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ARTE CAPÍTULO 5 Vanguardas europeias: Futurismo e Expressionismo

1o ano – 3o bimestre

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VANGUARDAS
EUROPEIAS: FUTURISMO
E EXPRESSIONISMO
ARTE CAPÍTULO 5 Vanguardas europeias: Futurismo e Expressionismo
1o ano – 3o bimestre

O Futurismo (na Itália) e o Expressionismo (na Alemanha)


não usaram formas plásticas muito diferentes daquelas de seus
antecessores, mas causaram ruptura na arte do início do século XX.

O norueguês Edvard Munch (1863-1944) foi o artista mais


destacado de seu país e participou da primeira geração de
Vanguardas expressionistas. Em suas pinturas, influenciadas por uma infância
europeias: Futurismo traumática e investidas de angústia e forte carga emocional,
e Expressionismo Munch utilizava formas distorcidas e perturbadoras, além de
tons sombrios. Uma de suas obras mais conhecidas é O grito.

A fotografia passa a ser utilizada como documento, ao registrar


momentos decisivos na história da humanidade, contribuindo para
a percepção da realidade. O registro fotográfico teve esse papel na
Guerra do Vietnã, ocorrida no Sudeste Asiático entre 1955 e 1975.

Imagens desse conflito armado chegaram à casa das pessoas por


fotos ou pela TV, causando escândalo no mundo todo. Um dos
registros mais conhecidos da Guerra do Vietnã foi a fotografia
tirada em 8 de junho de 1972, que capturou um grupo de
crianças fugindo após um bombardeio, no Vietnã do Sul.
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Foi idealizado por Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944).

Principais propostas de Marinetti e dos participantes do movimento:


• Abolição do passado e exaltação da vida urbana, da máquina, da
eletricidade, do automóvel e da velocidade;
• Rompimento com as estruturas tradicionais da arte, como frases
longas, repletas de adjetivos, e defesa de uma arte dinâmica, que
representasse o ritmo da modernidade.

O Futurismo O primeiro Manifesto Futurista foi publicado em 1909, no


jornal parisiense Le Figaro. Utilizando linguagem entusiasmada,
apelava para a agressividade juvenil, com o fim de acabar com as
tradições, e para a violência e a guerra, como forma de regeneração.
Também exaltava as virtudes do progresso científico e técnico.

Um grupo de jovens italianos, fascinado pelo movimento,


passou a criar obras destacando o frenesi da vida moderna,
utilizando técnicas semelhantes às do divinismo dos fauves,
com pinceladas fortes e separadas umas das outras.
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Em um segundo momento, os artistas aplicaram princípios do Cubismo


analítico e sintético em suas obras. Umberto Boccioni (1882-1916)
foi o pintor que realizou de forma mais característica essa
aplicação no quadro Estados de ânimo: os que partem.

Outros representantes do Futurismo: os italianos Carlo Carrá (1881-1966),


O Futurismo Luigi Russolo (1885-1947) e Gino Severini (1883-1966).
(continuação)
Na escultura, os artistas fizeram experimentações com vidro e papel.
O principal escultor futurista foi Umberto Boccioni, e uma de suas
obras mais importantes e emblemáticas foi a escultura Formas únicas
na continuidade do espaço, composta pela intersecção de volumes
distorcidos, criando a ideia de movimento e força.
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O movimento inspirou artistas, escritores e intelectuais de


São Paulo. Por isso, ficou conhecido como Futurismo Paulista
e foi precursor da Semana de Arte Moderna, em 1922.

O termo futurismo, por aqui, foi ligado à ideia de loucura, absurdo,


doença. Os modernos brasileiros, por se distanciarem dos padrões
artísticos nacionais, foram denominados futuristas mesmo sem terem
qualquer ligação com o movimento italiano. Entre esses artistas estão:
Victor Brecheret (1894-1955), Anita Malfatti (1889-1964), Guilherme de
Almeida (1890-1969), Oswald de Andrade (1890-1954), John Graz (1891-
Futurismo -1980), Menotti del Picchia (1892-1988), Mário de Andrade (1893-1945),
no Brasil Di Cavalcanti (1897-1976), Cândido Mota Filho (1897-1977), Sérgio
Milliet (1898-1966) e Vicente do Rego Monteiro (1899-1970).

O termo futuristas foi adotado e, no final dos anos 1920, o grupo


de São Paulo aceitou as ideias do movimento italiano,
ampliando-as e adaptando-as ao contexto nacional.

O menosprezo pelas mulheres e a exaltação do bélico, na Itália, prepararam


ideologicamente o país para o surgimento do fascismo. Na literatura brasileira,
o Futurismo foi rejeitado por diversos autores, mas influenciou a estética dos
primeiros modernistas. Oswald de Andrade, Ronald de Carvalho e outros
adotaram a ideia das palavras “em liberdade”, da “imaginação sem fios”.
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Futurismo na música

Defendeu a incorporação Teve como principal


de ruídos na música representante o pintor e
tradicional. compositor Luigi Russolo,
que utilizava ruídos de
motores, assobios, foles
etc. Foi o precursor do que
seria a “música concreta”.
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Teve como principal precursor o pintor Vincent van


Gogh (1853-1890), juntamente com Gauguin e Matisse.

Van Gogh, no início de sua carreira, na Holanda, pintava quadros


sombrios com tons de cinza e marrom. Em 1886, mudou-se para Paris,
onde conheceu a pintura impressionista e a vida boêmia. Retratou
cafés e personagens da vida noturna, passando a utilizar cores como
o azul-cobalto, o vermelho e tons de amarelo. Foi influenciado
pelas cores vivas de Gauguin, com quem conviveu em Arles, e pela
crônica social do pintor Jean-François Millet (1814-1875).
O Expressionismo
A principal característica das pinturas de Van Gogh foi
desenvolvida no sul da França, para onde o artista se dirigiu
para tratar de problemas mentais. Passou a retratar a vegetação
com formas retorcidas, como se estivessem balançando com o
vento. O pintor passava grossas camadas de tinta na superfície,
de modo que as pinceladas ficavam visíveis, técnica chamada de
empaste, que criou resultados marcantes em suas obras.

Van Gogh sofreu a vida inteira de epilepsia e problemas mentais.


Criou laços profundos com Gauguin, tendo arrancado o lóbulo de
uma das orelhas após o amigo ter se recusado a encontrá-lo.
Suicidou-se em 1890, em Auvers-sur-Oise.
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O Expressionismo não constituiu um movimento organizado. Foi


marcado pela reunião de artistas cujas criações estavam voltadas à
subjetividade, ao seu mundo interior, às suas angústias e imaginação.

Os expressionistas destacavam aspectos emocionais e psicológicos,


em geral turbulentos, por meio de formas distorcidas e cores
expressivas, combinadas com um modo agressivo de lidar com a
tela. Foram influenciados por Gauguin, Van Gogh e Matisse.

Edvard Munch foi um expressionista da primeira geração.


Utilizou formas distorcidas e perturbadoras em quadros
O movimento como O grito (1893) e Angústia (1894).
expressionista
O movimento ganhou força principalmente na Alemanha, onde,
apesar de semelhante ao Fauvismo, foi mais violento e radical.

Em Munique, em 1911, os artistas Franz Marc (1880-1916), August


Macke (1887-1914) e Wassily Kandinsky (1866-1944) fundaram o grupo
Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul). Eles incorporaram as experiências da
vanguarda, porém com caráter mais metafísico e espiritual. Kandinsky
radicalizou as experiências com cores, enquanto Macke se aproximava
da pintura francesa fauvista, com paleta mais lírica e menos abstrata.
Macke morreu em batalha, durante a Primeira Guerra Mundial.
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Bauhaus foi uma escola alemã de arte, design e arquitetura, fundada


em 1919 pelo arquiteto Walter Adolf Gropius, na Alemanha. Essa escola
atraiu artistas de diferentes países e concepções teóricas. Kandinsky
foi um dos professores mais conhecidos da instituição. Foi fechada
em 1932 e encerrou definitivamente suas atividades em 1933.
O movimento
expressionista
(continuação) A criação da escola Bauhaus teve como base dois fundamentos:
• A importância da arte para a moderna sociedade industrial.
• A arte como fonte de renovação espiritual.
O objetivo da escola era a integração de todas as linguagens artísticas
e a síntese social, por meio da produção, de acordo com as necessidades
de grande parte da população, não apenas da parcela social
ou economicamente privilegiada.
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Importantes artistas da época

Egon Schiele (1890-1918), Amedeo Modigliani (1884-1920), embora


nasceu em Tull, na Áustria. não se tenha inscrito em nenhum dos
Em 1910, já havia desenvolvido movimentos artísticos que efervesciam
um estilo próprio. Teve uma vida em Paris, apresenta características em seu
marcada por solidão, narcisismo estilo que o aproximam dos cubistas e
e exibicionismo. Pintou cerca dos expressionistas e fauvistas. Devido à
de 250 autorretratos, em poses saúde frágil, não recebeu educação formal
diversas. Em seus retratos, na infância: foi educado pela mãe até os
revelava figuras solitárias 10 anos de idade. Na Itália, completou
e angustiadas. um dos seus quadros mais importantes:
O violoncelista (1909). Em 1914, pintou
principalmente retratos e nus femininos.
Passou por períodos de pobreza extrema.
Em 1917, conseguiu realizar uma exposição
individual na Gallerie Berthe Weill, mas
a exposição durou apenas um dia. Os nus
expostos causaram um escândalo tão grande
que precisaram ser retirados das vitrines.
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As ideias expressionistas foram trazidas para o Brasil por Anita


Malfatti (1889-1964), após retornar de um estágio na Escola de
Belas Artes de Berlim, na Alemanha. A influência do movimento
pode ser observada nas obras A estudante russa (1915),
O japonês (1915-16) e A boba (1915-16).

As ideias estéticas trazidas por Anita Malfatti não se tornaram


populares no Brasil, e em sua exposição, realizada em 1917, sofreu
severas críticas por parte de Monteiro Lobato (1882-1948).
Porém, Mário de Andrade reconheceu a importância da exposição.

Alguns artistas influenciados pelo Expressionismo no Brasil: Lasar


Expressionismo Segall (1891-1957), Oswaldo Goeldi (1895-1961), Flávio de
no Brasil Carvalho (1899-1973) e Iberê Camargo (1914-1994).

Lasar Segall (1891-1957) foi pintor, gravador, escultor e desenhista


de origem judaica que fixou residência em São Paulo, em 1923,
destacando-se no cenário da arte moderna.
Sua obra foi impactada pela guerra e passou a refletir a
preocupação do artista com o sofrimento humano. Suas gravuras
e desenhos representaram temas relacionados ao universo dos
marginalizados pela sociedade. Suas figuras possuem deformações
expressivas e são situadas em espaços opressores e tristes.
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Oswaldo Goeldi (1895-1961) nasceu na Suíça e veio para o Brasil


com 1 ano de idade. Foi gravador, desenhista, ilustrador e professor.
Em 1921, fez sua primeira exposição individual no país e, em 1952,
tornou-se professor na Escolinha de Arte do Brasil. Em 1955, começou
Expressionismo a lecionar na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
no Brasil
(continuação)
Flávio de Carvalho (1899-1973) foi pintor, desenhista, arquiteto,
cenógrafo, escritor, teatrólogo e engenheiro. Realizava muitas
experimentações artísticas e foi precursor do happening
e da performance na arte brasileira.
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Conexões com a vanguarda: propostas futuristas e


expressionistas para a arquitetura

Uma cidade de arranha-céus O Expressionismo teve grande


é descrita no Manifesto da impacto na arquitetura, ainda
Arquitetura Futurista de que tenham sido construídos
Antonio Sant’Elia (1888-1916). poucos edifícios. Um deles é a
Embora fosse uma utopia, torre Einstein, obra de Erich
essa ideia nutria o imaginário Mendelsohn (1887-1953).
da metrópole do século XX,
influenciando inclusive o cinema.
O estilo foi caracterizado pelo
contraste brusco entre a massa
arquitetônica e o vazio dos
vãos, gerando diálogo entre
luz e sombra.
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A influência do sistema dodecafônico de composição


na música do século XX foi de tal magnitude que fez da
Escola de Viena um marco na história musical.

A Escola de Viena O compositor Richard Strauss (1864-1949) foi um


precursor dessa escola. A partir de 1905 inclinou-se para
a ópera, incorporando conceitos de música contínua, de
Richard Wagner (1813-1883). Sua ópera mais conhecida é
O cavaleiro da rosa (1909-1910). Seus efeitos harmônicos
dissonantes e sua orquestração converteram-no em um
vanguardista que influiu no processo de dissolução tonal e
no nascimento do Expressionismo.
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Músicos da Escola de Viena

Arnold Schönberg (1874-1951) nasceu em Viena e, inicialmente, trabalhou sob


a influência wagneriana. Entre 1912 e 1923, não compôs obras e se dedicou a dar
forma ao dodecafonismo ou música serial, sistema que dá igual importância
aos doze sons da escala cromática. Utilizando esse sistema, compôs, em 1923,
Peça para piano, Serenata e Suíte. Seu método foi seguido por discípulos como
o autodidata Alban Berg (1885-1935) e por Anton von Webern (1883-1945).

A música de Alban Berg é a expressão Anton von Webern (1883-1945),


apaixonada do dodecafonismo e nascido em Viena, assim como
sua principal nota é o dramatismo. Schönberg e Berg, buscou em sua
Sua ópera Wozzeck entrelaça música obra a simplicidade e a redução ao
tonal e atonal e é considerada uma mínimo da expressão musical.
das mais importantes do século XX.

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