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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ


SETOR DE TECNOLOGIA
Departamento de Arquitetura e Urbanismo ARQUITETURA E URBANISMO
50 Anos • 1962 - 2012

ATIVIDADE 1
Nome: Gabriela Zaruvne Baptista
GRR: 20182079

Obra 1: Casa Modernista da Rua Santa Cruz

1. Ficha Técnica:
Arquiteto: Gregori Warchavchik
Projeto: 1927;
Construção: 1928;
Localização: Vila Mariana, zona sul da cidade de São Paulo, Brasil.
Função: a casa atualmente pertence à Prefeitura de São Paulo e integra o projeto Museu
da Cidade.

Figura 1: Fotografia da fachada da Casa Modernista.

(Fonte: ArchDaily)

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50 Anos • 1962 - 2012

2. Materiais e técnicas de execução:


A Casa Modernista é considerada a primeira residência em arquitetura moderna do
Brasil. Foi construída em alvenaria de tijolos revestidos por cimento branco, devido ao
alto custo do concreto armado no país na época em que a obra foi executada. O alto
preço do vidro e a dificuldade em encontrar componentes industrializados como,
ferragens, maçanetas, placas, tintas e outros materiais, além da escassa mão-de-obra
brasileira que não acompanhava tal inovação, foram outros problemas enfrentados pelo
arquiteto durante a construção.
Para a confecção das esquadrias, Warchavchik elaborou oficinas de marcenaria,
criando peças em madeira lisa com a ajuda de um mestre alemão, que acabou por
introduzir a madeira compensada no Brasil.
O telhado é composto por quatro águas cobertas em telhas coloniais com vigas de
madeira e possui uma platibanda que o esconde, trazendo a falsa impressão de uma
cobertura em laje.
No ano de 1935 a casa passou por uma reforma para tornar-se mais adequada ao
crescimento da família. Para isso, foram feitas mudanças nas circulações e nos volumes
que compunham a residência, além da alteração da entrada principal, ampliação da
cozinha e da sala, a criação de um novo terraço posicionado em um volume curvo, a
construção de uma marquise inclinada que demarca uma das entradas e a implantação
de blocos de vidro circulares em uma parte da fachada.

Figura 2: Fotografia da casa após a reforma.

(Fonte: ArchDaily)

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Figura 3: Fotografia da marquise inclinada incluída na reforma de 1935.

(Fonte: ArchDaily)

3. Características formais e compositivas:


A casa possui uma fachada simétrica, que não é rebatida em planta nas
dependências internas. Possui uma forma retangular, composta por volumes
simples, prismáticos e brancos. Por se tratar de uma arquitetura totalmente
inovadora para a época, o arquiteto apresentou a prefeitura um projeto de uma obra
carregada de elementos ornamentados para que assim houvesse sua aprovação,
porém quando a construção foi concluída alegou que houve falta de recursos para
que pudesse completar a ornamentação mostrada nos documentos.

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Figura 4: Planta baixa da casa.

(Fonte: ArchDaily)

Uma das entradas da casa é marcada por uma marquise inclinada que se
destaca na fachada. O revestimento em cerâmica marrom e o banco curvo, também
são outros elementos que diferem esta entrada do restante da residência, a
transformando em local de destaque. No pavimento superior, acima da marquise,
há uma parte da parede da fachada perfurada com diversos círculos vedados com
blocos de vidro que proporcionam uma iluminação característica para o interior da
casa.

Figura 5: Parede com blocos de vidro.

(Fonte: ArchDaily)

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O interior acompanha a composição estética de suas fachadas, com formas


simples e retangulares. Os ambientes e circulações apresentam características
funcionais e os revestimentos do piso e a composição dos pilares, das vigas e das
esquadrias são feitas em madeira lisa.

Figura 6: Fotografia do interior da casa.

(Fonte: ArchDaily)

O jardim da residência foi projetado pela esposa do arquiteto, a paisagista Mina


Klabin. O paisagismo criado para a casa ganhou destaque pelo uso pioneiro de espécies
tropicais.
4. Referências bibliográficas:
CASA Modernista. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São
Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/instituicao520266/casa-modernista>. Acesso em:
12 de Jul. 2021
FRACALOSSI, I. Clássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Santa Cruz /
Gregori Warchavchik. ArchDaily Brasil, 2013. Disponível em:<
https://www.archdaily.com.br/br/01-17010/classicos-da-arquitetura-casa-modernista-
da-rua-santa-cruz-gregori-warchavchik>. Acesso em: 12 Jul. 2021.
IMBRIOISI, M. Casa Modernista – Museu da Cidade de São Paulo. História das Artes,
2017. Disponível em: <https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/casa-
modernista-museu-da-cidade-de-sao-paulo/>. Acesso em: 12 Jul. 2021.
MCSP/Casa Modernista. Disponível em:
<https://www.museudacidade.prefeitura.sp.gov.br/sobre-mcsp/casa-modernista/>.
Acesso em: 12 Jul. 2021.

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Obra 2: Centro de Mecanização do Banco do Brasil

1. Ficha Técnica:
Arquitetos: Irmãos Roberto
Ano: 1969
Localização: Porto Alegre - Rio Grande do Sul, Brasil.
Área: 15.000 m²

Figura 1: Fotografia do Centro de Mecanização do Banco do Brasil.

(Fonte: ArchDaily)

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2. Materiais e técnicas de execução:


O centro de Mecanização do Banco do Brasil, é um edifício destinado ao centro de
processamento de dados e núcleos administrativos do Bando do Brasil. Ele apresenta
uma estrutura de grande imponência no terreno em que foi implantado e propõe um
evidente contraste entre a robustez e a leveza através do uso do concreto como material
estrutural.
O edifício é composto por oito grandes caixas opacas. Seis delas são elevadas
por grandes pilares que acabam dirigindo maior destaque para a construção. Os
fechamentos dos volumes acontecem por meio de planos em balanço, sendo os mais
altos feitos em argamassa armada e os outros com um sistema em gradil. Os volumes
posicionados na altura mais baixa possuem comprimentos menores que os mais altos,
configurando um formato em “taça” para o edifício, em que as caixas menores acabam
recebendo parte da carga das caixas intermediárias e das mais altas.
A forma de composição proposta para a construção do Centro de Mecanização
previu um modelo de “encaixe entre peças” , além do uso de materiais industrializados
e a utilização de tecnologia totalmente inovadora para a época, o que acabou
caracterizando a obra como um exemplo de industrialização na arquitetura. A partir do
uso do concreto pré-fabricado em algumas partes da construção e o moldado in loco
em outras com aspecto de estrutura opaca e inacabada, foram reproduzidas linguagens
brutalistas para o edifício.
Toda a estrutura principal que ergue as seis principais caixas que compõem o
edifício acontece por meio de altos pilares em concreto, sendo quatro deles
posicionados no sentido transversal e dez no longitudinal. Pelo fato de os pilares
apresentarem grande altura, esbeltez e seus travejamentos ocorrem apenas nos locais
onde há lajes, eles sofrem os efeitos de flambagem, principalmente nas extremidades
menores da construção.

Figura 2: Corte longitudinal.

(Fonte: ArchDaily)

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3. Características formais e compositivas:


O partido arquitetônico do Centro de Mecanização do Banco do Brasil se deu diante
das dimensões do terreno, da necessidade de grandes áreas no pavimento térreo e da
exigência da prefeitura de liberação de 25% da área total do lote. Por isso, os arquitetos
optaram por uma construção suspensa em altura que poderia aproveitar os espaços de
seus ambientes de forma independe das legislações impostas ao terreno, com o uso da
altitude, monumentalidade, horizontalidade e sutileza, através dos descolamentos dos
pavimentos e de sua suspensão em esbeltos pilares.
Os volumes principais que configuram a forma principal do edifício são dispostos em
formato decrescente, sendo o bloco mais alto, o mais longo e o mais próximo da
superfície do terreno, o mais curto. Os pilares que sustentam todo esse sistema são
dispostos na transversal e longitudinal de todo o conjunto e acompanham as alturas de
cada bloco, os sustentando em suas extremidades. Outro elemento marcante do
conjunto se dá pela grande caixa entre os volumes horizontais que abriga a circulação
vertical do edifício.

Figura 3: Fotografia externa do edifício Centro de Mecanização do Banco do Brasil.

(Fonte: ArchDaily)

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4. Referências bibliográficas:
FRACALOSSI, I. Clássicos da Arquitetura: Centro de Mecanização do Banco do Brasil /
Irmãos Roberto. ArchDaily Brasil, 2013. Disponível em:
<https://www.archdaily.com.br/br/01-156395/classicos-da-arquitetura-centro-de-
mecanizacao-do-banco-do-brasil-slash-irmaos-roberto>. Acesso em: 15 Jul 2021.

PETROLI, A. M., A Arquitetura Bancária Gaúcha dos Anos 70: A Influência Brutalista.
Dissertação de Mestrado: Universidade federal do Rio Grande do Sul, 2014. Disponível
em:
<https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/104085/000937987.pdf;jsessionid=6F0D
D9A55B97840884E77354510018E2?sequence=1>. Acesso em: 15 de Jul. de 2021.

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