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Boas Práticas Antes de Ir ao Pregão

Por: Fábio Feitosa Carvalho

Em: 27-11-2023

Uma lista de pequenas tarefas a realizar para se PREPARAR, técnica e psicologicamente, para
enfrentar os desafios de um PREGÃO.

1º) Entenda a tendência

A primeira coisa a se fazer é analisar qual o comportamento do ativo, no longo, no médio


e no curto prazo. É importante visualizar o gráfico do ativo em ANOS, MESES e DIAS.

“Conhecer somente a tendência de curto prazo prazo (nos gráficos diários ou intra-
diários) pode ser um armadilha, já que estas tendências costumam ser fortemente
influenciadas pelas tendências de longo prazo. Em outras palavras, sem entender o
comportamento do gráfico em períodos mais longos, você está investindo sem saber
uma parte importante da história.” (fonte: https://www.bussoladoinvestidor.com.br/as-
10-regras-de-ouro-da-analise-tecnica/ )

Referência: https://www.bussoladoinvestidor.com.br/tendencias-na-analise-tecnica/

2º) Evite, a todo custo, apostar CONTRA a tendência

Jamais faça uma operação que contrarie o sentido da tendência. É SUICÍDIO!

A maioria das vezes o resultado será a PERDA.

Obs.: Mercado LATERAL, é melhor ficar de fora.

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3º) Saiba quais são os pontos de SUPORTE e RESISTÊNCIA do ativo

Suportes e resistências são pontos onde o mercado atinge um dado preço e, ao respeitar
este limite, também estabelece um ponto onde a decisão de comprar (ou vender) é forte. Em
um mercado com tendência de BAIXA, é melhor comprar no ponto onde o mercado testa um
SUPORTE. Já em um mercado com tendência de ALTA, é melhor vender no ponto em que o
mercado testa uma RESISTÊNCIA.

4º) Identificando no gráfico as ondas de Correção do Preço do


ativo

A teoria das ondas de Elliott estabelece ondas de CORREÇÃO. Estas ondas podem ser
correlacionadas a dados percentuais do movimento do preço do ativo. Ferramentas como
Fibonacci, permitem identificar estes pontos de deflexão no preço do ativo, o que permite
indicar prováveis ENTRADAS para OPERAÇÕES.

Ler artigo sobre Retração de Fibonacci em https://www.bussoladoinvestidor.com.br/retracao-


de-fibonacci/

A retração de Fibonacci só é válida quando ocorre uma ALTA ou BAIXA no preço do ativo.
Neste momento é necessário determinar os valores MÁXIMO e MÍNIMO deste movimento,
assim como a direção do mesmo. Tradicionalmente, a série de Fibonacci varia da seguinte forma:
0% -→ 100% // 23% → 38,2% → 61,8%. No entanto, a sequência de frequências percentuais que
utilizo é: 0% → 30% → 50% → 60% → 70% → 100% → 130% → 160% → 190%.

No SETUP que estou utilizando (LEO NONATO) o ponto mais utilizado para correção é
nos 70% da retração de Fibonacci. Neste ponto, a operação é AUTORIZADA. Outros pontos são
80% e 90%, sendo necessários 2 pontos de re-testagem para AUTORIZAR a operação. O último
ponto é o re-teste dos 50%.

Mas, na verdade, esta técnica tem valor limitado porque mostra pontos de ATENÇÃO
que PODEM ou NÃO serem seguidos pelo MERCADO. Falta ainda um maior aprofundamento em
outros indicadores e outros sinais de análise técnica para complementar. Por isso, o uso
concomitante com o DETECTOR de TOPOS e FUNDO, o uso do RASTREADOR DE TENDÊNCIA, a
análise das médias móveis curta e longa, O IFR e o VOLUME, são importantes ferramentas.
Considere o CONJUNTO.

Vide resumo Guia da Análise Técnica: https://www.bussoladoinvestidor.com.br/guia-analise-


tecnica/

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5º) Analisar e sempre ter em mente as LINHAS DE TENDÊNCIA

SEMPRE que estiver fazendo uma análise de um gráfico de um ativo qualquer, É


PRECISO SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE, traçar graficamente as linhas de tendência.

a) Linha de Tendência de Alta: Esta linha é traçada utilizando-se 3 pontos de retestagem


do SUPORTE no gráfico. Só é possível assumir a existência de uma tendência de alta
quando temos, AO MENOS, 3 (TRÊS) PONTOS DE TESTE de suporte, um mais alto que o
outro. Essa configuração permite desenhar uma LINHA DE TENDÊNCIA DE ALTA
claramente.

b) Linha de Tendência de Baixa: Esta linha é traçada utilizando-se 3 pontos de retestagem


da RESISTÊNCIA no gráfico. Só é possível assumir a existência de uma tendência de baixa
quando temos, AO MENOS, 3 (TRÊS) PONTOS DE TESTE de resistência, um mais baixo
que o outro. Essa configuração permite desenhar uma LINHA DE TENDÊNCIA DE BAIXA
claramente.

Duas observações importantes:

1) É normal que o preço tenha a tendência de se aproximar e até mesmo tocar a linha
de tendência várias vezes, antes de continuar com a tendência principal.
2) Um sinal de POSSÍVEL quebra da tendência é quando o preço ROMPE a linha da
tendência. Isto pode indicar um ponto de reversão de tendência.

6º) Acompanhe SEMPRE o traçado das MÉDIAS

As médias móveis são indicadores que seguem a tendência do mercado (quando há


tendência). Também são importantes sinais para tomada de decisão sobre o fazer ou não de uma
operação. É necessário aprendizado na interpretação das médias móveis.

Em primeiro lugar, MÉDIAS MÓVEIS são indicadores ESTATÍSTICOS que são utilizados em
diversas áreas do conhecimento humano. No mercado financeiro, são utilizadas para:

1) Identificação e confirmação de tendências;


2) Redução de ‘ruídos’ de curto prazo gerados pelas oscilações nas cotações;
3) Identificação e confirmação de suportes e resistências;
4) Servem de referência para criação de indicadores mais avançados;

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Podemos classificar, de acordo com os períodos, em:

1) Curtíssimo prazo: de 5 a 13 períodos;


2) Curto prazo: de 14 a 25 períodos;
3) Médio prazo: de 26 a 75 períodos;
4) Longo prazo: de 76 a 200 períodos;

Ainda falando sobre médias móveis, temos os indicadores mais conhecidos:

a) Média Móvel Simples (MMS): Também conhecido como média móvel ARITMÉTICA,
que é simplesmente a soma das médias de um dado número de períodos divido pelo
número de períodos.
b) Média Móvel Exponencial (MME): Na média móvel exponencial, o foco está nos
preços de fechamento mais recentes, por isso, a divisão é ponderada e os preços
mais recentes recebem pesos maiores (por isso exponencial). A ponderação cai pela
metade cada vez que dobra o período da média móvel.

As MME são mais sensíveis aos preços RECENTES e às mudanças de preços que as
MMA. Já a MMA representa o valor médio real do preço do ativo para o período TOTAL do
tempo.

Médias móveis:

• Ascendentes: preços aumentando


• Descendentes: preços caindo.

A tabela abaixo contém uma listagem de diversos indicadores. Todos devem ser estudados
INDIVIDUALMENTE.

Indicadores de tendência:
• Aroon
• Índice Direcional Médio (DMI)
• Média Móvel Convergência Divergência (MACD)
• SAR Parabólico (PSAR)
Momento
Os indicadores de Momento seguem a variação dos ativos e apontam com que velocidade os
preços mudam, sendo ótimos para identificar regiões de sobrecompra ou sobrevenda.

Por isso, Indicadores de Momento são frequentemente utilizados como complemento aos de
Médias Móveis, por exemplo, pois costumam atuar na antecipação de sinais, ao contrário de
indicadores reativos.

Indicadores de momento:
• CCI – Índice Canal de Commodities
• IRF – Índice de Força Relativa
• MFI – Índice de Fluxo de Dinheiro
• Momentum
• Oscilador de Chaikin (CHO)
• Oscilador Estocástico

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• Taxa de Variação (ROC)
• TRIX
• Williams %R
Volume
Os indicadores de volume são utilizados para analisar a quantidade de negócios realizados
com determinado ativo em um certo período de tempo.

Sendo assim, estes negócios podem ser medidos tanto pela negociação direta dos ativos
quanto pela negociação de contratos.

Conforme vimos anteriormente, o volume é um parâmetro fundamental dentro do estudo de


análise técnica, principalmente, durante a avaliação da força dos movimentos dos preços.

Muitos analistas consideram que os sinais gráficos apresentados ao longo do histórico de


negociação de um ativo são confirmados apenas quando temos também uma mudança no
comportamento do volume de forma favorável à análise.

• Indicadores de volume:
• Fluxo de Dinheiro de Chaikin (CMF)
• Linha Acumulação Distribuição (ADL)
• Saldo de Volume (OBV)
• Volume
• Volatilidade
O termo volatilidade representa a amplitude de variação do preço de um ativo durante um
determinado período.

Desta forma, os indicadores de volatilidade analisam o padrão de oscilação histórico dos


ativos, que podem apresentar velocidades maiores ou menores de variação.

Os indicadores mais famosos desta categoria são os chamados “canais” e “envelopes”.

Indicadores de volatilidade:
• Bandas de Bollinger (BBands)
• Bandas de Bollinger %B (%BB)
• Canais de Keltner
• Largura das Bandas de Bollinger
• Média da Amplitude de Variação (ATR)
Também criamos um capítulo especial que auxilia o investidor na estruturação de estratégias
completas, combinando diferentes indicadores e criando modelos que podem ser utilizados
no mercado financeiro para negociações de diversos produtos.

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Fonte original: https://www.bussoladoinvestidor.com.br/guia-analise-tecnica/

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