Não existe um consenso sobre a origem do nome Maranhão.
Uma das hipóteses afirma ter ele surgido do termo “mar que corre”, da língua tupi. O Maranhão é o segundo maior estado do Nordeste, atrás somente da Bahia. A capital e cidade mais populosa do Maranhão é a cidade de São Luís. Um em cada sete habitantes do estado vive em sua região metropolitana. As cidades maranhenses mais populosas são, pela ordem: São Luís, Imperatriz, São José de Ribamar, Caxias e Timon. São Luís é a única capital do Brasil fundada por franceses. Ela recebeu esse nome em homenagem ao rei francês Luís XIII. O estado possui a segunda pior expectativa de vida do Brasil. Possui também um dos menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do país. O Maranhão possui quase todos os biomas do Brasil. Existe em seu território regiões típicas da caatinga, cerrado e floresta equatorial (diga-se, floresta amazônica). Com um litoral quase intocado, o Maranhão possui uma imensa quantidade de ilhas, estuários, penínsulas e manguezais. Um dos seus maiores patrimônios turísticos é a região de dunas dos Lençóis Maranhenses. Uma curiosidade muito interessante: o litoral do Maranhão possui a maior quantidade de ilhas do litoral brasileiro. São Luís, a própria capital maranhense, está numa ilha. O Brasil possui duas bases de lançamento de foguetes: a Barreira do Inferno, no estado do Rio Grande do Norte, e o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. É em Alcântara que o país vêm testando o VLS (Veículo Lançador de Satélite), um modelo das futuras missões de lançamentos de satélites. VARIAÇÃO DINGUÍSTICA
O Brasil é um país gigante em extensão e cultura. São inúmeras as variações
linguísticas, que acompanham costumes e jeitos de cada brasileiro e provam por A + B: a língua é viva. É assim com o Maranhão: quem mora no estado não fala português, fala “maranhês”. Expressões como “eu tô é tu”, “chegar na caruda”, “tu só quer ser”, entre diversas outras, formam uma maneira só nossa de comunicar a vida. José de Ribamar Mendes, doutor em linguística e pesquisador do Projeto Atlas Linguístico do Maranhão (AliMA), explica que estas variações compõem um fenômeno natural, que ocorre a partir da convergência entre várias línguas. “A variação linguística é particular de todas as línguas do mundo, independente do tamanho do país e do local em que ela é falada”, comenta. É o caso do Brasil: aqui, temos influências africanas, indígenas e portuguesas que permitem a existência de um português maranhense, carioca, paulista, e assim por diante.
Entre as mais ricas frases e expressões típicas do “maranhês”, uma é carro-
chefe, responsável por representar sentimentos distintos, muitas vezes opostos: o “hehein”. José de Ribamar explica que as pesquisas realizadas sobre o português maranhense não apontam que a palavra seja uma variação de outra, mas uma expressão geral, conhecida por maranhenses de todas as regiões, carregada de significados que dependem da sonoridade e da musicalidade presentes na fala. “A musicalidade produz sentidos diferentes [para o hehein]. Nós falamos por meio de uma música”, explica o pesquisador.