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A geometria da câmara de combustão determina o desenvolvimento da área superficial da

frente de chama durante a combustão, regulando as taxas de queima em suas diferentes


regiões, em função dos requisitos de performance, suavidade de funcionamento, economia de
combustível, emissões poluentes, etc.

Para os motores de ignição por centelha que queimam uma mistura homogênea, é desejável a
geração de altos níveis de turbulência da mistura no interior da câmara de combustão, e de
baixa velocidade da carga na região da vela de ignição. Isso normalmente é realizado por
motores de injeção PFI e GDI que operam exclusivamente com injeção antecipada. Entretanto,
para os motores GDI que trabalham com injeção tardia é desejável alta velocidade de carga, e
baixos níveis de turbulência, que auxiliam numa estratificação mais estável.

A geração de FRH (Fluxo Rotacional Horizontal), FRV (Fluxo Rotacional Vertical), FRC (Fluxo
Radial de Compressão), são recursos utilizados por todos os motores de combustão interna,
que dependem fortemente da geometria da câmara de combustão. Estes recursos são
utilizados em função da estratégia de formação de mistura e de combustão de cada motor em
questão.

As câmaras de combustão, normalmente são projetadas em função das estratégias de


alimentação e formação de mistura. Posicionamento da vela de ignição e injetor, tipo de jato,
dimensão e localização da área de compressão, associada ao tipo de movimentação da carga
no interior da câmara (FRH ou FRV), basicamente definem a forma da câmara de combustão.

A câmara de combustão, para o bom desempenho, dos motores Otto, sem detonação, deve
obedecer a três regras básicas quanto à sua geometria:

 Gerar nível adequado de turbulência para uma combustão rápida e eficiente


 Ser compacta
 Ter relação volume-superfície (V-S) grande no início do trajeto da chama e pequena no
fim

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