UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ – CAMTUC

FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
TÓPICOS DE MATEMÁTICA APLICADA
PROF HUGO MESQUITA

3ª LISTA DE EXERCÍCIOS: FUNÇÕES E CAMPOS VETORIAIS

GILSON RICARDO TAVARES SILVA

Tucuruí/PA
2022
QUESTÃO 01. Calcule a integral de linha, onde C é a curva dada.

𝐼) ∮ 𝑦 3 𝑑𝑠 , 𝐶: 𝑥 = 𝑡 3 , 𝑦 = 𝑡, 0≤𝑡≤2

𝑏
𝑑𝑥 2 𝑑𝑦 2
√
∮ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑠 = ∫ 𝑓(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡)) ( ) + ( ) 𝑑𝑡
𝑎 𝑑𝑡 𝑑𝑡

2
𝑑𝑥 2 𝑑𝑦 2 2 2
∮ 𝑦 3 𝑑𝑠 = ∫ 𝑡 3 √( ) + ( ) 𝑑𝑡 = ∫ 𝑡 3 √(3𝑡 2 )2 + (1)2 𝑑𝑡 = ∫ 𝑡 3 √9𝑡 4 + 1𝑑𝑡
0 𝑑𝑡 𝑑𝑡 0 0

Resolvendo a integral, temos que;

2
∫ 𝑡 3 √9𝑡 4 + 1𝑑𝑡
0

Tomando 𝑢 = 9𝑡 + 1 ⟹ 𝑑𝑢 = 36𝑡 𝑑𝑡 ⟹ 𝑑𝑡 = 𝑑𝑢/36𝑡 3 . Disso segue que;

4 3

2 2
3
13
1 2 1 2 1 1 2 3/2 2
∫ 𝑡 √9𝑡 4 + 1𝑑𝑡 = ∫ 𝑡 √𝑢 3
𝑑𝑢 = ∫ √𝑢 𝑑𝑢 = ∫ 𝑢2 𝑑𝑢 = ( 𝑢 ) =
0 0 36𝑡 36 0 36 0 36 3 0
2 3
2 1 3 1
= ((9𝑡 4 + 1)2 ) = (9 ∗ 24 + 1 − 9 ∗ 04 − 1)2 = (√1453 − 1) =
108 0 54 54
1 1
= (√1452 √145 − 1) = (145√145 − 1) = 32,31
54 54
1
∴ ∮ 𝑦 3 𝑑𝑠 = (145√145 − 1) = 32,31
54

𝐼𝐼) ∮ 𝑥𝑦 4 𝑑𝑠 , 𝐶 é 𝑎 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑥 2 + 𝑦 2 = 16.

𝑏
𝑑𝑥 2 𝑑𝑦 2
∮ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑠 = ∫ 𝑓(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡)) √( ) + ( ) 𝑑𝑡
𝑎 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Como se trata de uma circunferência de raio 𝑟 = 4, logo 𝐶 é dada por∶ 𝑥 = 𝑟𝑐𝑜𝑠𝑡 =
4𝑐𝑜𝑠𝑡, 𝑦 = 𝑟𝑠𝑖𝑛𝑡 = 4𝑠𝑖𝑛𝑡, com −𝜋/2 ≤ 𝑡 ≤ 𝜋/2. Assim;

𝜋 2 2
2 𝑑 𝑑
∮ 𝑥𝑦 4 𝑑𝑠 = 2 ∫ 4𝑐𝑜𝑠𝑡 ∗ (4𝑠𝑖𝑛𝑡)4 √(4 (𝑐𝑜𝑠𝑡)) + (4 (𝑠𝑖𝑛𝑡)) 𝑑𝑡 =
0 𝑑𝑡 𝑑𝑡

𝜋
2
= 2 ∫ 4𝑐𝑜𝑠𝑡 ∗ (4𝑠𝑖𝑛𝑡)4 √(−4𝑠𝑖𝑛𝑡)2 + (4𝑐𝑜𝑠𝑡)2 𝑑𝑡 =
0
𝜋
2
= 2 ∫ 4𝑐𝑜𝑠𝑡 ∗ (4𝑠𝑖𝑛𝑡)4 √16𝑠𝑖𝑛2 𝑡 + 16𝑐𝑜𝑠 2 𝑡𝑑𝑡 =
0
𝜋 𝜋
2 2
= 2 ∫ 4𝑐𝑜𝑠𝑡 ∗ (4𝑠𝑖𝑛𝑡)4 √16(𝑠𝑖𝑛2 𝑡 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑡)𝑑𝑡 = 2 ∫ 4𝑐𝑜𝑠𝑡 ∗ (4𝑠𝑖𝑛𝑡)4 √16 ∗ 1𝑑𝑡 =
0 0
 𝜋 𝜋
2 2
= 2 ∗ 46 ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑡 ∗ 𝑠𝑖𝑛4 𝑡 𝑑𝑡 = 2 ∗ 46 ∫ 𝑠𝑖𝑛4 𝑡 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝑡 𝑑𝑡
0 0

Tomando 𝑢 = 𝑠𝑖𝑛𝑡 ⟹ 𝑑𝑢 = 𝑐𝑜𝑠𝑡𝑑𝑡 ⟹ 𝑑𝑡 = 𝑑𝑢/𝑐𝑜𝑠𝑡. Disso segue que;

𝜋 𝜋 𝜋
2 2 1 2
2 ∗ 46 ∫ 𝑠𝑖𝑛4 𝑡 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝑡 𝑑𝑡 = 2 ∗ 46 ∫ 𝑢4 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝑡 ∗ 𝑑𝑢 = 2 ∗ 46 ∫ 𝑢4 𝑑𝑢 =
0 0 𝑐𝑜𝑠𝑡 0
𝜋 𝜋
𝑢5 2 ∗ 46 2 ∗ 46 𝜋 2 ∗ 46
= 2 ∗ 46 ( ) 2 = (𝑠𝑖𝑛5 𝑡) 2 = [𝑠𝑖𝑛5 ( ) − 𝑠𝑖𝑛5 (0)] = = 1638,4
5 0 5 0 5 2 5

∴ ∮ 𝑥𝑦 4 𝑑𝑠 = 1638,4

QUESTÃO 02. Determine se F é ou não um campo vetorial conservador. Se for, determine

uma função f tal que F = 𝛁𝒇.
F(𝑥, 𝑦) = (2𝑥 − 3𝑦)𝐢 + (−3𝑥 + 4𝑦 − 8)𝐣
Solução.
Seja 𝑭 = 𝑃𝐢 + 𝑄𝐣 um campo vetorial em uma região aberta simplesmente conexa D. Suponha
que P e Q tenham derivadas contínuas de primeira ordem e que
𝜕𝑃 𝜕𝑄
= 𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑜 𝑫
𝜕𝑦 𝜕𝑥
Então F conservativo.
Sejam 𝑃(𝑥, 𝑦) = 2𝑥 − 3𝑦 e 𝑄(𝑥, 𝑦) = −3𝑥 + 4𝑦 − 8. Disso segue que;
𝜕𝑃 𝜕 𝜕𝑃
= (2𝑥 − 3𝑦) = −3 ⟹ = −3
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑦
𝜕𝑄 𝜕 𝜕𝑄
= (−3𝑥 + 4𝑦 − 8) = −3 ⟹ = −3
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜕𝑃 𝜕𝑄
∴ = −3 =
𝜕𝑦 𝜕𝑥
Além disso, o domínio de F é o plano inteiro (𝐷 = 𝑅 2 ), que é aberto e simplesmente conexo.
Então podemos concluir que F é um campo vetorial conservativo.
Como F é conservativo, então existe uma função potencial 𝑓 tal que F = 𝛁𝒇. Assim;
𝑓𝑥 (𝑥, 𝑦) = 2𝑥 − 3𝑦 (1)
𝑓𝑦 (𝑥, 𝑦) = −3𝑥 + 4𝑦 − 8 (2)
Agora vamos integrar a função (1) em relação a 𝑥, temos que;

𝑓𝑥 (𝑥, 𝑦) = 2𝑥 − 3𝑦 ⟹ ∫ 𝑓𝑥 (𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 = ∫ 2𝑥 − 3𝑦 𝑑𝑥 ⟹ 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 − 3𝑥𝑦 + 𝑔(𝑦)

𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 − 3𝑥𝑦 + 𝑔(𝑦) (3)

Derivando parcialmente a função (3) em relação a 𝑦, temos que.
 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 − 3𝑥𝑦 + 𝑔(𝑦) ⟹ 𝑓𝑦 (𝑥, 𝑦) = −3𝑥 + 𝑔′(𝑦)
𝑓𝑦 (𝑥, 𝑦) = −3𝑥 + 𝑔′ (𝑦) (4)
Disso segue que, comparando as derivadas em (2) e (4), temos que;
𝑓𝑦 (𝑥, 𝑦) = 𝑓𝑦 (𝑥, 𝑦) ⟹) − 3𝑥 + 4𝑦 − 8 = −3𝑥 + 𝑔′ (𝑦) ⟹ 𝑔′ (𝑦) = 4𝑦 − 8
Integrando 𝑔′ (𝑦) em relação a 𝑦, temos que;

𝑔′ (𝑦) = 4𝑦 − 8 ⟹ ∫ 𝑔′ (𝑦)𝑑𝑦 = ∫ 4𝑦 − 8 𝑑𝑦 ⟹ 𝑔(𝑦) = 2𝑦 2 + 8𝑦 + 𝐶

Substituindo 𝑔(𝑦) na função (3), temos que.

𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 − 3𝑥𝑦 + 𝑔(𝑦) ⟹ 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 − 3𝑥𝑦 + 2𝑦 2 + 8𝑦 + 𝐶
∴ 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 − 3𝑥𝑦 + 2𝑦 2 + 8𝑦 + 𝐶
Essa é a função potencial do campo F.
QUESTÃO 03. Use o Teorema de Green para calcular a integral de linha ao longo da curva
dada com orientação positiva.

∮ 𝑥𝑦 2 𝑑𝑥 + 2𝑥 2 𝑦𝑑𝑦, 𝐶 é 𝑢𝑚 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑒𝑠 (0,0), (2,2) 𝑒 (2,4)

Solução.
Seja o triângulo;

Como fixamos 𝑥 e variamos 𝑦, então temos os seguintes intervalos, em 𝑥 tal que 0 ≤ 𝑥 ≤ 2 e

em 𝑦 tal que 𝑥 ≤ 𝑦 ≤ 2𝑥, isto é a região D delimitada por C é dada
por {(𝑥, 𝑦) | 0 ≤ 𝑥 ≤ 2, 𝑥 ≤ 𝑦 ≤ 2𝑥}. Disso segue que;
𝜕𝑄 𝜕𝑃
∮ 𝑃𝑑𝑥 + 𝑄𝑑𝑦 = ∬ ( − ) 𝑑𝐴
𝜕𝑥 𝜕𝑦
 2 2𝑥
𝜕 𝜕
∮ 𝑥𝑦 2 𝑑𝑥 + 2𝑥 2 𝑦𝑑𝑦 = ∬ [ (2𝑥 2 𝑦) − (𝑥𝑦 2 )] 𝑑𝐴 = ∫ ∫ (4𝑥𝑦 − 2𝑥𝑦)𝑑𝑦𝑑𝑥 =
𝜕𝑥 𝜕𝑦 0 𝑥
2 2𝑥 2 2
𝑦 2 2𝑥 2𝑥
∫ [∫ (2𝑥𝑦)𝑑𝑦] 𝑑𝑥 = ∫ [(2𝑥 ) ] 𝑑𝑥 = ∫ [(𝑥𝑦 2 ) ] 𝑑𝑥 =
0 𝑥 0 2 𝑥 0 𝑥
2 2 2
=∫ [𝑥(2𝑥)2 2]
− 𝑥(𝑥) 𝑑𝑥 = ∫ [4𝑥 3 −𝑥 3]
𝑑𝑥 = ∫ [3𝑥 3 ] 𝑑𝑥
0 0 0
4 4 4
𝑥 2 2 0
= (3 ) = (3 ) − (3 ) = 12
4 0 4 4
𝜕 𝜕
∴ ∮ 𝑥𝑦 2 𝑑𝑥 + 2𝑥 2 𝑦𝑑𝑦 = ∬ [ (2𝑥 2 𝑦) − (𝑥𝑦 2 )] 𝑑𝐴 = 12
𝜕𝑥 𝜕𝑦

QUESTÃO 04. Determine (a) o rotacional e (b) o divergente do campo vetorial

𝐼) F(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥𝑦𝑧 𝐢 − 𝑥 2 𝑦 𝐣
Solução
A) Cálculo do Rotacional do campo vetorial (𝐼)
Se 𝑭 = 𝑃 𝒊 + 𝑄 𝒋 + 𝑅 𝒌 é um campo vetorial em 𝑅 3 e as derivadas parciais de P, Q e R
existem, então o rotacional de F é o campo vetorial em 𝑅 3 definido por.
𝜕𝑅 𝜕𝑄 𝜕𝑃 𝜕𝑅 𝜕𝑄 𝜕𝑃
𝑟𝑜𝑡 𝐅 = ( − ) 𝐢 + ( − ) 𝐣 + ( − ) 𝐤
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦
Ou simplesmente;
𝑖 𝑗 𝑘
𝜕 𝜕 𝜕
𝑟𝑜𝑡 𝐅 = ∇ X 𝐅 =
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
[𝑃 𝑄 𝑅]
Disso segue que;
𝑖 𝑗 𝑘
𝜕 𝜕 𝜕
𝑟𝑜𝑡 𝐅 = ∇ X 𝐅 = =
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
[𝑥𝑦𝑧 0 −𝑥 2 𝑦]
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕
=[ (−𝑥 2 𝑦) − (0)] 𝐢 − [ (−𝑥 2 𝑦) − (𝑥𝑦𝑧)] 𝐣 + [ (0) − (𝑥𝑦𝑧)] 𝐤 =
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦
= (−𝑥 2 − 0)𝐢 − (−2𝑥𝑦 − 𝑥𝑦)𝐣 + (0 − 𝑥𝑧)𝐤 =
= −𝑥 2 𝐢 + 3𝑥𝑦𝐣 − 𝑥𝑧𝐤
∴ 𝑟𝑜𝑡 𝐅 = −𝑥 2 𝐢 + 3𝑥𝑦𝐣 − 𝑥𝑧𝐤
B) Cálculo do Divergente do campo vetorial (𝐼)
Se 𝐅 = P 𝐢 + Q 𝐣 + R 𝐤 é um campo vetorial em 𝑅 3 e 𝜕𝑃/𝜕𝑥, 𝜕𝑄/𝜕𝑦 𝑒 𝜕𝑅/𝜕𝑧 existem, então o
divergente de F é a função de três variáveis definida por;
𝜕𝑃 𝜕𝑄 𝜕𝑅
Div 𝐅 = + +
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Observe que rot F é um campo vetorial, mas div F é um campo escalar. Em termos do operador
gradiente ∇ = (𝜕/𝜕𝑥)𝒊 + (𝜕/𝜕𝑦)𝒋 + (𝜕/𝜕𝑧) 𝒌, o divergente de F pode ser escrito
simbolicamente como o produto escalar de ∇ e F:
Div 𝐅 = 𝛁. 𝐅
Assim,
𝜕 𝜕 𝜕
Div 𝐅 = 𝛁. 𝐅 = (𝑥𝑦𝑧) + (0) + (−𝑥 2 𝑦) = 𝑦𝑧 + 0 + 0 = 𝑦𝑧
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
∴ Div 𝐅 = 𝑦𝑧
𝐼𝐼) 𝐅(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥𝑦𝑒 𝑧 𝐢 + 𝑦𝑧𝑒 𝑥 𝐤
Solução
A) Cálculo do Rotacional do campo vetorial (𝐼𝐼)
Se 𝐅 = P 𝐢 + Q 𝐣 + R 𝐤 é um campo vetorial em 𝑅 3 e as derivadas parciais de P, Q e R existem,
então o rotacional de F é o campo vetorial em 𝑅 3 definido por.
𝜕𝑅 𝜕𝑄 𝜕𝑃 𝜕𝑅 𝜕𝑄 𝜕𝑃
𝑟𝑜𝑡 𝐅 = ( − ) 𝐢 + ( − ) 𝐣 + ( − ) 𝐤
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦
Ou simplesmente;
𝑖 𝑗 𝑘
𝜕 𝜕 𝜕
𝑟𝑜𝑡 𝐅 = ∇ X 𝐅 =
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
[𝑃 𝑄 𝑅]
Disso segue que;
𝑖 𝑗 𝑘
𝜕 𝜕 𝜕
𝑟𝑜𝑡 𝐅 = ∇ X 𝐅 = =
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
[𝑥𝑦𝑒 𝑧 0 𝑦𝑧𝑒 𝑥 ]
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕
=[ (𝑦𝑧𝑒 𝑥 ) − (0)] 𝐢 − [ (𝑦𝑧𝑒 𝑥 ) − (𝑥𝑦𝑒 𝑧 )] 𝐣 + [ (0) − (𝑥𝑦𝑒 𝑧 )] 𝐤 =
𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦
= (𝑧𝑒 𝑥 − 0)𝐢 − (𝑦𝑧𝑒 𝑥 − 𝑥𝑦𝑒 𝑧 )𝐣 + (0 − 𝑥𝑒 𝑧 )𝐤 =
= 𝑧𝑒 𝑥 𝐢 + (𝑦𝑧𝑒 𝑥 − 𝑥𝑦𝑒 𝑧 )𝐣 − 𝑥𝑒 𝑧 𝐤
∴ 𝑟𝑜𝑡 𝐅 = 𝑧𝑒 𝑥 𝐢 + (𝑦𝑧𝑒 𝑥 − 𝑥𝑦𝑒 𝑧 )𝐣 − 𝑥𝑒 𝑧 𝐤
B) Cálculo do Divergente do campo vetorial (𝐼𝐼)
Se 𝐅 = P 𝐢 + Q 𝐣 + R 𝐤 é um campo vetorial em 𝑅 3 e 𝜕𝑃/𝜕𝑥, 𝜕𝑄/𝜕𝑦 𝑒 𝜕𝑅/𝜕𝑧 existem, então
o divergente de F é a função de três variáveis definida por;
𝜕𝑃 𝜕𝑄 𝜕𝑅
Div 𝐅 = + +
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
Observe que rot F é um campo vetorial, mas div F é um campo escalar. Em termos do operador
gradiente ∇ = (𝜕/𝜕𝑥)𝒊 + (𝜕/𝜕𝑦)𝒋 + (𝜕/𝜕𝑧) 𝒌, o divergente de F pode ser escrito
simbolicamente como o produto escalar de ∇ e F:
Div 𝐅 = 𝛁. 𝐅
Assim;
𝜕 𝜕 𝜕
Div 𝐅 = 𝛁. 𝐅 = (𝑥𝑦𝑒 𝑧 ) + (0) + (𝑦𝑧𝑒 𝑥 ) = 𝑦𝑒 𝑧 + 0 + 𝑦𝑒 𝑥 = 𝑦(𝑒 𝑧 + 𝑒 𝑥 )
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
∴ Div 𝐅 = 𝑦(𝑒 𝑧 + 𝑒 𝑥 )
QUESTÃO 05. Determine a área da superfície.
𝐼) A parte do plano 3𝑥 + 2𝑦 + 𝑧 = 6 que está no primeiro octante
Solução
O plano indicado é basicamente, conforme a figura abaixo.

Sabendo que a fórmula da área da superfície é dada por;

𝜕𝑓 2 𝜕𝑓 2 𝜕𝑧 2 𝜕𝑧 2
𝐴(𝑆) = ∬ √( ) + ( ) + 1 𝑑𝐴 = ∬ √1 + ( ) + ( ) 𝑑𝐴
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦

Onde a função 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦) é uma função das variáveis 𝑥 𝑒 𝑦, dentro da região no plano 𝑥𝑦.
Assim;
3𝑥 + 2𝑦 + 𝑧 = 6 ⟹ 𝑧 = 6 − 3𝑥 − 2𝑦
Como parte do plano está no primeiro octante, então isso significa que no plano 𝑥𝑦, 𝑧 = 0.
Disso segue que;
6 − 3𝑥
𝑧 = 6 − 3𝑥 − 2𝑦 ⟹ 6 − 3𝑥 − 2𝑦 = 0 ⟹ 3𝑥 + 2𝑦 = 6 ⟹ 2𝑦 = 6 − 3𝑥 ⟹ 𝑦 = ⟹
2
3
⟹𝑦 =3− 𝑥
2
Então 0 ≤ 𝑦 ≤ 3𝑥/2
E para 𝑥, basta fazer 𝑦 = 0. Disso segue que.
𝑧 = 6 − 3𝑥 − 2𝑦 ⟹ 6 − 3𝑥 − 2𝑦 = 0 ⟹ 3𝑥 + 2𝑦 = 6 ⟹ 3𝑥 + 2 ∗ 0 = 6 ⟹ 3𝑥 = 6 ⟹
6
⟹𝑥= ⟹𝑥=2
3
Assim;
0≤𝑥≤2
Dessa forma, temos o seguinte;
{(𝑥, 𝑦) | 0 ≤ 𝑥 ≤ 2, 0 ≤ 𝑦 ≤ 3𝑥/2 }
Então, a área da superfície é dada por;

𝜕𝑓 2 𝜕𝑓 2 𝜕𝑧 2 𝜕𝑧 2
√ √
𝐴(𝑆) = ∬ ( ) + ( ) + 1 𝑑𝐴 = ∬ 1 + ( ) + ( ) 𝑑𝐴 =
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦
3𝑥 2 2
2 3−
2 𝜕 𝜕
=∫ ∫ √1 + [ (−3𝑥)] + [ (−2𝑥)] 𝑑𝑦𝑑𝑥 =
0 0 𝜕𝑥 𝜕𝑦
3𝑥 3𝑥
2 3− 2 3−
2 2
=∫ ∫ √1 + (−3)2 + (−2)2 𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ ∫ √1 + 9 + 4 𝑑𝑦𝑑𝑥 =
0 0 0 0
3𝑥 3𝑥 3𝑥
2 3− 2 3− 2 3−
2 2 2
=∫ ∫ √14 𝑑𝑦𝑑𝑥 = √14 ∫ ∫ 𝑑𝑦𝑑𝑥 = √14 ∫ [∫ 𝑑𝑦] 𝑑𝑥 =
0 0 0 0 0 0

2 3𝑥 2
3𝑥 2
3𝑥
= √14 ∫ (𝑦)3 −
2 𝑑𝑥 = √14 ∫ (3 − 2 − 0) 𝑑𝑥 = √14 ∫ (3 − 2 ) 𝑑𝑥 =
0 0 0 0

3𝑥 2 2 3 ∗ 22 3 ∗ 02 12
= √14 (3𝑥 − ) = √14 [(3 ∗ 2 − ) − (3 ∗ 0 − )] = √14 (6 − ) =
4 0 4 4 4

= √14(6 − 3) = 3√14 = 11,22 𝑢. 𝑎

∴ 𝐴(𝑆) = 3√14 = 11,22 𝑢. 𝑎
𝐼𝐼) A parte do plano 𝑥 + 2𝑦 + 3𝑧 = 1 que está dentro do cilindro 𝑥 2 + 𝑦 2 = 3
Solução
A região mencionada é basicamente, conforme a figura abaixo.
Sabendo que a fórmula da área da superfície é dada por;

𝜕𝑓 2 𝜕𝑓 2 𝜕𝑧 2 𝜕𝑧 2
√ √
𝐴(𝑆) = ∬ ( ) + ( ) + 1 𝑑𝐴 = ∬ 1 + ( ) + ( ) 𝑑𝐴
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦

Onde a função 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦) é uma função das variáveis 𝑥 𝑒 𝑦, dentro do cilindro 𝑥 2 + 𝑦 2 = 3.

Disso segue que;
1 − 𝑥 − 2𝑦
𝑥 + 2𝑦 + 3𝑧 = 1 ⟹ 3𝑧 = 1 − 𝑥 − 2𝑦 ⟹ 𝑧 =
3
Assim;
𝑥 2 + 𝑦 2 = 3 ⟹ 𝑥 2 + 𝑦 2 ≤ 3 ⟹ 𝑥 2 = 3 − 𝑦 2 ⟹ 𝑥 = √3 − 𝑦 2 ⇔ 0 ≤ 𝑥 ≤ √3 − 𝑦 2
Agora fazendo 𝑥 = 0, temos que;
𝑥 2 + 𝑦 2 = 3 ⟹ 𝑥 2 + 𝑦 2 ≤ 3 ⟹ 𝑦 2 ≤ 3 ⟹ 𝑦 ≤ √3 ⟺ 0 ≤ 𝑦 ≤ √3
Disso segue que;

𝜕𝑓 2 𝜕𝑓 2 𝜕𝑧 2 𝜕𝑧 2
𝐴(𝑆) = ∬ √( ) + ( ) + 1 𝑑𝐴 = ∬ √1 + ( ) + ( ) 𝑑𝐴 =
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦

√3−𝑦2 √3 𝜕 1 − 𝑥 − 2𝑦 2 𝜕 1 − 𝑥 − 2𝑦 2
=∫ ∫ √1 + [ ( )] + [ ( )] 𝑑𝑦𝑑𝑥 =
0 0 𝜕𝑥 3 𝜕𝑦 3

√3−𝑦2 2
√3 1 2 2 2 √3−𝑦 √3 1 4
=∫ ∫ √1 + (− ) + (− ) 𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ ∫ √1 + + 𝑑𝑦𝑑𝑥 =
0 0 3 3 0 0 9 9

√3−𝑦 2 √3 √3−𝑦 √3 2 √3−𝑦 √32

14 √14 √14
=∫ ∫ √ 𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ ∫ 𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ ∫ 𝑑𝑦𝑑𝑥 =
0 0 9 0 0 √9 0 0 3
2
√14 √3−𝑦 √3
= ∫ ∫ 1𝑑𝑦𝑑𝑥
3 0 0
Agora, façamos a mudança de variável de coordenadas Cartesianas para Coordenadas Polares.
𝑥 = 𝑟 cos 𝜃 𝜕(𝑥, 𝑦)
{ ⟹ 𝑑𝑥 𝑑𝑦 = | | 𝑑𝑟𝑑𝜃
𝑦 = 𝑟 sin 𝜃 𝜕(𝑟, 𝜃)
Disso segue que;
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕 𝜕
𝜕(𝑥, 𝑦) (𝑟 cos 𝜃) (𝑟 cos 𝜃)
=| 𝜕𝑟 𝜕𝜃 | 𝑑𝑟𝑑𝜃 = |𝜕𝑟 𝜕𝜃 | 𝑑𝑟𝑑𝜃 =
𝜕(𝑟, 𝜃) 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕 𝜕
(𝑟 sin 𝜃) (𝑟 sin 𝜃)
𝜕𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝑟 𝜕𝜃
cos 𝜃 −𝑟 sin 𝜃)
=| | 𝑑𝑟𝑑𝜃 = [(cos 𝜃 ∗ 𝑟 cos 𝜃) − (−𝑟 sin 𝜃 ∗ sin 𝜃)]𝑑𝑟𝑑𝜃 =
sin 𝜃 𝑟 cos 𝜃)
= (𝑟sin2 𝜃 + 𝑟cos2 𝜃)𝑑𝑟𝑑𝜃 = (sin2 𝜃 + cos 2 𝜃)𝑟𝑑𝑟𝑑𝜃 = 1 ∗ 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜃 = 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜃
𝜕(𝑥, 𝑦)
𝑑𝑥 𝑑𝑦 = | | 𝑑𝑟𝑑𝜃 = 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜃
𝜕(𝑟, 𝜃
𝑑𝑥 𝑑𝑦 = 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜃
𝑟 é 𝑜 𝑗𝑎𝑐𝑜𝑏𝑖𝑎𝑛𝑜
Note que
𝑥 = 𝑟 cos 𝜃
{
𝑦 = 𝑟 sin 𝜃
𝑥2 + 𝑦2 = 𝑟2
Resolvendo a inequação, temos.

𝑥 ≤ √3 − 𝑦 2 ⟹ 𝑟 𝑐𝑜𝑠 𝜃 ≤ √3 − 𝑟 2 𝑠𝑖𝑛2 𝜃 ⟹
⟹ 𝑟 2 𝑐𝑜𝑠 2 𝜃 ≤ 3 − 𝑟 2 𝑠𝑖𝑛2 𝜃 ⟹ 𝑟 2 sin2 𝜃 + 𝑟 2 cos 2 𝜃 ≤ 3 ⟹
⟹ 𝑟 2 (sin2 𝜃 + cos 2 𝜃) ≤ 3 ⟹ 𝑟 2 ≤ 3 ⟹
𝑟 ≤ √3
Assim, 0 ≤ 𝑟 ≤ √3 e 0 ≤ 𝜃 ≤ 2𝜋
Daí segue que, a Integral Dupla em Coordenadas polares é escrita da seguinte forma.
2
√14 √3−𝑦 √3 √14 2𝜋 √3 √14 2𝜋 √3
∫ ∫ 1𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ ∫ 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜃 = ∫ [∫ 𝑟𝑑𝑟] 𝑑𝜃 =
3 0 0 3 0 0 3 0 0

2
√14 2𝜋 𝑟 2 √3 √14 2𝜋 √3 02 √14 2𝜋 3
= ∫ [( ) ] 𝑑𝜃 = ∫ ( − ) 𝑑𝜃 = ∫ ( ) 𝑑𝜃 =
3 0 2 0 3 0 2 2 3 0 2

√14 3 2𝜋 3√14 √14 2𝜋√14

= ∗ ∫ 𝑑𝜃 = (𝜃)2𝜋 = (2𝜋 − 0) = = √14𝜋 = 11.75𝑢. 𝑎
3 2 0 6 0 2 2

∴ 𝐴(𝑆) = √14𝜋 = 11.75𝑢. 𝑎

QUESTÃO 06. Calcule a integral de superfície;
 ∬(𝑥 + 𝑦 + 𝑧)𝑑𝑆

S é o paralelogramo com equações paramétricas 𝑥 = 𝑢 + 𝑣, 𝑦 = 𝑢 − 𝑣, 𝑧 = 1 + 2𝑢 + 𝑣, 0 ≤

𝑢 ≤ 2, 0 ≤ 𝑣 ≤ 1.
Solução
Suponhamos que a superfície S, tenha a seguinte equação vetorial;
𝑟(𝑢, 𝑣) = 𝑥(𝑢, 𝑣)𝐢 + 𝑦(𝑢, 𝑣)𝐣 + 𝑧(𝑢, 𝑣)𝐤, ∀(𝑢, 𝑣) ∈ 𝐷
Onde;
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝑖) 𝑟𝑢 = 𝐢+ 𝐣+ 𝐤 𝑖𝑖) 𝑟𝑣 = 𝐢+ 𝐣+ 𝐤
𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣

Assim

∬(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑆 = ∬ 𝑓(𝑟(𝑢, 𝑣)) |𝑟𝑢 X 𝑟𝑣 |𝑑𝐴

Disso segue que;

𝑟(𝑢, 𝑣) = (𝑢 + 𝑣)𝐢 + (𝑢 − 𝑣)𝐣 + (1 + 2𝑢 + 𝑣)𝐤, 𝑐𝑜𝑚 0 ≤ 𝑢 ≤ 2, 0 ≤ 𝑣 ≤ 1
Agora vamos determinar 𝑟𝑢 e 𝑟𝑣 .
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕 𝜕 𝜕
𝑟𝑢 = 𝐢+ 𝐣+ 𝐤 = [ (𝑢 + 𝑣)] 𝐢 + [ (𝑢 − 𝑣)] 𝐣 + [ (1 + 2𝑢 + 𝑣)] 𝐤 =
𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑢
= 𝑖 + 𝑗 + 2𝑘 = (1, 1, 2)
∴ 𝑟𝑢 = (1, 1, 2)
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕 𝜕 𝜕
𝑟𝑣 = 𝐢+ 𝐣+ 𝐤 = [ (𝑢 + 𝑣)] 𝐢 + [ (𝑢 − 𝑣)] 𝐣 + [ (1 + 2𝑢 + 𝑣)] 𝐤 =
𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣
= 𝑖 − 𝑗 + 𝑘 = (1, −1, 1)
∴ 𝑟𝑣 = (1, −1, 1)
Então, o produto vetorial entre 𝑟𝑢 𝑋 𝑟𝑣 é dado por;
𝑖 𝑗 𝑘
1 2 1 2 1 1
𝑟𝑢 𝑋 𝑟𝑣 = (1 1 2) = ( )𝐢− ( )𝐣 + ( )𝐤 =
−1 1 1 1 1 −1
1 −1 1
= (1 + 2)𝐢 − (1 − 2)𝐣 + (−1 − 1)𝐤 = 3𝑖 + 𝑗 − 2𝑘
∴ 𝑟𝑢 𝑋 𝑟𝑣 = 3𝑖 + 𝑗 − 2𝑘
Fazendo o cálculo da norma desse vetor, temos que.
|𝑟𝑢 𝑋 𝑟𝑣 | = √(3)2 + (1)2 + (−2)2 = √9 + 1 + 4 = √14

∴ |𝑟𝑢 𝑋 𝑟𝑣 | = √14

∬(𝑥, 𝑦, 𝑧)𝑑𝑆 = ∬ 𝑓(𝑟(𝑢, 𝑣)) |𝑟𝑢 X 𝑟𝑣 |𝑑𝐴 ⟹ ∬(𝑥 + 𝑦 + 𝑦)𝑑𝑆 =

 2 1 2 1
= ∫ ∫ (𝑢 + 𝑣 + 𝑢 − 𝑣 + 1 + 2𝑢 + 𝑣) √14 𝑑𝑣𝑑𝑢 = ∫ ∫ (4𝑢 + 𝑣 + 1) √14 𝑑𝑣𝑑𝑢 =
0 0 0 0
2 1 2 1
= √14 ∫ ∫ (4𝑢 + 𝑣 + 1) 𝑑𝑣𝑑𝑢 = √14 ∫ [∫ (4𝑢 + 𝑣 + 1) 𝑑𝑣] 𝑑𝑢 =
0 0 0 0
2 2 2
𝑣 1 12 02
= √14 ∫ [(4𝑢𝑣 + + 𝑣)] 𝑑𝑢 = √14 ∫ [(4𝑢 ∗ 1 + + 1) − (4𝑢 ∗ 0 + + 0)] 𝑑𝑢
0 2 0 0 2 2
2
1 𝑢2 1 2
= √14 ∫ (4𝑢 + + 1) 𝑑𝑢 = √14 (4 + 𝑢 + 𝑢) =
0 2 2 2 0
1 1
= √14 [(2 ∗ 22 + ∗ 2 + 2) − (2 ∗ 02 + ∗ 0 + 0)] = √14(8 + 1 + 2) = 11√14
2 2

∴ ∬(𝑥 + 𝑦 + 𝑦)𝑑𝑆 = 11√14

QUESTÃO 07. Use o Teorema de Stokes para calcular

∬ curl F. dS

F(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥 2 𝑧 2 𝐢 + 𝑦 2 𝑧 2 𝐣 + 𝑥𝑦𝑧𝐤, S é a parte do paraboloide 𝑧 = 𝑥 2 + 𝑦 2 que está dentro do

cilindro 𝑥 2 + 𝑦 2 = 4, com orientação ascendente.
Solução

Sabendo que o Teorema de Stokes pode ser visto como uma versão em dimensão maior do
Teorema de Green. Enquanto o Teorema de Green relaciona uma integral dupla sobre uma
região plana D com uma integral de linha em torno de sua curva limite plana, o Teorema de
Stokes relaciona uma integral de superfície sobre uma superfície S com uma integral em torno
da curva da fronteira S (que é uma curva no espaço).
Assim;
 ∬ 𝑐𝑢𝑟𝑙 F. 𝑑𝑆 = ∬ 𝑟𝑜𝑡 F. 𝑑𝑆 = ∮ F 𝑑𝑟

Então, Seja F um campo vetorial contínuo definido sobre uma curva suave C dada pela
função vetorial r(t), 𝑎 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏. Então, a integral de linha de F ao longo de C é
𝑏
∮ F 𝑑𝑟 = ∫ 𝐹(𝑟(𝑡)). 𝑟 ′ (𝑡) 𝑑𝑡
𝑎

Para acharmos a curva de fronteira C, basta resolver as equações 𝑧 = 𝑥 2 + 𝑦 2 e 𝑥 2 + 𝑦 2 = 4.

Disso segue que;
𝑥 2 + 𝑦 2 − 𝑧 = 𝑥 2 + 𝑦 2 − 4 ⟹ 𝑥 2 + 𝑦 2 − 𝑥 2 − 𝑦 2 − 𝑧 = −4 ⟹ 𝑧 = 4
Agora sabemos que C é uma circunferência 𝑥 2 + 𝑦 2 = 4 de raio 𝑟 = 2. Assim, a equação
vetorial de C em sua forma parametrizada é dada por;
𝑥 = 𝑟𝑐𝑜𝑠𝑡, 𝑦 = 𝑟𝑠𝑖𝑛𝑡 𝑒 𝑧 = 4
𝑟(𝑡) = 𝑟𝑐𝑜𝑠𝑡𝐢 + 𝑟𝑠𝑖𝑛𝑡𝐣 + 𝑧𝐤 = 2𝑐𝑜𝑠𝑡𝐢 + 2𝑠𝑖𝑛𝑡𝐣 + 4𝐤, 𝑐𝑜𝑚 0 ≤ 𝑡 ≤ 2𝜋
∴ 𝑟(𝑡) = 2𝑐𝑜𝑠𝑡𝐢 + 2𝑠𝑖𝑛𝑡𝐣 + 𝐤
Derivando essa equação vetorial, temos que;
𝑟(𝑡) = 2𝑐𝑜𝑠𝑡𝐢 + 2𝑠𝑖𝑛𝑡𝐣 + 4𝐤 ⟹ 𝑟 ′ (𝑡) = −2𝑠𝑖𝑛𝑡𝐢 + 2𝑐𝑜𝑠𝑡𝐣 + 0𝐤
∴ 𝑟 ′ (𝑡) = −2𝑠𝑖𝑛𝑡𝐢 + 2𝑐𝑜𝑠𝑡𝐣 + 0𝐤
Parametrizando o campo vetorial dado, temos que;
F(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥 2 𝑧 2 𝐢 + 𝑦 2 𝑧 2 𝐣 + 𝑥𝑦𝑧𝐤 ⟹
⟹ F(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)) = (2𝑐𝑜𝑠𝑡)2 (4)2 𝐢 + (2𝑠𝑖𝑛𝑡)2 (4)2 𝐣 + (2𝑐𝑜𝑠𝑡)(2𝑠𝑖𝑛𝑡)(4)𝐤 ⟹
⟹ F(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)) = 64𝑐𝑜𝑠 2 𝑡 𝐢 + 64𝑠𝑖𝑛2 𝑡 𝐣 + 16𝑐𝑜𝑠𝑡𝑠𝑖𝑛𝑡 𝐤
∴ F(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)) = 64𝑐𝑜𝑠 2 𝑡 𝐢 + 64𝑠𝑖𝑛2 𝑡 𝐣 + 16𝑐𝑜𝑠𝑡𝑠𝑖𝑛𝑡 𝐤
Note que;
𝑑𝑟 = 𝑟 ′ (𝑡) = −2𝑠𝑖𝑛𝑡𝐢 + 2𝑐𝑜𝑠𝑡𝐣 + 0𝐤
Agora vamos calcular o produto escalar entre o campo vetorial parametrizado e a derivada da
equação vetorial, isto é, F(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)). 𝑟 ′ (𝑡). Assim, temos que;
F(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)). 𝑟 ′ (𝑡) =
= (64𝑐𝑜𝑠 2 𝑡 𝐢 + 64𝑠𝑖𝑛2 𝑡 𝐣 + 16𝑐𝑜𝑠𝑡𝑠𝑖𝑛𝑡 𝐤). (−2𝑠𝑖𝑛𝑡𝐢 + 2𝑐𝑜𝑠𝑡𝐣 + 0𝐤) =
= (64𝑐𝑜𝑠 2 𝑡, 64𝑠𝑖𝑛2 𝑡, 16𝑐𝑜𝑠𝑡𝑠𝑖𝑛𝑡). (−2𝑠𝑖𝑛𝑡, 2𝑐𝑜𝑠𝑡, 0) =
= −128𝑐𝑜𝑠 2 𝑡 ∗ 𝑠𝑖𝑛𝑡 + 128𝑠𝑖𝑛2 𝑡 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝑡 + 16𝑐𝑜𝑠𝑡𝑠𝑖𝑛𝑡 ∗ 0 =
= −128𝑐𝑜𝑠 2 𝑡 ∗ 𝑠𝑖𝑛𝑡 + 128𝑠𝑖𝑛2 𝑡 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝑡
∴ F(𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡), 𝑧(𝑡)). 𝑟 ′ (𝑡) = −128𝑐𝑜𝑠 2 𝑡 ∗ 𝑠𝑖𝑛𝑡 + 128𝑠𝑖𝑛2 𝑡 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝑡
Disso segue que;
 𝑏
∬ 𝑐𝑢𝑟𝑙 F. 𝑑𝑆 = ∬ 𝑟𝑜𝑡 F. 𝑑𝑆 = ∮ F 𝑑𝑟 = ∫ 𝐹(𝑟(𝑡)). 𝑟 ′ (𝑡) 𝑑𝑡 =
𝑎
2𝜋
= ∫ (−128𝑐𝑜𝑠 2 𝑡 ∗ 𝑠𝑖𝑛𝑡 + 128𝑠𝑖𝑛2 𝑡 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝑡) 𝑑𝑡 =
0
2𝜋 2𝜋
= ∫ −128𝑐𝑜𝑠 𝑡 ∗ 𝑠𝑖𝑛𝑡 𝑑𝑡 + ∫ 128𝑠𝑖𝑛2 𝑡 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝑡 𝑑𝑡
2
0 0

Sejam
2𝜋
𝐼 = ∫ −128𝑐𝑜𝑠 2 𝑡 ∗ 𝑠𝑖𝑛𝑡 𝑑𝑡
0

Tomando 𝑢 = 𝑐𝑜𝑠𝑡 ⟹ 𝑑𝑢 = −𝑠𝑖𝑛𝑡𝑑𝑡 ⟹ 𝑑𝑡 = −1/𝑠𝑖𝑛𝑡𝑑𝑢. Assim, temos que;

2𝜋 2𝜋 2𝜋
1
𝐼 = ∫ −128𝑐𝑜𝑠 𝑡 𝑠𝑖𝑛𝑡 𝑑𝑡 = −128 ∫ 𝑐𝑜𝑠 𝑡 𝑠𝑖𝑛𝑡 𝑑𝑡 = −128 ∫ 𝑢2 𝑠𝑖𝑛𝑡 (−
2 2
) 𝑑𝑢 =
0 0 0 𝑠𝑖𝑛𝑡
2𝜋 3 3
𝑢 2𝜋
2
𝑐𝑜𝑠 𝑡 2𝜋 𝑐𝑜𝑠 3 (2𝜋) 𝑐𝑜𝑠 3 (0)
= 128 ∫ 𝑢 𝑑𝑢 = 128 ( ) = 128 ( ) = 128 ( − )=
0 3 0 3 0 3 3
1 1
= 128 ( − ) = 0
3 3
∴𝐼=0
Sejam
2𝜋
𝐼𝐼 = ∫ 128𝑠𝑖𝑛2 𝑡 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝑡 𝑑𝑡
0

Tomando 𝑤 = 𝑠𝑖𝑛𝑡 ⟹ 𝑑𝑤 = 𝑐𝑜𝑠𝑡𝑑𝑡 ⟹ 𝑑𝑡 = 1/𝑐𝑜𝑠𝑡𝑑𝑤. Assim, temos que.

2𝜋 2𝜋 2𝜋
1
𝐼𝐼 = ∫ 128𝑠𝑖𝑛 𝑡 𝑐𝑜𝑠𝑡 𝑑𝑡 = 128 ∫ 𝑠𝑖𝑛 𝑡 𝑐𝑜𝑠𝑡 𝑑𝑡 = 128 ∫ 𝑤 2 𝑐𝑜𝑠𝑡
2 2
𝑑𝑤 =
0 0 0 𝑐𝑜𝑠𝑡
2𝜋
𝑤 3 2𝜋 𝑠𝑖𝑛3 𝑡 2𝜋 𝑠𝑖𝑛3 (2𝜋) 𝑠𝑖𝑛3 (0)
= 128 ∫ 𝑤 2 𝑑𝑤 = 128 ( ) = 128 ( ) = 128 ( − )=
0 3 0 3 0 3 3
0 0
= 128 ( − ) = 0
3 3
∴ 𝐼𝐼 = 0
Assim;
2𝜋 2𝜋
∬ 𝑐𝑢𝑟𝑙 F. 𝑑𝑆 = ∫ −128𝑐𝑜𝑠 2 𝑡 ∗ 𝑠𝑖𝑛𝑡 𝑑𝑡 + ∫ 128𝑠𝑖𝑛2 𝑡 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝑡 𝑑𝑡 = 0 + 0 = 0
0 0

∴ ∬ 𝑐𝑢𝑟𝑙 F. 𝑑𝑆 = 0

QUESTÃO 08. Use o Teorema do Divergente para calcular a integral de Superfície

∬ F . 𝑑𝑆
Ou seja, calcule o fluxo de F através de S.
𝐼) 𝑭(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥𝑦𝑒 2 𝒊 + 𝑥𝑦 2 𝑧 3 𝒋 − 𝑦𝑒 𝑍 𝒌, S é a superfície da caixa delimitada pelos planos
coordenados e pelos planos 𝑥 = 3, 𝑦 = 2, 𝑧 = 1.
Solução
Seja E uma região sólida simples e seja S a superfície fronteira de E, orientada positivamente
(para fora). Seja F um campo vetorial cujas funções componentes tenham derivadas parciais
contínuas em uma região aberta que contenha E. Então

∬ F . 𝑑𝑆 = ∭ div F 𝑑𝑉

Pelo enunciado, sabemos que a região de integração é a caixa na forma retangular. Assim;
0 ≤ 𝑥 ≤ 3, 0 ≤ 𝑦 ≤ 2, 0≤𝑧≤1
Agora calculando o Divergente do campo vetorial, temos que;
𝜕𝑃 𝜕𝑄 𝜕𝑅 𝜕 𝜕 𝜕
Div 𝐅 = 𝛁. 𝐅 = + + = (𝑥𝑦𝑒 2 ) + (𝑥𝑦 2 𝑧 3 ) + (−𝑦𝑒 𝑍 ) =
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
= 𝑦𝑒 2 + 2𝑥𝑦𝑧 3 − 𝑦𝑒 𝑧
∴ Div 𝐅 = 𝑦𝑒 2 + 2𝑥𝑦𝑧 3 − 𝑦𝑒 𝑧
Assim, pelo Teorema de Gauss ou da Divergência, temos que;
3 2 1
∭ div F 𝑑𝑉 = ∫ ∫ ∫ 𝑦𝑒 2 + 2𝑥𝑦𝑧 3 − 𝑦𝑒 𝑧 𝑑𝑧𝑑𝑦𝑑𝑥 =
0 0 0
3 2 1 3 2
𝑧4 1
= ∫ ∫ [∫ (𝑦𝑒 2 + 2𝑥𝑦𝑧 3 − 𝑦𝑒 𝑧 ) 𝑑𝑧] 𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ ∫ [(𝑦𝑒 2 𝑧 + 2𝑥𝑦 − 𝑦𝑒 𝑧 ) ] 𝑑𝑦𝑑𝑥 =
0 0 0 0 0 4 0
3 2
14 04
= ∫ ∫ [(𝑦𝑒 2 ∗ 1 + 2𝑥𝑦 − 𝑦𝑒 1 ) − (𝑦𝑒 2 ∗ 0 + 2𝑥𝑦 − 𝑦𝑒 0 )] 𝑑𝑦𝑑𝑥 =
0 0 4 4
3 2
1
= ∫ ∫ [(𝑦𝑒 2 + 𝑥𝑦 − 𝑦𝑒) − (0 + 0 − 𝑦)] 𝑑𝑦𝑑𝑥 =
0 0 2
3 2 3 2
1 1
= ∫ ∫ (𝑦𝑒 2 + 𝑥𝑦 − 𝑦𝑒 + 𝑦) 𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫ [∫ (𝑦𝑒 2 + 𝑥𝑦 − 𝑦𝑒 + 𝑦) 𝑑𝑦] 𝑑𝑥 =
0 0 2 0 0 2
3
𝑦2 1 𝑦2 𝑦2 2
= ∫ [( 𝑒 2 + 𝑥𝑦 2 − 𝑒 + ) ] 𝑑𝑥 =
0 2 4 2 2 0
3
22 1 22 22 02 1 02 02
= ∫ [( 𝑒 2 + 𝑥22 − 𝑒 + ) − ( 𝑒 2 + 𝑥02 − 𝑒 + )] 𝑑𝑥 =
0 2 4 2 2 2 4 2 2
3 3
4 2 4 4 4
= ∫ [( 𝑒 + 𝑥 − 𝑒 + ) − (0 + 0 − 0 + 0)] 𝑑𝑥 = ∫ (2𝑒 2 + 𝑥 − 2𝑒 + 2)𝑑𝑥 =
0 2 4 2 2 0

𝑥2
2 3
= (2𝑥𝑒 + − 2𝑥𝑒 + 2𝑥) =
2 0
 32 02
= (2 ∗ 3𝑒 2 + − 2 ∗ 3𝑒 + 2 ∗ 3) − (2 ∗ 0𝑒 2 + − 2 ∗ 0𝑒 + 2 ∗ 0) =
2 2

2
9 12𝑒 2 + 9 − 12𝑒 + 12 21
= 6𝑒 + − 6𝑒 + 6 = = + 6𝑒 2 − 6𝑒
2 2 2
21
∴ ∬ F . 𝑑𝑆 = ∭ div F 𝑑𝑉 = + 6𝑒 2 − 6𝑒
2