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• O QUE É STORYTELLING?

STORYTELLING É ONIPRESENTE E DEFINITIVO


O storytelling é a arte de contar histórias usando técnicas de roteiro com começo,
meio e fim, para gerar emoção no público. Narrativas bem elaboradas incluem
desafios, tramas e elementos emocionais, criando uma conexão emocional com os
espectadores. O termo "storytelling" é composto por "story" (conjunto de memórias e
imaginações) e "telling" (expressão da história através da narrativa). Isso se aplica à
publicidade e marketing, onde histórias estratégicas são contadas para se alinhar
aos hábitos de consumo.
A evolução do storytelling é evidente nas mídias modernas, permitindo histórias
reais, fictícias ou de sucesso via marketing digital. Empresas como a Heineken e a
Nike usam histórias para criar identificação, fidelizar clientes, conquistar novos e
despertar emoções. A Nike, por exemplo, quebra barreiras e incentiva atitudes
positivas através de suas histórias, criando um sentimento de pertencimento e
realização de sonhos.
O storytelling com contexto é aplicável em plataformas digitais, como redes sociais,
e-mails e vídeos, desde que a narrativa e o contexto sejam bem apresentados para
evocar emoções no público-alvo.

O STORYTELLING É CAPAZ DE TRANSCENDER AS


PLATAFORMAS
STORYTELLING NA ATUALIDADE
A importância de desenvolver estratégias para estabelecer relacionamentos com a
audiência, especialmente no contexto empresarial. Para garantir vendas efetivas, é
crucial que as pessoas compreendam a relevância dos produtos ou serviços
oferecidos.
O storytelling está ganhando destaque como uma ferramenta poderosa, capaz de
atravessar plataformas e se firmar no mercado empresarial. Narrativas são eficazes
para transmitir ideias e comunicar, pois fornecem interpretações simbólicas e
culturais, atribuindo sentido e identidade à vida humana.
Com o advento tecnológico, os canais digitais se tornaram pontos de contato vitais,
e empresas que dominam essa técnica exploram o poder das histórias para criar
conexões emocionais com o público. O cérebro humano assimila informações de
maneira mais eficiente por meio de histórias, que também são naturalmente
compartilhadas entre as pessoas.
ATENÇÃO É A MOEDA DO SÉCULO
ATENÇÃO É TUDO NA COMUNICAÇÃO
O poder das histórias em sensibilizar e conquistar a atenção do público, superando
métodos tradicionais de comunicação empresarial. Empresas que adotam o
storytelling inovam ao focar em relações internas e externas, usando exemplos
como a abordagem de Jeff Bezos na Amazon, que substituiu apresentações em
Power Point por narrativas envolventes. A Jeep também é citada por usar
storytelling para transmitir valores e emoções em suas campanhas, como no caso
do modelo Renegade.
O storytelling vai além de narrar, exigindo contexto, estratégia e objetivo para
envolver as pessoas de forma espetacular e motivar ações. Assim como em filmes
ou séries, as histórias empresariais provocam emoções e incentivam ações do
público.

O PAPEL DAS NARRATIVAS


A importância do storytelling nas relações entre marcas e público. Ao adotar
abordagens personalizadas e humanizadas, as marcas transcendem sua função
comercial, buscando criar conexões emocionais e transformadoras com as pessoas.
Isso contrasta com abordagens puramente racionais, que enfatizam os mesmos
benefícios.
O autor menciona a criação de fãs de marcas, destacando a necessidade de
equilíbrio emocional para manter relacionamentos duradouros. Com a ascensão da
tecnologia, a publicidade evolui, requerendo o uso estratégico e autêntico do
storytelling para se conectar emocionalmente com a audiência. (KOTLER, 2003, p.
90).

A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM NO STORYTELLING


A LINGUAGEM COMO PILAR DO STORYTELLING
O uso do storytelling envolve considerar figuras de linguagem e vícios de linguagem.
Figuras como analogias e metáforas enriquecem a narrativa, enquanto vícios como
ambiguidade e cacofonia prejudicam a comunicação.
Figuras de linguagem: São frases expressivas que traduzem um sentimento, são
muito utilizadas em vídeos, textos, roteiros etc. São as analogias e as metáforas que
suprem as lacunas e ajudam a ampliar o significado, o que auxilia no entendimento
do usuário.
Vícios de linguagem: São desvios intencionais da língua, que geram desafios no
entendimento e até ruídos na comunicação. Os principais são a ambiguidade,
cacofonia, estrangeirismo, hiato, pleonasmo, arcaísmo e parequema.
Como exemplo, utilizamos a frase “estava perto de um banco”, mas seria banco da
praça ou banco financeiro? Isso se caracteriza como uma ambiguidade, onde uma
palavra tem mais de um entendimento.
Esses itens relativos à linguagem, se encaixam para criar uma conexão com o
ouvinte/leitor, fazendo com que ele se engaje na narrativa, com isso, o publico se
identifica com o discurso, pois percebe a semelhança do mesmo com o seu dia a
dia.

PÚBLICOS DIFERENTES NAS NOVAS MÍDIAS


Para definir um público-alvo para trazer narrativas alinhadas com a sua
necessidade, é preciso saber
• Dados demográficos: idade, estado civil, gênero, etnia, educação ou ocupação;
• Dados geográficos: país, região, estado, cidade e bairro;
• Dados psicográficos: personalidade, aversão ao risco, valores ou estilo de vida;
• Dados comportamentais: como utilizam o produto, lealdade ou benefícios que
estão procurando.

STORYTELLING É UMA COMUNICAÇÃO ADAPTADA AO PÚBLICO


As figuras de linguagem, como metáfora, símile e analogia, são utilizadas para
suprir lacunas nas histórias e ampliar o entendimento sobre ela.
Figuras de linguagem:
Símile: Compara elementos semelhantes usando comparativos, enriquecendo a
história. Exemplo: "é como mergulhar no rio e não se molhar."
Metáfora: Transmite significados complexos de forma concisa, relacionando
palavras a emoções. Exemplo: "as mãos que dizem adeus são pássaros que vão
morrendo lentamente."
Analogia: Associa duas ideias aparentemente diferentes, gerando compreensão.
Exemplo: "a felicidade é semelhante a uma bola: querem-na de todo jeito e, quando
a possuem, dão-lhe um chute."
Vícios de linguagem:
Estrangeirismo: Uso de palavras ou expressões de outro idioma. Exemplo: "tom
vintage" e "cool."
Ambiguidade: Frase com múltiplos sentidos possíveis. Exemplo: "você pode
confirmar se ela pode ir com a sua mãe?"
Cacofonia: Sequência de palavras que gera som desagradável. Exemplo: "uma
mão estava na mesa, outra no bolso" (soa como "mamão").
Regionalismo no storytelling:
Adaptar histórias ao público usando expressões locais, como "uai" em Minas Gerais.
Considerar público, canal de apresentação e coesão para comunicação impactante.
ATENÇÃO É A MOEDA DO SÉCULO
As histórias utilizam sinais, símbolos e arquétipos para criar reconhecimento e
empatia.
O storytelling pode ser dividido em quatro tipos:
Storytelling oral: Tradicional e poderoso, transmitindo tradições e costumes de
geração em geração. Utiliza entonação e ritmo para dar vida e emoção à narrativa,
como em podcasts.
Storytelling visual: Usa imagens para contar histórias, desde hieróglifos antigos
até animações contemporâneas, contextualizando a mensagem.
Storytelling escrito: Traduz a história para formas físicas como livros, preservando
registros para acesso futuro, como a saga Harry Potter.
Storytelling digital: Utiliza plataformas digitais como televisão, redes sociais
(TikTok, Instagram) e streaming (YouTube) para compartilhar histórias e
experiências em diversos formatos, aproveitando a tecnologia atual.
O objetivo é atrair o público, gerar confiança e simpatia, conectando-se por meio de
diferentes tipos de storytelling.

A ARTE DA PERSUASÃO
A persuasão é a habilidade de convencer a audiência sobre os benefícios de algo,
sem manipulação. Para isso, a linguagem consciente e intuitiva é crucial.
Os elementos da comunicação são:
• Emissor ou locutor: é quem elabora a mensagem.
• Receptor ou interlocutor: o público-alvo.
• Mensagem: texto verbal ou não verbal propriamente dito. É a estrutura textual,
que pode ser apresentada em diversos canais.
• Referente ou contexto: o assunto que perpassa o ato comunicativo, tudo que
envolve o que será contado.
• Canal ou veículo: o meio pelo qual a mensagem é divulgada, o seu veículo
condutor, como as redes sociais ou um material impresso, por exemplo.
• Código: é um conjunto de sinais socialmente compartilhados, de maneira que
tanto o locutor quanto o interlocutor entendam o significado da mensagem
A falta ou mau uso desses elementos causa ruído, prejudicando a comunicação.
No contexto de uma aula presencial de português, uma professora explica tempos
verbais aos alunos.
• A locutora é a professora.
• Os interlocutores são os alunos do curso.
• A mensagem são os tempos verbais que a professora aborda na aula.
• O referente são os elementos e exemplos que ela apresenta, relacionado ao
assunto da aula.
• O canal é a voz da professora e outros pontos de contato na sequência, como a
leitura de um livro indicado por ela.
• O código é a língua portuguesa.
• O ruído pode ocorrer quando a professora apresenta um tempo verbal nunca
ouvido antes pelos alunos, criando, assim, uma falha na comunicação.
Segundo especialistas, o cérebro humano tem duas formas de tomar uma decisão:
uma rápida e outra lenta.
Na comunicação com narrativas, é essencial compreender as experiências do
público para influenciar decisões, incluindo emoções como alegria, prazer e medo.
A LIGAÇÃO ENTRE A MENSAGEM E A TOMADA DE
DECISÃO
A comunicação desempenha um papel fundamental nos relacionamentos, facilitando
a empatia e a troca de informações.
No storytelling, a linguagem está ligada a diferentes aspectos da comunicação:
Foco no emissor: A linguagem expressa opiniões, sentimentos e desejos, com um
tom expressivo e emotivo.
Foco no receptor: A linguagem persuade e influência, buscando moldar o
pensamento do interlocutor, com uma abordagem mais apelativa.
Foco no contexto: A linguagem oferece informações, fatos ou situações como
referência na narrativa.
Foco na mensagem: A linguagem busca trabalhar a estética, tendo uma função
poética.
Foco no canal: A linguagem mantém a interação, atuando como contato e
manutenção da comunicação.
Foco no código: A linguagem é usada para explicar-se, com uma função
metalinguística que reflete sobre os recursos verbais e não verbais usados.
Na comunicação, o emissor envia uma mensagem ao receptor, que a interpreta por
meio de um canal e, assim, verifica sua compreensão do conteúdo apresentado.

STORYTELLING PERSUASIVO QUE LEVA A UMA DECISÃO


RÁPIDA
Para criar uma história persuasiva, é essencial atrair a atenção do público, entender
suas necessidades e gerar empatia.
Para isso, algumas técnicas de storytelling são fundamentais:
Empatia: Colocar-se no lugar da audiência para compreender suas necessidades e
oferecer so
luções adequadas, criando uma conexão emocional.
Motivos: Apresentar razões claras para que o público acredite na mensagem,
frequentemente utilizando dados de pesquisas de mercado para manter o interesse.
Argumentos de Autoridade: Utilizar depoimentos de clientes satisfeitos ou figuras
reconhecidas para reforçar os benefícios do produto ou serviço, gerando confiança.
Comparativos: Usar analogias e comparações para tornar os argumentos
compreensíveis e criar um vínculo emocional com o público.
Exclusividade: Convidar a audiência a fazer parte de uma comunidade exclusiva,
aproveitando o desejo de pertencimento, como exemplificado pela Apple.
Repetições: Repetir mensagens-chave para reforçar o posicionamento da marca e
garantir a clareza na compreensão do público.
A aplicação dessas técnicas é essencial para criar histórias envolventes que
influenciem o público a tomar decisões, como a compra de produtos ou serviços.

A LINGUAGEM DO STORYTELLING EM CADA MÍDIA


O STORYTELLING NA ESCRITA
Discute - se como as narrativas influenciam a capacidade de organização das ideias
no cérebro humano, baseando-se em racionalidade e consciência. Na cultura da
convergência, as novas tecnologias transformam nossas vidas e papéis, levando à
confusão entre heróis e vilões em narrativas da vida real ou virtual.
O autor Jenkins menciona a cultura da convergência como um fenômeno social em
que a comunicação cria storytelling transmídia, formando comunidades como a
Apple, com consumidores leais. Isso implica em como as narrativas midiáticas
modernas conectam pessoas e moldam nossa percepção do mundo.

O PODER STORYTELLING
O storytelling é uma técnica poderosa de envolver, ensinar e influenciar o público,
amplamente usada no marketing. Autores como Rubem Braga, Nelson Rodrigues e
Clarice Lispector aplicaram essa técnica em suas obras literárias.
Rubem Braga, conhecido por suas crônicas, utilizou o storytelling em "Crônicas".
Nelson Rodrigues, famoso dramaturgo brasileiro, empregou a técnica em "O
melhor de Nelson Rodrigues".
Clarice Lispector, renomada escritora, explorou cenas cotidianas e tramas
psicológicas em "Felicidade Clandestina".
Na publicidade, Washington Olivetto se destacou por seu uso criativo do
storytelling, como na campanha inovadora para o banco Itaú, envolvendo o público
com histórias simples e marcantes.

RELACIONAMENTO MAIS PRÓXIMO


O storytelling teve início na escrita e evoluiu com diversas mídias. A comunicação
transmídia surgiu com novas mídias, permitindo uma relação próxima entre marcas
e público, humanizando as mensagens.

OS VÍDEOS E AS HISTÓRIAS QUE CONECTEM COM A AUDIÊNCIA


A utilização do storytelling na escrita levou a novas oportunidades para outras
mídias, como os vídeos, que se tornaram altamente populares. A Volkswagen
explorou essa abordagem na campanha "Os últimos desejos da Kombi",
humanizando o icônico veículo e transmitindo valores de durabilidade e respeito ao
cliente.
Através de um site, a marca permitiu que os consumidores compartilhassem suas
histórias com a Kombi. A campanha culminou em um comovente vídeo em que a
Kombi homenageava seus proprietários, encerrando a história do veículo de
maneira emocional e próxima.

O STORYTELLING NAS PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS


O storytelling deve conectar emocionalmente com o público, o que é alcançado por
meio de:
Identificação: Criar personagens nos vídeos para gerar conexão com o público,
mostrando como a empresa atende às necessidades da audiência.
Valor Agregado: Com a exigência crescente do consumidor, o storytelling deve
transmitir benefícios além do produto/serviço, posicionando a marca de forma única.
Viralização: Uma história criativa aumenta o compartilhamento, ampliando o público
e a visibilidade, tornando crucial a clareza da oferta apresentada.

A CONSTRUÇÃO DO STORYTELLING NAS REDES SOCIAIS


No contexto da criação de conteúdo, a importância de contar histórias é
fundamental. Marcas frequentemente empregam histórias de duas maneiras
distintas:
Experiências do Consumidor: Compartilhando vivências de consumidores com a
marca, o que humaniza a conexão entre eles.
Propósito Maior: Comunicando um objetivo amplo do negócio, indo além dos
produtos e serviços, para criar um vínculo mais significativo.
Ambas as abordagens devem transcender as marcas, adaptando-se a formatos e
canais preferidos pelo público-alvo, para garantir que a mensagem seja facilmente
compreendida.

STORYTELLING NAS REDES SOCIAIS


A modernidade tecnológica trouxe o uso popular das redes sociais pelas empresas
para ampliar sua presença e atrair novos seguidores. Para utilizar o storytelling
nesse meio, as seguintes abordagens são essenciais:
Humanização da marca: Empresas devem estabelecer conexões próximas com o
público através de histórias que entendam suas necessidades. Exemplo: A Netflix
utiliza uma persona jovem e amigável para se comunicar.
Exploração de emoções: Publicações devem evocar emoções como desejo,
felicidade e curiosidade. Exemplo: Miley Cyrus usou conteúdo nostálgico para
aumentar o interesse em seu novo lançamento musical.
Criação de valor: Conteúdo informativo e educativo constrói uma comunidade e
ajuda nas vendas. Exemplo: Museu de Brinquedos da Fisher-Price usou um perfil no
Instagram para contar sua história e conectar-se com o público.
Uso de imagens e vídeos: Narrativas são reforçadas por mídia visual,
aproximando o público da marca. Exemplo: GNT compartilha bastidores e
processos de produção para envolver e convidar o público.
Comunicação estratégica: Planejamento cuidadoso cria uma jornada narrativa
com começo, meio e fim, utilizando estrutura e linguagem claras.
Dessa forma, as empresas podem aproveitar o storytelling nas redes sociais para
estabelecer conexões profundas com o público e atingir seus objetivos de forma
eficaz.

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