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•Motores de Combustão
O conceito Diesel surgiu em meados de 1882 através do Alemão Rodolf Diesel, que desenvolveu o
processo de Ignição por compressão de uma mistura carburante.
Diagrama Sabathe
Patm
PMS PMI
Os motores Diesel realizam uma combustão com Ignição por compressão, da qual podemos afirmar:
1. No 1º Instante ocorre um atraso a ignição, em que a quantidade de ar a volta da partícula do diesel
precisa de atingir uma temperatura necessária a inflamação da partícula de gasoil.
2. A partícula inflama-se com velocidade proporcional as condições de pressão e temperatura dentro
do cilindro ou câmara de combustão.
Diagnóstico e Reparação Sistemas De Injecção Diesel
Sob o ponto de vista ecológico, concluímos que os motores Diesel são mais limpos no
que respeita ao nível das emissões dos gases,
no entanto emitem mais partículas sólidas que os motores de explosão.
Tempo de compressão Durante o segundo tempo do ciclo de trabalho (compressão), o ar é
comprimido pelo movimento ascendente do piston a uma relação que varia entre os (14:1-24:1),
podendo o ar atingir 900 ºC de temperatura devido ao processo de compressão.
No Final do processo é injectado uma determinada quantidade de combustível através do injector,
sobre o ar quente, inflamando a mistura e desenvolvendo-se assim a combustão (ar/Combustível).
Tempo de Escape Quando toda a força química conseguida dentro de um cilindro atinge o seu
mínimo, é aberta a válvula de escape para permitir a saída do volume dos gases de combustão
(gases inertes). Como estes se encontram dentro do cilindro a uma pressão superior á pressão
atmosférica os gases saem para o tubo de escape com relativa facilidade, sendo ainda ajudados
pelo movimento ascendente do piston durante o tempo de escape. Um pouco antes do piston atingir
a posição de PMS e com a válvula de admissão aberta, inicia-se um novo ciclo de trabalho com o
tempo de admissão.
Diagnóstico e Reparação Sistemas De Injecção Diesel
Durante décadas, a tecnologia automóvel foi incapaz de desenvolver motores de
injecção directa onde o gasóleo é finamente pulverizado directamente para dentro
dos cilindros.
Para colmatar esta impossibilidade, os diferentes construtores optaram por uma
solução de recurso denominada injecção indirecta onde o gasóleo é injectado para
uma pré-câmara.
Ao iniciarmos este novo século são já muitas as marcas que aderiram aos motores
com injecção directa, como a BMW, a Mercedes, a Renault, a Toyota, o grupo PSA
ou a Fiat (este último igualmente pioneiro nesta tecnologia com o Fiat Croma TD).
Especialistas no ramo apontam para que em menos de cinco anos os motores de
injecção indirecta desapareçam de vez do mercado automóvel.
•Câmaras de Combustão
• De Injecção directa
• De Injecção Indirecta.
•Injecção Indirecta
Os motores de injecção indirecta, proporcionam maior conforto de marcha para além de serem menos
poluentes.
O combustível é injectado por um só orifício para o interior da câmara de combustão.
Uma pequena parte do combustível é queimada no interior da câmara de combustão onde a mistura é
excessivamente rica, com a maior parte do oxigénio presente no interior do cilindro o gásoleo encontra as
condições óptimas de inflamação.
Sabemos que as pressões de combustão elevadas, provocam maiores índices de HC (Hidrocarbonetos) e
NOx (Óxidos de nitrogénio).
Estes motores sob o ponto de vista construtivo são mais fiáveis, pois os componentes mecânicos Cambota e
pistons estão sujeitos a menos esforços e vibrações mecânicas.
No entanto consomem em média mais 10 a 15% de combustível, quando comparados com os motores de
injecção directa, devido a perda térmica, sendo necessário recorrer a utilização das
velas de incandescência para se realizar o arranque a frio.
•Injecção Indirecta
• Um reservatório de combustível
• Conduta de baixa pressão, ou depressão
• Bomba de alimentação
• Filtros de partículas
• Bomba de injecção
• Conduta de alta pressão
• Injectores
•Bomba de alimentação Como o próprio nome indica este componente têm a função de
alimentar com combustível a bomba principal de injecção, podendo esta ser de accionamento
mecânico ou eléctrico.
• Para se ter uma ideia meia colher de chá com pó abrasivo é suficiente para
danificar uma bomba de injecção de combustível e injectores.
A acumuulação de segmentos numa área restrita faz aumentar a pressão nesse local o
que no limite leva a cedência do elemento filtrante e consequentemente a destruição dos
componentes do sistema de injecção.
Este dispositivo torna-se imprescindível sempre que a bomba de injecção encontre-se a uma cota mais baixa do que o
depósito de combustível, pois permite que o combustível seja entregue sem quebras de combustível favorecendo o
funcionamento e o arranque do motor.
Estas bombas geralmente possuem um pré-filtro de combustível e um mecanismo que permite ferrar e purgar o
circuito de combustível.
Bomba de membrana
•Bombas de injecção
Bombas em linha
Bombas rotativas
Bomba de injecção em Linha
1. Fase de enchimento
2. Fase de Injecção
3. Fim da injecção
O piston encontra-se em PMI, O êmbolo ao subir fecha o O êmbolo ao atingir a sua posição máxima
estando ambos os canais de canais de alimentação. O coloca a câmara helicoidal em contacto
alimentação abertos, permitindo o combustível comprimido com o oríficio de saída (2), fluindo o
enchimento total do cilindro. abre a válvula de retenção. combustível por este canal para o retorno.
O Volume de combustível Com a quebra de pressão a válvula de
colocado dentro do cilindro é o retenção fecha impedindo o fluxo do
máximo possível. combustível para o injectores.
Movimentos dos êmbolos de injecção
Mecanismos de avanço:
Neste caso em particular temos sempre dois tipos de avanço:
1. Avanço estático é aquele que compreende o sincronismo mecânico entre a bomba de injecção e o motor.
2. Avanço automático é aquele que permite o ajuste automático do elemento de avanço da bomba em
função da carga do motor (depressão) e regime de rotação, para compensar o atraso da injecção e o tempo
necessário á auto-inflamação da mistura.
O avanço dinâmico:
O sistema EDC, foi desenvolvido pela BOSCH e VDO, cumprindo as normas EURO II, minimizando as perdas de
uma má combustão. Consegue-se nestes sistemas ajustar a quantidade de combustível a ser injectada em
função da carga do motor e independentemente do regime de rotação.
O sistema EDC, foi desenvolvido pela BOSCH e VDO, cumprindo as normas EURO II, minimizando as perdas de
uma má combustão. Consegue-se nestes sistemas ajustar a quantidade de combustível a ser injectada em
função da carga do motor e independentemente do regime de rotação.
As Bombas de injecção rotativas são utilizadas principalmente nos motores com médias e altas potências, em que
há necessidade de altas frequências de injecção e de baixo volume.
A designação destas bombas deve-se ao facto de ter as condutas de alimentação dispostas em circulo, pelo que a
injecção faz-se a custa de um só elemento independentemente do número de cilindros que equipa o motor.
Esta ideia surgiu com base nos sistemas de ignição por faísca onde um só ruptor distribui a faísca para cada
cilindro.
• Vantagens:
•Desvantagens:
Estas bombas caracterizam-se por dispor de apenas um rotor central que distribui a pressão a alta pressão do
combustível para cada injector. Nomeadamente existem aspectos comuns tais como:
•A rotação da bomba (motor 4T) é metade da rotação da cambota.
•A injecção de combustível é resultante da compressão exercida sobe o êmbolo através do excêntrico.
•O elemento de distribuição (excêntrico) roda a metade da velocidade do motor.
•A bomba de alimentação encontra-se agrupada na bomba de injecção.
A pressão do combustível injectado deve-se fundamentalmente ao rotor, que é o elemento de distribuição que
assegura alternativamente a aspiração e injecção de combustível, devido ao movimento ascendente e
descendente dos êmbolos.
Bomba de injecção do tipo VR de Êmbolos Radiais
Funcionamento Bomba Radial
Através dos canais centrais de alimentação o combustível
pressurizado enche a conduta de alimentação, encontrando o
canal de saída obstruído, pelo que o combustível adquire uma
pressão suficiente para empurrar os êmbolos radiais que
pressionam os lóbulos contra as paredes da came.
Através do movimento rotativo dos elementos radiais, o canal de
alimentação encontra-se agora desfasado, pelo que o orifício de
saída encontra o circuito de alimentação ao injector.
Nesse instante os roletes são comprimidos pois encontram-se da
secção mais pequena da came.
Este movimento imprime a alta pressão de injecção (P=F/A), pelo
que o combustível flúi agora para os injectores a alta pressão.
Mecanismo de avanço
Campo de aplicação
A parte de alta pressão têm por objectivo criar a pressão de injecção necessária ao
processo de combustão, isto é uma pressão que assegure um atomização perfeita
do combustível, um volume constante do combustível injectado e rapidez de
injecção. Isto consegue-se mediante o transporte do combustível através da
bomba de injecção para tubo de alta pressão de alimentação de combustível e este
por sua vez para o porta-injector e injector de combustível.
A bomba de alta pressão de êmbolos radiais (VR), deve gerar uma pressão
aproximadamente de 1000 bar, necessários á injecção do combustível.
• Um anel de pressão
• Elementos roletes
• Eixo de accionamento
• Suportes ou guias de roletes
• Êmbolos de admissão e compressão
• Eixo distribuidor
• Câmara de alta pressão
Uma instalação de injecção diesel com bomba do tipo VR, têm de ter necessariamente duas
unidades de controlo:
•Uma de controlo dos parâmetros de funcionamento do motor
•Outra Unidade de controlo e comando da parte da bomba
Esta divisão tornou-se necessária a fim de evitar uma sobrecarga dos circuitos
eléctricos, devido a forte probabilidade de ocorrer ruídos parasitas nas instalações,
nomeadamente no circuito de alimentação da bomba que consome 20 A.
A unidade de controlo e comando da bomba de injecção, avalia os sinais internos da bomba tais
como:
•Temperatura de combustível
•Ângulo de rotação e velocidade de rotação da bomba de combustível
A unidade de gestão do motor avalia as informações dos sensores externos, tais como: sensor de
ECT, sensor CKS, sensor IAT, sensor MAP, sensor MAF, sensor TPP, sensor TP, posição de válvula
EGR, sensor pressão A/C, condição A/C, etc...
Os circuitos de entrada das unidades de comando, avaliam a informação eléctrica proveniente dos
sensores exteriores e convertem os dados para informação digital de forma a serem avaliados por
processadores de dados. Estes por sua vez e mediante valores previamente definidos pelo
fabricante executam o controlo do sistema de injecção mediante os sensores actuadores.
•Bomba rotativa de êmbolo axial (Tipo VE)
• EU 3 1750 bar
•Pré –EU3 1500 bar
Nos sistemas EU-3 o curso do injector é maior.
Por esta razão não se pode trocar os injectores nem o veio
de excêntricos.
A vedação de cada injector é assegurado por uma junta
teórica(11) e uma anilha de cobre, a qual deve ser sempre
substituída após cada desmontagem .
Para suportar as altas pressões de injecção o injector
encontra-se fixo por um grampo de fixação e um
parafuso.
Tendo em conta a elevada precisão de construção dos
injectores e para assegurar a qualidade de injecção estes
injectores encontram-se codificados, sendo necessário a
sua readaptação através de códigos de 5 letras
introduzidas nas unidades de controlo da injecção.
Estes componentes devem ser manuseados com luvas e
devem ser de imediato tapados quando desmontados.
A pressão do combustível numa unidade EUI, é resultante da acção mecânica do êmbolo accionado pela touche.
•CARACTERÍSTICAS SISTEMAS EUI
Desvantagens:
A geração da pressão e a injecção de combustível são dois processos independentes entre si.
A pressão de injecção é assegurada por uma bomba de alta pressão em conjunto com um
acumulador de pressão (Rail). O combustível pressurizado a alta pressão é colocado à
disposição dos injectores através de tubos de injecção de elevada rigidez e curtos.
Caudal de Injecção:
Cálculo da pré-Injecção
Injecção Posterior
A injecção posterior têm por objectivo o aumento da temperatura nos gases de escape, permitindo a
evaporação das partículas de combustível. No elemento catalítico de três vias o combustível encontra as
condições óptimas para a sua combustão.
O calor produzido pela combustão no elemento catalítico aquecem as partículas no filtro DPF, queimando a
maior parte das partículas de fuligem transformando-as em cinza e CO 2.
Através da pós-combustão é possível reduzir os níveis de NOx
Em modo de Condução
• Regulação de caudal
• Limitação da pressão
• Limitação do numero de rotações do motor
• Desactivação compressor A/C
• Marcha por inércia
• Controlo pressão Turbo
• Realimentação Gases escape
• Controlo temperatura filtro DPF
• Protecção contra sobreaquecimento motor
• Diagnóstico
•
REGENERAÇÃO POR FILTROS DE DEPURAÇÃO DPF
A utilização de sistemas de ajuda electrónica permitem que um motor funcione com tempos de
combustão controlados as milésimas de segundo, independentemente do número de rotações do
motor, o que se traduz em combustões eficientes e mais ecológicas.
Nas figuras abaixo indicadas é possível verificar a evolução dos limites de produtos de combustão nocivos
ao meio ambiente e à saúde Humana.
Estes acordos estão definidos pelos vários construtores Europeus
Diagnóstico e Reparação Sistemas De Injecção Diesel
Gases de escape
Os gases de escape, apresentam maiores índices de poluição com o motor frio a baixos
regimes, pois existe a probabilidade de do ar condensar quando em contacto com as
paredes frias dos cilindros, para além do fraco enchimento de ar dos cilindros devido á baixa
turbulência do ar. Como consequência temos hidrocarbonetos não oxidados ou parcialmente
oxidados, em forma de fumo branco ou azulado, bem como produzem um odor mais intenso
e fácilmente perceptível.
Exigências
As normas cada vez mais restritas sobre as emissões de gases nocivos, níveis de ruído
e níveis de consumo de combustível, obrigam a um desenvolvimento constante dos
sistemas de injecção Diesel.
Fundamentalmente para conseguir uma preparação da mistura, o sistema deve injectar
(350 a 2000 bar) uma quantidade exacta de combustível, independentemente da
potência solicitada ao motor.
Concluímos assim que o controlo da potência e regime do motor Diesel depende da
quantidade de combustível injectado e não da quantidade de ar admitida pelo motor.
Os motores Diesel têm um vasto campo de aplicações, variado desde os veículos
convencionais (de turismo), passando pelos veículos industriais, locomotivas, barcos,
centrais de bombagem de águas, industria transformadora de energia eléctrica, etc…
Atendendo á diversidade de motores e aplicações, distinguem-se bombas de
combustível em linha, bombas rotativas de êmbolo radial e axial, injectores bomba e
recentemente injecção com régua acumuladora de pressão ‘’ Common Rail’’.
Segundo o estado actual da técnica, os sistemas de injecção de controlo mecânico
são substituídos por sistemas de controlo electrónico EDC.
•Noções fundamentais
Gasóleo, podemos dizer que é um fluído hidrocarboneto (composto de carbono e hidrogénio), obtido por um processo de refinaria
do óleo bruto, que serve de combustível para motores do ciclo Diesel.
Índice de Cetano É a propriedade que traduz a capacidade de o gasóleo ser comprimido sem se auto-inflamar. Uma boa
capacidade de ignição exige um carburante com número elevado de cetano, o que facilita o arranque a frio e menor ruído de
funcionamento do motor. A norma DIN EN 590, estabelece que o valor mínimo de cetano é 51.Tecnicamente é o inverso do octano.
Aditivos:
Substâncias adicionadas ao combustível base no sentido de melhorar as performances do combustível, nomeadamente no que
respeita à capacidade anti-detonante, à sua volatilidade e rapidez de queima.
Uma condição prévia e essencial para o bom funcionamento dos motores Diesel é a disponibilidade e a
quantidade do combustível, que teoricamente deveria-se encontrar em qualquer lugar e a baixo custo.
Na Europa os combustíveis Diesel estão regulamentados pela norma EN 590.
O combustível diesel (gasóleo), é o produto obtido nas refinarias através do óleo cru.
As ligações deste Hidrocarboreto é extraído a uma temperatura entre os 180ºC e os 360ºC.
• Capacidade de ignição
• Ponto de ebulição
• Ponto de chama
• Teor de enxofre
• Viscosidade
• Capacidade de Lubrificação
• Pureza
• Estabilidade
Capacidade de Ignição A capacidade de ignição tecnicamente é o contrário da resistência à
detonação dos combustíveis do ciclo OTTO.
Está propriedade é definida pelo Índice de Cetano. Um alto índice
(N.C.), significa que no primeiro intervalo da análise da combustão é
mínima e portanto a duração da combustão no segundo intervalo é
maior. O que é vantajoso sobretudo no arranque a frio e no ruído de
funcionamento do motor. A norma EN 590 exige um índice de cetano
superior a 51.
Ponto de chama O ponto chama do Diesel segundo a norma ISSO 2719, deve ser
superior a 55 ºC, o que implica a classificação de um combustível da
classe A III, não solúvel em água.
Pequenas misturas de aditivos ou gasolina fazem baixar o ponto de
chama do Diesel
Pureza O combustível não deve conter resíduos orgânicos ainda que resultantes da
formação de parafinas o limite de filtrabilidade não deve ser superior a
0,01μm.
O combustível não deve conter resíduos de água que têm uma acção
corrosiva sobre os componentes metálicos do sistema de injecção. Sendo a
água mais pesada que o combustível recomenda-se a utilização de filtros
com possibilidade de decantação.
Por outro lado temperaturas baixas permitem a solidificação da água diluída.