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UNIDADE II

Oficina de Textos

Prof. César Ribeiro


Oficina de Textos – conteúdo programático em 4 unidades

1. Língua e linguagem e os novos meios de comunicação;

2. Gêneros e estilos discursivos e figuras de linguagem;

3. Texto: significado e significação para a mídia impressa e os novos veículos de


comunicação;

4. Tipos de texto, argumentação e intertextualidade.


Gêneros e estilos discursivos

 Entendendo os gêneros;

 A coerência da mensagem;

 Figuras de linguagem.
Os 5 homens do Hindustão

Leque Parede

Cobra

Fonte: acervo pessoal. Corda

Árvore
O que são gêneros discursivos

 São recursos utilizados na linguagem verbal (fala/escrita) para atingir um


objetivo de comunicação.

Eles podem ser:

 Primários  diálogo, palestra, áudio de WhatsApp, podcast etc.;

 Secundários  texto publicitário, artigo científico, manual de instruções etc.;

 Os gêneros não são imutáveis, pelo contrário, são adaptáveis.


O que é o estilo discursivo?

 Tem a ver com a forma/maneira como vamos comunicar para convencer


(verbal e não verbal);

 Podemos usar o texto publicitário para falar da mesma marca, porém de maneiras diferentes
de acordo com o suporte (veículo de comunicação);

 Ele está ligado ao suporte para o qual vamos criar o texto/fala;

 O suporte que vamos utilizar para convencer necessita


de uma linguagem específica segundo o público-alvo;

 Ex.: Palestra para pessoas ligadas ao esporte, o


palestrante teria que ser alguém familiarizado com a
linguagem dos esportistas.
Quando o gênero encontra o estilo

As várias plataformas e redes socias existentes têm excelentes exemplos:


1. Plataformas de vídeo por streaming criaram uma maneira despojada de se comunicar com
seus usuários – usando da língua em primeira pessoa.

2. As redes sociais abriram uma oportunidade de comunicação até então acessível somente
às grandes empresas – produção de filmes, veiculação publicitária e relacionamento.

3. Até os segmentos mais conservadores como os bancos têm adaptado sua comunicação
para um discurso mais humanizado.

 Influenciadores digitais são um novo tipo de comunicador que


até poucos anos atrás sequer pensávamos existir.
A coerência da mensagem

 Uma mensagem é coerente quando é possível interpretá-la;


 Portanto, interpretação é a precondição para o sucesso da mensagem;
 A mensagem precisa ser adaptada ao contexto de quem irá recebê-la.
Fatores contextualizadores:
1. Repertório do público-alvo.
2. Narrativa utilizada.
3. Espaço no tempo.
4. Linguagem verbal e não verbal.
Recursos para a criação de coerência – metarregras

As metarregras têm por objetivo a produção de sentidos na mensagem, são elas:


1. Repetição ou recorrência – retomar a ideia central da mensagem, reiterar e reativar dando
sentido à mensagem global.
2. Progressão – apresentar renovação da ideia central com informações e discussões
complementares promovendo a interação.
3. Não contradição – não ir contrário a alguma ideia já apresentada e ser compatível com o
conjunto de crenças e valores de quem recebe a mensagem.
4. Relação – articulação e encadeamento das ideias apresentadas precisam mostrar uma
relação entre elas para que haja coerência.
Interatividade

Quando a Netflix utiliza uma linguagem despojada nas redes sociais como canal de
comunicação e construção de marca, ela tem de dedicar os mais variados esforços, desde criar
equipes internas de desenvolvimento de conteúdo para conseguir êxito nesse canal. Diante
disso, qual alternativa abaixo melhor interpreta as interações irreverentes (na maioria das
vezes) dadas aos internautas?
a) Ela é uma empresa irônica (figura de linguagem) nos seus comentários e, portanto, se
posiciona contra os clientes.
b) Ela é uma empresa que preocupada em vender, procura criar questões polêmicas nas
redes para ganhar audiência.
c) Ela é, no sentido de construção de credibilidade junto aos
clientes, criativa e consegue trazer engajamento para a
marca com respostas engraçadas.
d) Ela é imprudente ao dar respostas sobre temas delicados
nas redes sociais.
e) Ela tem um posicionamento de marca indeciso quando tenta
criar situações para que a construção de marca aconteça.
Resposta

Quando a Netflix utiliza uma linguagem despojada nas redes sociais como canal de
comunicação e construção de marca, ela tem de dedicar os mais variados esforços, desde criar
equipes internas de desenvolvimento de conteúdo para conseguir êxito nesse canal. Diante
disso, qual alternativa abaixo melhor interpreta as interações irreverentes (na maioria das
vezes) dadas aos internautas?
a) Ela é uma empresa irônica (figura de linguagem) nos seus comentários e, portanto, se
posiciona contra os clientes.
b) Ela é uma empresa que preocupada em vender, procura criar questões polêmicas nas
redes para ganhar audiência.
c) Ela é, no sentido de construção de credibilidade junto aos
clientes, criativa e consegue trazer engajamento para a
marca com respostas engraçadas.
d) Ela é imprudente ao dar respostas sobre temas delicados
nas redes sociais.
e) Ela tem um posicionamento de marca indeciso quando tenta
criar situações para que a construção de marca aconteça.
Figuras de linguagem

 É quando se faz o uso da língua no sentido figurado.

 São recursos que quem constrói a mensagem utiliza para ser melhor compreendido por
quem recebe a mensagem – dentro de um contexto.

 Fazendo com que a mensagem seja mais fácil de ser assimilada.

 Existem muitas figuras de linguagem na língua portuguesa, tratarei das que podem ser mais
utilizadas por nós.
Figuras de linguagem

 Metáfora – é uma comparação implícita, fazendo uso de uma mensagem que ajuda a
entender o contexto. Ex.: nos filmes publicitários quando comparo o meu produto com o
concorrente de forma lúdica;

 Comparação/símile – é uma comparação explícita, literal, direta e é uma opção mais segura,
porém menos criativa, permitindo menos distorções na mensagem. Ex.: ideias novas quando
apresentadas ao público podem ser comparadas a ideias/produtos já existentes;

 Perífrase – é a substituição de um nome ou termo por alguma característica marcante ou por


algo que tenha tornado célebre o local, a marca etc. Ex.: Cidade maravilhosa;
Figuras de linguagem

 Sinestesia – é a mistura de sentidos na construção da mensagem para uma melhor


percepção. Ex.: a criação de uma cena com fotografia, música e mensagem verbal alinhadas
para convencer mais facilmente;

 Hipérbole – é o exagero intencional na mensagem, produzindo uma sensação de impacto e


entusiasmo. Ex.: estou morrendo de saudades;

 Elipse – é a omissão de um termo implícito na mensagem, nos anúncios/filmes publicitários é


necessário ser mais enxuto na comunicação por uma questão de tempo ou espaço. Ex.: (eu)
exijo (quero receber) mais respeito;
Figuras de linguagem

 Inversão/hipérbato – consiste na inversão de termos na construção da mensagem,


permitindo um trocadilho. Ex.: os memes são o que há de mais presente nos dias atuais;

 Antítese – uso de palavras em sentidos opostos para dar ênfase em um ponto de vista. Ex.:
aqui você economiza, mas compra muito; viaje sem sair de casa;

 Personificação/prosopopeia – atribuir características humanas e qualidades a objetos


inanimados ou irracionais. Ex.: cachorros que falam, avatares etc.
Interatividade

“Todas as vezes que eu vou à Cidade Luz é como se fosse sempre a primeira vez”. A frase
construída incorre numa situação de figura de linguagem definida como:

a) Metáfora.
b) Perífrase.
c) Hipérbole.
d) Hipérbato.
e) Antítese.
Resposta

“Todas as vezes que eu vou à Cidade Luz é como se fosse sempre a primeira vez”. A frase
construída incorre numa situação de figura de linguagem definida como:

a) Metáfora.
b) Perífrase.
c) Hipérbole.
d) Hipérbato.
e) Antítese.
Referências

 ABREU, Antônio Suárez. Curso de Redação. São Paulo: Ática, 2006.


 FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto – Leitura e Redação.
São Paulo: Ática, 2004.
 PERISSE, Gabriel. Ler, pensar e escrever. São Paulo: Arte e Ciência, 2004.
ATÉ A PRÓXIMA!

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