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1. CONCEITO E FUNDAMENTOS
Maria Helena Diniz, em seu curso sobre o Direito Civil Brasileiro, destaca o
fundamento da prescrição no interesse jurídico social. Silvio de Salvo Venosa, outro
autor relevante nesse campo, define a prescrição como a perda da ação atribuída a
um direito e de toda a sua capacidade defensiva devido à ausência de uso ao longo
de um determinado período.
Art. 26. O direito de reclamar por defeitos evidentes ou de fácil identificação expira
em:
Art. 27. A pretensão de reparação por danos causados por falha no produto ou no
serviço prescreve em 5 (cinco) anos, iniciando-se a contagem a partir do
conhecimento do dano e de sua autoria.
“(...) 1. A pretensão autoral foi formulada para reaver valores pagos em decorrência
da má prestação do serviço de retífica no motor de veículo, bem como a reparação
por danos materiais e morais. 2. A prescrição e a decadência são institutos
diversos. 2.1. A prescrição atinge a pretensão que surge com a violação do
direito, já a decadência faz perecer o próprio direito, e, por consequência seu
exercício perante o devedor. 3. O prazo do art. 26, II do Código de Defesa do
Consumidor é decadencial e aplica-se à hipótese de reclamação por defeito no
serviço, sendo que o prazo para o consumidor reclamar perante o fornecedor é
distinto do prazo para pleitear indenização por danos decorrentes da má
prestação dos serviços. 3.1. No caso da pretensão de reparação de danos
materiais e extrapatrimoniais oriundos da má prestação do serviço, incide a
norma do Art. 27 do CDC, que estabelece prazo prescricional de cinco anos a
partir do conhecimento do dano e de sua autoria. 4. A ocorrência da decadência
do direito de reclamar perante o fornecedor não interfere no prazo prescricional de
demandar judicialmente pela quebra do contrato e pela devolução dos valores pagos,
bem como pela reparação de danos. Os prazos decadencial e prescricional são
diferentes e suas consequências jurídicas também."
6 CONCLUSÃO
Para cada direito, há um ponto inicial e final para o prazo decadencial, e o exercício
de cada um impede que se argumente sobre decadência posteriormente, uma vez
que não foi negligenciado.