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Movimento retilíneo de maior do que no berlinde, o

que aumenta a força de


queda com resistência
resistência do ar.
do ar apreciável - A pena demora mais tempo a
Numa queda livre, dois corpos de chegar ao solo do que o
massas e corpos diferentes berlinde, atingindo-o com
deixados cair da mesma altura, menor velocidade.
chegam ao solo ao mesmo tempo. As gotas de chuva chegam ao solo
Se realizarmos a experiência, com velocidade relativamente baixa
verificamos que o corpo mais pois à medida que descem a
pesado chega primeiro, devido ao velocidade aumenta, devido ao
efeito da força de diferente peso, mas, ao mesmo tempo, a
intensidade que o ar exerce sobre força de resistência do ar também
os corpos, designada força de aumenta, o que leva a que a
resistência do ar. velocidade deixe de aumentar.
Esta força é oposta ao movimento. A força de resistência do ar
Na Lua os corpos chegariam ao depende da forma e tamanho do
mesmo tempo ao solo, pois não há corpo, e aumenta com a
resistência ao movimento. velocidade.
Usando como exemplo de corpos Se a velocidade variar: a força de
um berlinde e uma pena: resistência do ar, a resultante das
- O berlinde é pequeno e forças e a aceleração também
compacto, pelo que a força variam - o movimento será variado.
que o ar exerce sobre ele Resistência do ar
tem uma intensidade - Opõe-se ao movimento;
pequena comparada com a - Depende da forma e
do peso. tamanho do corpo;
- A pena tem peso bastante - Aumenta com a velocidade
menor do que o berlinde: do corpo;
quando cai, a área - Varia quando a velocidade
transversal ao movimento é varia.
É devido à resistência do ar que um - 1ª velocidade terminal (200
paraquedista chega ao solo em km/h)
segurança. - Velocidade terminal:
Movimento de um paraquedista velocidade que um corpo em
antes da abertura do paraquedas queda vertical atinge quando
- O módulo da velocidade o módulo da resistência do ar
aumenta, assim como a iguala o módulo do seu peso.
intensidade da resistência do Movimento retilíneo uniforme
ar. - Velocidade constante
- A intensidade da resistência - Aceleração nula
do ar é inferior à do peso. Movimento de um paraquedista
- A resultante das forças tem o depois da abertura do
sentido do movimento. paraquedas
- A resultante das forças vai - Após a 1ª velocidade
diminuindo consoante o terminal, o paraquedas é
aumento da resistência do ar. aberto.
- O módulo da aceleração vai - Aumento brusco da força de
diminuindo. resistência do ar.
Movimento retilíneo acelerado - Intensidade da resistência do
- Módulo da velocidade ar superior à do peso.
aumenta. - Resultante das forças passa
- Módulo da aceleração a ter sentido oposto ao
diminui. movimento.
Movimento de um paraquedista - Diminuição da velocidade.
antes da abertura do paraquedas - Diminuição da resistência do
- Intensidades do peso e da ar, resultante das forças e
resistência do ar acabam por aceleração.
se igualar. - ∆t desta fase é muito menor
- Resultante das forças e que a duração total do
aceleração tornam-se nulas. movimento.
- Velocidade fica constante. Movimento retilíneo retardado
- Módulo da velocidade diminui [0, t1]:
- Módulo da aceleração - Movimento retilíneo
diminui acelerado;
Movimento de um paraquedista - Velocidade aumenta;
depois da abertura do - Aceleração diminui;
paraquedas - Vy > 0;
- Intensidades do peso e da - Ay > 0.
resistência do ar acabam por [t1, t2]:
se igualar. - Movimento retilíneo uniforme;
- Resultante das forças e - Velocidade constante: 1ª
aceleração tornam-se nulas, velocidade terminal;
novamente. - Aceleração nula.
- Velocidade fica constante.
- 2ª velocidade terminal (20
km/h ou menos). Depois da abertura do paraquedas:
Movimento retilíneo uniforme
- Velocidade constante
- Aceleração nula
Quando a aceleração não é nula, é
variável e é igual à aceleração
gravítica (só) no instante inicial (t =
0).
Gráficos velocidade-tempo [t2, t3]:
Antes da abertura do paraquedas: - Movimento retilíneo
retardado;
- Velocidade diminui;
- Aceleração diminui (depois
do aumento súbito);
- Vy > 0;
- Ay < 0.
[t3, t4]:
- Movimento retilíneo uniforme; [t3, t4]:
- Velocidade constante: 2ª - Reta: declive = componente
velocidade terminal; escalar da 2ª v. terminal.
- Aceleração nula.
Gráficos posição-tempo Movimento circular
Antes da abertura do paraquedas:
uniforme (MCU)
Movimento circular uniforme:
- Trajetória do corpo: circular.
- Módulo da velocidade
constante.
- Direção da velocidade varia.
Exemplos:
- Movimento dos ponteiros de
[0, t1]: um relógio analógico;
- Curva com concavidade para - Movimento das pás de uma
cima (não é parábola). hélice;
[t1, t2]: - Movimento de um satélite em
- Reta: declive = componente órbita circular.
escalar da 1ª vel. terminal. Resultante das forças
Depois da abertura do paraquedas: perpendicular à velocidade =
módulo da velocidade constante.
Força centrípeta
- Perpendicular à velocidade;
- Aponta para o centro da
trajetória.

[t2, t3]:
- Curva com concavidade para
baixo (não é parábola).
Caracterização da aceleração
centrípeta:
Caracterização da velocidade:
- Ponto de aplicação: centro
- Ponto de aplicação: centro
de massa do corpo.
de massa do corpo.
- Direção: radial.
- Direção: tangente à trajetória.
- Sentido: aponta para o centro
- Sentido: o do movimento.
da trajetória.
- Módulo: constante.
- Módulo: constante.
Caracterização da resultante das
Representação da força centrípeta,
forças:
da velocidade e da aceleração
- Ponto de aplicação: centro
centrípeta em três instantes:
de massa do corpo.
- Direção: radial.
- Sentido: aponta para o centro
da trajetória.
- Intensidade: constante.
Aceleração centrípeta
- Direção e sentido da força
centrípeta;
- Perpendicular à velocidade;
MCU:
- Aponta para o centro da
- Movimento que se repete em
trajetória.
cada nova volta que o corpo
descrve.
- O corpo, em intervalos de O corpo descreve ângulos iguais
tempo iguais, passa na em intervalos de tempo iguais.
mesma posição, com igual
velocidade e aceleração.
Período e frequência
Período (T): tempo que o centro da
massa do corpo demora a efetuar
uma volta completa. Exprime-se em
segundos. O movimento circular
unifome é um movimento periódico.
Velocidade: depende da velocidade
angular e do raio da trajetória; o
seu módulo é constante ao longo
do tempo.
2Π𝑟
ν = 𝑇
⇔ ν = ω𝑟

Aceleração centrípeta
Aceleração centrípeta: nome dado
à aceleração de um corpo com
Frequência (f): número de voltas mobimrento circular uniforme;
que o centro de massa do corpo depende da velocidade angular e
executa por unidade de tempo. do raio da trajetória; o seu módulo
Exprime-se em hertz. é constante ao longo do tempo.
1 2
2
𝑓 = 𝑇 𝑎𝑐 =
ν
⇔ 𝑎𝑐 = ω 𝑟
𝑟

Velocidade angular Força centrípeta: depende da


Velocidade angular: depende do massa, da velocidade angular e do
período; o seu módulo é constante raio da trajetória; o seu módulo é
ao longo do tempo. constante ao longo do tempo.
2Π 2
ω= 𝑇
⇔ ω = 2Π𝑓 𝐹𝑅 = 𝑚 × 𝑎 ⇔ 𝐹 𝑐 = 𝑚 × ω 𝑟
Gráficos associados ao Como o módulo da velocidade e o

movimento circular uniforme raio da trajetória circular são


constantes, o módulo da
Velocidade-tempo: ν = ω𝑟
aceleração centrípeta e o módulo
da força centrípeta também são
constantes.
Comparação do movimento
de dois corpos em MCU

2
ν
Aceleração-tempo: 𝑎 = 𝑟
𝑐

O corpo X e o corpo Y demoram o


mesmo tempo a completar uma
volta, logo, possuem igual período
e velocidade angular de igual
2 módulo.
ν
Força-tempo: 𝐹 = 𝐹 = 𝑚 × 𝑟 A trajetória do corpo X possui maior
𝑅 𝐶
raio que a trajetória do corpo Y,
logo, o módulo da velocidade e da
aceleração do corpo X são
superiores às do corpo Y, porque rX
> rY.
Satélites com movimento 2Π 2
3

circular uniforme
⇔𝐺
𝑚𝑇
𝑟
3 = ( )
𝑇
⇔ 𝑇 = 2Π
𝑟
𝐺×𝑚𝑇

Para um satélite descrever um O período do movimento do satélite


movimento circular uniforme tem de é independente da sua massa e
ter uma velocidade adequada. será tanto maior quanto maior for o

𝐹𝑅 = 𝑚 × 𝑎 ⇔ 𝐹 𝑔 = 𝑚 × 𝑎 𝑐 ⇔ raio da órbita.
A velocidade será menor quanto
2
𝑚𝑇×𝑚 𝑣 𝐺×𝑚𝑇
𝐺 2 =𝑚× ⇔ν = maior for o raio da órbita.
𝑟 𝑟 𝑟
Satélites geoestacionários
O módulo da velocidade não
Satélite geoestacionário: tem o
depende da massa do satélite.
período de rotação da Terra
Quanto maior for a massa do
(T=24h).
satélite, mais energia será
necessária para o transportar da
Terra até à órbita.
A velocidade diminui quando
aumenta o raio.

Como têm um movimento síncrono


com o da Terra, permanecem sobre
um local fixo do globo, sendo
usados em comunicações e
observações permanentes de
O período do movimento de um regiões da Terra.
satélite em função do raio da sua Num movimento uniforme a rapidez
órbita pode ser calculado através média é numericamente igual a
da expressão: módulo da velocidade, v.

𝐹𝑅 = 𝑚 × 𝑎 ⇔ 𝐹 𝑔 = 𝑚 × 𝑎 𝑐 Pode constatar-se que para uma


mesma velocidade angular, o
2
𝑚𝑇×𝑚 𝑣 𝑚𝑇
⇔𝐺 2 =𝑚× 𝑟
⇔𝐺 𝑟
=𝑣 módulo da velocidade é
𝑟
diretamente proporcional ao raio da
𝑚𝑇 2 𝑚𝑇 2 2
⇔𝐺 𝑟
= (ω𝑟) ⇔ 𝐺 𝑟
=ω 𝑟 trajetória.

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