com a ação, pois é esse o seu ponto de partida para a distinção entre os
dois institutos. Em segundo lugar, o critério em exame não fornece
elementos para se identificar, direta ou mesmo indiretamente (isto é, por
exclusão), as denominadas ações imprescritíveis. Faz-se necessário,
assim, intensificar a procura por um outro critério, e temos a impressão
que, tomando-se como ponto de partida a moderna classificação dos
direitos desenvolvida por CHIOVENDA e, particularmente, a categoria dos
direitos potestativos, chegar-se-á, indubitavelmente, àquele critério ideal,
isto é, a um critério dotado de bases científicas e que permite, simultânea
e seguramente, distinguir, de início, a prescrição da decadência, e
identificar as denominadas ações imprescritíveis. É o que nos propomos
a demonstrar com o presente trabalho.
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XI – AÇÕES DECLARATÓRIAS
estado), podemos dizer que elas, como constitutivas que são, seguem a
sorte dessas últimas com referência aos dois institutos objeto do presente
estudo: estão ligadas à decadência. Finalmente, deve ficar acentuado que
o fato de produzirem, quase sempre, efeitos retroativos, não impede que
as ações de estado, e respectivas sentenças, sejam classificadas como
constitutivas pois, de acordo com os ensinamentos de CHIOVENDA,
GOLDSCHMIDT, PONTES DE MIRANDA e PRIETO CASTRO, tais efeitos não
são privativos das ações e sentenças declaratórias. Eles são até muito
freqüentes nas ações e sentenças constitutivas.
não tem prazo especial fixado em lei para o seu exercício. O mesmo
raciocínio exposto no presente capítulo conduz à solução de um outro
problema igualmente tormentoso, e que exige desenvolvimento maior do
que o permitido pela natureza do presente trabalho: o da
imprescritibilidade das exceções. Realmente, sendo as exceções, como
são, direitos potestativos, e se não têm prazo de exercício fixado em lei,
prevalece, com relação a elas, o princípio da perpetuidade dos direitos.
Ou, para usar a terminologia ainda em vigor, as exceções são, em
princípio, imprescritíveis.
XIV – CONCLUSÕES