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Incorporação de resíduos da casca de ovo galinha em matrizes

cimentícias: avaliação da resistência em corpos de prova em miniatura


cúbica e cilíndrica
Incorporation of chicken eggshell waste into cementitious matrices: evaluation of strength
in miniature cubic and cylindrical specimens

Cindy Oliveira de Souza (1); Letícia da Silva Jesus (2); Rafael Paranhos de Souza Silva (3);
Rodrigo Barbosa Costa (4); Fernanda Nepomuceno Costa (5)

(1) Estudante de Engenharia Civil, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia


(5) Doutora, Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas,Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
cindyoliveira@aluno.ufrb.edu.br ; fernandacosta@ufrb.edu.br

Resumo
O cimento Portland é um produto gerado a partir da extração e beneficiamento do calcário e argila,
transformando tal mistura em clínquer, seguido de moagem. Atualmente, esse material possui um papel
de destaque no país devido à valorização do aproveitamento de matérias-primas alternativas, resíduos e
subprodutos de outras atividades como substituição do clínquer. Dessa forma, este trabalho tem como
objetivo verificar a possibilidade de uma nova adição na produção de materiais à base de cimento a partir
do uso de resíduos sólidos, visando unir o desenvolvimento sustentável com a construção civil. Para mais,
foi empregado o uso de técnicas experimentais com amostras em miniatura aspirando avaliar o
comportamento de amostras cilíndricas e cúbicas em miniatura em comparação às referências cilíndricas
(NBR 7215) e prismáticas (NBR 16738). O resíduo escolhido foi a casca de ovo de galinha (RCOG) e seu
beneficiamento foi realizado a partir de lavagem, tratamento térmico e moagem. Para a realização da
dosagem e preparação das pastas cimentícias, foram definidos teores de adição: 0% (referência), 5% e
10% em massa com relação água/(cimento+RCOG) de 0,47. A partir do ensaio de consistência, foram
verificados resultados próximos, obtendo maiores índices nos teores de 0% e 10%. Como resultado à
determinação da resistência à compressão, foi notado que a substituição do RCOG influenciou
negativamente na resistência final dos corpos de prova, mesmo que em diferentes tamanhos e formatos.
Além disso, foi verificado que o uso de corpos de prova em escala reduzida não afetou a avaliação de
desempenho mecânico, viabilizando os estudos a partir da pequena disponibilidade de resíduos tratados a
nível laboratorial.
Palavra-Chave: Casca de ovo galinha, Substituição, Amostras em miniatura, Sustentabilidade

Abstract
Portland cement is a product generated from the extraction and processing of limestone and clay,
transforming this mixture into clinker, followed by grinding. Currently, this material has a prominent role in
the country due to the appreciation of the use of alternative raw materials, waste and by-products from
other activities such as replacing clinker. Thus, this work aims to verify the possibility of a new addition in
the production of cement-based materials from the use of solid waste, aiming to unite sustainable
development with civil construction. Furthermore, the use of experimental techniques was used with
miniature samples aiming to evaluate the behavior of cylindrical and cubic miniature samples in
comparison to cylindrical (NBR 7215) and prismatic (NBR 16738) references. The residue chosen was
chicken eggshell (RCOG) and its processing was carried out from washing, thermal treatment and grinding.
To carry out the dosage and preparation of cementitious pastes, addition levels were defined: 0%
(reference), 5% and 10% by mass with a water/(cement+RCOG) ratio of 0.47. From the consistency test,
close results were verified, obtaining higher rates in the 0% and 10% contents. As a result of the
determination of the compressive strength, it was noted that the replacement of RCOG had a negative
influence on the final strength of the specimens, even in different sizes and formats. In addition, it was
verified that the use of specimens on a reduced scale did not affect the evaluation of mechanical
performance, making the studies feasible from the small availability of residues treated at the laboratory
level.
Keywords: Chicken eggshell, Replacement, Miniature samples, Sustainability

ANAIS DO 64º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2023 – 64CBC2023 1


1 Introdução
Os efeitos das ações humanas e suas reações têm gerado consequências ao meio
ambiente devido à exploração desenfreada de recursos naturais e o descarte
inadequado de resíduos. Tal situação vem sendo alvo de preocupação em todo o mundo
e despertando o interesse de pesquisadores em busca de alternativas viáveis
tecnicamente e economicamente, que minimizem os impactos ambientais (COSTA,
2020).
A indústria de cimento possui um grande papel nas questões econômicas e ambientais
no mundo. Além dos impactos sociais e financeiros proporcionados, a mesma possui
destaque quando se trata do potencial de redução do consumo energético e de
emissões de dióxido de carbono. Embora demande grande quantidade de energia e
combustíveis, nas últimas décadas a mesma vem sendo reconhecida pelo
aproveitamento de matérias-primas alternativas, resíduos e subprodutos de outras
atividades industriais como substituição parcial do clínquer, dando ao Brasil o
reconhecimento de país que mais utiliza adições até 2019 (SNIC, 2020).
As adições de materiais como escórias, cinzas volantes, fíller calcário e argilas
calcinadas na produção do cimento, além de reduzir as emissões e o consumo de
combustíveis, também ampliam o leque de aplicações deste produto na construção civil,
que demandam cimentos com características e comportamentos específicos (SNIC,
2020). Contudo, é necessário estudar a dosagem ideal de cada componente,
respeitando as normas técnicas, a fim de determinar a melhor composição para cada
tipo e aplicação do cimento (COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL, 2016).
Diante da relevância mundial, muitos estudiosos têm demonstrado a viabilidade técnica
de diferentes resíduos e subprodutos industriais como substituição do clínquer, como por
exemplo o uso de resíduos da construção civil proposto por Costa (2020). Nesse
contexto, foi avaliado que a casca de ovo de galinha (RCOG) é um resíduo em potencial
para uma possível substituição parcial ao cimento Portland, visto à grande produção
nacional envolvida. De acordo com Freire, Sousa e Holanda, (2008) e Guedes, (2014), o
processo de industrialização do ovo de galinha no Brasil produz cerca de 172 mil
toneladas de casca por ano. A nível mundial estima-se que em 2021 foram produzidas
8,76 milhões de toneladas de casca (OLIVEIRA, BENELLI e AMANTE, 2009). Para mais,
quando o descarte do mesmo é feito em locais inapropriados, acaba atraindo animais
que servem como vetores para doenças (TAUIL, 2006), além do desconforto gerado
pelo mau odor liberado.
Com os devidos tratamentos dados à casca de ovo, torna-se possível a sua utilização na
produção de matrizes cimentícias, reduzindo, assim, a quantidade de cimento Portland
da mistura. De acordo com Stadelman (2003), tal resíduo é composto por 94% de
carbonato de cálcio, 1% de fosfato de cálcio, 1% de carbonato de magnésio e 4% de
matéria orgânica.
Dessa forma, este trabalho tem como objetivo verificar a viabilidade técnica da utilização
do RCOG em matrizes cimentícias propondo-se a contribuir para a redução dos
impactos provocados pelo descarte inadequado deste resíduo, a partir da avaliação da
resistência mecânica de misturas em diferentes formatos de corpos de prova.

2 Metodologia
O desenvolvimento desta pesquisa seguiu as cinco etapas resumidamente ilustradas na
Figura 1. O estudo começou pela determinação do programa experimental, seguido da
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coleta e tratamento de amostras de resíduo de casca de ovo de galinha (RCOG). As
amostras de RCOG foram beneficiadas até que fosse atingida as características
desejadas para os experimentos.

Figura 1 – Planejamento experimental da pesquisa (Autores (2023))

2.1 Materiais
2.1.1 Cimento
O cimento utilizado foi do tipo CP V - ARI, devido ao seu baixo teor de adição, quando
comparado aos outros tipos de cimento Portland disponíveis no mercado nacional, a fim
de evitar reações do RCOG com outros elementos constituintes.

2.1.2 Água
Foi utilizada água destilada, obtida a partir do destilador da marca Marte, disponível no
Laboratório de Pavimentação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, para
todas as fases da pesquisa.
2.1.3 Resíduo de Casca de Ovo de Galinha (RCOG)
O resíduo de casca de ovo de galinha utilizado no desenvolvimento desta pesquisa foi
de origem granjeira, na coloração branca. O RCOG foi coletado em residência, a partir
do consumo próprio, e também de doações de padarias da região.
2.1.4 Fôrmas
Foi empregado o uso de técnicas experimentais com amostras em miniatura sugerido
por Beaudoin (2001), aspirando avaliar o comportamento de amostras cilíndricas e
cúbicas em miniatura em comparação às referências cilíndricas de 50 mm de diâmetro e
100 mm de altura indicadas pela NBR 7215:2019 e as prismáticas de seção 40mm x
40mm e comprimento de 160mm indicadas pela NBR 16738:2019.
As fôrmas cilíndricas em miniatura utilizadas para as moldagens dos corpos de prova
foram desenvolvidas em tubo de PVC DN 20mm, da marca Fortlev, com fundo e tampa
em pastilha de vidro, seguindo os padrões dimensionais exigidos na NBR 5738:2015,
conforme mostradas na Figura 2a e utilizadas nas pesquisas de Costa (2023). O
acabamento foi feito com uma sequência de lixa de grão 100, 150 e, por fim, 400. As
medidas foram conferidas por meio de um paquímetro digital, com resolução de 0,01mm,
e um esquadro manual. A pastilha que serviu como fundo da fôrma foi fixada com cola
instantânea da marca Almasuper. Já a pastilha que serviu como tampa não foi colada,
uma vez que sua função principal era evitar a perda excessiva de umidade nas primeiras
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24 horas após a moldagem. Como dispositivo de travamento, foram utilizadas uma fita
Hellerman em cada fôrma, para evitar a abertura das mesmas durante a moldagem. Já
para as fôrmas cúbicas em miniatura, foram utilizadas placas de gelo de silicone com
medidas aproximadas de 2,5x2,5x2,5 cm, como mostra a Figura 2b. Como proteção
superior após moldagem, foram utilizados sacos plásticos.

(a) (b)

Figura 2 – Fôrmas utilizadas: (a) em miniatura cilíndrica (Costa (2023)) e (b) miniatura cúbica (Autores
(2023))

2.2 Métodos
2.2.1 Tratamento do RCOG
O RCOG teve tratamento iniciado com a imersão em água potável para a remoção de
impurezas, por um período de, aproximadamente, 1 hora. Em seguida, foi feita a
drenagem da água e o RCOG foi levado à estufa, programada com uma rampa de
aquecimento de 4,5°C por minuto e temperatura de patamar de 100°±5ºC por 24h.
Após a secagem do RCOG, foi feita a pré-moagem em moinho de facas da marca
Fortinox, modelo Star FT 50/6, transformando-o em um material granular com aparência
semelhante a uma farinha. O material resultante foi posto em cadinhos de porcelana,
seguido de pesagem em balança com resolução de 0,01 g. Os cadinhos com RCOG
foram levados ao forno mufla fabricado pela Zezimaq, modelo 2000-G, com 6400W de
potência, equipado com um programador de temperatura microprocessado da DigiMec,
modelo FHMP, dando início ao tratamento térmico do resíduo.
A definição da metodologia adotada para o tratamento térmico foi feita a partir da
seleção de alguns trabalhos, sendo os resultados confrontados para validar esta
pesquisa. Na pesquisa desenvolvida por Fritzen (2020), o RCOG foi calcinado em um
forno mufla a 600°C por 4 horas e a 800°C por 2 horas.
Já Cordeiro (2019) testou diferentes condições de temperatura (800°C, 900°C e 1000°C)
e tempo (80, 120 e 160 minutos), a uma rampa de aquecimento de 5°C/min. Adotando-
se a menor temperatura (800°C) e o menor tempo (80 minutos), para a rampa
supracitada e considerando-se a temperatura ambiente do laboratório em 27°C, para fins
de cálculos preliminares, tem-se um procedimento com duração total mínima de 3 horas
e 55 minutos. Neste sentido, tanto a metodologia adotada por Fritzen (2020) quanto a de
Cordeiro (2019) foram descartadas, antes mesmo de serem testadas, por questões de
eficiência energética.
Uma metodologia testada foi a executada por Vieira et al. (2017), em que o controlador
da mufla foi configurado em três programas sequenciadas: i) G (Gradiente): rampa de
aquecimento de 10°C.min-1, com temperatura de set-point de 850°C; ii) P (Patamar):
definiu-se um tempo de patamar de 90 minutos, com temperatura mantida em 850°C; e
iii) F (Fim): desligamento automático do forno. O resfriamento do material foi feito no
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interior da própria mufla, sem submetê-lo a qualquer choque térmico, finalizando o ciclo
de calcinação. Ao retirar o RCOG calcinado do cadinho, observou-se ainda que o
material apresentava certa coesão, ao ponto de formar torrões e coloração cinza escuro
no núcleo da amostra, indicando que o processo de calcinação adotado não era
suficiente para se obter resultados compatíveis com as referências seguidas.
Diante dos resultados iniciais, optou-se por realizar o tratamento conforme ensaio de
perda ao fogo (PF) especificado na NBR 17086-6:2023, no intuito de identificar possíveis
erros na aplicação da metodologia ou se era uma característica particular do material.
Para o ensaio, o controlador da mufla foi configurado com os seguintes programas:
P.01 G (Gradiente): rampa de aquecimento de 10°C.min-1, com temperatura de set-
point de 1000°C;
P.02 P (Patamar): definiu-se um tempo de patamar de 60 minutos, com temperatura
mantida em 1000°C;
P.03 F (Fim): desligamento automático do forno.
A partir do ensaio de perda ao fogo foram obtidos resultados satisfatórios (ou seja,
ausência de coloração escura concentrada no centro da amostra), sendo assim, adotou-
se a mesma metodologia para a calcinação das demais amostras, tornando os
programas P.01, P.02 e P.03 como padrões desta pesquisa.
Após o resfriamento do RCOG calcinado, foi feita a pesagem para a identificação da
massa residual de cada amostra e, em seguida, a moagem em moinho de bola da marca
Solab, modelo SL 38 com ciclos de, 3 minutos, repetindo esse procedimento até que o
RCOG tratado passasse completamente na peneira de abertura 75μm.
A Figura 3 exibe um comparativo visual do RCOG após todas as etapas de tratamento,
já a Figura 4 resume de forma ilustrativa o processo de tratamento abordado.

Figura 3 – Evolução do RCOG durante o tratamento (Autores, (2023))

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Figura 4 – Ilustração do processo de tratamento do RCOG (Autores (2023))
2.2.2 Dosagem
De posse do RCOG tratado, iniciou-se a dosagem do material a ser adicionado ao
cimento Portland. Nesta etapa, definiu-se 3 teores de substituição: 0% (referência), 5% e
10% (ARIF et al., 2021), com relação água/(cimento+RCOG) de 0,47, adaptada da
pesquisa de Costa (2020), permanecendo fixa para as diferentes misturas, uma vez que
o aumento desta relação tende a aumentar a porosidade das matrizes cimentícias.
2.2.3 Determinação do Índice de Consistência
Os ensaios para determinação do índice de consistência foram realizados seguindo as
orientações contidas no Anexo A da NBR 7215:2019, com uso de molde troncônico e da
mesa de consistência (flow table). O procedimento foi repetido para os 3 teores definidos
no item 2.2.2 e sendo recolhidos 2 diâmetros para cada amostra.
2.2.4 Determinação da densidade de massa
O ensaio para determinação da densidade de massa foi realizado seguindo o
procedimento da norma NBR 13278:2005, utilizado um recipiente rígido e de material
não absorvente.
2.2.5 Moldagem e determinação da resistência na flexão em corpos de prova
prismáticos
A mistura mecânica dos materiais foi realizada com um misturador de argamassa em um
recipiente de material não absorvente e os corpos de prova foram moldados nas fôrmas
descritas no item 2.1.4, sendo que, para cada formulação separaram-se 4 CP para cada
idade de ruptura, que foram de 24h e 3, 7 e 14 dias, não utilizando idades posteriores
por conta da reduzida quantidade do RCOG beneficiada.
Após a desmoldagem, as amostras destinadas à idade de 24h foram ensaiadas à
compressão, sendo que as prismáticas primeiramente foram ensaiadas à tração na
flexão e finalmente à compressão. Já as demais amostras foram imersas em água
saturada com cal, permanecendo nessas condições até o momento da ruptura nas
diferentes idades.
2.2.6 Determinação da resistência à compressão axial
Para a realização do ensaio de resistência à compressão, foi feita a moldagem dos
corpos de prova para os teores definidos no item 2.2.2. O procedimento utilizado para
este ensaio seguiu as recomendações da NBR 7215:2019 para os corpos de prova
cilíndricos e as recomendações da NBR 16738:2019 para os corpos de prova
prismáticos e cúbicos.
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Para que se possa realizar o ensaio de resistência à compressão dos corpos de prova
prismáticos, foi necessário realizar o ensaio de resistência à tração na flexão
anteriormente, como é recomendado na NBR 16738:2019. Para isso, foi utilizada a
máquina de ensaio universal da Time Group Inc., modelo WDW-200E, aplicando uma
velocidade constante de carregamento de 50 N/s.
Para os ensaios de resistência à compressão nos corpos de prova em miniatura,
também, foi utilizada a máquina de ensaio universal da Time Group Inc., modelo WDW-
200E, com capacidade para 200kN. Entretanto, em seu software foi criada uma rotina de
ensaio que atendesse às exigências normativas para cada tipo de formato seguindo
suas respectivas normas. Para as amostras em miniatura foi utilizada a taxa de
carregamento de 0,2 MPa/s, conforme os estudos de Costa et al. (2016) e Mariani
(2018).
Devido à ausência de equipamentos para a realização do capeamento dos corpos de
prova, os mesmos tiveram seus topos e bases nivelados com o uso de uma lixa e, ao
serem colocados na máquina de ensaios, colocou-se uma camada de 4,5 mm de couro
na parte inferior e superior da amostra (Figura 5) para proporcionar uma melhor
distribuição de esforços diante da possibilidade de imperfeições na região de contato
(VIEIRA, 2022). Esse procedimento foi realizado para os corpos de prova cilíndricos
50x100 mm, cilíndricos em miniatura e cúbico em miniatura, em todas as idades. Já para
as amostras prismáticas, foram utilizados os equipamentos sugeridos pela norma NBR
16738:2019.

(a) (b)

(c) (d)

Figura 5 – Ensaio de resistência à compressão dos corpos de prova (Autores (2023))

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Com a máquina de ensaio programada, iniciaram-se os procedimentos de ruptura, tendo
como resultado os valores de Força Máxima e Tensão Máxima, retornados pelo software
do equipamento.

3 Resultados
3.1 Tratamento do RCOG
Como mencionado no item 2.2.1, foi utilizado o ensaio de perda ao fogo (NBR 17086-
6:2023) como forma de confrontar o resultado do processo de calcinação. Na
metodologia adotada por Vieira et al. (2017), a perda de massa foi de 45,39%. Sabe-se
ainda que a descarbonatação do calcário é um processo que transforma o Carbonato de
Cálcio (CaCO3) em Óxidos de Cálcio (CaO) a partir da liberação de Dióxido de Carbono
(CO2) e que esse processo demonstra uma perda de massa de 44% (NUNES, 2021).
Dessa forma, o ensaio de perda ao fogo executado em laboratório rendeu resultados
satisfatórios, já que após 39 determinações a média de perda de massa obtida através
do processo de calcinação foi de 46,08%, com valores variando de 45,00% a 47,30% e
desvio padrão de 0,46%, o que valida o ensaio, principalmente ao se considerar a
heterogeneidade na composição da casca de ovo.
Assim, após o tratamento térmico, o RCOG é composto majoritariamente por CaO, com,
aproximadamente, 71% em peso (MARQUES, PRETTO E MAGNAGO, 2020),
constituição química semelhante da cal, material que quando hidratado é comumente
utilizado na produção de argamassas com vistas a proporcionar melhorias na
trabalhabilidade e plasticidade. A cal hidratada atua, basicamente, como um
aglomerante, permitindo o endurecimento da argamassa através do contato com o ar,
apresentando outras vantagens, como maior potencial de aderência ao revestimento e
grande capacidade de retenção de água (COELHO, 2009).

3.2 Índice de Consistência das Pastas


Foram realizadas avaliações da consistência das pastas a partir de diferentes dosagens
e misturas com a mesma quantidade de água, ou seja, mantendo a relação
água:cimento+RCOG constante. Como resultado (Figura 6), observou-se uma redução
da plasticidade e na trabalhabilidade das pastas nas amostras com substituição de 5%.
Esse comportamento pode ser atribuído à elevada absorção de água pelo RCOG, que
retém a água e limita a fluidez. Porém, para o teor de 10% foi verificado um aumento de
fluidez em comparação ao teor de 5%, o que indica uma ação de lubrificação entre as
partículas de finos por parte do resíduo adicionado. As pesquisas de Coelho et al. (2009)
também apontam um comportamento similar da cal como influência da inserção de
aditivos na trabalhabilidade em argamassas, comprovando uma redução quando
utilizado um percentual de 0,1% e um aumento no mesmo quando utilizando percentuais
entre 0,15% e 0,20%.

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Figura 6 – Resultado do Índice de Consistência das Misturas de Referência e com Utilização do
RCOG (Autores, 2023)

3.3 Densidade de Massa das Misturas


Seguindo a NBR 13278:2005, foi realizado o cálculo de densidade de massa para os
teores de 0% (referência), 5% e 10% e relação água:cimento+RCOG constantes,
obtendo os resultados expressos pela Figura 7. É verificado que houve um aumento de
densidade para o teor de 5% e a diminuição da mesma para o teor de 10%, o que
comprova um comportamento correlacionado ao ensaio de índice de consistência, visto
que o aumento de densidade diminui a trabalhabilidade da pasta. Entretanto, os
resultados de densidade de massa apresentaram variação pouco significativa, sendo
uma diferença de 0,5% e 0,2%, em relação aos teores de 5% e 10% de substituição do
cimento pelo RCOG, respectivamente.

Figura 7 – Resultado do ensaio de Densidade de Massa das Misturas de Referência e com


Utilização do RCOG (Autores, 2023)

A correlação entre os resultados aponta que há um menor ordenamento entre as


partículas no que tange ao teor de 5% de RCOG, quando comparadas ao teor de
referência. Porém, o teor de 10% evidencia um melhor ordenamento das partículas
ocasionando um possível preenchimento dos vazios da pasta e densificando mais a
mistura.
De acordo aos estudos de Costa (2020), a massa específica do CP V ARI, o qual foi
adquirido na mesma fábrica da pesquisa atual, é de 3,1369 kg/dm³, já o RCOG possui

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massa específica de 2,48 kg/dm³ (RUVIARO, 2019). Tal diferença também é um fato
relevante para ocasionar as variações encontradas.

3.4 Resistência à Tração na Flexão


Os resultados obtidos da resistência mecânica à tração na flexão são apresentados na
Figura 8. Nota-se que há uma diminuição da resistência à medida em que se aumenta a
percentagem de RCOG por substituição ao cimento, porém essa regressão acontece de
forma moderada, variando de 2% a 18,3% entre os teores. Sendo assim, é possível
considerar que os resultados foram satisfatórios e que essa variação não foi significativa.

Figura 8 – Resultado à Tração na Flexão dos corpos de prova prismáticos das Misturas de
Referência e com Utilização do RCOG (Autores (2023))

3.5 Resistência à Compressão Axial


Considerando os diferentes formatos de corpos de prova estudados, os resultados
obtidos para a resistência à compressão axial encontram-se na Figura 9, na qual são
apresentados os valores correspondentes do CP cilíndrico de tamanho 50x100mm
(Figura 9a), CP cilíndrico miniatura de tamanho 17x34mm (Figura 9b), CP prismático de
tamanho 40x40x160mm (Figura 9c) e CP cúbico em miniatura de tamanho
25x25x25mm.

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(a) CP cilíndrico 50x100mm (b) CP cilíndrico miniatura 17x34mm

(c) CP prismático 40x40x160 mm (d) CP cúbico em miniatura 25x25x25 mm

Figura 9 – Resultado de Resistência à Compressão em corpos de prova (a) cilíndricos 100 x 200
mm; (b) cilíndrico 17x34mm; (c) prismático; e (d) cúbico em miniatura das Misturas de Referência e com
Utilização do RCOG (Autores (2023))

De forma generalizada, pode-se concluir que há uma diminuição da resistência à medida


em que se aumenta a percentagem de RCOG por substituição ao cimento, sendo essa
regressão notada independente do formato de corpo de prova utilizado.
Resultados semelhantes foram obtidos nas pesquisas de Ruviaro, Silvestro e Pelisser
(2019), quando analisaram as propriedades mecânicas de pastas de cimento Portland
com a incorporação de lodo calcinado de ETA e casca de ovo. Os autores concluíram
que o fíler casca de ovo não apresentou um bom desempenho quando aplicado sozinho,
porém ao compararem as misturas com 15% de casca de ovo e as misturas com 30% de
lodo de ETA e 15% de casca de ovo, tem-se resistências estatisticamente iguais aos 28
dias, sendo que o teor de substituição nessa mistura é de 45%.
Como a casca do ovo é majoritariamente composta por carbonato de cálcio, que é inerte
e, portanto, não é considerado um aglutinante, a substituição parcial do cimento pelo
RCOG tende a influenciar negativamente nas propriedades mecânicas de peças
produzidas. Conclusão semelhante foi constatada em outro estudo, realizado por Dias et
al. (2021), que substituiu parcialmente o cimento pela casca de ovo na avaliação dos
efeitos nas propriedades técnicas de blocos de pavimentação, verificando também que a
substituição não foi benéfica.
Em geral, quando se adiciona o carbonato de cálcio, proveniente da casca de ovo de
galinha, ao cimento Portland, a calcita reage com o C3A (aluminato tricálcico) do clínquer

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para formar fases hemi e monocarboaluminato (BONAVETTI, RAHHAL E IRASSAR,
2001).
Sabe-se que a cal livre em cimentos afeta negativamente a evolução de resistência
mecânica, caso esteja em teores elevados (acima de 3% em peso), aumenta o calor de
hidratação e pode causar sérios problemas de expansibilidade, já que sua
transformação em Ca(OH)2 é acompanhada por um aumento de volume de mais de 95%
(PECCHIO, 2013).
Vale ressaltar que, a partir de ensaios preliminares na presente pesquisa, a
incorporação de RCOG em teores acima de 10% apresentaram uma expansão com
fissuração longitudinal. Dessa forma, optou-se por descontinuar as moldagens com
adições acima de 10% para os estudos, uma vez que a fissura observada se comportou
como um ponto de fragilidade do corpo de prova.
Por fim, acreditava-se que os resultados com a substituição de até 10% do cimento pelo
RCOG fossem um pouco melhores. Esperava-se que as reações de carbonatação
(hidróxido de cálcio com o dióxido de carbono), gerando maior compacidade,
proporcionariam resultados de resistência não exatamente iguais ou maiores que os
resultados dos corpos de prova de referência (sem o RCOG), mas que pelo menos
apresentassem um desempenho compatível.
Para mais, os resultados obtidos mostram que a substituição do cimento por RCOG tem
mais impacto para a resistência à compressão que para a resistência à tração na flexão,
visto que as resistências encontradas para as misturas com utilização de RCOG se
afastam consideravelmente da mistura de referência.
No que se refere ao comparativo entre os formatos dos corpos de prova, nota-se que os
CP cilíndricos de referência e os cilíndricos em miniatura apresentam resultados
próximos, o que comprova a eficiência da utilização da miniatura cilíndrica no estudo. Já
ao se comparar os corpos de prova prismáticos e cúbicos, percebe-se que os CP
prismáticos apresentam resultados muito superiores aos cúbicos.
Além disso, embora houvesse uma diminuição da resistência à medida em que houve
aumento no percentual de RCOG, percebeu-se que essa regressão aconteceu de forma
mais moderada ao realizar o comparativo entre os teores de 5% e 10%.

4 Considerações finais
A partir dos resultados obtidos no presente trabalho, pode-se concluir que:
• O beneficiamento através de lavagem, tratamento térmico, moagem e
peneiramento do RCOG foram satisfatórios, resultando num resíduo em que foi
possível sua utilização na produção de misturas cimentícias sem efeito de
aglomeração das partículas;
• A consistência das misturas sofreu influência da substituição de parte do cimento
pelo RCOG, como esperado, observando-se uma redução da plasticidade e
trabalhabilidade das pastas nas amostras com substituição de 5% e para o teor
de 10% foi verificado um aumento de fluidez;
• O desempenho mecânico das misturas com substituição parcial do cimento e
incorporação do RCOG (nos teores de 5 e 10%) foi inferior ao da pasta de
cimento utilizada como referência, com variações de até 39,56% em relação ao
teor de 0% em CP cilíndricos 50x100 mm;
Embora os resultados mecânicos nas pastas com substituição do cimento pelo RCOG
não tenham sido satisfatoriamente comparáveis à pasta utilizada como referência,
acredita-se que a redução do desempenho não tenha sido muito significativa, uma vez

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que essa diferença pode ser minimizada ajustando os traços, como pela utilização de
menor relação a/c e aditivo plastificante;
• O uso de corpos de prova em escala reduzida não afetou a avaliação de
desempenho mecânico das misturas de forma comparativa entre os diferentes
tipos produzidos, sendo uma alternativa satisfatória para pesquisas que não
dispõem de grandes quantidades de material ou cuja produção seja dificultada;

5 Agradecimentos
À FAPESB e à UFRB, pela bolsa de iniciação científica, e à empresa Massa Fort
Concreto, pela doação de parte dos materiais utilizados na pesquisa.

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