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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS - CSHNB
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DISCIPLINA: GEOCIÊNCIAS
DOCENTE: PROF.DR. PAULO VITCOR DE OLIVEIRA

ASTROBLEMAS
Maurício Gonçalves dos Santos
Sumário

Introdução;
Por que a Terra não é cheia de crateras, como
a Lua?;
Tipos de crateras de impacto;
Metamorfismo de impacto;
Crateras de impacto pelo mundo;
Os registros de impactos no Brasil;
Cones de estilhaçamento e Feições planares
de deformação;
Exercício de Fixação.
INTRODUÇÃO

Cratera de impacto ou astroblemas;

Astroblema é uma palavra derivada de dois radicais gregos


astron, que significa “astro” e blema, que quer dizer “cicatriz”;

Na atualidade são conhecidas e estudadas cerca de 170 crateras


de impacto no planeta terra.
Cratera de impacto em Winslow, Arizona, EUA.

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Existem cerca de 200 estruturas de impacto conhecidas na Terra, variando entre
poucos metros até centenas de quilômetros de diâmetro;

Em 2020, foi publicado um atlas com todas as estruturas de impacto conhecidas.

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Por que a Terra não é cheia de crateras, como a Lua?

Existem três explicações para a aparente ausência de crateras de impacto por aqui.

A primeira é que a Terra, ao contrário da maioria dos corpos do Sistema Solar, possui uma
atmosfera densa que serve como um “escudo protetor”. Muitos meteoritos perdem massa
graças ao atrito com a atmosfera e nem chegam a atingir a superfície;

A segunda explicação é que a Terra, também diferente dos outros corpos, possui processos
geológicos bastante ativos e dinâmicos, que “apagam” os registros de impacto na superfície; Google imagem

A última razão é que quase 70% da superfície do planeta é


coberta por oceanos e mares, que não preservam o registro de
crateras por muito tempo.
A superfície lunar possui milhares de crateras de impacto, pois
o satélite não possui atmosfera;

A ausência de atmosfera faz com que qualquer


meteorito, por menor que seja, atinja a superfície;

Isso não ocorre na Terra, pois apenas meteoritos


de tamanho considerável conseguem chegar à
superfície sem terem sido completamente
desintegrados ao passarem pela atmosfera.

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Tipos de crateras de impacto

TIPO SIMPLES

Crateras de impacto de morfologia “simples” têm depressões


em forma de tigela e, na maioria dos casos, com paredes lisas.
Este tipo de cratera, geralmente tem sua profundidade cerca de
20% do seu diâmetro.

Imagem: esquema em "corte" de uma Cratera de Impacto Simples - zoomschool.com.


Foto: exemplo de Cratera de impacto Simples - HERIGONIUS.
Tipos de crateras de impacto

tipo complexa:
Crateras de impacto “complexas” geralmente têm
diâmetro de até 175 Km.

Imagem: esquema em "corte" de uma Cratera de Impacto Complexa - zoomschool.com. Foto: exemplo de Cratera de Impacto Complexa - COPERNICUS.
Tipos de crateras de impacto

"Bacias" de Impacto (Impact Basin)

Foto: Mare Imbrium, Montes Apenninus e Montes Caucausus,


Imagem: Os anéis concêntricos da bacia NECTARIS
Metamorfismo de impacto
A morfologia e a estrutura da cratera de impacto de
meteorito permitem distingui-la da cratera resultante de
explosão vulcânica.

A cratera de impacto é um tipo de estrutura que apresenta


em seu interior, rochas profundamente modificadas pelo
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metamorfismo de impacto.

A energia, a pressão e o calor resultantes do impacto, têm


o poder de provocar a desintegração do meteorito e de
fundir as rochas do local atingido, em alguns instantes.

Em regiões como o citado Astroblema do Arizona, o


impacto provocou o metamorfismo das rochas e solos ali
presentes em rochas
Havaí Google imagem
Crateras de impacto pelo mundo

Vredefort – África do Sul – 300 km de diâmetro;


Sudbury – Canadá – 250 km de diâmetro;
Chicxulub – México – 170 km de diâmetro - causada pelo impacto de um
meteoro há 66 milhões de anos, que causou a extinção de inúmeras
espécies, incluindo os Dinossauros;
Shark Bay – Austrália – 120 km de diâmetro;
Popigai – Rússia – 100 km de diâmetro.
Há crateras de impacto no Brasil?
Os registros de impactos no Brasil

Araguainha – Goiás e Mato Grosso – 40


km
São Miguel do Tapuio – Piauí – 22 km
Vargeão – Santa Catarina – 12 km
Piratininga – São Paulo – 12 km
Serra da Cangalha – Tocantins – 12 km
Cerro Jarau - Rio Grande do Sul - 10 km
Santa Marta - Piauí - 10 km
Vista Alegre - Paraná - 9,5 km
Nova colinas - Maranhão - 7 km
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Riachão – Maranhão – 4,5 km
Domo de Araguainha

A estrutura é conhecida desde a década de 1970,


graças a estudos exploratórios para petróleo e gás
pela Petrobras.

Período que inclui a transição entre os períodos


geológicos Permiano e Triássico.

O corpo celeste que originou a cratera


provavelmente foi um asteroide de 1,5 a 3
quilômetros de diâmetro.

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Cones de estilhaçamento
Eles são o único tipo de deformação
exclusivamente formada por impactos
meteoríticos que pode ser visto a olho
nu.

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Feições planares de deformação


Elas são bastante comuns no Domo de
Araguainha e ocorrem principalmente
nos fragmentos de rocha que formam
as brechas de impacto.

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Domo de São Miguel do Tapuio
Localizada no estado do Piauí;
diâmetro de aproximadamente 22 km;
Sua morfologia é assimétrica nas escarpas, bastante íngreme,
elevada ao oeste e suave no sudeste.

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CRATERA SANTA MARTA (GILBUÉS – PI)

Diâmetro da cratera: 10 km

final do período Cretáceo, há 65


milhões de anos.

Bacia do Parnaíba e São


Franciscana

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(VASCONCELOS, 2012).

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MARTINS et al., 2016


Exercício de Fixação
01. Existem três hipóteses para explicar a aparente ausência de
crateras de impacto aqui na terra. Cite pelo menos duas dessas
características.
02. Quais foram os três tipos de crateras de impacto citados
na aula de hoje?
03. Para identificar uma cratera de impacto é necessário se
atentar a algumas umas estruturas que só são encontradas
nessas regiões. quais são elas?.
Referências
CORREIO POPULAR. Cratera no Piauí marca o fim de uma era, diz estudo. Disponível em:
<https://correio.rac.com.br/cratera-no-piaui-marca-o-fim-de-uma-era-diz-estudo-1.939982>. Acesso em:
20 nov. 2023.

MARTINS, J.A; DE CASTRO, N.A; BRANCO, R.M.G.C. A morfologia superficial da estrutura circular de
São Miguel do Tapuio (Piauí-BR) e casos similares no território brasileiro. Geosciences=Geociências, v.
35, n. 2, p. 183-202, 2016.

VASCONCELOS, M.A.R. Estudo geofísico de quatro prováveis estruturas de impacto localizadas na


bacia do Parnaíba e detalhamento geológico/geofísico da estrutura de Serra da cangalha/TO. 2012.
Tese (Doutorado em Geociências) - Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, São
Paulo, 2012.

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