica produza somente açúcar e melaço, use-se uma alocação proporcional ao valor de mercado; na maioria dos casos a alocação para o melaço é menos
que 10% do total. Embora o preço vá flutuar ao longo do tempo, os valores relativos devem permanecer bem mais estáveis. É possível usar um cálculo de deslocamento,
supondo que o melaço substitui determinados ingredientes de uma ração animal. Isso, porém, deve variar bastante entre países.

No caso de uma fábrica que produza quantidades mais ou menos equivalentes de açúcar e etanol, torna-se mais complicada a distribuição dos insumos de energia e das
emissões de GEE entre os dois produtos. O cálculo considera que a alocação deve ser feita conforme o conteúdo energético dos produtos. O açúcar tem o poder calorífico
de 16500 MJ/t e o etanol 21 MJ/l. Supondo que se produz 600 litros de etanol a partir de uma tonelada de sacarose, o valor equivalente de açúcar para sacarose seria
27,5 MJ/l. Nesta base, 57% das emissões seriam alocadas ao açúcar e 43% ao etanol. Como alternativa, o procedimento de cálculo também aloca o uso de energia e as
emissões com base no peso em equivalente de açúcar, considerando que uma tonelada de açúcar é equivalente a 600 litros de etanol.

No caso de uma destilaria autônoma, onde se produz somente etanol, o uso de energia e as emissões são relacionadas aos litros de etanol produzidos, ou ao MJ no etanol.

5. COMPONENTES QUE CONTRIBUEM ÀS EMISSÕES

O CO2 advindo da cana-de-açúcar emitido na combustão e na fermentação do etanol é considerado como zero de emissão atmosférica de CO2 por representar o
carbono reiterado do ar durante o crescimento da cana-de-açúcar. Assume-se que o CO o CO (Monóxido de Carbono) e os VOC (componentes orgânicos voláteis)
emitidos na combustão são convertidos relativamente rápido em CO2, já o metano e os óxidos de nitrogênio emitidos durante a queima do bagaço são contabilizados nas
emissões de GEE. As emissões de CO2 provenientes de fontes de carbono biogênico são excluídas do cálculo das emissões de GEE do ciclo de vida dos produtos, a não ser
que o CO2 seja decorrente de mudança direta do uso do solo.

Os gases com efeito de estufa cobertos são CO2, N2O e CH4. O metano e N2O têm potencial de aquecimento global 23 e 296 vezes maior que o doCO2, respectivamente
(IPCC 2007). As emissões de GEE são agregadas na base de equivalência em Dióxido de Carbono (CO2 eq).

As emissões que não são de CO2 decorrentes de fontes de carbono fóssil e biogênico, são incluídas no cálculo das emissões de GEE. No caso da queima do bagaço nas
caldeiras das usinas de cana-de-açúcar, estima-se que 30 g de CH4 e 4 g de N2O são produzidas para cada 1.000 MJ de energia de bagaço queimado, considerando
dados do IPCC referentes à queima da biomassa. Mudanças no conteúdo de carbono dos solos, sejam elas emissões ou sequestros, com exceção das decorrentes de
mudanças diretas no uso do solo, são excluídas da avaliação das emissões de GEE. Quaisquer emissões de GEE que decorram do transporte necessário durante o ciclo de
vida do produto e das matérias-primas são consideradas na estimativa do carbon footprint. Fatores de emissão para transportes incluem as emissões associadas com a
produção e o transporte dos combustíveis consumidos.

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Bonsucro Production Standard Version 5.1 January 2022

6. MÉTODO DE CÁLCULO
“Foi sugerido um limiar de materialidade de 1%, visando assegurar que fontes muito pequenas de emissões de GEE no ciclo de vida não recebam o mesmo
tratamento do que as fontes mais significativas.

Tanto o uso de energia quanto as emissões são calculadas na mesma planilha, já que as últimas são em grande parte determinadas pelo primeiro. O
cálculo considera os impactos da produção de fertilizante. As operações agrícolas incluem a aplicação dos produtos químicos, irrigação, cultivo e colheita
(e o preparo dos colmos da cana-de-açúcar para o plantio). O transporte da cana-de-açúcar inclui a sua movimentação até a usina. A cana-de-açúcar
é processada para produzir açúcar e melaço ou etanol, e pode incluir a exportação de energia elétrica ou bagaço. É excluída a energia embutida na
produção dos equipamentos, inclusive de moagem. A inclusão da energia embutida nos bens de capital e equipamentos tem geralmente um impacto de
menos de 10% nas emissões calculadas, e não e considerada. Não é considerada qualquer estimativa referente ao transporte dos produtos a partir da
porta da fábrica. O transporte de trabalhadores não é considerado.

A energia primária é calculada. É diferente do insumo direto de energia na medida em que a energia primária leva em conta a eficiência na geração e no
fornecimento da fonte secundária de energia, p.ex. utilizando um fator de conversão da energia do combustível utilizado para gerar eletricidade, para a
energia contida na eletricidade produzida. Essa lógica se aplica à energia elétrica, combustíveis, vapor e qualquer outro insumo de energia.
O balanço de GEE é particularmente incerto, já que as margens de erro e de emissões de Óxido de Nitrogênio dos fertilizantes podem ser enormes.
O uso dos fertilizantes nitrogenados resulta em emissões de GEE em duas fases: na produção dos fertilizantes (principalmente emissões de CO2 pela
energia consumida) e na aplicação dos fertilizantes (principalmente emissões de N2O pelos processos de nitrificação e desnitrificação no solo). A partir
de recomendações do IPCC, supõe-se que 1,325 % do N no fertilizante nitrogenado é convertido para N em N2O através da nitrificação e desnitrificação,
seguindo as recomendações do IPCC.

Além disso, as aplicações de calcário agrícola resultam em emissões de GEE, tanto pelo uso de energia na sua produção, quanto pelas reações no solo
que liberam CO2. Estas últimas representam mais uma fonte de incerteza. O modelo usa o fator sugerido pelo IPCC, de 0,44 CO2 eq/kg calcário, que
supõe que todo o carbono no calcário se torna CO2. Trata-se de um limite máximo; em solos pouco ácidos é possível que o calcário resulte numa absorção
líquida de CO2.

A estrutura de cálculo adotada neste estudo é parecida com aquela usada no modelo EBAMM (Farrell e outros 2006), que por sua vez é similar ao modelo
GREET (Wang et al. 2008). Estes modelos têm sido usados no passado, principalmente para modelar a produção dos biocombustíveis produzidos a partir
do milho, e precisaram receber modificações para cana-de-açúcar, visando incorporar questões adicionais, a saber:

1. Modificações para incorporar a produção de açúcar como atividade principal. Inclui energia elétrica, combustíveis e lubrificantes.
2. Emissões decorrentes da queima da cana-de-açúcar. Baseia nos fatores de emissão do IPCC para a queima de biomassa de 0,07 kg de N2O /t e 2,7 kg
de CH4/t, ambos para matéria seca.
3. Incorporar estimativas para emissões de N2O provenientes da torta de filtro, vinhaça e resíduos da cana-de-açúcar deixados na plantação. Supõe-se
que 1,225 % de N no resíduo seja convertido para N em N2O (Macedo e outros 2008).
4. Emissões de CH4 e N2O advindas da queima do bagaço em caldeiras nas usinas; valores de 30 e 4 g/ 1000 MJ de energia de bagaço são utilizadas,
respectivamente (Wang e outros 2008).
5. Valor energético dos produtos químicos usados no processo.
6. Um crédito para o melaço (quando produzido), com base em seu valor econômico em relação ao valor do açúcar.
7. As emissões decorrentes do tratamento anaeróbico dos efluentes, no caso de não haver captura de metano e seu uso como combustível. O IPCC
sugere 0,21 t de CH4 produzido para cada t de DQO removida.
8. Incorporar estimativas para importações de melaço, bagaço e/ou qualquer outra biomassa.

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7. DADOS PADRÃO (DEFAULT), E DADOS SECUNDÁRIOS

Dados secundários (obtidos de fontes que não sejam de medição direta) são usados para calcular emissões na ausência de dados primários, ou quando
estes não são apropriados, visando garantir a consistência e, quando possível, a comparabilidade:

• Potencial de aquecimento global dos GEE


• Emissões de energia elétrica (em kg CO2eq/kWh) proveniente de várias fontes de energia
• Conteúdo energético dos fertilizantes, por quilo
• Uso de energia por conta de pesticidas e herbicidas, por quilo
• Emissões dos combustíveis, por litro
• Emissões dos resíduos, por quilo
• Emissões de N2O e CH4, pela queima do bagaço
• Emissões de N2O e CH4, pela queima da cana-de-açúcar
• Energia embutida e emissões referentes aos produtos químicos utilizados nos processos
• Mudança Direta de Uso do Solo
• Emissões dos solos, na agricultura

Valores padrão se encontram no Anexo.

8. Apresentação dos resultados

As fases agrícola e de processamento são tratadas separadamente. Assim, os resultados são disponibilizados da seguinte maneira:

Uso líquido de energia na agricultura MJ/ha ou MJ/t cana-de-açúcar


Energia usada no transporte da cana-de-açúcar MJ/t cana-de-açúcar
Uso líquido de energia no processamento MJ/t cana-de-açúcar ou MJ/t açúcar
Uso total líquido de energia MJ/t açúcar ou MJ/L etanol
Emissões de GEE na Agricultura kg CO2eq/t cana-de-açúcar
Emissões de GEE no Processamento kg CO2eq/t cana-de-açúcar ou kg de CO2/ t de açúcar
Emissões líquidas totais de GEE g CO2eq/g açúcar;
g CO2eq/l etanol e/ou g CO2eq/MJ etanol

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REFERENCES

“BSI (2008). PAS 2050:2008 – Specification for the assessment of the life cycle greenhouse gas emissions of goods and services.

Farrell A.E.; Plevin R.J; Turner B.T.; Jones A.D.; O’Hare M.; Kammen D.M. (2006): Ethanol can contribute to energy and environmental goals. Science 311, 506-
508.

Graboski M. S. (2002). Fossil Energy Use in the Manufacture of Corn Ethanol. Prepared for the National Corn Growers Association.

GRI (2008). Global Reporting Initiative Sustainability Reporting Guidelines. Version 3.0.

IPCC (2007). Climate Change 2007: Synthesis report. Contribution of Working Groups I, II, and III to the Fourth Assessment Report on the Intergovernmental
Panel on Climate Change. IPCC, Geneva.

Macedo I.C.; Seabra J.E.A.; Silva J.E.A.R. (2008). Green house gases emissions in the production and use of ethanol from sugarcane in Brazil: The 2005/2006
averages and a prediction for 2020. Biomass and Bioenergy 32, 4.

Rein P.W. (2010): The carbon footprint of sugar. Proc. Int. Soc. Sugar Cane Technol. 27, 15 pp CD-ROM.

Rein P.W. (2011): Sustainable production of raw and refined cane sugar. Proc. Sugar Ind. Technol. Conf. 70, 58-75.

Shapouri H.; Duffield J.; McAloon A.; Wang M. (2004): The 2001 net energy balance of corn-ethanol. Proc. Conf.on Agriculture as a Producer and Consumer
of Energy. Arlington VA.

Wang M.; Wu M.; Huo H.; Liu J. (2008). Life-cycle energy use and greenhouse gas emission implications of Brazilian sugarcane ethanol simulated with the

GREET model. Int. Sugar J. 110, 1317, 527-545.

DEFAULT VALUES USED

It is expected that some of these default values will change as more accurate or realistic values are published. Further fine tuning may also be incorporated
in future e.g. in allowing for different emissions from different types of nitrogenous fertilizer. It may also be necessary to introduce country specific default
values where they are seen to make a material difference to the calculations.

Most of the default values are obtained from the EBAMM model (Farrell et al. 2006), often based on the GREET model using data from Shapouri et al.
(2004) and Graboski (2002), or from Macedo et al. (2008).

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Fertilizantes e produtos químicos agrícolas, em MJ/kg:

Demanda de Energia Fator de Emis-sões Emissões na Aplicação


(MJ/kg) (kg CO2 eq/kg) (kg CO2eq/kg)

Nitrogênio (elemental) 56,9 4 6.2

Potássio (K2O) 7 1,6

Fosfato (P2O5) 9,3 0,71

Calcário (CaCO3) 0,12 0,07 0.44

Herbicida 355,6 25

Inseticida 358 29

Insumos de energia primária e emissões:

Demanda de Energia Fator de Emissões


(MJ/MJ fuel) (g CO2eq/MJ)

Gasolina 1.14 85

Diesel 1.16 91

Óleo combustível 1.24 96

Gás natural 1.12 66

Carvão Mineral 1 107

Eletricidade 2.5 150*

Dados da demanda de energia de Macedo e outros (2008), emissões do EBAMM


* Valor médio, se possível, utilizar valores específicos do país.
Para calcular o Valor da Energia Primária, multiplique o Valor Energético pelo Fator de Demanda de Energia.

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Energia embutida e emissões para os produtos químicos usados no processo:

Demanda de Energia Fator de Emissões


(MJ/kg) (g CO2eq/MJ)

Cal (CaO) 0.11 951

Biocida 3.02 951

Nitrogênio 56.33 951

Soda Cáustica 75 951

Ácido Sulfúrico 2.4 951

Antiespumante 10 951

Miscelânea 50 95

1
Macedo e outros (2008); 2 Mortimer e outros (2004); 3 EBAMM

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FATOR DE EMISSÃO DE ELETRICIDADE, EM KG CO2/ MJ:

País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de
Eletricidade (gCO2/MJ) Eletricidade (gCO2/MJ)

Afeganistão 0.057 Bélgica 0.046

Albânia 0.012 Belize 0.084

Argélia 0.119 Benim 0.173

Samoa Americana 0.151 Bermudas (Reino Unido) 0.104


(Estados Unidos)
Butão 0.012
Andorra 0.012
Bolívia 0.114
Angola 0.118
Bósnia e Herzegovina 0.240
Anguila (Reino Unido) 0.137
Botsuana 0.328
Antígua e Barbuda 0.146
Brasil 0.056
Argentina 0.097
Ilhas Virgens Britânicas 0.127
Arménia 0.069 (Reino Unido)

Aruba 0.125 Brunei 0.105

Austrália 0.114 Bulgária 0.152

Áustria 0.037 Burquina Fasso 0.177

Azerbaijão 0.114 Burundi 0.088

Açores (Portugal) 0.120 Camboja 0.161

Bahamas 0.128 Camarões 0.076

Bahrein 0.132 Canadá 0.064

Bangladesh 0.139 Ilhas Canárias (Espanha) 0.132

Barbados 0.139 Cabo Verde 0.151

Belarus 0.093 Ilhas Caimão 0.111

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EMISSIONS FACTOR FOR ELECTRICITY, IN KG CO2/MJ:

País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de
Eletricidade (gCO2/MJ) Eletricidade (gCO2/MJ)

República Centro-Africana 0.062 República Dominicana 0.128

Chad 0.182 Equador 0.112

Ilhas do Canal 0.117 Egito 0.114

Chile 0.094 El Salvador 0.096

China (República Popular 0.137 Guiné Equatorial 0.148


da China e Hong Kong)
Eritreia 0.205
Colômbia 0.064
Estónia 0.204
Comores 0.180
Essuatíni 0.012
República Democrática 0.012
do Congo Etiópia 0.012

República do Congo 0.095 Ilhas Malvinas (Reino Unido) 0.111

Ilhas Cook 0.091 Ilhas Ferroe (Dinamarca) 0.101

Costa Rica 0.040 Fiji 0.119

Côte d’Ivoire 0.121 Finlândia 0.045

Croácia 0.066 França 0.028

Cuba 0.166 Guiana Francesa 0.093

Curaçau (Países Baixos) 0.129 Polinésia Francesa 0.123

Chipre 0.123 Gabão 0.122

República Checa 0.139 Gâmbia 0.179

Dinamarca 0.065 Geórgia 0.054

Djibouti 0.178 Alemanha 0.102

Dominica 0.153

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EMISSIONS FACTOR FOR ELECTRICITY, IN KG CO2/MJ:

País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de
Eletricidade (gCO2/MJ) Eletricidade (gCO2/MJ)

Gana 0.100 Irlanda 0.063

Gibraltar (Reino Unido) 0.111 Ilha de Man 0.084

Grécia 0.125 Israel 0.084

Gronelândia 0.102 Itália 0.070

Granada 0.155 Jamaica 0.151

Guadalupe (França) 0.126 Japão 0.106

Guam 0.124 Jordânia 0.143

Guatemala 0.112 Cazaquistão 0.181

Guiné 0.134 Quênia 0.088

Guiné-Bissau 0.182 Kiribati 0.167

Guiana 0.169 Repúbli-ca Popular 0.113

Haiti 0.195 Democrática da Coreia 0.081


(Co-reia do Norte)
Honduras 0.131
República da Coreia 0.231
Hong Kong (China) 0.110 (Coreia do Sul)

Hungria 0.069 Kosovo 0.113

Islândia 0.012 Kuwait 0.043

Índia 0.187 Quirguistão 0.102

Indonésia 0.177 Laos 0.049

Irã 0.131 Letónia 0.153

Iraque 0.259 Líbano 0.012

Lesoto 0.113

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EMISSIONS FACTOR FOR ELECTRICITY, IN KG CO2/MJ:

País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de
Eletricidade (gCO2/MJ) Eletricidade (gCO2/MJ)

Líbia 0.149 Moldávia 0.121

Liechtenstein 0.027 Mónaco 0.012

Lituânia 0.060 Mongólia 0.291

Luxemburgo 0.053 Montenegro 0.151

Macau (China) 0.066 Monserrate 0.151

Macedónia do Norte 0.192 Marrocos 0.153

Madagáscar 0.105 Moçambique 0.036

Madeira (Portugal) 0.132 Myanmar 0.102

Malawi 0.012 Namíbia 0.037

Malásia 0.131 Nauru 0.158

Maldivas 0.154 Nepal 0.012

Mali 0.153 Países Baixos 0.061

Malta 0.127 Antilhas Neerlandesas 0.135

Ilhas Marshall 0.169 Nova Caledónia (França) 0.116

Martinica (França) 0.130 Nova Zelândia 0.044

Mauritânia 0.142 Nicarágua 0.119

Maurícia 0.153 Níger 0.208

Mayotte (França) 0.151 Nigéria 0.110

México 0.089 Niue 0.099

Micronésia 0.169 Ilhas Marianas Setentrionais 0.135


(Estados Unidos)

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EMISSIONS FACTOR FOR ELECTRICITY, IN KG CO2/MJ:

País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de
Eletricidade (gCO2/MJ) Eletricidade (gCO2/MJ)

Noruega 0.017 São Martinho (França) 0.135

Omã 0.106 São Pedro e Miquelão (França) 0.120

Paquistão 0.126 São Vicente e Granadinas 0.145

Palau 0.147 Samoa 0.128

Panamá 0.100 São Marinho 0.012

Papua-Nova Guiné 0.130 São Tomé e Príncipe 0.147

Paraguai 0.012 Arábia Saudita 0.132

Peru 0.084 Senegal 0.158

Filipinas 0.136 Sérvia 0.192

Polónia 0.158 Seicheles 0.143

Portugal 0.073 Serra Leoa 0.126

Porto Rico (Estados Unidos) 0.108 Singapura 0.069

Qatar 0.077 São Martinho (Países Baixos) 0.130

Reunião (França) 0.119 República Eslovaca 0.056

Roménia 0.092 Eslovénia 0.091

Federação Russa 0.098 Ilhas Salomão 0.175

Ruanda 0.128 Somália 0.183

Santa Helena (Reino Unido) 0.086 África do Sul 0.231

São Cristóvão e Nevis 0.139 Sudão do Sul 0.206

Santa Lúcia 0.156

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EMISSIONS FACTOR FOR ELECTRICITY, IN KG CO2/MJ:

País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de País/Território/Ilha Fator de Emissão para a Ge-ração de
Eletricidade (gCO2/MJ) Eletricidade (gCO2/MJ)

Espanha 0.066 Uganda 0.039

Sri Lanka 0.130 Ucrânia 0.146

Sudão 0.098 Emirados Árabes Unidos 0.098

Suriname 0.135 Reino Unido 0.070

Suécia 0.018 Estados Unidos 0.079

Suíça 0.015 Uruguai 0.044

República Árabe Síria 0.146 Usbequistão 0.141

Taipé (Chinês) 0.101 Vanuatu 0.103

Tajiquistão 0.018 Venezuela 0.096

Tanzânia 0.133 Vietname 0.099

Tailândia 0.108 Ilhas Virgens (EUA) 0.104

Timor-Leste 0.175 Cisjordânia e Gaza 0.174

Togo 0.095 Iémen 0.177

Tonga 0.162 Zâmbia 0.028

Trindade e Tobago 0.118 Zanzibar (Tanzânia) 0.180

Tunísia 0.112 Zimbabué 0.245

Turquia 0.089
Fonte: Banco Europeu de investimento, 2020.
Turquemenistão 0.192

Ilhas Turcas e Caicos 0.130


(Reino Unido)

Tuvalu 0.147

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ANEXO 3 VALORES PADRÃO DE MUDANÇA DO USO DA TERRA PARA OS PAÍSES SELECIONADOS


(DE PAS 2050: 2008) (EM CO2EQ/(HA.A)) - PARA O PRINCÍPIO 3 APENAS

Country Current Land Use GHG Emissions of Change from Country Current Land Use GHG Emissions of Change from
Previous Land Use (t/CO2e/ha/yr) Previous Land Use (t/CO2e/ha/yr)

Argentina Cultivo anual Floresta 17 Malásia Cultivo anual Floresta 37


Cultivo perene Pastagem 2,2 Cultivo perene Pastagem 10,3
Floresta 15 Floresta 26
Pastagem 1,9 Pastagem 8,5

Austrália Cultivo anual Floresta 23 Moçambique Cultivo anual Floresta 24


Cultivo perene Pastagem 2,2 Cultivo perene Pastagem 3,6
Floresta 21 Floresta 22
Pastagem 1,9 Pastagem 3,2

Brasil Cultivo anual Floresta 37 Paquistão Cultivo anual Floresta 16


Cultivo perene Pastagem 10,3 Cultivo perene Pastagem 3,6
Floresta 26 Floresta 15
Pastagem 8,5 Pastagem 3,2

Canadá Cultivo anual Floresta 17 Polónia Cultivo anual Floresta 21


Cultivo perene Pastagem 2,2 Cultivo perene Pastagem 7,0
Floresta 16 Floresta 14
Pastagem 1,9 Pastagem 6,7

Finlândia Cultivo anual Floresta 15 África do Sul Cultivo anual Floresta 26


Cultivo perene Pastagem 7,3 Cultivo perene Pastagem 1,6
Floresta 14 Floresta 25
Pastagem 6,9 Pastagem 1,2

França Cultivo anual Floresta 18 Ucrânia Cultivo anual Floresta 18


Cultivo perene Pastagem 4,5 Cultivo perene Pastagem 6,2
Floresta 14 Floresta 18
Pastagem 4,2 Pastagem 5,8

Alemanha Cultivo anual Floresta 21 Reino Unido Cultivo anual Floresta 27


Cultivo perene Pastagem 7,0 Cultivo perene Pastagem 7,0
Floresta 14 Floresta 20
Pastagem 6,7 Pastagem 6,7

Indonésia Cultivo anual Floresta 33 Estados Unidos Cultivo anual Floresta 17


Cultivo perene Pastagem 19,5 Cultivo perene Pastagem 1,9
Floresta 31 Floresta 16
Pastagem 17,7 Pastagem 1,5

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ANEXO 4: PARÂMETROS DA ÁGUA POTÁVEL OMS

Parâmetro Valor

Coliformes fecais Zero

Resíduos de cloro ou resíduos de ou-tros 0,2 a 0,5 mg/l


desinfetantes de tratamento

Nitratos 10 mg/l na forma de nitratos

pH 6,5 a 8,5

Sódio 20 mg/l

Sulfatos 250 mg/l

Turbidez Inferior ou igual a 5 NTU (unidade nefelométrica de turbidez)

Sólidos Dissolvidos Totais (SDT) 300 mg/l, a menos que a legislação nacional estabeleça um
limite legal diferente

Diretrizes da OMS para a qualidade da água potável (quarta edição) (2011)

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ANEXO 5: O ALOJAMENTO FORNECIDO E CONTROLADO PELA USINA ATENDE AOS PADRÕES REGULATÓRIOS LOCAIS.
SE NÃO HOUVER PADRÕES REGULATÓRIOS, AS SEGUINTES CONDIÇÕES DEVEM SER ATENDIDAS.

• Ausência de ratos, camundongos, insetos e vermes, ou condições que favoreçam suas populações que possam causar doenças ou transportar parasitas que funcionam como vetores de doenças.
• Pisos secos.
• Proteção contra chuva, vento ou frio.
• Ausência de condições que representem ameaças iminentes à saúde ou à segurança dos ocupantes.
• Cadastro de trabalhadores e familiares que moram em regime de alojamento administrado.
• Uma cama separada para cada trabalhador.
• Espaço mínimo entre as camas de 1 metro.
• Os beliches de dois andares não são recomendados por motivos de higiene e segurança contra incêndio, e seu uso é minimizado. Onde são utilizados, deve haver espaço livre suficiente entre o
beliche inferior e superior da cama. Os padrões variam de 0,7 a 1,10 metros.
• Os beliches de três andares são proibidos.
• Alojamento separado por gênero.
• Portas com mecanismo de travamento.
• Banheiros na proporção de 1:15 pessoas e instalações de lavagem na proporção de 1:6 pessoas (1 por família), com instalações separadas por gênero.
• Luz natural durante o dia e luz artificial durante a noite.
• Mecanismos funcionais e eficazes de evacuação de fumaça de lenha ou ventilação que sejam bem mantidos.
• Janelas, portas e tetos sem vazamentos.
• Pelo menos um chuveiro para cada 10 pessoas, separados por gênero.
• Pelo menos uma pia grande para cada 30 pessoas.
• Os mecanismos de extinção de incêndio estão instalados e bem mantidos.
• Saídas de emergência sinalizadas.
• Fornecimento de água potável nas residências dos trabalhadores em quantidades suficientes para prover para todos os usos pessoais e domésticos.
• Sistemas adequados de esgoto e coleta de lixo. Recipientes específicos para coleta de lixo fornecidos e esvaziados regularmente.
• Proteção adequada contra calor, frio, umidade, ruído, fogo e animais transmissores de doenças e, em particular, insetos.
• Os padrões de habitação dos trabalhadores devem ser revisados de tempos em tempos para levar em consideração os desenvolvimentos sociais, econômicos e técnicos.
• As moradias dos trabalhadores e as instalações comunitárias correlatas devem ser de construção durável.
• O acesso a um abastecimento adequado e conveniente de água potável gratuita deve estar sempre disponível para os trabalhadores.
• São fornecidas instalações para o armazenamento de pertences pessoais dos trabalhadores.

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