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Estudo da Formação da Etringita Tardia (DEF) por meio do ensaio SDT

(Stiffness Damage Test)


The Study of DEF by SDI (Stiffness Damage Test)

Dioice Schovanz (1); Francieli Tiecher (2); Nicole P. Hasparyk (3); Selmo C. Kuperman (4)

(1) Mestra em Engenharia Civil, Professora em UCEFF, dioice.s@hotmail.com


(2) Pós-Doutora em Engenharia Civil, Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil – IMED,
francielipf@yahoo.com.br
(3) Doutora em Engenharia Civil, ELETROBRAS Furnas, nicolepha@gmail.com
(4) Doutor em Engenharia Civil, DESEK, selmo@desek.com.br
Resumo
Reações expansivas como a DEF e a RAA são passíveis de acometer estruturas de concreto no decorrer
de sua vida útil. Essas reações químicas produzem produtos que, na presença de umidade, geram
expansões internas capazes de promover reflexos negativos nas propriedades do concreto afetando o seu
desempenho e servicibilidade. No caso da RAA já existem normas e procedimentos que trabalham na
prevenção. Porém para a DEF não há normalização específica e, se não prevenida com uma análise
preliminar dos materiais, dosagem e análise do ambiente de exposição, pode causar sérios danos no
tempo, degradando de forma expressiva o concreto e suas estruturas. São poucos os métodos
diferenciados para o estudo das reações expansivas. O método conhecido por SDT (Stiffness Damage Test)
possibilita avaliar o nível e dano gerado pela RAA nas deformações, sendo mais recentemente também
iniciados os estudos para o caso da DEF. Esse trabalho tem por objetivo apresentar a aplicação desse
método (SDT) na avaliação de concretos submetidos a condições propícias para o desencadeamento da
DEF em laboratório de forma a avaliar a sua aplicabilidade para os cimentos nacionais. O programa
experimental contemplou o estudo com dois cimentos nacionais (CP V e CP IV) e com dosagem de
concreto bombeado corriqueiramente aplicado em obras de grandes dimensões, como as estruturas de
usinas hidrelétricas. Os concretos foram submetidos a uma cura térmica específica a 85ºC, com imersão em
água, seguida de exposição a 38oC ao longo do tempo e até 6 meses. Foram realizadas análises
microestruturais dos concretos com o objetivo de verificar a incidência de sintomas decorrentes da DEF,
além de ensaios de resistência à compressão e SDI (Stiffness Damage Index), parâmetro obtido a partir do
ensaio SDT. Em paralelo, prismas de concreto foram moldados de forma a avaliar o potencial de expansão
dos concretos pela DEF. Os resultados mostraram que o método é promissor para a avaliação da DEF. O
concreto confeccionado com o cimento do tipo CP V se mostrou totalmente susceptível à ocorrência de DEF
nas condições avaliadas, apresentando elevadas expansões e etringita neoformada, enquanto o CP IV
ainda se comporta de forma esperada do ponto de vista mecânico até a idade avaliada, além de baixo nível
de expansão.
Palavra-Chave: Concreto, Expansão, Formação da Etringita Tardia (DEF), SDT, Etringita.

Abstract
Expansive reactions such as DEF and ASR are prone to occur in structures of concrete during their service
life. Those chemical reactions are able to produce some products capable to expand in the presence of
water damaging concrete with negative consequences on its properties and performance. Standard methods
are available in order to prevent expansions from ASR. On the other hand, for DEF no standard method
exists in order to evaluate both concrete potential and expansion, and nor prevention measurements in
relation to materials, mix design and exposure environment. Thus, risks of concrete damage over time can
occur deteriorating its structures. There are few published documents related to this subject. Recently, SDT -
Stiffness Damage Test – was presented in order to evaluate the damage degree on deformations generated
by ASR. More recently some studies were carried out involving DEF. This paper aims to present some SDT
results obtained from concretes subjected to DEF at laboratory. The experimental program was performed

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with a pumped mix design and two types of cements (CP V-AR and CP IV) usually applied in concrete
structures from hydroelectric power plants. After casting the concretes, a thermal curing was done up to
85ºC with water immersion followed by an exposure to an environment with 38ºC up to 6 months. Visual and
microstructural characteristics of concretes were monitored along time in order to verify the incidence of DEF
symptoms. Compressive strength and SDI (Stiffness Damage Index) from SDT were also determined. Some
concrete prisms were cast with the purpose to monitor expansion potential of concretes to DEF. The results
have indicated SDT as promising to DEF. Furthermore, CP V concrete behaved different from CP IV one,
exhibiting susceptible to DEF due to high expansions and negative consequences on its properties, with late
ettringite formation. The expansion level for CP V concrete was low and its properties were not affected up to
6 months.
Keywords: Concrete, Expansion, Delayed Ettringite Formation (DEF), SDT, Ettringite.

1 Introdução
O concreto é um material considerado estável, porém, por estar sujeito a diversas
interferências do meio, a durabilidade e o desempenho das estruturas podem ser
afetadas, promovendo o aparecimento de variadas manifestações patológicas, como as
fissuras, corrosão de armaduras, além de ataques químicos por sulfatos (MEHTA;
MONTEIRO, 2014). A preocupação com a durabilidade das estruturas de concreto
motivou a realização de muitas pesquisas nos últimos anos, dentre as quais está o estudo
do ataque interno por sulfatos (MELO, 2010; TORRES; ANDRADE, 2006; LIU et al., 2017;
RASHIDI et al., 2017; SCHMALZ, 2018; SUN e CHEN, 2018; FENG et al., 2018;
GAMBALE et al., 2019, SCHOVANZ et al., 2019).
O ataque por sulfatos está associado à interação química dos íons sulfatos com a pasta
de cimento hidratada, na presença de umidade, podendo se manifestar pela ocorrência de
reações expansivas, que podem levar à degradação do concreto, ocasionando fissuração
e, consequente, perda de resistência. Além disso, com a existência de fissuração no
concreto o elemento estrutural fica vulnerável ao acesso de outros agentes agressivos
(SOUZA, 2006; ZHANG Z. et al., 2017).
Dentre os tipos de ataque por sulfatos se encontra a Formação da Etringita Tardia, que
resulta da expressão em inglês Delayed Ettringite Formation (DEF). Para que a DEF ocorra
é necessário que exista elevada temperatura, sulfatos suficientes no cimento, aluminatos e
umidade, como fatores condicionantes (TAYLOR et al., 2001; COLLEPARDI, 2003; MYURAN
et al., 2015; MEHTA; MONTEIRO, 2014).
As manifestações patológicas decorrentes da DEF ocorrem com maior frequência em
estruturas de concreto massa, como barragens, pontes e blocos de fundação, em
consequência das elevadas umidades e temperaturas atingidas durante a hidratação do
cimento, ou em estruturas pré-fabricadas, submetidas à cura térmica (MELO et al., 2010;
SALUM, 2016; TANKASALA; SCHINDLER, 2017; SILVA, 2018). Diversos autores têm
pontuado que a DEF ocorre quando, durante a hidratação, a temperatura do concreto
atinge mais de 65ºC (MELO, 2010; AL SHAMAA et al., 2016; GODART, 2017).
Os sulfatos nem sempre acometem as estruturas de concreto de modo isolado, podendo
acontecer ataques combinados, como é o caso da DEF e RAS (reação álcali-sílica). Para
Martin et al., (2016) e Kchakech et al. (2016), RAS e DEF são dois processos endógenos,
que levam à expansão de concreto devido aos seus mecanismos de manifestação.
Embora muito diferentes ambos os mecanismos causam fissuras e afetam as
propriedades mecânicas do concreto, necessitando de análises microestruturais para a
identificação, devido a similaridade de suas manifestações visuais (Figura 1).
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(a) RAS. ANDRADE (2006) (b) DEF. SEIGNOL et al., (2012)
Figura 1 – Semelhança no padrão das fissuras de RAS e DEF.

No caso da RAS, o meio técnico nacional dispõe da norma brasileira, recém-revisada,


ABNT NBR 15577 (2018), que agrupa 7 normas, onde é apresentado um guia
denominado “Guia para avaliação da reatividade potencial e medidas preventivas para
uso de agregados em concreto”. Para o caso de DEF, no entanto, não há qualquer
normalização específica, além das descritas anteriormente no caso do ataque tradicional
por sulfatos, e de forma genérica.
Diante do exposto, o presente estudo objetiva avaliar os danos causados pela DEF
através do ensaio de SDT (Stiffness Damage Test), conhecido no Brasil como Teste do
Dano de Rigidez, em conjunto com avaliações físicas, mecânicas e microestruturais, em
concretos com dois tipos de cimento Portland nacionais, um sem adição pozolânica e
outro com adição pozolânica. Esse trabalho faz parte de um estudo maior, desenvolvido
por FURNAS, por meio de um projeto de P&D ANEEL.

2 Programa Experimental
2.1. Materiais empregados
2.1.1. Cimentos
Foram selecionados dois cimentos (CP V-ARI e CP IV-32), provenientes do mesmo
fabricante, cujo clínquer possuía a mesma origem. As características de ambos estão
descritas nas Tabelas 1 e 2, respectivamente.

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Tabela 1 – Propriedades do cimento Portland CP V-ARI.
Propriedades Mecânicas Propriedades Químicas
Exigências Exigências
Valor Valor
Características da NBR Características da NBR
obtido obtido
16697:2018 16697:2018
Resistência 1 dia 25,6 >14,00 Al2O3 (%) 4,46 -
à 3 dias 38,6 > 24,00 SiO2 (%) 18,86 -
compressão 7 dias 44,4 > 34,00 Fe2O3 (%) 2,75 -
(MPa) 28 dias 54,1 - CaO (%) 61,46 -
Propriedades Físicas MgO (%) 3,93 < 6,50
Massa Específica (g/cm³) 3,09 - SO3 (%) 3,28 < 4,50
Expansão a quente (mm) 0,50 < 5,00 Perda ao Fogo (%) 3,37 < 6,50
Início (h:min) 03:10 > 1:00 CaO Livre (%) 0,79 -
Tempo de
Resíduo Insolúvel
Pega Fim (h:min) 04:00 <10:00 0,76 < 3,50
(%)
Consistência normal (%) 29,3 - Na2Oeq. (%) 0,79 -
Finura Blaine (cm²/g) 4.520 >3.000 Calor de Hidratação
328,30 < 270*
Resíduo peneira #200 % 0,03 < 6,00 (j.g-1) para 41h
Resíduo peneira # 325 % 0,30 - Na2Oeq. = 0,658.K2O+Na2O
*Para cimentos com baixo calor de hidratação
Fonte: FURNAS, 2019.

Tabela 2 – Propriedades do cimento Portland CP IV-32.


Propriedades Mecânicas Propriedades Químicas
Exigências Exigências
Valor Valor
Características da NBR Características da NBR
obtido obtido
16697:2018 16697:2018
Resistência 1 dia 14,4 - Al2O3 (%) 10,24 -
à 3 dias 25,5 > 10,00 SiO2 (%) 29,47 -
compressão 7 dias 32,8 > 20,00 Fe2O3 (%) 4,12 -
(MPa) 28 dias 46,0 > 32,00 CaO (%) 45,02 -
Propriedades Físicas MgO (%) 2,98 -
Massa Específica (g/cm³) 2,82 - SO3 (%) 2,25 < 4,50
Expansão a quente (mm) 1,00 < 5,00 Perda ao Fogo (%) 3,55 < 6,50
Início (h:min) 04:05 > 1:00 CaO Livre (%) 0,67 -
Tempo de
Resíduo Insolúvel
Pega Fim (h:min) 05:00 <12:00 26,21 -
(%)
Consistência normal (%) 30,5 - Na2Oeq. (%) 1,10 -
Finura Blaine (cm²/g) 4.18 - Calor de Hidratação
259,00 < 270*
Resíduo peneira #200 % 0,20 < 8,00 (j.g-1) para 41h
Resíduo peneira # 325 % 1,50 - Na2Oeq. = 0,658.K2O+Na2O
*Para cimentos com baixo calor de hidratação
Fonte: FURNAS, 2019.

2.1.2. Agregados
O agregado miúdo deste estudo é de origem de cava/natural, quartzoso, com dimensão
máxima característica de 4,75 mm e módulo de finura médio de 2,64. O agregado graúdo
é de origem granítica, proveniente de britagem, possui dimensão máxima característica

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de 19 mm e módulo de 6,72. Os índices físicos de ambos os agregados estão retratados
na Tabela 3.

Tabela 3 – Propriedades físicas dos agregados.


Agregado Miúdo Agregado Graúdo
Ensaio
Norma Resultado Norma Resultado
Massa específica NBR NM 45:2006 2,05 g/cm³ NBR NM 53:2009 2,684 g/cm³
Material pulverulento NBR NM 46:2003 1,3 % NBR NM 46:2006 0,32 %
Absorção de água NBR NM 30:2001 3,0 % NBR NM 53:2009 0,4 %
Fonte: PRÓPRIA AUTORIA, 2019.

O presente estudo objetivou a verificação da DEF em concretos, e por isso buscou-se por
agregados inócuos para RAS no ensaio ABNT NBR 15577-4:2018.

2.1.3. Aditivo
Para a confecção do concreto foi empregado um aditivo Polifuncional, composto de
lignossulfonato e policarboxilato, buscando-se um concreto com alta plasticidade e bom
tempo de manutenção da trabalhabilidade. As propriedades físicas do aditivo químico
utilizado podem ser verificadas na Tabela 4, determinadas por meio dos ensaios
prescritos na ABNT NBR 10908:2008.

Tabela 4 – Propriedades físicas do aditivo químico.


Propriedades determinadas Norma de ensaio Resultado obtido
Densidade 1,187 g/cm³
Ph ABNT NBR 10908: 2008 5,41
Teor de sólidos 43,97 %
Fonte: FURNAS, 2019.

2.2. Produção do concreto


Os dois concretos produzidos nesta pesquisa possuem as mesmas características,
variando-se apenas o tipo de cimento. A definição do traço teve como base o concreto
produzido por Melo (2010), com o objetivo de atingir características próximas de um
concreto bombeado em obra. Melo estudou DEF em laboratório, empregando uma
dosagem de concreto utilizado em estrutura de uma UHE (usina hidrelétrica) na qual o
concreto sofreu, em obra, uma importante elevação de temperatura.
Nesta pesquisa, em decorrência de algumas alterações nas características dos materiais
empregados, foram realizados pequenos ajustes na dosagem de referência empregada
por Melo (2010), sendo nesse estudo empregado o traço 1:1,6:1,9:0,46.

2.3. Cura e ambiente de exposição


A cura foi uma etapa fundamental porque propiciou a elevação da temperatura nas
primeiras horas da hidratação do cimento e as condições necessárias para a ocorrência
da DEF. O método desenvolvido e empregado foi o disposto em Schovanz (2019) tendo
sido elaborado tomando-se como referência alguns métodos publicados na literatura por

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Fu (1997), Kchakech et al. (2016) e Rashidi et al. (2017) Sanchez et al. (2015), Godart
(2017), Zhang Z. et al. (2017), Martin et al. (2017) e Giannini et al. (2018).
Após a moldagem, dos corpos de prova permaneceram em temperatura ambiente durante
6 horas, sendo então submetidos à cura térmica, com imersão em água. A cura foi
realizada em um tanque com água, cuja temperatura inicial foi de 25 oC. Após a imersão
do concreto, a água foi gradativamente aquecida até atingir 85oC (taxa de aquecimento de
10ºC/h). As amostras permaneceram nessa condição durante 12 horas, quando se
procedeu ao resfriamento da água, com taxa idêntica de resfriamento, e até a temperatura
de 38oC (±2ºC), permanecendo nessa condição durante todo o estudo.

2.4. Avaliação dimensional


A expansão é uma das principais evidências do processo de DEF, pois a neoformação da
etringita nos vazios causa tensões locais, gerando variações volumétricas da pasta
cimentícia (THOMAS et al., 2008). Para avaliar as expansões dos concretos foram feitas
periodicamente medições de comprimento de prismas de concreto (75 x 75 x 285 mm), a
cada sete dias, empregando-se aparelho medidor digital (relógio comparador), de acordo
com os procedimentos descritos da ABNT NBR 15577 – Parte 6:2018. Foram moldados 3
prismas para cada cimento avaliado.

2.5. Verificação da resistência mecânica


O ensaio de resistência à compressão foi realizado em CPs cilíndricos, de dimensão 100
mm x 200 mm, nas idades de 7, 28, 56, 84 e 168 dias, em prensa PC 200C, da marca
EMIC, com capacidade de 2000 kN e precisão de aproximadamente 1% da carga
aplicada, de acordo com a ABNT NBR 5739: 2007. Para cada condição e idade foram
testados 3 CPs.

2.6. Teste de dano de rigidez (SDT) e determinação do índice de dano de


rigidez (SDI)
A determinação de índice de dano de rigidez (Stiffness Damage Index – SDI) foi realizada
com base nas descrições de Martin et al. (2017), Sanchez et al. (2018) e Giannini et al.
(2018), pioneiros na utilização destes ensaios para o diagnóstico e verificação de DEF em
concretos.
O SDI é extraído do teste de dano de rigidez (SDT – Stiffness Damage Test), e consiste
na relação entre tensão e deformação devido ao carregamento cíclico controlado de 0,1
MPa/s, em cinco ciclos de carregamento, em CPs de concreto (100 x 200 mm). Os
referidos autores recomendam a aplicação de 40% da resistência à compressão do
concreto aos 28 dias, limitando-se a um valor máximo de 10 MPa.
O SDI corresponde às correlações entre a energia dissipada durante o primeiro ciclo de
carga (área de histerese) e a deformação plástica, após cinco ciclos de carga-descarga
(Figura 2). O equipamento utilizado para esse ensaio foi uma prensa da marca EMIC, com
capacidade de 1000 kN, modelo 100 T.

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Figura 2 - Interpretação gráfica para o cálculo de índice de dano de rigidez (SDI). Fonte: Adaptado de
SANCHEZ et al. (2016).

2.7. Avaliação das características microestruturais


As características microestruturais dos concretos foram avaliadas após a coleta de
fragmentos dos CPs cilíndricos rompidos por compressão axial. Tais análises foram feitas
imediatamente após a realização dos ensaios mecânicos. Foram realizadas análises por
microscopia eletrônica de varredura (MEV/EDS) no Laboratório de Microscopia de Furnas
Centrais Elétricas S.A., localizado em Aparecida de Goiânia (GO). As imagens do MEV
foram obtidas a partir de análises de amostras com superfícies de fratura (após
metalização com ouro), usando o detector de elétrons secundários (SE).

3 Apresentação e discussão dos resultados


3.1. Avaliação de expansão
De acordo com a variação dimensional dos prismas foi possível verificar que os concretos
moldados com cimento CP V-ARI expandiram de forma expressiva atingindo valores da
ordem de 1% aos 168 dias. Em relação ao concreto com cimento CP IV as expansões
foram inferiores, porém, consideradas altas para concreto, resultando um percentual
médio de 0,14% na mesma idade. As leituras estão expostas na Figura 3.

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Figura 3 – Expansões médias dos prismas de concreto ao longo do tempo.

Analisando os resultados da Figura 3, verifica-se um grande afastamento no nível de


expansões entre os cimentos testados. Na idade de 168 dias, o concreto CP IV
representa, em termos percentuais, aproximadamente 14% das expansões obtidas para o
CP V-ARI.
Amine et al. (2017), Martin et al. (2017) e Giannini et al. (2018) encontraram expansões
próximas a 1% aos 168 dias de ensaio, corroborando com os resultados encontrados para
o concreto com CP V-ARI produzido neste estudo.
Segundo Schovanz (2019), a presença de neoformações que preenchem totalmente os
espaços intersticiais existentes no concreto propicia um aumento volumétrico de modo
isotrópico no elemento estrutural, ou seja, este apresentará expansões iguais em todas as
direções, desde que não haja restrições às movimentações. O percentual de expansão
dependerá do grau de desenvolvimento da DEF e de seus fatores intervenientes.

3.2. Resistência à compressão axial


Os resultados de resistência à compressão mostram uma expressiva queda já a partir de
28 dias para o concreto com CP V-ARI, enquanto o concreto com CP IV apresentou
crescimento da resistência à compressão até os 56 dias, conforme pode ser observado a
partir das médias ao longo do tempo na Figura 4.

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Figura 4 – Resultados médios de resistência à compressão axial.

Verifica-se que o concreto com CP V-ARI teve decréscimos de 55% na resistência à


compressão entre 7 e 168 dias. Para o concreto com CP IV o comportamento foi
diferente, tendo um aumento de 7% entre 7 e 56 dias e, a partir de 56 dias, uma redução
de 6% até 168 dias.
Em relação ao concreto com CP V-ARI verifica-se, ainda, que entre 7 e 28 dias os
resultados reduzem em, aproximadamente, 13%, enquanto para as idades de 56, 84 e
168 dias ocorrem reduções importantes, de 23%, 28% e 55%, respectivamente, em
relação à resistência de 7 dias. Esses resultados são condizentes com estudos de Jeong
et al. (2017), Sanchez et al. (2018) e Giannini et al. (2018).
A Figura 5 mostra a relação entre os resultados médios da resistência à compressão e
expansão, evidenciando um comportamento inversamente proporcional, ou seja,
enquanto o percentual de expansão se eleva, a resistência sofre redução, em especial,
para o CP V.

Figura 5 – Relação da resistência à compressão versus expansão.

Giannini et al. (2018) e Melo (2010) apontam para decréscimos de resistência à


compressão apenas quando os percentuais de expansão e, consequente fissuração, são
da ordem de 1%. O que não ocorre no presente estudo.
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3.3. Teste de dano de rigidez (SDIT)
O comportamento obtido para o concreto com CP V-ARI, a partir das curvas tensão-
deformação dos cinco ciclos, nas 4 idades avaliadas, está exposto na Figura 6. Observa-
se um aumento gradativo da deformação ao longo do tempo à medida que as taxas de
expansão crescem. Esse comportamento está diretamente relacionado à DEF, em
decorrência da incidência de microfissuração pelas tensões geradas pela etringita, com
consequente fragilização do concreto.
As curvas tensão-deformação obtidas aos seis meses indicam elevadas deformações,
com expansões bastante expressivas e da ordem de 1%. Ao comparar a idade final (~6
meses) de análise com um mês de ensaio, verifica-se que as taxas de deformação
cresceram de forma expressiva.

Expansão: 0,02% Expansão: 0,34%

(a) 28 dias. (b) 56 dias.

Expansão: 0,52% Expansão: 0,98%

(c) 84 dias. (d) 168 dias.


Figura 6 – Resultados do teste do dano de rigidez do concreto CP V-ARI.

Os resultados da deformação perante a tensão sofrida pelo concreto CP IV, de acordo


com a Figura 7, não indicam alterações ao longo do tempo para as máximas de expansão
atingidas (0,14%), refletindo, por conseguinte, em índices mais baixos de danos de rigidez
e deformação plástica por meio desse método SDT.
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Expansão: 0,02% Expansão: 0,06%

(a) 28 dias. (b) 56 dias.

Expansão: 0,07% Expansão: 0,14%

(c) 84 dias. (d) 168 dias.


Figura 7 – Resultados do teste do dano de rigidez do concreto CP IV.

Ao comparar as Figuras 6 e 7, observam-se comportamentos totalmente distintos entre o


concreto com cimento CP V-ARI e com CP IV; enquanto o concreto com CP V-ARI
apresenta elevadas deformações e, concomitantemente, maiores níveis de expansão, o
concreto com CP IV não apresenta deformações expressivas para uma mesma carga e
taxa de aplicação.
Segundo Giannini et al. (2018), conforme o nível de expansão aumenta os sinais de
danos também aumentam, por isso os resultados obtidos de SDI para o concreto com CP
V-ARI são bem superiores. No entanto, cabe salientar que, após o segundo mês de
ensaio, quando o CP V-ARI já apresentava expansões expressivas, assim como
decréscimos na resistência à compressão, o ensaio SDT deixou de ser sensível para
avaliar o avanço da DEF ao longo do tempo, resultando em algumas oscilações e pouca
variação até completar o sexto mês. O maior ganho foi de 1 para 2 meses. Para o
concreto com CP IV, os valores de SDI ficaram bem abaixo daqueles obtidos para o CPV-
ARI, com algumas variações no tempo, porém, sempre abaixo de 0,10; caso esse
concreto fosse monitorado em idades mais avançadas, alguma alteração poderia vir a
ocorrer (Figura 8) em virtude da sinalização da DEF por microscopia (ver item 3.4).
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Figura 8 – Resultados médios do SDI ao longo do tempo.

Na Figura 9 é possível avaliar a correlação entre SDI e as expansões. Para o concreto


com CP V-ARI o SDI varia de 0,10 a 0,53 e as expansões vão de 0% a 0,98%, enquanto
para o concreto com CP IV o SDI oscilou, variando de 0,04 a 0,10 e as expansões de 0%
a 0,14%.

Figura 9 – Representação gráfica do índice de dano de rigidez versus expansão.

No presente estudo o SDI alcançou o resultado máximo de 0,53 para o concreto com CP
V-ARI, semelhante ao obtido por Giannini et al. (2018), onde esse índice foi na ordem de
0,57; já para Sanchez et al. (2018), o valor foi de 0,38. Ou seja, na faixa de
aproximadamente 1% de expansão, em concretos afetados por DEF, o concreto contendo
CP V-ARI brasileiro e o apresentado por Giannini et al. (2018) se mostraram mais
afetados no que diz respeito aos danos de sua rigidez.
Na Figura 10 é possível analisar uma correlação nos resultados entre os dois cimentos
Portland, verificando-se que para altos valores de resistência à compressão encontraram-
se baixos índices de dano de rigidez, sendo inversamente proporcionais, como ocorre
com as expansões (Figura 5).
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Figura 10 – Representação gráfica da resistência à compressão versus índice de dano de rigidez.

3.4. Análise microestrutural


3.4.1. Microscopia eletrônica de varredura (MEV) para o concreto CP V-ARI
A análise microestrutural por meio de MEV foi realizada com o intuito de identificar cristais
de etringita na matriz do concreto, ao longo do tempo. As primeiras neoformações foram
visualizadas na idade de 28 dias, na forma de cristais aciculares na pasta cimentícia
(Figura 11a), já apresentando pulverulência pontual e regiões de pasta fragilizada. A
presença de cristais neoformados tornou-se constante e massiva ao longo do tempo,
apresentando maior quantidade de pulverulência, presença de neoformação na interface
pasta/agregado (Figura 11b). Grãos de agregados recobertos por etringita massiva foram
visualizados aos 168 dias, além de uma matriz cimentícia totalmente deteriorada (Figura
11c).

Cristais de DEF
Agregado

Pasta cimentícia

(a) 28 dias. (b) 84 dias. (c) 168 dias.


Figura 11 – Micrografias do concreto com cimento Portland CP V-ARI.

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3.4.2. Microscopia eletrônica de varredura (MEV) para o concreto CP IV
A realização do MEV para o CP IV aos 7 dias evidenciou concreto sem neoformações,
poros vazios e sem deposições (Figura 12a), aos 28 dias foram visualizadas pequenas
deposições em alguns poros (Figura 12b), mas cabe salientar que muitos poros
visualizados estavam vazios, mantendo-se estável aos 56 dias e 84 dias. Aos 168 dias
foram identificados alguns poros contendo cristais aciculares com formações massivas na
matriz e, também, algumas interfaces com deslocamento (Figura 12c).

(a) 7 dias. (b) 28 dias. (c) 168 dias.


Figura 12 – Micrografias do concreto com cimento Portland CP IV.

4 Considerações finais
A partir dos resultados obtidos é possível concluir que o concreto com cimento CP V-ARI
sofreu com maior intensidade a ocorrência de DEF em comparação ao concreto com CP
IV, até a idade aproximada de 6 meses, o que pode ser constatado nos dados da Tabela
5:

Tabela 5 – Compilação dos resultados do presente estudo.

O estudo também permitiu concluir que o método elaborado e empregado envolvendo


cura térmica a 85ºC e exposição ao longo do tempo a 38ºC, ambos com imersão em água
foi capaz de provocar a DEF.

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