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LUÍZA SALLY LEITE

16/05/2022
TURMA A01

O QUE SÃO CONCESSÕES FLORESTAIS?

Conservar as florestas públicas brasileiras, promover a produção


sustentável, estimular o desenvolvimento econômico regional e melhorar a
qualidade de vida das populações que vivem no entorno dessas áreas são os
principais objetivos da política de concessões florestais, regida pela Lei de
Gestão de Florestas Públicas (Lei 11.284/2006).

A Lei de Gestão de Florestas Públicas permite ao Poder Público


conceder a Pessoas Jurídicas, incluindo empresas, cooperativas e associações
de comunidades locais, permissão para realizar o manejo florestal sustentável
para extrair produtos madeireiros e não madeireiros e para oferecer serviços de
turismo.

As empresas concessionárias são selecionadas por processo de


concorrência pública, que avalia as propostas técnica e de preço recebidas. Em
contrapartida ao direito de manejar a área, as concessionárias repassam
periodicamente ao governo valores definidos pelo contrato firmado. A execução
dos contratos é minuciosamente acompanhada pelo Serviço Florestal Brasileiro
por meio de ferramentas de monitoramento florestal.

QUE ÁREAS NÃO PODEM SER DESTINADAS À CONCESSÃO?

O SFB é responsável por selecionar as áreas que podem ser


concedidas, organizar os processos de licitação e monitorar os contratos, com
duração de até 40 anos. Alguns estados, principalmente na Amazônia, também
implementam políticas de concessão em florestas públicas estaduais, geridas
por órgãos específicos, como o Ideflor-Bio no caso do Pará.

Segundo a LGFP, as seguintes áreas NÃO podem ser destinadas


para concessão: Unidades de Conservação (UCs) de proteção integral; UCs de
uso sustentável das categorias: Reservas de Desenvolvimento Sustentável -
RDS, Reservas Extrativistas - RESEX, Reservas de Fauna e as Áreas de
Relevante Interesse Ecológico – ARIE; Terras Indígenas; Áreas ocupadas por
comunidades locais ou dedicadas exclusivamente ao manejo comunitário; Áreas
de interesse para a criação de UCs; e UCs que não possuem Plano de Manejo
da Unidade de Conservação (PMUC) em vigência.

O QUE SÃO MERCADOS DE CARBONO E COMO FUNCIONAM

A retenção e a captura de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera


pelas florestas são um serviço fundamental para a regulação do clima e a
mitigação das mudanças climáticas.

Dentre todos os serviços ambientais comprovadamente prestados


pelas florestas, esse é o único que tem mecanismo de valoração econômica e
mercados consolidados até agora. Ou seja, é possível que os responsáveis pela
proteção e gestão da área sejam remunerados por esse serviço ambiental.

VALE A PENA MANTER A FLORESTA EM PÉ?

Os municípios e comunidades vizinhas às áreas concedidas são


favorecidos pela geração de empregos formais, pelos investimentos em serviços
e infraestrutura, além dos repasses financeiros relativos ao pagamento pelos
produtos explorados e demais benefícios garantidos pelo contrato de concessão.

Vale ressaltar que o contrato de concessão respeita os direitos e


necessidades dos povos e comunidades tradicionais e não inclui acesso ao
patrimônio genético, uso dos recursos hídricos, exploração de recursos minerais,
pesqueiros ou fauna silvestre, nem comercialização de créditos de carbono. A
titularidade da terra continua sendo do governo, uma vez que o concessionário
apenas recebe o direito de realizar o manejo florestal na área.

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