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INJEÇÃO DIESEL
Motor Diesel
¾ O que é o motor Diesel?
¾ História (s) do Diesel
¾ Evolução do motor e sistemas de injeção Diesel
¾ Ciclo de trabalho de um motor Diesel de 4 tempos
O motor diesel é um motor térmico de combustão interna que possui êmbolos que se
movimentam de forma alternada proporcionando a mistura heterogênea ar-combustível no
interior do cilindro do motor.
Histórias do Diesel
No ano de 1895, Rudolf Diesel apresentou pela primeira vez o seu invento ao público: um
motor de ignição por compressão.
Em relação ao motor de ciclo Otto, então já consagrado, este motor apresentava certas
vantagens. Ele consumia bem menos combustível, que era relativamente mais barato, e podia
ser concebido para potências muito maiores.
A invenção de Diesel se impôs rapidamente e, em pouco tempo, não havia alternativa para
motores navais e estacionários. O motor Diesel, entretanto apresentava uma grande
desvantagem, pois não se conseguia obter rotações mais elevadas. Mas quanto mais o motor
Diesel se difundia e divulgava as vantagens do sistema Diesel, mais intensas ficavam as
exigências por um motor pequeno, de ignição espontânea e alta velocidade.
Já no início do ano de 1923, havia bem uma dúzia de anteprojetos de bombas injetoras
diferentes. Em meados de 1923 aconteciam os primeiros testes no motor. No verão de 1925
estava definido o primeiro projeto sobre o tipo de construção da bomba injetora e, em 1927
saíam às primeiras bombas injetoras da linha de produção em série.
Essa bomba injetora desenvolvida por Robert Bosch finalmente revolucionava o motor de
Rudolf Diesel e providenciava uma abertura de dimensão imprevista. O aperfeiçoamento do
motor Diesel e do sistema de injeção desde então vem ocorrendo incessantemente: no início
dos anos sessenta, a bomba injetora rotativa com avanço automático da injeção, desenvolvida
pela Bosch, deu novo impulso ao motor.
1986 – Primeira Bomba injetora distribuidora de pistão axial com regulagem eletrônica
¾ Admissão
¾ Compressão
¾ Expansão
¾ Escape
O sistema de injeção indireta com antecâmara simples é mais empregado em motores Diesel
de baixa e média potência. A injeção do combustível nesse tipo de motor, ocorre em uma
antecâmara que utiliza em média de 25 a 30% do volume total da compressão do motor.
Isto permite que durante o processo de injeção, ocorra uma melhor mistura ar-combustível e
haja uma otimização do processo de combustão. Assim, são atendidas as normas de
emissões de gases NOx (óxido de nitrogênio) e CO (monóxido de carbono).
A injeção do combustível neste tipo de motor, ocorre em uma antecâmara que utiliza em
média de 50% do volume total da compressão do motor. Como a antecâmara está
tangencialmente localizada (ligeiramente inclinada) em relação ao centro do pistão, no
momento da compressão, o ar que entra na câmara produz uma forte turbulência. Desta
Curiosidade 4: O Motor Diesel de Injeção Indireta com antecâmara simples e o Motor Diesel
de Injeção Indireta com antecâmara com turbulência utilizam velas aquecedoras.
O objetivo do Sistema de Injeção Diesel é fazer com que o motor atinja seu torque e sua
potência de acordo com o regime de trabalho solicitado.
Para que isto ocorra, cada componente do sistema de injeção deverá realizar suas funções
plenamente.
1. Tanque de combustível
2. Bomba alimentadora
3. Filtro de combustível
4. Bomba injetora
5. Avanço centrífugo
6. Regulador de rotações
7. Conjunto porta-injetor
8. Vela aquecedora
A bomba injetora por sua vez, em função do regime de trabalho do motor, determina a
quantidade de combustível necessária que, através da tubulação de alta pressão e do bico
injetor, é injetada com alta pressão na câmara de combustão. Desta forma, o motor se
mantém em funcionamento.
Para que o motor se mantenha com a sua rotação ajustada para as diversas situações de
regime de trabalho, é necessária a presença do regulador de rotações.
Já o avanço centrífugo, corrige o ponto de injeção de acordo com as altas rotações que está
sendo submetido o motor.
Tanque de combustível: Sua função é armazenar o combustível Diesel. Deve ter tratamento
anti-corrosivo e tenha uma boa vedação. Não pode permitir que o combustível escorra pelo
bocal de alimentação ou pelos dispositivos de compensação de pressão (suspiros).
Quando o motor está em funcionamento, o volume de Diesel que volta para o tanque através
do retorno da bomba injetora e bicos injetores, mantém aquecido o volume de Diesel contido
no tanque de combustível.
Isso aquece a massa de ar que fica acima do Diesel na parte superior do tanque, durante o
período em que o motor funciona.
Caso a temperatura da parede do tanque fique menor que a da massa de ar dentro dele,
ocorrerá a condensação em seu interior.
O Diesel possui em sua composição o elemento Enxofre, que quando em contato com a água
reage quimicamente formando o Ácido Sulfurico (H2SO4).
Como resultado, o Diesel contaminado pela água perde a sua lubricidade (capacidade de
lubrificação).
O ar, através da pressão atmosférica, penetra no interior do tanque ocupando a parte superior
deixada vazia pelo combustível.
A poeira que se fica em suspensão no ar dentro do tanque de combustível, toca o óleo Diesel
e as partículas mais pesadas se depositam no fundo do tanque.
Para reduzir a intensidade de contaminação por esses dois fatores é que se orienta manter
sempre que possível o tanque de combustível do veículo cheio, principalmente antes de cada
pernoite do veículo.
Bomba manual: A bomba manual está instalada junto a bomba alimentadora e serve para
fazer a sangria do sistema Diesel (eliminar bolhas de ar).
Bomba Injetora em Linha: É responsável por enviar o combustível Diesel sob alta pressão
de injeção na quantidade necessária para que o motor funcione conforme o regime de
trabalho solicitado.
Os Porta-Injetores são dispositivos que alojam os bicos injetores nos motores diesel.
Os Bicos Injetores são componentes de extrema precisão, responsáveis por fazer com que
o combustível Diesel, enviado pela bomba injetora sob alta pressão e alta temperatura,
chegue ao interior do cilindro do motor finamente pulverizado (atomizado).
Regulador de Rotação Nas bombas injetoras Diesel existe um dispositivo, que pode ser
mecânico ou eletrônico, chamado regulador de rotação. Sua função é manter o motor
funcionando nas diversas rotações solicitadas.
Fase 1
Quando o motor encontra-se em funcionamento, o eixo de comando da bomba injetora
encontra-se girando.
Devido ao ressalto desse eixo, o pistão da bomba alimentadora realiza seu curso através do
tucho de roletes e da ação de sua mola.
Neste momento ocorre uma sucção (depressão) embaixo do pistão permitindo que o óleo
Diesel saia do tanque, passe pelo pré-filtro, abra a válvula de aspiração e entre no corpo da
bomba alimentadora.
Fase 3
Novamente o pistão começa a realizar o seu curso, e um novo volume de óleo é admitido do
tanque.
Porém na parte superior do pistão, o óleo que se encontrava na câmara de pressão (parte
superior do pistão) é comprimido pela ação da força da mola do pistão e pressionado para a
bomba injetora através da tubulação de baixa pressão.
A ) Bomba manual:
A bomba manual é parte integrante da bomba alimentadora, entretanto, ela também pode ser
instalada na tubulação de combustível entre o tanque e a bomba alimentadora.
No corpo da bomba manual, existe um êmbolo que através de seu movimento ascendente, faz
a sucção de um determinado volume de combustível do tanque.
É permitido dessa forma, que toda a tubulação de baixa pressão existente até a bomba
injetora seja preenchida, eliminando totalmente o ar existente no sistema.
B) Pré-filtro
Nos motores com bomba injetora em linha é necessário o uso de uma bomba alimentadora
que forneça combustível a uma determinada pressão de alimentação para a bomba injetora, a
uma determinada pressão de alimentação.
Filtro de Combustível:
Os filtros Bosch para combustível Diesel são construídos com um papel especial que evita a
passagem de impurezas para a bomba injetora e bicos injetores.
As partes metal passam por um tratamento especial para que não ocorra a oxidação em caso
de uso de combustível adulterado ou contaminado.
A bomba injetora modelo tipo A é utilizada em diferentes motores diesel. Sua pressão de
injeção está próxima a 750 bar e, atualmente, é utilizada normalmente em veículos de médio
porte (caminhões e utilitários).
A bomba injetora modelo P atinge pressões de injeção de até 1300 bar, atendendo à evolução
dos motores diesel, gerando maior potência e rendimento com menor consumo de
combustível e emissão de gases poluentes.
A bomba P é semelhante ao modelo A, mas com carcaça e componentes internos são mais
reforçados justamente para gerar pressões de injeção de até 1300 bar.
Alimentação
Fim do débito
A partir desse momento o combustível não é mais debitado para o bico injetor, pois o
combustível através da pressão residual no tubo ele retorna à galeria da bomba.
O pistão retorna do ponto morto superior (PMS) para o ponto morto inferior (PMI), e o
combustível volta para o cilindro da bomba injetora pela ranhura longitudinal, até que a hélice
de comando (orifício de alimentação) seja fechado novamente. Com o movimento do pistão
forma-se vácuo no cilindro da bomba e, com a nova liberação do orifício de alimentação, o
combustível flui para a câmara de alta pressão. O ciclo é reiniciado.
A potência produzida pelo motor Diesel depende, entre outros, do volume de combustível nele
injetado. A bomba injetora em linha precisa dosar sempre o volume correto de combustível
para cada situação de carga do motor.
Esse volume de combustível pode ser controlado mediante modificação do curso útil da haste
de regulagem. Para tanto, a haste de regulagem gira o pistão da bomba, de modo que com a
hélice de comando do pistão em movimento diagonal altera o fim do débito e, desta forma, o
volume de injeção pode ser modificado.
No débito máximo o corte de combustível só é feito quando o curso útil máximo é atingido.
Para o débito parcial o corte ocorre antes, dependendo da posição do pistão do elemento da
bomba. No débito nulo, a ranhura longitudinal encontra-se diretamente diante do orifício de
alimentação.
Com isto a câmara de pressão está ligada ao orifício de alimentação através do pistão da
bomba durante todo o curso. Portanto não há injeção de combustível. Os pistões da bomba
são levados a essa posição quando o motor deve ser desligado.
Conjunto Porta-Injetor :
Modo de operação:
A pressão da injeção estará concluída quando esta cair e se tornar menor do que a pressão
da mola do bico injetor.
Aplicação: Injetores de pino são empregados em conjunto com bomba injetora em linha para
motores de injeção indireta (motores de antecâmara e câmara de turbulência). Nesses
motores o combustível é preparado principalmente pela ação de turbilhonamento do ar. Esse
processo de preparação ainda pode ser auxiliado pelo jato de injeção.
Bico injetor: a agulha do injetor de pino possui um pino injetor em uma das extremidades, que
adentra o orifício de injeção do corpo do injetor com uma pequena folga. O jato de injeção
pode ser modificado por diversas dimensões e concepções, de acordo com as necessidades
do motor.
Aplicação: Injetores de orifício são empregados em conjunto com bomba injetora em linha
para motores de injeção direta. Distinguem-se em injetores de furo cego e injetores de furo de
assento.
Além disso, os injetores de orifício também se distinguem pelo tamanho, em Tipo P (com um
diâmetro de agulha de 4 mm) ou Tipo S: com um diâmetro de agulha de 5 e 6 mm.
As bordas de entrada dos orifícios de injeção podem ser arredondadas por usinagem
hidroerosiva (HE).
Modelos
Os orifícios de injeção desse tipo de injetor estão dispostos no furo cego. Na cúpula redonda
os orifícios de injeção são perfurados mecanicamente ou por eletroerosão (remoção elétrica
de partículas), dependendo da apresentação.
Injetores de furo cego são oferecidos com furo cilíndrico e furo cônico em diversas dimensões,
furo cego cilíndrico e furo cego cônico.
Injetores com furo cego cilíndrico e cúpula redonda
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Devido ao formato do furo cego, que consiste de uma peça cilídrica e uma peça semi-esférica,
este bico oferece grande liberdade de opção quanto a número de orifícios, comprimento dos
orifícios e ângulo de injeção.
A cúpula do injetor tem formato de uma meia esfera e garante assim, em conjunto com a
forma do furo cego, um comprimento de orifício uniforme.
Usado apenas para orifícios de 0,6 mm de comprimento. O formato cônico da cúpula aumenta
a sua resistência devido à maior espessura da parede entre raio de ranhura e assento do
corpo do injetor.
Possui menor volume de furo cego que o injetor com furo cilíndrico. Seu volume está entre
injetor de furo de assento e injetor de furo cego cilíndrico.
Não há ligação direta entre furo cego e câmara de combustão, e o volume do furo cego é
bastante reduzido em relação ao injetor de furo cego. Injetores de furo de assento possuem
um limite de carga consideravelmente inferior aos injetores de furo cego, por isso podem ser
executados apenas no tamanho P com orifício de 1 mm de comprimento. O formato da cúpula
é cônico por motivos de resistência e os orifícios de injeção são perfurados genericamente por
eletroerosão.
Regulador de Rotação
O regulador tem como função básica limitar a rotação máxima do motor Diesel assegurando
que seja respeitada a rotação máxima permitida pelo fabricante do motor.
O regulador tem outras funções que são definidas de acordo com o tipo, tais como, manter
algumas rotações constantes como marcha lenta ou rotações de uma determinada faixa ou de
todas as faixas de rotação entre marcha lenta e rotação máxima.
O regulador Mecânico Tipo RQ trabalha através da força centrífuga e tem como função
regular a marcha lenta e a rotação máxima do motor.
O regulador Mecânico Tipo RQV trabalha através da força centrífuga e tem como função
regular todos os âmbitos de rotação desde a marcha lenta até a rotação máxima do motor.
O regulador Mecânico Tipo RQV-K trabalha através da força centrífuga e tem como função
regular todos os âmbitos de rotação desde a marcha lenta até a rotação máxima do motor,
sendo que sua principal diferença encontra-se no ajuste do volume de débito de plena carga
em função da variação de rotação.
O regulador Mecânico Tipo RSV trabalha através da força centrífuga e tem como função
regular todos os âmbitos de rotação desde a marcha lenta até a rotação máxima do motor. A
grande diferença deste regulador para os demais está em sua característica construtiva.
8) Avanço Centrífugo
Para fins de lubrificação o avanço automático na versão fechada esta equipado com uma
carga cheia de óleo suficiente para toda sua vida útil. No avanço aberto, a lubrificação é feita
através da conexão do circuito de óleo lubrificante do motor. Para tanto, o avanço o avanço
esta equipado com os furos correspondentes.
Modo de funcionamento.
A ligação entre o acionamento e tomada de força (cubo) é feita por pares de excentricos
encaixados entre si,.
Os excêntricos nesse caso se encontram nos furos do disco de avanço, e são guiados pelos
pinos da carcaça.