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Desenvolvimento de concreto autoadensável com agregados oriundos de RCD:


Dosagem a partir do conceito de empacotamento de partículas

Conference Paper · October 2016

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4 authors, including:

Ivanny Soares Gomes Cavaliere Renan Serralvo Campos


Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) São Paulo State University
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empacotamento de partículas View project

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DESENVOLVIMENTO DE CONCRETO AUTOADENSÁVEL COM
AGREGADOS ORIUNDOS DE RCD: DOSAGEM A PARTIR DO
CONCEITO DE EMPACOTAMENTO DE PARTÍCULAS
Development of self-compacting concrete with CDW aggregates: dosage based on the
concept of particle packing

Cavaliere, Ivanny S.G. (1); Campos, Renan S. (2); Barbosa, Mônica P. (3); Castro, Alessandra L. (4)

(1) Bolsista de Iniciação Científica do CNPq – PUC Campinas – ivannycavaliere@gmail.com


(2) Mestrando em Sistemas de Infraestrutura Urbana – PUC Campinas – renan_serralvo@hotmail.com
(3) Professora Doutora da Faculdade de Engenharia Civil – PUC Campinas – monica.barbosa@puc-campinas.edu.br
Rodovia Dom Pedro I, km 136, s/n – Parque das Universidades, Campinas – SP.
(4) Professora Doutora do Departamento de Estruturas – EESC-USP – São Carlos – alcastro@sc.usp.br
Avenida Trabalhador São-carlense, 400 – São Carlos – SP.

Resumo
A indústria da construção civil vem causando grande impacto ambiental, tanto pela extração de recursos naturais,
quanto pela produção de resíduos de construção e demolição (RCD). Soluções de desenvolvimento sustentável visam
diminuir esse impacto através da reciclagem desses resíduos, onde os mesmos retornam à construção civil para serem
reutilizados na produção de concreto. Logo, o objetivo do presente trabalho é produzir concreto autoadensável (CAA)
utilizando agregados oriundos de RCD, a fim de serem analisadas comparativamente suas propriedades reológicas e
mecânicas. Para isso, o presente trabalho se dividirá em duas etapas: a primeira com produção de CAA, através do
método de Repette-Melo; e a segunda, com a dosagem do CAA fundamentada no conceito de empacotamento de
partículas. Em ambas as etapas, serão produzidas duas composições de concreto autoadensável: a primeira, com
emprego de agregados naturais, servindo-se de referência; a segunda, com substituição, na proporção de 20%, dos
agregados graúdo e miúdo natural por agregados reciclados. Devido à substituição dos agregados naturais pelos
reciclados, que apresentam grande porosidade, e consequentemente são mais absorventes, e, também, menor
resistência mecânica, houve uma redução nas propriedades mecânicas das misturas com substituições, quando
comparadas ao traço de referência. Contudo, com o emprego do conceito de empacotamento de partículas, foi possível
obter propriedades similares para os CAA’s produzidos com agregados reciclados quando comparados com o concreto
de referência.
Palavra-Chave: Concreto Autoadensável; Agregados reciclados; Resíduos de Construção e Demolição;
Empacotamento de Partículas; Sustentabilidade.

Abstract
The construction industry has caused great environmental impact, both in the extraction of natural resources, as in the
production of Construction and Demolition Waste (CDW). Solutions based on sustainable development aim to reduce the
impact by recycling the construction and demolition waste, where they return to the site of construction to be reused in
concrete production. Hence, the purpose of this research paper is to produce self-compacting concrete (SCC) using
CDW aggregates, in order to analyse comparatively their rheological and mechanical properties. To that end, this
research will be divided into two stages: the first, production of SCC based on the Method of Repette-Melo; and the
second, production of SCC based on the particle packing concepts. In both stages, two self-compacting concrete
compositions will be produced: the first, using natural aggregates, serving as concrete reference; and the second,
replacing natural fine and coarse aggregate for recycled aggregates in the ratio of 20%. Due to the replacement of
natural coarse aggregate by recycled aggregates, which have high porosity and consequently are more absorbent and
present less resistance, occurred a reduction in the mechanical properties of mixtures containing replacements when
compared to the reference concrete. However, with the use of particles packing concepts, it was possible to obtain
similar properties to SCC’s produced with recycled aggregates as compared to the reference concrete.
Keywords: Self-Compacting Concrete; Recycled Aggregates; Construction and Demolition Waste; Particle Packing;
Sustainability.

ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016 1


1. Introdução
Tem-se conhecimento de que o setor da construção civil demanda a extração de recursos
naturais em larga escala, além de ser um expressivo gerador de resíduos sólidos. A
geração de resíduos de construção e demolição (RCD) causa grande impacto no meio
ambiente, despertando, assim, a importância da aplicação de agregados reciclados na
construção civil para o aproveitamento desses resíduos.

Ângulo (2005) afirma que o emprego de agregados reciclados de RCD na produção de


concretos é viável, seja na fração miúda ou graúda. O uso desses agregados em
concretos convencionais já foi, e ainda é, objeto de estudo de inúmeras pesquisas, tanto
no exterior, quanto no Brasil. Os principais empecilhos apontados pela literatura para o
seu emprego são: heterogeneidade e variabilidade da composição, menor resistência
mecânica e maior absorção de água, quando comparado com agregados naturais
(ÂNGULO, 2005; LOVATO et al., 2012). Mesmo apresentando características
diferenciadas em relação aos agregados naturais, o uso dos agregados de RCD na
produção de concreto constitui uma importante atitude para o fomento de práticas
sustentáveis na construção civil.

Deste modo, o que se pretende neste trabalho é a incorporação desses agregados


reciclados na produção do concreto autoadensável (CAA). Define-se o CAA como o
concreto fluído e homogêneo, capaz de mover-se no interior das fôrmas por ação
exclusiva do próprio peso, sem a necessidade de qualquer adensamento externo. Além
disso, é caracterizado pela alta resistência à segregação e à exsudação, devendo, ainda,
possuir a habilidade de passar pelos obstáculos sem apresentar bloqueio das partículas
de agregado (MELO, 2005; VITA, 2011).

A dosagem do concreto, em especial do CAA, deve ser baseada em uma criteriosa


seleção e combinação dos materiais constituintes, de modo a propiciar a racionalização
de recursos e a obtenção do melhor custo-benefício. Nesse sentido, a dosagem do CAA
foi executada com o emprego do método de Repette-Melo (2005) e também com base no
conceito de empacotamento de partículas, utilizando-se o modelo de Alfred, proposto por
Funk e Dinger (1994). Assim, foi analisado comparativamente o desempenho nos estados
fresco e endurecido dos concretos produzidos com substituição parcial de ambas as
frações de agregados naturais por agregados reciclados de RCD.

2. Programa Experimental
2.1 Seleção e Caracterização dos materiais
Foram utilizados, neste estudo, materiais disponíveis na região metropolitana de
Campinas/SP. As composições de CAA empregaram os seguintes materiais: cimento CP
II E 32, sílica ativa, pó de quartzo, areia média, areia fina, areia de britagem, brita 1,
pedrisco, agregados miúdos e graúdos reciclados de RCD, aditivo superplastificante à
base de policarboxilatos e água.
ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016 2
A massa específica do cimento e das adições minerais foi determinada conforme a NBR
NM 23:2001 (ABNT, 2001). Na Tabela 1 são apresentadas a massa específica e o
diâmetro médio de cada material, obtido por granulometria a laser.

Tabela 1 – Caracterização do cimento e das adições minerais.


Material Massa específica (g/cm3) Diâmetro médio (μm)
Cimento 3,15 14,91
Sílica ativa 2,20 19,16
Pó de quartzo 2,74 5,55

A análise granulométrica do cimento, da sílica ativa e do pó de quartzo foi feita por


granulometria a laser nos laboratórios da ABCP e, por apresentarem duvidas quanto a
granulometria obtida para a sílica ativa, o ensaio foi repetido no LRAC da FEQ-Unicamp,
confirmando o resultado encontrado na primeiro ensaio. A distribuição granulométrica dos
agregados foi determinada por peneiramento, conforme dispõe a NBR NM 248:2003
(ABNT, 2003). As curvas granulométricas dos materiais utilizados nesse trabalho são
apresentadas na Figura 1.

Figura 1 – Distribuição granulométrica dos materiais particulados.

Os ensaios de caracterização dos agregados foram realizados de acordo com as normas


técnicas brasileiras: NBR NM 30:2000 (ABNT, 2000), NBR NM 45:2006 (ABNT, 2006),
NBR NM 46:2006 (ABNT, 2006), NBR NM 52:2009 (ABNT, 2009), NBR NM 53:2009
(ABNT, 2009) e NBR NM 248:2003 (ABNT, 2013). A Tabela 2 apresenta as
características físicas dos agregados empregados nas composições dos concretos
autoadensáveis.

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Tabela 2 – Caracterização física dos agregados.
Areia Areia Areia de Agregado Reciclado
Determinação Pedrisco Brita
Fina Média Britagem Miúdo Graúdo
Diâmetro máximo (mm) 1,18 4,75 4,00 9,50 19,00 4,75 19,0
Módulo de finura 1,19 2,25 4,08 4,30 6,99 2,92 7,10
Massa específica (g/cm3) 2,67 2,58 2,62 2,79 2,73 2,56 2,32
Massa unitária solta (g/cm3) 1,60 1,63 1,57 1,61 1,45 1,34 1,24
Índice de vazios (%) 40,05 36,09 40,24 40,14 46,63 34,28 53,50
Absorção de água (%) 0,67 0,38 1,88 1,40 0,22 9,84 5,60
Teor de pulverulentos (%) 1,87 0,92 1,07 4,72 0,16 7,89 4,56

Os agregados reciclados de RCD utilizados nesse estudo experimental são oriundos do


município de Hortolândia/SP. A fração graúda desses agregados foi analisada
visualmente a fim de verificar sua classificação em conformidade com a NBR 15116:2004
(ABNT, 2004). Os agregados classificam-se conforme composição predominante, em
quatro grupos: Grupo G1, constituído em mais de 50% de seu volume por concreto e
argamassa; Grupo G2, constituído em mais de 50% de seu volume por rochas naturais;
Grupo G3, onde há predominância dos materiais cerâmicos, tais como tijolos e telhas; e
Grupo G4, formado pelos demais materiais, tais como plásticos, vidros, madeiras ou
betumes. Os resultados da classificação visual dos agregados graúdos reciclados são
apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 – Composição dos agregados graúdos reciclados de RCD.


Grupos Amostra 1 Amostra 2 Média
G1 - Concreto e Argamassa 61,8% 69,6% 65,7%
G2 - Rochas Naturais 37,3% 28,7% 33,0%
G3 - Materiais Cerâmicos 0,5% 0,7% 0,6%
G4 - Materiais não minerais 0,4% 1,0% 0,7%
Total 100% 100% 100%
G1 + G2 99,2% 98,3% 98,7%

Mediante análise dos dados constantes na Tabela 3, pode-se verificar que os agregados
reciclados utilizados possuem composição com predominância de concreto, argamassa e
rochas, sendo, portanto, classificado como “Agregado de Resíduo de Concreto” (ARC),
conforme NBR 15116:2004 (ABNT, 2004). A referida norma ainda prescreve os seguintes
limites para o uso desses agregados na produção de concreto: absorção de água de, no
máximo, 7% para os agregados graúdos e de 12% para os miúdos; teor de pulverulentos
menor ou igual a 10% para a fração graúda e 15% para a miúda. Conforme pode ser visto
na Tabela 2, os agregados reciclados atendem às especificações apontadas pela NBR
15116:2004 (ABNT, 2004), sendo considerados adequados para uso na construção civil.

2.2 Métodos de Dosagem


Foram elaboradas quatro composições de concreto autoadensável. A primeira delas
(CAA-REF), que serviu como referência e empregou somente agregados naturais, foi
estabelecida por Vita (2011) com base no método de Repette-Melo (2005). Sucintamente,
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o método de Repette-Melo (2005) envolve as seguintes etapas: determinação da relação
água/cimento em função da resistência à compressão; estudo reológico da pasta de
cimento por meio do ensaio de fluidez e estudo reométrico, a fim de obter o teor da
adição; estudo reológico da argamassa por meio do ensaio de fluidez, ensaio de
espalhamento e estudo reométrico, com o propósito de obter o teor do aditivo e do
agregado miúdo; determinação final da composição do concreto adicionando o agregado
graúdo e ajuste do teor de aditivo.

A partir da mistura de referência – CAA-REF – dosou-se a segunda composição, onde


houve a substituição de ambas as frações de agregados naturais por agregados
reciclados de RCD, no teor de 20% em massa. Tal composição passa a ser identificada
como CAA-AGMR ao longo deste trabalho.

A dosagem das demais misturas empregou o conceito de empacotamento de partículas.


O estudo de empacotamento de partículas objetiva otimizar o esqueleto granular do
compósito e, segundo McGeary (1961), consiste na correta seleção da proporção e do
tamanho adequado dos materiais particulados, onde os vazios das partículas maiores são
preenchidos com partículas menores, e assim sucessivamente.

Diversos modelos de empacotamento de partículas podem ser encontrados na literatura


especializada. No presente trabalho optou-se pelo modelo proposto por Funk e Dinger
(1994), conhecido por modelo de Alfred ou de Andreasen modificado. Essa escolha se
justifica pelo fato de que o modelo de Alfred apresenta maior eficiência de
empacotamento e também é mais condizente com sistemas particulados reais
(OLIVEIRA, 2013). A representação matemática do modelo de Alfred é apresentada na
Equação 1.

 D q  DSq 
CPFT (%)  100 q 
q 
(Equação 1)
 L
D  D S 

Onde: CPFT(%) – porcentagem volumétricas das partículas menores que D;


D – diâmetro da partícula;
DL – diâmetro da maior partícula;
DS – diâmetro da menor partícula;
q – coeficiente de distribuição.

De acordo com Vanderlei (2004), para que os concretos apresentem boa capacidade de
escoamento recomenda-se que o valor do coeficiente de distribuição seja inferior a 0,30.
Valores de “q” próximos a 0,30 devem ser considerados para misturas adensadas sobre
vibração. Valores de “q” entre 0,20 e 0,25 conduzem a misturas autoadensáveis. Deste
modo, no presente trabalho o valor de “q” adotado foi igual a 0,25.

A determinação das misturas dosadas com base no conceito de empacotamento de


partículas foi efetuada com auxílio do software EMMA Mix Analizer (ELKEM, 2016), que é
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fundamentado no modelo de Alfred. Foram, então, definidas duas novas composições: a
primeira delas onde foi empregado somente agregados naturais, sendo identificada como
CAA-EMP-REF; e, a segunda, referida como CAA-EMP-AGMR, onde houve a
incorporação de agregados miúdos e graúdos de RCD, em substituição aos respectivos
agregados naturais, na proporção de 20% em massa.

2.3 Métodos de Ensaio


O desempenho das composições do concreto autoadensável no estado fresco foi avaliado
por meio dos ensaios: de espalhamento (slump flow) e tempo de escoamento t500, em
conformidade com a NBR 15823-2:2010 (ABNT, 2010); tempo de escoamento no Funil V,
a fim de determinar a viscosidade plástica, conforme NBR 15823-5:2010 (ABNT, 2010);
Caixa L, para a determinação da habilidade passante, executado de acordo com o
especificado na norma NBR 15823-4:2010 (ABNT, 2010).

O desempenho no estado endurecido foi determinado por meio dos ensaios: de


resistência à compressão axial, conforme NBR 5739:2007 (ABNT, 2007); de resistência à
tração por compressão diametral, segundo a NBR 7222:2011 (ABNT, 2011); e módulo de
elasticidade em conformidade com a NBR 8522:2008 (ABNT, 2008). Com o propósito de
estudar um possível indicativo da durabilidade dos concretos produzidos, a absorção de
água por imersão foi avaliada, conforme as prescrições da NBR 9778:2005 (ABNT, 2005).

3. Resultados e Discussões
3.1 Dosagem
A dosagem da composição CAA-REF, estabelecida por Vita (2011), e do CAA-AGMR são
apresentadas na Tabela 4.

Tabela 4 – Dosagem do CAA-REF e CAA-AGMR.


Consumo (kg/m3)
Materiais
CAA-REF CAA-AGMR
Cimento 486,60 486,60
Sílica Ativa 29,20 29,20
Areia Média Natural 844,18 675,34
Brita 1 Natural 814,72 651,78
Agregado Miúdo Reciclado - 168,84
Agregado Graúdo Reciclado - 162,94
Aditivo Superplastificante 2,26 3,41
Amassamento 220,60 220,60
Água
Pré-molhagem - 20,60

A Figura 2 ilustra as curvas granulométricas discretas dos materiais empregados nas


composições CAA-REF e CAA-AGMR. Pela análise da Figura 2, é possível perceber a
ausência de determinados tamanhos de partículas nessas composições, principalmente
na interface entre agregados graúdos e miúdos, e entre os materiais finos e os agregados
miúdos.
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Figura 2 – Curvas granulométricas discretas dos materiais das misturas CAA-REF e CAA-AGMR.

Com objetivo de preencher os vazios granulométricos entre os materiais empregados nas


composições CAA-REF e CAA-AGMR e, assim, conseguir maior eficiência de
empacotamento, foram inseridos novos materiais para a produção dos concretos dosados
com base no conceito de empacotamento de partículas. A Figura 3 ilustra as distribuições
granulométricas dos materiais utilizados nas misturas CAA-EMP-REF e CAA-EMP-
AGMR.

Figura 3 – Curvas granulométricas discretas dos materiais das misturas CAA-EMP-REF e CAA-EMP-AGMR.

Percebe-se, por meio da análise da Figura 3, que o pedrisco e a areia de britagem


contribuem para o preenchimento da faixa de partículas com tamanho entre os agregados
graúdos e miúdos. A inserção da areia fina teve como intuito ter um material com
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granulometria mais fina que os demais agregados miúdos e mais grosseira que o cimento
e a sílica ativa. O pó de quartzo foi empregado com objetivo de preencher a faixa
granulométrica de partículas mais finas que o cimento e também para reduzir o consumo
de ligante. De posse da caracterização granulométrica dos materiais, da determinação
dos parâmetros de dosagem (DS = 0,5 μm; DL = 16000 μm; q = 0,25) e com auxílio do
software EMMA Mix Analizer (ELKEM, 2016), as composições dos concretos CAA-EMP-
REF e CAA-EMP-AGMR foram determinadas e são apresentadas na Tabela 5.

Tabela 5 – Dosagem do CAA-EMP-REF e CAA-EMP-AGMR.


Consumo (kg/m3)
Materiais
CAA-EMP-REF CAA-EMP-AGMR
Cimento 375 375
Sílica Ativa 45 45
Pó de Quartzo 80 80
Areia Fina Natural 170 150
Areia Média Natural 335 265
Areia de Britagem 400 309
Pedrisco Natural 295 295
Brita 1 Natural 475 321
Agregado Miúdo Reciclado - 181
Agregado Graúdo Reciclado - 154
Aditivo Superplastificante 2,63 3,00
Amassamento 220,60 220,60
Água
Pré-molhagem - 21,15

Cabe salientar que o teor de água/materiais secos, igual a 10,14%, foi mantido constante
em todas as composições estudadas. A inserção da água de pré-molhagem seguiu as
recomendações da NBR 15116:2004 (ABNT, 2004), que prescreve que esta deve
corresponder a 80% da absorção de água dos agregados reciclados. Observa-se ainda
que houve a necessidade do ajuste do teor de aditivo superplastificante em todas as
misturas, exceto no CAA-REF, a fim de conferir as propriedades de autoadensabilidade
requeridas para os concretos produzidos com base no conceito de empacotamento de
partículas.

3.2 Desempenho no estado fresco


A NBR 15823-1:2010 (ABNT, 2010) estabelece limites para aceitação do concreto
autoadensável no estado fresco, sendo eles: espalhamento, mínimo de 550 mm e máximo
de 850 mm, com tempo de escoamento (t500) de até 2 s; tempo de fluxo no Funil V de, no
máximo, 25 s; e relação entre as alturas final e inicial (h2/h1) da Caixa L de, no mínimo,
0,80. A Tabela 6 apresenta o desempenho de todas as composições no estado fresco.

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Tabela 6 – Desempenho das quatro composições do concreto autoadensável no estado fresco.
Ensaios
Composições
Espalhamento (mm) t500 (s) Funil V (s) Caixa L (h2/h1)
CAA-REF 560 1,62 4,20 0,81
CAA-AGMR 625 0,81 3,20 0,91
CAA-EMP-REF 620 0,87 3,93 0,91
CAA-EMP-AGMR 575 1,14 3,06 0,83

Conforme visto na Tabela 6, todas as composições atendem aos limites exigidos pela
NBR 15823-1:2010 (ABNT, 2010). Cabe destacar que todas as misturas se enquadraram
na classe SF1, perante o ensaio de espalhamento; na classificação VS1 e VF1, diante
dos ensaios de tempo de escoamento T500 e Funil V, respectivamente; e na classe PL2
de habilidade passante, em face do ensaio da Caixa L. Este fato demonstra que todos os
concretos produzidos apresentaram comportamento similar no estado fresco.

3.3 Desempenho no estado endurecido


3.3.1 Resistência à compressão axial
A resistência à compressão axial foi avaliada para todas as composições aos 7 e 28 dias
de idade, em conformidade com os procedimentos da NBR 5739:2007 (ABNT, 2007).
Houve ainda a determinação da resistência à compressão aos 105 dias para as misturas
CAA-EMP-REF e CAA-EMP-AGMR. Os resultados obtidos podem ser conferidos na
Figura 4 e na Tabela 7 e referem-se à média apresentada por quatro corpos de prova.

Figura 4 – Evolução da resistência à compressão axial dos concretos estudados.

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Tabela 7 – Resistência à compressão dos concretos estudados.
7 dias 28 dias 105 dias
Composição fcm DP CV fcm DP CV fcm DP CV
(MPa) (MPa) (%) (MPa) (MPa) (%) (MPa) (MPa) (%)
CAA-REF 36,18 1,95 5,39 50,51 1,83 3,62 - - -
CAA-AGMR 35,50 2,19 6,17 49,00 1,88 3,84 - - -
CAA-EMP-REF 36,92 1,12 3,03 47,75 3,23 6,76 50,90 3,27 6,42
CAA-EMP-AGMR 31,14 2,16 6,94 37,46 2,95 7,88 46,21 2,55 5,52
fcm: resistência à compressão média; DP: desvio-padrão; CV: coeficiente de variação.

Por meio da análise dos dados da Tabela 7 e da Figura 4, observa-se que aos 7 dias
todas as composições, com exceção do CAA-EMP-AGMR, apresentam valores de
resistência à compressão similares, da ordem de 36 MPa. O mesmo comportamento pode
ser observado aos 28 dias de idade, sendo que as composições CAA-AGMR e CAA-
EMP-REF apresentaram valores médios ligeiramente inferiores ao exibido pela mistura de
referência.

Quando se compara o desempenho do CAA-AGMR com o CAA-REF, é possível verificar


que a inserção dos agregados miúdos e graúdos reciclados não resultou em queda na
resistência à compressão. Isso pode ser um indicativo da robustez da mistura, e que, a
incorporação de agregados reciclados em percentuais moderados na composição do
concreto autoadensável não prejudica de maneira significativa a resistência à
compressão. Resultados semelhantes foram observados por Kou e Poon (2009), Grdic et
al. (2010) e Pereira-de-Oliveira et al. (2014).

Os resultados exibidos pela mistura CAA-EMP-REF quando comparados aos do CAA-


REF também se mostram similares, sendo constatada uma redução de 5,46% quando se
comparam os valores médios de resistência à compressão. Desta maneira, fica nítido que
a aplicação do conceito de empacotamento de partículas permite a produção de
concretos autoadensáveis com menor consumo de cimento e propriedades praticamente
idênticas as de uma composição dosada por outro método. Nesse estudo em específico,
foi possível a redução de 22,93% no consumo de cimento e de 18,57% no consumo de
ligante (cimento+sílica ativa).

Por outro lado, a composição CAA-EMP-AGMR apresentou desempenho inferior ao


exibido pelas demais composições em todas as idades avaliadas. Isso pode indicar que
as composições dosadas por meio do conceito de empacotamento de partículas são mais
sensíveis a variação das propriedades dos materiais granulares, ou seja, a substituição de
agregados naturais por reciclados, que são mais porosos, e, portanto, menos resistentes.
Esse fato, contudo, necessita ser melhor investigado. De todo modo, é possível notar que,
em idades mais avançadas (105 dias), a resistência à compressão dessa mistura, foi em
média, apenas 9,21% inferior a do CAA-EMP-REF. Aos 28 dias, no entanto, essa
diferença é de 21,55%.

3.3.2 Resistência à tração por compressão diametral

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A resistência à tração por compressão diametral foi avaliada aos 28 dias, para todas as
composições, de acordo com as especificações da NBR 7222:2011 (ABNT, 2011). Os
valores apresentados na Figura 5 se referem à média dos resultados obtidos por quatro
corpos de prova.

Figura 5 – Resistência à tração por compressão diametral dos concretos estudados.

Verifica-se, por meio da análise da Figura 5, que a resistência à tração por compressão
diametral das misturas estudadas apresenta comportamento bastante similar ao obtido no
ensaio de resistência à compressão axial. Tal fato já era esperado, pois segundo Mehta e
Monteiro (2014), as resistências à compressão e à tração estão intimamente
relacionadas, uma vez que à medida que a resistência à compressão aumenta, a
resistência à tração também aumenta, mas a uma velocidade decrescente. Os mesmos
autores ainda afirmam que a relação resistência à tração/compressão deve estar
compreendida no intervalo entre 7 e 11%. Nesse sentido, a relação resistência à
tração/resistência à compressão variou entre 9,16 e 9,92% nos concretos estudados.

No tocante ao desempenho das composições, observa-se que o CAA-REF e o CAA-


AGMR apresentaram praticamente a mesma resistência à tração por compressão
diametral. Foi constatada uma redução de 10,84% na resistência média à tração da
mistura CAA-EMP-REF, quando comparada ao CAA-REF. Novamente, o CAA-EMP-
AGMR apresentou desempenho inferior, quando comparado às demais composições. O
valor médio obtido apresentou redução de 31,12% em comparação com o CAA-REF e de
22,75% em relação ao CAA-EMP-REF.

3.3.3 Módulo de elasticidade


A avaliação do módulo de elasticidade estático se deu aos 28 dias de idade e foi
executada em conformidade com as especificações da NBR 8522:2008 (ABNT, 2008). A
média dos valores obtidos para quatro corpos de prova é ilustrada na Figura 6. O módulo
de elasticidade da mistura CAA-AGMR não foi avaliado.

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Figura 6 – Módulo de elasticidade estático dos concretos estudados.

Por meio da análise dos dados da Figura 6, é possível notar que não há diferença
significativa entre o módulo de elasticidade do CAA-REF e do CAA-EMP-REF. Essa
semelhança de resultados já era prevista, dado que a resistência à compressão dessas
misturas é similar. O traço CAA-EMP-AGMR apresentou redução na ordem de 23% no
módulo de elasticidade quando comparado ao CAA-REF e ao CAA-EMP-REF. O
desempenho inferior do CAA-EMP-AGMR perante aos demais traços é reflexo do uso de
agregados reciclados, dado que o módulo de elasticidade do concreto é dependente do
módulo de elasticidade dos agregados.

3.3.4 Absorção de água por imersão


A absorção da água por imersão foi determinada aos 28 dias de idade, após cura úmida,
conforme estabelece a NBR 9778:2005 (ABNT, 2005). Os resultados apresentados na
Figura 7 referem-se a média obtida por três corpos de prova. A absorção de água da
composição CAA-AGMR não foi avaliada.

Figura 7 – Absorção da água por imersão dos concretos aos 28 dias.

Por meio da análise da Figura 7, nota-se que a absorção de água das composições
avaliadas foi bastante similar, sendo a do CAA-REF ligeiramente inferior à dos demais
traços. A absorção de água do concreto pode ser relacionada com a sua qualidade: uma
absorção menor do que 3,0% indica um material de boa qualidade e baixa absorção;
concretos que apresentam índices de 3,0 a 5,0% são qualificados como de média
absorção e qualidade; os que possuem absorção de água superior a 5,0% são

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classificados como de alta absorção e baixa qualidade (CEB, 1989). Portanto, verifica-se
que os concretos produzidos podem ser enquadrados na categoria de média absorção e
qualidade, conforme a classificação proposta pelo CEB (1989).

Ainda em função da absorção de água, de acordo com Helene (1983), é possível


classificar os concretos como duráveis (absorção menor que 4,2%), normais (absorção
entre 4,2% e 6,3%) e deficientes (absorção maior que 6,3%). Verifica-se, portanto, que
todos os concretos ensaiados podem ser classificados como duráveis, segundo esse
critério.

Cabe destacar que diferentemente do que aconteceu nos ensaios mecânicos, a mistura
CAA-EMP-AGMR apresentou absorção de água similar à dos demais concretos. Tal fato
pode sugerir que, mesmo com a inserção de agregados mais porosos, a dosagem por
meio do conceito de empacotamento de partículas permitiu a melhoria na microestrutura
do material, resultando em um compósito com menor porosidade aberta e maior
refinamento dos poros. Resultados semelhantes foram obtidos por Campos et al. (2015),
na avaliação da absorção de água em concretos contendo agregados reciclados e
dosados por meio do conceito de empacotamento de partículas.

A massa específica dos concretos produzidos e o índice de vazios também foram


determinados, em conformidade com a NBR 9778:2005 (ABNT, 2005), e são
apresentados na Tabela 8.

Tabela 8 – Propriedades físicas dos concretos produzidos.


Composição Massa específica (kg/m³) Índice de
Seca Saturada Real vazios (%)
CAA-REF 2346 2426 2543 7,77
CAA-EMP-REF 2301 2389 2523 8,77
CAA-EMP-AGMR 2239 2324 2446 8,44

Nota-se, por meio da análise dos dados da Tabela 8, que todos os concretos ensaiados
apresentaram massa específica normal (entre 2000 e 2800 kg/m³), de acordo com a NBR
8953:2015 (ABNT, 2015). A redução da massa específica do CAA-EMP-AGMR, apesar
de pequena (4,56% em relação ao CAA-REF e 2,69% em comparação com o CAA-EMP-
REF), era esperada e se justifica pelo uso de agregados reciclados, que possuem menor
massa específica do que os agregados naturais. Tais resultados estão em concordância
com os obtidos por Grdic et al. (2010) e Pereira-de-Oliveira et al. (2014).

4. Conclusões
Em face dos resultados apresentados, é possível concluir que:
- o comportamento no estado fresco de todas as misturas foi similar, devido ao
ajuste de aditivo superplastificante e a pré-molhagem dos agregados reciclados;
- a substituição dos agregados naturais por agregados reciclados de RCD, no
percentual estudado, não afetou sensivelmente as propriedades mecânicas do CAA
dosado pelo método de Repette-Melo;
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- a dosagem do CAA por meio do conceito de empacotamento de partículas
permitiu a produção de concretos com menor teor de ligante;
- a incorporação de agregados reciclados no CAA-EMP-AGMR, dosado com base
no conceito de empacotamento de partículas, provocou redução das propriedades
mecânicas avaliadas em comparação aos demais concretos;
- a absorção de água, o índice de vazios e a massa específica do CAA-EMP-
AGMR foram semelhantes aos mesmos parâmetros dos demais concretos, o que sugere
melhoria na microestrutura do compósito, ocasionada pelo emprego do conceito de
empacomento de partículas na dosagem.

5. Agradecimentos
Os autores agradecem a Usina Recicladora de Hortolândia, a Holcim do Brasil e a Grace
Construction Products pela doação dos materiais utilizados nessa pesquisa e a ABCP
pela realização dos ensaios de granulometria a Laser. A primeira autora agradece ao
CNPq pela concessão de bolsa de iniciação científica. O segundo autor agradece a
CAPES, pelo auxílio financeiro.

6. Referências
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