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A muitos teria que agradecer, mas não posso deixar de referir aqui e prin-
cipalmente a empresa TROX, detentora da maior parte do conhecimento
aqui expresso e logo a seguir à companheira de trabalho de 25 anos, minha
assistente Carmella Cetra, pela inestimável colaboração na digitação, mon-
tagem e revisão de todo este trabalho.
A IMPORTÂNCIA DA DISTRIBUIÇÃO DO AR
Sobre o Autor
SUMÁRIO
Capítulo 1 - Introdução 11
1.1 Conceitos básicos para conforto 11
1.2 Breve análise dos onze fatores e sua eficiência no
conforto 12
Capítulo 3 - Difusores 26
Capítulo 9 - Acústica 80
9.1 Introdução 80
9.2 Critérios de som para interiores 82
9.3 Cálculo de ruído para interiores 84
9.4 Seleção e localização do atenuador 96
10
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 CONCEITOS BÁSICOS PARA CONFORTO
11
ASHR AE
12
ASHR AE
Figura 3
13
Velocidade do Ar m/s
20%
0,40 de frio
0,40
10%
Velocidade do Ar m/s
0,35
0,35
%
%
0,30
40
%
30
0,30
10%
20
Sensação 0,25
0,25 de frio
0,20
0,20 Sensação
0,15 de calor
0,15
0,10 Sensação 0,10
de calor
0,05
ASHR AE
ASHR AE
0,05
0 0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 -4 -3 -2 -1 0 1 2
Diferença de Temperatura (º C) Diferença de Temperatura (º C)
Figura 4 Figura 5
O nível de atividade interage não só com a temperatura, mas claramente
com a velocidade do ar, como na Figura 6 a seguir mostrada. A unidade
para expressar a taxa metabólica é o MET, sendo 1 MET = 58,1 W/m2 , taxa
metabólica de 1 adulto sentado, lendo em um escritório.
ASHR AE
14
clo
Figura 7
15
Para jovens com vestimenta ~ 0,5 clo tr = ta e V <0,2 m/s onde clo é uma
medida do isolamento do vestuário 1 clo= 0,155 (m2.ºC)/W.
Figura 8
Nível de turbulência do Ar - Esse dado é pouco levado em conta, mas o
gráfico da Figura 10 indica claramente que com uma velocidade na zona de
ocupação de 0,25 m/s (50 fpm) e um nível de turbulência de 40%, que é o
16
normal dos difusores tradicionais, mais de 20% das pessoas sentem descon-
forto. O nível ou intensidade de turbulência está explicado na Figura 9.
Fanger
Figura 9
Fanger
Figura 10
17
18
CAPÍTULO 2
EQUIPAMENTO DE DIFUSÃO
(DISTRIBUIÇÃO) DE AR
2.1 DEFINIÇÕES
Por outro lado, hoje em dia, se começa a trabalhar com ar insuflado a tem-
peraturas cada vez mais baixas, não mais os 13oC a 15oC tradicionais, mas
temperaturas entre 1,5oC a 4,5oC, para aproveitar até ao fim as vantagens
dos sistemas de Termoacumulação e diminuir o espaço de dutos.
19
20
ts = 5 x 24 + 1 x 18 ts = 23°C
6
ts + tar
to = = 23 + 24 = 23,5°C
2 2
ou seja, as pessoas sentiram 0,5oC a menos do que a temperatura real da
sala. Raciocinando ao contrário, poder-se-ia ter uma temperatura do ar de
24,5oC que a sensação seria:
21
Catálogo Staeffa
Figura 11
22
Figura 12
23
Catálogo TROX
Figura 13
Se o ar for insuflado por uma grelha na parede e a parte superior dela estiver
a menos de 30 cm do teto, o ar também “cola”e o “Efeito Coanda” existe.
Os jatos, como já mencionado, podem ser isotérmicos e não isotérmicos.
Este segundo caso é o que mais nos interessa para o ar condicionado onde
se insufla ar a temperatura menor ou maior que o da sala.
24
g x √Aeff x Δt
Ar =
TR uo2
Onde:
g - Aceleração da gravidade (m/s2)
Aeff - Área efetiva da boca
∆t - Diferença de temperatura entre ar insuflado e sala (oC)
uo - Velocidade inicial do jato (m/s)
TR - Temperatura da sala (Kelvin)
sendo que Temperatura absoluta em K = oC + 273,15
25
CAPÍTULO 3
DIFUSORES
Até onde vai o jato? Este dado depende obviamente da vazão do difusor
ligada à velocidade de saída. Quando a velocidade diminui até um certo
valor, o jato se desprende do teto e cai, a distância a que isso ocorre é deno-
minada X KRIT.
2
X KRIT = √ Aeff x K1 x ( 1 )K
Ar
26
VELOCIDADE VERTICAL DO AR
MEDIÇÃO DE VAZÃO
Figura 14
27
Δtz = 24 - 14 = 10ºC
Δ t L= 10 x 0,08 = 0,8oC
ou seja, temperatura no ponto 24 - 0,8 = 23,2oC
O ar secundário induzido no ponto é : i = 18 e se for um difusor quadrado
que dirija à parede 1⁄4 x 1000 m3/h = 250 m3/h, no ponto já se movimen-
tou 250 x 18 = 4500 m3/h.
28
r
doa
da
saí
a da /s]
iv [m
fet V eff
ee
ad
locid
Ve
0,08
Catálogo TROX
1,8
Figura 15
29
Zona ocupada
Figura 16
A velocidade efetiva do ar saindo no difusor tamanho 4, com 1000 m3/h,
é de 6,3 m/s, o que se determina, ou pelo gráfico ou usando o dado de área
efetiva do difusor que para o tamanho 4 é de 0,044 m2.
Catálogo TROX
Figura 17 Figura 18
30
Catálogo TROX
Figura 19
31
V'
Catálogo TROX
Figura 20
,
A constante V do gráfico da Figura 20 é igual ao volume da sala para
,
ambientes normais. Se o ambiente tiver muita absorção V = 2 V e se muita
,
ressonância V = 0,5 V.
O bom funcionamento do difusor pressupõe que o ar se distribui uniforme-
mente pelo mesmo. Então, a construção da caixa pleno é algo fundamental,
sendo necessário haver “distribuidores” de ar, normalmente à base de chapa
perfurada, com perfuração adequada para garantir essa uniformidade.
32
Para os difusores TROX da série ADLQ, até tamanhos 8, as áreas são como
segue:
INSTALAÇÃO TRADICIONAL
Figura 21A
33
Catálogo TROX
AMBIENTE UNIFORMEMENTE CONDICIONADO.
Figura 21B
As caixas podem ter o retorno livre (não dutado) ou dutado , ambos insufla-
mento e retorno, com ou sem damper de regulagem de vazão (Figura 22).
34
Catálogo TROX
Figura 22 Figura 23
ADQ-1/DQ-1 ADQ-2/DQ-2
2
1
H1
H1
2
L1 L1
ADQ-3/DQ-3 ADQ-4/DQ-4
3 5
4
H1
H1
4 4
3 5
Catálogo TROX
L1 L1
Figura 24
35
Catálogo TROX
Figura 25 - Difusores de ar redondos, quadrados e retangulares
Figura 26
36
> 4m ≤1,2m
Catálogo TROX
Campo
rotacional
Intersecção de campos rotacionais
Figura 27
37
H=2,6...4 m
min. 2,6 m
Catálogo TROX
Figura 28
Figura 29
38
Para pés direitos superiores a 3,8 m somente se devem usar difusores ro-
tacionais apropriados
Catálogo TROX
Figura 30
Esses difusores podem ter o posicionamento das aletas ajustado para insufla-
mento horizontal (frio) ou vertical (aquecimento). Em ambos os casos, é críti-
co o posicionamento das grelhas de retorno que deverão ser colocadas o mais
próximo possível do piso e equipadas com damper de regulagem de vazão.
São, contudo, muito usados pelo seu aspecto arquitetônico, para insu-
flamento junto a janelas ou paredes de vidro e ainda em conjugação com
luminárias.
39
A sua aplicação é, contudo, muito crítica, uma vez que se o apoio no porta
troffer da luminária não for feito corretamente, perde-se imediatamente o
“Efeito Coanda” e obtem-se o jato vertical. Normalmente é o próprio porta
troffer que tem a aba defletora que faz a deflexão do jato de ar.
Catálogo TROX
Figura 31
Difusor ALS
Catálogo TROX
Figura 32
40
Difusor ALW
Catálogo TROX
Figura 33
Difusor VSD
Catálogo TROX
Figura 34
O único cuidado a ter é que, por efeito de indução de 1 slot nos próximos
slots para um mesmo alcance e velocidade terminal, quando se acrescenta
um novo slot a vazão não é multiplicada pelo número de slots.
41
Catálogo TROX
Figura 35
Para alcances muito grandes, de até 30 m, típicos de recintos esportivos,
igrejas e halls de aeroportos, existe um outro tipo de difusor chamado exa-
tamente DIFUSOR DE JATO ( jet nozzles) ou de longo alcance (Figura 36)
que necessita de um cálculo todo especial e que podem ser motorizados
para uso em frio ou aquecimento (ver capítulo 5).
42
Difusor DUE
Catálogo TROX
Figura 36
Δpt
Δpt
VK
Δpt
Δpt
Catálogo TROX
Figura 37
43
Vazão de ar em l/s
Catálogo TROX
Vazão de ar em l/s
Figura 38
44
Catálogo TROX
Figura 39
b) Uso de difusores de alta indução
A configuração destes difusores com rasgos de insuflamento de geometria
variável, permite obter um efeito similar ao do Varyset.
45
CAPÍTULO 4
SELECIONAMENTO DE GRELHAS
As grelhas e registros (grelha com damper de regulagem de vazão) têm
algumas peculiaridades que merecem atenção.
As grelhas são normalmente instaladas em paredes e o primeiro dado a
considerar é, se a parte superior da grelha, no que se refere à área geomé-
trica de insuflamento, está a menos de 0,3 m ou a mais de 0,80 m do teto.
Se a menos de 0,30 m, o jato percorre o espaço COM INFLUÊNCIA DO
FORRO, ou seja, é como se ele colasse no forro, havendo apenas o efeito
de indução na parte inferior do jato. O jato se expande então (se as aletas
estiverem retas) com um ângulo de 10o de dispersão na vertical e 20o na ho-
rizontal, a velocidade máxima do jato se dá junto ao teto e a distância b0,2
na qual a velocidade atinge a 0,2 m/s, se mede a partir do teto.
Δt Z = Fator de temperatura
i = Indução
Figura 40
46
≥ 0,8 m
VH
∆ TZ α ≈ 20O
b 0,2
V L [M/S]
∆TL [GRD. C]
t R [ OC]
LW
α ≈ 20O
A ≥ 0,20 LW
Catálogo TROX
Figura 41
Os gráficos de selecionamento são então idênticos ao do difusor (ver Figura
42). No exemplo a seguir, para um pé direito de 3 m e pessoas em pé quer-se
a 10 m uma velocidade de 0,2 m/s a 1,2 m do teto e grelha com influência de
teto, se o insuflamento for de 500 m3/h na grelha, entrando com LW = 10 m
e procurando a linha (ou interpolando) onde b0,2 está a 1,2 m tem-se um
VL no forro de 0,5 m/s, mas 0,2 m/s a 1,2 m procurando para a esquerda
a vazão de 500 m3/h se tem como resultado uma grelha de 0,036 m2 de área
47
0,007 0,011 0,018 0,028 0,043 0,072 0,114 0,172 0,256 0,342
40
00
10
1,0
9
30
00
8
7
6
20
5
00
0,7
5
15
4
00
3
10
00
s]
0,5
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5
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AT 0,2 [m] 0,6
EF O
E
3
AD 0,5 m
ID
C
LO
2
VE
3 4 5 6 7 8 9 10 15 20
5
1,
3
0, 5
3 4 5 6 7 8 9 10 15 20
25
0 ,4
∆ tℓ 20
i
0, 3
0, 2
15
∆ tz
IN
DU
5
ÇÃ
0, 2
10 O
TE
∆tℓ
0,1
IEN
5
OC MP.
∆tz
U E
•
Q T
0,1
DE 0,12
0,0
5
8
•
10
0,0
5
2,5
Catálogo TROX
0,007 0,011 0,018 0,028 0,043 0,072 0,114 0,172 0,256 0,342
Figura 42
48
∆t
ΔtZ = 11 x ∆tL 0,12 Δt L = 0,12 x 11 = 0,132ºC
Z
49
α
β β α
ΔtL ΔtL
Fator de temperatura ≈ gráf x 0,7
Δtz Δtz x 0,5
Catálogo TROX
A ≥ ≈ 0,25 x L W 0,3 x L W
influência do forro
Figura 43
50
Veff [m/s]
heff [m2]
Aquecimento
ΔtZ [grd. C]
y (m) = ΔtZ . y
ΔtZ
LW Refrigeração
0,5
0,3
Veff = 2m/s 3 4 5 6 7
0,2
8 m/s
0,1
Seção livre efetiva heff (m2)
0,05
0,03
1,0
0,3
10
0,2
8
0,1
6
5
4
0,05
Catálogo TROX
m
=3
0,03
W
0,02
L
0,01
Figura 44
Uma nova seleção com grelha menor ou divisão em duas grelhas deverá
ser tentada. Poder-se-á chegar à conclusão que não há solução e que o insu-
flamento dos dois lados , por exemplo, deverá ser tentado.
51
CAPÍTULO 5
DIFUSORES DE JATO (LONGO ALCANCE)
Em instalações com grandes salas e pés direitos altos, tipo Ginásios Es-
portivos, grandes Igrejas, Malls de Shopping Center ou Halls de Aeroportos,
onde há dificuldade de passar dutos, aparece como solução a utilização de
difusores de jato ( Jet Nozzles), que permitem atingir alcances de até 30 m.
52
Ar Frio
L L
H2
y
VL
αk
H VL
∆tH1 H1
Zona de ocupação VH1 ∆tH1
A
VH1
∆tH1
∆tH1 1,80 m
Condições isotérmicas
L L
VL VL
∆tL ∆tL
H1
VH1 Zona de ocupação VH1
∆tH1 ∆tH1
1,80 m
Ar quente
αw
H VL VL
∆tL ∆tL
y 1,80 m
ar em condições isotérmicas por cima dos VL (m/s): Velocidade media do jato de ar.
difusores. VH1 (m/s): Velocidade media na zona de conforto.
L (m): Comprimento do jato de ar em condições ∆Tz (K): Diferença de temperatura entre o jato de ar
isotérmicas. e o ambiente.
Catálogo TROX
Lmax (m): Alcance máximo do jato de ar quente ∆TL (K): Diferença de temperatura entre o ar no
dirigido verticalmente para baixo. centro do jato na distancia L e o ar ambiente.
αk ( ° ): Ângulo do jato de ar para refrigeração. ∆TH1 (K): Diferença de temperatura entre o ar no
αw ( ° ): Ângulo do jato de ar para calefação. centro do jato na entrada na zona de
i: Indução com alcance L. conforto e o ar ambiente.
Figura 45
53
TABELA 4
REFRIGERAÇÃO
(1) αK se selecionou: p.e. α = 30º .αK = ...º
ISOTÉRMICO
AQUECIMENTO
(1) VL se fixa: p. e VL= 0,3 m/s VL = ...m/s
(2) L do diagrama 1 L = ...m
(3) y do diagrama 2 y = ...m
(4) αW se calcula: S = (H + y) /L αW = ...º ( αW da tabela)
Atenção: αW + αK = max. 60 o
A variação do ângulo de impulsão perante o
atuador, ao variar a temperatura de impulsão,
só é possível no máximo até: αW + αK = max. 60 o
54
CAPÍTULO 6
VENTILAÇÃO POR DESLOCAMENTO (DV)
6.1 INTRODUÇÃO
Mas, a tradição não diz que o ar frio deve ser insuflado pelo teto, já que a
diferença de densidade entre ele e o ar da sala o faz descer e atingir a zona
de ocupação?
É conhecido, por outro lado, que nos ambientes de trabalho, onde se requer um
grau de limpeza alto, as assim chamadas salas limpas, para evitar contaminação
cruzada é importante que o ar siga um caminho “laminar”, desde o teto até o
55
chão (Na verdade, pode-se conseguir o mesmo efeito de baixo para cima).
As vazões de ar que uma sala limpa de fluxo unidirecional (laminar) im-
põe são muito altas, um sistema que permitisse ter só esse efeito onde é
gerada a contaminação e a “arrastasse” para fora da zona de ocupação, seria
então o ideal.
FLUXO LAMINAR
Catálogo TROX
Temperatura na entrada de ar ~ Temperatura do ar da sala TZ ~ TR
Temperatura do ar de exaustão TA > TR
Velocidade do ar na sala VR ~ 0,3 m/s
Figura 46
56
Livro REHVA
Figura 47
uma zona superior poluída e uma zona inferior limpa. A exaustão desse ar,
seja 100% para o exterior (caso normal nos Países do Hemisfério Norte), ou
parte para o exterior e parte re-circulado (Países Tropicais) é feita pela parte
superior, seja diretamente em grelhas de retorno, seja através de luminárias.
O que a Figura 47 mostra é que não há mistura entre os “ares” das cor-
rentes ascencionais, ou seja, não há contaminação cruzada. Conseguiu-se
assim o efeito de “limpeza”do fluxo laminar sem o alto consumo de energia
ligado à movimentação do ar para cima em toda a área da sala.
57
58
TABELA 5
% CALOR % CALOR
FONTES DE CALOR
RADIANTE CONVECTIVO
Transmissão solar sem proteção interior 100 0
Vidro com proteção interior 63 37
Absorção solar (pelos vidros) 63 37
Lâmpadas fluorescentes não embutidas,
67 33
sem ventilação
Lâmpadas fluorescentes embutidas
59 41
“banhadas”pelo ar de retorno
Figura 48
59
TABELA 6
CARGA
EFETIVA NO
CÁLCULO DE
CARGA TÉRMICA
Carga de transmissão paredes e vidro 87%
Carga solar pelos vidros 76%
Infiltração (componente sensível) 100%
Carga de calor pelo teto < 3 m 100%
Carga de calor pelo teto > 3 m 40%
Iluminação incandescente na zona ocupada 100%
Iluminação incandescente fora da zona ocupada 90%
1,8 m <h<3 m
Iluminação incandescente fora da zona ocupada > 3 m 80%
Iluminação fluorescente zona ocupada 100%
Iluminação fluorescente zona ocupada 1,8 <h<3 m 70%
Iluminação fluorescente >8 m 50%
Pessoas 100%
60
Movimento de ar Movimento de ar
na sala com na sala com
fluxo de ar misto fluxo de deslocamento Catálogo TROX
Figura 49 Figura 50
61
Catálogo TROX
Figura 51
O parâmetro de partida é a diferença de temperatura entre o tornozelo
(0,1 m) e a cabeça de uma pessoa sentada (1,2 m) e ainda qual a temperatura
mínima para o tornozelo no verão.
Usando dados da ISO-7730 e experiências do Prof. Fanger, trabalharemos
com Δt AZ = 3oC e como a ISO-7730 não define o valor mínimo da tempe-
ratura no tornozelo, usaremos o recomendado pela DIN 1946/2 que é de
21oC (esta norma DIN limita o Δt AZ a 2oC para verão).
Krütne (1995) determinou uma relação aproximada C entre o Δt AZ e a
diferença de temperatura , entre o ar insuflado e o ar exaurido da sala.
TABELA 7
AUMENTO DE TEMPERATURA EM
CARGA DE RESFRIAMENTO
Δt AZ
ZONA OCUPADA C = PROPORCIONAL NO PISO USO DA SALA
Δt AR EM %
Iluminação próximo ao teto.
0,16 0 - 20 Ex. museus e estúdios.
0,25 20 - 60 Escritórios
62
Δt AZ
Δt AR =
C
3
Δt AR =
0,25
Q (W)
V(m3/h) = (Δt em graus Celsius)
0,335 x Δt
Para São Paulo com condição padrão, ρ = 1,1 kg/m3 a equação se trans-
forma em:
Q (W)
V(m3/h) =
0,305 x Δt
63
TABELA 8
VALOR VAZÃO DE AR VAZÃO DE AR APRO -
NATUREZA DA APROXIMADO DA CARGA A 1,1 M DE XIMADA A 1,8 M DE
EFETIVA EM W ALTURA EM M3 / H ALTURA EM M3 / H
Pessoas
Sentadas ou em pé, 100 - 120 80 – 100 180 – 210
Com baixo nível
de atividade
Equip. de escritório
Luminária de mesa 60 40 100
PC ou fax 300 100 200
Projetor de transparência 300 100 200
Copiadora ou impressora 400 120 250
Copiadora simples 1000 200 400
Elementos de 400 40 100
aquecimento
Máquinas
aprox, 1 m dia, 1 m altura 2000 600
aprox. 1 m dia, 1 m altura 4000 800
aprox. 2 m dia, 1 m altura 6000 900
aprox. 2 m dia, 2 m altura 8000 1000
64
Difusores de teto
Catálogo TROX
Figura 52
Controle de umidade
Em climas tropicais, quentes e úmidos, põe-se um outro problema que
é a retirada de umidade. Se for utilizada uma instalação tradicional, com
mistura de ar exterior com o de retorno antes da serpentina e toda a mistura
passando pela serpentina, para insuflar o ar a uma temperatura de 17oC, o
65
Insuflado
Ar by pass
Manual Carrier
Equipamento de
ar condicionado
Figura 53
66
CAPÍTULO 7
OUTROS SISTEMAS DE
INSUFLAMENTO PELO PISO
7.1. SISTEMA UFAD (UNDERFLOOR AIR DISTRIBUTION)
Com isso, a temperatura junto ao solo é mais alta para uma mesma tempe-
ratura de insuflamento ou, inversamente para uma mesma temperatura de
solo, pode-se insuflar o ar a uma temperatura mais baixa, permitindo, em
teoria, aumentar o diferencial de temperatura e a carga térmica retirada. Só
que, no cálculo de carga térmica, todas as cargas situadas na zona de ocupa-
ção são cargas efetivas da sala.
67
Fred. S. Bauman
ZONA ZONA
DE NÃO DE NÃO
OCUPAÇÃO OCUPAÇÃO
Figura 54
Fred. S. Bauman
ZONA ZONA
DE NÃO DE NÃO
OCUPAÇÃO OCUPAÇÃO
Figura 55
68
ft
Webster et all
ºF
Figura 56
ft
Webster et all
ºF
Figura 57
Uma terceira alternativa aos sistemas de insuflamento pelo piso foi desen-
volvido na África do Sul e nos EUA e trata-se de uma versão atualizada do
ar condicionado individualizado. As placas de piso têm normalmente um
pequeno ventilador acoplado e a vazão de ar pode ser regulada através de
um reostato. Nos sistemas DV e UFAD, a regulagem individual é também
possível, mas por meios manuais, normalmente rodando-se a parte superior
do difusor na sua moldura, se vai de zero a 100% de vazão do difusor.
69
Catálogo TROX
Figura 58
Figura 59
70
CAPÍTULO 8
SISTEMAS DE TETOS E VIGAS FRIAS (*)
8.1 INTRODUÇÃO
LW - Potência sonora
Q - Vazão de ar
P - Pressão total do ventilador
K - Constante (dependente do ventilador)
logo nos indica que diminuindo a vazão a insuflar, se terá um nível de po-
tência sonora menor. A própria pressão acaba por ser menor por não ser
necessário ter tanta preocupação com a dimensão dos dutos.
(*)Fonte: Manual TROX
71
Onde:
Q = transferência de calor em kcal/h
•
m = vazão massica em kg/h do fluido
c = calor específico do fluido em kcal/ºC x kg ar
Δt = diferença de temperatura em oC
Onde:
72
Q = V x ρ x c x Δt
Q(kcal/h)= Vℓ/h x 1 x 1 x Δt
Q(W) = V x Δt x 1,163
Q(W)
V(ℓ/h) =
1,163 x Δt
1000
V = = 430 ℓ/h ou 0,43m3/h
1,163 x Δt
1000
V = 1,2 x 0245 x 11 x 1,163 = 265 m3/h
73
ou seja:
Comparações Energéticas
Catálogo TROX
Figura 60
74
75
O gráfico de conforto, de acordo com a norma DIN, nos indica que para
uma temperatura operativa de 25oC (que dá em tetos frios a mesma sensa-
ção de 23,5oC) o ponto de orvalho a nível do mar para uma umidade rela-
tiva de 50% e temperatura seca de 25oC é de 15oC. Assim se a alimentação
de água for a 16oC e retorno a 18oC se terá uma temperatura média de 17oC,
logo, sem condensação.
A parte superior das placas pode ser isolada com manta de lã de vidro
apropriada.
Catálogo TROX
76
Em locais ou zonas onde é necessária mais carga que os 90 W/m2 que por
radiação se consegue retirar, existe a opção de utilizar vigas frias.
Catálogo TROX
0,85
0,80
0,75
Catálogo TROX
77
tpr = 10 K tS = 5,5 K
QZ = 484 W
Catálogo TROX
3
VZ = 325 m /h
tZ = 4,5 K
Figura 64 Figura 65
78
Catálogo TROX
Figura 66
Figura 67
79
CAPÍTULO 9
ACÚSTICA
9.1 INTRODUÇÃO
Figura 68
80
B1: Ruído de “fuga” radiado pelo próprio duto da sala ou dutos próximos.
Toda a vez que o ar passa por um duto, um damper, difusor, etc., cria um
ruído próprio ou ruído de regeneração que, em cálculos mais precisos, deve
ser levado em conta.
Veremos à frente que em estudos menos delicados isso é muitas vezes sim-
plificado. As barreiras à propagação do ruído são, então, constituídas por:
81
LW = 10 log10 W
Wo
A relação entre as duas medidas é dada por:
Lp - LW + log10 Q - 20 log10 R - 11 dB
sendo:
Q = fator de diretividade do som, e:
Q = 1 para onda esférica
Q = 8 para radiação apenas em 1/8 da esfera
Existem vários critérios para se definir o nível de ruído em uma sala, sendo
os mais usados no Brasil as curvas NC ( Noise Criteria) e o ruído em dB(A).
NC – As curvas NC se baseiam em que o ouvido humano não “ouve”
igualmente em todas as freqüências, tendo a membrana do nosso ouvido
a sua maior sensibilidade na banda de freqüência entre 2000 e 4000 Hz,
82
ouvindo menos para freqüências mais altas e mais baixas. Tomando como
referência o valor que se ouve em 1000 Hz, se desenvolveram curvas de
igual audibilidade de NC10 a NC65 e, se se define que o nível de ruído tem
que ser inferior a NC 35 (valor usual para escritórios) então, nas diferentes
bandas de oitava, os valores medidos são inferiores a:
60 52 45 40 36 34 33 32
O critério NC é o que se usa para classificar bocas de ar, mas ele não dá
uma idéia da “qualidade” relativa do som. O som real pode só se aproximar
da curva em um ponto ou pode beirar em todas as freqüências, toda a curva
ou ainda, estando dentro da curva, se concentrar em baixas freqüências, o
chamado efeito de ronco (rumble effect), ou estar concentrado nas altas fre-
qüências, conhecido como efeito de silvo (hiss effect), o que pode ocasionar
para sons com a mesma classificação NC terem, os ocupantes, um efeito de
incômodo ou de estresse.
80
Nível de pressão da banda de oitava, dB Re x 10 -5 N/m2
70
NC-6
5
NC-6
0
60
NC-5
5
NC-5
0
50
NC-4
5
NC
-4 0
40
NC
-35
NC
-3 0
30
NC
-2 5
NC
-20
20
NC
-1 5
10
Limite aproximado de
ouvir ruídos contínuos
Figura 69
83
-26 -16 -9 -3 0 +1 +1 -1 dB
84
Catálogo TROX
85
LW = KW + 10 log Q + 20 log P + C
Q1 P1
Onde:
TABELA 12
Freqüência central da Banda Hz
63 125 250 500 1000 2000 4000
Tipo de ventilador ø Ventilador BFI
Hz Hz Hz Hz Hz Hz Hz
Centrífugos Air foil 900 mm e > 32 32 31 29 28 23 15
3
e Pás para traz < que 900 mm 36 38 36 34 33 28 20
Siroccos Todos os ø 47 43 39 33 28 25 23 2
1000 mm e >
Radiais 45 39 42 39 37 32 30
500 mm a
e 55 48 48 45 45 40 38 8
1000 mm
Sopradores 63 57 58 50 44 39 38
< que 500mm
1000 mm e > 39 36 38 39 37 34 32
Vaneaxial 6
< que 1000 mm 37 39 43 43 43 41 38
1000 mm e > 41 39 43 41 39 37 34
Tuboaxial 5
< que 1000 mm 40 41 47 46 44 43 37
Hélices (torre de
Todos 48 51 58 56 55 52 46 5
Resfriamento)
Os valores acima são para o ruído que sai pela descarga ou aspiração do
ventilador.
86
TABELA 13
TIPO DE VENTILADOR BANDA DO BFI
Centrífugos Air foil
250 Hz
e pás para tráz
Siroccos 500 Hz
Radiais e Sopradores 125 Hz
Vaneaxial 125 Hz
ASHR AE
Tubo axial 63 Hz
Hélices 63 Hz
TABELA 14
% DO PICO DE
CORREÇÃO EM dB
EFICIÊNCIA ESTÁTICA
90 a 100 0
85 a 89 3
75 a 84 6
65 a 74 9
ASHR AE
55 a 64 12
50 a 54 15
87
88
Se houver outros elementos, tais como dampers corta fogo, Caixas VAV,
Dampers de regulagem, em todas elas o ar, por um lado atenua o seu nível
de ruído, mas cria um ruído próprio. Haverá, num estudo crítico, de ir mais
a fundo na análise. Nos casos mais usuais e nas velocidade de 6 – 7 m/s,
normalmente em baixa pressão no Brasil, a atenuação e ruído próprios são
pequenos (exceto em alguns VAV) e por isso se despreza esse cálculo.
TABELA 18
ÁREA Banda central de freqüência, fm em hz
EFETIVA LIVRE
DE SAÍDA- CM2 63 125 250 500 1k
20 3
15 10 6
100 19 2
14 9 5
18
13 8 4
17
12 1
16 7 3
11
15 6
10 2
500 14 5
13 9
4
12 8
1
1000 11 7 3
10 6
2
9 5
8 4 1 0
7 3
5000 0
6
2 0
5
10000 4 1
89
EFEITO DA SALA
Direto
Reverberante
Figura 71
SOM DIRETO
90
TABELA 19
Repartição do som
dB
-20
-19
-18
-17
-16
-15
-14
-13
-12
-11
-10
-9
-8
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1 2 3 4 5 10 20 50 100%
porcentagem
A distância entre a boca e o alvo (pessoa) é outro fator que reduz o nível de
ruído. A tabela 20 já leva em conta a transformação da potência sonora em
pressão sonora. O resultado vai para a linha g da tabela.
TABELA 20
Fator de distância
dB
-11
-12
-13
-14
-15
-16
-17
-18
-19
-20
-21
-22
-23
-24
-25
-26
-27
-28
-29
-30
-10
1 1.5 2 3 4 5 6 7 8 9
metros
9.3.h - DIRETIVIDADE
Figura 72
91
TABELA 21
TIPO Junção de duas BANDA TIPO Centro de uma
B superfícies da sala CENTRAL DE C superfície da sala
FREQÜÊNCIA
Área da boca de saída cm 2 EM HZ Área da boca de saída cm 2
10 100 1000 10000 10 100 1000 10000 100000
+6 +7 +8 63 +3 +4 +5 +6 +7
+6 +7 +8 125 +3 +4 +5 +6 +7 +8
+6 +7 +8 +9 250 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9
+6 +7 +8 +9 500 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9
+7 +8 +9 1k +4 +5 +6 +7 +8 +9
+7 +8 +9 2k +5 +6 +7 +8 +9
+8 +9 4k +7 +8 +9
+8 +9 8k +8 +9
SOM REVERBERANTE
Para este cálculo, leva-se em conta agora o total de ar insuflado, não só na
boca crítica, mas na sala em total, se houver mais que uma boca nessa sala.
9.3.k - ATENUAÇÃO POR REPARTIÇÃO DO SOM.
Usa-se de novo a tabela 19 para determinar o valor a introduzir na linha k.
9.3.l - ATENUAÇÃO PELO VOLUME DA SALA.
Na linha l se introduz agora o fator de atenuação pelo volume total da sala.
TABELA 22
Atenuação
+10
-10
-11
-12
-13
-14
-15
-16
-17
-18
-19
-20
-21
-22
-23
-24
-25
-26
-27
-28
+9
+8
+7
+6
+5
+4
+3
+2
+1
-1
-2
-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
0
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
dB
3 5 10 20 50 100 200 500 1000 2000 5000 10000
volume da sala m3
92
TABELA 23
Tempo de reverberação
Mobiliário médio
Pouco mobiliário
Nenhum mobiliário
Superfícies pesadas
ou tetos altos
+10
+11
-10
-11
+1
+2
+3
+4
+5
+6
+7
+8
+9
-9
-8
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1 1 1 1 1 1 1 1
93
TABELA 24
Adição dos níveis de pressão do som, dB
Diferença em SPLs Adicionar para aumentar SPL
0,1 +3
2,3 +2
4, 5, 6, 7, 8, 9 +1
10+ 0
9 20 27 32 37 36 33 31 dB
94
TABELA 25 A
Cliente FREQÜÊNCIA POR BANDA DE OITAVA , FM EM Hz
Projeto 63 125 250 500 1k 2k 4k 8k
Tipo Centrífugo
Sistema de insuflamento Potência sonora 105 104 101 98 97 94 90 86 a
Duto/ Largura x Comp./
Tipo
curva altura ângulo
Duto 1500x1500 5m Retangular 1 1 1 0 0 0 0 0 b
Curva 750x1500 c/ veias 0 0 1 2 3 3 3 3
Atenuação selecionada 11 17 30 50 50 50 42 33 s
95
TABELA 25 B
CÓDIGO DE SELEÇÃO NC55 74 67 62 58 56 54 53 52
NR55 79 70 63 58 55 52 50 49
DS 20-100/1500 NC50 71 64 58 54 51 49 48 47
NR50 75 65 59 53 50 47 45 43
NC45 67 60 54 49 46 44 43 42
NR45 71 61 54 48 45 42 40 38
NC40 64 57 50 45 41 39 38 37
NR40 67 57 49 44 40 37 35 33
NC35 60 52 45 40 36 34 33 32
NR35 63 52 45 39 35 32 30 28
NC30 57 48 41 35 31 29 28 27
NR30 59 48 40 34 30 27 25 23
NC25 54 44 37 31 27 24 22 21
NR25 55 44 35 29 25 22 20 18
NC20 51 40 33 26 22 19 17 16
NR20 51 39 31 24 20 17 14 13
TABELA 26
CRITÉRIO VELOCIDADE MÁXINA DE FACE PERMITIDA M / S
PARA O NÍVEL DE RUÍDO Modelo de atenuador Modelo de atenuador
REQUERIDO NA SALA DS20-100 DS20-150
NC 25 3.2 3.9
NC 30 4.2 5.5
NC 35 5.0 6.7
NC 40 5.7 7.7
NC 45 6.6 8.6
96
Para uma sala onde se pretende ter nível de ruído de NC 35 (cerca de 40 dB(A)) .
a velocidade aparente para um atenuador com um espaçamento entre células igual
a metade da espessura das células, não deve ser superior a 5 m/s (tabela 26).
Cerca de 22% dos edifícios doentes têm como origem problemas acústi-
cos, daí a atenção especial ao tema. Se a ferramenta que este livro pretende
ser, for de utilidade aos que o lerem, isso será recompensa suficiente ao
trabalho apresentado.
97
98
DISTRIBUIÇÃO
DE AR
SÃO PAULO - SP
2006