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AGOSTO 2004
APRESENTAÇ Ã O
O desenvolvimento do Plano Diretor de Guaratuba teve como primeira etapa a compilaçã o de uma
sé rie de dados socioeconômicos e físico-territoriais referentes à realidade do Município, reunidos
no volume denominado Diagnóstico, elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Territorial do
Litoral Paranaense – Conselho do Litoral – e Prefeitura Municipal de Guaratuba, que antecede o
presente volume. No Diagnóstico, os dados levantados foram apresentados na forma de textos,
tabelas, grá ficos, mapas e fotos, formando um documento completo, que, alé m de subsidiar a
elaboraçã o do Plano Diretor, servirá como fonte de consulta e referê ncia tanto para a Administraçã o
Municipal como para a iniciativa privada.
Secretaria Municipal do Bem Estar Social ........................................................Ivone Maria Corrê a dos Santos
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EQUIPE TÉ CNICA
Consultora..................................................................................................................................Letícia Hardt
EXECUÇ Ã O
CREA-PR 12.212/F
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ÍNDICE
4.1 Saúde____________________________________________________________ 19
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6 Instrumentos __________________________________________________________ 61
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vii
Define-se como instrumento de gestã o contínua para a transformaçã o positiva do município e seu
território, cuja funçã o é estabelecer as diretrizes e pautas para a açã o pública e privada, com o
objetivo de garantir as funções sociais do município. Será configurado em forma de lei, para ser
apreciada pelo Conselho do Litoral (instituído pelo Decreto Estadual Nº 4.605, de 26 de dezembro
de 1984) e aprovada pela Câ mara Municipal de Vereadores de Guaratuba, para, entã o, a Lei de Uso
e Ocupaçã o do Solo ser sancionada pelo Governador do Estado, por meio de Decreto Estadual.
Esta proposta foi elaborada para uma perspectiva de mé dio prazo, ou seja, dez anos, estando
sujeito a reavaliações periódicas, a cada 5 (cinco) anos ou sempre que fatos significativos o
requeiram, de acordo com o Artigo 39§ 3° da Lei Federal No 10.257, de 10 de julho de 2001 -
Estatuto da Cidade.
Alé m da abrangê ncia, dentro do processo de planejamento e gestã o municipal, o Plano Diretor
define os seguintes aspectos:
c. zoneamento urbanístico;
III. ordenar o uso e ocupaçã o do solo, em consonâ ncia com a funçã o socioeconômica da
propriedade, com vistas a garantir condições de conforto ambiental, privacidade e segurança.
Para o alcance deste objetivo, tem-se como metas:
IV. promover a equilibrada e justa distribuiçã o espacial da infra-estrutura urbana e dos serviços
públicos essenciais, visando:
a. garantir a plena oferta dos serviços de abastecimento de á gua potá vel e de coleta dos
esgotos sanitá rios em toda a á rea urbanizada do Município;
VI. compatibilizar o uso dos recursos naturais e cultivados, alé m da oferta de serviços, com o
crescimento urbano, de forma a controlar o uso e ocupaçã o do solo;
VII. evitar a centralizaçã o excessiva de serviços, com base na criaçã o de corredores de serviços;
d. adotar prá ticas de comunicaçã o social que evidenciem os atrativos turísticos do Município.
IX. proteger o meio ambiente, e com ele o ser humano, de qualquer forma de degradaçã o
ambiental, mantendo a qualidade da vida urbana e rural, com as finalidades de:
XI. intensificar o uso das regiões bem servidas de infra-estrutura e equipamentos para otimizar o
seu aproveitamento;
XII. direcionar o crescimento da cidade para á reas propícias à urbanizaçã o, evitando problemas
ambientais, sociais e de trâ nsito;
XV. promover a integraçã o da açã o governamental municipal com os órgã os federais e estaduais,
assim como com a iniciativa privada;
a. aperfeiçoar o modelo de gestã o democrá tica da cidade por meio da participaçã o dos vá rios
segmentos da comunidade na formulaçã o, execuçã o e acompanhamento dos planos,
programas e projetos para o desenvolvimento da cidade;
A propriedade urbana cumpre sua funçã o social quando atende, simultaneamente, segundo
crité rios e graus de exigê ncia estabelecidos no Plano Diretor, no mínimo, aos seguintes requisitos:
A propriedade urbana deve atender a funçã o social da propriedade mediante sua adequaçã o à s
exigê ncias fundamentais de ordenaçã o da cidade, expressas no Plano Diretor, compreendendo:
VI. o acesso à moradia digna, com a adequada oferta de habitaçã o para as faixas de
baixa renda;
Esta açã o objetiva alterar e complementar a Lei Municipal N° 770, de 13 de maio de 1997 (Sistema
Organizacional do Poder Executivo do Município de Guaratuba), priorizando a implementaçã o da
reforma administrativa de acordo com as seguintes diretrizes:
a. devido à s características ambientais, onde 95% do território está inserido na APA (Á rea
de Proteçã o Ambiental) Estadual de Guaratuba, e à existê ncia de dois parques: Parque
Estadual do Boguaçu e Parque Nacional Saint Hilaire/Lange, criar e estruturar a
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, à qual deverá ser vinculado o IAG (Instituto
Ambiental de Guaratuba);
b. fornecer estrutura adequada para que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente possa
atender os objetivos estabelecidos no Plano Diretor, por meio da implantaçã o de infra-
estrutura, equipamentos e adequado quadro té cnico (com profissionais das á reas de
Biologia, Geografia Engenharia Florestal, Engenharia Ambiental etc.);
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VII. modernizar e adequar a estrutura tributá ria, visando o aumento da capacidade arrecadadora,
respeitados os princípios da justiça fiscal e da capacidade contributiva;
X. adotar prá ticas de comunicaçã o social que estimulem tanto o conhecimento da cidade e de
seus atrativos quanto os serviços e as oportunidades que ela oferece.
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3.1 TURISMO
O Poder Executivo, por meio da Secretaria Municipal de Esporte e Turismo, Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Obras, Viaçã o e Serviços e Secretaria Municipal de
Urbanismo, em conjunto com os Conselho Municipais de Urbanismo e Meio Ambiente e o
Guaratuba Turismo, darã o prioridade ao turismo como fator estraté gico de desenvolvimento
econômico e social do Município de Guaratuba, de acordo com as seguintes diretrizes:
II. ordenar o crescimento urbano ao longo das faixas de praia e no entorno sul da baía;
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XI. criar um sistema de identificaçã o visual de informações sobre locais de turismo que
facilite o reconhecimento dos pontos turísticos;
XII. adequar o mobiliá rio urbano à uma identidade visual característica do Município;
XIV. incentivar a instalaçã o de comé rcio de artesanato, doces, queijos, cerâ mica e
iguarias locais;
XV. dotar as á reas de maior fluxo com equipamentos de apoio ao turista e à populaçã o
local, como: bebedouros, banheiros com duchas para banhistas, telefones públicos
ou mesmo postos telefônicos;
3.2 MARICULTURA
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por intermé dio do Instituto Ambiental de Guaratuba, e em
conjunto com o Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, darã o prioridade ao
desenvolvimento da maricultura como fator estraté gico e alternativo de desenvolvimento econômico
e social do Município, de acordo com as seguintes diretrizes:
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IV. punir e desenvolver educaçã o ambiental para que sejam evitadas pescas predatórias e
respeitados os períodos de reproduçã o;
VI. emitir licenças e autorizações para prá ticas da maricultura, como forma de controle desta
atividade pelo Município;
VII. determinar parâ metros e normas para a pesca profissional para o seu devido respeito à s
á reas destinadas aos pescadores artesanais;
VIII. promover políticas econômicas de incentivo à exportaçã o para outros estados ou mesmo
outros países;
IX. dotar de infra-estrutura adequada no Município para que possa constituir um centro de
recepçã o e escoamento do pescado, mariscos, ostras etc.;
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IV. viabilizar té cnicas de cultivo com uso mínimo de agrotóxicos nas atividades agrícolas
rentá veis, como banana, arroz irrigado, gengibre e mandioca;
VII. manter os plantios de Pinus sp. somente onde seja respeitada a legislaçã o ambiental;
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XX. disciplinar o uso e ocupaçã o do solo na á rea rural, com base no mapeamento da vocaçã o
agrícola, agro industrial e turística da regiã o;
XXI. estabelecer um programa de melhoria e conservaçã o do sistema viá rio rural, garantindo
melhores condições para o escoamento da produçã o e també m incentivando o turismo rural
e ecológico;
XXII. considerar no Código de Posturas, aspectos específicos da á rea rural, para que as relações
de vizinhança sejam orientadas e estabelecidas, garantindo o acesso à s propriedades, a
manutençã o de estradas, a eletrificaçã o das residê ncias e das vias públicas, o abastecimento
de á gua, a adequada destinaçã o do lixo e esgoto, dentre outros benefícios;
XXIV. fiscalizar a extraçã o minerá ria em á reas agrícolas e de proteçã o ambiental, em conformidade
com os órgã os ambientais das esferas municipal, estadual e federal;
XXVI. viabilizar a participaçã o ativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Instituto Ambiental
de Guaratuba e Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente da gestã o da á rea rural,
em conjunto com o Conselho Gestor da APA de Guaratuba;
XXVII. garantir e fiscalizar as atividades realizadas dentro dos limites do município, inclusive da APA
de Guaratuba.
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II. estimular as parcerias com o setor privado para a instalaçã o de cursos profissionalizantes
e programas de treinamento para o turismo, inclusive o turismo ecológico;
III. apoiar a ampliaçã o de cursos universitá rios, atendendo, quando possível, os setores de
desenvolvimento local;
IV. criar programa de intercomunicaçã o empresa / escola, a fim de que os egressos de cursos
superiores possuam experiê ncia profissional e possam enquadrar-se mais facilmente no
mercado de trabalho;
3.5 MARINAS
O termo “marina” é uma designaçã o gené rica adotada internacionalmente para instalações fixas de
apoio à s embarcações de recreio. Implica em um conjunto de serviços especializados e facilidades
aos usuá rios, nã o podendo ser confundida com simples atracadouro e/ou ancoradouro.
O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, do Instituto Ambiental
de Guaratuba (IAG) e da Secretaria Municipal de Urbanismo, será responsá vel pelo ordenamento
das marinas no Município de Guaratuba, a partir das seguintes diretrizes:
II. estabelecer convê nio com órgã os federais e estaduais, especialmente Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová veis (IBAMA), Instituto Ambiental do
Paraná (IAP) e Secretaria do Patrimônio da Uniã o (SPU), que atuam na questã o de licenças
e autorizações para instalações de marinas;
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IV. exigir estudos ambientais e de impacto, de acordo com o porte e serviços prestados, a
crité rio do órgã o ambiental Municipal, Estadual e Federal. Solicitar no mínimo Plano de
Controle Ambiental (PCA) e Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS).
VI. após a realizaçã o do cadastramento será realizada juntamente com os órgã os Federal e
Estadual uma aná lise das situações irregulares e estudos para a possibilidade de
regularizaçã o;
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4.1 SAÚ DE
VI. solucionar questões como desnutriçã o, falta de higiene e saneamento bá sico, evitando a
incidê ncia de doenças como meningites, hepatite viral A e tuberculose;
VII. manter e ampliar o serviço de assistê ncia farmacê utica oferecido pelo Município à
populaçã o, fornecendo-lhe gratuitamente remé dios que compõem a farmá cia bá sica. A
medicaçã o poderá ser adquirida com recursos do Paraná Consórcio e contrapartida
municipal. O Município poderá adquirir també m outros medicamentos que nã o constam da
farmá cia bá sica, atendendo parcialmente a demanda local;
VIII. ampliar a participaçã o popular na elaboraçã o e execuçã o das políticas públicas de saúde,
sendo de competê ncia do Conselho Municipal de Saúde, a formulaçã o de estraté gias, a
implementaçã o do Código Sanitá rio e o controle da execuçã o da política pública de saúde
do Município, inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros;
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4.2 EDUCAÇ Ã O
I. investir no ensino fundamental, de forma a garantir que nenhuma criança em idade escolar
esteja fora da escola, sendo-lhe garantida vaga próxima à sua residê ncia e ensino com
qualidade e atualidade. Para tanto, é previsto que:
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4.3 CULTURA
O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal de Educaçã o e Cultura, em conjunto com
o Conselho Municipal da Educaçã o e Cultura e o Instituto Histórico Cultural de Guaratuba,
promoverá o desenvolvimento de programas de acesso à cultura, de acordo com as seguintes
diretrizes:
IV. identificar á reas e bens que constituem o patrimônio histórico e cultural do Município, com
base em estudos e planos específicos. Neste â mbito, podem ser destacadas as seguintes
ações:
VI. promover a atividade cultural nas escolas, a partir de programas e projetos elaborados pelo
Município em conjunto com o Conselho Municipal de Educaçã o e Cultura.
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O Poder Executivo, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Turismo, do Conselho Municipal
de Educaçã o e Cultura e da Guaratuba Turismo, promoverã o o esporte e a recreaçã o de acordo
com as seguintes diretrizes:
I. implantar ou manter quadras esportivas, giná sios de esportes e á reas de lazer, em á reas
públicas ou em bairros com maiores carê ncias;
4.5 AÇ Ã O SOCIAL
O Pode Executivo, por meio da Secretaria Municipal de Bem-Estar Social e em parceria com outras
instituições ou associações, desenvolverá programas de inclusã o social, conforme as seguintes
diretrizes:
II. garantir a justa aplicaçã o da renda pública, criando condições para melhores condições de
vida na cidade;
III. garantir a segurança para viver, trabalhar, estudar, circular, investir e praticar o lazer,
criando alternativas para o Município;
IV. priorizar a aplicaçã o dos investimentos públicos à queles grupos sociais ou à quelas á reas
do Município menos atendidas ou que se encontrem abaixo das condições mínimas de
qualidade de vida;
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VI. estimular parcerias com a iniciativa pública e privada nas atividades comunitá rias e de
inclusã o social;
4.6 TRIBUTOS
O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal da Fazenda e da Secretaria Municipal de
Administraçã o, promoverá a revisã o do Código Tributá rio Municipal, observando a sua competê ncia
na instituiçã o e cobrança de impostos, taxas e contribuiçã o de melhoria, de acordo com as
seguintes diretrizes:
I. atualizar a Planta Gené rica de Valores com base na atualizaçã o do Cadastro Té cnico
Municipal. Sob esta ótica, destacam-se:
II. desenvolver programa de regularizaçã o imobiliá ria de acordo com as demais disposições
da lei proposta;
IV. definir, após a atualizaçã o da Planta Gené rica de Valores, a á rea de cobrança do IPTU
progressivo dentro do perímetro definido, conforme Mapa em anexo, como sendo a Á rea
de Consolidaçã o Urbana, seguindo crité rios e parâ metros definidos nesta proposta e lei
específica.
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O Poder Executivo, por meio da Comissã o Municipal de Defesa Civil (COMDEC) e Assessoria de
Planejamento, atuará no â mbito da segurança pública, com base nas seguintes diretrizes:
II. prevenir crimes e delitos usuais no Município, como furtos residenciais e trá fego de
drogas, agravados na é poca de temporada. Neste contexto, sã o previstos:
a. realizar parcerias com outros órgã os, nas esferas estadual e federal;
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VI. mapear as á reas ambientalmente frá geis, de forma a especificar os usos adequados
relativos ao solo, procurando preservar ou restabelecer a vegetaçã o e há bitats originais;
VIII. preservar os espaços públicos disponíveis para utilizaçã o coletiva, buscando ampliar a
oferta de espaços qualificados, integrados ao ambiente natural e destinados ao convívio,
lazer e cultura da comunidade;
IX. restringir o uso e a ocupaçã o dos fundos de vale, das á reas sujeitas à inundaçã o, dos
locais de declividade acentuadas, das cabeceiras de drenagem e das florestas e á reas
verdes significativas;
X. adotar medidas que contribuam para a reduçã o dos níveis de poluiçã o e de degradaçã o
ambiental e paisagística;
XI. capacitar funcioná rios dos órgã os ambientais competentes para o exercício do
licenciamento ambiental dos empreendimentos a serem implantados no Município,
especialmente nas á reas de maior vulnerabilidade, onde a ocupaçã o será controlada por
meio de diretrizes emanadas do poder público, por meio da exigê ncia de Plano de Controle
Ambiental (PCA), - Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório (EIA/RIMA),
Relatório Ambiental Pré vio (RAP), Estudo de Impacto sobre a Vizinhança ou outros
estudos ambientais pertinentes;
XII. estabelecer crité rios e diretrizes para a elaboraçã o do Estudo de Impacto sobre a
Vizinhança,
XIV. adotar programa de despoluiçã o dos córregos, promovendo a separaçã o das descargas do
sistema de coleta de esgotos destes cursos d`á gua;
XV. desenvolver programa de educaçã o ambiental junto à s escolas da rede pública e particular,
objetivando, inclusive:
XVI. incrementar a arborizaçã o em vias, equipamentos públicos, fundos de vale e vá rzeas, com
espé cies adequadas;
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XVII. cumprir, quando possível e em acordo com os vá rios níveis da gestã o pública, as diretrizes
estabelecidas nos planos e outros produtos de planejamento ambiental ou relacionados,
como: a Agenda 21, Projeto Orla, Planos de Manejo, Zoneamentos Costeiros; Programas
de Arborizaçã o, Á reas Verdes e Unidades de Conservaçã o; Plano Anual de Defesa do Meio
Ambiente e Plano de Comunicaçã o Visual, dentre outros;
O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, observará as seguintes diretrizes em relaçã o aos recursos hídricos e ao
abastecimento de á gua:
III. fomentar o re-uso da á gua para fins menos nobres, tais como descargas em edifícios
públicos, escolas e indústrias, formulando programas específicos para esta finalidade;
IV. impedir a abertura de novos loteamentos em á reas onde nã o haja o abastecimento por
á gua canalizada tratada, evitando a abertura de poços artesianos;
VI. garantir a plena oferta dos serviços de abastecimento de á gua potá vel, em toda da á rea
urbanizada do Município, assegurando a qualidade e regularidade na oferta dos serviços,
assim como acompanhamento e atendimento da evoluçã o da demanda;
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I. garantir a manutençã o das vá rzeas dos córregos urbanos como á reas de preservaçã o, de
maneira a suportar as cheias dos córregos sem prejuízos humanos;
IV. manter os leitos naturais dos córregos e rios, mesmo em á rea urbana, evitando
canalizações fechadas e construções de vias sobre córregos, procedimentos estes que
podem provocar enchentes;
VI. Atualizar o Plano Diretor de Drenagem da cidade de Guaratuba, com base no Plano Diretor
de Drenage,m elaborado pela SUDERHSA, de forma a administrar a implantaçã o de
loteamentos, manter o respectivo cadastro da rede de drenagem na Prefeitura e possibilitar
ao poder público o gerenciamento e manutençã o dos canais, alé m de possibilitar a
incorporaçã o da rede hídrica natural ao sistema de drenagem de á guas pluviais.
II. garantir a plena oferta dos serviços de coleta dos esgotos sanitá rios e demais serviços de
infra-estrutura urbana de interesse público, em toda a da á rea urbanizada do Município,
assegurando a qualidade e regularidade na oferta dos serviços, assim como
acompanhamento e atendimento da evoluçã o da demanda, principalmente na é poca de
veraneio;
III. fiscalizar as ligações de esgoto, impedindo que as mesmas se façam nas redes de á guas
pluviais;
II. garantir, de forma satisfatória, a demanda de coleta de lixo na cidade, com especial
atençã o nas é pocas de veraneio;
III. dotar e manter o aterro sanitá rio existente com infra-estrutura adequada e compatível com
tal atividade, como: isolamento da á rea, controle de acesso, sistema de drenagem de
percolado e de gases;
VI. criar um sistema municipal de coleta e disposiçã o adequada de entulho, divulgando esses
programas, de maneira a evitar que o entulho de construções e de poda de vegetaçã o seja
disposto irregularmente em terrenos vazios e sítios rurais;
VII. promover, em parcerias com outras secretarias, soluções para as famílias instaladas
próximo ou sob á rea de lixã o.
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III. adequar os tipos de luminá rias da iluminaçã o pública, bem como a extensã o da rede a
todas as regiões do Município;
O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal de Obras, Viaçã o e Serviços, observará
as seguintes diretrizes em relaçã o ao sistema viá rio:
I. garantir o acesso a todos os bairros do Município por via pública pavimentada e integrada
à malha viá ria principal;
II. implementar estudos para o novo sistema viá rio, regulamentado por Lei Ordiná ria;
III. promover a criaçã o de um eixo viá rio turístico ao longo das avenidas Visconde do Rio
Branco e Sã o Paulo, com a implantaçã o de ciclovia, mobiliá rio urbano e paisagismo.
IV. promover a implantaçã o da Avenida Paraná em trê s etapas. A primeira deverá ser
concluída em 24 meses, sendo que a segunda e a terceira, juntas,em mais 36 meses,
contados a partir da publicaçã o da Lei do Plano Diretor e da Lei Ordiná ria do Sistema
Viá rio, conforme figura abaixo:
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c. garantir acesso a outros balneá rios, como: Caiobá , Praia de Leste e Itapoá , dentre
outros;
II. garantir o atendimento de transporte em horá rios especiais, como nos finais de semanas e
feriados, inclusive, visando:
III. garantir e manter o transporte escolar público para alunos dos ensinos fundamental,
mé dio, e superior, assim como da á rea urbana e rural. Para tanto, prevê -se:
V. descongestionar o trâ nsito do Centro Histórico, controlando e limitando o trá fego pesado.
VI. Garantir o atendimentos de transporte coletivo, no mínimo, entre os horá rios das 05:00 até
à s 23:00.
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II. A empresa detentora da concessã o para operaçã o de balsas (ferry boat) deve garantir o
transporte de pessoas, veículos e cargas (com destino ou origem em Guaratuba), na
travessia da baía de Guaratuba, onde o Poder Público deverá :
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II. ofertar equipamentos urbanos comunitá rios, transporte e outros serviços públicos
adequados aos interesses e necessidades da populaçã o e à s características locais;
IV. promover a regularizaçã o fundiá ria e a urbanizaçã o de á reas ocupadas por populaçã o de
baixa renda, mediante o estabelecimento de normas especiais de uso e ocupaçã o do solo
e utilizaçã o dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade, considerando a situaçã o
socioeconômica da populaçã o e as normas ambientais;
VI. adotar as diretrizes de parcelamento do solo determinadas por lei específica, prevendo-se:
a. criar novos parâ metros para definiçã o das á reas públicas na aprovaçã o de novos
loteamentos, em que seja considerada a densidade de ocupaçã o;
d. estabelecer a definiçã o, pelo poder público, da localizaçã o das á reas públicas, por
ocasiã o do fornecimento de diretrizes para os loteamentos;
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VII. estabelecer o prazo de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir da publicaçã o da Lei
do Plano Diretor, para os proprietá rios dos loteamentos considerados regulares nã o
implantados para realizar a sua implantaçã o parâ metros já aprovados, atendida a
legislaçã o ambiental vigente. Quando do vencimento deste prazo, o proprietá rio deverá
iniciar um novo processo de licenciamento para a implantaçã o de parcelamentos,
obedecendo aos parâ metros definidos pela nova lei específica;
VIII. estabelecer o prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir da publicaçã o da Lei do Plano
Diretor, para o Poder Público empenhar-se em firmar convê nio com os cartórios de
registro de imóveis, visando à padronizaçã o nos procedimentos e na documentaçã o
relativos à aprovaçã o e ao registro do loteamento.
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O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal de Urbanismo, da Secretaria Municipal
do Bem-Estar Social, da Secretaria Municipal de Obras, Viaçã o e Serviços, da Assessoria de
Planejamento, da Procuradoria Geral do Município e do Conselho Municipal de Urbanismo e Meio
Ambiente, desenvolverã o o Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria e respectivos programas,
nos termos da legislaçã o federal aplicá vel, seguindo as seguintes diretrizes:
II. estabelecer parceria com o Ministé rio Público para o desenvolvimento do Plano Municipal
de Regularizaçã o Fundiá ria, devendo o Município acionar e consultar a Corregedoria Geral
da Justiça do Estado do Paraná ; com vistas a ajuizar ações judiciais para soluçã o dos
problemas de regularizaçã o fundiá ria, a exemplo de cassaçã o de loteamentos irregulares,
ações de usucapiã o coletivas etc.;
III. firmar convê nios com os cartórios de registros de imóveis, visando o barateamento
(descontos) nos registros dos títulos de terra objetos de regularizaçã o;
IV. instituir, para a elaboraçã o e execuçã o do Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria, num
prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir da publicaçã o da Lei do Plano Diretor, uma
comissã o té cnica formada por membros da Secretaria Municipal de Urbanismo, Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal do Bem-Estar Social, té cnicos com
formações nas seguintes á reas: Arquitetura e Urbanismo, Direito, Assistê ncia Social,
Cartografia e/ou Geografia, alé m do Conselho do Litoral, das associações de bairros e
moradores, de ONG’s e do Ministé rio Público;
V. mapear as á reas irregulares, na fase inicial do Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria,
com o apoio em aerofotogrametria e geoprocessamento, possibilitando o cadastramento
das á reas e famílias;
VI. garantir, na medida do possível, assessoria té cnica, social e jurídica gratuita à populaçã o
de baixa renda (até 3 – trê s – salá rios mínimos) para a execuçã o da regularizaçã o
fundiá ria;
VII. urbanizar e promover a regularizaçã o fundiá ria das ocupações irregulares, incorporando-as
ao tecido urbano regular, garantindo aos seus moradores condições dignas de moradia,
acesso aos serviços públicos essenciais e direito ao uso do imóvel ocupado;
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a. á reas públicas municipais que ofereçam risco de vida ou de saúde aos seus
ocupantes e mediante cooperaçã o com a Uniã o e os Estados nas á reas públicas
federais e estaduais;
b. Á reas públicas com ocupações consolidadas para fins de moradia (favelas), que
nã o constituam á reas de risco, onde possam ser aplicadas as concessã o
especiais de uso para fins de moradia e a concessã o de direito real de uso;
d. á reas particulares ocupadas por favelas, loteamentos, onde seja possível aplicar
instrumentos do usucapiã o e da Lei Federal No 6.766, de 19 de dezembro de 1979
e suas alterações;
IX. interromper a geraçã o das irregularidades, por meio de fiscalizaçã o e controle nas
emissões de alvará s, pois, caso contrá rio, a aplicaçã o do Plano Diretor poderá trazer
grandes prejuízos e sofrimentos à populaçã o e uma demanda infinita de recursos públicos,
alé m do aumento da violê ncia e dos gastos com saúde pública e educaçã o, dentre outros
problemas;
X. estabelecer o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para o início das atividades de
regularizaçã o fundiá ria, contados a partir da publicaçã o da Lei do Plano Diretor;
XI. desenvolver trabalhos sociais com a comunidade, por meio da comissã o té cnica
específica, como um diagnóstico coletivo dos problemas de habitaçã o;
XII. obter recursos, a partir da criaçã o do Fundo de Desenvolvimento Urbano, de convê nios e
parcerias com a iniciativa privada e com o apoio de agentes financeiros como a Caixa
Economica Federal (CEF), Ministé rio das Cidades e outras entidades governamentais;
XIII. outorgar, quando possível, a concessã o de uso especial para fins de moradia, prevista na
Lei Federal Nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade) e na Lei do Plano
Diretor;
XIV. respeitar normas e padrões urbanísticos especiais, definidos pelo Poder Executivo, por
meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e do Conselho Municipal de Urbanismo e Meio
Ambiente especialmente quando da urbanizaçã o (infra-estrutura e equipamentos urbanos)
de favelas;
XVII. regularizar as edificações e usos irregulares com base em lei que contenha no mínimo:
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XVIII. restringir a regularizaçã o, alé m de outras situações estabelecidas em lei, das edificações
localizadas em logradouros ou terrenos destinados a implantaçà o de equipamentos
públicos ou que avancem sobre eles, ou ainda que estejam situadas em faixas nã o
edificá veis junto a lagoas, córregos, fundo de vale, faixa de escoamento de á guas pluviais,
galerias, canalizações e linhas de transmissã o de energia de alta tensã o;
XIX. prever, para as situações irregulares construídas durante a vigê ncia do Decreto Estadual N°
2.722, de 14 de março de 1984, a possibilidade de regularizaçã o mediante outorga
onerosa, quando a á rea construída a regularizar resultar em á rea computá vel superior à
permitida pelo coeficiente de aproveitamento em vigor à é poca da construçã o;
XX. definir no Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria normas té cnicas e procedimentos
para regularizar as seguintes situações:
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XXI. relocar ocupações irregulares que se assentaram em á reas ambientalmente frá geis e
protegidas por lei, priorizando a retirada das ocupações dos locais do antigo lixã o;
XXII. assegurar, na aprovaçã o dos loteamentos a serem regularizados, sempre que possível, a
adequaçã o ao traçado urbanístico, a conexã o do arruamento e das vias e logradouros
públicos com o sistema viá rio adjacente e a obediê ncia à s normas e condições
urbanísticas estabelecidas na legislaçã o em vigor;
XXIV. submeter o parcelamento à vistoria té cnica pela Prefeitura, da qual resultará uma relaçã o
de providê ncias necessá rias à regularizaçã o, a serem consideradas em termo de
compromisso a ser assinado pelo loteador, que as cumprirá no prazo má ximo de 2 (dois)
anos a partir da notificaçã o expedida pela Prefeitura. Este termo deverá conter a relaçã o
pormenorizada das obras de infra-estrutura e providê ncias detalhadas para a regularizaçã o
e o cronograma físico de execuçã o destas obras;
XXV. fornecer, após a aprovaçã o, cópia pela Prefeitura ao loteador do ato de aprovaçã o e das
peças do processo, necessá rias para o encaminhamento ao registro imobiliá rio dentro de
180 (cento e oitenta) dias contados a partir da aprovaçã o, sob pena de caducidade;
XXVII. notificar os responsá veis para regularizar a situaçã o dos loteamentos irregulares e
clandestinos, por ato administrativo da Prefeitura, para promoverem as ações necessá rias
42
XXVIII. estabelecer, pelo Poder Público, punições e sanções aos proprietá rios quando nã o houver,
por parte destes, interesse ou colaboraçã o para a realizaçã o da regularizaçã o. As punições
e sanções deverã o ser previstas e estabelecidas no Plano Municipal de Regularizaçã o
Fundiá ria;
XXX. comunicar à Procuradoria Geral a existê ncia de loteamento sem planta previamente
aprovada, que promoverá as medidas contra os infratores e acompanhará , junto aos
cartórios, a observâ ncia da Lei Federal No 6.766/79 e demais alterações;
XXXIII. estabelecer o prazo de 90 (noventa) dias, para o Poder Público criar a comissã o té cnica do
Plano Municipal de Regularizaçã o prevista no Plano Diretor, responsá vel juntamente com
outras Secretarias Municipais e Conselho de Urbanismo e Meio Ambiente pela elaboraçã o
e implementaçã o do Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria;
XXXV. em anexo apresenta-se a listagem da situaçã o legal e mapa dos loteamentos, segundo
informações obtidas pela Secretaria de Urbanismo;
43
2 Planta (bairro) 14/05/55 1860 Com reg. de Loteamento implantado com sérios
Piçarras ocupados lote na PMG problemas entre a situação legal e a
situação real. (deslocamento de
ruas), algumas com cerca de 10,00
m fora do eixo, lotes mal
posicionados.
Balneário 166 Loteamento em APP
6 26/10/67 X
Barra do Saí ocupados
217 Este loteamento necessita de uma
ocupados análise criteriosa. Existem graves erros
Praia Parque de locação, os quais ocasionarão “
8 30/01/64 29/09/54
Bonança excesso “ nas quadras próximas ao
asfalto e uma possível sobreposição
na Av. Paraná.
Jard. Nações X Loteamento em APP – 100% atingido
12 Bairro 15/09/78 22/12/76 pelo Parque Estadual do Boguaçú.
Fechado
NÃO
IMPLANTADOS
DATA DE N° DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO NÃO SEM COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS IDENTIFICADOS
CÓDIGO DATA DE
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA OCUPADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES, IMPLANTAÇÃO
LOTEAMENTO REGISTRO REPRESENT.
PREFEITURA TOTAL OCUPADOS LOTES DOS LOTES REGISTRO DE INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO, ENTRE OUTROS)
AO MENOS UM GRÁFICA
LOTE
NÃO
IMPLANTADOS
DATA DE N° DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO NÃO SEM COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS IDENTIFICADOS
CÓDIGO DATA DE
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA OCUPADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES, IMPLANTAÇÃO
LOTEAMENTO REGISTRO REPRESENT.
PREFEITURA TOTAL OCUPADOS LOTES DOS LOTES REGISTRO DE INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO, ENTRE OUTROS)
AO MENOS UM GRÁFICA
LOTE
86 Sambaqui N X
88 Boa Vista Com reg. Área rural (existe rg de imóveis para o lugar
de lote na denominado Fazenda Boa Vista, com
PMG indicação de n.º de lote e confrontantes),
sobre posição com a planta Jd. Dourados.
Stella Maris N Prainha – não aprovada
57 Balneário 39 N Sobreposição com Cidade Baln Brejatuba
Yemanjá II ocupados
APA Estadual
de Guaratuba
BAÍA DE GUARATUBA
30,700,00 m2
14.900,00 m2
14.900,00 m2
11,600,00 m2
oguaçu
Estadual do B
Parque
OCEANO
ATLÂNTICO
Perímetro Urbano
Regulares
Irregulares
Clandestinos
Loteamentos
Escala 1:45.000
EMPREENDEDOR EXECUÇÃO
14.900,00 m2
14.900,00 m2
11,600,00 m2
Área Alodial
Escala 1:10.000
EMPREENDEDOR EXECUÇÃO
Cabe à Secretaria Municipal de Urbanismo implementar a nova lei que estabelece o perímetro
urbano de Guaratuba, considerando as seguintes diretrizes:
III. considerar o limite do Parque Nacional Sant Hilaire/Lange, na porçã o norte do Município
(localidade de “Prainha”);
60
6 Instrumentos
Instrumentos de Planejamento:
Plano Plurianual;
Parcelamento do Solo;
Zoneamento Ambiental.
Direito de Superfície;
61
Direito de Preempçã o;
Tombamento;
Desapropriaçã o;
Licenciamento ambiental;
Usucapiã o
Contribuiçã o de Melhoria;
Instrumentos Jurídico-administrativos:
62
Consórcios Intermunicipais
Iniciativa popular;
63
Visa orientar as proposições das diretrizes orçamentá rias e disciplinar as leis orçamentá rias anuais.
Deverã o ser incluídas no Plano Plurianual de Guaratuba as ações e estraté gias estabelecidas no
Plano Diretor. Onde o Poder Executivo em conjunto com os Conselhos estabeleceram as
prioridades e cronogramas de execuçã o dos programas com seus respectivos valores.
O poder executivo, atravé s de suas Secretarias e Conselhos deverá atender as seguintes diretrizes:
I. o Plano Diretor deverá estar integrado ao plano plurianual, à s diretrizes orçamentá rias e ao
orçamento anual;
II. todas as diretrizes orçamentá rias, o Plano anual e o Plurianual vã o encontrar suas linhas
mestras dentro do Plano Diretor, devendo adequar-se a ele, e fazer suas previsões de
acordo com ele
IV. deverá ter abrangê ncia sobre todo o território e sobre todas as maté rias de competê ncia
municipal.
64
A Lei Orçamentá ria Anual assegurará investimentos prioritá rios em programas de educaçã o, saúde,
habitaçã o, saneamento bá sico e proteçã o ao meio ambiente.
VI. garantir reserva de á reas para equipamentos de porte regional atendendo à s crescentes
demandas decorrentes do processo desenvolvimento;
VII. promover o desenvolvimento de operações urbanas em parceria com o setor privado tendo
em vista as restrições orçamentá rias do Município face à s crescentes demandas
decorrentes do processo de desenvolvimento regional;
a. restrições à localizaçã o dos diferentes usos do solo com relaçã o a zonas que
serã o instituídas no Município com base no zoneamento estabelecido nesta
proposta, com vistas a garantir a necessá ria compatibilidade entre os padrões
operacionais das atividades e a capacidade de suporte do meio ambiente, a
segregaçã o espacial de atividades cujos padrões operacionais sejam conflitantes
entre si, e a propiciar o adequado acondicionamento do território para o
desenvolvimento dessas diferentes funções urbanas;
66
d. restrições à localizaçã o dos diferentes usos do solo com relaçã o à hierarquia das
vias que lhe dã o acesso, com vistas a garantir a necessá ria compatibilizaçã o da
localizaçã o das atividades geradoras de fluxos de veículos, de pedestres e de
carga à capacidade do sistema viá rio existente e projetado.
Estabelece normas, com fundamento na Lei Federal nº 6.766/79 e suas alterações, para todo e
qualquer parcelamento de solo para fins urbanos, localizado em á rea urbana, observadas, no que
couberem, as disposições da legislaçã o federal e estadual pertinentes.
I. sã o considerados para fins urbanos os parcelamentos para outros fins que nã o a exploraçã o
agropecuá ria ou extrativista.
67
Denominaç ão Definiç ão
IV. a execuçã o de qualquer parcelamento do solo para fins urbanos dependerá sempre de pré via
licença e fiscalizaçã o municipal, obedecida à s normas da Lei Municipal a ser proposta, da
legislaçã o Federal (Lei 6766/79 e suas alterações - Lei 9.785/99) e Estadual pertinente.
V. o parcelamento do solo para fins urbanos será permitido somente dentro do Perímetro
Urbano e deverá respeitar à s diretrizes do Plano Diretor quanto ao arruamento e à destinaçã o
das á reas, de forma a permitir o desenvolvimento urbano integrado.
68
VI. O parcelamento do solo poderá ser dividido em etapas de execuçã o discriminadas no projeto
completo e nã o será permitido o Parcelamento do Solo:
b. em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem
que sejam previamente saneados;
VII. as normas e parâ metros estã o apresentadas de forma detalhada em Lei ordiná ria.
69
70
Os espaços territoriais que apresentem significativa importâ ncia ou representatividade para o meio
ambiente natural devem ser objeto de especial proteçã o. Para tanto, a legislaçã o federal estabelece
uma sé rie de unidades de conservaçã o (parques, estações ecológicas, á reas de proteçã o
ambiental, entre outros), cada qual adequada para um tipo de situaçã o.
71
A partir da atualizaçã o do cadastro das propriedades do Município, deverã o ser levantadas as á reas
consideradas públicas e estudado o potencial destas á reas para a criaçã o de novas Unidades de
Conservaçã o.
Ficando responsá vel por este levantamento e definiçã o das Unidades de Conservaçã o a Secretaria
Municipal de Urbanismo, a Secretaria do Meio Ambiente e Conselho Municipal de Urbanismo e
Meio Ambiente.
Da analise do Diagnóstico realizado, propõe-se a criaçã o do Parque Municipal da Barra do Saí pelo
Município de Guaratuba, obedecendo as diretrizes da Lei Federal 9.985/2000.
II. buscar recursos e fundos para a desapropriaçã o das á reas que formarã o o parque;
III. deverá ser encaminhar lei específica à Câ mara Municipal dos Vereadores;
Toda a á rea rural do município de Guaratuba está inserida em uma Á rea de Proteçã o Ambiental, a
APA de Guaratuba, instituída pelo Decreto Estadual nº 1.234 de 27 de março de 1992, apesar da
gestã o desta Unidae de Conservaçã o ser de competê ncia do Estado, o município deverá atravé s da
Secretaria Municipal de meio Ambiente e Conselho Municipal participar, fiscalizar, acompanhar,
implementar e definir em conjunto com o Conselho Gestor da APA de Guaratuba os parâ metros,
atividades e ações a serem instituídos pelo Plano de Manejo da APA de Guaratuba, em processo de
aprovaçã o.
72
Já na á rea urbana, apesar de pequena porçã o estar inserida na APA, a gestã o é de competê ncia
municipal, estabelecida pela Lei de Zoneamento Uso e Ocupaçã o do Solo.
Os instrumentos aqui descritos destacam-se pela puniçã o atravé s de um tributo de valor crescente,
ano a ano, aos proprietá rios de terrenos ociosos ou mal aproveitados que acarretem prejuízos à
populaçã o. Esta puniçã o tem por objetivo estimular a utilizaçã o justa e adequada desses imóveis ou
a sua venda.
Podem promover uma Reforma Urbana, estruturando uma política fundiá ria que garanta a funçã o
social da cidade e da propriedade.
Por meio do instrumento da edificaçã o compulsória, o Poder Executivo pode estabelecer um prazo
para o loteamento ou construçã o das á reas vazias ou sub-utilizadas. O proprietá rio que nã o cumprir
esse prazo será penalizado pela aplicaçã o progressiva do Imposto Predial e Territorial Urbano
(IPTU), cuja alíquota cobrada a cada ano, deve ser fixado em lei específica, nã o podendo exceder a
duas vezes o valor referente ao ano anterior, sendo a alíquota má xima de 15%. Deverá ser aplicado
por um período de 05 (cinco) anos. Se, no caso de esgotamento do prazo, a á rea permanecer
incompatível com os usos e densidades previstas, o imóvel poderá ser desapropriado, com
pagamentos em títulos da dívida pública.
73
Solo urbano nã o utilizado é todo tipo de edificaçã o que tenha, no mínimo 80% (oitenta por cento)
de sua á rea construída desocupada há mais de 05 (cinco) anos, ressalvados os casos em que a
mesma decorra de impossibilidades jurídicas ou pendê ncias judiciais incidentes sobre o imóvel.
Ficam excluídos da obrigaçã o estabelecida pelo instrumento, os imóveis:
a. mecanismo, criado pelo Estatuto da Cidade, para impedir que as á reas vazias da
cidade continuem ociosas;
74
d. a alíquota a ser cobrada a cada ano, deve ser fixada em lei específica, de forma
progressiva, nã o podendo exceder a duas vezes o valore referente ao ano anterior,
sendo a alíquota má xima de 15%;
75
76
Escala 1:40.000
EMPREENDEDOR EXECUÇÃO
O objetivo desse instrumento é separar a propriedade dos terrenos urbanos do direito de edificaçã o.
Separando esses direitos, o Poder Executivo aumenta sua capacidade de interferir sobre os
mercados imobiliá rios.
Atravé s deste instrumento o Plano Diretor poderá fixar á reas nas quais o direito de construir poderá
ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento bá sico adotado, mediante contrapartida a ser
prestada pelo beneficiá rio, devendo ser determinados:
Os recursos auferidos por este instrumento deverã o ser aplicados no Fundo de Investimento e
Desenvolvimento Urbano, com as finalidades previstas no art. 26 do Estatuto da Cidade,
regularizaçã o fundiá ria, determinado em Lei Ordiná ria.
II. outorga, para regularizaçã o de edificações existentes, mediante parecer favorá vel do
Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, paga-se um valor correspondente a
aproximadamente 4% do valor do empreendimento;
78
O proprietá rio de imóvel urbano, privado ou público, poderá exercer em outro local, ou alienar,
mediante escritura pública, o direito de construir previsto no Plano Diretor ou em legislaçã o dele
decorrente, quando o imóvel for considerado necessá rio para fins de:
III. Servir a programas de regularizaçã o fundiá ria, urbanizaçã o de á reas ocupadas por
populaçã o de baixa renda e habitaçã o de interesse social.
A mesma direito poderá ser concedida ao proprietá rio que doar ao Município seu imóvel, ou parte
dele, se o mesmo se enquadrar num dos itens listados acima.
79
III. programa de atendimento econômico social para a populaçã o diretamente afetada pela
operaçã o;
VI. contrapartida a ser exigida dos proprietá rios, usuá rios e investidores privados em funçã o
da utilizaçã o dos benefícios previstos;
VIII. conta ou fundo específico que deverá receber os recursos de contrapartidas financeiras
decorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos.
Os recursos obtidos pelo Poder Público como contrapartida nas Operações Urbanas Consorciadas
serã o aplicados exclusivamente no programa de intervenções, definido na lei de criaçã o da
Operaçã o.
A lei específica que criar a Operaçã o Urbana Consorciada poderá prever a emissã o pelo Município
de quantidade determinada de Certificados de Potencial Adicional de Construçã o - CEPAC, que
serã o alienados em leilã o ou utilizados diretamente no pagamento das obras, desapropriações
necessá rias à própria Operaçã o, para aquisiçã o do terreno para a construçã o de HIS na á rea de
abrangê ncia da Operaçã o, visando o barateamento do custo da unidade para o usuá rio final e como
garantia para obtençã o de financiamentos para a sua implementaçã o.
A execuçã o de obras de intervençã o ou melhoramento urbanístico poderá ser realizada por empresa
privada de forma remunerada, atravé s de concessões de uso que o poder público poderá conceder.
80
O Poder Executivo poderá promover plano de urbanizaçã o com a participaçã o dos moradores de
á reas usucapidas, para a melhoria das condições habitacionais e de saneamento ambiental nas
á reas habitadas por populaçã o de baixa renda, usucapidas coletivamente por seus possuidores
para fim de moradia, nos termos da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da
Cidade.
A Prefeitura poderá receber por transferê ncia imóveis que, a requerimento dos seus proprietá rios,
lhe sejam oferecidos como forma de viabilizaçã o financeira do melhor aproveitamento do imóvel.
Assim, a Prefeitura poderá promover o aproveitamento do imóvel que receber por transferê ncia,
direta ou indiretamente, mediante concessã o urbanística ou outra forma de contrataçã o.
Poderá ser aplicado tanto aos imóveis sujeitos à obrigaçã o legal de parcelar, edificar ou utilizar,
quanto à queles por ela nã o abrangidos, mas necessá rios à realizaçã o de intervenções.
O proprietá rio receberá , como pagamento, unidades imobiliá rias devidamente urbanizadas ou
edificadas.
O valor das unidades imobiliá rias a serem entregues ao proprietá rio será correspondente ao valor
do imóvel antes da execuçã o das obras. O valor real desta indenizaçã o deverá :
II. excluir do seu cá lculo expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.
81
O objetivo do Direito de Preferê ncia é facilitar a aquisiçã o, por parte do Poder Público, á reas de seu
interesse, para a realizaçã o de projetos específicos.
O Executivo poderá exercer o direito de preempçã o visando garantir á reas necessá rias para
regularizaçã o fundiá ria, nos termos da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da
Cidade.
O Poder Público Municipal poderá exercer o direito de preempçã o para aquisiçã o de imóvel urbano
objeto de alienaçã o onerosa entre particulares, conforme disposto nos artigos 25, 26 e 27 da Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade, mediante as seguintes diretrizes:
I. elaborar lei específica para a definiçã o das á reas de interesse de aplicaçã o do direito de
preempçã o e os usos previstos para estas á reas, como as seguintes:
II. notificar o proprietá rio, de cuja á rea incide o do direito de preempçã o, fixando o prazo de
vigê ncia deste direito, nã o superior a 05 (cinco) anos, renová vel a partir de um ano após o
decurso do prazo inicial de vigê ncia;
III. o proprietá rio do imóvel enquadrado no direito de preempçã o, deverá notificar usa intençã o
de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo má ximo de 30 (trinta) dias, manifeste
por escrito seu interesse em comprá -lo;
82
V. propõe-se que uso deste instrumento seja prioritariamente aplicado à Zona Balneá ria par a
implantaçã o de á reas de lazer e de apoio ao turismo.
Possibilita que o proprietá rio de terreno urbano conceda a outro particular, o direito de utilizar o
solo, subsolo ou espaço aé reo de seu terreno por tempo determinado ou indeterminado, podendo
ser onerosa ou nã o, conforme termos estabelecidos em contrato e mediante escritura pública
firmada em cartório de registro de imóveis.
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VI. utilizar em cará ter transitório para remoçã o temporá ria de moradores de favela, pelo tempo
que durar as obras de urbanizaçã o;
VII. exercer em á reas públicas que integram seu patrimônio e que sejam objeto de interesse
por parte das concessioná rias de serviços públicos de forma onerosa ou gratuita;
VIII. utilizar onerosamente també m em imóveis integrantes dos bens dominiais do patrimônio
público, destinados à implementaçã o das diretrizes desta lei.
O Poder Executivo poderá receber em concessã o, diretamente ou por meio de seus órgã os,
empresas ou autarquias, o Direito de Superfície, nos termos da legislaçã o em vigor, para viabilizar a
implementaçã o de diretrizes constantes do Plano Diretor, inclusive mediante a utilizaçã o do espaço
aé reo e subterrâ neo.
Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privadas ou públicas em á rea urbanas que
dependerã o de elaboraçã o do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e do Relatório de Impacto de
Vizinhança (RIV) para obter as licenças ou autorizações de construçã o, ampliaçã o ou
funcionamento a cargo do Poder Público Municipal.
a. adensamento populacional;
f. ventilaçã o e iluminaçã o;
84
III. dar publicidade aos documentos integrantes do EIV/RIV, que ficarã o disponíveis para
consulta, no órgã o municipal competente, por qualquer interessado;
IV. submeter à apresentaçã o do Estudo de Impacto de Vizinhança, cuja aná lise dependerã o as
licenças ou autorizações para construçã o dos seguintes empreendimentos ou serviços:
a. casas de diversões noturnas, tais como: bares, casas de dança e similares, com
música ao vivo ou mecâ nica;
c. shopping, hiper-mercados;
6.17 TOMBAMENTO
É a restriçã o ao direito à propriedade que tem por objetivo proteger o patrimônio cultural. O
proprietá rio submete-se a sacrifício parcial de seu direito definido pelas limitações administrativas.
A inscriçã o do bem no Livro de Tombo – daí o nome tombamento – será fruto de procedimento
administrativo, buscando preservar aquelas características físicas do bem que estã o associadas à
história, à s artes ou a qualquer outro aspecto relacionado à cultura da sociedade.
6.18 DESAPROPRIAÇ Ã O
É o procedimento atravé s do qual o Poder Público ou seus delegados impõe a perda do direito à
propriedade sobre determinado bem, que passa ao patrimônio da entidade expropriante.
85
86
A expressã o “interesse social” reporta-se ao atendimento das necessidades das camadas mais
pobres da populaçã o ou, em outras palavras, à reduçã o das desigualdades econômicas e sociais.
Se no zoneamento – em sentido amplo – se faz a divisã o do território em vá rias zonas para serem
definidas as formas de uso e de ocupaçã o de cada um desses espaços, a fim de conferir-lhes
maior homogeneidade, a zona especial de interesse social será aquela mais comprometida com a
viabilizaçã o dos interesses das camadas populares.
À legislaçã o urbanística recomenda-se adotar, pelo menos em algumas á reas padrões compatíveis
com a realidade das pessoas de baixa renda, para nã o lança-las na ilegalidade. Muitas vezes a
observâ ncia dos padrões urbanísticos idealizados é inviá vel na prá tica par boa parte da populaçã o,
em razã o de dificuldades econômicas.
Ao Município, portanto, é dado instituir zonas com regras especiais, quando o uso admitido vier a
promover a integraçã o das pessoas mais necessitadas aos espaços habitá veis. Tais zonas,
encontram-se especificadas na lei de zoneamento.
A concessã o de direito real de uso ocorre por meio de contrato, atravé s da qual o proprietá rio
transfere a outra pessoa prerrogativa de usar seu imóvel, com as garantias típicas de um direito
real. O instrumento se destina para fins específicos de urbanizaçã o, industrializaçã o, cultivo de terra
ou outra utilizaçã o de interesse social.
87
e. cá lculo e cobrança de taxas pelo uso das á reas, podendo ser única, anual, a
crité rio da Secretaria de Urbanismo;
Após a regularizaçã o dessas propriedades poderá ser feita uma atualizaçã o da cobrança do IPTU.
O Poder Executivo deverá outorgar à quele que, até a aprovaçã o do Plano Diretor, residia em á rea
urbana de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados), de propriedade pública, por 5
(cinco) anos, ininterruptamente e sem oposiçã o, título de Concessã o de Uso Especial para Fins de
Moradia em relaçã o à referida á rea ou edificaçã o, desde que nã o seja proprietá rio ou
concessioná rio de outro imóvel urbano ou rural, de acordo com artigo 1º da Medida Provisória nº
2.220, de 2001.
II. O Poder Executivo poderá assegurar o exercício do direito de concessã o de uso especial
para fins de moradia, individual ou coletivamente, em local diferente daquele que gerou
esse direito, nas hipóteses de:
a. ser á rea de uso comum do povo com outras destinações prioritá rias de interesse
público, definidas no Plano Diretor;
88
III. Para atendimento do direito previsto nos ítens anteriores, a moradia deverá estar localizada
próxima ao local que deu origem ao direito de que trata este artigo, e em casos de
impossibilidade, em outro local desde que haja manifesta concordâ ncia do beneficiá rio.
IV. A concessã o de Uso Especial para Fins de Moradia poderá ser solicitada de forma
individual ou coletiva.
VI. Extinta a Concessã o de Uso Especial para Fins de Moradia, o Poder Público recuperará o
domínio pleno do terreno.
6.24 ASSISTÊ NCIA TÉ CNICA E JURÍDICA GRATUITA PARA AS COMUNIDADES E GRUPOS SOCIAIS MENOS
FAVORECIDOS
89
Impostos Municipais
Os impostos em sentido amplo sã o os tributos cuja obrigaçã o tem por fato gerador uma situaçã o
independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Assim, o contribuinte
recolhe o imposto, mas nã o aufere nenhuma contraprestaçã o direta ou indireta.
O Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana tem seu fato gerador incidente sobre a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou acessã o física, ou seja, por
natureza própria ou por acré scimo atravé s de adesã o de terras, sendo as facetas predial e territorial
urbano suas circunstâ ncias. Por territorial urbano incluem-se os imóveis localizados em zona
urbana; á reas urbanizá veis ou de expansã o urbana.
ITBI – Imposto sobre a transmissã o inter vivos por atos onerosos de bens imóveis
O Imposto sobre a transmissã o inter vivos por atos onerosos de bens imóveis recai sobre a compra
e venda pura ou condicional; permuta; adjudicaçã o (nã o decorrente de sucessã o hereditá ria);
penhora; daçã o em pagamento; arremataçã o; concessã o remunerada de direito real de uso da
propriedade ou do domínio útil de bens imóveis, por natureza ou acessã o física; da transmissã o de
direitos reais sobre imóveis (exceto os de garantia – enfiteuse ou aforamento); as servidões; o
usufruto; o uso; a habitaçã o e as rendas constituídas sobre imóveis; e da transmissã o de cessã o de
direitos relativos à aquisiçã o dos imóveis.
Recai, desta forma, sobre a circulaçã o de direitos e sobre a transferê ncia de titularidade de imóveis.
Incide sobre serviços definidos pela municipalidade em lei, a qual incumbe també m fixar alíquota
má xima e excluir da sua incidê ncia tributá ria as exportações de serviços. Contribuem para a sua
conformaçã o a atividade econômica do prestador de serviço e a sua profissionalidade, com o seu
fato gerador sendo a prestaçã o de serviço, e o local de aplicaçã o do imposto aquele onde se efetiva
a prestaçã o do serviço. Como base de cá lculo tem-se o preço do serviço.
90
Taxas
As taxas sã o os tributos, ou seja, imposições fiscais criadas por lei, cobrados em razã o do
exercício do poder de polícia ou pela utilizaçã o efetiva do ou potencial de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados aos contribuintes ou posto a sua disposiçã o, ocorrendo a
distinçã o entre taxas de polícia e taxas de serviço.
Tarifa Pública
A tarifa pública diverge da taxa, uma vez que é fixada por ato do Prefeito, pré via e unilateralmente
para as utilidades e serviços industriais, prestados pelo Município diretamente, ou por seus
delegados, e é facultativa.
É hipótese de tarifa a utilizaçã o concreta e mensurá vel de um serviço público ou de utilidade, como
por exemplo de á gua e esgoto ou de transporte coletivo urbano.
Contribuiç ão de melhoria
O Município pode, mediante lei, instituir contribuiçã o de melhoria decorrente de obras públicas que
tenha efetivamente, ensejado,a valorizaçã o do imóvel, e a partir de determinados requisitos, a
saber: delimitaçã o das á reas direta e indiretamente beneficiadas; a relaçã o dos imóveis nela
compreendidos; memorial descritivo do projeto; orçamento total ou parcial dos custos da obra;
determinaçã o da parcela a ser ressarcida pela contribuiçã o, com o correspondente rateio entre os
imóveis beneficiados.
91
Este tributo pode atingir as seguintes categorias de obras públicas, definidas em lei, dentre outras:
abertura; alargamento; pavimentaçã o; iluminaçã o e arborizaçã o de vias municipais; construçã o ou
implementaçã o de sistemas de trâ nsito no perímetro urbano; proteçã o contra inundações, erosões;
saneamento e drenagem geral; retificaçã o e regularizaçã o de cursos de á gua e irrigaçã o, aterros e
obras de embelezamento e geral, inclusive desapropriaçã o para desenvolvimento de plano
urbanístico consoante o Plano Diretor.
Tal meio pode ser denominado de econômico, pois traduzem um benefício que passível de ser
dimensionado economicamente.
Esta forma de exoneraçã o tributá ria, como auxílio indireto de natureza econômica, pode se dar
como reduçã o de alíquotas, remissã o, anistia, diferimentos e fixaçã o de prazos excepcionais de
recolhimento de tributo, isençã o e imunidade, e constitui-se em uma reduçã o da receita pública.,
para fins de que o contribuinte faça algo que a ordem jurídica considere conveniente, interessante e
oportuno.
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A daçã o em pagamento é instituto previsto pelos artigos 356 a 359 do Código Civil, e representa a
entrega de um bem que nã o seja dinheiro para solver dívida anterior. De outra forma, pode-se
estabelecer que é um acordo convencionado entre o credor e o devedor, por via do qual aquiesce o
primeiro em receber do segundo, para desobrigá -lo de uma dívida objeto diferente do que
constituíra a obrigaçã o.
O Município pode utilizar-se deste instituto, mediante pré via autorizaçã o legislativa e avaliaçã o do
bem a ser empregado no resgate da dívida, sem exigir contudo licitaçã o, por se tratar de contrato
com destinatá rio certo, que é o credor. Definido o valor do bem, estabelece-se entre as partes uma
relaçã o de compra e venda.
Servidã o Administrativa
Limitações Administrativas
Concessã o de Uso
Permissã o de Uso
A permissã o de uso, por sua vez, é um ato negocial, facultado ao particular a utilizaçã o de
determinado bem público, com ou sem condicionantes, estabelecido de forma precá ria e
unilateral,ou seja, estabelecido pelo Poder Executivo e revogá vel a qualquer tempo por este, quando
o interesse público assim o exigir. Requer-se pré vio processo licitatório para a sua efetivaçã o.
Autorizaçã o de Uso
A autorizaçã o de uso també m é um instrumento unilateral, discricioná rio e precá rio, no qual ao
Poder Executivo consente na prá tica de determinada atividade individual incidente sobre um bem
público que nã o prejudiquem a comunidade e a prestaçã o de serviços públicos. A autorizaçã o recai
sobre atividades transitórias e irrelevantes para o Poder Executivo. Esta forma dispensa lei
autorizativa e licitaçã o para seu deferimento.
Como contrato administrativo, o de concessã o representa o ajuste pelo qual o Poder Executivo
Municipal delega ao particular a execuçã o remunerada de serviços ou de obras públicas para que
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este explore por sua conta e risco, no prazo e condições contratuais, ou seja, bilaterais,
comutativas e remunerados .
No que se refere a obras públicas, a remuneraçã o igualmente se dá por tarifa, entretanto o objeto
concedido é a execuçã o e exploraçã o de uma obra pública, tais como pontes e viadutos.
Regulamentados pela Lei federal n° 8666/93, e suas alterações, estabelece-se que, com igualdade
jurídica, partícipes de qualquer espé cie, públicos ou privados, celebram acordo visando a realizaçã o
de objetivos específicos de interesse comum, mediante a concretizaçã o de um Plano de Trabalho,
previamente aprovado pelos celebrantes.
Consórcios Intermunicipais
Visando enfrentar problemas locais e regionais, ou seja, litorâ neos, a previsã o de consórcio
intermunicipal, na forma de acordo dos municípios envolvidos, busca a soluçã o destas questões,
em víeis administrativo.
Abrangendo á reas setoriais, tais como: a saúde; aterro sanitá rio; industrializaçã o do lixo urbano;
agê ncia de turismo; distribuiçã o de gá s; Usp do Potencial Construtivo; de fomento a
descentralizaçã o industrial; de captaçã o e distribuiçã o de á gua; o consórcio intermunicipal é uma
forma á gil, e prevista no â mbito estadual na Lei Estadual n° 82/98, e se materializa atravé s de um
ajuste administrativo entre os Municípios envolvidos, por meio de lei municipal de cada município
consorciado, indicando-se na referida lei o quantum para a participaçã o do consórcio.
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XI. O Executivo promoverá a adequaçã o da sua estrutura administrativa, quando necessá rio,
para a incorporaçã o dos objetivos, diretrizes e ações previstos nesta lei, mediante a
reformulaçã o das competê ncias de seus órgã os da administraçã o direta.
XII. Cabe ao Executivo garantir os recursos e procedimentos necessá rios para a formaçã o e
manutençã o dos quadros necessá rios no funcionalismo público para a implementaçã o das
propostas definidas nesta lei
XIII. O Executivo promoverá entendimentos com municípios vizinhos e com a regiã o litorâ nea,
podendo formular políticas, diretrizes e ações comuns que abranjam a totalidade ou parte
de seu território, baseadas nesta lei, destinadas à superaçã o de problemas setoriais ou
regionais comuns, bem como firmar convê nios ou consórcios com este objetivo, sem
prejuízo de igual articulaçã o com o Governo do Estado do Paraná ;
XIV. Os planos integrantes do processo de gestã o democrá tica da Cidade deverã o ser
compatíveis entre si e seguir as políticas de desenvolvimento urbano contidas nesta lei,
bem como considerar os planos intermunicipais e do litoral de cuja elaboraçã o a Prefeitura
tenha participado; e
O Poder Executivo, para garantir a gestã o democrá tica, manterá atualizado, permanentemente, o
sistema municipal de informações sociais, culturais, econômicas, financeiras, patrimoniais,
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I. Deve ser assegurada sucinta e periódica divulgaçã o dos dados do Sistema Municipal de
Informações, por meio de publicaçã o no Diá rio Oficial do Município, disponibilizada na
Prefeitura Municipal de Guaratuba.
II. O Sistema a que se refere este artigo deve atender aos princípios da simplificaçã o,
economicidade, eficá cia, clareza, precisã o e segurança, evitando-se a duplicaçã o de meios
e instrumentos para fins idê nticos.
III. O Sistema Municipal de Informações terá cadastro único, multi-utilitá rio, que reunirá
informações de natureza imobiliá ria, tributá ria, judicial, patrimonial, ambiental e outras de
interesse para a gestã o municipal, inclusive sobre planos, programas e projetos.
VI. O disposto neste artigo aplica-se també m à s pessoas jurídicas ou autorizadas de serviços
públicos federais ou estaduais, mesmo quando submetidas ao regime de direito privado.
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O Processo Municipal de Planejamento Urbano será desenvolvido pelos órgã os do Executivo, com
a participaçã o da sociedade, garantindo os instrumentos necessá rios para sua efetivaçã o, sendo
composto por:
Alé m do Plano Diretor fazem parte do processo de planejamento as leis, planos e disposições que
regulamentem a Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade e as
específicas previstas na presente lei:
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III. As instâ ncias de participaçã o popular, tais como Assemblé ias Regionais de Política
Urbana, a Conferê ncia Municipal de Planejamento Urbano e demais instâ ncias de
participaçã o e representaçã o regional.
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7 Aç õ es Estratégicas
As ações e projetos estraté gicos sã o o conjunto de medidas a serem adotadas prioritariamente pela
gestã o municipal, aplicando imediatamente os instrumentos criados por esta lei do Plano Diretor de
forma a criar as condições necessá rias à continuidade da aplicaçã o do próprio plano.
A Planta Gené rica de Valores é um instrumento para o planejamento municipal, na medida em que
reflete os índices de valorizaçã o imobiliá ria e propicia, portanto, a açã o regularizadora do governo
municipal quanto ao uso e ocupaçã o do solo. É fundamentada no Recadastramento Urbano
Mobiliá rio e Imobiliá rio.
O objetivo principal da atualizaçã o das Planta Gené rica de Valores é o de potencializar o aumento de
arrecadaçã o do IPTU, ao mesmo tempo, que torna mais justa a cobrança dos tributos e identificar a
situaçã o e localizaçã o das á reas considerada pública para a aplicaçã o de outros instrumentos
previstos no Estatuto da Cidade e do próprio Plano Diretor.
a. levantar toda a Legislaçã o Tributá ria e outras leis relacionadas à temá tica fiscal do
Município como: a antiga Planta Gené rica de Valores; o Código Tributá rio Local;
decretos, emendas e leis ordiná rias e complementares que regulamentavam
artigos do referido Código Tributá rio;
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c. utilizar como base o Cadastro Municipal de Imóveis, o qual també m deverá ser
atualizado periodicamente, a cada nova autorizaçã o de ocupaçã o, possibilitando o
monitoramento dos imóveis vazios e de sua ocupaçã o;
e. fixar previamente os valores bá sicos unitá rios dos terrenos e das edificações,
expressos por metro quadrado de á rea;
II. Cobrar de forma justa os tributos, como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano);
III. Possibilitar tomar a Planta Gené rica de Valores como limite mínimo para a cobrança do
ITBI (Imposto sobre Transmissã o de Bens Imóveis);
VI. Realizar a atualizaçã o da Planta Gené rica de Valores atual em um prazo de um ano;
Elaborar uma base de dados digital no ambiente Sistema de Informações Geográ ficas - SIG, tendo o
objetivo de criar condições que permitam o manejo, a aná lise, o monitoramento e modelagem
espacial dos dados do município de Guaratuba, bem como do ecossistema costeiro e dos
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fenômenos a ele associados. Utilizar o mapa em anexo como referencial para a elaboraçã o da Base
SIG. Devendo ser implementada em 240 dias após aprovaçã o do Plano Diretor.
b. ter como referê ncia o mapa digital utilizado na elaboraçã o do Plano Diretor;
V. Promover capacitaçã o té cnica, atravé s de cursos, oficinas e reuniões com toda a equipe
envolvida no SIG;
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VI. Promover capacitaçã o té cnica, atravé s de oficinas e reuniões com toda a equipe envolvida
no SIG;
VIII. Disponibilizar, mediante o pagamento de taxas, contrapartida a crité rio do poder municipal
o produto das informações, no SIG, para a comunidade científica e órgã os externos e
demais interessados;
a. a necessidade de contrapartida e o respectivo valor das taxas será definido pela Secretaria
Municipal de Urbanismo e Secretaria da Fazenda, e estabelecidas mediante legislaçã o
própria.
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Ressalta-se que a regularizaçã o das á reas alodiais é considerada prioritá ria para o Município devido
a atualizaçã o da Planta Gené rica de Valores.
A proposta do Plano Diretor dispõe sobre a regulaçã o e hierarquizaçã o do sistema viá rio do
Município de Guaratuba, iniciando-se pela consolidaçã o da Av. Paraná , constituída de trê s etapas,
devendo a primeira etapa ser concluída em 24 meses, e as outras duas etapas em 36 meses.
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A Secretaria Municipal de Meio Ambiente deverá criar o Parque Municipal Barra do Saí em 12
meses, sendo previsto mais 12 meses para a implementaçã o e realizaçã o do Plano de Manejo.
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