A nicotina do cigarro chega ao cérebro em aproximadamente 10 segundos,
onde alimenta os receptores das células cerebrais capazes de reconhecê-la. Nesse exato momento são liberados os neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer. Por ser uma substância psicoativa, a nicotina produz alterações no Sistema Nervoso Central que modificam o estado emocional e comportamental do fumante, causando dependência química.
A maioria dos fumantes acendem o primeiro cigarro por curiosidade e de forma
recreativa, durante a juventude. A necessidade de autoafirmação e busca por prazer imediato deixam o indivíduo vulnerável à influência de amigos, ídolos e pessoas próximas. É comum acreditarem que serão capazes de manter o controle sobre seu uso, da frequência à quantidade, pois a população em geral não trata o tabagismo como doença.
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A dependência do fumante se torna complexa à medida que a sensação de prazer oferecida pelo cigarro vira uma alternativa imediata para escapar de emoções desagradáveis. É mais fácil fugir destas emoções negativas do que ter que lidar com a realidade delas e suas causas. Assim, o tabagismo funciona como “automedicação” contribuindo para um ciclo vicioso, uma vez que o problema que causa a emoção negativa não é resolvido, apenas disfarçado.
O cigarro surge em situações boas e
ruins e o fumante passa a enxergá- lo como algo familiar e confortável. O hábito de fumar é uma associação entre a dependência física e o comportamento do fumante, sendo possível até observar situações que se tornam gatilhos como a percepção de isolamento social, sentimento de tristeza, desânimo e experiências estressantes, assim como a ansiedade e a impulsividade. O cigarro torna-se a válvula de escape para suportar situações desagradáveis.
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Além dos prejuízos relacionados à dependência, confira outras consequências deste hábito para a saúde:
A fumaça do cigarro que fica no ambiente é muito
prejudicial para quem inala. Ela contém em média 3x mais nicotina, 3x mais monóxido de carbono e até 50x mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala. O fumante passivo pode ainda sofrer reações alérgicas, como: rinite, tosse, conjuntivite e crises de asma, além de doenças pulmonares se a exposição for prolongada.
Em mulheres o tabagismo reduz a taxa de
fertilidade de 75% para 57%, com um maior risco de menopausa precoce e 30% mais chances de infertilidade. Além disso, a mulher fumante tem mais riscos de complicações na gravidez.
Os bebês de mães fumantes possuem o
dobro de chance de nascer com baixo peso, podem apresentar uma redução de sua função pulmonar e têm mais chances de contrair infecções respiratórias.
Em homens a dependência do cigarro aumenta
o risco de impotência sexual e câncer de pênis.
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O consumo de cigarro prejudica muito a autoestima à medida que provoca o surgimento de rugas, manchas amarelas e ressecamento da pele e cabelos. Além disso, deixa os dentes amarelados, gera mau hálito e aumenta o acúmulo de placa bacteriana, favorecendo o surgimento de doenças na boca.
Fumantes têm menor resistência física,
menos fôlego e um desempenho reduzido nas atividades físicas, quando comparado aos não- fumantes.
O cigarro compromete a rotina do indivíduo, pois
uma série de gatilhos no dia a dia o resgatam e aprisionam na vontade de fumar.
Quem fuma tem o risco 10x maior de
desenvolver câncer de pulmão, 5x maior de ter bronquite, enfisema pulmonar e infarto, além de 2x mais chances de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Outras doenças como hipertensão, trombose vascular, úlcera e infecções respiratórias também são influenciadas pelo cigarro. A boa notícia é que o ato de parar já reduz expressivamente os riscos e devolve o bem-estar físico e emocional.
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Pessoas que deixam de fumar passam a ter uma visão mais positiva da vida e apresentam menos sentimentos relacionados a depressão e ansiedade. Porém, abandonar o cigarro não é uma tarefa fácil pois quem fuma precisa enfrentar os efeitos da dependência química.
Ao tentar deixar o hábito, o fumante se defrontará com grandes desconfortos
físicos e psicológicos que trazem sofrimento e que podem impor a necessidade de várias tentativas até que finalmente consiga abandonar o hábito. Por este motivo buscar tratamento especializado é a melhor maneira de obter apoio para uma cessação eficaz deste vício. O médico poderá avaliar e acompanhar as necessidades de cada caso durante todo o processo. Se você fuma e precisa de ajuda para abandonar este hábito, procure este suporte.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta tratamento gratuito aos
dependentes da nicotina como parte do Programa Nacional de Controle do Tabagismo. Para saber mais sobre o tratamento ligue 136.
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