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Esses artistas viam o futuro representado na velocidade do automóvel, nos avanços industriais,
na eletricidade, nas grandes metrópoles, nas engrenagens dos maquinários, enfim, na nova
configuração social do início do século, que para eles representava um novo mundo e um novo
homem.
A ideia principal que os futuristas buscavam incorporar em seu procedimento artístico era
principalmente a velocidade, captando, seja nas artes plásticas, seja na literatura, esse
movimento acelerado que percebiam intensificar-se ao seu redor.
Contexto histórico
Criado no início de 1909, em Milão, na Itália, o futurismo reverberou uma euforia com as
descobertas e invenções da Segunda Revolução Industrial, em curso na Europa desde meados
do século XIX, e cujos avanços tecnológicos refinaram-se ao longo das décadas. Foi também
nesse período, em meados de 1908, que aconteceram os primeiros voos públicos em Paris, a
bordo do 14-bis.
• Dinamicidade;
• Contestação do sentimentalismo e consequente valorização do homem de ação;
• Enaltecimento da audácia e da revolução;
• Exaltação da vida contemporânea, com ênfase em temas de tecnologia e em novos
aparatos industriais;
• Rejeição ao moralismo e ruptura com a tradição;
O Manifesto Futurista foi escrito pelo poeta Filippo Marinetti e tornou-se conhecido a partir de
sua publicação, em 1909, no jornal francês Le Figaro.
Principais artistas
Futurismo no Brasil
O Modernismo brasileiro, que teve sua estreia oficial a partir da Semana de Arte Moderna de
1922, recebeu influências diretas dos movimentos das vanguardas europeias. O horizonte da
ruptura com a arte tradicional foi o principal propulsor para o surgimento da arte moderna, e
os artistas brasileiros vislumbraram nas vanguardas um modelo, uma fonte de inspiração para
orientar o surgimento de uma nova arte nacional.
Além disso, o movimento modernista, no Brasil, trazia em si uma ânsia pela própria
modernização, uma necessidade de acompanhar a modernidade da Segunda Revolução
Industrial, da qual o futurismo era o testemunho mais direto.
Os artistas Oswald de Andrade e Mário de Andrade foram influenciados pela estética futurista,
embora não tenham sido estritamente defensores desse movimento. Para Oswald, como
redigido em seu Manifesto Pau-Brasil (1924), o futurismo foi importante para “acertar o
relógio império da literatura nacional”. Oswald e Mário misturaram as tendências do cubismo
e do futurismo em algumas de suas composições poéticas, sem deixar de firmar uma postura
crítica à proposta de Marinetti, posto que a estética estrangeira não se adequava
propriamente ao contexto brasileiro – até porque, ainda majoritariamente agrário, o Brasil
começava lentamente a se industrializar.