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PLANO DIRETOR DE GUARATUBA

PROPOSTA - PLANO DIRETOR

AGOSTO 2004

Av. Getulio Vargas, 2360 cj 01_Água Verde, Curitiba - Paraná


(41) 342 3534 geral@consiliu.com.br Www.consiliu.com.br
CONSILIU Projetos e Consultoria Ltda.
Plano Diretor de Guaratuba

APRESENTAÇ Ã O

O desenvolvimento do Plano Diretor de Guaratuba teve como primeira etapa a compilaçã o de uma
sé rie de dados socioeconômicos e físico-territoriais referentes à realidade do Município, reunidos
no volume denominado Diagnóstico, elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Territorial do
Litoral Paranaense – Conselho do Litoral – e Prefeitura Municipal de Guaratuba, que antecede o
presente volume. No Diagnóstico, os dados levantados foram apresentados na forma de textos,
tabelas, grá ficos, mapas e fotos, formando um documento completo, que, alé m de subsidiar a
elaboraçã o do Plano Diretor, servirá como fonte de consulta e referê ncia tanto para a Administraçã o
Municipal como para a iniciativa privada.

O objetivo do levantamento e aná lise de dados consistiu em conhecer em profundidade os


principais aspectos relacionados a Guaratuba, de forma a embasar as Diretrizes e Propostas,
visando o seu desenvolvimento, que sã o apresentadas neste volume, sendo expressas na forma de
legislaçã o no último volume, que conterá o Projeto de Lei do Plano Diretor, com as respectivas leis
complementares.

Os dados apresentados no Diagnóstico do Plano Diretor possibilitaram aná lises setoriais


detalhadas, mas, para formar uma visã o de conjunto e integrada do município como um todo, foi
elaborada uma síntese destes dados, contendo as principais condicionantes para a elaboraçã o do
Plano Diretor. A partir desta aná lise geral e reuniões realizadas com o Conselho do Litoral,
Secretaria do Estado da Cultura, setores imobiliá rios e da construçã o civil, neste volume chegou-se
a uma proposta de diretrizes de desenvolvimento para o Plano Diretor, incluindo o zoneamento
urbano, que define as á reas urbanizá veis e seu detalhamento, na forma de um mapeamento de
zoneamento e na definiçã o de parâ metros de uso e ocupaçã o do solo, que fazem parte da Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupaçã o do Solo. Do volume final deste trabalho, constarã o o Anteprojeto-
de-Lei do Plano Diretor e suas leis complementares.

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Plano Diretor de Guaratuba

COORDENAÇ Ã O - PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATUBA

Prefeitura Municipal de Guaratuba ............................................................................Jose Ananias dos Santos

Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente .................................................. Natanael Fanini Antônio

Secretaria Municipal de Saúde..............................................................................Bezede Nunes Nassif Junior

Secretaria Municipal de Educação ....................................................................................Jacy Faria de Souza

Secretaria Municipal de Turismo.......................................................................................Carlos Luiz Natalino

Secretaria Municipal de Obras e Serviços ..................................................................... Clayton Petterle Junior

Secretaria Municipal de Cultura ..................................................................... Nilsa Ferraro dos Santos Borges

Secretaria Municipal da Fazenda e Administração .......................................................... André Má rcio Borges

Secretaria Municipal de Esportes...........................................................................................Ostapa Kutianski

Secretaria Municipal do Bem Estar Social ........................................................Ivone Maria Corrê a dos Santos

Chefe de Gabinete............................................................................................Sônia Aparecida Luciano Silva

Procurador Geral do Município ............................................................................. Edson Carlos Pereira de Sá

Presidente da Câmara de Vereadores ................................................................................Sé rgio Alves Braga

Vereador.................................................................................................................................... Acemar Silva

Vereador...........................................................................................................................Ailton Batista Vieira

Vereador........................................................................................................................Cezar Renato Tozetto

Vereador................................................................................................................... Claudio Nazario da Silva

Vereador............................................................................................................... Gabriel Nunes Santos Filho

Vereador.............................................................................................................................. Luiz Carlos Alves

Vereador..............................................................................................................Luis Fernando Nunes Nassif

Vereador....................................................................................................... Mordecai Magalhã es de Oliveira

Vereador................................................................................................................Natanael Corrê a de Araújo

Vereador..................................................................................................................................... Raul Chaves

Vereador...................................................................................................................... Raul Cristiano da Silva

Geógrafo .............................................................................................................................Sé rgio Luiz Sidor

Técnico ....................................................................................................................... Samyr Augusto Mazer

Técnico ............................................................................................................................... Edson Luiz Sidor

Técnico ............................................................................................................ Renato Borba Carneiro Junior

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Plano Diretor de Guaratuba

EQUIPE TÉ CNICA

Coordenação Geral ............................................................................................Cesar A. Ferreira de Menezes

Coordenação Adjunta.............................................................................................Sandra Mayumi Nakamura

Coordenação Adjunta.................................................................................................Patrícia Costa Pellizzaro

Consultora..................................................................................................................................Letícia Hardt

Geologia ............................................................................................................. Marcelus Vinicius K. Borges

Engenharia ......................................................................................................Maria Alice S. Cordeiro Soares

Fauna ......................................................................................................................... Fabrício Salvador Vidal

Flora................................................................................................................... André E. Biscaia de Lacerda

Arquitetura e Urbanismo..........................................................................................Luciana Sans de Menezes

Arquitetura e Urbanismo...................................................................................... Vanessa Boscaro Fernandes

Arquitetura e Urbanismo...............................................................................Ana Valé ria Brugnolo dos Santos

Arquitetura e Urbanismo..................................................................................Guilherme de Oliveira Ferronato

Agronomia................................................................................................................ Juliana V. M. Bittencourt

Agronomia..................................................................................................................... Yumi Kajihara Hirono

Sócio - Economia ..................................................................................................................... Adilar Cigolini

Geografia......................................................................................................................Jurandir Bueno Junior

Direito .......................................................................................................................Rosamaria Millé o Costa

Direito .................................................................................................................................Vinicius Eppinger

Estagiário de Urbanismo .............................................................................................. Engels Gabriel Mirçã o

Estagiário de Urbanismo .......................................................................................................... Sindhai Garcia

Apoio Técnico..................................................................................................................... Gisele Leopoldino

Apoio Técnico................................................................................................................ Ida Terezinha Bremer

Apoio Técnico..................................................................................................................Nicole Chagas Lima

EXECUÇ Ã O

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CREA-PR 12.212/F

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Plano Diretor de Guaratuba

ÍNDICE

1 Disposições Gerais Preliminares ____________________________________________ 1

1.1 Definição de Plano Diretor _____________________________________________ 1

1.2 Princípios do Plano Diretor ____________________________________________ 2

1.3 Abrangência e Planejamento do Plano Diretor______________________________ 3

1.4 Objetivos e Diretrizes Gerais do Plano Diretor ______________________________ 5

1.5 Função Social da Propriedade Urbana____________________________________ 8

2 Políticas Públicas de Desenvolvimento Institucional ____________________________ 10

2.1 Reforma Administrativa ______________________________________________ 10

3 Políticas Públicas de Desenvolvimento Econô mico _____________________________ 12

3.1 Turismo __________________________________________________________ 12

3.2 Maricultura _______________________________________________________ 13

3.3 Desenvolvimento Rural ______________________________________________ 14

3.4 Trabalho e Emprego_________________________________________________ 17

3.5 Marinas __________________________________________________________ 17

4 Políticas Públicas de Desenvolvimento Social _________________________________ 19

4.1 Saúde____________________________________________________________ 19

4.2 Educação _________________________________________________________ 20

4.3 Cultura ___________________________________________________________ 21

4.4 Esporte e Recreação ________________________________________________ 22

4.5 Ação Social _______________________________________________________ 22

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4.6 Tributos __________________________________________________________ 23

4.7 Segurança Pública __________________________________________________ 24

5 Políticas Públicas de Desenvolvimento Físico-Ambiental ________________________ 25

5.1 Meio Ambiente _____________________________________________________ 25

5.2 Recursos Hídricos, Abastecimento de Água e Drenagem_____________________ 27

5.3 Esgotamento Sanitário _______________________________________________ 28

5.4 Coleta e Tratamento de Resíduos Sólidos ________________________________ 29

5.5 Iluminação Pública e Privada__________________________________________ 30

5.6 Sistema Viário _____________________________________________________ 30

5.7 Transporte Coletivo _________________________________________________ 32

5.8 Ordenação do Uso e Ocupação do Solo Urbano ____________________________ 34

5.9 Regularização Fundiária _____________________________________________ 36

5.10 Perímetro Urbano___________________________________________________ 60

6 Instrumentos __________________________________________________________ 61

6.1 Plano Plurianual____________________________________________________ 64

6.2 Diretrizes Orçamentárias e Orçamento Anual _____________________________ 65

6.3 Uso e Ocupação do Solo _____________________________________________ 65

6.4 Parcelamento do Solo _______________________________________________ 67

6.5 Código de Obras e de Posturas ________________________________________ 69

6.6 Planos de Desenvolvimento Econô mico e Social, Programas e Projetos Setoriais e


Especiais de Urbanização __________________________________________________ 70

6.7 Instituição de Unidades de Conservação _________________________________ 71

6.8 Zoneamento Ambiental ______________________________________________ 72

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6.9 Parcelamento, Edificaç ão ou Utilizaç ão Compulsório, Imposto Predial e Territorial


Urbano Progressivo no Tempo, Desapropriaç ão com pagamento mediante títulos da divida
ativa. 73

6.10 Outorga Onerosa do Direito de Construir _________________________________ 78

6.11 Transferência do Direito de Construir ___________________________________ 79

6.12 Operações Urbanas Consorciadas ______________________________________ 79

6.13 Consórcio Imobiliário ________________________________________________ 81

6.14 Direito de Preempção _______________________________________________ 82

6.15 Direito de Superfície ________________________________________________ 83

6.16 Estudo de Impacto de Vizinhança_______________________________________ 84

6.17 Tombamento ______________________________________________________ 85

6.18 Desapropriação ____________________________________________________ 85

6.19 Termo de Ajustamento de Conduta _____________________________________ 86

6.20 Licenciamento Ambiental_____________________________________________ 86

6.21 Zonas Especiais de Interesse Social ____________________________________ 87

6.22 Concessão de Direito Real de Uso ______________________________________ 87

6.23 Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia__________________________ 88

6.24 Assistência Técnica e Jurídica Gratuita para as Comunidades e Grupos Sociais


Menos Favorecidos _______________________________________________________ 89

6.25 Quanto aos Instrumentos Tributários e Financeiros _________________________ 89

6.26 Quanto aos Instrumentos Jurídico-administrativos _________________________ 93

6.27 Democratização da Gestão Urbana _____________________________________ 97


6.27.1 Sistema Municipal de Informações __________________________________ 98
6.27.2 Processo Municipal de Planejamento Urbano__________________________ 100

7 Ações Estratégicas_____________________________________________________ 102

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7.1 Reforma Administrativa _____________________________________________ 102

7.2 Planta Genérica de Valores __________________________________________ 102

7.3 Base de Dados Digital em Sistema de Informações Geográficas ______________ 103

7.4 Preenchimento de Vazios Urbanos_____________________________________ 105

7.5 Regularização Fundiária ____________________________________________ 106

7.6 Implementação da Avenida Paraná ____________________________________ 106

7.7 Incentivo a Maricultura _____________________________________________ 106

7.8 Incentivo ao Turismo _______________________________________________ 106

7.9 Criação e Implementação do Parque Municipal Barra do Sai ________________ 107

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Plano Diretor de Guaratuba

1 Disposiç õ es Gerais Preliminares

1.1 DEFINIÇ Ã O DE PLANO DIRETOR

O Plano Diretor do Município é o instrumento bá sico da política de expansã o urbana e


desenvolvimento municipal, que tem por finalidade o aperfeiçoamento da legislaçã o de uso e da
ocupaçã o dos solos urbano e rural, visando ordenar a plena realizaçã o das funções sociais do
município e garantir a qualidade de vida da populaçã o, considerando a promoçã o da eqüidade
social, da eficiê ncia administrativa e da qualidade ambiental.

Define-se como instrumento de gestã o contínua para a transformaçã o positiva do município e seu
território, cuja funçã o é estabelecer as diretrizes e pautas para a açã o pública e privada, com o
objetivo de garantir as funções sociais do município. Será configurado em forma de lei, para ser
apreciada pelo Conselho do Litoral (instituído pelo Decreto Estadual Nº 4.605, de 26 de dezembro
de 1984) e aprovada pela Câ mara Municipal de Vereadores de Guaratuba, para, entã o, a Lei de Uso
e Ocupaçã o do Solo ser sancionada pelo Governador do Estado, por meio de Decreto Estadual.

Estabelece, portanto, como instrumento bá sico da política de desenvolvimento urbano e rural, as


diretrizes e metas globais e setoriais, bem como referê ncia obrigatória para a açã o do poder público
e da sociedade civil nas questões de interesse local e, mais especificamente, para a formulaçã o e
aprovaçã o dos instrumentos de implementaçã o do Plano Diretor.

Esta proposta foi elaborada para uma perspectiva de mé dio prazo, ou seja, dez anos, estando
sujeito a reavaliações periódicas, a cada 5 (cinco) anos ou sempre que fatos significativos o
requeiram, de acordo com o Artigo 39§ 3° da Lei Federal No 10.257, de 10 de julho de 2001 -
Estatuto da Cidade.

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1.2 PRINCÍPIOS DO PLANO DIRETOR

As propostas e diretrizes do Plano Diretor de Guaratuba vinculam-se à idé ia de desenvolvimento


sustentá vel, e nã o simplesmente de crescimento. A promoçã o do progresso de Guaratuba tem
como princípio o cumprimento das funções sociais do município e da propriedade urbana e rural,
garantindo:

I. justiça social e reduçã o das desigualdades sociais e regionais;

II. gestã o democrá tica, participativa e descentralizada, ou seja, a participaçã o de


diversos setores da sociedade civil e do governo, como: té cnicos da administraçã o
municipal e de órgã os públicos (estaduais e federais), pesquisadores das
universidades, movimentos populares, representantes de associações de bairros e
de entidades da sociedade civil, alé m de empresá rios de vá rios setores da produçã o;

III. direito universal à cidade, compreendendo à terra urbana, à moradia digna, ao


saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte, aos serviços
públicos, ao trabalho e ao lazer;

IV. preservaçã o e recuperaçã o do ambiente natural e construído;

V. enriquecimento cultural da cidade pela diversificaçã o, atratividade e competitividade;

VI. desenvolvimento e incentivo à instalaçã o de infra-estrutura e atividades turísticas na


orla, devido ao potencial balneá rio existente no Município;

VII. incentivo ao turismo rural e ecológico no Município, devido ao potencial paisagístico


e ambiental existente;

VIII. incentivo e desenvolvimento de prá ticas de maricultura, devido as características e


ao potencial da baía de Guaratuba para cultivo de organismos marinhos;

IX. fortalecimento da regulaçã o pública sobre o solo urbano mediante a utilizaçã o de


instrumentos redistributivos da renda urbana e da terra e controle sobre o uso e
ocupaçã o do espaço da cidade;

X. consideraçã o no Plano, em seus aspectos físico-territoriais, das exigê ncias das


normas urbanísticas admitidas em comum acordo entre o Estado, Município e
Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense – Conselho do
Litoral;

XI. integraçã o horizontal entre os órgã os e demais secretarias da Prefeitura,


promovendo a atuaçã o coordenada no desenvolvimento e aplicaçã o das estraté gias
e metas do Plano, consubstanciadas em suas políticas, programas e projetos.

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1.3 ABRANGÊ NCIA E PLANEJAMENTO DO PLANO DIRETOR

O Plano Diretor abrange a totalidade do território do Município de Guaratuba, definindo:

I. a funçã o social da propriedade;

II. os objetivos e diretrizes gerais de desenvolvimento urbano e rural do Município;

III. as políticas públicas de desenvolvimento urbano e rural;

IV. as políticas, programas, leis e ações estraté gicas;

V. o processo de planejamento, acompanhamento e revisã o do Plano Diretor.

Alé m da abrangê ncia, dentro do processo de planejamento e gestã o municipal, o Plano Diretor
define os seguintes aspectos:

a. disciplinamento do parcelamento e implantaçã o de loteamentos, assim como do


uso e da ocupaçã o solo urbano;

b. delimitaçã o do perímetro urbano;

c. zoneamento urbanístico;

d. estruturaçã o de instrumentos de planejamento, como: transferê ncia do direito


à construir, outorga onerosa do direito à construir, direito de preempçã o, dentre
outros;

e. estabelecimento de fundos de investimentos dos recursos do potencial


construtivo;

f. proposiçã o de diretrizes de drenagem e coleta e destinaçã o final de resíduos


sólidos;

g. estruturaçã o do plano plurianual e diretrizes orçamentá rias;

h. indicaçã o de políticas, programas e projetos setoriais ou de bairros;

i. formulaçã o do código de edificações e posturas;

j. formulaçã o do código de meio ambiente;

k. estabelecimento de programas de desenvolvimento econômico e social;

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l. proposiçã o da gestã o democrá tica da cidade.

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1.4 OBJETIVOS E DIRETRIZES GERAIS DO PLANO DIRETOR

O objetivo principal do Plano Diretor de Guaratuba consiste em disciplinar o desenvolvimento


municipal, garantindo qualidade de vida à populaçã o, bem como preservando e conservando os
recursos naturais locais.

Dentre os objetivos e diretrizes específicos do Plano Diretor de Guaratuba, destacam-se:

I. ordenar o crescimento urbano do Município, em seus aspectos fisico-ambiental, econômico,


social, cultural e administrativo, dentre outros;

II. promover o má ximo aproveitamento dos recursos administrativos, financeiros, naturais,


culturais e comunitá rios do Município;

III. ordenar o uso e ocupaçã o do solo, em consonâ ncia com a funçã o socioeconômica da
propriedade, com vistas a garantir condições de conforto ambiental, privacidade e segurança.
Para o alcance deste objetivo, tem-se como metas:

a. reformular e atualizar a legislaçã o municipal, visando estabelecer as normas reguladoras do


uso e ocupaçã o da propriedade urbana em prol do interesse coletivo, do bem-estar da
comunidade, da qualidade ambiental e da segurança dos cidadã os;

b. orientar o desenvolvimento do município;

c. regulamentar e controlar as iniciativas de parcelamento do solo urbano, de edificaçã o e de


uso e ocupaçã o dos imóveis, buscando equilíbrio com a disponibilidade de infra-estrutura
urbana e de serviço públicos essenciais;

d. preservar os espaços públicos para utilizaçã o coletiva;

e. evitar conflitos de usos, a proximidade de atividades incompatíveis e a instalaçã o de pólos


geradores de trá fego, sem a devida previsã o de medidas compensatórias ou mitigadoras.

IV. promover a equilibrada e justa distribuiçã o espacial da infra-estrutura urbana e dos serviços
públicos essenciais, visando:

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a. garantir a plena oferta dos serviços de abastecimento de á gua potá vel e de coleta dos
esgotos sanitá rios em toda a á rea urbanizada do Município;

b. assegurar a qualidade e a regularidade da oferta dos serviços de infra-estrutura de interesse


público, acompanhando e atendendo ao aumento da demanda;

c. garantir o atendimento dos serviços de infra-estrutura bá sica, como abastecimento de


á gua, esgotamento sanitá rio, drenagem urbana, coleta de lixo, limpeza urbana, energia
elé trica e pavimentaçã o, alé m das funções de habitaçã o, trabalho, lazer, cultura e convívio
com a natureza, bem como dos equipamentos comunitá rios necessá rios à populaçã o atual
e futura de Guaratuba, reduzindo as desigualdades hoje presentes no espaço urbano do
Município;

d. promover, em conjunto com as concessioná rias de serviços de interesse público, a


universalizaçã o da oferta dos serviços de energia elé trica, iluminaçã o pública,
telecomunicações, gá s canalizado e de transporte coletivos.

V. organizar e fortalecer o setor terciá rio de Guaratuba, disciplinando as atividades comerciais e


de prestaçã o de serviços, por meio da ordenaçã o do uso do solo, possibilitando, assim, o
seu desenvolvimento equilibrado;

VI. compatibilizar o uso dos recursos naturais e cultivados, alé m da oferta de serviços, com o
crescimento urbano, de forma a controlar o uso e ocupaçã o do solo;

VII. evitar a centralizaçã o excessiva de serviços, com base na criaçã o de corredores de serviços;

VIII. otimizar o aproveitamento do potencial turístico do Município, a partir do turismo religioso


turismo de veraneio, turismo ecológico-rural e da preservaçã o histórica, cultural e ambiental,
tendo por metas:

a. reforçar os elementos identificadores e diferenciadores do Município que tenham ou


possam vir a ter potencial turístico;

b. implantar equipamentos de infra-estrutura turística;

c. estimular a construçã o da cidadania e o compromisso do cidadã o com a sua cidade;

d. adotar prá ticas de comunicaçã o social que evidenciem os atrativos turísticos do Município.

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IX. proteger o meio ambiente, e com ele o ser humano, de qualquer forma de degradaçã o
ambiental, mantendo a qualidade da vida urbana e rural, com as finalidades de:

a. consolidar e atualizar a legislaçã o municipal de meio ambiente, criando os instrumentos de


gestã o ambiental, em consonâ ncia com as legislações estaduais e federais;

b. promover a preservaçã o, conservaçã o, defesa, recuperaçã o e melhoria do meio ambiente


natural, em harmonia com o desenvolvimento social e econômico do Município;

c. preservar as margens dos rios, mangues, encostas, fauna e reservas florestais do


Município, evitando a urbanizaçã o da zona rural, dos locais com declividade acima de 30%,
das á reas sujeitas à inundaçã o e dos fundos de vale;

d. contribuir para a reduçã o dos níveis de poluiçã o e degradaçã o ambiental e paisagística;

e. recuperar á reas degradadas;

f. aperfeiçoar soluções de limpeza urbana, de reduçã o do volume de resíduo gerado, de


reciclagem do lixo urbano, de tratamento e destino final dos resíduos sólidos.

X. utilizar ações de expansã o, adensamento ou consolidaçã o urbana conforme as características


das diversas partes do território urbano, definidas pelo Macrozoneamento do Plano Diretor
Físico-Territorial;

XI. intensificar o uso das regiões bem servidas de infra-estrutura e equipamentos para otimizar o
seu aproveitamento;

XII. direcionar o crescimento da cidade para á reas propícias à urbanizaçã o, evitando problemas
ambientais, sociais e de trâ nsito;

XIII. valorizar a paisagem de Guaratuba, a partir da preservaçã o de seus elementos constitutivos: a


baía de Guaratuba e seus afluentes, as unidades especiais de relevo cobertas pela Floresta
Atlâ ntica e suas unidades de conservaçã o;

XIV. dotar o Município de Guaratuba de instrumentos té cnicos e administrativos capazes de


prevenir os problemas do desenvolvimento urbano futuro e, ao mesmo tempo, indicar
soluções para as questões atuais;

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XV. promover a integraçã o da açã o governamental municipal com os órgã os federais e estaduais,
assim como com a iniciativa privada;

XVI. propiciar a participaçã o da populaçã o na discussã o e gestã o da cidade e na criaçã o de


instrumentos legais de decisã o colegiada, considerando essa participaçã o como produto
cultural do povo, com vistas a:

a. aperfeiçoar o modelo de gestã o democrá tica da cidade por meio da participaçã o dos vá rios
segmentos da comunidade na formulaçã o, execuçã o e acompanhamento dos planos,
programas e projetos para o desenvolvimento da cidade;

b. ampliar e democratizar as formas de comunicaçã o social e de acesso público à s


informações e dados da administraçã o;

c. promover fóruns de debates e avaliaçã o do modelo de desenvolvimento urbano, social e


econômico adotado.

1.5 FUNÇ Ã O SOCIAL DA PROPRIEDADE URBANA

A propriedade urbana cumpre sua funçã o social quando atende, simultaneamente, segundo
crité rios e graus de exigê ncia estabelecidos no Plano Diretor, no mínimo, aos seguintes requisitos:

I. atendimento das necessidades dos cidadã os quanto à qualidade de vida, à justiça


social, ao acesso universal aos direitos fundamentais individuais e socias e ao
desenvolvimento econômico e social;

II. compatibilidade do uso da propriedade com a infra-estrutura, equipamentos e


serviços públicos disponíveis, como també m com a preservaçã o da qualidade do
ambiente urbano e natural e com a segurança, bem-estar e saúde de seus
moradores, usuá rios e vizinhos.

A propriedade urbana deve atender a funçã o social da propriedade mediante sua adequaçã o à s
exigê ncias fundamentais de ordenaçã o da cidade, expressas no Plano Diretor, compreendendo:

I. a distribuiçã o de usos e intensidades de ocupaçã o do solo de forma equilibrada em


relaçã o à infra-estrutura disponível, aos transportes e ao meio ambiente, de modo a
evitar ociosidade e sobrecarga dos investimentos coletivos;

II. a intensificaçã o da ocupaçã o do solo condicionada à ampliaçã o da capacidade de


infra-estrutura;

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III. a melhoria da paisagem urbana;

IV. a preservaçã o dos recursos naturais do Município;

V. a recuperaçã o de á reas degradadas ou deterioradas, visando à melhoria do meio


ambiente e das condições de habitabilidade;

VI. o acesso à moradia digna, com a adequada oferta de habitaçã o para as faixas de
baixa renda;

VII. a regulamentaçã o do parcelamento, uso e ocupaçã o do solo, de modo a ampliar a


oferta de habitaçã o para a populaçã o de renda mais reduzida;

VIII. a promoçã o de sistema de circulaçã o e rede de transporte que assegure


acessibilidade satisfatória a todas as regiões da cidade.

Para os fins estabelecidos no Artigo 182 da Constituiçã o da República Federativa do Brasil,


promulgada em 05 de outubro de 1988, nã o cumprem a funçã o social da propriedade urbana, por
nã o atender à s exigê ncias de ordenaçã o da cidade, os terrenos, glebas ou lotes, totalmente
desocupados, ressalvadas as exceções previstas no Plano Diretor, sendo passíveis,
sucessivamente, de parcelamento, edificaçã o e utilizaçã o compulsórios, imposto predial e territorial
urbano progressivo no tempo e desapropriaçã o com pagamentos em títulos, com base nos artigos
5º, 6º, 7º e 8º da Lei Federal No 10.257/01 (Estatuto da Cidade).

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2 Políticas Públicas de Desenvolvimento Institucional

Para o desenvolvimento institucional do Município de Guaratuba, as principais políticas públicas


propostas se relacionam essencialmente com a reforma administrativa.

2.1 REFORMA ADMINISTRATIVA

Esta açã o objetiva alterar e complementar a Lei Municipal N° 770, de 13 de maio de 1997 (Sistema
Organizacional do Poder Executivo do Município de Guaratuba), priorizando a implementaçã o da
reforma administrativa de acordo com as seguintes diretrizes:

I. reformular a estrutura e funções da administraçã o pública municipal, objetivando ganho de


eficiê ncia e de qualidade, com foco no atendimento ao cidadã o, incentivando a participaçã o
da populaçã o nas formulações e definições de programas e projetos. Como medidas
previstas, tem-se:

a. devido à s características ambientais, onde 95% do território está inserido na APA (Á rea
de Proteçã o Ambiental) Estadual de Guaratuba, e à existê ncia de dois parques: Parque
Estadual do Boguaçu e Parque Nacional Saint Hilaire/Lange, criar e estruturar a
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, à qual deverá ser vinculado o IAG (Instituto
Ambiental de Guaratuba);

b. fornecer estrutura adequada para que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente possa
atender os objetivos estabelecidos no Plano Diretor, por meio da implantaçã o de infra-
estrutura, equipamentos e adequado quadro té cnico (com profissionais das á reas de
Biologia, Geografia Engenharia Florestal, Engenharia Ambiental etc.);

c. adequar o quadro de té cnicos da Secretaria Municipal de Urbanismo, por meio da


contrataçã o de té cnicos (pelo menos de profissionais das á reas de Arquitetura e
Urbanismo e Direito), de forma a atender as competê ncias desta Secretaria diante dos
objetivos do Plano Diretor.

II. criar o Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente: objetivando a participaçã o na


tomada de decisões relacionadas à s questões urbanísticas e ambientais, a ser constituído por
representantes da Prefeitura Municipal e da sociedade civil organizada. Este Conselho deverá :

a. ser presidido pelo Secretá rio Municipal de Urbanismo;

b. promover reuniões mensais com seus membros;

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c. promover a elaboraçã o e implementaçã o programas e projetos apontados neste Plano


Diretor, propondo outros, quando necessá rios;

d. atender as responsabilidades dispostas na lei do Código Ambiental;

III. criar o Conselho Municipal de Educaçã o e Cultura, objetivando a participaçã o na tomada de


decisões relacionadas à s questões de educaçã o e cultura, a ser constituído por
representantes da Prefeitura Municipal e da sociedade civil organizada. Propõe-se a
vinculaçã o do Instituto Histórico Cultural de Guaratuba a este Conselho, que deverá :

a. ser presidido pelo Secretá rio Municipal de Educaçã o;

b. promover reuniões mensais com seus membros;

c. promover a elaboraçã o e implementaçã o dos programas e projetos apontados neste


Plano Diretor, propondo outros, quando necessá rios;

IV. ampliar a capacidade de planejamento, programaçã o e gerenciamento de programas, projetos


e obras públicas;

V. fornecer serviço público adequado e eficiente;

VI. implantar programas de adequaçã o e aperfeiçoamento té cnico de pessoal;

VII. modernizar e adequar a estrutura tributá ria, visando o aumento da capacidade arrecadadora,
respeitados os princípios da justiça fiscal e da capacidade contributiva;

VIII. promover fóruns de debate e avaliaçã o do modelo de desenvolvimento urbano, social e


econômico adotado;

IX. implantar um sistema municipal integrado de informações, utilizando as tecnologias dos


sistemas de informações geográ ficas (SIG), como ferramenta de gestã o do Município,
sobretudo para a Secretaria Municipal de Urbanismo e para a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente;

X. adotar prá ticas de comunicaçã o social que estimulem tanto o conhecimento da cidade e de
seus atrativos quanto os serviços e as oportunidades que ela oferece.

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3 Políticas Públicas de Desenvolvimento Econô mico

As políticas de desenvolvimento econômico propostas para o Município de Guaratuba estã o


vinculadas principalmente com questões relacionadas ao turismo, maricultura, desenvolvimento
rural, trabalho, emprego e marinas.

3.1 TURISMO

O Poder Executivo, por meio da Secretaria Municipal de Esporte e Turismo, Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Obras, Viaçã o e Serviços e Secretaria Municipal de
Urbanismo, em conjunto com os Conselho Municipais de Urbanismo e Meio Ambiente e o
Guaratuba Turismo, darã o prioridade ao turismo como fator estraté gico de desenvolvimento
econômico e social do Município de Guaratuba, de acordo com as seguintes diretrizes:

I. incentivar e dotar de infra-estrutura de lazer e recreaçã o nos 15 km de praia do


Município, que se estendem desde a localidade de Caieiras até a Barra do Saí. Inclui-
se també m Prainha, balneá rio situado ao norte da baía de Guaratuba, com faixas que
variam de 6 (seis) a 280 (duzentos e oitenta) metros de largura, respeitando as
características naturais;

II. ordenar o crescimento urbano ao longo das faixas de praia e no entorno sul da baía;

III. incentivar a instalaçã o de estruturas turísticas, de acordo com o zoneamento


proposto e projetos específicos, como mobiliá rio urbano e recantos de lazer;

IV. promover o desenvolvimento de planos e projetos em pontos estraté gicos com


grande potencial turístico, como serras, morros, rios de planície, rios da serra,
sambaquis e ilhas, dentre outros;

V. incentivar o turismo ecológico e rural, com estabelecimento de trilhas e roteiros em


á reas urbanas e rurais, como no Morro do Pinto, Morro de Caieiras, Morro Morretes,
Parque Estadual do Boguaçu e Parque Nacional Saint Hilaire/Lange, obedecendo
crité rios estabelecidos nos respectivos planos de manejo, de acordo com as leis
ambientais;

VI. incentivar o turismo, com estabelecimento de programas de visita à Colônia de


Pescadores e outros locais onde ainda se preservam tradições, como realizaçã o de

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Plano Diretor de Guaratuba

festas típicas, com demonstraçã o de suas características tradicionais, construções


(principalmente casas e igrejas), venda de artesanato e gastronomia;

VII. incentivar a manutençã o dos estabelecimentos existentes, voltados a prá ticas


turísticas, como hoté is, restaurantes, clubes, pesque-pagues e haras, dentre outros
que apresentam densidade compatível com a sustentabilidade almejada para a APA
de Guaratuba;

VIII. incentivar, considerando os crité rios estabelecidos para a APA de Guaratuba, a


criaçã o de á reas de camping, hoté is, pousadas, bares, restaurantes etc.;

IX. divulgar as festividades e datas comemorativas do Município;

X. criar programas de educaçã o ambiental para proteçã o e preservaçã o do território


municipal, que é significativamente frá gil à s ações antrópicas nã o disciplinadas;

XI. criar um sistema de identificaçã o visual de informações sobre locais de turismo que
facilite o reconhecimento dos pontos turísticos;

XII. adequar o mobiliá rio urbano à uma identidade visual característica do Município;

XIII. capacitar e treinar os moradores de Guaratuba para as atividades turísticas;.

XIV. incentivar a instalaçã o de comé rcio de artesanato, doces, queijos, cerâ mica e
iguarias locais;

XV. dotar as á reas de maior fluxo com equipamentos de apoio ao turista e à populaçã o
local, como: bebedouros, banheiros com duchas para banhistas, telefones públicos
ou mesmo postos telefônicos;

XVI. incentivar a criaçã o de um centro de turismo;

XVII. investir na recuperaçã o e manutençã o do Centro Histórico, onde alguns edifícios


poderiam oferecer serviços como restaurantes, atividades culturais e comé rcio
voltado ao turismo, alé m do estabelecimento de incentivos fiscais, em conjunto com
Secretaria Estadual de Patrimônio e o IPHAN (Instituto Histórico e Artístico Nacional).

3.2 MARICULTURA

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por intermé dio do Instituto Ambiental de Guaratuba, e em
conjunto com o Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, darã o prioridade ao
desenvolvimento da maricultura como fator estraté gico e alternativo de desenvolvimento econômico
e social do Município, de acordo com as seguintes diretrizes:

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I. buscar parcerias para investimentos em equipamentos e novas té cnicas de cultivo dos


organismos marinhos, visando o aumento da produtividade;

II. determinar metas de trabalhos a serem desenvolvidos no CPPOM (Centro de Pesquisas e


Produçã o de Organismos Marinhos), por meio do Instituto Ambiental de Guaratuba;

III. incentivar e investir na implementaçã o de estruturas de cultivo de organismos marinhos e no


processo de organizaçã o, capacitaçã o e acompanhamento das comunidades pesqueiras para
consolidacã o desta atividade como fonte de complementaçã o de renda familiar e de
contribuiçã o para o restabelecimento dos recursos pesqueiros do complexo estuarino de
Guaratuba, podendo ser utilizada a estrutura existente do CPPOM;

IV. punir e desenvolver educaçã o ambiental para que sejam evitadas pescas predatórias e
respeitados os períodos de reproduçã o;

V. restringir a pesca para pequenas embarcações ou à quelas devidamente cadastradas nos


órgã os competentes;

VI. emitir licenças e autorizações para prá ticas da maricultura, como forma de controle desta
atividade pelo Município;

VII. determinar parâ metros e normas para a pesca profissional para o seu devido respeito à s
á reas destinadas aos pescadores artesanais;

VIII. promover políticas econômicas de incentivo à exportaçã o para outros estados ou mesmo
outros países;

IX. dotar de infra-estrutura adequada no Município para que possa constituir um centro de
recepçã o e escoamento do pescado, mariscos, ostras etc.;

X. determinar locais específicos e adequados para a comercializaçã o dos pescados, mariscos,


ostras, camarões e outros pescados, dentro de adequados padrões de higiene.

3.3 DESENVOLVIMENTO RURAL

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por meio do Instituto Ambiental de Guaratuba e em


conjunto com o Conselho de Meio Ambiente e Urbanismo, estimulará e apoiará o desenvolvimento
das atividades rurais, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social,
ampliando a oferta de trabalho e emprego, assim como a geraçã o de renda, sempre em
consonâ ncia com o Plano de Manejo da APA de Guaratuba e de acordo com as seguintes
diretrizes:

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I. buscar parcerias com instituições e órgã o estaduais ou federais, como Empresa


Paranaense de Assistê ncia Té cnica e Extensã o Rural (EMATER), Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuá ria (EMBRAPA) e Secretaria de a Agricultura e do Abastecimento do
Paraná (SEAB).

II. diversificar a produçã o agrícola, especialmente da fruticultura, hortifrutigranjeiros e


floricultura;

III. adequar e orientar o uso de agrotóxicos em á reas de conservaçã o ambiental


(especialmente na APA);

IV. viabilizar té cnicas de cultivo com uso mínimo de agrotóxicos nas atividades agrícolas
rentá veis, como banana, arroz irrigado, gengibre e mandioca;

V. incentivar a comercializaçã o da produçã o agrícola, como a bananicultura, em locais


adequados, de forma a exportar os excedentes a outros estados ou países como Argentina
e Uruguai;

VI. substituir os bananais localizados em á reas de preservaçã o permanente, como margens de


rios, encostas muito íngremes e topos de morros, pelo plantio de espé cies nativas
arbóreas;

VII. manter os plantios de Pinus sp. somente onde seja respeitada a legislaçã o ambiental;

VIII. incentivar o ordenamento, capacitaçã o e apoio à s ações de agroecologia desenvolvidas no


Litoral do Paraná , como suporte à agricultura sustentá vel;

IX. difundir o plantio do palmito, segundo conceito de silvicultura entre as comunidades


litorâ neas que sobrevivem da sua extraçã o, de forma que os palmiteiros saiam da
clandestinidade e passem a atuar de maneira responsá vel dentro da cadeia produtiva;

X. incentivar e promover a criaçã o de cooperativas e pequenas indústrias de transformaçã o,


onde os agricultores e a comunidade possam agregar valor ao seu produto;

XI. para as demais atividades econômicas, serã o adotadas as seguintes diretrizes:

a. incentivar a instalaçã o de indústrias nã o poluentes e compatíveis com os parâ metros


estabelecidos na legislaçã o;

b. estímular, por medidas de promoçã o e incentivo, a atraçã o de novos investimentos de


entidades públicas ou privadas no Município, coordenando o conseqüente
desenvolvimento econômico com a geraçã o de emprego e renda, a ocupaçã o correta
do solo urbano e o equilíbrio ambiental;

c. fornecer incentivos diferenciados à implantaçã o de microempresas, ampliando tanto a


oferta de cré ditos e programas de qualificaçã o e treinamento quanto o
estabelecimento de convê nios com entidades como o Serviço Nacional de

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Aprendigem Industrial (SENAI), Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço


Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE);

XVII. criar programas de orientaçã o e incentivo ao empreendedor, visando à regularizaçã o de suas


atividades e à reduçã o da informalidade em questões fiscais e trabalhistas no setor primá rio,
na indústria, no comé rcio e nos serviços;

XVIII. gerar condições para a formalizaçã o do trabalho;

XIX. incentivar a implantaçã o de indústrias complementares à atividade minerá ria, que nã o


agridam o meio ambiente;

XX. disciplinar o uso e ocupaçã o do solo na á rea rural, com base no mapeamento da vocaçã o
agrícola, agro industrial e turística da regiã o;

XXI. estabelecer um programa de melhoria e conservaçã o do sistema viá rio rural, garantindo
melhores condições para o escoamento da produçã o e també m incentivando o turismo rural
e ecológico;

XXII. considerar no Código de Posturas, aspectos específicos da á rea rural, para que as relações
de vizinhança sejam orientadas e estabelecidas, garantindo o acesso à s propriedades, a
manutençã o de estradas, a eletrificaçã o das residê ncias e das vias públicas, o abastecimento
de á gua, a adequada destinaçã o do lixo e esgoto, dentre outros benefícios;

XXIII. incrementar projetos de apoio ao pequeno e mé dio produtor em programas de


desenvolvimento tecnológico para melhor aproveitamento da terra, financiamento para a
produçã o, mediante convê nios com empresas estaduais e federais de pesquisa,
universidades e faculdades ligadas ao setor rural;

XXIV. fiscalizar a extraçã o minerá ria em á reas agrícolas e de proteçã o ambiental, em conformidade
com os órgã os ambientais das esferas municipal, estadual e federal;

XXV. garantir a preservaçã o de nascentes e do abastecimento e da qualidade da á gua na zona


rural;

XXVI. viabilizar a participaçã o ativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Instituto Ambiental
de Guaratuba e Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente da gestã o da á rea rural,
em conjunto com o Conselho Gestor da APA de Guaratuba;

XXVII. garantir e fiscalizar as atividades realizadas dentro dos limites do município, inclusive da APA
de Guaratuba.

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3.4 TRABALHO E EMPREGO

O Poder Executivo, a partir de suas Secretarias Municipais e Conselhos, estimularã o e apoiarã o a


ampliaçã o da oferta de emprego, a criaçã o de novas oportunidades de trabalho e de geraçã o de
renda, e a criaçã o de cursos profissionalizantes, conforme as seguintes diretrizes:

I. incentivar o artesanato e a produçã o de doces e iguarias artesanais, oferecendo pontos de


venda para escoamento desta produçã o;

II. estimular as parcerias com o setor privado para a instalaçã o de cursos profissionalizantes
e programas de treinamento para o turismo, inclusive o turismo ecológico;

III. apoiar a ampliaçã o de cursos universitá rios, atendendo, quando possível, os setores de
desenvolvimento local;

IV. criar programa de intercomunicaçã o empresa / escola, a fim de que os egressos de cursos
superiores possuam experiê ncia profissional e possam enquadrar-se mais facilmente no
mercado de trabalho;

V. priorizar o uso de á reas para a instalaçã o de atividades econômicas e empresariais, como


restaurantes, lanchonetes etc., com localizaçã o e acessibilidade privilegiadas em relaçã o a
rodovias e com características ambientais e morfológicas adequadas;

3.5 MARINAS

O termo “marina” é uma designaçã o gené rica adotada internacionalmente para instalações fixas de
apoio à s embarcações de recreio. Implica em um conjunto de serviços especializados e facilidades
aos usuá rios, nã o podendo ser confundida com simples atracadouro e/ou ancoradouro.

O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, do Instituto Ambiental
de Guaratuba (IAG) e da Secretaria Municipal de Urbanismo, será responsá vel pelo ordenamento
das marinas no Município de Guaratuba, a partir das seguintes diretrizes:

I. induzir ao cumprimento e fiscalizaçã o das normas e regulamentos específicos de


ocupaçã o e proteçã o ambiental, estabelecidos no Código Ambiental e legislaçã o pertinente;

II. estabelecer convê nio com órgã os federais e estaduais, especialmente Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová veis (IBAMA), Instituto Ambiental do
Paraná (IAP) e Secretaria do Patrimônio da Uniã o (SPU), que atuam na questã o de licenças
e autorizações para instalações de marinas;

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III. incentivar a adequaçã o de instalações operacionais e dispositivos como píer de atracaçã o


e amarraçã o de barcos; rampa de acesso; tanque de abastecimento e local de fundeio para
poitas, dentre outros, à s normas e legislaçã o pertinentes;

IV. exigir estudos ambientais e de impacto, de acordo com o porte e serviços prestados, a
crité rio do órgã o ambiental Municipal, Estadual e Federal. Solicitar no mínimo Plano de
Controle Ambiental (PCA) e Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS).

V. promover o cadastramentos das marinas existentes com o objetivo de levantar a situaçã o


atual destes empreendimentos, em um prazo de 240 dias após a aprovaçã o do Plano
Diretor, solicitando as seguintes documentações:

a. cópia do Registro de Imóveis e/ou documento que comprove a propriedade do


imóvel;

b. implantaçã o na escala 1:500 (1 via impressa e 1 via em meio digital);

c. licenças e autorizações ambientais existentes;

d. Plano de Controle Ambiental (PCA), o qual deverá contemplar no mínimo:


descriçã o do empreendimento (porte, fluxos, geraçã o de efluentes e resíduos,
estrutura, tipos de embarcações, público), diagnóstico ambiental da á rea do
empreendimento (descriçã o dos aspectos físicos, bióticos e antrópicos,
identificaçã o das á reas de maior fragilidade), principais impactos e medidas
mitigadoras;

VI. após a realizaçã o do cadastramento será realizada juntamente com os órgã os Federal e
Estadual uma aná lise das situações irregulares e estudos para a possibilidade de
regularizaçã o;

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4 Políticas Públicas de Desenvolvimento Social

As políticas de desenvolvimento econômico propostas para o Município de Guaratuba se


relacionam especialmente à s questões de saúde, educaçã o, cultura, esporte e recreaçã o, açã o
social, tributos e segurança pública.

4.1 SAÚ DE

No setor de prestaçã o de serviços de saúde, a Secretaria Municipal de Saúde e o Conselho


Municipal de Saúde atuarã o conforme as seguintes diretrizes:

I. garantir o atendimento dos serviços de saúde a todos os cidadã os, desenvolvendo


políticas de prevençã o de doenças;

II. reforçar ou implantar ações de vigilâ ncia epidemiológica e sanitá ria;

III. investir no atendimento bá sico à saúde, organizando e hierarquizando a rede de serviços


por distritos, de forma a garantir a existê ncia de unidades de saúde implantando,
gradativamente, o Programa de Saúde da Família;

IV. ampliar a cobertura do sistema de saneamento bá sico do Município, de forma a se prever


o acré scimo populacional, agravado nos meses de verã o pelos veranistas, evitando-se,
assim, riscos de doenças;

V. prever postos de saúde ou dotaçã o de infra-estrutura, adequada e compatível com os


meses de maior fluxo de turistas, nos hospitais existentes;

VI. solucionar questões como desnutriçã o, falta de higiene e saneamento bá sico, evitando a
incidê ncia de doenças como meningites, hepatite viral A e tuberculose;

VII. manter e ampliar o serviço de assistê ncia farmacê utica oferecido pelo Município à
populaçã o, fornecendo-lhe gratuitamente remé dios que compõem a farmá cia bá sica. A
medicaçã o poderá ser adquirida com recursos do Paraná Consórcio e contrapartida
municipal. O Município poderá adquirir també m outros medicamentos que nã o constam da
farmá cia bá sica, atendendo parcialmente a demanda local;

VIII. ampliar a participaçã o popular na elaboraçã o e execuçã o das políticas públicas de saúde,
sendo de competê ncia do Conselho Municipal de Saúde, a formulaçã o de estraté gias, a
implementaçã o do Código Sanitá rio e o controle da execuçã o da política pública de saúde
do Município, inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros;

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4.2 EDUCAÇ Ã O

A Secretaria Municipal de Educaçã o e Cultura e o Conselho Municipal de Educaçã o e Cultura


atuarã o nas seguintes diretrizes:

I. investir no ensino fundamental, de forma a garantir que nenhuma criança em idade escolar
esteja fora da escola, sendo-lhe garantida vaga próxima à sua residê ncia e ensino com
qualidade e atualidade. Para tanto, é previsto que:

a. a Secretaria Municipal de Educaçã o e Cultura deverá acompanhar os índices de


analfabetismo, propondo programas para a sua erradicaçã o;

II. investir na educaçã o infantil, especial, de jovens e de adultos e na educaçã o voltada à


capacitaçã o para o trabalho, como forma de superaçã o das distâ ncias sócio-culturais-
econômicas da populaçã o. Neste contexto, observa-se que:

a. a Secretaria Municipal de Educaçã o e Cultura será responsá vel pela busca de


realizações de convê nios com instituições estaduais e federais;

III. estimular e garantir a permanê ncia do aluno na escola, oferecendo-lhe infra-estrutura


física, equipamentos e recursos materiais bá sicos necessá rios ao desenvolvimento das
atividades de ensino e ao pleno atendimento da populaçã o;

IV. garantir o transporte escolar da rede municipal de ensino, considerando que:

a. a Secretaria Municipal de Educaçã o e Cultura deverá garantir acesso à s escolas a


todos, com base em convê nios ou por meios próprios;

V. informatizar a rede municipal de ensino, considerando que:

a. a Secretaria Municipal de Educaçã o e Cultura deverá estabelecer parcerias para


que, num prazo de 24 meses, todas as unidades possuam pelo menos 1 (um)
computador à disposiçã o dos professores e alunos;

VI. desenvolver programas de treinamento e aperfeiçoamento profissional específico;

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4.3 CULTURA

O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal de Educaçã o e Cultura, em conjunto com
o Conselho Municipal da Educaçã o e Cultura e o Instituto Histórico Cultural de Guaratuba,
promoverá o desenvolvimento de programas de acesso à cultura, de acordo com as seguintes
diretrizes:

I. implantar uma Biblioteca Pública Municipal, com incentivo à leitura e ao desenvolvimento


da cultura;

II. construir ou incentivar a instalaçã o de salas para desenvolvimento de atividades culturais e


educativas, oferecendo opções de cursos para a populaçã o, tais como: teatro, dança,
pintura, artesanato etc.;

III. incentivar a criaçã o de espaços para exposições temporá rias e permanentes;

IV. identificar á reas e bens que constituem o patrimônio histórico e cultural do Município, com
base em estudos e planos específicos. Neste â mbito, podem ser destacadas as seguintes
ações:

a. recuperar o “antigo cinema” e da Casa Muller, com potencial de uso cultural;

b. elaborar um plano de preservaçã o do Centro Histórico, que proporcionará a


recuperaçã o e manutençã o dos edifícios tombados (Casa Muller e Igreja Nossa
Senhora do Bom Sucesso) e de interesse histórico, a partir da definiçã o dos
“graus de proteçã o” para cada edificaçã o e os parâ metros de uso e delimitações.
Para tanto, poderã o ser realizadas parcerias entre a Prefeitura Municipal de
Guaratuba, Secretaria Estadual da Cultura e o Instituto Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN), dentre outras instituições;

V. manter e preservar do referencial paisagístico e cultural entre o Morro do Pinto e o Morro


Parque Morretes, protegendo a á rea de ações antrópicas ou mesmo construções com
elevado número de pavimentos em suas proximidades, evitando-se, desta maneira, a
descaracterizaçã o da paisagem;

VI. promover a atividade cultural nas escolas, a partir de programas e projetos elaborados pelo
Município em conjunto com o Conselho Municipal de Educaçã o e Cultura.

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4.4 ESPORTE E RECREAÇ Ã O

O Poder Executivo, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Turismo, do Conselho Municipal
de Educaçã o e Cultura e da Guaratuba Turismo, promoverã o o esporte e a recreaçã o de acordo
com as seguintes diretrizes:

I. implantar ou manter quadras esportivas, giná sios de esportes e á reas de lazer, em á reas
públicas ou em bairros com maiores carê ncias;

II. promover ou incentivar o esporte aquá tico, realizando campeonatos específicos;

a. desenvolver o esporte como forma de divulgaçã o e captaçã o de eventos e


recursos para o Município;

b. manter ou equipar campos de futebol já existentes;

c. promover a atividade esportiva nas escolas e no Município, como forma de


prevençã o à marginalidade social;

d. oferecer oportunidade ao estudante para participaçã o de equipes interescolares,


com a promoçã o de campeonatos juvenis municipais.

4.5 AÇ Ã O SOCIAL

O Pode Executivo, por meio da Secretaria Municipal de Bem-Estar Social e em parceria com outras
instituições ou associações, desenvolverá programas de inclusã o social, conforme as seguintes
diretrizes:

I. estimular a construçã o da cidadania e o compromisso do cidadã o com sua cidade e da


cidade com seus cidadã os;

II. garantir a justa aplicaçã o da renda pública, criando condições para melhores condições de
vida na cidade;

III. garantir a segurança para viver, trabalhar, estudar, circular, investir e praticar o lazer,
criando alternativas para o Município;

IV. priorizar a aplicaçã o dos investimentos públicos à queles grupos sociais ou à quelas á reas
do Município menos atendidas ou que se encontrem abaixo das condições mínimas de
qualidade de vida;

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V. acompanhar e apoiar o programa federal de renda mínima vinculada à permanê ncia


escolar;

VI. estimular parcerias com a iniciativa pública e privada nas atividades comunitá rias e de
inclusã o social;

VII. desenvolver programas de atendimento à s pessoas portadoras de deficiê ncia, de amparo


à s crianças e adolescentes carentes, e de proteçã o à família, à maternidade, à infâ ncia, à
adolescê ncia e à velhice;

VIII. monitorar a classificaçã o do Município no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),,


adotando medidas consistentes nas á reas de saúde, educaçã o, segurança, promoçã o
humana, gestã o fiscal, trabalho e emprego, que permitam a melhoria de sua avaliaçã o.

4.6 TRIBUTOS

O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal da Fazenda e da Secretaria Municipal de
Administraçã o, promoverá a revisã o do Código Tributá rio Municipal, observando a sua competê ncia
na instituiçã o e cobrança de impostos, taxas e contribuiçã o de melhoria, de acordo com as
seguintes diretrizes:

I. atualizar a Planta Gené rica de Valores com base na atualizaçã o do Cadastro Té cnico
Municipal. Sob esta ótica, destacam-se:

a. considerar, nesta atualizaçã o, as á reas alodiais;

b. atualizar em um prazo de 18 (dezoito) meses a Planta Gené rica de Valores;

II. desenvolver programa de regularizaçã o imobiliá ria de acordo com as demais disposições
da lei proposta;

III. renegociar dívidas decorrentes de nã o pagamento de Imposto Predial e Territorial Urbano


(IPTU);

IV. definir, após a atualizaçã o da Planta Gené rica de Valores, a á rea de cobrança do IPTU
progressivo dentro do perímetro definido, conforme Mapa em anexo, como sendo a Á rea
de Consolidaçã o Urbana, seguindo crité rios e parâ metros definidos nesta proposta e lei
específica.

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4.7 SEGURANÇ A PÚ BLICA

O Poder Executivo, por meio da Comissã o Municipal de Defesa Civil (COMDEC) e Assessoria de
Planejamento, atuará no â mbito da segurança pública, com base nas seguintes diretrizes:

I. dotar a cadeia existente com infra-estrutura adequada, evitando a superlotaçã o e


respeitando as mínimas condições de higiene para os presos e funcioná rios;

II. prevenir crimes e delitos usuais no Município, como furtos residenciais e trá fego de
drogas, agravados na é poca de temporada. Neste contexto, sã o previstos:

a. realizar parcerias com outros órgã os, nas esferas estadual e federal;

III. dotar o Município de Guarda Municipal, compatível com a demanda municipal,


principalmente em é pocas de temporada, face ao aumento de veranistas que visitam a
cidade. Para tanto, deverá ocorrer:

a. buscar recursos junto ao Estado e previsã o no orçamento do Município de


recursos para implementaçã o da Guarda Municipal;

IV. prever a implantaçã o de um núcleo ou delegacia de atendimento à mulher;

V. apoiar o Corpo de Bombeiros com infra-estrutura adequada, os quais auxiliam na guarde


de banhistas, em especial, em é pocas de veraneio. Neste sentido, deve ocorrer:

a. auxiliar na diferenciaçã o e colocaçã o de sinalizaçã o nas á reas de risco;

b. criar um canal de comunicaçã o entre a Prefeitura e o Corpo de Bombeiros;

c. acompanhar os índices de acidentes e afogamentos;

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5 Políticas Públicas de Desenvolvimento Físico-Ambiental

As políticas de desenvolvimento físico-ambiental propostas para o Município de Guaratuba se


referem principalmente à s questões de meio ambiente, recursos hídricos, abastecimento de á gua,
drenagem, esgotamento sanitá rio, coleta e tratamento de resíduos sólidos, iluminaçã o pública e
privada, sistema viá rio, transporte coletivo, ordenaçã o do uso e ocupaçã o do solo urbano,
regularizaçã o fundiá ria, e delimitaçã o do perímetro urbano.

5.1 MEIO AMBIENTE

O Poder Executivo, a partir da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Conselho Municipal de


Urbanismo e Meio Ambiente, promoverá a valorizaçã o, o planejamento e o controle do meio
ambiente, de acordo com as seguintes diretrizes:

I. criar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA);

II. criar o Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente;

a. estabelecer o Código de Meio Ambiente em Lei Ordiná ria;

b. assegurar os parâ metros de uso e de gestã o da APA Estadual de Guaratuba


(Decreto Estadual No 1.234, de 27 de março de 1992), Parque Estadual do
Boguaçu e Parque Nacional Saint Hilaire/Lange e demais unidades de
conservaçã o;

c. participar na elaboraçã o dos planos de manejo da APA Estadual de Guaratuba, do


Parque Estadual do Boguaçu e Parque Nacional Saint Hilaire/Lange;

d. rever e aperfeiçoar a legislaçã o ambiental municipal, alé m da Lei Orgâ nica do


Município, para sua atualizaçã o e adequaçã o aos preceitos da legislaçã o proposta,
onde qualidade de vida e ambiental significam saúde para a populaçã o;

III. fomentar a aprovaçã o do Plano de Manejo junto ao Estado e órgã os competentes, no


menor prazo possível;

IV. considerar o meio ambiente como elemento fundamental do sistema do planejamento e


desenvolvimento sustentá vel do Município, principalmente da á rea rural;

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V. criar os instrumentos necessá rios ao exercício das funções de planejamento, controle e


fiscalizaçã o de todas as atividades que tenham interferê ncia no meio ambiente do
Município;

VI. mapear as á reas ambientalmente frá geis, de forma a especificar os usos adequados
relativos ao solo, procurando preservar ou restabelecer a vegetaçã o e há bitats originais;

VII. compatibilizar usos e conflitos de interesse nas á reas de conservaçã o ambiental e


agrícolas, especialmente nas de preservaçã o permanente;

VIII. preservar os espaços públicos disponíveis para utilizaçã o coletiva, buscando ampliar a
oferta de espaços qualificados, integrados ao ambiente natural e destinados ao convívio,
lazer e cultura da comunidade;

IX. restringir o uso e a ocupaçã o dos fundos de vale, das á reas sujeitas à inundaçã o, dos
locais de declividade acentuadas, das cabeceiras de drenagem e das florestas e á reas
verdes significativas;

X. adotar medidas que contribuam para a reduçã o dos níveis de poluiçã o e de degradaçã o
ambiental e paisagística;

XI. capacitar funcioná rios dos órgã os ambientais competentes para o exercício do
licenciamento ambiental dos empreendimentos a serem implantados no Município,
especialmente nas á reas de maior vulnerabilidade, onde a ocupaçã o será controlada por
meio de diretrizes emanadas do poder público, por meio da exigê ncia de Plano de Controle
Ambiental (PCA), - Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório (EIA/RIMA),
Relatório Ambiental Pré vio (RAP), Estudo de Impacto sobre a Vizinhança ou outros
estudos ambientais pertinentes;

XII. estabelecer crité rios e diretrizes para a elaboraçã o do Estudo de Impacto sobre a
Vizinhança,

XIII. preservar as á reas ambientalmente frá geis ocupadas e recuperar as degradadas,


especialmente as margens dos córregos urbanos, orla de praia e topos dos morros
Caieiras, Pinto e Parque Morretes, bem como as á reas circundantes;

XIV. adotar programa de despoluiçã o dos córregos, promovendo a separaçã o das descargas do
sistema de coleta de esgotos destes cursos d`á gua;

XV. desenvolver programa de educaçã o ambiental junto à s escolas da rede pública e particular,
objetivando, inclusive:

a. criar parceria com a Secretaria Municipal de Educaçã o e Cultura, para promoçã o


de ações e atividades de educaçã o ambiental;

XVI. incrementar a arborizaçã o em vias, equipamentos públicos, fundos de vale e vá rzeas, com
espé cies adequadas;

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Plano Diretor de Guaratuba

XVII. cumprir, quando possível e em acordo com os vá rios níveis da gestã o pública, as diretrizes
estabelecidas nos planos e outros produtos de planejamento ambiental ou relacionados,
como: a Agenda 21, Projeto Orla, Planos de Manejo, Zoneamentos Costeiros; Programas
de Arborizaçã o, Á reas Verdes e Unidades de Conservaçã o; Plano Anual de Defesa do Meio
Ambiente e Plano de Comunicaçã o Visual, dentre outros;

XVIII. exigir o cumprimento da legislaçã o ambiental, principalmente no que tange a questã o do


licenciamento, que será estabelecido por lei, no Código Ambiental.

5.2 RECURSOS HÍDRICOS, ABASTECIMENTO DE Á GUA E DRENAGEM

O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, observará as seguintes diretrizes em relaçã o aos recursos hídricos e ao
abastecimento de á gua:

I. preservar o ponto de captaçã o de á gua, no Rio do Meio, localizado no Morro do Meio,


Serra do Mar, e dos reservatórios – Central e Morro do Cristo;

II. desenvolver, em conjunto com a Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR),


alternativas de captaçã o de á gua para abastecimento urbano, prevendo a demanda da
populaçã o na temporada de veraneio;

III. fomentar o re-uso da á gua para fins menos nobres, tais como descargas em edifícios
públicos, escolas e indústrias, formulando programas específicos para esta finalidade;

a. desenvolver estudos para a aplicaçã o de sistemas de re-uso da á gua;

b. elaborar lei específica para o re-uso da á gua;

IV. impedir a abertura de novos loteamentos em á reas onde nã o haja o abastecimento por
á gua canalizada tratada, evitando a abertura de poços artesianos;

V. demarcar, recuperar e preservar as fontes e nascentes de á gua na malha e perímetro


urbanos;

VI. garantir a plena oferta dos serviços de abastecimento de á gua potá vel, em toda da á rea
urbanizada do Município, assegurando a qualidade e regularidade na oferta dos serviços,
assim como acompanhamento e atendimento da evoluçã o da demanda;

a. a Secretaria Municipal de Urbanismo somente poderá autorizar a ligaçã o de á gua


após comprovaçã o da dominialidade do proprietá rio, seja com a posse, aluguel,
(contratos), matrículas ou outros documentos.

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A Secretaria Municipal de Obras, Viaçã o e Serviços, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a


Secretaria Municipal de Urbanismo seguirã o as seguintes diretrizes em relaçã o à drenagem urbana:

I. garantir a manutençã o das vá rzeas dos córregos urbanos como á reas de preservaçã o, de
maneira a suportar as cheias dos córregos sem prejuízos humanos;

II. consolidar a implantaçã o do Plano de Macrodrenagem, elaborado pela Superintendê ncia


Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (SUDERHSA),
considerando que:

a. na aprovaçã o do loteamento ou outra forma de ocupaçã o, a Secretaria Municipal


de Urbanismo deverá verificar e analisar o projeto de drenagem apresentado pelo
proprietá rio;

b. quando nã o especificado no Plano de Drenagem, a Prefeitura deverá exigir


soluções.

III. manter as á reas de preservaçã o permanente destinadas a esta finalidade, privilegiando


usos compatíveis com os atributos que justificam a preservaçã o, como parques lineares,
passeios para pedestre (pista de cooper) e ciclovias, dentre outros;

IV. manter os leitos naturais dos córregos e rios, mesmo em á rea urbana, evitando
canalizações fechadas e construções de vias sobre córregos, procedimentos estes que
podem provocar enchentes;

V. impedir a ocupaçã o das margens por habitações irregulares com o monitoramento e


vigilâ ncia contínuas, alé m de desenvolver projeto de comunicaçã o com as associações de
moradores dos bairros e moradores das á reas ribeirinhas para conscientizaçã o da
importâ ncia da manutençã o dessas á reas, formando, assim, aliados para a vigilâ ncia
dessas á reas ambientalmente frá geis;

VI. Atualizar o Plano Diretor de Drenagem da cidade de Guaratuba, com base no Plano Diretor
de Drenage,m elaborado pela SUDERHSA, de forma a administrar a implantaçã o de
loteamentos, manter o respectivo cadastro da rede de drenagem na Prefeitura e possibilitar
ao poder público o gerenciamento e manutençã o dos canais, alé m de possibilitar a
incorporaçã o da rede hídrica natural ao sistema de drenagem de á guas pluviais.

5.3 ESGOTAMENTO SANITÁ RIO

O Poder Executivo observará as seguintes diretrizes em relaçã o ao esgotamento sanitá rio:

I. promover, a partir de convê nios e parcerias, a ampliaçã o do sistema de esgotamento


sanitá rio de Guaratuba, a fim de que este se estenda a todos os bairros do Município,
inclusive para os novos loteamentos e chá caras;
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II. garantir a plena oferta dos serviços de coleta dos esgotos sanitá rios e demais serviços de
infra-estrutura urbana de interesse público, em toda a da á rea urbanizada do Município,
assegurando a qualidade e regularidade na oferta dos serviços, assim como
acompanhamento e atendimento da evoluçã o da demanda, principalmente na é poca de
veraneio;

III. fiscalizar as ligações de esgoto, impedindo que as mesmas se façam nas redes de á guas
pluviais;

IV. fiscalizar e coibir a ligaçã o de á gua pluvial nas redes de esgoto.

5.4 COLETA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓ LIDOS

A Secretaria Municipal de Obras, Viaçã o e Serviços observará as seguintes diretrizes em relaçã o a


coleta e tratamento de resíduos sólidos:

I. prever e reservar á reas necessá rias à expansã o e modernizaçã o do sistema de destinaçã o


final de resíduos sólidos, considerando, inclusive, estaçã o de separaçã o e tratamento de
resíduos reciclá veis;

II. garantir, de forma satisfatória, a demanda de coleta de lixo na cidade, com especial
atençã o nas é pocas de veraneio;

III. dotar e manter o aterro sanitá rio existente com infra-estrutura adequada e compatível com
tal atividade, como: isolamento da á rea, controle de acesso, sistema de drenagem de
percolado e de gases;

IV. apoiar as iniciativas particulares de coleta seletiva associada a programas de reciclagem


de lixo, podendo ser desenvolvido, eventualmente, em consórcio com municípios vizinhos;

V. criar legislaçã o específica e incentivos ao programa de reciclagem do lixo urbano;

VI. criar um sistema municipal de coleta e disposiçã o adequada de entulho, divulgando esses
programas, de maneira a evitar que o entulho de construções e de poda de vegetaçã o seja
disposto irregularmente em terrenos vazios e sítios rurais;

VII. promover, em parcerias com outras secretarias, soluções para as famílias instaladas
próximo ou sob á rea de lixã o.

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5.5 ILUMINAÇ Ã O PÚ BLICA E PRIVADA

O Poder Executivo observará as seguintes diretrizes em relaçã o à iluminaçã o pública:

I. implantar programas de reduçã o dos gastos com iluminaçã o pública;

II. garantir a iluminaçã o das vias, logradouros e equipamentos públicos;

III. adequar os tipos de luminá rias da iluminaçã o pública, bem como a extensã o da rede a
todas as regiões do Município;

IV. prever a garantia de abastecimento elé trico em é pocas de veraneio.

5.6 SISTEMA VIÁ RIO

O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal de Obras, Viaçã o e Serviços, observará
as seguintes diretrizes em relaçã o ao sistema viá rio:

I. garantir o acesso a todos os bairros do Município por via pública pavimentada e integrada
à malha viá ria principal;

II. implementar estudos para o novo sistema viá rio, regulamentado por Lei Ordiná ria;

III. promover a criaçã o de um eixo viá rio turístico ao longo das avenidas Visconde do Rio
Branco e Sã o Paulo, com a implantaçã o de ciclovia, mobiliá rio urbano e paisagismo.

IV. promover a implantaçã o da Avenida Paraná em trê s etapas. A primeira deverá ser
concluída em 24 meses, sendo que a segunda e a terceira, juntas,em mais 36 meses,
contados a partir da publicaçã o da Lei do Plano Diretor e da Lei Ordiná ria do Sistema
Viá rio, conforme figura abaixo:

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Figura: Etapas para a implementaçã o da Avenida Paraná

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5.7 TRANSPORTE COLETIVO

O Poder Executivo a partir da Secretaria Municipal de Obras, Viaçã o e Serviços, Secretaria


Municipal de Urbanismo, e, quando necessá rio, com o apoio da Secretaria Municipal de Educaçã o
e Cultura (Transporte Escolar), em conjunto com as empresas de concessã o específica que
operam o transporte coletivo urbano e o intermunicipal, observará as seguintes diretrizes:

I. garantir a mobilidade e acessibilidade da populaçã o, a partir da integraçã o entre os


sistemas municipal e intermunicipal de transporte coletivo de massa nos aspectos físico e
operacional, sendo necessá rio:

a. rever e readequar os itinerá rios dos ônibus;

b. garantir a circulaçã o entre bairros e setores diversos do Município, inclusive na


á rea rural;

c. garantir acesso a outros balneá rios, como: Caiobá , Praia de Leste e Itapoá , dentre
outros;

d. garantir acesso a outros centros urbanos, como: Curitiba, Matinhos, Itajaí,


Florianópolis, Porto Alegre, Pelotas e demais centros.

II. garantir o atendimento de transporte em horá rios especiais, como nos finais de semanas e
feriados, inclusive, visando:

a. garantir os serviços de transporte coletivo nas é pocas de temporada,


disponibilizando, caso necessá rio, veículos extras,.

b. implantar itinerá rios alternativos em é pocas de veraneio, para compatibilizar com o


fluxo intenso de veículos neste período.

III. garantir e manter o transporte escolar público para alunos dos ensinos fundamental,
mé dio, e superior, assim como da á rea urbana e rural. Para tanto, prevê -se:

a. manter, para o nível de ensino superior, o transporte intermunicipal de Guaratuba a


Paranaguá e o transporte interestadual de Guaratuba a Joinville;

IV. criar um itinerá rio turístico;

V. descongestionar o trâ nsito do Centro Histórico, controlando e limitando o trá fego pesado.

VI. Garantir o atendimentos de transporte coletivo, no mínimo, entre os horá rios das 05:00 até
à s 23:00.
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VII. Prever a implantaçã o de um terminal de ônibus junto a rodoviá ria municipal;

O Poder Executivo, por meio de concessã o, autorizaçã o ou permissã o a empresas específicas,


observará as seguintes diretrizes em relaçã o ao aeroporto municipal e transporte aé reo para fins
turísticos e balsas:

I. readequar o aeroporto municipal, preservando as faixas de domínio e o cone da


aeroná utica, para garantir o transporte aé reo. Neste â mbito, deve-se;

a. garantir a boa conservaçã o da pista de pouso, que també m é utilizada para


pousos de emergê ncia;

b. solicitar a elaboraçã o do Plano Bá sico de Zona de Proteçã o de Aeródromos e


plano específico da Zona de Proteçã o à autoridade aeroná utica competente;

c. garantir a operaçã o do helicóptero pertencente ao Governo do Estado, que


també m presta socorro durante a temporada de veraneio;

d. prever á rea de ampliaçã o do aeroporto;

II. A empresa detentora da concessã o para operaçã o de balsas (ferry boat) deve garantir o
transporte de pessoas, veículos e cargas (com destino ou origem em Guaratuba), na
travessia da baía de Guaratuba, onde o Poder Público deverá :

a. exigir a cobrança de tarifas módicas;

b. fiscalizar, em conjunto com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), a


realizaçã o de manutenções periódicas nas balsas, assegurando o bom
funcionamento e a segurança dos usuá rios;

c. exigir junto ao Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e a empresa


concessioná ria, o respeito aos horá rios de funcionamento e sua ampla publicidade
aos horá rios de funcionamento, inclusive em é pocas de temporada, podendo ser
ininterrupto;

d. exigir, junto ao Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e a empresa


concessioná ria, a conservaçã odo local de atracadouro das balsas, correspondente
atualmente ao Morro do Pinto;

e. exigir, junto ao Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e a empresa


concessioná ria, a garantia de segurança no transporte de cargas perigosas e
separadamente de qualquer outro tipo de veículo ou passageiros;

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f. criar regulamentaçã o específica para o transporte de conteiners, permitindo


somente a chegada/destino a Guaratuba e a saída/origem de Guaratuba, devendo
ser comprovados seu destino e origem.

5.8 ORDENAÇ Ã O DO USO E OCUPAÇ Ã O DO SOLO URBANO

O Poder Executivo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e do Conselho Municipal de


Urbanismo e Meio Ambiente, promoverá a ordenaçã o do parcelamento, uso e ocupaçã o do solo,
utilizando-se da Lei de Zoneamento de Uso e Ocupaçã o do Solo e da Lei de Parcelamento do Solo,.
de acordo com as seguintes diretrizes:

I. implementar a Lei de Zoneamento de Uso e Ocupaçã o do Solo para o planejamento do


desenvolvimento, da distribuiçã o espacial da populaçã o e das atividades econômicas, de
modo a prevenir e a corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos
sobre o meio ambiente;

II. ofertar equipamentos urbanos comunitá rios, transporte e outros serviços públicos
adequados aos interesses e necessidades da populaçã o e à s características locais;

III. integrar e complementar as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento


socioeconômico sustentá vel;

IV. promover a regularizaçã o fundiá ria e a urbanizaçã o de á reas ocupadas por populaçã o de
baixa renda, mediante o estabelecimento de normas especiais de uso e ocupaçã o do solo
e utilizaçã o dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade, considerando a situaçã o
socioeconômica da populaçã o e as normas ambientais;

V. viabilizar a gestã o democrá tica, por meio de participaçã o da populaçã o;

VI. adotar as diretrizes de parcelamento do solo determinadas por lei específica, prevendo-se:

a. criar novos parâ metros para definiçã o das á reas públicas na aprovaçã o de novos
loteamentos, em que seja considerada a densidade de ocupaçã o;

b. estabelecer a obrigatoriedade de inclusã o, no projeto de parcelamento, da


designaçã o do uso de cada uma das á reas públicas previstas, de acordo com as
novas diretrizes municipais;

c. exigir á reas institucionais acima do dimensionamento padrã o, em funçã o da


aná lise da disponibilidade de equipamentos no entorno;

d. estabelecer a definiçã o, pelo poder público, da localizaçã o das á reas públicas, por
ocasiã o do fornecimento de diretrizes para os loteamentos;

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e. prever a continuidade de á reas verdes e institucionais entre vá rios parcelamentos,


evitando a pulverizaçã o destas á reas públicas;

f. vincular a aprovaçã o de novos loteamentos à pré via atualizaçã o cadastral, em


meio digital, de toda á rea objeto de parcelamento do solo, georreferenciada com a
base cartográ fica municipal;

g. condicionar a aprovaçã o de novos loteamentos, inclusive na Zona de Transiçã o, a:

- pré vio licenciamento ambiental junto ao órgã o municipal competente;

- aprovaçã o de novos loteamentos, inclusive loteamentos de grande lotes, ao


abastecimento de á gua potá vel pela concessioná ria do serviço público e ao
tratamento do seu esgoto;

h. explicitaçã o na legislaçã o complementar da observâ ncia ao Código Florestal


Brasileiro (Lei Federal No 4771, de 15 de setembro de 1965) das restrições
existentes em á reas com declividade maior que 30% (trinta por cento) e de
preservaçã o permanente à s margens de cursos d’á gua e em cabeceiras de
nascentes, que nã o poderã o ser computadas como á reas verdes ou institucional;

VII. estabelecer o prazo de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir da publicaçã o da Lei
do Plano Diretor, para os proprietá rios dos loteamentos considerados regulares nã o
implantados para realizar a sua implantaçã o parâ metros já aprovados, atendida a
legislaçã o ambiental vigente. Quando do vencimento deste prazo, o proprietá rio deverá
iniciar um novo processo de licenciamento para a implantaçã o de parcelamentos,
obedecendo aos parâ metros definidos pela nova lei específica;

VIII. estabelecer o prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir da publicaçã o da Lei do Plano
Diretor, para o Poder Público empenhar-se em firmar convê nio com os cartórios de
registro de imóveis, visando à padronizaçã o nos procedimentos e na documentaçã o
relativos à aprovaçã o e ao registro do loteamento.

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5.9 REGULARIZAÇ Ã O FUNDIÁ RIA

O Poder Executivo, por intermé dio da Secretaria Municipal de Urbanismo, da Secretaria Municipal
do Bem-Estar Social, da Secretaria Municipal de Obras, Viaçã o e Serviços, da Assessoria de
Planejamento, da Procuradoria Geral do Município e do Conselho Municipal de Urbanismo e Meio
Ambiente, desenvolverã o o Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria e respectivos programas,
nos termos da legislaçã o federal aplicá vel, seguindo as seguintes diretrizes:

I. integrar os assentamentos/ocupações irregulares ao conjunto da cidade, sem se restringir


somente à resoluçã o dos problemas de posse dos ocupantes;

II. estabelecer parceria com o Ministé rio Público para o desenvolvimento do Plano Municipal
de Regularizaçã o Fundiá ria, devendo o Município acionar e consultar a Corregedoria Geral
da Justiça do Estado do Paraná ; com vistas a ajuizar ações judiciais para soluçã o dos
problemas de regularizaçã o fundiá ria, a exemplo de cassaçã o de loteamentos irregulares,
ações de usucapiã o coletivas etc.;

III. firmar convê nios com os cartórios de registros de imóveis, visando o barateamento
(descontos) nos registros dos títulos de terra objetos de regularizaçã o;

IV. instituir, para a elaboraçã o e execuçã o do Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria, num
prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir da publicaçã o da Lei do Plano Diretor, uma
comissã o té cnica formada por membros da Secretaria Municipal de Urbanismo, Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal do Bem-Estar Social, té cnicos com
formações nas seguintes á reas: Arquitetura e Urbanismo, Direito, Assistê ncia Social,
Cartografia e/ou Geografia, alé m do Conselho do Litoral, das associações de bairros e
moradores, de ONG’s e do Ministé rio Público;

V. mapear as á reas irregulares, na fase inicial do Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria,
com o apoio em aerofotogrametria e geoprocessamento, possibilitando o cadastramento
das á reas e famílias;

VI. garantir, na medida do possível, assessoria té cnica, social e jurídica gratuita à populaçã o
de baixa renda (até 3 – trê s – salá rios mínimos) para a execuçã o da regularizaçã o
fundiá ria;

VII. urbanizar e promover a regularizaçã o fundiá ria das ocupações irregulares, incorporando-as
ao tecido urbano regular, garantindo aos seus moradores condições dignas de moradia,
acesso aos serviços públicos essenciais e direito ao uso do imóvel ocupado;

VIII. atuar principalmente na regularizaçã o priorizando as seguintes situações:

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a. á reas públicas municipais que ofereçam risco de vida ou de saúde aos seus
ocupantes e mediante cooperaçã o com a Uniã o e os Estados nas á reas públicas
federais e estaduais;

b. Á reas públicas com ocupações consolidadas para fins de moradia (favelas), que
nã o constituam á reas de risco, onde possam ser aplicadas as concessã o
especiais de uso para fins de moradia e a concessã o de direito real de uso;

c. á reas desapropriadas pelo Município para o desenvolvimento de projetos


habitacionais de interesse social ou desapropriadas para a soluçã o de conflito;

d. á reas particulares ocupadas por favelas, loteamentos, onde seja possível aplicar
instrumentos do usucapiã o e da Lei Federal No 6.766, de 19 de dezembro de 1979
e suas alterações;

IX. interromper a geraçã o das irregularidades, por meio de fiscalizaçã o e controle nas
emissões de alvará s, pois, caso contrá rio, a aplicaçã o do Plano Diretor poderá trazer
grandes prejuízos e sofrimentos à populaçã o e uma demanda infinita de recursos públicos,
alé m do aumento da violê ncia e dos gastos com saúde pública e educaçã o, dentre outros
problemas;

X. estabelecer o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para o início das atividades de
regularizaçã o fundiá ria, contados a partir da publicaçã o da Lei do Plano Diretor;

XI. desenvolver trabalhos sociais com a comunidade, por meio da comissã o té cnica
específica, como um diagnóstico coletivo dos problemas de habitaçã o;

XII. obter recursos, a partir da criaçã o do Fundo de Desenvolvimento Urbano, de convê nios e
parcerias com a iniciativa privada e com o apoio de agentes financeiros como a Caixa
Economica Federal (CEF), Ministé rio das Cidades e outras entidades governamentais;

XIII. outorgar, quando possível, a concessã o de uso especial para fins de moradia, prevista na
Lei Federal Nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade) e na Lei do Plano
Diretor;

XIV. respeitar normas e padrões urbanísticos especiais, definidos pelo Poder Executivo, por
meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e do Conselho Municipal de Urbanismo e Meio
Ambiente especialmente quando da urbanizaçã o (infra-estrutura e equipamentos urbanos)
de favelas;

XV. condicionar o desenvolvimento da urbanizaçã o, em todas suas etapas, com a participaçã o


direta dos moradores e de suas diferentes formas de organizaçã o, quando houver;

XVI. priorizar, pelos programas de urbanizaçã o, as á reas de risco, estabelecendo e tornando


públicos os crité rios e prioridades de atendimento;

XVII. regularizar as edificações e usos irregulares com base em lei que contenha no mínimo:

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a) os requisitos té cnicos, jurídicos e os procedimentos administrativos;

b) as condições mínimas para garantir higiene, segurança de uso, estabilidade e


habitabilidade, podendo a Prefeitura exigir obras de adequaçã o, quando necessá rias;

XVIII. restringir a regularizaçã o, alé m de outras situações estabelecidas em lei, das edificações
localizadas em logradouros ou terrenos destinados a implantaçà o de equipamentos
públicos ou que avancem sobre eles, ou ainda que estejam situadas em faixas nã o
edificá veis junto a lagoas, córregos, fundo de vale, faixa de escoamento de á guas pluviais,
galerias, canalizações e linhas de transmissã o de energia de alta tensã o;

XIX. prever, para as situações irregulares construídas durante a vigê ncia do Decreto Estadual N°
2.722, de 14 de março de 1984, a possibilidade de regularizaçã o mediante outorga
onerosa, quando a á rea construída a regularizar resultar em á rea computá vel superior à
permitida pelo coeficiente de aproveitamento em vigor à é poca da construçã o;

XX. definir no Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria normas té cnicas e procedimentos
para regularizar as seguintes situações:

a. sobreposição de Loteamentos: no Município de Guaratuba, existem cerca de 5


loteamentos em situaçã o de sobreposiçã o. Para estas situações, propõe-se que a
Secretaria Municipal de Urbanismo, o Conselho de Urbanismo e Meio Ambiente e
a Comissã o Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria levantem as situações legal e a
real de implantaçã o destes loteamentos. Após este levantamento, o documento
deverá ser apresentado aos proprietá rios e preferencialmente, mas nã o
necessariamente, em acordo com eles, ser encaminhado ao Ministé rio Público e à
justiça para sua definiçã o legal;

b. ocupaçõ es em áreas em Litígio: nas á reas onde estã o situadas famílias, o


Município deverá buscar em parceria com o Estado uma soluçã o do litígio em
benefício das famílias e após a decisã o judicial em á reas de litígio (estadual ou
municipal as famílias, individual ou coletivamente, poderã o solicitar, com o auxílio
do Município, a concessã o de uso ao ganhador da causa ou utilizar instrumento
previsto no Plano Diretor para a regularizaçã o das famílias localizadas nestas
á reas. Caso nã o haja possibilidade de regularizaçã o, será necessá ria a relocaçã o
destas famílias; este caso deverá ser considerado juntamente com a situaçã o de
regularizaçã o de á reas com ocupações irregulares. Os instrumentos mais
adequados, dependendo da origem da propriedade, sã o a Concessã o Especial de
Uso para Fins de Moradia e Compra e Venda;

c. ocupaçõ es em áreas devolutas e alodiais: após a realizaçã o do levantamento


cadastral e cadastro das famílias localizadas nas á reas devolutas e alodias,
individual ou coletivamente estas famílias, com o auxílio do Município, deverã o
solicitar a concessã o de uso ou utilizar outro instrumento como a Concessã o
Especial de Uso para Fins de Moradia previsto no Plano Diretor para a
regularizaçã o das famílias localizadas nestas á reas. Após levantamento das
propriedades e avaliaçã o das benfeitorias, o Município, em um prazo de 360

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(trezentos e sessenta) dias, deverá notificar os proprietá rios das edificações


localizadas nas á reas alodiais, onde se propõe a utilizaçã o do instrumento de
Concessã o de Uso Real. Caso nã o haja possibilidade de regularizaçã o, será
necessá ria a relocaçã o destas famílias; este caso deverá ser considerado
juntamente com a situaçã o de regularizaçã o de á reas com ocupações irregulares.

d. áreas com ocupaçõ es irregulares: após o levantamento e cadastro das famílias


em ocupações irregulares, o Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente e
a equipe té cnica do Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria deverã o propor,
quando comprovada a impossibilidade da compra desta á rea pelo ocupante
irregular, a utilizaçã o de instrumentos de regularizaçã o previstos no Plano Diretor.
Para o processo de regularizaçã o de loteamento em situaçã o irregular, propõe-se:

1. realizar o levantamento cadastral destas á reas, incluindo ruas,


edificações, cadastro das famílias, redes de á gua e esgoto, energia
elé trica;

2. levantar a dominialidade da á rea (privada ou pública). Esta pesquisa


deverá ser feita na própria Prefeitura e nos cartórios de registro de
imóveis, sendo devidamente encaminhados os processos adequados
de regularizaçã o;

3. conscientizar os moradores do loteamento da importâ ncia da


regularizaçã o da situaçã o irregular e ilegal em que vivem;

4. elaborar o plano de urbanizaçã o (arruamento, infra-estrutura,


equipamentos urbanos), com normas especiais, e vinculá -lo à s leis
orçamentá rias;

5. prever a construçã o de novas unidades habitacionais para transferir


os moradores em á reas de risco;

6. prever o consumo per capita de á gua e o crescimento populacional,


verificando a possibilidade de lançamento, na rede pública, do
esgoto coletado;

7. indicar o instrumento apropriado para a regularizaçã o (Usucapiã o,


Direito de Superfície, onde o proprietá rio concede o direito de
superfíciedo seu terreno para o Município);

e. ocupaçõ es em áreas de preservação permanente: todas as ocupações em


á reas de preservaçã o permanente devem ser retiradas. O Plano deverá prever a
relocaçã o destas famílias, após cadastramento, para locais previstos para
assentamento. Caso haja resistê ncia do morador, o processo deverá ser
encaminhado ao Ministé rio Público, por meio do Conselho Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente;

39

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f. construçõ es em áreas de risco: todas as ocupações em á reas de risco devem


ser relocadas prioritariamente. O Plano deverá prever a relocaçã o destas famílias,
após cadastramento, para locais previstos para assentamento. Caso haja
resistê ncia do morador, o processo deverá ser encaminhado ao Ministé rio
Público, por meio do Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente;

g. loteamentos com a anuência do Município e sem registro de imóveis: será


possível, a partir de legislaçã o específica, a regularizaçã o dos parcelamentos
irregulares sem registro, em situações tecnicamente viá veis e compatíveis com as
prioridades e diretrizes definidas no Plano Diretor e na Lei de Zoneamento de Uso
e Ocupaçã o do Solo, condicionada à realizaçã o de obras e ações necessá rias para
garantir estabilidade jurídica, equilíbrio físico, salubridade e segurança de uso, de
forma a incorporar os assentamentos e imóveis ao tecido urbano regular. Quando
constatada a impossibilidade da aplicaçã o dos parâ metros definidos pela lei, os
loteamentos parcialmente ou ainda nã o implantados deverã o ser cancelados
judicialmente e o cartório de registro de imóveis notificado sobre a decisã o para a
proibiçã o de emissã o de documentos e procedimentos cabíveis para este
cancelamento. Para o processo de regularizaçã o de loteamento em situaçã o
irregular, propõe-se:

1. realizar o levantamento do cadastro dominial dos loteamentos;

2. conscientizar os moradores do loteamento da importâ ncia da


regularizaçã o da situaçã o irregular e ilegal em que vivem;

3. notificar o loteador para a regularizaçã o da á rea, por meio de


denúncia ou fiscalizaçã o, podendo ser promovida pelo morador, pelo
Ministé rio Público ou pelo Município, a partir da sua Procuradoria
Geral;

4. elaborar o plano de urbanizaçã o (arruamento, infra-estrutura,


equipamentos urbanos), com normas especiais, e vinculá -lo à s leis
orçamentá rias;

5. elaborar ou adequar o projeto de loteamento, se necessá rio;

6. aprovar os projetos de abastecimento de á gua e esgoto pela


concessioná ria ou pela Superintendê ncia de Desenvolvimento dos
Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (SUDERHSA);

7. aprovar, pela Prefeitura, as obras de infra-estrutura e urbanizaçã o e


emissã o de alvará das edificações existentes em cada lote;

8. encaminhar o projeto aprovado do loteamento e alvará de


conclusã o/aceitaçã o das obras para registro no cartório de registro
de imóveis;

40

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8. registrar os lotes e construções no cadastro do Imposto Predial e


Territorial Urbano (IPTU);

h. loteamentos com registro de imóveis, mas sem anuência do município: será


possível, por meio de legislaçã o específica, a regularizaçã o dos parcelamentos
clandestinos, em situações tecnicamente viá veis e compatíveis com as
prioridades e diretrizes definidas no Plano Diretor e na Lei de Zoneamento de Uso
e Ocupaçã o do Solo, condicionada à realizaçã o de obras e ações necessá rias para
garantir estabilidade jurídica, equilíbrio físico, salubridade e segurança, de uso de
forma a incorporar os assentamentos e imóveis ao tecido urbano regular. Quando
constatada a impossibilidade da aplicaçã o dos parâ metros definidos pela lei, os
loteamentos ainda nã o implantados ou parcialmente implantados deverã o ser
cancelados judicialmente e o cartório de registro de imóveis notificado sobre a
decisã o para a proibiçã o da emissã o de documentos localizados nestas á reas
clandestinas. No caso dos loteamentos consolidados, o proprietá rio ou os
representantes do loteamento deverã o encaminhar os documentos necessá rios a
serem estabelecidos pela comissã o té cnica do Plano Municipal de Regularizaçã o
fundiá ria. Após avaliaçã o positiva do Conselho Municipal de Urbanismo e Meio
Ambiente, este documento deverá ser encaminhado ao cartório de registro de
imóveis, ressaltando-se que esta avaliaçã o positiva nã o isenta o loteador de
executar obras ou ações necessá rias para a regularizaçã o do loteamento de
acordo com a legislaçã o vigente;

i. parcelamentos do solo implantados irregularmente: os parcelamentos do solo


para fins urbanos implantados irregularmente poderã o ser regularizados com base
em lei que contenha no mínimo:

1. estabelecer os requisitos urbanísticos e jurídicos necessá rios à


regularizaçã o, com base na Lei Federal Nº 6.766/79, alterada pela Lei
Federal Nº 9.785/99;

2. o estabelecimento de procedimentos que garantam os meios para


exigir do loteador irregular o cumprimento de suas obrigações;

3. a possibilidade da execuçã o das obras e serviços necessá rios à


regularizaçã o pela Prefeitura ou associaçã o de moradores, sem
isentar o loteador das responsabilidades legalmente estabelecidas;

4. o estabelecimento de normas que garantam condições mínimas de


acessibilidade, habitabilidade, saúde e segurança;

5. o percentual de á reas públicas a ser exigido e alternativas quando for


comprovada a impossibilidade da destinaçã o;

6. a previsã o do parcelamento das dívidas acumuladas junto ao erá rio


público, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), quando
houver;

41

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j. áreas públicas ocupadas irregularmente: o Plano deverá prever a execuçã o pelo


agente promotor das medidas de urbanizaçã o necessá rias para a adequaçã o e
permanê ncia da populaçã o nas á reas públicas do projeto que estejam
irregularmente ocupadas por moradias, de acordo com diretrizes estabelecidas
pela equipe té cnica do Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria. Após o
levantamento e cadastro das famílias em ocupações irregulares o Conselho
Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente e a comissã o té cnica do Plano
Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria deverã o verificar a possibilidade da
permanê ncia das famílias nas á reas públicas em questã o. Quando inexistir a
possibilidade de permanê ncia, a comissã o té cnica do Plano Municipal de
Regularizaçã o Fundiá ria, deverá propor a formalizaçã o de compromisso do agente
promotor para a desocupaçã o das á reas públicas do projeto que estejam
irregularmente ocupadas por moradia, com garantia de reassentamento das
famílias, de acordo com regras a serem estabelecidas pela própria comissã o
té cnica do Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria.

XXI. relocar ocupações irregulares que se assentaram em á reas ambientalmente frá geis e
protegidas por lei, priorizando a retirada das ocupações dos locais do antigo lixã o;

XXII. assegurar, na aprovaçã o dos loteamentos a serem regularizados, sempre que possível, a
adequaçã o ao traçado urbanístico, a conexã o do arruamento e das vias e logradouros
públicos com o sistema viá rio adjacente e a obediê ncia à s normas e condições
urbanísticas estabelecidas na legislaçã o em vigor;

XXIII. promover notificaçã o pela Prefeitura ao loteador sobre a necessidade do registro do


loteamento e, conseqüentemente, da necessidade de sua regularizaçã o para torná -lo
passível de registro, sendo esta notificaçã o feita pessoalmente ao notificado, que deverá
assinar comprovante do recebimento;

XXIV. submeter o parcelamento à vistoria té cnica pela Prefeitura, da qual resultará uma relaçã o
de providê ncias necessá rias à regularizaçã o, a serem consideradas em termo de
compromisso a ser assinado pelo loteador, que as cumprirá no prazo má ximo de 2 (dois)
anos a partir da notificaçã o expedida pela Prefeitura. Este termo deverá conter a relaçã o
pormenorizada das obras de infra-estrutura e providê ncias detalhadas para a regularizaçã o
e o cronograma físico de execuçã o destas obras;

XXV. fornecer, após a aprovaçã o, cópia pela Prefeitura ao loteador do ato de aprovaçã o e das
peças do processo, necessá rias para o encaminhamento ao registro imobiliá rio dentro de
180 (cento e oitenta) dias contados a partir da aprovaçã o, sob pena de caducidade;

XXVI. o processo de regularizaçã o ora previsto nã o exclui as medidas administrativas, civis e


penais previstas na Lei Federal No 6.766/79 e demais alterações;

XXVII. notificar os responsá veis para regularizar a situaçã o dos loteamentos irregulares e
clandestinos, por ato administrativo da Prefeitura, para promoverem as ações necessá rias

42

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à s regularizações e aprovações no prazo de 60 (sessenta) dias contados a partir da


notificaçã o, findo o que, sem que os notificados requeiram a regularizaçã o e aprovaçã o, os
adquirentes de terrenos ou lotes deverã o fazê -lo e, sendo concedida a aprovaçã o, as taxas
devidas poderã o ser distribuídas entre os proprietá rios da á rea beneficiada e arrecadadas
juntamente com o IPTU do ano subseqüente;

XXVIII. estabelecer, pelo Poder Público, punições e sanções aos proprietá rios quando nã o houver,
por parte destes, interesse ou colaboraçã o para a realizaçã o da regularizaçã o. As punições
e sanções deverã o ser previstas e estabelecidas no Plano Municipal de Regularizaçã o
Fundiá ria;

XXIX. efetuar a aprovaçã o parcial de parte do loteamento ou ruas em condições de serem


aprovadas;

XXX. comunicar à Procuradoria Geral a existê ncia de loteamento sem planta previamente
aprovada, que promoverá as medidas contra os infratores e acompanhará , junto aos
cartórios, a observâ ncia da Lei Federal No 6.766/79 e demais alterações;

XXXI. tomar a iniciativa, em casos especiais, de promover a aprovaçã o de loteamento pela


Prefeitura; sendo que as despesas advindas desta aprovaçã o deverã o ser rateadas
proporcionalmente entre os proprietá rios dos lotes beneficiados, podendo ser cobrados e
arrecadados juntamente com o IPTU dos anos subseqüentes;

XXXII. vedar a venda ou promessa de venda de parcela de loteamento nã o registrado.

XXXIII. estabelecer o prazo de 90 (noventa) dias, para o Poder Público criar a comissã o té cnica do
Plano Municipal de Regularizaçã o prevista no Plano Diretor, responsá vel juntamente com
outras Secretarias Municipais e Conselho de Urbanismo e Meio Ambiente pela elaboraçã o
e implementaçã o do Plano Municipal de Regularizaçã o Fundiá ria;

XXXIV. estabelecer, com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, parceria


para fiscalizaçã o de empreendimentos e verificaçã o da existê ncia de responsá vel té cnico;

XXXV. em anexo apresenta-se a listagem da situaçã o legal e mapa dos loteamentos, segundo
informações obtidas pela Secretaria de Urbanismo;

43

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Plano Diretor de Guaratuba – Levantamento das Condicionantes

TABELA 3.2 LOTEAMENTOS REGULARES IMPLANTADOS E NÃO IMPLANTADOS

RELAÇÃO DOS LOTEAMENTOS REGULARES IMPLANTADOS

DATA DE N° DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO NÃO SEM COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS IDENTIFICADOS


CÓDIGO DO DATA DE
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA DOS IMPLAN (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES, IMPLANTAÇÃO INCORRETA,
LOTEAMENTO REGISTRO REPRESENT.
PREFEITURA TOTAL OCUPADOS LOTES LOTES TADOS SOBREPOSIÇÃO, ENTRE OUTROS)
GRÁFICA

1 Geral da Planta não registrada


Cidade
667
Vila Balneária ocupados
15 16/11/53 14/10/54
Eliana

Portal do Condomínio fechado - já implantado


16 26/12/77 25/05/77
Estoril A Planta é O Jardim Estoril II.

Jard. de 67 Aparentemente sem problemas


27 07/07/53 27/11/52 ocupados
Guaratuba

93 Aparentemente sem problemas (Parte do


Jardim
39 20/01/82 10/11/61 ocupados loteamento atingido pelo Parque Estadual do
Nereidas III
Bogaçú )
784 Aparentemente sem problemas (Parte do
Nereidas de
40 25/05/54 14/10/54 ocupados loteamento atingido pelo Parque Estadual do
Guaratuba
Bogaçú )
Jard. 289 Parte do loteamento atingido pelo Parque Estadual
41 22/07/82 19/01/82
Nereidas II ocupados do Bogaçú.

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DATA DE N° DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO NÃO SEM COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS IDENTIFICADOS


CÓDIGO DO DATA DE
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA DOS IMPLAN (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES, IMPLANTAÇÃO INCORRETA,
LOTEAMENTO REGISTRO REPRESENT.
PREFEITURA TOTAL OCUPADOS LOTES LOTES TADOS SOBREPOSIÇÃO, ENTRE OUTROS)
GRÁFICA

130 Aparentemente sem problemas (Parte do


Jard.
43 04/07/86 20/11/86 ocupados loteamento atingido pelo Parque Estadual do
Nereidas IV
Bogaçú
101 Loteamento implantado com sérios problemas
ocupados entre a situação legal e a situação
48 Santa Clara 11/02/65 08/04/58
real.(deslocamento de ruas), algumas com cerca
de 10,00 m fora do eixo, lotes mal posicionados.
140
55 Vila Piçarras 04/11/52 10/07/53 ocupados

Balneário Loteamento embargado - IAP


97 16/02/98 05/02/92 X
Castelo Novo

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RELAÇÃO DOS LOTEAMENTOS REGULARES NÃO IMPLANTADOS

DATA DE N° DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO NÃO SEM COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS IDENTIFICADOS


CÓDIGO DO DATA DE
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA DOS IMPLAN (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES, IMPLANTAÇÃO INCORRETA,
LOTEAMENTO REGISTRO REPRESENT.
PREFEITURA TOTAL OCUPADOS LOTES LOTES TADOS SOBREPOSIÇÃO, ENTRE OUTROS)
GRÁFICA

10 Balneário 10/05/77 05/11/64 X


Capri
Loteamento digitalizado somente para
visualização , não utilizá-lo como parâmetro p/
Cidade nenhum tipo de decisão Loteamento com
13 Balneária 22/03/49 08/02/49 X algumas residências implantadas. Existe
Brejatuba sobreposição com os loteamentos: Yemanja I e II,
Santa Helena, ( frutos de usucapião), Atlântico
Sul e Coroados.
Jard.
26 31/12/64 16/06/65 X
Primavera
00 Conflitos com suposta área da PUC e
ocupados Loteamento Parque dos Guarás. Parte do
29 Jard. Rosana 02/05/55 22/07/55 X
loteamento atingido pelo Parque Estadual do
Bogaçú
Loteamento APP
52 17/04/80 18/01/78 X
São Nicolau

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TABELA 3.3 LOTEAMENTOS IRREGULARES I MPLANTADOS E NÃO IMPLANTADOS

RELAÇÃO DOS LOTEAMENTOS IRREGULARES IMPLANTADOS

COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS


DATA DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO
CÓDIGO DO DATA DE N° DE LOTES NÃO SEM IDENTIFICADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES,
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA
LOTEAMENTO REGISTRO OCUPADOS IMPLANTADOS IMPLANTAÇÃO INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO,
PREFEITURA TOTAL LOTES DOS LOTES REPRESENT.
ENTRE OUTROS)
RÁFICA

2 Planta (bairro) 14/05/55 1860 Com reg. de Loteamento implantado com sérios
Piçarras ocupados lote na PMG problemas entre a situação legal e a
situação real. (deslocamento de
ruas), algumas com cerca de 10,00
m fora do eixo, lotes mal
posicionados.
Balneário 166 Loteamento em APP
6 26/10/67 X
Barra do Saí ocupados
217 Este loteamento necessita de uma
ocupados análise criteriosa. Existem graves erros
Praia Parque de locação, os quais ocasionarão “
8 30/01/64 29/09/54
Bonança excesso “ nas quadras próximas ao
asfalto e uma possível sobreposição
na Av. Paraná.
Jard. Nações X Loteamento em APP – 100% atingido
12 Bairro 15/09/78 22/12/76 pelo Parque Estadual do Boguaçú.
Fechado

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COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS


DATA DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO
CÓDIGO DO DATA DE N° DE LOTES NÃO SEM IDENTIFICADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES,
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA
LOTEAMENTO REGISTRO OCUPADOS IMPLANTADOS REPRESENT.
IMPLANTAÇÃO INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO,
PREFEITURA TOTAL LOTES DOS LOTES
ENTRE OUTROS)
RÁFICA

17 Jardim 02/12/97 125 Com reg. de Sobreposição com o loteamento


Balneário ocupados lote na PMG Cidade Baln. Brejatuba
Atlântico Sul
Loteamento com posicionamento
Jard.
19 16/08/76 25/10/75 X incerto. Parte do loteamento atingido
Dourados
pelo Parque Estadual do Boguaçú.
44 Loteamento implantado com sérios
ocupados problemas entre a situação legal e a
Jard.
20 06/13/63 04/04/70 situação real.(deslocamento de ruas),
Rosangela
algumas com cerca de 10,00 m fora do
eixo, lotes mal posicionados.
21 Jardim 08/07/77 Com reg. de Existe sobra de área
Vanessa lote na PMG
28 Jardim Estoril 25/08/80 321 Com reg. de
II ocupados lote na PMG
116 Loteamento implantado com sérios
ocupados problemas entre a situação legal e a
30 Jard. Jiçara 26/01/78 12/01/71
situação real. (deslocamento de
ruas), lotes mal posicionados.
Parque 854 Loteamento implantado com área
32 Balneário 27/08/68 21/01/69 ocupados maior do que a que consta na
Jurimar matrícula do Registro de Imóveis.

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COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS


DATA DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO
CÓDIGO DO DATA DE N° DE LOTES NÃO SEM IDENTIFICADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES,
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA
LOTEAMENTO REGISTRO OCUPADOS IMPLANTADOS REPRESENT.
IMPLANTAÇÃO INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO,
PREFEITURA TOTAL LOTES DOS LOTES
ENTRE OUTROS)
RÁFICA

44 Loteamento implantado com sérios


ocupados problemas entre a situação legal e a
situação real. ( deslocamento de
34 Mercedes 08/07/53 18/04/56 ruas), algumas com cerca de 10,00
m fora do eixo, lotes mal
posicionados.

26 Loteamento implantado com sérios


ocupados problemas entre a situação legal e a
situação real. (deslocamento de
36 Navegantes 03/01/94 02/12/93
ruas), algumas com cerca de 10,00
m fora do eixo, lotes mal
posicionados.
37 Nilsa 22/11/79 39 Com reg. de Loteamento implantado com sérios
ocupados lote na PMG problemas entre a situação legal e a
situação real. (deslocamento de
ruas), algumas com cerca de 10,00
m fora do eixo, lotes mal
posicionados.
121 Loteamento implantado com sérios
ocupados problemas entre a situação legal e a
46 Pescaça 15/09/52 09/02/52 situação real.(deslocamento de ruas),
algumas com cerca de 10,00 m fora
do eixo, lotes mal posicionados.

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COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS


DATA DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO
CÓDIGO DO DATA DE N° DE LOTES NÃO SEM IDENTIFICADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES,
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA
LOTEAMENTO REGISTRO OCUPADOS IMPLANTADOS REPRESENT.
IMPLANTAÇÃO INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO,
PREFEITURA TOTAL LOTES DOS LOTES
ENTRE OUTROS)
RÁFICA

50 12m x 12m x Podemos dividi-lo em duas partes:


ocupados 45m 27,5m Parte norte ( 50% do loteamento), já
Praia das
47 08/11/49 21/08/67 com algumas edificações. Parte Sul,
Palmeiras
intacto, provavelmente em APP.
(mangue).
49 Jardim Santa 10/08/78 - X Localizado em APP e Parque
Luzia
51 Loteamento oriundo de usucapião –
Balneário Sta.
50 04/06/85 11/10/84 ocupados Sobreposição com o loteamento
Helena
Cidade Baln. Brejatuba.
133 Loteamento implantado com sérios
ocupados problemas entre a situação legal e a
situação real. ( deslocamento de
54 Vila Guarani 25/09/53 09/11/61
ruas), algumas com cerca de 10,00
m fora do eixo, lotes mal
posicionados.
67 Caieras – N Existe cadastro na PMG (fichas-antigo
Faixa de controle de áreas com ou sem registro
Marina de imóveis).
Faixa da União.
93 Praia das N X Litígio com Estado
Caiera

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COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS


DATA DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO
CÓDIGO DO DATA DE N° DE LOTES NÃO SEM IDENTIFICADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES,
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA
LOTEAMENTO REGISTRO OCUPADOS IMPLANTADOS REPRESENT.
IMPLANTAÇÃO INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO,
PREFEITURA TOTAL LOTES DOS LOTES
ENTRE OUTROS)
RÁFICA

Condomínio 20/06/85 Com reg. de X


Fechado Baia lote na PMG
de Guaratuba
X Loteamento implantado com sérios
problemas entre a situação legal e a
04 Jard. Leblom 04/08/59 11/10/66 situação real.(deslocamento de ruas),
algumas com cerca de 10,00 m fora
do eixo, lotes mal posicionados.
X Existe um desenho da planta,porém não
Planta aprovado.
Caieiras Litígio com o Estado.

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RELAÇÃO DOS LOTEAMENTOS IRREGULARES NÃO IMPLANTADOS

COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS


DATA DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO SEM
CÓDIGO DO DATA DE N° DE LOTES NÃO IDENTIFICADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES,
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA DOS
LOTEAMENTO REGISTRO OCUPADOS IMPLANTADOS REPRESENT. IMPLANTAÇÃO INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO,
PREFEITURA TOTAL LOTES LOTES
ENTRE OUTROS)
GRÁFICA

Loteamento em APP – 100%


5 Jard. Village 19/04/77 23/12/78 X atingido pelo Parque Estadual do
Boguaçú.
Loteamento com posicionamento
7 Jard. Nações 25/08/76 11/08/76 X incerto. Parte do loteamento atingido
pelo Parque Estadual do Boguaçú.
Jard. Nações I –
9 15/09/78 23/12/76
Bairro Fechado
Loteamento com posicionamento
11 Jard. Nações I 25/05/76 25/10/75 X incerto. Parte do loteamento atingido
pelo Parque Estadual do Boguaçú.
Jard. dos Loteamento em APP – 100% atingido
18 30/11/76 16/09/78 X
Estados pelo Parque Estadual do Boguaçú.
22 Jardim San 24/06/77 Com reg. de Loteamento em APP
Thiago lote na PMG
Loteamento em APP
24 Jard. Planalto 16/09/77 14/06/77 X

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COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS


DATA DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO SEM
CÓDIGO DO DATA DE N° DE LOTES NÃO IDENTIFICADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES,
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA DOS
LOTEAMENTO REGISTRO OCUPADOS IMPLANTADOS REPRESENT. IMPLANTAÇÃO INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO,
PREFEITURA TOTAL LOTES LOTES
ENTRE OUTROS)
GRÁFICA

25 Jardim Morro 08/5/74 Com reg.


das Caieras de lote na Loteamento em APP
PMG

Jard. Santo Loteamento em APP


31 06/06/80 22/12/78 X
Amaro

Balneário Mar X Loteamento sem espaço físico p/


35 05/11/75 01/10/75
Azul implantação.
X Usucapião concedido sobre Jd Nações
45 Nações X
I e Jd Dourados
X Loteamento localizado fora do
Vale da Colina
56 23/08/82 02/08/82 X Perímetro urbano - BR 376 – Serra
Verde
do Mar
58 Zharas de 07/11/75 Com reg. Problemas no projeto do loteamento,
Guaratuba de lote na sobreposição com área não loteada.
PMG
Chácaras X Localização incerta
59 19/04/82 19/01/82 X
Marangatu
70 Jardim Nereidas 19/6/92 X Aparentemente sem problemas (Parte
Novo do loteamento atingido pelo Parque
Estadual do Bogaçú

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COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS


DATA DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO SEM
CÓDIGO DO DATA DE N° DE LOTES NÃO IDENTIFICADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES,
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA DOS
LOTEAMENTO REGISTRO OCUPADOS IMPLANTADOS REPRESENT. IMPLANTAÇÃO INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO,
PREFEITURA TOTAL LOTES LOTES
ENTRE OUTROS)
GRÁFICA

85 Chácaras Santo Loteamento em APP


Amaro
Recreio Vale do X
23/08/82 02/08/82 X
Sol

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RELAÇÃO DOS LOTEAMENTOS CLANDESTINOS


NÃO
IMPLANTADOS
DATA DE N° DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO NÃO SEM COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS IDENTIFICADOS
CÓDIGO DATA DE
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA OCUPADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES, IMPLANTAÇÃO
LOTEAMENTO REGISTRO REPRESENT.
PREFEITURA TOTAL OCUPADOS LOTES DOS LOTES REGISTRO DE INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO, ENTRE OUTROS)
AO MENOS UM GRÁFICA
LOTE

14 Delfina N X Problemas de sobreposição com pl bairro


Piçarras (existe lote com registro. Aparece
pelo menos um caso na PMG) – idem
planta Norma-
Mas existem lotes registrados e
edificações na planta Delfina
23 Jardim Morro N X Loteamento em APP
do Pinto
38 Norma N X Não existe - sem cadastro, sem registro de
planta ou lote.Há sobreposição com a
planta bairro Piçarras (nesta existem
lotes/matrículas no rg de imóveis).
42 Condomínio Às margens do rio dos Paus, faixa de
Fechado Baia marinha, dentro do bairro Piçarras
de Guaratuba (encostado na pl Jurimar e Geral)
– Piçarras Fica dentro da planta Bairro Piçarras

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Plano Diretor de Guaratuba – Levantamento das Condicionantes

NÃO
IMPLANTADOS
DATA DE N° DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO NÃO SEM COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS IDENTIFICADOS
CÓDIGO DATA DE
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA OCUPADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES, IMPLANTAÇÃO
LOTEAMENTO REGISTRO REPRESENT.
PREFEITURA TOTAL OCUPADOS LOTES DOS LOTES REGISTRO DE INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO, ENTRE OUTROS)
AO MENOS UM GRÁFICA
LOTE

44 Solar das N Condomínio fechado do outro lado do Rio


Marinas dos Paus. Fica dentro da planta do bairro
(condomínio) Piçarras. Não têm planta.
51 São José N Somente existe cadastro na PMG.
53 Jardim Vila N X Loteamento em APP
Rica
Balneário 69 Com reg. Loteamento oriundo de usucapião -
57 Yemanjá I ocupados de lote na sobreposição com Cidade Balneário
PMG Brejatuba.
68 Pedra Branca N Existe Área rural
de Araraquara cadastro
na PMG –
68 - fichas
69 Rio da Praia N Não existe planta
do Say Provável sobra de área da região do “Say”
Existe cadastro antigo - fichas
84 Prainha N Planta não aprovada - conflitos com a
área do parque Saint-Hilare Lange.
Existem lotes registrados.

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Plano Diretor de Guaratuba – Levantamento das Condicionantes

NÃO
IMPLANTADOS
DATA DE N° DE N° DE DIMENSÃO DIMENSÃO NÃO SEM COMENTÁRIOS SOBRE PROBLEMAS IDENTIFICADOS
CÓDIGO DATA DE
LOTEAMENTO APROVAÇÃO LOTES LOTES MÉDIA DOS MÍNIMA OCUPADOS (LOCALIZAÇÃO, Nº DE LOTES, IMPLANTAÇÃO
LOTEAMENTO REGISTRO REPRESENT.
PREFEITURA TOTAL OCUPADOS LOTES DOS LOTES REGISTRO DE INCORRETA, SOBREPOSIÇÃO, ENTRE OUTROS)
AO MENOS UM GRÁFICA
LOTE

86 Sambaqui N X
88 Boa Vista Com reg. Área rural (existe rg de imóveis para o lugar
de lote na denominado Fazenda Boa Vista, com
PMG indicação de n.º de lote e confrontantes),
sobre posição com a planta Jd. Dourados.
Stella Maris N Prainha – não aprovada
57 Balneário 39 N Sobreposição com Cidade Baln Brejatuba
Yemanjá II ocupados

Chácara Sta X Não existe na PMG nenhum tipo de


09/07/81 X planta e não esta cadastrado.
Amélia

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Parque Nacional
Saint-Hilaire/Lange
Limite Municipal
de Guaratuba

APA Estadual
de Guaratuba

BAÍA DE GUARATUBA

30,700,00 m2

14.900,00 m2
14.900,00 m2

11,600,00 m2
oguaçu
Estadual do B
Parque

OCEANO
ATLÂNTICO

Perímetro Urbano

Regulares

Regulares não implantados

Irregulares

Irregulares não ocupados

Clandestinos

Fonte: Base Cartográfica Paraná Cidade 1997;


Prefeitura de Guaratuba; SEMA;IBAMA.

PLANO DIRETOR DE GUARATUBA Julho. 200

Loteamentos

Escala 1:45.000

EMPREENDEDOR EXECUÇÃO

Prefeitura Municipal de Guaratuba CONSILIU Projetos e Consultoria Ltda.


30,700,00 m2

14.900,00 m2
14.900,00 m2

11,600,00 m2

Fonte: Base Cartográfica Paraná Cidade 1997;


Prefeitura de Guaratuba.

PLANO DIRETOR DE GUARATUBA julho 2004

Área Alodial
Escala 1:10.000

EMPREENDEDOR EXECUÇÃO

Prefeitura Municipal de Guaratuba CONSILIU Projetos e Consultoria Ltda.


Plano Diretor de Guaratuba

5.10 PERÍMETRO URBANO

Cabe à Secretaria Municipal de Urbanismo implementar a nova lei que estabelece o perímetro
urbano de Guaratuba, considerando as seguintes diretrizes:

I. acompanhar o limite do Parque Estadual do Boguaçu;

II. excluir o aterro sanitá rio do perímetro urbano;

III. considerar o limite do Parque Nacional Sant Hilaire/Lange, na porçã o norte do Município
(localidade de “Prainha”);

IV. considerar a á rea com características urbanas na localidade “Pedra Branca do


Araraquara”.

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Plano Diretor de Guaratuba

6 Instrumentos

Para a promoçã o, planejamento, controle e gestã o do desenvolvimento urbano, o Município de


Guaratuba adotará , dentre outros, os instrumentos de política urbana necessá rios, em especial
aqueles previstos no Estatuto da Cidade, apresentados a seguir:

Instrumentos de Planejamento:

Plano Plurianual;

Diretrizes Orçamentá rias e Orçamento Anual;

Uso e Ocupaçã o do Solo;

Parcelamento do Solo;

Código de Obras e Posturas;

Planos de desenvolvimento econômico e social;

Planos, Programas e projetos Setoriais;

Programas e Projetos Especiais de Urbanizaçã o;

Instituiçã o de unidades de conservaçã o;

Zoneamento Ambiental.

Instrumentos Jurídicos e Urbanísticos:

Parcelamento, Edificaçã o ou Utilizaçã o Compulsórios;

IPTU Progressivo no Tempo;

Desapropriaçã o com pagamento em títulos da dívida pública;

Outorga Onerosa do Direito de Construir;

Direito de Superfície;

Transferê ncia do Direito de Construir;

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Plano Diretor de Guaratuba

Operaçã o Urbana Consorciada;

Consórcio Imobiliá rio;

Direito de Preempçã o;

Estudo de impacto de vizinhança;

Tombamento;

Desapropriaçã o;

Licenciamento ambiental;

Termo de ajustamento de conduta.

Quanto aos Instrumentos de Regularizaçã o Fundiá ria:

Zonas especiais de interesse social;

Concessã o de direito real de uso;

Concessã o de uso especial para fins de moradia;

Assistê ncia té cnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais


menos favorecidos.

Usucapiã o

Instrumentos Tributá rios e Financeiros:

Tributos municipais diversos;

Taxas e tarifas públicas específicas;

Contribuiçã o de Melhoria;

Incentivos e benefícios fiscais;

Daçã o de imóveis em pagamento da dívida.

Instrumentos Jurídico-administrativos:

Servidã o Administrativa e limitações administrativas;

Concessã o, Permissã o ou Autorizaçã o de uso de bens públicos municipais;

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Plano Diretor de Guaratuba

Contratos de concessã o dos serviços públicos urbanos;

Convê nios e acordos té cnicos, operacionais e de cooperaçã o institucional.

Consórcios Intermunicipais

Instrumentos de Democratizaçã o da Gestã o Urbana:

Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente;

Conselhos municipais correlatos

Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano;

Assemblé ias regionais de política urbana;

Conferencia Municipal de Política Urbana;

Audiê ncias e consultas públicas;

Iniciativa popular;

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Plano Diretor de Guaratuba

6.1 PLANO PLURIANUAL

O Plano Plurianual é o principal instrumento de planejamento de mé dio prazo das ações da


Prefeitura Municipal de Guaratuba, conforme determina a Constituiçã o, para garantir a manutençã o
dos investimentos públicos em á reas sociais, alé m de estabelecer os programas com seus
respectivos objetivos, indicadores, valores e metas da administraçã o pública municipal para o
quantitativo das despesas do município.

Visa orientar as proposições das diretrizes orçamentá rias e disciplinar as leis orçamentá rias anuais.
Deverã o ser incluídas no Plano Plurianual de Guaratuba as ações e estraté gias estabelecidas no
Plano Diretor. Onde o Poder Executivo em conjunto com os Conselhos estabeleceram as
prioridades e cronogramas de execuçã o dos programas com seus respectivos valores.

O poder executivo, atravé s de suas Secretarias e Conselhos deverá atender as seguintes diretrizes:

I. o Plano Diretor deverá estar integrado ao plano plurianual, à s diretrizes orçamentá rias e ao
orçamento anual;

II. todas as diretrizes orçamentá rias, o Plano anual e o Plurianual vã o encontrar suas linhas
mestras dentro do Plano Diretor, devendo adequar-se a ele, e fazer suas previsões de
acordo com ele

III. promover a compatibilizaçã o das atividades do planejamento municipal, relativamente ao


Plano Diretor , com a execuçã o orçamentá ria, anual e plurianual;

IV. deverá ter abrangê ncia sobre todo o território e sobre todas as maté rias de competê ncia
municipal.

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Plano Diretor de Guaratuba

6.2 DIRETRIZES ORÇ AMENTÁ RIAS E ORÇ AMENTO ANUAL

Estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro subseqüente; orienta a elaboraçã o do


Orçamento; dispõe sobre alteraçã o na legislaçã o tributá ria; estabelece a política de aplicaçã o das
agê ncias financeiras de fomento.

A Lei de Diretrizes Orçamentá rias compreende as metas e prioridades da administraçã o pública


municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientando a
elaboraçã o da Lei Orçamentá ria Anual e dispondo sobre as alterações na legislaçã o tributá ria.
Disciplina todas as ações da Prefeitura Municipal, nenhuma despesa pública municipal pode ser
executada fora do orçamento, mas é viá vel a parceria com outros entes federados, diretos ou
indiretos para a obtençã o de recursos. As ações desta devem estar registradas nas leis
orçamentá rias do município.

A Lei Orçamentá ria Anual assegurará investimentos prioritá rios em programas de educaçã o, saúde,
habitaçã o, saneamento bá sico e proteçã o ao meio ambiente.

6.3 USO E OCUPAÇ Ã O DO SOLO

A organizaçã o territorial no Município de Guaratuba, orientada pelos princípios de proteçã o


ambiental e qualidade urbana, deverá respeitar as diretrizes abaixo arroladas:

I. incentivar o desenvolvimento econômico e social da comunidade sem comprometer a


qualidade ambiental do Município, atribuindo especial atençã o à s á reas de interesse
ecológico, como as á reas de mangue;

II. reduzir as restrições ao assentamento de atividades econômicas com vistas a ampliar as


oportunidades de geraçã o de empregos no território municipal, resguardada a qualidade
ambiental e o bem estar da populaçã o;

III. Garantir equilíbrio entre o assentamento residencial e a disponibilidade de infra-estrutura,


mediante o controle das densidades de ocupaçã o do território e a ampliaçã o e equalizaçã o
dos níveis de dotaçã o de infra-estrutura, em particular, de saneamento;
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Plano Diretor de Guaratuba

IV. incentivar a desconcentraçã o do comé rcio e serviços de forma a reduzir a necessidade de


deslocamento da populaçã o, tendo em vista, entre outros, a limitada capacidade do
sistema viá rio local;

V. propiciar a diversificaçã o dos padrões de assentamento residencial, visando ao


atendimento de novas demandas regionais e da populaçã o flutuante;

VI. garantir reserva de á reas para equipamentos de porte regional atendendo à s crescentes
demandas decorrentes do processo desenvolvimento;

VII. promover o desenvolvimento de operações urbanas em parceria com o setor privado tendo
em vista as restrições orçamentá rias do Município face à s crescentes demandas
decorrentes do processo de desenvolvimento regional;

VIII. garantir a ampliaçã o da capacidade do sistema viá rio mediante:

IX. ampliaçã o da rede viá ria;

X. estímulo e criaçã o de incentivos à construçã o de garagens e estacionamentos.

XI. resguardo de recuos nas edificações que assegurem a possibilidade de alargamentos


futuros.

XII. de acordo com as diretrizes ambientais e de organizaçã o territorial, e respeitadas as


determinações do quadro natural e cultural do Município, fica estabelecido o zoneamento
do território conforme a configuraçã o representada na lei específica de Uso e Ocupaçã o do
Solo;

XIII. as normas a que se refere o artigo anterior deverã o estabelecer:

a. restrições à localizaçã o dos diferentes usos do solo com relaçã o a zonas que
serã o instituídas no Município com base no zoneamento estabelecido nesta
proposta, com vistas a garantir a necessá ria compatibilidade entre os padrões
operacionais das atividades e a capacidade de suporte do meio ambiente, a
segregaçã o espacial de atividades cujos padrões operacionais sejam conflitantes
entre si, e a propiciar o adequado acondicionamento do território para o
desenvolvimento dessas diferentes funções urbanas;

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Plano Diretor de Guaratuba

b. restrições à intensidade de ocupaçã o do solo, diferenciadas de acordo com as


zonas a serem instituídas no Município, com vistas a garantir a compatibilidade
entre as densidades de ocupaçã o e a capacidade de suporte do meio ambiente,
bem como o necessá rio equilíbrio entre as demandas das atividades urbanas
assentadas em cada porçã o do território municipal e a oferta de infra-estrutura, de
equipamentos urbanos e de serviços públicos nela existente ou projetada;

c. restrições à ocupaçã o do solo com vistas a garantir o resguardo das condições de


ventilaçã o e insolaçã o das edificações dos lotes lindeiros e das possibilidades de
ampliaçã o futura dos logradouros públicos sem afetar as edificações, entre
outros;

d. restrições à localizaçã o dos diferentes usos do solo com relaçã o à hierarquia das
vias que lhe dã o acesso, com vistas a garantir a necessá ria compatibilizaçã o da
localizaçã o das atividades geradoras de fluxos de veículos, de pedestres e de
carga à capacidade do sistema viá rio existente e projetado.

XIV. estabelecer as á reas destinadas a programas habitacionais de interesse social na Zona


Especial de Interesse Social que poderã o ser estabelecidos padrões de assentamento mais
permissivos, em funçã o das peculiaridades de cada caso.

6.4 PARCELAMENTO DO SOLO

Estabelece normas, com fundamento na Lei Federal nº 6.766/79 e suas alterações, para todo e
qualquer parcelamento de solo para fins urbanos, localizado em á rea urbana, observadas, no que
couberem, as disposições da legislaçã o federal e estadual pertinentes.

I. sã o considerados para fins urbanos os parcelamentos para outros fins que nã o a exploraçã o
agropecuá ria ou extrativista.

II. a Lei do Parcelamento e Loteamento tem como objetivos:

a. orientar o projeto e a execuçã o de qualquer empreendimento que implique parcelamento do


solo para fins urbanos;

b. prevenir a instalaçã o ou expansã o de assentamentos urbanos em á reas inadequadas;

c. evitar a comercializaçã o de lotes desprovidos de condições para o desempenho de


atividades urbanas;

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Plano Diretor de Guaratuba

d. assegurar a existê ncia de padrões urbanísticos e ambientais de interesse da comunidade,


nos processos de parcelamento do solo para fins urbanos.

III. complementa as normas da legislaçã o referente a zoneamento, uso e ocupaçã o do solo,


sistema viá rio e perímetro da zona urbana;

Disciplina o parcelamento de solo no Município de Guaratuba, considerando-se:

Denominaç ão Definiç ão

Loteamento a subdivisã o de um terreno urbano em lotes destinados à edificaçã o, com


abertura de novas vias de circulaçã o de logradouros públicos, ou
prolongamento ou modificaçã o das vias existentes

Desmembramento a subdivisã o de um terreno urbano em lotes destinados à edificaçã o, com


aproveitamento do sistema viá rio existente, sem que haja necessidade de
abertura de novas vias ou logradouros públicos, nem prolongamento ou
modificaçã o das vias existentes

IV. a execuçã o de qualquer parcelamento do solo para fins urbanos dependerá sempre de pré via
licença e fiscalizaçã o municipal, obedecida à s normas da Lei Municipal a ser proposta, da
legislaçã o Federal (Lei 6766/79 e suas alterações - Lei 9.785/99) e Estadual pertinente.

V. o parcelamento do solo para fins urbanos será permitido somente dentro do Perímetro
Urbano e deverá respeitar à s diretrizes do Plano Diretor quanto ao arruamento e à destinaçã o
das á reas, de forma a permitir o desenvolvimento urbano integrado.

a. a Prefeitura poderá impor exigê ncias no sentido de adequar os projetos de


parcelamento, objetivando a interligaçã o de vias existentes ou projetadas do
sistema viá rio;

b. a Prefeitura deverá exigir a construçã o de mirantes e/ou belvederes quando um


projeto de loteamento for executado em á rea de visã o panorâ mica ou paisagística;

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Plano Diretor de Guaratuba

c. a Prefeitura poderá limitar a aprovaçã o de parcelamentos da terra, para evitar


excessivo número de lotes e o conseqüente investimento subtilizado em obras de
infra-estrutura e custeio de serviços, bem como o surgimento de situações que
caracterizem degradaçã o ambiental;

VI. O parcelamento do solo poderá ser dividido em etapas de execuçã o discriminadas no projeto
completo e nã o será permitido o Parcelamento do Solo:

a. em terrenos alagadiços, mangues, e em terrenos sujeitos a inundações;

b. em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem
que sejam previamente saneados;

c. em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento);

d. em terrenos onde as condições geológicas nã o aconselhem a edificaçã o por


serem á reas de risco de deslizamento;

e. em á reas de preservaçã o ecológica ou naquelas onde a poluiçã o impeça


condições sanitá rias suportá veis;

f. em á reas fora do alcance dos equipamentos urbanos, especialmente das redes


públicas de abastecimento de á gua potá vel, das galerias de á gua pluvial e de
energia elé trica.

VII. as normas e parâ metros estã o apresentadas de forma detalhada em Lei ordiná ria.

6.5 CÓ DIGO DE OBRAS E DE POSTURAS

O Código de Obras e Posturas consubstanciará todos os tipos de edificaçã o e respectiva


implantaçã o, constituindo-se a base té cnica dos procedimentos para contrataçã o, execuçã o e
fiscalizaçã o das obras, apresentada de forma detalhada em Lei Ordiná ria.

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Plano Diretor de Guaratuba

6.6 PLANOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔ MICO E SOCIAL, PROGRAMAS E PROJETOS SETORIAIS E


ESPECIAIS DE URBANIZAÇ Ã O

O Poder Executivo, atravé s de suas Secretarias Municipais e Conselhos, estimularã o e apoiarã o a


elaboraçã o e a implementaçã o de Planos de Desenvolvimento Econômico e Social, Planos,
Programas e Projetos Setoriais e Especiais de Urbanizaçã o para as á reas urbanas e rurais com o
objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social em consonâ ncia com o meio
ambiente, propondo e nã o se limitando as seguintes propostas:

I. Plano Desenvolvimento Rural; objetivando e ampliando a oferta de trabalho, emprego e a


geraçã o de renda e elaborando o de acordo com as seguintes diretrizes:

a. disciplinar o uso e ocupaçã o do solo na á rea rural atravé s do mapeamento da sua


vocaçã o agrícola;

b. garantir o acesso à s propriedades, a manutençã o de estradas, a eletrificaçã o das


residê ncias e das vias públicas, uso da á gua, destinaçã o do lixo e esgoto;

c. desenvolver projetos de apoio ao pequeno e mé dio produtor com programas de


desenvolvimento tecnológico para melhor aproveitamento da terra, financiamento
para a produçã o, orientaçã o para tipos de cultura, mediante convê nios com as
Empresas Estaduais (Ex:EMATER - Empresa Paranaense de Assistê ncia Té cnica e
Extensã o Rural) e Federais de Pesquisas, Universidades e Faculdades ligadas ao
setor rural e com as faculdades locais;

d. incentivar na á rea rural o desenvolvimento de projetos aproveitando os recursos


naturais, como frutas nativas, plantas medicinais e flores;

e. fiscalizar a extraçã o mineraria;

f. criar condições para melhorar o desempenho das cooperativas e associações


existentes;

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Plano Diretor de Guaratuba

g. criar melhores condições para que a qualidade do produto produzido


regionalmente melhore com o objetivo de atingir os mercados local, regional e
nacional;

h. implantar programas de qualificaçã o nas escolas rurais de forma a criar condições


de capacitaçã o para o produtor e sua família e ao mesmo tempo permitir a sua
fixaçã o no campo;

i. garantir a preservaçã o de nascentes e o abastecimento, e a qualidade da á gua na


zona rural;

j. acompanhar o processo de gestã o da APA de Guaratuba e propor alterações para


que a á rea, continuando a cumprir sua funçã o, nã o traga prejuízos aos produtores
e inviabilidade à exploraçã o de suas propriedades.

II. Programa de Desenvolvimento Turístico;

III. Plano de Regularizaçã o Fundiá ria;

IV. Projeto de Revitalizaçã o da Avenida Visconde do Rio Branco e Avenida Sã o Paulo;

V. Programa Cultura na Escola;

VI. Plano Diretor de Arborizaçã o;

6.7 INSTITUIÇ Ã O DE UNIDADES DE CONSERVAÇ Ã O

Os espaços territoriais que apresentem significativa importâ ncia ou representatividade para o meio
ambiente natural devem ser objeto de especial proteçã o. Para tanto, a legislaçã o federal estabelece
uma sé rie de unidades de conservaçã o (parques, estações ecológicas, á reas de proteçã o
ambiental, entre outros), cada qual adequada para um tipo de situaçã o.

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Plano Diretor de Guaratuba

A partir da atualizaçã o do cadastro das propriedades do Município, deverã o ser levantadas as á reas
consideradas públicas e estudado o potencial destas á reas para a criaçã o de novas Unidades de
Conservaçã o.

Ficando responsá vel por este levantamento e definiçã o das Unidades de Conservaçã o a Secretaria
Municipal de Urbanismo, a Secretaria do Meio Ambiente e Conselho Municipal de Urbanismo e
Meio Ambiente.

Da analise do Diagnóstico realizado, propõe-se a criaçã o do Parque Municipal da Barra do Saí pelo
Município de Guaratuba, obedecendo as diretrizes da Lei Federal 9.985/2000.

I. realizar um levantamento da situaçã o fundiá ria da á rea pretendida;

II. buscar recursos e fundos para a desapropriaçã o das á reas que formarã o o parque;

III. deverá ser encaminhar lei específica à Câ mara Municipal dos Vereadores;

O Município deverá implantar o Parque Municipal da Barra do Saí, em um prazo de 24 meses a


partir da publicaçã o da Lei do Plano Diretor.

6.8 ZONEAMENTO AMBIENTAL

O Zoneamento Ambiental é o instrumento definidor das ações e medidas de promoçã o, proteçã o e


recuperaçã o da qualidade ambiental do espaço físico-territorial, segundo suas características
ambientais.

Toda a á rea rural do município de Guaratuba está inserida em uma Á rea de Proteçã o Ambiental, a
APA de Guaratuba, instituída pelo Decreto Estadual nº 1.234 de 27 de março de 1992, apesar da
gestã o desta Unidae de Conservaçã o ser de competê ncia do Estado, o município deverá atravé s da
Secretaria Municipal de meio Ambiente e Conselho Municipal participar, fiscalizar, acompanhar,
implementar e definir em conjunto com o Conselho Gestor da APA de Guaratuba os parâ metros,
atividades e ações a serem instituídos pelo Plano de Manejo da APA de Guaratuba, em processo de
aprovaçã o.

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Plano Diretor de Guaratuba

Já na á rea urbana, apesar de pequena porçã o estar inserida na APA, a gestã o é de competê ncia
municipal, estabelecida pela Lei de Zoneamento Uso e Ocupaçã o do Solo.

O Poder Executivo, atravé s da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente e Conselho


Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, seguirá as seguintes diretrizes:

I. fomentar a aprovaçã o do Plano de Manejo da APA de Guaratuba, no menor prazo possível;

II. promover, de forma participativa, o processo de gestã o da APA de Guaratuba;

III. fomentar a gestã o comunitá ria e social da APA de Guaratuba.

6.9 PARCELAMENTO, EDIFICAÇ Ã O OU UTILIZAÇ Ã O COMPULSÓ RIO, IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL


URBANO PROGRESSIVO NO TEMPO, DESAPROPRIAÇ Ã O COM PAGAMENTO MEDIANTE TÍTULOS DA DIVIDA
ATIVA.

Os instrumentos aqui descritos destacam-se pela puniçã o atravé s de um tributo de valor crescente,
ano a ano, aos proprietá rios de terrenos ociosos ou mal aproveitados que acarretem prejuízos à
populaçã o. Esta puniçã o tem por objetivo estimular a utilizaçã o justa e adequada desses imóveis ou
a sua venda.

Podem promover uma Reforma Urbana, estruturando uma política fundiá ria que garanta a funçã o
social da cidade e da propriedade.

Por meio do instrumento da edificaçã o compulsória, o Poder Executivo pode estabelecer um prazo
para o loteamento ou construçã o das á reas vazias ou sub-utilizadas. O proprietá rio que nã o cumprir
esse prazo será penalizado pela aplicaçã o progressiva do Imposto Predial e Territorial Urbano
(IPTU), cuja alíquota cobrada a cada ano, deve ser fixado em lei específica, nã o podendo exceder a
duas vezes o valor referente ao ano anterior, sendo a alíquota má xima de 15%. Deverá ser aplicado
por um período de 05 (cinco) anos. Se, no caso de esgotamento do prazo, a á rea permanecer
incompatível com os usos e densidades previstas, o imóvel poderá ser desapropriado, com
pagamentos em títulos da dívida pública.

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Plano Diretor de Guaratuba

É considerado solo urbano subutilizado os que nã o atingirem o coeficiente de aproveitamento


mínimo 0,2 a partir de um tamanho mínimo de terreno de 360,00 m², nas á reas localizadas dentro
do perímetro definido no Mapa em anexo.

Solo urbano nã o utilizado é todo tipo de edificaçã o que tenha, no mínimo 80% (oitenta por cento)
de sua á rea construída desocupada há mais de 05 (cinco) anos, ressalvados os casos em que a
mesma decorra de impossibilidades jurídicas ou pendê ncias judiciais incidentes sobre o imóvel.
Ficam excluídos da obrigaçã o estabelecida pelo instrumento, os imóveis:

utilizados como instalações de atividades econômicas que nã o necessitem de


edificações para exercer suas finalidades;

utilizados como postos de serviços e lava-rá pido;

á reas com cobertura vegetal em está gio mé dio e avançado de sucessã o e de


preservaçã o permanente;

tombados e os de interesse histórico e turístico;

O Poder Executivo, atravé s da Secretaria Municipal de Fazenda e Secretaria Municipal de


Urbanismo, poderá exigir do proprietá rio do solo urbano nã o edificado, subutilizado ou nã o utilizado,
que promova seu adequado aproveitamento, sob pena sucessiva de:

I. Parcelamento, edificaçã o ou utilizaçã o compulsórios;

a. mecanismo, criado pelo Estatuto da Cidade, para impedir que as á reas vazias da
cidade continuem ociosas;

b. montagem de um sistema de cadastro dos imóveis urbanos, permanentemente


atualizado;

c. aplicaçã o deste instrumento mediante notificaçã o do proprietá rio, após averbaçã o


no cartório de registro de imóveis;

d. a partir do recebimento da notificaçã o, no prazo de um ano, os proprietá rios


deverã o protocolar pedido de aprovaçã o e execuçã o de parcelamento ou
edificaçã o.

II. Imposto predial e territorial urbano progressivo no tempo;

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Plano Diretor de Guaratuba

a. nã o deve ser utilizado para a obtençã o de um aumento substantivo das receitas


públicas. Sua funçã o é induzir determinado uso ou ocupaçã o;

b. em caso de descumprimento das etapas e dos prazos estabelecidos para o


parcelamento, edificaçã o ou utilizaçã o compulsória, o Município aplicará alíquotas
progressivas do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbano - IPTU,
majoradas anualmente, pelo prazo de 05 (cinco) anos consecutivos, até que o
proprietá rio cumpra com a obrigaçã o de parcelar, edificar ou utilizar, conforme o
caso;

c. caso a obrigaçã o de parcelar, edificar e utilizar nã o esteja atendida no prazo de 5


anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota má xima, até que se cumpra a
referida obrigaçã o, garantida a aplicaçã o da medida da desapropriaçã o do imóvel
com pagamento em títulos da dívida pública;

d. a alíquota a ser cobrada a cada ano, deve ser fixada em lei específica, de forma
progressiva, nã o podendo exceder a duas vezes o valore referente ao ano anterior,
sendo a alíquota má xima de 15%;

e. detalhamentos em lei específica;

f. é vedada a concessã o de isenções ou de anistias relativas à tributaçã o


progressiva para fazer cumprir a funçã o social da propriedade.

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III. Desapropriaçã o com pagamento mediante títulos da dívida pública;

a. decorridos os cinco anos de cobrança do IPTU progressivo no tempo sem que o


proprietá rio tenha cumprido a obrigaçã o de parcelamento, edificaçã o e utilizaçã o,
o Município poderá proceder à desapropriaçã o do imóvel com pagamento em
títulos da dívida pública, nos termos do Artigo 8º do Estatuto da Cidade.

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LEGENDA

Perímetro Urbano Proposto


Vias

Fonte: Base Cartográfica ParanáCidade 1997.

PLANO DIRETOR DE GUARATUBA Agosto. 2004

IPTU Progressivo no Tempo

Escala 1:40.000

EMPREENDEDOR EXECUÇÃO

Prefeitura Municipal de Guaratuba CONSILIU Projetos e Consultoria Ltda.


Plano Diretor de Guaratuba

6.10 OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

O objetivo desse instrumento é separar a propriedade dos terrenos urbanos do direito de edificaçã o.
Separando esses direitos, o Poder Executivo aumenta sua capacidade de interferir sobre os
mercados imobiliá rios.

Atravé s deste instrumento o Plano Diretor poderá fixar á reas nas quais o direito de construir poderá
ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento bá sico adotado, mediante contrapartida a ser
prestada pelo beneficiá rio, devendo ser determinados:

a fórmula de cá lculo para cobrança;

os casos passíveis de isençã o de pagamento de outorga;

a contrapartida do beneficiá rio.

Os recursos auferidos por este instrumento deverã o ser aplicados no Fundo de Investimento e
Desenvolvimento Urbano, com as finalidades previstas no art. 26 do Estatuto da Cidade,
regularizaçã o fundiá ria, determinado em Lei Ordiná ria.

Para obtençã o da outorga, podem ser seguidas as seguintes diretrizes:

I. outorga, até atingir a densidade construtiva e n º de pavimentos má ximos definidos para


cada zona, pagar-se um valor correspondente de 5% a 10% do valor referente a á rea a ser
outorgada do empreendimento, dependendo da zona inserida;

II. outorga, para regularizaçã o de edificações existentes, mediante parecer favorá vel do
Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, paga-se um valor correspondente a
aproximadamente 4% do valor do empreendimento;

III. seguir Lei Ordiná ria.

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6.11 TRANSFERÊ NCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

O proprietá rio de imóvel urbano, privado ou público, poderá exercer em outro local, ou alienar,
mediante escritura pública, o direito de construir previsto no Plano Diretor ou em legislaçã o dele
decorrente, quando o imóvel for considerado necessá rio para fins de:

I. Implantaçã o e equipamentos urbanos e comunitá rios;

II. Preservaçã o, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental,


paisagístico, social ou cultural;

III. Servir a programas de regularizaçã o fundiá ria, urbanizaçã o de á reas ocupadas por
populaçã o de baixa renda e habitaçã o de interesse social.

A mesma direito poderá ser concedida ao proprietá rio que doar ao Município seu imóvel, ou parte
dele, se o mesmo se enquadrar num dos itens listados acima.

A legislaçã o municipal estabelece em lei específica as condições relativas à aplicaçã o da


transferê ncia do direito de construir. Trata-se de transferê ncia entre proprietá rios privados,
entretanto, é fundamental a mediaçã o da prefeitura para poder registrar em cadastro a perda do
potencial do imóvel que realizou a transferê ncia e o aumento do potencial do imóvel receptor.

6.12 OPERAÇ Õ ES URBANAS CONSORCIADAS

Constituem um tipo especial de intervençã o urbanística voltada para a transformaçã o estrutural de


um setor da cidade.

As Operações Urbanas Consorciadas sã o um conjunto de medidas e intervenções, coordenadas


pelo poder público municipal, atravé s da Secretaria de Urbanismo, com a finalidade de alcançar
transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorizaçã o ambiental, ampliando os
espaços públicos, melhorias de infraestrutura e sistema viá rio, num determinado perímetro,
realizadas com a participaçã o dos proprietá rios, moradores, usuá rios permanentes e investidores
privados. Cada operaçã o urbana consorciada deverá ser aprovada por lei específica, contendo no
mínimo:

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I. delimitaçã o do perímetro da á rea de abrangê ncia;

II. programa bá sico de ocupaçã o da á rea e intervenções previstas;

III. programa de atendimento econômico social para a populaçã o diretamente afetada pela
operaçã o;

IV. finalidades da operaçã o;

V. estudo pré vio de impacto de vizinhança;

VI. contrapartida a ser exigida dos proprietá rios, usuá rios e investidores privados em funçã o
da utilizaçã o dos benefícios previstos;

VII. forma de controle da operaçã o;

VIII. conta ou fundo específico que deverá receber os recursos de contrapartidas financeiras
decorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos.

Os recursos obtidos pelo Poder Público como contrapartida nas Operações Urbanas Consorciadas
serã o aplicados exclusivamente no programa de intervenções, definido na lei de criaçã o da
Operaçã o.

Os imóveis localizados no interior dos perímetros das Operações Urbanas Consorciadas, nã o sã o


passíveis de receber potencial construtivo transferido de imóveis nã o inseridos no seu perímetro.

A lei específica que criar a Operaçã o Urbana Consorciada poderá prever a emissã o pelo Município
de quantidade determinada de Certificados de Potencial Adicional de Construçã o - CEPAC, que
serã o alienados em leilã o ou utilizados diretamente no pagamento das obras, desapropriações
necessá rias à própria Operaçã o, para aquisiçã o do terreno para a construçã o de HIS na á rea de
abrangê ncia da Operaçã o, visando o barateamento do custo da unidade para o usuá rio final e como
garantia para obtençã o de financiamentos para a sua implementaçã o.

Os Certificados de Potencial Adicional de Construçã o - CEPAC serã o livremente negociados, mas


convertidos em direito de construir unicamente na á rea objeto da Operaçã o.

A execuçã o de obras de intervençã o ou melhoramento urbanístico poderá ser realizada por empresa
privada de forma remunerada, atravé s de concessões de uso que o poder público poderá conceder.

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O Poder Executivo poderá promover plano de urbanizaçã o com a participaçã o dos moradores de
á reas usucapidas, para a melhoria das condições habitacionais e de saneamento ambiental nas
á reas habitadas por populaçã o de baixa renda, usucapidas coletivamente por seus possuidores
para fim de moradia, nos termos da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da
Cidade.

6.13 CONSÓ RCIO IMOBILIÁ RIO

Considera-se Consórcio Imobiliá rio a forma de viabilizaçã o de planos de urbanizaçã o ou edificaçã o


por meio do qual o proprietá rio transfere ao Poder Público Municipal seu imóvel e, após a
realizaçã o das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliá rias devidamente urbanizadas ou
edificadas.

A Prefeitura poderá receber por transferê ncia imóveis que, a requerimento dos seus proprietá rios,
lhe sejam oferecidos como forma de viabilizaçã o financeira do melhor aproveitamento do imóvel.
Assim, a Prefeitura poderá promover o aproveitamento do imóvel que receber por transferê ncia,
direta ou indiretamente, mediante concessã o urbanística ou outra forma de contrataçã o.

Poderá ser aplicado tanto aos imóveis sujeitos à obrigaçã o legal de parcelar, edificar ou utilizar,
quanto à queles por ela nã o abrangidos, mas necessá rios à realizaçã o de intervenções.

O proprietá rio receberá , como pagamento, unidades imobiliá rias devidamente urbanizadas ou
edificadas.

O valor das unidades imobiliá rias a serem entregues ao proprietá rio será correspondente ao valor
do imóvel antes da execuçã o das obras. O valor real desta indenizaçã o deverá :

I. refletir o valor da base de cá lculo do Imposto Predial e Territorial Urbano, descontado o


montante incorporado em funçã o das obras realizadas, direta ou indiretamente, pelo Poder
Público, na á rea onde o mesmo se localiza;

II. excluir do seu cá lculo expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.

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6.14 DIREITO DE PREEMPÇ Ã O

O objetivo do Direito de Preferê ncia é facilitar a aquisiçã o, por parte do Poder Público, á reas de seu
interesse, para a realizaçã o de projetos específicos.

O Executivo poderá exercer o direito de preempçã o visando garantir á reas necessá rias para
regularizaçã o fundiá ria, nos termos da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da
Cidade.

O Poder Público Municipal poderá exercer o direito de preempçã o para aquisiçã o de imóvel urbano
objeto de alienaçã o onerosa entre particulares, conforme disposto nos artigos 25, 26 e 27 da Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade, mediante as seguintes diretrizes:

I. elaborar lei específica para a definiçã o das á reas de interesse de aplicaçã o do direito de
preempçã o e os usos previstos para estas á reas, como as seguintes:

a. regularizaçã o fundiá ria;

b. execuçã o de programas e projetos habitacionais de interesse social;

c. constituiçã o de reserva fundiá ria;

d. ordenamento e direcionamento da expansã o urbana, principalmente para


implantaçã o do sistema viá rio;

e. implantaçã o de equipamentos urbanos e comunitá rios;

f. criaçã o de espaços públicos de lazer e á reas verdes;

g. criaçã o de unidades de conservaçã o ou proteçã o de outras á reas de interesse


ambiental;

h. proteçã o de á reas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

II. notificar o proprietá rio, de cuja á rea incide o do direito de preempçã o, fixando o prazo de
vigê ncia deste direito, nã o superior a 05 (cinco) anos, renová vel a partir de um ano após o
decurso do prazo inicial de vigê ncia;

III. o proprietá rio do imóvel enquadrado no direito de preempçã o, deverá notificar usa intençã o
de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo má ximo de 30 (trinta) dias, manifeste
por escrito seu interesse em comprá -lo;

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a. junto à notificaçã o mencionada, deverá ser anexada proposta de compra assinada


por terceiro interessado na aquisiçã o do imóvel, da qual constarã o preço,
condições de pagamento e prazo de validade;

b. o Município fará publicar, em órgã o oficial e em pelo menos um jornal local ou


regional de grande circulaçã o, edital de aviso da notificaçã o recebida, da intençã o
de aquisiçã o do imóvel nas condições da proposta apresentada;

c. transcorrido o prazo mencionado má ximo de 30 (trinta) dias, sem manifestaçã o,


fica o proprietá rio autorizado a realizar a alienaçã o para terceiros, nas condições
da proposta apresentada;

d. concretizada a venda a terceiro, o proprietá rio fica obrigado a apresentar ao


Município, no prazo de 30 (trinta) dias, cópia do instrumento público de alienaçã o
do imóvel.

IV. a alienaçã o processada em condições diversas da proposta apresentada é nula de pleno


direito e o Município, poderá adquirir o imóvel pelo valor base de cá lculo do Imposto
Predial e Territorial Urbano ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for
inferior à quele;

V. propõe-se que uso deste instrumento seja prioritariamente aplicado à Zona Balneá ria par a
implantaçã o de á reas de lazer e de apoio ao turismo.

6.15 DIREITO DE SUPERFÍCIE

Possibilita que o proprietá rio de terreno urbano conceda a outro particular, o direito de utilizar o
solo, subsolo ou espaço aé reo de seu terreno por tempo determinado ou indeterminado, podendo
ser onerosa ou nã o, conforme termos estabelecidos em contrato e mediante escritura pública
firmada em cartório de registro de imóveis.

Este instrumento dissocia o direito de propriedade do direito de utilizaçã o do solo urbano,


estimulando a utilizaçã o de terrenos urbanos mantidos ociosos. Reconhece-se, que o direito de
construir tem um valor em si mesmo, independente do valor da propriedade, podendo agregar ou
subtrair valor a esta.

O Poder Público poderá exercer o Direito de Superfície, de acordo o seguinte:

IV. exercer em todo o território municipal;

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V. exercer em á reas particulares onde haja carê ncia de equipamentos públicos e


comunitá rios;

VI. utilizar em cará ter transitório para remoçã o temporá ria de moradores de favela, pelo tempo
que durar as obras de urbanizaçã o;

VII. exercer em á reas públicas que integram seu patrimônio e que sejam objeto de interesse
por parte das concessioná rias de serviços públicos de forma onerosa ou gratuita;

VIII. utilizar onerosamente també m em imóveis integrantes dos bens dominiais do patrimônio
público, destinados à implementaçã o das diretrizes desta lei.

O Poder Executivo poderá receber em concessã o, diretamente ou por meio de seus órgã os,
empresas ou autarquias, o Direito de Superfície, nos termos da legislaçã o em vigor, para viabilizar a
implementaçã o de diretrizes constantes do Plano Diretor, inclusive mediante a utilizaçã o do espaço
aé reo e subterrâ neo.

6.16 ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇ A

Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privadas ou públicas em á rea urbanas que
dependerã o de elaboraçã o do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e do Relatório de Impacto de
Vizinhança (RIV) para obter as licenças ou autorizações de construçã o, ampliaçã o ou
funcionamento a cargo do Poder Público Municipal.

I. executar o EIV/RIV de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do


empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da populaçã o residente na á rea e
suas proximidades, incluindo a aná lise, no mínimo, das seguintes questões:

a. adensamento populacional;

b. equipamentos urbanos e comunitá rios;

c. uso e ocupaçã o do solo;

d. valorizaçã o imobiliá ria;

e. geraçã o de trá fego e demanda por transporte público;

f. ventilaçã o e iluminaçã o;

g. paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

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II. a elaboraçã o do EIV nã o substitui a elaboraçã o e a aprovaçã o de Estudo de Impacto


Ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislaçã o ambiental;

III. dar publicidade aos documentos integrantes do EIV/RIV, que ficarã o disponíveis para
consulta, no órgã o municipal competente, por qualquer interessado;

IV. submeter à apresentaçã o do Estudo de Impacto de Vizinhança, cuja aná lise dependerã o as
licenças ou autorizações para construçã o dos seguintes empreendimentos ou serviços:

a. casas de diversões noturnas, tais como: bares, casas de dança e similares, com
música ao vivo ou mecâ nica;

b. clubes, salões de festas e assemelhados;

c. shopping, hiper-mercados;

d. posto de serviço com venda de combustível;

e. depósito de gá s liqüefeito de petróleo (GLP);

f. transportadoras, garagens de veículos e similares.

6.17 TOMBAMENTO

É a restriçã o ao direito à propriedade que tem por objetivo proteger o patrimônio cultural. O
proprietá rio submete-se a sacrifício parcial de seu direito definido pelas limitações administrativas.
A inscriçã o do bem no Livro de Tombo – daí o nome tombamento – será fruto de procedimento
administrativo, buscando preservar aquelas características físicas do bem que estã o associadas à
história, à s artes ou a qualquer outro aspecto relacionado à cultura da sociedade.

6.18 DESAPROPRIAÇ Ã O

É o procedimento atravé s do qual o Poder Público ou seus delegados impõe a perda do direito à
propriedade sobre determinado bem, que passa ao patrimônio da entidade expropriante.

Justificam-se a desapropriaçã o por utilidade ou necessidade pública, casos de interesse social


(para fins de reforma agrá ria ou regularizaçã o fundiá ria, instalaçã o de equipamentos públicos).

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6.19 TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA

O Termo de Ajustamento de Conduta é um documento legal, firmado com o intuito de reparaçã o,


readequaçã o ou mesmo recomposiçã o de eventuais danos ocorridos, ao meio ambiente,
ecossistema local e sociedade, entre outros.

6.20 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Instrumento, exigido para o funcionamento de atividades consideradas efetiva ou potencialmente


poluidoras, conforme requisitos estabelecidos nas Resoluções CONAMA nº 01/86 e nº 237/97;

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A seguir estã o explicitadas os Instrumentos para a Regularizaçã o Fundiá ria:

6.21 ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL

A expressã o “interesse social” reporta-se ao atendimento das necessidades das camadas mais
pobres da populaçã o ou, em outras palavras, à reduçã o das desigualdades econômicas e sociais.
Se no zoneamento – em sentido amplo – se faz a divisã o do território em vá rias zonas para serem
definidas as formas de uso e de ocupaçã o de cada um desses espaços, a fim de conferir-lhes
maior homogeneidade, a zona especial de interesse social será aquela mais comprometida com a
viabilizaçã o dos interesses das camadas populares.

À legislaçã o urbanística recomenda-se adotar, pelo menos em algumas á reas padrões compatíveis
com a realidade das pessoas de baixa renda, para nã o lança-las na ilegalidade. Muitas vezes a
observâ ncia dos padrões urbanísticos idealizados é inviá vel na prá tica par boa parte da populaçã o,
em razã o de dificuldades econômicas.

Ao Município, portanto, é dado instituir zonas com regras especiais, quando o uso admitido vier a
promover a integraçã o das pessoas mais necessitadas aos espaços habitá veis. Tais zonas,
encontram-se especificadas na lei de zoneamento.

6.22 CONCESSÃ O DE DIREITO REAL DE USO

A concessã o de direito real de uso ocorre por meio de contrato, atravé s da qual o proprietá rio
transfere a outra pessoa prerrogativa de usar seu imóvel, com as garantias típicas de um direito
real. O instrumento se destina para fins específicos de urbanizaçã o, industrializaçã o, cultivo de terra
ou outra utilizaçã o de interesse social.

O Poder Executivo, atravé s da Secretaria Municipal de Urbanismo, quanto a Concessã o do Direito


Real de Uso, seguirá as seguintes diretrizes:

I. Levantar todos os imóveis ocupados por particulares, de propriedade pública do


Município;

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b. levantar documentaçã o dos proprietá rios de casas residenciais, comerciais e


marinas, entre outros, principalmente na porçã o sul da Baía de Guaratuba, onde
ocorre ocupações em á reas alodiais;

c. solicitar aos proprietá rios dos imóveis em questã o, avaliaçã o da propriedade;

d. mediante vínculo contratual realizar a concessã o de uso ao proprietá rio particular;

e. cá lculo e cobrança de taxas pelo uso das á reas, podendo ser única, anual, a
crité rio da Secretaria de Urbanismo;

f. definir em forma de Lei cada concessã o concedida;

Após a regularizaçã o dessas propriedades poderá ser feita uma atualizaçã o da cobrança do IPTU.

6.23 CONCESSÃ O DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA

O Poder Executivo deverá outorgar à quele que, até a aprovaçã o do Plano Diretor, residia em á rea
urbana de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados), de propriedade pública, por 5
(cinco) anos, ininterruptamente e sem oposiçã o, título de Concessã o de Uso Especial para Fins de
Moradia em relaçã o à referida á rea ou edificaçã o, desde que nã o seja proprietá rio ou
concessioná rio de outro imóvel urbano ou rural, de acordo com artigo 1º da Medida Provisória nº
2.220, de 2001.

I. O Poder Executivo deverá assegurar o exercício do direito de concessã o de uso especial


para fim de moradia, individual ou coletivamente, em local diferente daquele que gerou
esse direito, nas hipóteses de a moradia estar localizada em á rea de risco cuja condiçã o
nã o possa ser equacionada e resolvida por obras e outras intervenções.

II. O Poder Executivo poderá assegurar o exercício do direito de concessã o de uso especial
para fins de moradia, individual ou coletivamente, em local diferente daquele que gerou
esse direito, nas hipóteses de:

a. ser á rea de uso comum do povo com outras destinações prioritá rias de interesse
público, definidas no Plano Diretor;

b. ser á rea onde houver necessidade de desadensamento por motivo de projeto e


obra de urbanizaçã o;

c. ser á rea de comprovado interesse da defesa nacional, da preservaçã o ambiental


e da proteçã o dos ecossistemas naturais;

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d. ser á rea reservada à construçã o de estardas e obras congê neres.

III. Para atendimento do direito previsto nos ítens anteriores, a moradia deverá estar localizada
próxima ao local que deu origem ao direito de que trata este artigo, e em casos de
impossibilidade, em outro local desde que haja manifesta concordâ ncia do beneficiá rio.

IV. A concessã o de Uso Especial para Fins de Moradia poderá ser solicitada de forma
individual ou coletiva.

V. Buscar-se-á respeitar, quando de interesse da comunidade, as atividades econômicas


locais promovidas pelo próprio morador, vinculadas à moradia, como pequenas atividades
comerciais, indústria domé stica, artesanato, oficinas de serviços e outros.

VI. Extinta a Concessã o de Uso Especial para Fins de Moradia, o Poder Público recuperará o
domínio pleno do terreno.

6.24 ASSISTÊ NCIA TÉ CNICA E JURÍDICA GRATUITA PARA AS COMUNIDADES E GRUPOS SOCIAIS MENOS
FAVORECIDOS

Cabe ao Poder Executivo, atravé s da secretaria de Urbanismo e Procuradoria Geral do Município,


garantir assessoria té cnica, urbanística, jurídica e social gratuita à populaçã o, indivíduos, entidades,
grupos comunitá rios e movimentos na á rea de Habitaçã o de Interesse Social, buscando promover a
inclusã o social, jurídica, ambiental e urbanística da populaçã o de baixa renda à Cidade, na garantia
da moradia digna, particularmente nas ações visando à regularizaçã o fundiá ria e qualificaçã o dos
assentamentos existentes.

6.25 QUANTO AOS INSTRUMENTOS TRIBUTÁ RIOS E FINANCEIROS

Os tributos municipais compõem o que se denomina receita municipal, e sã o definidos em trê s


categorias: os impostos municipais, onde destacam-se o IPTU, o ITBI e o ISS; as taxas
municipais, oriundas do exercício do poder de polícia ou pela utilizaçã o, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ou postos a disposiçã o dos cidadã os; e a
contribuiç ão de melhoria, decorrente da execuçã o de obra pública que tenha ensejado,
efetivamente, a valorizaçã o dos imóveis por ela atingidos.

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Impostos Municipais

Os impostos em sentido amplo sã o os tributos cuja obrigaçã o tem por fato gerador uma situaçã o
independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Assim, o contribuinte
recolhe o imposto, mas nã o aufere nenhuma contraprestaçã o direta ou indireta.

No â mbito municipal, destaca-se:

IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano

O Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana tem seu fato gerador incidente sobre a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou acessã o física, ou seja, por
natureza própria ou por acré scimo atravé s de adesã o de terras, sendo as facetas predial e territorial
urbano suas circunstâ ncias. Por territorial urbano incluem-se os imóveis localizados em zona
urbana; á reas urbanizá veis ou de expansã o urbana.

ITBI – Imposto sobre a transmissã o inter vivos por atos onerosos de bens imóveis

O Imposto sobre a transmissã o inter vivos por atos onerosos de bens imóveis recai sobre a compra
e venda pura ou condicional; permuta; adjudicaçã o (nã o decorrente de sucessã o hereditá ria);
penhora; daçã o em pagamento; arremataçã o; concessã o remunerada de direito real de uso da
propriedade ou do domínio útil de bens imóveis, por natureza ou acessã o física; da transmissã o de
direitos reais sobre imóveis (exceto os de garantia – enfiteuse ou aforamento); as servidões; o
usufruto; o uso; a habitaçã o e as rendas constituídas sobre imóveis; e da transmissã o de cessã o de
direitos relativos à aquisiçã o dos imóveis.

Recai, desta forma, sobre a circulaçã o de direitos e sobre a transferê ncia de titularidade de imóveis.

ISS – Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza

Incide sobre serviços definidos pela municipalidade em lei, a qual incumbe també m fixar alíquota
má xima e excluir da sua incidê ncia tributá ria as exportações de serviços. Contribuem para a sua
conformaçã o a atividade econômica do prestador de serviço e a sua profissionalidade, com o seu
fato gerador sendo a prestaçã o de serviço, e o local de aplicaçã o do imposto aquele onde se efetiva
a prestaçã o do serviço. Como base de cá lculo tem-se o preço do serviço.

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Taxas e Tarifas Públicas Específicas

Taxas

As taxas sã o os tributos, ou seja, imposições fiscais criadas por lei, cobrados em razã o do
exercício do poder de polícia ou pela utilizaçã o efetiva do ou potencial de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados aos contribuintes ou posto a sua disposiçã o, ocorrendo a
distinçã o entre taxas de polícia e taxas de serviço.

Destaca-se em esfera municipal a taxa de licenciamento de funcionamento (poder de polícia); a


taxa de limpeza urbana e coleta de lixo residencial, hospitalar, centros comerciais e urbanas
(serviços). Ressalta-se que nã o encontra guarida como taxa a de iluminaçã o pública, por nã o
específica e divisível.

Tarifa Pública

A tarifa pública diverge da taxa, uma vez que é fixada por ato do Prefeito, pré via e unilateralmente
para as utilidades e serviços industriais, prestados pelo Município diretamente, ou por seus
delegados, e é facultativa.

É hipótese de tarifa a utilizaçã o concreta e mensurá vel de um serviço público ou de utilidade, como
por exemplo de á gua e esgoto ou de transporte coletivo urbano.

Contribuiç ão de melhoria

O Município pode, mediante lei, instituir contribuiçã o de melhoria decorrente de obras públicas que
tenha efetivamente, ensejado,a valorizaçã o do imóvel, e a partir de determinados requisitos, a
saber: delimitaçã o das á reas direta e indiretamente beneficiadas; a relaçã o dos imóveis nela
compreendidos; memorial descritivo do projeto; orçamento total ou parcial dos custos da obra;
determinaçã o da parcela a ser ressarcida pela contribuiçã o, com o correspondente rateio entre os
imóveis beneficiados.

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A contribuiçã o de melhorias nã o pode exercer ao custo da obra, incluindo as despesas de estudo;


projetos; fiscalizaçã o, desapropriações; administraçã o, execuçã o e financiamento.

Este tributo pode atingir as seguintes categorias de obras públicas, definidas em lei, dentre outras:
abertura; alargamento; pavimentaçã o; iluminaçã o e arborizaçã o de vias municipais; construçã o ou
implementaçã o de sistemas de trâ nsito no perímetro urbano; proteçã o contra inundações, erosões;
saneamento e drenagem geral; retificaçã o e regularizaçã o de cursos de á gua e irrigaçã o, aterros e
obras de embelezamento e geral, inclusive desapropriaçã o para desenvolvimento de plano
urbanístico consoante o Plano Diretor.

Incentivos e Benefícios Fiscais

As vantagens a partir de incentivos e benefícios fiscais constituem-se em instrumento valioso ao


propósito intervencionista do Estado, que encontra, nesta forma de atuaçã o a possibilidade de
colocar, simultaneamente, a vá rios sujeitos, bens e serviços, obtendo assim maiores resultados e
um custo menor.

Tal meio pode ser denominado de econômico, pois traduzem um benefício que passível de ser
dimensionado economicamente.

Esta forma de exoneraçã o tributá ria, como auxílio indireto de natureza econômica, pode se dar
como reduçã o de alíquotas, remissã o, anistia, diferimentos e fixaçã o de prazos excepcionais de
recolhimento de tributo, isençã o e imunidade, e constitui-se em uma reduçã o da receita pública.,
para fins de que o contribuinte faça algo que a ordem jurídica considere conveniente, interessante e
oportuno.

Esta extrafiscalidade nã o persegue objetivos meramente arrecadatórios, mas busca incentivar ou


restringir o desenvolvimento de determinada regiã o ou atividade. Adotando estas medidas fiscais,
de maneira eficaz e eficiente, o Município consegue transformar a exploraçã o de uma atividade,
considerada despida de interesse pelo particular, em exploraçã o proveitosa e vantajosa. O
particular, assim, ao mesmo tempo em que satisfaz os seus próprios interesses, indireta e
concomitantemente, satisfaz necessidades coletivas.

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Daç ão de Imóveis em Pagamento da Dívida

A daçã o em pagamento é instituto previsto pelos artigos 356 a 359 do Código Civil, e representa a
entrega de um bem que nã o seja dinheiro para solver dívida anterior. De outra forma, pode-se
estabelecer que é um acordo convencionado entre o credor e o devedor, por via do qual aquiesce o
primeiro em receber do segundo, para desobrigá -lo de uma dívida objeto diferente do que
constituíra a obrigaçã o.

O Município pode utilizar-se deste instituto, mediante pré via autorizaçã o legislativa e avaliaçã o do
bem a ser empregado no resgate da dívida, sem exigir contudo licitaçã o, por se tratar de contrato
com destinatá rio certo, que é o credor. Definido o valor do bem, estabelece-se entre as partes uma
relaçã o de compra e venda.

6.26 QUANTO AOS INSTRUMENTOS JURÍDICO-ADMINISTRATIVOS

Servidão Administrativa e Limitaç õ es Administrativas

Servidã o Administrativa

A servidã o administrativa, como instrumento de planejamento urbano, visa assegurar a realizaçã o e


a conservaçã o de obras e serviços públicos, ou de utilidade pública, no município, a partir da
imposiçã o, por parte do Poder Executivo, de ônus real de uso sobre a propriedade particular. Este
ônus real de uso é obtido mediante indenizaçã o dos prejuízos efetivamente suportados pelo
proprietá rio.

Limitações Administrativas

A limitaçã o administrativa é um preceito de ordem pública, de cunho geral (atinge a todos os


cidadã os), gratuito e unilateral, que objetiva condicionar o exercício de direitos ou de atividades
particulares para com as exigê ncias do bem-estar social, em trê s modalidades: fazer; nã o fazer ou
deixar fazer. Como exemplo, destaca-se as limitações administrativas fixadas na postura municipal,
ligadas ao direito de construir, e as limitações estabelecidas pela lei de zoneamento e de uso e
ocupaçã o do solo urbano.
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Concessão, Permissão ou Autorizaç ão de Uso de Bens Públicos Municipais

Concessã o de Uso

Como instrumento de planejamento urbano, a concessã o de uso de bens públicos possibilita a


utilizaçã o exclusiva de um bem de domínio do município, por parte do particular para que, sob
contrato, de forma onerosa ou gratuita, e por tempo determinado ou indeterminado, o utilize
conforme convencionado em contrato, após autorizaçã o legal. Poderá ocorrer em casos como
á reas de mercado, locais para bares e restaurante em edifícios ou logradouros públicos, dentre
outros.

Permissã o de Uso

A permissã o de uso, por sua vez, é um ato negocial, facultado ao particular a utilizaçã o de
determinado bem público, com ou sem condicionantes, estabelecido de forma precá ria e
unilateral,ou seja, estabelecido pelo Poder Executivo e revogá vel a qualquer tempo por este, quando
o interesse público assim o exigir. Requer-se pré vio processo licitatório para a sua efetivaçã o.

Autorizaçã o de Uso

A autorizaçã o de uso també m é um instrumento unilateral, discricioná rio e precá rio, no qual ao
Poder Executivo consente na prá tica de determinada atividade individual incidente sobre um bem
público que nã o prejudiquem a comunidade e a prestaçã o de serviços públicos. A autorizaçã o recai
sobre atividades transitórias e irrelevantes para o Poder Executivo. Esta forma dispensa lei
autorizativa e licitaçã o para seu deferimento.

Contratos de Concessão de Serviços e de Obras Públicas Urbanos

Como contrato administrativo, o de concessã o representa o ajuste pelo qual o Poder Executivo
Municipal delega ao particular a execuçã o remunerada de serviços ou de obras públicas para que

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este explore por sua conta e risco, no prazo e condições contratuais, ou seja, bilaterais,
comutativas e remunerados .

Contratos de Concessã o de Serviços

No que se refere a concessã o de serviços públicos, a remuneraçã o se dá mediante tarifa cobrada


do usuá rio, e ainda pode ocorrer a estipulaçã o de preço, a fim de remuneraçã o dos serviços de
supervisã o, fiscalizaçã o e controle da execuçã o do ajuste, a cargo da Administraçã o.

Contrato de Concessã o de Obras Públicas

No que se refere a obras públicas, a remuneraçã o igualmente se dá por tarifa, entretanto o objeto
concedido é a execuçã o e exploraçã o de uma obra pública, tais como pontes e viadutos.

Convênio e Acordos Técnicos Operacionais e de Cooperaç ão Institucional

Regulamentados pela Lei federal n° 8666/93, e suas alterações, estabelece-se que, com igualdade
jurídica, partícipes de qualquer espé cie, públicos ou privados, celebram acordo visando a realizaçã o
de objetivos específicos de interesse comum, mediante a concretizaçã o de um Plano de Trabalho,
previamente aprovado pelos celebrantes.

Consórcios Intermunicipais

Visando enfrentar problemas locais e regionais, ou seja, litorâ neos, a previsã o de consórcio
intermunicipal, na forma de acordo dos municípios envolvidos, busca a soluçã o destas questões,
em víeis administrativo.

Abrangendo á reas setoriais, tais como: a saúde; aterro sanitá rio; industrializaçã o do lixo urbano;
agê ncia de turismo; distribuiçã o de gá s; Usp do Potencial Construtivo; de fomento a
descentralizaçã o industrial; de captaçã o e distribuiçã o de á gua; o consórcio intermunicipal é uma
forma á gil, e prevista no â mbito estadual na Lei Estadual n° 82/98, e se materializa atravé s de um
ajuste administrativo entre os Municípios envolvidos, por meio de lei municipal de cada município
consorciado, indicando-se na referida lei o quantum para a participaçã o do consórcio.

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Este ajuste possui a sua sustentabilidade no princípio da solidariedade; e viabiliza a participaçã o


municipal, atravé s da gestã o associada de serviços públicos, com a transferê ncia total ou parcial
de recursos e encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços
transferidos.

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6.27 DEMOCRATIZAÇ Ã O DA GESTÃ O URBANA

É assegurada a participaçã o direta da populaçã o em todas as fases do processo de gestã o


democrá tica da Política Urbana da Cidade mediante as seguintes instâ ncias de participaçã o:

I. Conferê ncia Municipal de Desenvolvimento Urbano;

II. Assemblé ias Regionais de Política Urbana;

III. Conselho Municipal de Urbanismo;

IV. Audiê ncias e Consultas públicas;

V. Iniciativa popular de projetos de lei, de planos, programas e projetos de desenvolvimento


urbano;

VI. Conselhos correlatos reconhecidos pelo Poder Executivo Municipal;

VII. Assemblé ias e reuniões de elaboraçã o do Orçamento Municipal;

VIII. Programas e projetos com gestã o popular;

IX. Comissã o de Legislaçã o Participativa da Câ mara Municipal de Guaratuba;

X. Fundo Municipal de Desenvolvimento, detalhada em Lei Ordiná ria;

A participaçã o dos munícipes em todo processo de planejamento e gestã o da Cidade deverá


basear-se na plena informaçã o, disponibilizada pelo Executivo com antecedê ncia.

Anualmente, o Executivo apresentará à Câ mara Municipal e ao Conselho Municipal de Urbanismo e


Meio Ambiente relatório de gestã o da política urbana e plano de açã o para o próximo período,
devendo ser publicado no Diá rio Oficial do Município.

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O Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentá rias, o Orçamento Participativo e o Orçamento Anual


incorporarã o e observarã o as diretrizes e prioridades estabelecidas nesta lei.

A elaboraçã o, a revisã o, o aperfeiçoamento, a implementaçã o e o acompanhamento do Plano


Diretor e de planos, programas e projetos setoriais e especiais de urbanizaçã o serã o efetuados
mediante processo de planejamento, implementaçã o e controle, de cará ter permanente,
descentralizado e participativo, como parte do modo de gestã o democrá tica da Cidade para a
concretizaçã o das suas funções sociais.

XI. O Executivo promoverá a adequaçã o da sua estrutura administrativa, quando necessá rio,
para a incorporaçã o dos objetivos, diretrizes e ações previstos nesta lei, mediante a
reformulaçã o das competê ncias de seus órgã os da administraçã o direta.

XII. Cabe ao Executivo garantir os recursos e procedimentos necessá rios para a formaçã o e
manutençã o dos quadros necessá rios no funcionalismo público para a implementaçã o das
propostas definidas nesta lei

XIII. O Executivo promoverá entendimentos com municípios vizinhos e com a regiã o litorâ nea,
podendo formular políticas, diretrizes e ações comuns que abranjam a totalidade ou parte
de seu território, baseadas nesta lei, destinadas à superaçã o de problemas setoriais ou
regionais comuns, bem como firmar convê nios ou consórcios com este objetivo, sem
prejuízo de igual articulaçã o com o Governo do Estado do Paraná ;

XIV. Os planos integrantes do processo de gestã o democrá tica da Cidade deverã o ser
compatíveis entre si e seguir as políticas de desenvolvimento urbano contidas nesta lei,
bem como considerar os planos intermunicipais e do litoral de cuja elaboraçã o a Prefeitura
tenha participado; e

XV. O Executivo promoverá a atualizaçã o da Lei Orgâ nica no prazo de 24 meses.

6.27.1 SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇ Õ ES

O Poder Executivo, para garantir a gestã o democrá tica, manterá atualizado, permanentemente, o
sistema municipal de informações sociais, culturais, econômicas, financeiras, patrimoniais,

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administrativas, físico-territoriais, inclusive cartográ ficas e geológicas, ambientais, imobiliá rias e


outras de relevante interesse para o Município:

I. Deve ser assegurada sucinta e periódica divulgaçã o dos dados do Sistema Municipal de
Informações, por meio de publicaçã o no Diá rio Oficial do Município, disponibilizada na
Prefeitura Municipal de Guaratuba.

II. O Sistema a que se refere este artigo deve atender aos princípios da simplificaçã o,
economicidade, eficá cia, clareza, precisã o e segurança, evitando-se a duplicaçã o de meios
e instrumentos para fins idê nticos.

III. O Sistema Municipal de Informações terá cadastro único, multi-utilitá rio, que reunirá
informações de natureza imobiliá ria, tributá ria, judicial, patrimonial, ambiental e outras de
interesse para a gestã o municipal, inclusive sobre planos, programas e projetos.

IV. O Sistema Municipal de Informações deverá oferecer indicadores de qualidade dos


serviços públicos, da infra-estrutura instalada e dos demais temas pertinentes a serem
anualmente aferidos, publicados no Diá rio Oficial do Município e divulgados por outros
meios a toda a populaçã o, em especial aos Conselhos, as entidades representativas de
participaçã o popular e as instâ ncias de participaçã o e representaçã o regional.

V. Os agentes públicos e privados, em especial os concessioná rios de serviços públicos que


desenvolvem atividades no município deverã o fornecer ao Executivo Municipal, no prazo
que este fixar, todos os dados e informações que forem considerados necessá rios ao
Sistema Municipal de Informações.

VI. O disposto neste artigo aplica-se també m à s pessoas jurídicas ou autorizadas de serviços
públicos federais ou estaduais, mesmo quando submetidas ao regime de direito privado.

VII. O Executivo Municipal dará ampla publicidade a todos os documentos e informações


produzidos no processo de elaboraçã o, revisã o, aperfeiçoamento e implementaçã o do
Plano Diretor, de planos, programas e projetos setoriais e especiais de urbanizaçã o, bem
como no controle e fiscalizaçã o de sua implementaçã o, a fim de assegurar o

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conhecimento dos respectivos conteúdos à populaçã o, devendo ainda disponibilizá -las a


qualquer munícipe que requisitá -la por petiçã o simples.

VIII. O Sistema Municipal de Informações deverá ser estruturado e apresentado publicamente


no prazo de 12 (doze) meses, contado a partir da aprovaçã o do Plano Diretor.

IX. É assegurado, a qualquer interessado, o direito a ampla informaçã o sobre os conteúdos de


documentos, informações, estudos, planos, programas, projetos, processos e atos
administrativos e contratos, ressalvadas as situações em que o sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado.

6.27.2 PROCESSO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO

O Processo Municipal de Planejamento Urbano será desenvolvido pelos órgã os do Executivo, com
a participaçã o da sociedade, garantindo os instrumentos necessá rios para sua efetivaçã o, sendo
composto por:

I. Ó rgã os públicos e Conselhos;

II. Plano Municipal, Regional e, quando houver, planos de bairro;

III. Sistema Municipal de Informaçã o;

IV. Participaçã o popular.

Alé m do Plano Diretor fazem parte do processo de planejamento as leis, planos e disposições que
regulamentem a Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade e as
específicas previstas na presente lei:

I. Lei de Zoneamento do Uso e Ocupaçã o do Solo;

II. Lei do Perímetro Urbano;

III. Lei de Parcelamento do Solo;

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IV. Lei de Drenagem;

V. Lei do Sistema Viá rio;

VI. Lei do Fundo de Desenvolvimento e Investimentos;

VII. Lei de Código de Obras e Posturas;

VIII. Lei de Código de Vigilâ ncia Sanitá ria;

IX. Lei de Códigos Ambientais;

X. Lei de Outorga Onerosa do Direito de Construir;

XI. Lei de Transferê ncia do Direito de Construir;

XII. Lei do Estudo do Impacto de Vizinhança;

Compõem o Processo Municipal de Planejamento, como órgã os de apoio e informaçã o ao


Planejamento Urbano Municipal:

I. As Secretarias Municipais e Ó rgã os da Administraçã o Indireta Municipal;

II. Os Conselhos Municipais;

III. As instâ ncias de participaçã o popular, tais como Assemblé ias Regionais de Política
Urbana, a Conferê ncia Municipal de Planejamento Urbano e demais instâ ncias de
participaçã o e representaçã o regional.

IV. O Conselho do Litoral;

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7 Aç õ es Estratégicas

As ações e projetos estraté gicos sã o o conjunto de medidas a serem adotadas prioritariamente pela
gestã o municipal, aplicando imediatamente os instrumentos criados por esta lei do Plano Diretor de
forma a criar as condições necessá rias à continuidade da aplicaçã o do próprio plano.

7.1 REFORMA ADMINISTRATIVA

Primordial alterar o Sistema Organizacional atual do Poder Executivo do Município de Guaratuba,


priorizando a implementaçã o da reforma administrativa de acordo com as diretrizes apresentadas
neste Plano Diretor. O prazo previsto para a reformulaçã o e estruturaçã o da administraçã o pública é
de 120 dias contados da aprovaçã o deste Plano Diretor.

7.2 PLANTA GENÉ RICA DE VALORES

A Planta Gené rica de Valores é um instrumento para o planejamento municipal, na medida em que
reflete os índices de valorizaçã o imobiliá ria e propicia, portanto, a açã o regularizadora do governo
municipal quanto ao uso e ocupaçã o do solo. É fundamentada no Recadastramento Urbano
Mobiliá rio e Imobiliá rio.

O objetivo principal da atualizaçã o das Planta Gené rica de Valores é o de potencializar o aumento de
arrecadaçã o do IPTU, ao mesmo tempo, que torna mais justa a cobrança dos tributos e identificar a
situaçã o e localizaçã o das á reas considerada pública para a aplicaçã o de outros instrumentos
previstos no Estatuto da Cidade e do próprio Plano Diretor.

I. Atualizar a Planta Gené rica de Valores;

a. levantar toda a Legislaçã o Tributá ria e outras leis relacionadas à temá tica fiscal do
Município como: a antiga Planta Gené rica de Valores; o Código Tributá rio Local;
decretos, emendas e leis ordiná rias e complementares que regulamentavam
artigos do referido Código Tributá rio;

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b. promover a divisã o do município em setores ou regiões onde os terrenos e as


construções sejam relativamente homogê neas;

c. utilizar como base o Cadastro Municipal de Imóveis, o qual també m deverá ser
atualizado periodicamente, a cada nova autorizaçã o de ocupaçã o, possibilitando o
monitoramento dos imóveis vazios e de sua ocupaçã o;

d. padronizar e uniformizar os crité rios de apuraçã o do valor venal dos imóveis,

e. fixar previamente os valores bá sicos unitá rios dos terrenos e das edificações,
expressos por metro quadrado de á rea;

f. utilizar como bases e fundamentações, normativas precisas, como a NBR 5676


(Norma de Avaliações de Imóveis Urbanos da ABNT), entre outros;

g. utilizar, para atualizaçã o: metodologia clá ssica (modelos pré -determinados ou


determinísticos) ou metodologia inferencial (modelos probabilísticos ou
inferenciais);

II. Cobrar de forma justa os tributos, como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano);

III. Possibilitar tomar a Planta Gené rica de Valores como limite mínimo para a cobrança do
ITBI (Imposto sobre Transmissã o de Bens Imóveis);

IV. Possibilitar a detecçã o de novos prestadores de serviços, comé rcios e indústrias nã o-


cadastrados ou irregulares, quanto aos alvará s de funcionamento.

V. Possibilitar a participaçã o e interaçã o da sociedade civil com o governo, para a atualizaçã o


da Planta Gené rica de Valores, com o incentivo da composiçã o de uma comissã o com
participaçã o mínima dos corretores de imóveis, engenheiros e funcioná rios da prefeitura
municipal, associações de bairros, ONG`S, dentre outras;

VI. Realizar a atualizaçã o da Planta Gené rica de Valores atual em um prazo de um ano;

VII. Atualizar a Planta Gené rica de Valores a cada 05 (cinco) anos;

7.3 BASE DE DADOS DIGITAL EM SISTEMA DE INFORMAÇ Õ ES GEOGRÁ FICAS

Elaborar uma base de dados digital no ambiente Sistema de Informações Geográ ficas - SIG, tendo o
objetivo de criar condições que permitam o manejo, a aná lise, o monitoramento e modelagem
espacial dos dados do município de Guaratuba, bem como do ecossistema costeiro e dos

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fenômenos a ele associados. Utilizar o mapa em anexo como referencial para a elaboraçã o da Base
SIG. Devendo ser implementada em 240 dias após aprovaçã o do Plano Diretor.

O SIG possibilita diversos temas em uma estrutura única (multidisciplinaridade), de forma a


promover aná lises e integrações, dos dados do município.

O Poder Executivo, atravé s da Secretaria Municipal de Urbanismo e Secretaria Municipal de Meio


Ambiente, de forma conjunta promoverã o a implantaçã o de uma base de dados digital do município
de Guaratuba, em um Sistema de Informações Geográ ficas, em um prazo de doze meses a partir da
aprovaçã o do Plano Diretor, de acordo com as seguintes diretrizes:

I. Implantar e estruturar um laboratório de geoprocessamento, com equipamentos e


programas específicos, em um prazo de 120 dias a partir da aprovaçã o do Plano Diretor;

II. Construir uma base de dados digital georreferenciados do município de Guaratuba;

a. promover o desenvolvimento de um Banco de Dados georreferenciados do


município, contendo os seguintes dados: bacias ou sub-bacias hidrográ ficas, rede
de drenagem, infraestrutura de saneamento, rede viá ria (rodovias, ferrovias,
caminhos e trilhas), rede de alta tensã o, gasoduto e oleoduto, divisã o política do
município, informações geológicas e planialtimé tricas, loteamentos e ocupações,
á rea urbana, informações florestais (mata, bosques, mangue, restinga), bem
como seus usos e ocupações, entre outros;

b. ter como referê ncia o mapa digital utilizado na elaboraçã o do Plano Diretor;

c. compilar e integrar, numa única base de dados, informações de diferentes fontes;

d. complementar o banco de dados com informações que ainda nã o se encontram


em meio digital;

e. utilizar como referencial o sistema utilizado pelo Estado, estabelecendo o datum


SAD69

III. Abranger toda a á rea municipal de Guaratuba, urbana e rural;

IV. Promover o cadastro e mapeamento, no Sistema de Informações Geográ ficas, de todas as


ocupações do município (loteamentos regulares, irregulares, clandestinos), para auxiliar a
atualizaçã o e readequaçã o dos dados da Planta Gené rica de Valores;

V. Promover capacitaçã o té cnica, atravé s de cursos, oficinas e reuniões com toda a equipe
envolvida no SIG;

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a. promover a utilizaçã o dos mesmos conceitos do SIG, uniformizando as


informações, bem como sua aplicabilidade;

b. treinar e capacitar os té cnicos envolvidos em um prazo de 90 dias a partir da


aprovaçã o do Plano Diretor;

VI. Promover capacitaçã o té cnica, atravé s de oficinas e reuniões com toda a equipe envolvida
no SIG;

a. promover a utilizaçã o dos mesmos conceitos do SIG, uniformizando as


informações, bem como sua aplicabilidade;

b. treinar e capacitar os té cnicos envolvidos;

VII. Promover a atualizaçã o periódica do SIG;

VIII. Disponibilizar, mediante o pagamento de taxas, contrapartida a crité rio do poder municipal
o produto das informações, no SIG, para a comunidade científica e órgã os externos e
demais interessados;

a. a necessidade de contrapartida e o respectivo valor das taxas será definido pela Secretaria
Municipal de Urbanismo e Secretaria da Fazenda, e estabelecidas mediante legislaçã o
própria.

7.4 PREENCHIMENTO DE VAZIOS URBANOS

O Poder Executivo, atravé s da Secretaria Municipal de Administraçã o, Secretaria de Urbanismo e


Secretaria Municipal da Fazenda, promoverá a notificaçã o dos proprietá rios dos terrenos vagos em
á reas dotadas de infra-estrutura urbana delimitados nesta lei do Plano Diretor para que promovam a
edificaçã o e o uso de seus imóveis dentro do prazo má ximo de 02 (dois) anos sob pena de
incidê ncia sucessiva do imposto predial e territorial urbano progressivamente no tempo pelo prazo
de mais 04 (quatro) anos de desapropriaçã o com pagamento da indenizaçã o em títulos da vida
pública nos termos autorizados no pará grafo quarto do art. 182 da Constituiçã o Federal e no
Estatuto da Cidade.

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7.5 REGULARIZAÇ Ã O FUNDIÁ RIA

O Poder Executivo, atravé s da Secretaria de Urbanismo, do Bem-Estar Social, de Obras, Viaçã o e


Serviços e Assessoria de Planejamento, Procuradoria Geral do Município e os Conselhos
Municipais, desenvolverã o o Plano de Regularizaçã o Fundiá ria nos termos da Legislaçã o Federal
aplicá vel, seguindo as diretrizes do Plano Diretor. O Prazo previsto para o início das atividades de
elaboraçã o e execuçã o do Plano é de 180 dias. Para isso, no prazo de 90 dias, o município deverá
criar a comissã o té cnica prevista no Plano Diretor responsá vel juntamente com outros atores na
elaboraçã o e implementaçã o do Plano de Regularizaçã o Fundiá ria.

Ressalta-se que a regularizaçã o das á reas alodiais é considerada prioritá ria para o Município devido
a atualizaçã o da Planta Gené rica de Valores.

7.6 IMPLEMENTAÇ Ã O DA AVENIDA PARANÁ

A proposta do Plano Diretor dispõe sobre a regulaçã o e hierarquizaçã o do sistema viá rio do
Município de Guaratuba, iniciando-se pela consolidaçã o da Av. Paraná , constituída de trê s etapas,
devendo a primeira etapa ser concluída em 24 meses, e as outras duas etapas em 36 meses.

7.7 INCENTIVO A MARICULTURA

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, atravé s do Instituto Ambiental de Guaratuba e em


conjunto com o Conselho de Urbanismo e Meio Ambiente, deverá iniciar as ações previstas no
Plano Diretor em 60 dias contados a partir da aprovaçã o do Plano Diretor.

7.8 INCENTIVO AO TURISMO

A Secretaria de Esporte e Turismo, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de


Obras, Viaçã o e Serviços, Secretaria Municipal de Urbanismo, em conjunto com os Conselhos e o
Guaratuba Turismo, deverã o iniciar as atividades de promoçã o, incentivos, divulgações e
elaboraçã o de programas de turismo em um prazo de 90 dias contados a partir da aprovaçã o do
Plano Diretor.

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7.9 CRIAÇ Ã O E IMPLEMENTAÇ Ã O DO PARQUE MUNICIPAL BARRA DO SAI

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente deverá criar o Parque Municipal Barra do Saí em 12
meses, sendo previsto mais 12 meses para a implementaçã o e realizaçã o do Plano de Manejo.

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