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Projeto de Lei Complementar nº 028,

de 18 de novembro de 2022

NOVO PLANO DIRETOR DO


MUNICÍPIO DE CONTAGEM

SECRETARIA MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO URBANO E
HABITAÇÃO e-book
SUMÁRIO

Apresentação 01
Diagnóstico 02
Referências, princípios e objetivos 24
Estratégias 25
Estrutura da Lei 31
Princípios, objetivos e diretrizes 32
Ordenamento territorial 33
Instrumentos 73
Sistema de gestão urbana participativa 82
Diretrizes temáticas 84
Ações públicas prioritárias 86
Créditos 87
01
APRESENTAÇÃO
A elaboração deste material teve como objetivo contextualizar e apresentar de forma resumida os principais conteúdos do Projeto de
Lei Complementar 028/2022 (PLC 028/2022), que institui o Novo Plano Diretor de Contagem. O PLC 028/2022 é de iniciativa do
Síntese da IV Conferência Municipal de Política Executivo Municipal e foi entregue à Câmara pela Prefeita Marília Campos em novembro de 2022, em atendimento ao acordo firmado
Urbana (CMPU) com o Ministério Público visando principalmente à compatibilização da legislação urbanística com a necessidade de preservação dos
mananciais das bacias de Vargem das Flores e do Bom Jesus, essa última integrante da bacia da Pampulha.

COMPUR A proposta do Novo Plano Diretor deve substituir o Plano Diretor vigente (LC 248/2018) e a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do
Solo dele decorrente (LC 295/2020), porque contempla conteúdos normalmente encontrados nesses dois tipos de lei. O PLC 028/2022
reflete os resultados de trabalhos técnicos desenvolvidos ao longo de 17 meses pela equipe municipal bem como os resultados da IV
Conferência Municipal de Política Urbana (IV CMPU), que envolveu a participação de 1.154 pessoas ao longo de 11 meses de duração.
Convocação . Regimento . Comissão organizadora
A IV CMPU foi convocada e coordenada pelo Conselho Municipal de Política Urbana (COMPUR), desenvolvendo-se em quatro momentos
principais:
ago/ 2021 a jul/ 2022
IV CMPU 11 meses de duração Leitura da Realidade Municipal: leitura comunitária (pré-conferências temáticas, pré-conferências regionais e do segmento
empresarial, preenchimento de questionários on-line) cujos resultados, integrados aos da leitura técnica desenvolvida pela equipe
municipal, constituem o diagnóstico do Município;

Formato híbrido Eleição e Capacitação de Delegados eleitos nas pré-conferências;

Eventos presenciais (11) Eventos virtuais (16) Elaboração e Pactuação de Propostas: aprovação de diretrizes gerais pelo COMPUR; recebimento e análise pelo Executivo de
propostas enviadas via e-mail; elaboração de emendas pelos delegados; deliberação final das propostas pelos delegados na
Plenárias Regionais (8) Abertura (1) plenária final;
Plenária do Segmento Plenárias Temáticas (4)
Empresarial (1) Capacitações dos Elaboração do Projeto de Lei de Revisão do Plano Diretor.
Capacitação dos delegados (4)
delegados (1) Apresentação das Cada uma dessas etapas significou uma intensa troca de experiências, conhecimentos entre poder público municipal e sociedade civil,
1 Plenária Final (1) Propostas (3) em um processo que primou por transparência e respeito mútuo bem como pela firme intenção de construir coletivamente uma cidade
Reuniões do COMPUR (4) melhor para todas as cidadãs e todos os cidadãos contagenses.
1.154 participantes presenciais
+900 propostas recebidas por e-mail Para uma melhor compreensão do Novo Plano Diretor ora em discussão, optou-se por apresentar os principais pontos do diagnóstico
174 delegados: 71% sociedade civil e 29% Poder Público bem como os principais objetivos e estratégias que subsidiaram a definição das propostas. Na sequência apresenta-se uma síntese do
conteúdo do PLC 028/2022.
(Executivo e Legislativo)
Ressalta-se a importância da continuidade da participação dos agentes sociais envolvidos neste processo, em especial os delegados e
demais participantes da IV CMPU, tanto na tramitação e aprovação do PLC 028/2022 na Câmara Municipal como na implementação
Plenária final efetiva do Novo Plano Diretor.
5 grupos temáticos
400 Propostas Aprovadas Por fim, reitera-se aqui o agradecimento a todos e todas que tem dedicado seu tempo e esforço na construção coletiva de uma "cidade
para viver plenamente".
02
DIAGNÓSTICO
Águas na cidade
Bacia de Vargem das Flores Rio Manso
54%
105,69 Km²
+
abastecem RMBH Serra Azul
+
Vargem das Flores

A bacia de Vargem das Flores tem como principais


características:
2.8%
Até 2017 45,54% da bacia era Zona Rural,
justamente a área mais preservada e
vegetada, mesmo com ocupação irregular. reservatório de Vargem das Flores
Possui menor grau de urbanização, com
ocupação de baixa a média densidade. áreas desocupadas
Apresenta relevante cobertura vegetal como áreas ocupadas 42.1%
áreas de recarga e proteção de mananciais.
Há pouca infraestrutura e limitações de
ocupação por ser uma Unidade de
Conservação, vinculada ao abastecimento
público de água. 55,31% ocupações irregulares 55.1%
Os 42,1% da bacia que se encontram ocupados
35,08% ocupações regulares
são, em grande parte, áreas dotadas de
infraestrutura de saneamento. 9,61% usos não residenciais
03
DIAGNÓSTICO
Águas na cidade
Bacias do Arrudas, Pampulha e
Imbiruçu
27,5%

3,5%

15%

Bacia da Pampulha Bacia do Arrudas Bacia do Imbiruçu


53,57 Km² 29 Km² 6,75 Km²
Áreas industriais e uso residencial Possui maior grau de urbanização Possui alto grau de urbanização
com média densidade. entre as quatro bacias, com com ocupação
grandes áreas industriais e predominantemente residencial
residenciais, de modo que boa de média densidade.
parte do território encontra-se
adensada.
A sub-bacia do Bom Jesus é a mais
preservada e com maiores
limitações de esgotamento
sanitário.

Programa de Desenvolvimento
(%) valores em relação à área total do município Ambiental da Bacia da Pampulha.
04
DIAGNÓSTICO
O abastecimento da população de Contagem é feito
através do sistema do rio Paraopeba que capta as
águas de córregos e represas da região, em especial a
de Vargem das Flores. Estas águas são bombeadas
para reservatórios localizados em Betim (R6),
Águas na cidade Contagem (R10) e Belo Horizonte (R13) e distribuídas
para a população após tratamento. Importante
lembrar que a concessão para os serviços de
Saneamento básico produção, tratamento e distribuição de água é da
COPASA.
R13

Abastecimento de água
R10

R6

99% da população utiliza a rede geral


de abastecimento de água.
1.500 utilizavam poço ou nascente na propriedade,
sendo 65% localizados na bacia de Vargem das
Flores e do Bom jesus.

230mil
HIS ligações residenciais de água, das quais 9%
ligações informais observadas estavam classificadas como sociais para
em loteamentos, vilas e favelas. efeito tarifário.
05
DIAGNÓSTICO
Tipos de lançamento de esgotos obtidos pelo
Censo do IBGE
Lançamento 2000 2010

Águas na cidade Rede geral de esgoto ou pluvial


Fossa séptica
78%
2,8%
88,7%
4,0%
Fossa rudimentar 13% 4,4%
Saneamento básico Vala 1,0% 0,8%
Córrego 2,8% 1,6%
Esgotamento sanitário Outro escoadouro 2,4% 0,5%
Os esgotos coletados pela rede geral do município são direcionados
para quatro Estações de Tratamento de Esgotos (ETE): Arrudas,
Onça, Betim e Nova Contagem.

Sistema de esgotamento sanitário


Contagem possui seis sistemas de coleta de esgotos: Arrudas,
Pampulha-Sarandi, Pampulha-Bom Jesus, Imbiruçu, Vargem das
Flores-Sede e Vargem das Flores-Retiro/Nova Contagem. Parte do
esgoto é transferido pelos componentes do sistema sem reversão,
ou seja, por gravidade sem necessidade de bombeamento. Na outra
parte, há a necessidade de bombear o esgoto até o interceptor por
meio de Estação Elevatória de Esgoto (EEE). Há ainda as situações
A situação do esgotamento sanitário em em que utiliza-se a fossa ou não possui solução para esgotamento.
Contagem mostra que, de maneira geral, houve um
aumento do número de ligações domiciliares. No
entanto, mesmo com a expansão da rede coletora
em alguns bairros, proporcionalmente isso não
significou uma maior adesão dos moradores ao
serviço, sobretudo por conta do acréscimo na
tarifa. Desta maneira, há muitos casos em que os
moradores optaram por permanecer no sistema
de fossa. Um outro dado preocupante é que
apesar do índice elevado de atendimento aos
domicílios pela rede de esgoto, parte dele é
lançado em rede de águas pluviais o que elevaria o
número de domicílios que lançam esgoto em curso
d'água.
06
DIAGNÓSTICO
Em Contagem, alguns lugares urbanos passam por momentos
críticos no período chuvoso, especialmente na bacia do ribeirão
Ferrugem, afluente do Arrudas, a mais extensamente urbanizada
do município. Mas há também um acelerado processo de ocupação
do território que poderá agravar a situação na bacia da Pampulha,
Águas na cidade sobretudo no vale do ribeirão Sarandi.

Soluções de drenagem para o ribeirão Ferrugem:


Saneamento básico Taxa de permeabilidade e caixas de captação;
Programa de Requalificação Urbana e Ambiental do Arrudas;
Bacias de detenção.
Drenagem e manejo das águas
pluviais urbanas Soluções de drenagem para Vargem das Flores, Pampulha e
Imbiruçu:
Infiltração, bacias para retardamento e redução de picos de
cheias e reservatórios para aproveitamento de águas pluviais
na bacia do córrego Sarandi;
Manutenção da calha natural dos afluentes, como também o
impedimento de ocupações nas áreas de proteção permanente
dos vales no ribeirão Bom Jesus;
Controle da taxa de permeabilidade em áreas públicas e
privadas na Sede;
Proteção dos taludes na avenida do córrego Maracanã;
Reformulação do sistema de drenagem no córrego Imbiruçu.

Medidas de médio e longo prazo serão obtidas


apenas mediante a elaboração do Plano de
Drenagem Urbana de Contagem (PDUC) para todo o
território
07
DIAGNÓSTICO
A passagem do Rodoanel em
Águas na cidade Vargem das Flores é área de recarga de Vargem
importante para o Há muita das Flores agrava as
questões ambientais e
Percepção da população abastecimento da RMBH e
ainda tem uma boa área
ocorrência de
queimadas de desapropria moradores.
preservada. matas.

Há lançamento de esgotos a
céu aberto e diretamente em
É necessário pensar a cidade
cursos d´água, nascentes e
associada ao meio ambiente.
represas, especialmente
Importante considerar o
gerados por ocupações
escoamento e ciclo da água, São insuficientes as
irregulares e clandestinas.
para evitar alagamentos e ações de educação
enchentes. ambiental da
Leis e políticas públicas população.
não incentivam práticas e
mecanismos
ambientalmente Existe pouca
sustentáveis. arborização,
especialmente em
A fiscalização ambiental A ocupação desenfreada da bairros
é insuficiente e falta bacia de Vargem das Flores populares/periféricos.
agilidade no atendimento após a extinção da zona rural
de denúncias. impactou negativamente o
abastecimento de água.

A existência de cursos d´água A regularidade da coleta de A reciclagem é uma importante


em leito natural na cidade é resíduos sólidos, a eficiência da estratégia de subsistência para
positiva e a canalização dos limpeza urbana em geral e a a população e os catadores
rios urbanos é considerada existência de bota-fora contribuem para uma cidade
ponto negativo. regulares e Ecopontos são limpa e bonita, mas o serviço de
considerados pontos positivos. coleta seletiva ainda é
insuficiente.
08
DIAGNÓSTICO 2000
Bairros com pequenos lotes.
Cabral, Cândido Ferreira, Vale das
Orquídeas e Europa.
Cidade em construção
Crescimento da cidade

Histórico do crescimento da cidade:

Concentração/ dispersão da população e das


atividades econômicas.
Estratificação socioeconômica da população e
do espaço urbano. 2010
Degradação ambiental em virtude de um Conjuntos residenciais e loteamentos de
acesso controlado.
desenvolvimento que priorizou as indústrias.
Fragmentação e desarticulação da estrutura
urbana

Planos Diretores anteriores:

1995 e 2006 - havia um sistema de zoneamento


baseado em bacias hidrográficas de modo que
o adensamento foi condicionado à
preservação dos recursos hídricos e à
capacidade de suporte da infraestrutura 2020
urbana. Conjuntos residenciais, loteamentos de
2018 - houve a eliminação da zona rural que acesso controlado e condomínios de
galpões de logística.
possibilitou a abertura de uma nova frente de
expansão urbana em áreas sem infraestrutura Com a saturação observada na bacia do Arrudas, o crescimento da cidade está Ressaca Nacional
adequada. acontecendo mais intensamente nas seguintes regiões: Sede Riacho
09
DIAGNÓSTICO
Valor pago (R$)
4.000.000

3.000.000
Cidade em construção
Outorga Onerosa do Direito de 2.000.000

Construir (OODC) 1.000.000

Ri l
El ho
do

sF a

Re es

Na ca

al
ria

da ndi
Va Pe Sed

on
r

a
ac

ra
st

lo

ss

ci
em rolâ
do
du
In

rg t
Área líquida outorgada (m²)
40.000

30.000

20.000

10.000 Situações recorrentes de aplicação da OODC

0
Ri l
El ho
do

sF a

Re es

Na ca

al
360m²
ria

da ndi
Va Pe Sed

on
r

a
ac

ra
st

lo

ss

ci
em rolâ
do
du
In

rg t

Coeficiente de Aproveitamento = 2 área média do lote


10
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Cidade em construção
Densidade Construtiva e
Altimetria

CA bruto menor ou igual a 1 :


As edificações com mais de 5 pavimentos estão mais
predominante no município, sendo mais
concentradas nas regiões Sede, Eldorado, Riacho e Ressaca.
notável na região de Vargem das Flores.
Processos de substituição são observados apenas nas
Nesse caso, dispensa-se OODC.
regiões Riacho e Eldorado.
CA bruto entre 1 e 2: A cidade, no geral, vem crescendo de maneira horizontal.
distritos industriais.
outras áreas onde se concentram atividades
de grande porte.
CA bruto acima de 2:
distritos industriais.
outras áreas onde se concentram atividades
de grande porte.
ao redor dos corredores viários com usos
comerciais ou serviços.
11
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Cidade em construção
Centralidades e tendências de
localização de atividades

Maior ocorrência de atividades de grande porte: Centros de Centralidades regionais diversificadas:


Distribuição e estruturas dedicadas ao e-commerce A - Eldorado: melhor articulada às demais regiões.
localizadas no Ressaca e Nacional. B - Sede: fortalecido como centro administrativo, histórico e
comercial.
C - Industrial.
conflito entre usos não residenciais e Indução de uma quarta centralidade que estruture o
residenciais que vem perdendo terreno. Ressaca e Nacional.

retenção especulativa de terrenos e


? estruturas abandonadas nos distritos
industriais.

expansão de atividades econômicas de


grande porte em áreas fora dos distritos
industriais sem infraestrutura adequada.
12
DIAGNÓSTICO Os empreendimentos de impacto não
têm sido tratados de forma adequada,
A participação da população
afetada por
empreendimentos de
especialmente em relação a: garantia
Cidade em construção A cidade está crescendo
de transparência e participação popular
na definição das contrapartidas;
impacto pode contribuir
para o direcionamento das
contrapartidas.
sem ordenamento, inclusive publicização, cobrança e controle da
Percepção da população na área rural,
comprometendo o equilíbrio.
implementação das contrapartidas dos
empreendedores.

É importante ter atividades


A presença de econômicas próximas a vilas
feiras nas Regiões e outras áreas de interesse
é positiva. social.

É importante aplicar os
Falta incentivo para o instrumentos de combate a
desenvolvimento econômico especulação imobiliária,
sustentável. Destaca-se o como o IPTU progressivo no
fato de existirem muitos tempo. Existe uma cidade formal e uma
estabelecimentos fechados cidade informal, onde há
na Cidade Industrial. dificuldade de acesso a
equipamentos e outros benefícios
urbanos, refletindo a desigualdade
social. A população de baixa renda
A população não tem é expulsa das áreas mais
conhecimento das leis valorizadas.
que regulam a cidade.

São poucas as áreas de convívio


O número de fiscais é e lazer. Existem muitos espaços
insuficiente para o inacabados ou ociosos que Falta investimento em
tamanho da cidade. poderiam ser utilizados para tecnologias e digitalização
ampliar a oferta de atividades dos processos de
de lazer, cultura e esportes. licenciamento.
13
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
intervenções até 2015

Cidade em movimento

Av. João César de Oliveira - eixo comercial Av. Francisco Firmo Matos Av. Francisco Firmo Matos

algumas intervenções realizadas ou previstas a partir de 2016

Aspectos gerais do sistema viário atual:

As rodovias federais e estaduais e a ferrovia


produzem segregação social configurando-se
como barreiras urbanas tornando a malha Av. Maracanã (em laranja) Complexo Viário Beatriz Trincheira Bernardo Monteiro
inóspita a pedestres e ciclistas.
Os poucos pontos de transposição agravam a
situação isolando áreas limítrofes entre si.
Os deslocamentos pendulares do vetor oeste
da RMBH com destino a BH passam nas
principais vias da cidade causando vários
pontos de estrangulamento no sistema viário.
O alto número de interseções semaforizadas
contribui para reduzir a velocidade média do
tráfego e o aumento do tempo de viagem. Viaduto das Américas I Viaduto Helena de Vasconcelos Túnel Av. Vil Rica
14
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Cidade em movimento
Sistemas de transporte

A distribuição espacial das linhas demonstra um grau Contagem tem 1891 Pontos de Embarque e Desembarque
desigual na oferta dos serviços: (PEDs):

Eldorado - melhor articulada à todas as regiões.


Ressaca, Industrial e Sede - menos itinerários disponíveis que o marquise (40)
Eldorado.
Vargem das Flores - conectada à todas as regionais, salvo o
Nacional.
Petrolândia e Nacional - possuem linhas alimentadoras nos PED abrigo (423)
terminais.

sem abrigo (1428)


15
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Cidade em movimento
Mobilidade ativa

Ciclovia no Parque Sarandi

A mobilidade ativa é a principal lacuna no PlanMob


2015. Seu diagnóstico e tratamento requerem um
trabalho em equipe mais extenso justamente por Ciclofaixa na Av. Severino Ballesteros O município conta com poucas estruturas destinadas ao
partir da estaca zero. Nesse sentido, esse serviço transporte de bicicletas.
Em 2015 foram implantados 2Km de ciclovia ao redor do Parque
está em processo de licitação pelo Edital n° Sarandi, utilizada principalmente para lazer.
004/2021 para que empresas ou consórcios Em 2021 foram implantadas ciclofaixas na Av. Severino
distintos façam o trabalho especificamente para Ballesteros, conectando o Parque Sarandi ao parque ecológico
em BH.
cada regional, com a supervisão e coordenação
simultânea de uma consultora de articulação e a
própria Transcon.
16
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Cidade em movimento
Sistema Integrado de Mobilidade
(SIM)

O SIM prevê três corredores estruturais de transporte: Os terminais permitem a integração e transferência entre os
serviços troncais com múltiplos alimentadores. Estão previstos
Norte-Sul cinco terminais: Darcy Ribeiro, Sede, Petrolândia, Ressaca e
Leste-Oeste Eldorado.
Ressaca
O novo sistema de transporte está estruturado em
três eixos principais:

1 - reestruturação do sistema de transporte


coletivo (sistema tronco alimentado).

2- infraestrutura urbana (corredores estruturais


de transporte, terminais de integração, estações
de transferência e obras de arte especiais).

3 - infraestrutura viária (o serviço alimentador


opera em vias de tráfego misto, enquanto os
serviços troncais operam em faixas exclusivas). Modelo das estações de transferência do SIM.
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DIAGNÓSTICO
Cidade em movimento Falta incentivo e investimento para a
Há muitos problemas de
mobilidade ativa, por meio de, entre
outros: melhoria dos passeios; articulação com municípios
Percepção da população adequação do sistema viário envolvendo
implantação de ciclovias, ciclofaixas e
limítrofes bem como entre
Regiões.
faixas compartilhadas; criação de pistas
de caminhada, etc. De maneira geral, os
espaços para pedestres e ciclistas são
pouco contemplados. A diversidade dos usos pode
contribuir para aumentar
empregos próximos às
residências e diminuir
Falta fiscalização e demanda por deslocamentos.
educação para o
trânsito.

De maneira geral, há Existe a necessidade de


necessidade de melhorar as extensão do metrô para os As obras viárias que têm sido
condições de deslocamento demais bairros do retomadas ou iniciadas são
da população por transporte Município além do ponto positivo.
coletivo. Eldorado.

A cidade é projetada para


carros, faltando
priorização do pedestre e
transporte coletivo.

De maneira geral, as
condições de acessibilidade A cidade é espraiada,
não são adequadas nos constituída por núcleos
espaços públicos e no distantes, o que dificulta
transporte coletivo. a mobilidade.
18
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Necessidades habitacionais no município
Déficit habitacional (IBGE, 2010)
Refere-se à necessidade de reposição ou incremento do
Cidade com cidadania estoque de moradias, correspondendo ao número de
domicílios necessários para atender as famílias que não +3 5.9% 1.2%
conseguiram acessar até então uma moradia digna e
Habitação adequada.

A moradia digna e adequada é um direito social domicílios rústicos/precários


previsto tanto pela Constituição Federal, quanto
pelo Estatuto da Cidade. Assim como no restante coabitação
do Brasil, Contagem vem crescendo sem que
grande parte dos moradores tenham acesso à
$
$ ônus excessivo com aluguel
38.7%
moradia.
54.2%
De que forma os problemas habitacionais podem
+3 adensamento excessivo de domicílios
alugados
ser solucionados institucionalmente? Através da
Política Municipal de Habitação de Interesse Social
(PMHIS) que prevê:
Qualificação de áreas de interesse social
ocupadas (vilas, conjuntos e loteamentos
populares, ocupações organizadas,
comunidades tradicionais e outras): Demanda demográfica (IBGE, SMDUH, 2010
urbanização e regularização fundiária plenas e - 2032)
integradas; controle, prevenção e redução dos
Estima-se que até 2032 surjam 4.825 novos domicílios de
riscos geológicos; famílias com rendimento de zero a três salários mínimos,
Provisão da moradia: construção de novas considerando o incremento de 129.710 habitantes no
moradias; fornecimento de auxílios município no mesmo período.
financeiros para aquisição e/ou locação de
moradias existentes; reassentamento de
famílias removidas por risco ou obra pública
em condições adequadas de moradia;
Assessoria técnica para construção de novas
moradias ou melhoria de moradias existentes.
19
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Necessidades habitacionais no município
Inadequação de domicílios (2010)
+3
Trata-se de moradias em condições indesejáveis de habitabilidade 18.6%
Cidade com cidadania sem haver, porém, a necessidade de construção de novas unidades.

Habitação +3 adensamento excessivo de domicílios próprios


2.5%

ausência de banheiro

carência de infraestrurua

78.9%

Um dos fatores de inadequação de domicílios que atinge


especialmente as áreas de interesse social ocupadas é a existência
de situações de risco geológico/hidrológico. O Plano Municipal de
Redução de Riscos (PMRR), elaborado em 2017, aponta 602
domicílios em áreas de risco médio, alto e muito alto.

A retração dos investimentos do Governo Federal


e as decisões das gestões anteriores impactaram
a PMHIS de modo que o atual governo de
Contagem tem procurado restaurar o
investimento financeiro e institucional para
enfrentamento da questão habitacional.
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DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO Patrimônio imaterial

Cidade com cidadania


Patrimônio cultural, artístico e
histórico

A comunidade quilombola dos Arturos é reconhecida e protegida como bem imaterial nas instâncias municipal e estadual

Contagem registra importantes bens materiais e Patrimônio material


imateriais que nos possibilitam reviver memórias
de um passado diverso, permitindo-nos acessar os
saberes, fazeres, conhecimentos técnicos,
científicos, artísticos, culturais e sociais de um
determinado tempo. Portanto, medidas protetivas
do patrimônio se fazem necessárias para valorizar
a memória de um passado vivido e assegurar que
cada cidadão conheça sua história e o local onde
vive enquanto mecanismo que pode fortalecer a
sensação de pertencimento, o que é essencial
para que as pessoas também preservem e cuidem Chaminés e prédio administrativo da Casa dos cacos Igreja Matriz de São Gonçalo
de tais bens. fábrica de Cimento Itaú
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DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR

Cidade com cidadania


Sistema participativo de gestão legislativo
Composição
urbana executivo movimento popular

empresarial ensino superior profissionais liberais

Convocação das reuniões do COMPUR 3 meses

Convocação da CMPU 4 anos

A gestão democrática da cidade de Contagem


ocorre por meio de diversos órgãos e instâncias
colegiados, de natureza consultiva, deliberativa e Monitoramento da revisão e implementação do Plano Diretor (PD)
normativa vinculados às questões urbanas/
territoriais, a saber: o Conselho Municipal de
Política Urbana (COMPUR), de Habitação
(COMHAB), de Saneamento Básico (COMSA), de Conferência Municipal de Política Urbana - CMPU
Meio Ambiente (COMAC), de Transporte e do
Patrimônio Cultural (COMPAC). Em alguns destes
conselhos está prevista a realização de 2º ano
conferências que se constituem como processos de mandato
amplos e abertos à participação da população. participação Projeto de Lei do PD
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DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Contagem


Lei nº 3944/2005

Cidade com cidadania marco legal


Lei nº 4276/ 2009 Sistema Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (SAN)
2005 - 2013
Decreto nº 1104/2009 Incorporação da SAN à estrutura da Secretaria de Promoção Social
Segurança alimentar e nutricional
Decreto nº 1860/2012 Comitê Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional

+ demanda por serviços aproveitamento dos espaços públicos e privados para a


produção de alimentos saudáveis fomentando a agricultura
inclusão da agroecologia
2021 + pobreza urbana e familiar como forma de inclusão social, acesso a

+
uma alimentação saudável, geração de renda e proteção dos
insegurança alimentar recursos naturais

2 cozinhas comunitárias

1
3.500 pessoas/ dia 5.000 pessoas/ dia
banco de alimentos recebem almoço e janta nos beneficiadas pelo banco
restaurantes e cozinhas de alimentos
programas, ações e
serviços do Município 1 Centro Municipal de Agricultura Urbana e Familiar

3 restaurantes populares

1 programa de aquisição de alimentos 150 agricultoras(es)


recebem assistência técnica e
capacitação para produzir e
2.250 pessoas
contempladas pelo
cartão social
comercializar alimentos

Criar e ampliar serviços públicos integrados que promovam o acesso ao direito universal de se ter uma
alimentação adequada e de qualidade, produzida com sustentabilidade, geração de renda, educação
diretrizes para o Plano nutricional e promoção da saúde, aproveitando e protegendo os recursos ambientais (fontes de água,
DIretor energia solar, materiais recicláveis, terras ociosas) e valorizando os saberes praticados na agricultura
urbana e familiar agroecológica.
23
Há necessidade urgente de

DIAGNÓSTICO programa público


possibilite o acesso à
moradia digna
que

para
população de baixa renda,
com subsídios.
Cidade com cidadania Existe insegurança alimentar.
Faltam: condições de acesso à
Falta uma política alimentação, recursos para
Percepção da população efetiva de habitação
que pensa a moradia
comprar alimentos,
comunitárias.
hortas
associada à cidade. Deve-se evitar a remoção de
famílias sempre que possível.
As indenizações não incluem o
valor do terreno e parte das
famílias não conseguem
trabalhar nos prédios onde são
Falta identidade à reassentadas.
As principais estratégias
cidade mas seus para resolver o problema de
bens culturais são moradia tem sido a
preservados. construção de puxadinhos e A demanda pelas
barracões bem como a políticas sociais
coabitação. tem aumentado
na pandemia.

A regularização fundiária é muito Existe muita dificuldade


A retomada da participação popular é de pagar aluguel, cujo
importante para dar segurança positiva, mas ainda é insuficiente na
para os moradores. Há também a valor está muito alto em
definição de projetos públicos, no Contagem.
necessidade de regularizar licenciamento de empreendimentos
endereços e padronizar e nas destinações dos recursos
numeração das edificações. públicos.

Diversas áreas residenciais - bairros, vilas,


conjuntos habitacionais e outros –
apresentam problemas como:
carência/deficiência de infraestrutura;
Observa-se problemas de circulação de veículos e
crescimento do número pedestres; problemas de transporte
de pessoas vivendo em A estrutura, as atividades coletivo; riscos de inundação e
situação de rua. e os espaços culturais desabamento; carência de espaços
são escassos e muito públicos; carência de comércio/serviços;
centralizados na cidade. irregularidade fundiária.
24
REFERÊNCIAS,
Referências

PRINCÍPIOS E Lei nº 13.089


2015
Lei nº 10.257
2001
ODS
ONU

OBJETIVOS Estatuto da Metrópole Estatuto da Cidade Objetivos do Desenvolvimento Sustentável


Organização das Nações Unidas

Princípios

Direito à Cidade Função Social da Propriedade Sustentabilidade Gestão democrática da cidade

Objetivos
• Contribuir para a superação das desigualdades socioterritoriais;
• Promover a proteção, preservação e recuperação do meio ambiente e do patrimônio cultural;
• Aprimorar mecanismos de proteção da bacia hidrográfica de Vargem das Flores, visando à:
_ manutenção da quantidade e da qualidade da água do reservatório;
_ contenção do processo de expansão urbana dispersa e sem suporte de infraestrutura;
• Combater a retenção especulativa de imóveis e a ociosidade das edificações existentes;
• Promover justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
• Privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais;
• Criar condições favoráveis para o acesso à moradia digna e adequada da população de baixo ou sem rendimento;
• Adequar o adensamento construtivo e populacional à capacidade de suporte do solo e das infraestruturas nas diversas porções do
território;
• Fomentar o dinamismo e a diversidade econômica no município, disciplinando a instalação de atividades não residenciais,
fortalecendo a rede de centralidades e estimulando a diversificação de usos no território;
• Fortalecer a autonomia e a identidade das diversas porções da cidade, em especial daquelas áreas mais carentes;
• Estruturar um modelo democrático, descentralizado e integrado de planejamento e gestão da cidade.
25
DIAGNÓSTICO
ESTRATÉGIAS
1. Dispositivo de captação de
energia alternativa.
2. Área permeável vegetada no
afastamento frontal da
edificação.
Cidade sustentável 3. Área de fruição pública.
4. Fachada ativa.

Definir a Macrozona Rural, visando


primordialmente à preservação das águas e
das matas.
Definir zonas de proteção ambiental nas
Macrozonas Rural e Urbana.
Estabelecer medidas protetivas específicas
para o reservatório de Vargem das Flores, por
sua função estratégica no abastecimento da
1
Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Incentivar a utilização de dispositivos, 4
padrões e tecnologias que promovem 2
economia de recursos naturais e redução dos
impactos ambientais.
Estimular a universalização, equidade e
integralidade dos serviços de saneamento 3
básico.
26
DIAGNÓSTICO
ESTRATÉGIAS
Cidade compacta

Garantir que o crescimento da cidade


aconteça em condições adequadas e
compatíveis em relação a aspectos
urbanísticos, ambientais e socioculturais dos
lugares.
Compatibilizar a expansão e o adensamento
da cidade com: meio físico/natural; bacias
hidrográficas; proteção de áreas de relevância
cultural; otimização de infraestrutura,
equipamentos e serviços; demanda
habitacional atual e futura.
Coibir e reverter a fragmentação e a expansão
irregular do tecido urbano.
Impedir a implantação de sistema viário que abastecimento de água
possa induzir ocupação urbana dispersa na esgotamento sanitário
bacia de Vargem das Flores. drenagem pluvial Dispersão Fragmentação Compactação
27
DIAGNÓSTICO
ESTRATÉGIAS
Cidade diversa

Criar condições para ampliar a dinâmica


econômica municipal.
Promover diversificação de usos no espaço
urbano, estimulando a aproximação entre
moradia e trabalho/renda especialmente no
caso das áreas residenciais de interesse
social.
Fomentar a formação e o fortalecimento de
rede de centralidades disseminada pelo
território municipal, de modo a propiciar
autonomia das diversas porções da cidade.
Garantir a mitigação de impactos negativos
dos empreendimentos, segregando
espacialmente as atividades mais
impactantes e poluidoras.
Promover a integração e complementaridade
entre as atividades urbanas e rurais.
Fortalecer as identidades locais.
Ampliar a oferta de espaços públicos que
estimulem o uso comunitário e a convivência
social.
Promover melhor articulação viária e de
transportes entre bairros e regiões.
Melhorar as condições ambientais e de
circulação que permitam o deslocamento de
pedestres e ciclistas com conforto e
segurança.
28
DIAGNÓSTICO
1. Centro Municipal de Educação

ESTRATÉGIAS Infantil.
2. Horta comunitária.
3. Habitação de Interesse Social.
4. Unidade Básica de Saúde.
Cidade inclusiva e democrática
2 1

Criar condições para o acesso à terra


urbanizada e à moradia digna por parte da
população de baixo ou nenhum rendimento.
Promover a regularização fundiária e a
melhoria urbanística-ambiental das áreas
residenciais de interesse social.
Criar condições para o acesso à alimentação
adequada e de qualidade, produzida com
sustentabilidade ambiental, geração de renda,
educação nutricional e promoção da saúde.
Promover a ampliação e qualificação dos
espaços públicos, inclusive com acesso à
internet.
Promover a distribuição espacial adequada
dos equipamentos e infraestruturas urbanas. 4
Ampliar e aperfeiçoar os mecanismos de
participação da sociedade civil no
planejamento e na gestão urbano-territorial.
29
DIAGNÓSTICO
ESTRATÉGIAS
Cidade acessível

Promover a política de mobilidade urbana


sustentável, que contribua para a inclusão
social.
Melhorar a acessibilidade às diversas regiões
do Município, com vistas a promover sua
integração e fortalecer a rede de
centralidades.
Promover a melhoria da articulação do
Município com o espaço regional.
Promover a complementação e adequação do
sistema viário e de transporte bem como
garantir condições adequadas para a
circulação de pedestres e ciclistas.
Equacionar o movimento de veículos de carga
no interior da malha urbana.
Ampliar o acesso aos equipamentos e
serviços básicos priorizando o uso transporte
público coletivo e os modos de transporte não
motorizados, como a bicicleta.
30
DIAGNÓSTICO
ESTRATÉGIAS 1
1. Igreja matriz de São Gonçalo.
2. Conjunto Centro Cultural
Prefeito Francisco Firmo de
Mattos Filho.

Cidade com memória

Incentivar a proteção, promoção e garantia de


preservação do patrimônio material e
imaterial do Município.
Preservar a paisagem urbana histórica e a
ambiência de bairros mais antigos e
consolidados.
Resgatar a memória e importância do núcleo
histórico da Sede bem como da Cidade
Industrial na formação do espaço urbano e da
identidade do Município.
Reconhecer a Comunidade dos Arturos bem
como as Pedreiras Santa Rita e do Riacho
como espaços de referência simbólica
importantes para a identidade do Município.
31
ESTRUTURA DO Título I - princípios, objetivos e Título V - diretrizes temáticas
PROJETO DE LEI
Meio Ambiente e Saneamento Política Municipal de
diretrizes Habitação de Interesse Social Regularização Fundiária
Disposições preliminares Princípios Objetivos Diretrizes
Mobilidade Desenvolvimento Econômico e Turismo
gerais
Agroecologia e Segurança Alimentar.

Título II - ordenamento territorial Título VI - ações públicas prioritárias


Disposições preliminares Macrozona Urbana e Rural Zonas
Áreas de Diretrizes Especiais Sistema Viário Parcelamento
do Solo Ocupação do Solo Uso do Solo Fiscalização e Título VII - disposições finais e
Penalidades pelo descumprimento das normas de
transitórias
Títulos (7) Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo.

Anexos
Título III - instrumentos Anexo I: Mapa de Unidades de Planejamento.
Anexo II: Mapa de Macrozoneamento.
Disposições Preliminares Parcelamento, Edificação e

Capítulos (34)
Anexo III: Mapa de Zoneamento.
Utilização Compulsórios (PEUC), IPTU progressivo no tempo
Anexo IV: Mapa de Áreas de Diretrizes Especiais.
e Desapropriação Direito de Preempção Outorga Onerosa
Anexo V: Mapa de Classificação Viária.
do Direito de Construir (OODC) Transferência do Direito de
Anexo VI: Características Geométricas das Vias.
Construir (TDC) Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
Anexo VII: Vias com Previsão de Recuo de Alinhamento.
Operação Urbana Consorciada (OUC) Consórcio Imobiliário
Seções (35) IPTU Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
Anexo VIII: Parâmetros Urbanísticos.
Anexo IX: Benefícios Urbanísticos de Redução de
Contrapartida de OODC.
Título IV - sistema de gestão urbana Anexo X: Classificação das Atividades.
Anexo XI: Classificação dos Empreendimentos de Impacto.
Subseções (17) participativa Anexo XII: Infrações e Penalidades.
Disposições preliminares Conselho Municipal de Política Anexo XIII: Descrição do Perímetro Urbano.
Urbana (COMPUR) Conferência Municipal de Política Urbana Anexo XIV: Glossário.

Anexos (15) (CMPU)


(FMDU).
Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano Anexo XV: Regras de Transição para as Bacias de Vargem das
Flores e do Bom Jesus.
32
PRINCÍPIOS, Princípios
o DIREITO à CIDADE, entendido como a inclusão
Objetivos
Cumprir as funções sociais da cidade; aperfeiçoar os

OBJETIVOS E
socioterritorial de todos os segmentos da população mecanismos de preservação do meio ambiente e do patrimônio
residente no Município, bem como o atendimento universal cultural; realizar ajustes nos mecanismos de proteção de
aos direitos humanos fundamentais e sociais no território, Vargem das Flores; ajustar os instrumentos de ordenamento
consubstanciado nas funções sociais da cidade. territorial; combater a especulação imobiliária; promover

DIRETRIZES
mecanismos de superação das desigualdades; fortalecer a
a FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE, enquanto núcleo autonomia e identidade das diversas porções da cidade; e
estruturante do direito de propriedade, consistindo na estruturar um modelo democrático de gestão da cidade.
compreensão de que a propriedade deve atender aos
interesses públicos e privados, com a prevalência daqueles
coletivos sobre os particulares.
a SUSTENTABILIDADE, que pressupõe a elaboração e
execução da política de desenvolvimento urbano e
territorial em atendimento ao direito à terra urbana, à
moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana,
ao meio ambiente equilibrado, ao transporte, aos serviços Diretrizes Gerais
públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras
gerações. Macrodiretrizes

a GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE, garantida com a Critérios para expansão e adensamento, e contenção do
participação permanente dos cidadãos do Município nos processo de fragmentação.
processos de planejamento urbano e territorial, assim como
na sua execução. Medidas de sustentabilidade, redução de impactos
ambientais, atendimento de HIS, universalização e
ampliação de serviços, mobilidade, fomento de
propriedade função social da centralidades e espaços públicos, dinamismo e diversidade
privada propriedade econômica e simplificação da legislação.

Diretrizes de estruturação espacial


Ocupação do território de maneira sustentável e compatível
com a infraestrutura disponível.

Diversificação de atividades e dinamismo da economia.

interesse interesse Melhoria da qualidade dos lugares, centralidades, espaços


individual coletivo públicos, HIS, articulação espacial, mitigação de impactos e
proteção da paisagem.

Diretrizes para gestão territorial


aproveitamento
socialmente justo do solo Ampliação de mecanismos participativos, Sistema de
Gestão Participativa (COMPUR).
utilização adequada dos Aspectos administrativos de planejamento e gestão (CPUR e
recursos naturais GTM).
33
ORDENAMENTO
TERRITORIAL Macrozona Rural (MZR)

Macrozoneamento Destinada às atividades agropecuárias,


agroindustriais, ecoturismo, turismo rural,
agricultura urbana, recreação e lazer.
São permitidos os parcelamentos de solo
para fins rurais, equipamentos e atividades
de caráter urbano, desde que observada a
Fração Mínima de Parcelamento (FMP) =
20.000m² e as restrições de cada Zona.

Macrozona Urbana (MZU)


Destinada prioritariamente ao
parcelamento, ao uso e ocupação do solo
urbano.
Tem a função de distribuir
equilibradamente a população no território
e consolidar a macrozona,
compatibilizando a densidade demográfica
Nesta versão do Plano Diretor o Macrozoneamento e as condições ambientais considerando
tem o intuito de ordenar os usos rurais e urbanos as bacias hidrográficas, a acessibilidade e
no território municipal, contribuir para conter a disponibilidade de infraestruturas urbanas
e equipamentos de uso coletivo.
dispersão do espaço urbano e evitar a expansão
urbana sobre áreas que podem impactar a
qualidade dos mananciais, sobretudo os de
Vargem das Flores e da Pampulha.
34
ORDENAMENTO
TERRITORIAL
Zoneamento
Zona de Usos Diversificados - ZUD
Conjunto de áreas destinadas predominantemente
ao uso residencial, com suporte de atividades
diversificadas de comércio e serviços.
Zona de Especial Interesse Social - ZEIS
Conjunto de áreas ocupadas por famílias atendidas
pela Política Municipal de Habitação de Interesse
Social - PMHIS, destinadas a garantir sua
permanência, qualificar as condições de moradia e
promover a regularização fundiária.
Zona de Atividades Econômicas - ZAE
Conjunto das áreas urbanizadas dotadas de
infraestrutura e ocupadas predominantemente por
usos não residenciais, nas quais há interesse
estratégico de implantar, manter ou dinamizar
polos de desenvolvimento econômico.
Zona de Proteção Ambiental - ZPA
Conjunto de áreas com atributos ambientais
relevantes, sendo destinadas à manutenção
dessas características e à conservação dos
recursos naturais.
35
ORDENAMENTO
Coeficiente de Aproveitamento (CA) Quota de terreno (QUOTA)
Determina quanto é possível construir em um determinado É a relação entre a área total do terreno e o número máximo de
terreno, conforme a Zona e/ou ADE onde se localiza. O valor é unidades residenciais nele permitido.

TERRITORIAL definido pela divisão entre a área construída computável e a


área do terreno.
Exemplo:
Coeficiente de Aproveitamento
Máximo (CAM) Terreno = 360m²
Define a área líquida adicional QUOTA = 15 m²/ unidade
(potencial construtivo adicional)
360/15 = 24 unidades
que pode ser construída em
terrenos situados em Zonas
e/ou ADEs onde se aplica a
Outorga Onerosa do Direito de
Construir (OODC) e/ou
Transferência do Direito de Taxa de Permeabilidade (TP)
Construir (TDC).
Porção do terreno destinada á
infiltração das águas pluviais no
solo natural. O percentual da TP
Coeficiente de Aproveitamento
é definido conforme a Zona e a
Básico (CAB)
bacia hidrográfica onde o
Define a área líquida máxima
terreno está localizado,
(potencial construtivo) que pode
podendo ser integralmente
ser construída em todos os
vegetado e/ou através de
terrenos do município.
dispositivos que assegurem a
drenagem pluvial.

Coeficiente de Aproveitamento
Mínimo (CAmín)
Define a área líquida mínima
construída em um terreno,
podendo torná-lo passível da
aplicação do Parcelamento,
Conhecendo alguns conceitos Edificação ou Uso Compulsório
(PEUC) a depender da Zona e/ou
ADE onde se localiza.
A definição prévia desses conceitos é necessária
para compreender a diferenciação de cada Zona e
Área de Diretrizes Especiais (ADE) apresentada a
seguir.
36
ORDENAMENTO Parâmetros urbanísticos gerais

TERRITORIAL Lote mínimo Vargem


das Flores
2.000m²
Zona de Usos Diversificados 1
ZUD-1
Lote mínimo Bom Jesus
1.000m²

CAB
0,5

QUOTA Vargem das


Abrange áreas urbanizadas ou não, situadas nas Flores
Bacias de Vargem das Flores e do Bom Jesus, com 1.000
infraestrutura limitada e não atendidas por
sistema de reversão de esgoto, sendo destinadas
a ocupação de baixa densidade admitindo-se
QUOTA Bom Jesus
atividades econômicas conviventes com o uso 500
residencial. São admitidos os usos residenciais
unifamiliar e multifamiliar e os usos não
residenciais que se classifiquem como atividades TP Vargem das Flores
dos Grupos 1 e 2 (ver página 67), desde que não se Lotes >400m²
50%
enquadrem como empreendimentos de impacto.
Dependendo da bacia o valor total da TP poderá
TP Bom Jesus
ser distribuído entre área vegetada, caixa de Lotes >400m²
retenção e piso drenante. Essa distribuição 40%
também varia de acordo com o tamanho do
terreno, sendo mais flexível para terrenos com TP Vargem das Flores e
Bom Jesus
área igual ou inferior à 400 m². O cumprimento da Lotes ≤ 400m²
TP com uma porcentagem de área vegetada é ou
Total = 30%
obrigatório em todas as bacias onde esta zona se Vegetada = mín. 15%
localiza. Caixa de retenção ou piso
drenante = máx. 15%
37
ORDENAMENTO Parâmetros urbanísticos gerais

TERRITORIAL
Lote mínimo
Zona de Usos
Atividades
Diversificados
Econômicas2 2 Vargem das Flores
e Bom Jesus
ZAE 2
ZUD-2 1.000m²

Lote mínimo
demais bacias
360m²

CAB
1,0
Abrange áreas, urbanizadas ou não, situadas nas
Bacias de Vargem das Flores e da Pampulha, nas
QUOTA Vargem
quais as condições favoráveis de acesso viário das Flores e Bom
conjugadas com as deficiências em outras Jesus
infraestruturas urbanas impõem limitações ao 500
adensamento populacional, admitindo atividades
econômicas de maior porte, desde que de baixo QUOTA demais
bacias
impacto ambiental e que adote medidas e 90
soluções ecológicas, especialmente no que se
refere à drenagem e ao esgotamento sanitário. TP Vargem das
São permitidos os usos residenciais unifamiliar e Flores e Pampulha
multifamiliar, desde que não se enquadrem como Total = 40% ou
Vegetada = mín. 20%
empreendimentos de impacto nas bacias de Caixa de retenção ou
Vargem das Flores e do Bom Jesus, e os usos não piso drenante = máx.
residenciais que se classifiquem como atividades 20%
dos Grupos 1 e 2 (ver página 67).
Dependendo da bacia o valor total da TP poderá
ser distribuído entre área vegetada, caixa de
retenção e piso drenante. O cumprimento da TP
com uma porcentagem de área vegetada é
obrigatório em todas as bacias onde esta zona se
localizada.
38
ORDENAMENTO Parâmetros urbanísticos gerais

TERRITORIAL Lote mínimo


180m²
Zona de Usos Diversificados 3
ZUD-3
CAB
1,0

QUOTA Vargem das


Abrange as áreas urbanizadas da Macrozona Flores
Urbana nas quais as condições de esgotamento 90
sanitário, acessibilidade e/ou relevo recomendam
adensamento populacional de nível médio e
permeabilidade do solo compatível com a bacia
hidrográfica, permitindo-se usos conviventes com QUOTA demais bacias
60
o residencial, principalmente atividades
econômicas relacionadas ao provimento das
necessidades básicas da população residente. São
admitidos os usos residenciais unifamiliar e TP Arrudas e Imbiruçu
Total = 20%
multifamiliar e os usos não residenciais que se Vegetada = 10%
classifiquem como atividades dos Grupos 1 e 2 (ver Caixa de retenção = 10%
página 67). TP Pampulha
Total = 30%
Dependendo da bacia o valor total da TP poderá Vegetada = mín. 15%
ser distribuído entre área vegetada, caixa de Caixa de retenção = 10%
Piso drenante = máx. 5%
retenção e piso drenante. Em todas as bacias está
previsto o cumprimento de porcentagens TP Bom Jesus e Vargem
obrigatórias com área vegetada. Nas bacias do das Flores
Arrudas, Imbiruçu e Pampulha está previsto o Total = 30%
cumprimento de porcentagem obrigatória com Vegetada = mín. 15%
Caixa de retenção ou
caixa de retenção. piso drenante = máx. 15% ou
39
ORDENAMENTO Parâmetros urbanísticos gerais

TERRITORIAL Lote mínimo


180m²
Zona de Usos
Atividades
Diversificados
Econômicas4 2
ZAE 2
ZUD-4
CAmín
0,2

CAB
1,0

Abrange as áreas urbanizadas da Macrozona


Urbana dotadas de infraestrutura, boas condições
de acessibilidade e relevo, atributos que lhes
CAM
conferem potencial de adensamento em nível 2,0
elevado através do estímulo à multiplicidade de
usos conviventes com o residencial e a oferta de
equipamentos coletivos requeridos pelo
TP Arrudas e Imbiruçu
adensamento populacional. São admitidos os usos Total = 20%
residenciais unifamiliar e multifamiliar e os usos Vegetada = 10%
não residenciais que se classifiquem como Caixa de retenção = 10%
atividades dos Grupos 1 e 2 (ver página 67). TP Pampulha
Total = 30%
Dependendo da bacia o valor total da TP poderá Vegetada = mín. 15%
Caixa de retenção = 10%
ser distribuído entre área vegetada, caixa de Piso drenante = máx. 5%
retenção e piso drenante. Em todas as bacias está
previsto o cumprimento de porcentagens TP Bom Jesus e Vargem
obrigatórias com área vegetada. Nas bacias do das Flores
Total = 30%
Arrudas, Imbiruçu e Pampulha está previsto o Vegetada = mín. 15%
cumprimento de porcentagem obrigatória com Caixa de retenção ou
caixa de retenção. piso drenante = máx. 15% ou
40
ORDENAMENTO Parâmetros específicos até a
regulamentação em lei

TERRITORIAL
específica
Parcelamento:
Aplicam-se os parâmetros da Área de
Diretrizes Especiais (ADE) de Interesse
Zona de Especial Interesse Social 1 Social nas áreas submetidas ao processo
de regularização fundiária.
ZEIS-1 Ocupação:
Aplicam-se os parâmetros da Lei
2.140/1990 (PROVILA)

Usos:
São admitidos usos não residenciais
classificados nos Grupos 1 e 2,
observando o limite de área construída
de 500 m² (exceto para serviços de uso
coletivo vinculados a empreendimentos
públicos)

Refere-se às vilas, favelas e comunidades


tradicionais.
Nas áreas atingidas por obras públicas ou da
iniciativa privada, deverá ser assegurado no
projeto de intervenção o menor número de
remoções e, quando estas forem inevitáveis,
deverá ser garantido o reassentamento
preferencialmente no próprio território ou no raio
máximo de 2 km (dois quilômetros) . As áreas
remanescentes de intervenções nesta zona devem
ser destinadas à implantação de
empreendimentos de iniciativa do Poder Público,
como espaços livres de uso público, e, quando
adequado, equipamentos comunitários,
equipamentos urbanos e habitação de interesse
social, bem como de empreendimentos
econômicos considerados de interesse público. atividade econômica em edificação
com área construída igual a 500m²
41
ORDENAMENTO Parâmetros específicos até a
regulamentação em lei

TERRITORIAL
específica
Parcelamento:
Aplicam-se os parâmetros da Área de
Diretrizes Especiais (ADE) de Interesse
Zona de Especial Interesse Social 2 Social nas áreas submetidas ao processo
de regularização fundiária.
ZEIS-2 Ocupação:
Aplicam-se os parâmetros previstos na
ZUD-3.

Usos:
São admitidos usos não residenciais
classificados nos Grupos 1 e 2,
observando o limite de área construída
de 1.000 m² (exceto para serviços de uso
coletivo vinculados a empreendimentos
públicos)
Refere-se aos loteamentos e conjuntos
habitacionais promovidos pelo poder público,
loteamentos privados de interesse social e
ocupações organizadas.
Nas áreas atingidas por obras públicas ou da
iniciativa privada, deverá ser assegurado no
projeto de intervenção o menor número de
remoções e, quando estas forem inevitáveis,
deverá ser garantido o reassentamento
preferencialmente no próprio território ou no raio
máximo de 2 km (dois quilômetros) . As áreas
remanescentes de intervenções nesta zona devem
ser destinadas à implantação de
empreendimentos de iniciativa do Poder Público,
como espaços livres de uso público, e, quando
adequado, equipamentos comunitários,
equipamentos urbanos e habitação de interesse
social, bem como de empreendimentos Habitação de Unidade básica de
econômicos considerados de interesse público Interesse Social saúde
42
ORDENAMENTO Parâmetros urbanísticos gerais

TERRITORIAL
Lote mínimo
Zona de Atividades Econômicas 1 500m²

ZAE-1
CAmín
0,2

CAB
1,0

Abrange as áreas com maior infraestrutura para


implantação de atividades econômicas, fora das
bacias de Vargem das Flores e do Bom Jesus, CAM
onde serão permitidas todas as categorias de 2,0
usos não residenciais não admitindo-se, portanto,
o uso residencial nesta zona, exceto na Cidade
Industrial Juventino Dias para o caso de TP Arrudas
reassentamento das famílias residentes no distrito Total = 20%
Vegetada = 10%
industrial. Esta zona contém parte dos Distritos Caixa de retenção = 10%
Industriais do município. São permitidos os usos
não residenciais que se classifiquem como
atividades dos Grupos 1 , 2, 3 e 4 (ver página 67). TP Pampulha
Total = 30%
Vegetada = mín. 15%
Dependendo da bacia o valor total da TP poderá Caixa de retenção = 10%
ser distribuído entre área vegetada, caixa de Piso drenante = máx. 5%
retenção e piso drenante. No caso das bacias da
Pampulha e Arrudas está previsto o cumprimento
de porcentagens obrigatórias com área vegetada e
caixa de retenção.
43
ORDENAMENTO Parâmetros urbanísticos gerais

TERRITORIAL Lote mínimo


500m²
Zona de Atividades Econômicas 2
ZAE-2
CAmín
0,2

CAB
1,0

CAM
2,0

Abrange as áreas onde serão permitidos usos não TP Arrudas e Imbiruçu


residenciais conviventes e não conviventes com o Total = 20%
residencial. Logo, o uso residencial será admitido Vegetada = 10%
desde que não se configure como conjunto Caixa de retenção = 10%
residencial. São permitidos os usos não
TP Pampulha
residenciais que se classifiquem como atividades Total = 30%
dos Grupos 1 , 2, e 3 (ver página 67). Vegetada = mín. 15%
Caixa de retenção = 10%
Piso drenante = máx. 5%
Dependendo da bacia o valor total da TP poderá
ser distribuído entre área vegetada, caixa de TP Bom Jesus e Vargem
retenção e piso drenante. Em todas as bacias está das Flores
previsto o cumprimento de porcentagens Total = 30%
Vegetada = mín. 15%
obrigatórias com área vegetada e/ou caixa de Caixa de retenção ou ou
retenção. piso drenante = máx. 15%
44
ORDENAMENTO Parâmetros urbanísticos gerais

TERRITORIAL
CAB em MZU
Zona de Proteção Ambiental 1 0,1

ZPA-1
CAB em MZR
0,05

TP em MZU
80%

Abrange áreas com atributos ambientais e


paisagísticos relevantes, situadas na Macrozona
Urbana (MZU) e na Macrozona Rural (MZR), em que
estejam implantadas ou que sejam destinadas à
implantação de áreas de lazer, parques, reservas
ecológicas e serviços de uso coletivo similares.
São proibidos os usos residenciais e permitidos
usos não residenciais não impactantes e
compatíveis com a finalidade da Zona, que se
classifiquem como atividades dos Grupos 1 e 2,
admitindo serviços de uso coletivo de natureza
distinta dos previstos para a Zona, desde que de
iniciativa do Poder Público.
As áreas permeáveis deverão ser
obrigatoriamente vegetadas, exceto na ADE
Pedreiras onde poderá ser adotado um valor de
20%.
45
ORDENAMENTO Parâmetros urbanísticos gerais

TERRITORIAL
Lote mínimo
Zona de Proteção Ambiental 2 20.000m²

ZPA-2
CAB em MZU
0,1
Abrange as áreas situadas majoritariamente nas
Macrozonas Urbana (MZU) e Rural (MZR) das bacias
de Vargem das Flores e da Pampulha, importantes
por conterem vegetação arbórea significativa CAB em MZR
0,05
(áreas remanescentes da mata atlântica, áreas de
campo e cerrado, áreas de preservação
permanente e áreas degradadas) nas quais as
possibilidades de ocupação e utilização ficam QUOTA em MZU
condicionadas ao cumprimento de parâmetros 10.000
urbanísticos e diretrizes restritivas, com o objetivo
de manter ou recuperar os atributos ambientais
relevantes. São admitidos os usos residenciais QUOTA em MZR
unifamiliar e multifamiliar que não se enquadrem 20.000
como empreendimento de impacto e atividades
urbanas com baixíssima densidade construtiva e
populacional e alta permeabilidade do solo. São TP em MZU
permitidos os usos não residenciais que se 90%
classifiquem como atividades dos Grupos 1 e 2 (ver
página 67) desde que sejam compatíveis com a
finalidade da zona, que sejam relacionados ao TP em MZR
provimento de necessidades básicas da população 95%
residente e que não se enquadrem como
empreendimento de impacto.
As áreas permeáveis deverão ser
obrigatoriamente vegetadas independente de qual
Macrozona pertencem.
46
ORDENAMENTO Parâmetros urbanísticos gerais

TERRITORIAL Lote mínimo em


Zona de Proteção Ambiental 3
MZU
10.000m²
ZPA-3
Lote mínimo em
Abrange as áreas das bacias de Vargem das Flores MZR
e do Bom Jesus com baixo grau de antropização, 20.000m²
sem infraestrutura ou com infraestrutura
deficiente para a urbanização e que demandam
proteção mediante restrição à expansão urbana e CAB em MZU
0,2
ao adensamento e diretrizes restritivas com o
objetivo de manter ou recuperar os atributos
ambientais relevantes. São admitidos os usos
residenciais unifamiliar e multifamiliar que não se CAB em MZR
0,1
enquadrem como empreendimento de impacto e
atividades urbanas com baixíssima densidade
construtiva e populacional e alta permeabilidade
do solo. Também são admitidas atividades QUOTA em MZU
5.000
agrícolas de forma sustentável e aquelas que
favoreçam o bem-estar, a qualidade de vida e
possibilitem o aproveitamento econômico. Estes e
outros usos não residenciais são permitidos desde QUOTA em MZR
20.000
que se classifiquem como atividades dos Grupos 1
e 2 (ver página 67) e que sejam compatíveis com a
finalidade da zona, que sejam relacionados ao
provimento de necessidades básicas da população TP em MZU
75%
residente e que não se enquadrem como
empreendimento de impacto.
As áreas permeáveis nas bacias de Vargem das TP em MZR
85%
Flores e do Bom Jesus deverão ser
obrigatoriamente vegetadas independente de qual
Macrozona pertencem.
47
ORDENAMENTO Normas específicas
Proibições

TERRITORIAL As calhas aluviais e áreas suscetíveis a


enchentes ficam definidas como áreas non
aedificandi e de preservação permanente
Qualquer atividade, empreendimento ou obra
Área de Diretrizes Especiais - ADE pública ou privada situados em áreas sem
Vargem das Flores infraestrutura e que possam induzir a
ocupação urbana ou prejudicar a qualidade
dos recursos hídricos.
Uso conjunto de fossa séptica e sumidouro
onde ocorra insuficiência de solo aerado,
tais como: regiões alagadiças; margens do
reservatório em cota inferior a 845m e
distantes a 100m; e áreas da bacia situadas
ao longo de águas correntes e dormentes.
Atividades com utilização de qualquer
produto que comprometa a proteção dos
mananciais.
Implantação de novos empreendimentos ou
loteamentos em virtude de resultados do
monitoramento da qualidade das águas do
reservatório ou de estudos geotécnicos.
Empreendimentos que não dispuserem de
condições adequadas de acessibilidade e
não tiverem possibilidade de melhorias para
adequação ao uso proposto sem
comprometer a proteção dos mananciais.

Permissões

Sistema de esgotamento dinâmico desde


que interligado a Estação de Tratamento de
Esgotos - ETE sob responsabilidade da
concessionária, devidamente aprovado por
É o conjunto das áreas pertencentes à bacia esta.
hidrográfica de Vargem das Flores, parceladas ou Assentamentos regularizados somente após
solucionada a questão do esgotamento
não, estando sujeitas a critérios e parâmetros sanitário e observadas as disposições
especiais de ocupação e uso do solo, com vistas à definidas para a ADE de Adequação
proteção e conservação dos recursos hídricos e ao Ambiental de Núcleo Urbano Informal,
desenvolvimento sustentado da bacia. quando coincidentes.
48
ORDENAMENTO Normas específicas
Proibições

TERRITORIAL Criação confinada de animais para comércio e


empreendimentos que afetem a qualidade e
disponibilidade de água.
Empreendimentos que removam a vegetação nativa.
Área de Diretrizes Especiais - ADE Utilização da área permeável como estacionamento
de veículos.
Interesse Turístico Empreendimentos com potencial de comprometer a
paisagem.
Permissões
Utilização da faixa de proteção do reservatório para
equipamentos de uso público, lazer e
estacionamentos, desde que descobertos e com
piso drenante.
Atividades turísticas e recreativas.
Criação de um parque de proteção ambiental na orla.
Uso da lagoa para lazer e recreação nas áreas que
não ofereçam riscos à população.
Dispositivos de comunicação, desde que não
comprometam a paisagem.
Parâmetros de ocupação

Afastamento mínimo frontal igual = 5m (totalmente


com área ajardinada, exceto em acessos e guaritas).
Fechamento frontal dos lotes com garantia de
permeabilidade visual.
Afastamento mínimo lateral e de fundos = 5m.
Altura máxima das edificações = 9m.

É o conjunto das áreas situadas na sub-bacia de


contribuição direta do reservatório de Vargem das
Flores, em relação às quais há interesse público na
preservação da qualidade da água e na
manutenção da paisagem, bem como no
tratamento urbanístico do entorno da represa,
visando à utilização qualificada da ADE para lazer e
turismo.
49
ORDENAMENTO Normas específicas
Diretrizes

TERRITORIAL Fortalecer o caráter de centralidade cultural e histórica


municipal, respeitando o patrimônio histórico, cultural e
religioso, otimizando a oferta de infraestrutura
existente e fortalecendo a base econômica local
Área de Diretrizes Especiais - ADE Elaborar projeto de requalificação do espaço público.
Cultural da Sede Destinar recursos para a manutenção dos prédios
públicos históricos ativos e revitalização dos inativos.
Promover e facilitar o acesso da população aos
É a área do centro da Sede de Contagem que, em equipamentos culturais e bens do patrimônio histórico,
virtude de seu valor histórico-cultural, paisagístico artístico, cultural e ambiental da cidade
e ambiental e de sua importância para a memória e Promover melhorias quanto à mobilidade e ao trânsito
a identidade do Município, deve ser objeto de Parâmetros de uso e ocupação
preservação e valorização da paisagem, da
ambiência e do patrimônio histórico, cultural e Área A:
ambiental. Com o intuito de estabelecer diretrizes Nº de pavimentos = até 2.
e parâmetros diferenciados, esta ADE subdivide- Afastamento lateral mínimo = 1,5m.
se nas seguintes áreas: Área B:
TP = 70% integralmente vegetada (Bacia de Vargem das
Área A: compreende o arruamento mais antigo do Flores).
Núcleo Histórico, destinada a controle mais Aplicação de medida compensatória para casos de
rigoroso da ocupação e constituída por uma faixa supressão e transplantio de vegetação.
Apresentação de PTRF (Projeto Técnico de
de 30 m (trinta metros) de cada lado da via. Reconstituição de Flora) para intervenções em terrenos
com APP degradada.
Área B: destinada à preservação de maciços
arbóreos existentes e antigos quintais, constituída Área C:
pelos terrenos nos quais se encontram esses É proibido o uso residencial multifamiliar vertical.
maciços. Nº de pavimentos = até 3.

Casos sujeitos à apreciação do COMPAC


Área C: destinada à preservação da paisagem
urbana, correspondente a trechos dos bairros Qualquer empreendimento na Área A.
Central Parque, Camilo Alves e Nossa Senhora do Supressão arbórea na Área B.
Carmo. Intervenção em bem tombado ou inventariado e em seu
entorno, considerando um raio de 100m.
Nº de pavimentos > 4.
Área D: destinada à preservação da ambiência da Empreendimentos sujeitos a EIV.
centralidade da Sede Municipal, compreendendo Empreendimentos que a critério do COMPAC podem
as demais áreas internas ao perímetro da ADE. causar causar impactos negativos à paisagem cultural.
50
ORDENAMENTO Normas específicas
Critérios

TERRITORIAL Enquanto não for aprovado o regulamento que trata


sobre normas e critérios especiais de ocupação e uso do
solo destinadas a limitar o adensamento, atenuar a
Área de Diretrizes Especiais - ADE pressão do mercado imobiliário e preservar a paisagem
e o meio ambiente, os parâmetros de uso e ocupação do
Cultural Arturos solo serão definidos a partir de estudos, ouvida a
comunidade quilombola, além de serem utilizados os
parâmetros do zoneamento (ZEIS-1) para esta ADE .
Os processos de regularização urbanística e fundiária
deverão ocorrer segundo procedimentos diferenciados
no sentido de preservar a unidade territorial, os valores
culturais e a integração da comunidade.
As medidas administrativas que impactem a
Comunidade dos Arturos deverão atender os critérios da
Convenção 169 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) que garantem consulta livre, prévia e
esclarecida às Comunidades e Povos Tradicionais.

Casos sujeitos à apreciação do COMPAC

Aprovação de qualquer projeto localizado na ADE.

É a área ocupada pela Comunidade dos Arturos,


em que há interesse público em preservar o
patrimônio cultural da comunidade quilombola e
colaborar para a sua proteção e salvaguarda,
mediante garantia do direito de permanência e sua
regularização, bem como do direito de consulta
livre, prévia e esclarecida das famílias residentes
quanto a empreendimentos que possam afetá-la.
51
ORDENAMENTO Normas específicas
Diretrizes

TERRITORIAL Melhoria da qualidade ambiental.


Estímulos à utilização dos imóveis ociosos e à
instalação de atividades mais vantajosas em relação a

Área de Diretrizes Especiais - ADE geração de empregos e qualidade ambiental.


Estímulos à implantação de atividades terciárias de
Cultural Cidade Industrial apoio à população e espaços de convívio, em locais e
instalações adequadas.
Preservação de edificações e espaços de valor
histórico-cultural.
Melhoria geral da circulação de veículos motorizados e
não motorizados, bem como tratamento das calçadas.
Construção de espaços públicos acessíveis e dotados
de mobiliário urbano adequado.
Valorizar a ambiência da região, respeitando a
altimetria das edificações.
Investir na requalificação da área, com implantação de
parques, áreas de lazer e espaços de valorização da
memória do trabalhador.
Incentivar o turismo industrial.

Restrições

Na área delimitada como Área Especial da Barraginha


não serão admitidas atividades que possam colocar em
risco a estabilidade do solo e das edificações, devendo
o licenciamento de todas as atividades a se instalarem
nesta área ficar condicionado à aprovação da CPUR.

É a área do distrito industrial Juventino Dias, de


destacado valor histórico cultural para o Município
de Contagem. Tem por objetivos preservar a
paisagem local, considerando o patrimônio
industrial, identificar bens de interesse histórico
cultural e espaços da vida cotidiana, como casas e
imóveis industriais, bem como resgatar a memória
da classe operária que se instalou pioneiramente
em Contagem, contribuindo para a formação da
identidade municipal.
52
ORDENAMENTO Normas específicas
Casos sujeitos à apreciação do COMPAC

TERRITORIAL A implantação de edificações e empreendimentos nas


áreas da ADE e seus entornos , bem como o aproveitamento
e utilização pública do remanescente das pedreiras como
Área de Diretrizes Especiais - ADE espaços de esporte, lazer e contemplação.

Cultural Pedreiras Prioridade

O Poder Público municipal deverá promover a elaboração de


estudos sobre a Pedreira do Riacho e a Pedreira Santa Rita,
para subsidiar as normas de ocupação e uso do solo na ADE
e suas respectivas áreas de entorno, a serem estabelecidas
em regulamento, considerando suas potencialidades e
critérios de proteção paisagística.

Refere-se às áreas onde estão localizadas a


Pedreira do Riacho e a Pedreira Santa Rita e tem o
objetivo de preservação desses espaços como
lugares de grande beleza cênica e sua conversão
em equipamentos públicos destinados a
recreação, lazer e esportes para a juventude.
53
ORDENAMENTO Normas específicas
Critérios

TERRITORIAL Nas áreas sobrepostas à Macrozona Rural incidem as


regras da ZPA-3 em área urbana, excetuadas pelos
parâmetros especiais estabelecidos para esta ADE.
Área de Diretrizes Especiais - ADE No processo de regularização serão adotadas, de
acordo com cada caso, regras e soluções específicas,
Adequação Ambiental de modo a eliminar eventuais impactos negativos do
assentamento na qualidade das águas do reservatório,
especialmente no que se refere a medidas de
despoluição dos recursos hídricos, dispositivos
ecológicos de esgotamento sanitário e drenagem e
recuperação da cobertura vegetal.
O Poder Público municipal deverá adotar medidas
coercitivas expeditas e eficazes para evitar que a
regularização venha induzir novas ocupações em áreas
impróprias das bacias de Vargem das Flores e do Bom
Jesus.

É o conjunto dos núcleos urbanos informais


existentes até o marco temporal definido pela Lei
nº 13465/2017 em áreas das Bacias de Vargem das
Flores e Bom Jesus, cuja permanência ficará
condicionada à regularização fundiária plena da
ocupação existente, mediante adoção de soluções
de caráter ambiental, visando à proteção dos
mananciais, especialmente no que se refere ao
esgotamento sanitário.
54
ORDENAMENTO Normas específicas
Diretrizes

TERRITORIAL Fomentar o adensamento residencial e o


desenvolvimento de atividades econômicas.
Torná-la mais atrativa através da adoção de
parâmetros mais permissivos de ocupação e
Área de Diretrizes Especiais - ADE uso do solo, bem como as seguintes
medidas: melhoria das condições de
Centralidade acessibilidade
equipamentos
e implantação
públicos;
de
execução,
conservação e fiscalização das calçadas;
tratamento urbanístico e ambiental dos
espaços públicos e estímulo à utilização
intensiva desses espaços; promoção de
eventos culturais e incentivo ao comércio e
aos serviços, de modo a dinamizar a
centralidade.
Permitir a implantação de atividades
conviventes de médio e grande portes sem
prejuízo da qualidade de vida local.
Estimular o uso misto com possibilidade de
redução do valor da OODC em caso de adoção
soluções projetuais de gentiliza urbana,
como fachada ativa.
Promover melhorias na infraestrutura viária e
na urbanização dos centros.
Implantar e revitalizar equipamentos e
espaços públicos que sejam indutores e
formadores dessas centralidades.
Admitir conjuntos residenciais, ainda que a
ADE seja superposta à ZAE-2

Parâmetros de ocupação

ADE sobreposta em ZEIS-2 e ZUD-3:


CAM = 2.
Altura máxima na divisa = 6m.
São as áreas destinadas ao incremento das ADE sobreposta em ZUD-4 e ZAE:
centralidades existentes e à formação de novas CAM = 3.
centralidades, em virtude de suas boas condições Altura máxima na divisa = 9m.
de acessibilidade e infraestrutura e localização
estratégica, contribuindo para a qualificação e a ADE sobreposta em ZUD-4 e ZAE (terrenos com
testada para vias com mais de 15m de largura):
dinamização econômica da cidade e maior CAM = 4.
adensamento construtivo e populacional. Altura máxima na divisa = 9m.
55
ORDENAMENTO Normas específicas
Critérios para delimitação de novas ADEs

TERRITORIAL Poderá se dar por meio de Lei


Complementar, quando da revisão do Plano
Diretor.
Poderá se dar por meio de decreto mediante
Área de Diretrizes Especiais - ADE anuência do Conselho Municipal de
Interesse Social Habitação.
Não se localizar em ZUD-1, ZUD-2 (Vargem
das Flores e Bom Jesus), ZAE-1 e ZPA.
Contar com a cobertura de equipamentos
urbanos e comunitários básicos existentes
ou previstos.
Apresentar condições geológicas,
geomorfológicas e geotécnicas adequadas
para a implantação de EHIS.
Apresentar regularidade fundiária ou ser
passível de regularização fundiária.
Não ser constituído predominantemente por
áreas afetadas por elementos geradores de
restrições legais à ocupação, afetadas pela
suscetibilidade a ocorrência de riscos
ambientais, especialmente riscos
geológico-geotécnicos ou geológico-
hidrológicos e já destinadas a projeto ou
programa de interesse público.

Parâmetros especiais

Lote mínimo = 90m².


Lote máximo = 10.000m².
Frente mínima do lote = 6m.
CAM = 1,5.
Vagas = 1 carro e 1 moto/ 3UH e 1 bicicleta/ 1
UH.
É constituída pelos imóveis públicos ou Via mista = largura mín. 10m/ extensão máx.
200m.
particulares, subutilizados ou não utilizados, onde Via de pedestres = largura mín. 3m/
haja interesse público em produzir extensão máx. 100m.
Empreendimentos Habitacionais de Interesse Os parâmetros de edificações podem ser
Social (EHIS). consultados no Anexo VIII.2.3.
56
ORDENAMENTO Geometria das vias
Seção via arterial

TERRITORIAL
Sistema Viário
As vias integrantes do Sistema Viário de Contagem faixa de transição (opcional) = mín. 0,50m
enquadram-se nas seguintes classes: passeio = mín. 2,40m
faixa de serviço = mín. 0,70m
Rodovia: aquela que estabelece ligação faixa de estacionamento = paralela - 2,20m a 2,70m/ 90° - 4,70m a

intermunicipal sob jurisdição estadual ou 5,50m


pista de rodagem = 3,00 a 3,50m/ faixa
federal. ciclofaixa = unidirecional - 1,50m/ bidirecional - 2,50m

Via Arterial: aquela que estabelece ligação Seção via coletora


entre as regiões da cidade, com acessibilidade
às demais vias, além de ser caracterizada por
interseções em nível e travessias de
pedestres.
Via Coletora: aquela destinada a coletar e ciclofaixa

distribuir o trânsito dentro das regiões da


cidade.
Via Local: aquela destinada à movimentação passeio = mín. 2,40m

de trânsito local. faixa de serviço = mín. 0,70m


faixa de estacionamento = paralela - 2,20m a 2,70m/ 90° - 4,70m a
Via Vicinal: aquela situada na Macrozona Rural, 5,50m
pista de rodagem = 3,00 a 3,50m adjacente à guia/ 2,70m a 3,50m
exceto o trecho da LMG 808 classificado como não adjacente à guia
ciclofaixa = unidirecional - 1,50m/ bidirecional - 2,50m
rodovia.
Via de Pedestres: aquela destinada ao trânsito Seção via local
exclusivo de pedestres.
Ciclovia: pista destinada a ciclistas, segregada
do tráfego veicular.
A infraestrutura para ciclistas ainda pode contar
com Ciclofaixa, em que parte da pista é destinada
à circulação de bicicletas segregada por passeio = mín. 1,20m
sinalização, e Ciclorrota, trecho compartilhado faixa de serviço = mín. 0,70m
faixa de estacionamento = paralela - 2,20m a 2,70m/ 90° - 4,70m a
com os demais veículos, sem segregação, em 5,50m
pista de rodagem = 3,00 a 3,50m adjacente à guia/ 2,70m a 3,50m
complementação às ciclovias e ciclofaixas. não adjacente à guia
57
ORDENAMENTO Modalidades de Parcelamento do Solo para fins urbanos

TERRITORIAL Loteamento
Subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação com
abertura ou prolongamento de vias.
gleba

Parcelamento do Solo O projeto do sistema viário deverá observar as condições


transferência de áreas ao
As vias públicas do loteamento deverão articular-se com as município, além das vias.
vias públicas oficiais adjacentes.
O sistema viário do loteamento deverá ser compatível com as
condições geomorfológicas do terreno. ELUP
As vias coletoras e locais devem ser finalizadas com praças 10%
de retorno quando as características do terreno a ser EUC
loteado não propiciarem sua continuidade e interligação com 5%
os demais logradouros públicos.
Todos os lotes e quadras resultantes do loteamento devem
Parcelamento do solo para fins rurais: confrontar-se com pelo menos uma via pública veicular.
Admitido na Macrozona Urbana (MZU) na Será admitida a separação de quadra por ELUP destinado a
modalidade desmembramento apenas em implantação de praça, com largura mínima de 20 m.
Respeitar a Área de Preservação Permanente (APP) para
gleba que tenha frente para via pública oficial implantação de vias em fundo de vale
existente. A necessidade de implantação de Ciclovia.
Admitido na Macrozona Rural (MZR) nas
Lotes e vias
modalidades loteamento e desmembramento, A urbanização do loteamento deverá conter, no mínimo
85%
desde que a gleba esteja registrada em
Demarcação de todos os lotes e das áreas destinadas a EUC,
cartório e que seja respeitada a fração mínima ELUP e HIS.
de parcelamento de 20.000m². Implantação da infraestrutura urbana básica constituída 3% da área obrigatoriamente destinada a ELUP devem ser
utilizados para implantação de praça pública tratada e
A largura mínima das vias de servidão em pelos equipamentos urbanos de escoamento das águas
dotada de mobiliário urbano.
pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário,
parcelamentos na MZR deverá ser igual a 15m. abastecimento de água potável, energia elétrica e vias de
10% da área de lotes originados deverão ser destinados a
implantação de Empreendimentos Habitacionais de
circulação com a pista pavimentada e meios-fios. Interesse Social (EHIS). Se localizar no próprio loteamento,
Parcelamento do solo para fins urbanos Implantação de obras e medidas complementares relativas será classificado como ADE de Interesse Social. Em
a: estabilização de encostas; arborização dos logradouros substituição à transferência de área no interior do
Admitido na MZU, nas modalidades loteamento públicos e implantação de praça pública; e fechamento, em loteamento, o loteador poderá realizar transferência
e desmembramento, desde que a gleba esteja gradil ou muro, das áreas públicas transferidas ao Município.
financeira para o Fundo Municipal de Habitação ou
transferência de área ao município em ADE de Interesse
registrada em cartório e tenha tenha frente Manutenção da infraestrutura básica e das áreas de uso Social.
para via pública oficial existente. institucional, quando for o caso, até a liberação total do As ELUP destinadas a áreas verdes ou a parques serão
parcelamento consideradas como ZPA-1.
58
ORDENAMENTO Modalidades de Parcelamento do Solo para fins urbanos
Desmembramento
TERRITORIAL Subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação sem
abertura ou prolongamento de vias. gleba

Regras
Parcelamento do Solo Quando o terreno a ser desmembrado for contíguo a outro
terreno já desmembrado e a soma das respectivas testadas transferência de áreas ao
ultrapassar 300m é obrigatório o parcelamento na município, além das vias.
modalidade de loteamento.

Sobre a transferência de áreas ao município EUC, ELUP ou EHIS


15%
Quando a área total a ser desmembrada for menor ou igual a
10.000 m², os desmembramentos ficarão isentos da
transferência de modo que o benefício poderá ser concedido
apenas uma vez ao interessado.
Quando a área total a ser desmembrada for maior que 10.000
m² e menor ou igual a 20.000 m², a transferência deverá ser
cumprida mediante pagamento do valor do terreno.
Nos casos em que a área total a ser desmembrada for
superior a 20.000 m² será obrigatória a transferência de
terreno ao Município, podendo localizar-se dentro do terreno
a ser desmembrado ou fora.
A área a ser transferida poderá localizar-se no terreno a ser Lotes
desmembrado ou fora dele, em área aprovada pelo órgão 85%
competente do Poder Executivo Municipal.
A transferência de área poderá, a critério da CPUR, ser
realizada na forma de pagamento de terreno pelo requerente
A área objeto de transferência, poderá, a critério do órgão
responsável pela política urbana, ser total ou parcialmente
destinada a futura ampliação ou implantação de sistema
viário, desde que não se configure como condição
necessária para viabilizar o parcelamento.
Quando o terreno objeto do desmembramento se localizar
em zona onde é vedada a delimitação de ADE de Interesse
Social, a área a ser transferida para HIS deverá ser efetivada
em outra zona.
A transferência ou pagamento será condição necessária
para a finalização do processo de aprovação do
desmembramento.
59
ORDENAMENTO Restrições em parcelamentos para fins urbanos Áreas não parceláveis e non aedificandi serão
admitidas no interior de parcelamentos para

TERRITORIAL
É proibido em terrenos nas seguintes condições: fins urbanos desde que:
Fiquem gravadas na matrícula do imóvel como áreas non
Em que o parcelamento do solo é vedado por aedificandi.
Não se promova sua degradação ambiental.
Parcelamento do Solo legislação estadual ou federal.
Suas condições de instabilidade ou de risco não sejam
agravadas.
Alagadiços ou sujeitos a inundações Seja recomposta sua vegetação, podendo ser exigido o
Projeto Técnico de Reconstituição de Flora (PTRF).

Aterrados com material nocivo à saúde pública sem


prévio saneamento, atendidas as exigências do
órgão ambiental competente, ou aqueles onde a Áreas non aedificandi poderão ser constituídas
poluição impeça condições sanitárias suportáveis.
por:
Lotes, desde que sejam garantidos, passíveis de ocupação,
Declividade acima de 47%. no mínimo 2/3 (dois terços) da área mínima do lote da zona
>47%
em que o terreno estiver situado.
Metade do percentual obrigatório destinado a Espaços
As condições geológicas não aconselham a Livres de Uso Público (ELUP).
edificação. Áreas públicas para Equipamentos Urbanos Comunitários
(EUC) e ELUP excedentes, na hipótese de transferência
acima do percentual obrigatório.
Em área onde a poluição impeça condições
sanitárias suportáveis.

Parcelamento vinculado
Em áreas de preservação ecológica . Aquele em que ocorre a aprovação simultânea de qualquer
modalidade de parcelamento ou suas modificações, bem
como condomínio de lotes, com a aprovação do respectivo
projeto de ocupação e EIV, se for o caso.
Proibição em virtude das normas ambientais ou de O parcelamento vinculado é obrigatório em:
proteção do patrimônio cultural.
-Empreendimento que origine quarteirões com dimensões
superiores às previstas nos incisos VI e VII do art. 82 desta
Lei Complementar.
Situados na Macrozona Rural. -Parcelamento para implantação de conjunto residencial.
60
ORDENAMENTO Regras gerais para projetos de parcelamento do solo

TERRITORIAL
Não devem ser admitidas canalizações de cursos d'água para qualquer
fim, especialmente para a implantação de sistema viário, exceto
intervenções de baixo impacto, tais como travessias.

O lote não pode ter frente exclusiva para Via de Pedestres ou Ciclovia.
Parcelamento do Solo
Os parâmetros para lote mínimo variam de acordo com as Zonas, ADE e
bacias hidrográficas previstos nesta Lei.

Os lotes devem ter testada mínima de 6 m, respeitada a razão entre


testada e profundidade não superior a 6.
projeto 6m
A extensão máxima admitida para a face de quadra, que corresponde à
somatória das testadas dos imóveis contíguos compreendidos entre
30 duas vias transversais, é de 300 m.
0m
60mil m² A área máxima admitida para a quadra é de 60.000 m²

Diretrizes para parcelamento de solo a serem consideradas no projeto


As vias existentes ou projetadas do sistema viário do Município
relacionadas com o loteamento e a serem respeitadas.
As áreas parceláveis e as não parceláveis.
O traçado básico do sistema viário principal.
A localização aproximada dos terrenos destinados à instalação de
EUC, ELUP e a HIS.
As condições para esgotamento sanitário.
loteamento projeto As faixas de áreas não edificáveis, destinadas ou não a
equipamentos urbanos, se for o caso.
A confirmação das Zonas e ADE incidentes na gleba a ser loteada,
com indicação dos usos compatíveis.

sujeitos às diretrizes quando houver Proposta ou interferência viária que afete o terreno.
Questões ambientais importantes a serem observadas.
Transferência de terreno ao Município.

desmembramento
modificação de parcelamento
condomínio de lotes
61
ORDENAMENTO Modalidades de Modificação do Parcelamento

TERRITORIAL Desdobro
Divisão do lote, em parcelamento registrado, para a formação de
novos lotes sem abertura ou prolongamento de vias.
Parcelamento do Solo

Remembramento
União de dois ou mais lotes contíguos em parcelamento
registrado sem abertura ou prolongamento de vias.

Reparcelamento
Alteração do loteamento ou desmembramento aprovado que
implique em abertura de nova via de circulação ou alteração das
áreas públicas, sem prejuízo do percentual de transferência de
Modificação de Parcelamento do Solo áreas para EUC, ELUP e HIS.

Consiste na alteração do projeto original de Sobre a transferência de áreas ao município


loteamento ou desmembramento que resulte em No reparcelamento de loteamento as áreas públicas para
nova configuração dos lotes, do sistema viário implantação de EUC, ELUP e HIS devem ser mantidas no
e/ou das áreas públicas, sem prejuízo das ligações interior do loteamento de origem ou em terreno adjacente.
viárias existentes e do percentual de transferência No reparcelamento de desmembramento as áreas públicas
para implantação de EUC, ELUP e HIS podem ser transferidas
destinado a implantação de EUC, ELUP e HIS para local distinto do terreno original, a critério do órgão
aplicado no ato de aprovação. responsável pelo Parcelamento do Solo
62
ORDENAMENTO Loteamento com acesso controlado
Aquele cujo controle de acesso e o fechamento do perímetro do
loteamento será autorizado pelo poder público municipal. gleba

TERRITORIAL Critérios:

Não poderá configurar-se como barreira urbana.


Poderá ser constituído por porções de acesso controlado
Parcelamento do Solo (máximo 90.000m² cada porção, separadas por via veicular).
Em relação às áreas internas compete aos moradores:

Sistema viário do perímetro definido em Diretrizes. A coleta de lixo.


Aplicam-se os mesmos parâmetros do loteamento. A limpeza urbana.
O projeto do sistema viário deverá prever faixa de A manutenção do sistema viário.
acumulação para entrada e saída de veículos. A conservação da área vegetada e da arborização.
Será permitida a construção de guarita no canteiro central A manutenção do sistema de iluminação pública.
da via de entrada do loteamento. A manutenção da rede de drenagem pluvial.
As EUCs deverão ter acesso por via pública veicular situada A manutenção das áreas públicas dentro das porções de
fora do perímetro fechado do loteamento. acesso controlado.

Condomínio de lotes
Formado por unidades imobiliárias destinadas à construção de
edificações e áreas comuns dos condôminos para implantação
de vias internas, áreas de manutenção e áreas de convivência e
lazer. As vias internas não são de uso público e o lote será gleba
considerado como propriedade exclusiva em que se aplica o
licenciamento individual da edificação.
Principais regras
transferência de áreas
Área máxima do condomínio de lotes = 60.000 m² ao município nos casos
(residencial ou misto) ou 90.000 m² (não residencial). EUC e ELUP de condomínio de lotes
em gleba ou terreno
Nº de unidades imobiliárias - observar QUOTA. 15% que contenha gleba
Unidades imobiliárias não poderão ter área inferior a 180m².
Testada mínima das unidade imobiliárias = 5m.
Unidades deverão ser confrontantes com via interna com 12
m de largura (residencial) ou 16m de largura (não residencial).
Sobre a destinação das áreas

10% do total das unidades imobiliárias deverão ser


destinados a implantação de Habitação de Interesse Social
(HIS).
Além dos referidos percentuais, poderá ser exigida
transferência de área excedente para alargamento ou
implantação de via de uso público a ser executada pelo Lotes e vias
empreendedor.
As áreas a serem transferidas ao Município no terreno devem 85%
localizar-se fora dos limites da área condominial.
63
ORDENAMENTO Terrenos passíveis de ocupação
Em Macrozona Urbana é permitida a construção em lote ou
Ocupação de gleba
A ocupação de gleba em Macrozona Urbana poderá ocorrer

TERRITORIAL
conjunto de lotes resultantes de parcelamento do solo ou desde que:
condomínio de lotes desde que haja: a gleba tenha 60.000 m² no caso de uso residencial.
registro no Cartório de Registro de Imóveis. a gleba tenha 90.000 m² no caso de uso não residencial.
inscrição como imóvel urbano no Cadastro Imobiliário a gleba possua testada voltada para via pública oficial.
Municipal. a gleba possua testada mínima de 15 m, respeitada a razão
Ocupação do Solo testada voltada para via pública oficial ou via interna de entre testada e profundidade não superior a 6.
condomínio de lotes. a gleba atenda a extensão máxima admitida para quadra de
projeto aprovado pela Prefeitura e o respectivo Alvará de 300 m.
Construção. seja transferida ao Município no mínimo 15% da área da
gleba, para instalação de EUC, ELUP e/ou HIS.
Em Macrozona Rural a aprovação de projetos fica condicionada
a: Área urbana consolidada
registro no Cartório de Registro de Imóveis. Considera-se área urbana consolidada para efeito de fixação de
projeto aprovado pela Prefeitura e o respectivo Alvará de faixas marginais distintas para APP:
Construção. estar organizada em quadras e lotes até a Lei Federal nº
13.465/2017.
Área non aedificandi apresentar uso predominantemente urbano, caracterizado
pela existência de edificações residenciais, comerciais,
São classificadas como Áreas non aedificandi: industriais, institucionais, mistas ou prestação de serviços.
faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, com dispor de, no mínimo, 4 equipamentos de infraestrutura
largura mínima de 15 m. urbana implantados:
áreas delimitadas por alças de interseções viárias em nível ou - sistema viário.
em desnível. - abastecimento de água potável por sistema público.
áreas destinadas a equipamentos urbanos. - esgotamento sanitário dinâmico ligado a sistema público.
terrenos de declividade acima de 47%. - distribuição de energia elétrica e iluminação pública.
terrenos alagadiços ou sujeitos a inundação. - limpeza urbana e coleta pública de resíduos sólidos.
terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à definição de faixas marginais de APP em área urbana
saúde pública. consolidada distintas daquelas definidas no inciso I do caput
terrenos em que as condições geológicas não aconselham a do art. 4º da Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012 será
edificação. estabelecida em lei municipal específica, ouvido o COMAC.
faixa de proteção do reservatório de Vargem das Flores (50 m
lagoa e entorno cota < 845).
calhas aluviais e áreas susceptíveis a enchentes situadas na Recuo de alinhamento (RA)
bacia de Vargem das Flores. Consiste na manutenção de uma faixa non aedificandi de largura
áreas de Preservação Permanente (30 m de cada lado de fixa ao longo do alinhamento do terreno, destinado ao futuro
córrego e 50 m de nascentes). alargamento da via, calculada da seguinte forma:
áreas de Preservação Permanente em áreas urbanas
Onde:
consolidadas.
RA = 0,5 (LFV-LV) LFV - largura total da plataforma da via
áreas resultantes de recuo do alinhamento.
LV - largura atual da via, incluindo calçadas
64
ORDENAMENTO Parâmetros da ocupação do solo

Coeficiente de Aproveitamento (CA) Taxa de Permeabilidade (TP)


TERRITORIAL Parâmetro que determina o
potencial construtivo de cada
Parâmetro variável de acordo
com a Zona e a bacia
terreno conforme a Zona e/ou hidrográfica onde o terreno está
Ocupação do Solo ADE onde se localiza. O CAM é
permitido nas situações em que
localizado podendo ser
integralmente vegetado ou
se aplica a OODC e a TDC, parcialmente vegetada,
variando entre 2,0 e 4,0. O CAB priorizando a vegetação
CAM incide sobre todos os terrenos existente, de modo que a
situados no município e varia porção restante poderá ser
entre 0,05 e 1,0. O CAmín aplica- substituída por caixa de
se apenas aos terrenos situados retenção ou piso drenante. No
em Zona ou ADE passíveis de caso da bacia de Vargem das
Parcelamento, Edificação e Flores tal parâmetro varia entre
Utilização Compulsórios (PEUC) 50% e 30%; no Bom Jesus entre
CAB e possui valor igual a 0,2. 40% e 30%; na Pampulha é igual
a 30% e no Arrudas e Imbiruçu
igual a 20%. Especificamente
nas ZPAs, a TP varia entre 90% e
75% em MZU e 95% e 85% em
MZR.

Quota de terreno (QUOTA)


CAmín

Não são computáveis no CA: Parâmetro definido pela relação


Pilotis. entre a área total do terreno e o
Áreas de circulação. número máximo de unidades
Varandas balanceadas. residenciais nele permitido,
conforme a Zona e a bacia
Casa de máquinas. hidrografica onde se localiza. As
Guaritas (até 12m²). variações ocorrem na bacia de
Subsolo destinado a Vargem das Flores (ZUD-1 =
estacionamento. 1.000 ; ZUD-2 = 500; ZUD-3 = 90;
ZPA-2/MZU = 10.000; ZPA-
2/MZR = 20.000; ZPA-3/MZU =
5.000 ; ZPA-3/MZR = 20.000);
na bacia do Bom Jesus (ZUD-1/
ZUD-2 = 500); e nas demais
bacias (ZUD-2 = 90; ZUD-3 = 60).
65
ORDENAMENTO Parâmetros da ocupação do solo
Afastamento frontal Afastamentos laterais e de fundos e altura na
TERRITORIAL Parâmetro definido conforme a
divisa
Parâmetro definido conforme o
classe das vias para onde os número de pavimentos voltados
Ocupação do Solo terrenos têm frente, Zona e/ou
ADE onde se localizam:
para as respectivas divisas:
1,5m para o 1º e 2º
3m em vias locais ou pavimentos.
coletoras. 2,0m para o 3º pavimento.
4m em vias com classe Acima do 3º pavimento o
superior às locais ou afastamento será calculado
coletoras. conforme a equação
5m em ADE de Interesse
Turístico ou na Macrozona
Rural. 2,00m + 0,30m x (nº pavimentos - 3)
Poderão avançar sobre a área do afastamento elementos como:
A definição do nº de pavimentos, em que o pé-direito é maior do
Beiral, limitado a 1,20m.
que 3,50m, deverá observar os seguintes critérios:
Marquises balanceadas com altura mínima de 3,50m.
se 3,50m < pé direito ≤ 7,00m, considera-se como dois
Elementos construtivos descobertos (ex: piscinas).
pavimentos.
Varandas balanceadas em até 1,00m e vedadas apenas com
se 7,00m < pé direito ≤ 10,50m, considera-se como três
guarda-corpo ou peitoril.
pavimentos.
Guaritas, depósitos de resíduos sólidos, instalação de gás e
e assim sucessivamente, considerando-se mais um
bicicletário.
pavimento a cada 3,50m.

Vagas para estacionamento Não serão computados no nº de pavimentos os pilotis e as caixas


de escada, casa de máquinas, caixa d'água e pavimentos de
Uso residencial multifamiliar cobertura se não ultrapassarem 2/3 da extensão da fachada.
Área bruta ≤ 60m² cada 3 =3
ou =2 +1 Pilotis
Área bruta > 60m² cada 1 =1 O pilotis será utilizado em
edificações de uso misto com
Ambientes conjugados cada 3 =1 mais de 5 pavimentos para
separar aqueles destinados ao
Uso não residencial uso residencial multifamiliar. O
pilotis será reservado a área de
Varejista e serviço cada 75m² =1 lazer e convívio de uso comum
Atacadista ≤ 1.000m² cada 100m² = 1 em edificação de uso residencial
multifamiliar ou uso misto.
Atacadista >1.000m² cada 200m² = 1
66
ORDENAMENTO Conjuntos residenciais
horizontal com unidades isoladas diretrizes aplicáveis aos conjuntos horizontais e

TERRITORIAL
verticais:
metade das áreas de convívio poderá ser
concentrada em uma única área, desde que esta
seja acessível a todos os módulos.
Ocupação do Solo as áreas de estacionamento deverão situar-se
internamente aos módulos.

é permitido o acesso à via pública, desde que


cada módulo seja interligado à via de circulação
ou interna do conjunto, com entrada independente
área = máx. 60mil m² dos demais.
horizontal com unidades agrupadas
até 1/3 das áreas de convívio poderá estar em
APP desde que a vegetação existente seja
preservada, a utilização não cause degradação
ambiental e não haja movimentação de terra.

a autonomia dos módulos internos ao conjunto


deverá ser marcada por elementos naturais ou
construtivos indicados no projeto.
o estacionamento de veículos junto à pista de
rolamento serão permitidos, sem prejuízo das
larguras mínimas previstas.
a praça de retorno, quando houver, deve
apresentar raio de, no mínimo, 10 m.
as edificações de módulos distintos deverão
guardar, no mínimo, o dobro da distância
ou mínima exigida entre edificações.
vertical áreas de uso comum serão definidas na
proporção de 3 m² por unidade residencial.

admite-se até 160 unidades residenciais por


módulo.
Conjuntos residenciais são edificações de uso área = máx. 40mil m² metade das áreas de convívio obrigatórias
residencial multifamiliar ou misto com mais de 48 deverá situar-se internamente aos módulos.
unidades residenciais, compreendendo o as vias internas deverão ter largura entre 7,5m
conjunto residencial horizontal com unidades (6,0m de pista e 1,5m de passeio em um lado) e
9,0m (6,0m de pista e 1,5m de passeio em ambos
agrupadas ou isoladas e o conjunto residencial os lados).
67
ORDENAMENTO Uso residencial
Divide-se nas seguintes subcategorias:
Uso não residencial
Divide-se nas seguintes subcategorias:

TERRITORIAL
Uso do Solo
indústria (extrativa, de comércio atacadista
unifamiliar: multifamiliar: transformação e da
1 unidade residencial 2 ou mais unidades construção)
no terreno residenciais no terreno

impedidos

agropecuária

comércio varejista serviços

A classificação das atividades que se configuram como uso do


solo não residencial presentes no Anexo X define a localização
admissível e as condições de instalação em função de suas
potenciais repercussões no ambiente urbano:
ZPA-1
ZAE-2 atividades conviventes com o uso residencial, sem
Grupo 1 restrições.
conjunto
ZAE-1 residencial atividades conviventes com o uso residencial, com
Grupo 2 restrições por apresentarem potencial de geração de
incômodos de pouca relevância.

O uso residencial é admitido na Cidade Industrial Juventino atividades causadoras de maior impacto urbanístico
Dias no caso de reassentamento de famílias oriundas de ZEIS ou ambiental com potencial de geração de
Grupo 3
existentes nesse distrito industrial. incômodos de maior relevância (não conviventes
O uso residencial multifamiliar com mais de duas unidades com o uso residencial).
fica condicionado à implantação de toda a infraestrutura, às
A coexistência dos usos residencial e não expensas do empreendedor. atividades com alto potencial de geração de
No caso de edificação destinada ao uso residencial impactos ambientais, que geram riscos à saúde ou ao
residencial no mesmo terreno configura o uso multifamiliar não será admitido recalque de esgoto no
Grupo 4
conforto da população, de difícil compatibilidade
misto. interior do terreno como solução de esgotamento sanitário. com o funcionamento das atividades urbanas.
68
ORDENAMENTO Atividades auxiliares
São atividades que prestam apoio técnico e administrativo
exercido no âmbito de uma empresa, podendo funcionar no
Atividades específicas
As atividades indicadas no Anexo X desta LC ficam impedidas
em ZUD-1 e ZPA e, quando sua área útil ultrapassar os 500m²

TERRITORIAL mesmo local da atividade principal ou secundária (não será


considerada para efeitos de classificação ou impedimento de
localização) ou em local separado (serão considerados as
ou a área total do terreno ultrapassar os 720m², também
ficam vedadas em terrenos situados em ZEIS, ZUD-3 e ZUD-4
com testada para via local.
restrições e impedimentos de localização e as condições de As atividades econômicas exercidas por Microempreendedor
Uso do Solo instalação).
A Central de Distribuição (CD) será considerada atividade
Individual (MEI), executadas em local de terceiros ou de
comércio eletrônico classificada como uso do Grupo 1 não
auxiliar da atividade principal ou secundária com a qual se estão sujeitas aos impedimentos de localização e às
relaciona e estará sujeita às Diretrizes Ambientais e de condições de instalação do Anexo X.
Trânsito. Os serviços de educação, saúde humana, serviços sociais,
CD - depósito de mercadorias de estabelecimentos artes, cultura, esporte e recreação, administração pública,
comerciais, industriais ou de serviços, para futura defesa e seguridade social são considerados Serviços de Uso
distribuição para as unidades da atividade principal. Coletivo e, quando implantados pelo Poder Público ou em sua
propriedade, serão licenciados em caráter prioritário e em
procedimento simplificado.
Diretrizes para instalação dos usos As atividades artesanais não terão impedimento quanto à
localização, salvo as disposições em contrário estabelecidas
Diretrizes para Empreendimentos de em diretrizes.
Empreendimentos
de Impacto (EI) Impacto (DEI), dispensando-se
Diretrizes Ambientais e de Trânsito.
Usos desconformes
Eventualmente sujeitas às Diretrizes Trata-se de atividades instaladas em locais não admitidos por
Atividades que Ambientais e/ou de Trânsito em caráter
não são EI esta Lei Complementar.
suplementar aos parâmetros desta LC. O uso desconforme de atividade, cuja instalação foi licenciada
Diretrizes de Trânsito - definem as condições de instalação pelo Município (Alvará de Licença de Localização e
das atividades no que se refere ao sistema viário, acessos, Funcionamento), é admitido nas seguintes condições:
estacionamentos, carga e descarga, movimentação de
pedestres, veículos leves e de carga e utilização de transporte 1. Uso desconforme legalmente constituído e regularmente
coletivo. Compreenderão, no mínimo, o dimensionamento das instalado;
áreas requeridas pela atividade, critérios e parâmetros para 2. Uso desconforme legalmente constituído e
destinação de vagas no interior do empreendimento, comprovadamente instalado desde que seja constatada, em
adequações geométricas e sinalização do logradouro público. relação ao empreendimento, aceitação de, no mínimo, 2/3 da
Diretrizes Ambientais - definem medidas para mitigar ou da população residente na vizinhança; ou a atividade obtenha
eliminar as repercussões negativas do empreendimento, no o Alvará de Licença de Localização e Funcionamento
que se refere ao impacto ambiental da atividade ou mediante cumprimento das diretrizes pertinentes e
construção. Compreenderão, no mínimo, a verificação e as prestação de contrapartida ao Poder Público, a ser definida
normas, orientações e determinações para nascentes, cursos por ato do Poder Executivo;
d'água e vegetação existente; aspectos relacionados aos 3. Uso desconforme legalmente constituído e instalado em
solos e às condições geológicas, drenagem e saneamento, edificação aprovada até a data de entrada em vigor desta Lei
efluentes líquidos e resíduos sólidos, contaminação do ar, Complementar, desde que realizadas as medidas mitigadoras
ruídos e outros poluentes. das repercussões negativas da atividade.
69
ORDENAMENTO Empreendimentos de impacto
Classificação - conforme o porte e localização

TERRITORIAL Categoria 1 Categoria 2

Uso do Solo residencial não residencial residencial não residencial

>96 UH >5.000m² >500 UH >15.000m²


ZUD-3 ZUD-3 ZUD-3 ZUD-3
ZUD-4 ZUD-4
Bacia de
Vargem das
Flores e
Pampulha
(com Bom >10.000m² >30.000m²
Jesus) ZUD-2 ZUD-2
ZUD-4 ZUD-4
ZAE

>96 UH >10.000m² >1.000 UH >30.000m²


ZUD-2 ZUD-2 ZUD-2 ZUD-2
ZUD-3 ZUD-3 ZUD-3
ZUD-4 ZUD-4 ZUD-4
Bacia da
Pampulha
(exceto
Empreendimentos de Impacto são aqueles, Bom Jesus)
públicos ou privados, que possam sobrecarregar a >200 UH >20.000m² >60.000m²
ZUD-3 ZAE ZAE
infraestrutura instalada, provocar alterações ZUD-4
sensíveis na estrutura urbana ou repercussão
socioambiental significativa, alterando os padrões
funcionais e urbanísticos da vizinhança e do
espaço natural circundante.
70
ORDENAMENTO Empreendimentos de impacto
Classificação - conforme o porte e localização

TERRITORIAL Categoria 1 Categoria 2

Uso do Solo residencial não residencial residencial não residencial

>200 UH >10.000m² >1.000 UH >30.000m²


ZUD-3 ZUD-3 ZUD-3 ZUD-3
ZUD-4 ZUD-4 ZUD-4 ZUD-4
ZAE-2 ZAE-2
Bacia do
Arrudas e
Imbiruçu
>60.000m²
>20.000m²
ZAE
ZAE
ZAE-2
ZAE-2

>3.000m² >9.000m²
Em todas ZPA-1 ZPA-1
as bacias
71
ORDENAMENTO Empreendimentos de impacto
Não são considerados empreendimentos de
Diretrizes para empreendimentos de impacto
(DEI)

TERRITORIAL impacto
as atividades auxiliares do Empreendimento de Impacto,
Condições de instalação e funcionamento e a indicação das
medidas mitigadoras dos impactos negativos
potencializadoras dos impactos positivos, a serem
e

prestadas por terceiros e dentro da mesma unidade implementadas pelo empreendedor.


Uso do Solo construtiva, salvo se elas próprias forem classificadas como
empreendimento de impacto, sem prejuízo das condições de
instalação impostas para elas previstas no Anexo X desta Lei
Complementar. EIV
os serviços de uso coletivo implantados pelo Poder Público
ou por sua determinação.
A critério do GTM, poderão ser dispensados da os empreendimentos instalados até a vigência da Lei nº 3015,
de 15 de janeiro de 1998. Categoria 1 Categoria 2
apresentação do EIV, sem prejuízo da aplicação
os empreendimentos instalados ou a instalar nas
das medidas mitigadoras, contrapartidas ou dependências existentes da CEASA Minas.
sanções por irregularidades, os Empreendimentos GTM define GTM propõe COMPUR aprova
de Impacto da Categoria 1 nas seguintes Não serão admitidos empreendimentos de
situações: impacto
os empreendimentos de impacto instalados ou >16 UH em ZUD-1, ZUD-2 nas DEI DEI
Bacias de Vargem das Flores e do
a instalar nos distritos industriais Cidade Bom Jesus, ZEIS-1, ZPA-2 e ZPA-3. validade de 1 ano validade de 1 ano
Industrial Coronel Juventino Dias, Cinco, residencial
Cincão, Distrito Industrial Riacho das Pedras,
empreendedor empreendedor
Distrito Industrial Dr. Helio Pentagna >96 UH no caso de ZEIS-2. cumpre as DEI cumpre as DEI
Guimarães e bairro do Comércio.
edificação aprovada sujeita a ampliação, cuja
soma das áreas aprovadas e não aprovadas a Habite-se Habite-se
caracterize como empreendimento de >500m² em ZEIS-1. ALLF ALLF

impacto, desde que a ampliação,


Poderá ser exigida contrapartida financeira ou obras na área
isoladamente, não se caracterize como não residencial de influência diante da impossibilidade de mitigar os
empreendimento de impacto e seja menor que >1.000m² em ZEIS-2.
impactos do empreendimento.
50% (cinquenta por cento) da área aprovada; Serão tornados públicos os documentos, as obras e a
ampliação dos empreendimentos aplicação das contrapartidas obtidas ao longo do processo.
o COMPUR poderá exigir Audiências Públicas ou outros
contemplados por DEI emitidas e não >3.000m² em ZUD-1, ZPA-2 e ZPA-3. mecanismos de participação para empreendimentos
cumpridas. Categoria 2.
72
ORDENAMENTO Tipos de penalidades Exemplos de aplicação
Penalidades relativas ao parcelamento do solo, modificação e

TERRITORIAL
condomínio de lotes - Comercializar por meio de venda,
multa simples promessa de venda, reserva de lote ou quaisquer outros
instrumentos que manifestem a intenção de vender lote em
parcelamento irregular do solo.
multa diária
Penalidades Multa simples de R$ 18.000,00
30
dias Multa diária na persistência da irregularidade após a
embargo primeira multa

interdição Medida administrativa


Penalidades por infrações aos parâmetros de ocupação do solo -
Acréscimo irregular de área construída em relação ao potencial
apreensão de máquinas, instrumentos, construtivo.
equipamentos, produtos ou veículos de
qualquer natureza utilizados na infração, Demolir área irregularmente construída
ainda que de propriedade de terceiro 30
dias
Multa de R$ 220,00/ m² excedente e embargo
30
X cassação da licença dias
Nova multa em igual valor, interdição e apreensão

As penalidades são impostas aos infratores que demolição Multa diária


não observarem, por ação ou omissão, as 60
disposições previstas nesta Lei no que se refere dias
Demolição
ao parcelamento, ocupação e uso do solo. Será desfazimento do parcelamento
considerado infrator: irregular do solo Infrações e penalidades relativas ao uso do solo - Exercer
atividade não residencial em desconformidade com os termos
o proprietário do imóvel e/ou seu possuidor, contidos no Alvará de Localização e Funcionamento e/ou na Lei
recomposição ou compensação do dano de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo.
quando for o caso. causado
o responsável pela construção. Notificação prévia
o responsável legal por atividade econômica. 10
suspensão parcial ou total de dias
o responsável pelo parcelamento do solo. empreendimento, parcelamento
Multas
o responsável pela comercialização de lote Leve - até 300 m² - R$ 394,73
irregular do solo ou atividade Médio - entre 301 e 1.500 m² - R$ 1.184,17
oriundo de parcelamento do solo irregular. Grave - entre 1.501 e 5.000 m² - R$ 3.236,73
o responsável pela divulgação comercial de Gravíssimo - acima de 5.000 m² - R$ 7.894,45
lote oriundo de parcelamento do solo outras medidas administrativas cabíveis
5
dias
irregular. Interdição a partir da 1ª multa
prefeitura
73
INSTRUMENTOS Situações de imóveis ociosos Obrigações Prazos
A Administração Pública Municipal
notificará o proprietário do imóvel a
Lote não e/ou
Parcelamento, Edificação ou Uso
respeito do cumprimento das referidas
edificado ou gleba obrigações nos seguintes prazos:
não parcelada necessário necessário
Compulsórios (PEUC), IPTU parcelar edificar
Parcelamento compulsório
Progressivo no Tempo e
Desapropriação Lote subutilizado:
possui edificação
e/ou Protocolo do
projeto
2
com área inferior necessário necessário
anos
ao CAmín. parcelar edificar
Início das 2
obras
Edificação não anos
utilizada:
sem uso há 2 anos
ou com obra necessário Conclusão
paralisada. utilizar das obras
4
anos

Edificação compulsória
Aplicação do IPTU Progressivo no Tempo e Desapropriação
Descumpridas as etapas e os prazos para parcelar, edificar ou utilizar o imóvel o IPTU Protocolo do
progressivo será aplicado por até 5 anos consecutivos. projeto
1
ano

1º 2º 3º 4º 5º Início das
ano ano ano ano ano obras
1
ano
Aplica-se subsequentemente o PEUC, o IPTU Pagamento: Pagamento: Pagamento: Pagamento: Pagamento:
% valor venal 2 x % valor venal 4 x % valor 8 x % valor máximo 15% valor
progressivo no tempo e a desapropriação do do imóvel do imóvel venal do imóvel venal do imóvel venal do imóvel Conclusão
imóvel com pagamento em títulos da dívida pública das obras
3
anos
às situações de imóveis não edificados,
subutilizados ou não utilizados com o intuito de
Utilização compulsória
combater a retenção especulativa e assegurar a
função social da propriedade e da cidade. Estes Efetivação
instrumentos aplicam-se à ZUD-4, ZAE e ADE de Superados os 5 anos sem o cumprimento do parcelamento, edificação ou
do uso
1
utilização , o Poder Público Municipal poderá manter a cobrança pela alíquota ano
Interesse Social. máxima ou desapropriar o imóvel.
74
INSTRUMENTOS Procedimentos e condições

O proprietário
Direito de Preempção notifica a sua
intenção de alienar
ou
o imóvel.

O Município
manifesta por 30
escrito o
dias
recebimento da
notificação e o
interesse pelo DOM
O Poder Público terá preferência na aquisição imóvel. DOC
jornal
jornal
imóveis situados em ZPA-1, ADE de Interesse
Social e ADE Cultural para implantar programas,
projetos e ações, tais como:
Superado o prazo
Regularização fundiária, programas e projetos sem resposta do
habitacionais de interesse social. Município, o
proprietário
Constituição de reserva fundiária. poderá alienar o
ou
Ordenamento e direcionamento da expansão imóvel para
urbana. terceiros.
Implantação de Equipamentos Urbanos
Comunitários (EUCs) e Espaços Livres de Uso
Público (ELUPs).
Criação de parques, unidades de conservação Concluída a venda 30
ou proteção de áreas de interesse ambiental a terceiro, o dias
proprietário
ou cultural. apresentará ao
Ordenamento e direcionamento da expansão Município a cópia
urbana. do instrumento de
alienação do escritura
Proteção do patrimônio histórico, cultural e imóvel.
paisagístico do Município.
75
INSTRUMENTOS Aplicação e finalidade

CAB
Outorga Onerosa do Direito de Fundo
Construir (OODC) Municipal
de Habitação
CAM

Como é calculada a contrapartida


0,15 x At x V x (CAP - CAB)
Onde:
At = área do terreno (m²)
V = valor venal do m² do terreno
CAP = coeficiente de aproveitamento praticado no projeto
CAB = coeficiente de aproveitamento básico do terreno

Descontos na contrapartida
Edificações com uso misto na ADE
CAB Centralidade de modo que a
contrapartida será calculada com:
0,10 x At x V x (CAP - CAB).
Adoção de medidas de gentileza
CAB
urbana e de sustentabilidade em
edficações com CA entre 1,0 e 1,5.

Implantação de área permeável


CAB
vegetada e arborizada no
afastamento frontal.
Implantação de dispositivos
CAB
ecológicos de drenagem não
previstos na lei.

CAB Implantação de área de fruição


Permite que o proprietário de um imóvel construa pública na ADE Centralidade.
acima do CAB previsto para a zona ou ADE onde Qualificação do primeiro pavimento
está localizado o terreno até o CAM permitido, CAB por meio de fachada ativa e
permeabilidade visual no fechamento
mediante o pagamento de contrapartida do terreno.
financeira ao Município. Este instrumento aplica- Instalação de dispositivos de energias
se à ZUD-4, ZAE e ADE Centralidade. CAB
alternativas .
76
INSTRUMENTOS Aplicação
prefeitura registro da TDC

Transferência do Direito de
Construir (TDC) CAM
CAB

IG IR

cartório TDC na matrícula

Que tipo de imóvel pode gerar TDC


Imóveis tombados ou inventariados,
independentemente da Zona.
Imóveis impedidos de alcançarem
plenamente seu potencial construtivo em TDC
virtude de interesse cultural.
IR
Terrenos privados situados em ZPA, desde
que seja implantada reserva particular do
patrimônio natural, de caráter perpétuo.
Imóveis transferidos ao Poder Público para
fins de regularização fundiária de interesse IG
social.
Como é calculada a área adicional
Permite que o potencial construtivo (CAB) de um
no imóvel receptor
imóvel gerador (IG) seja alienado ou transferido
AG x VG = AR x VR
para um imóvel receptor (IR), mediante escritura
Onde:
pública com o intuito de estimular a preservação AG = área edificável líquida (m²) passível de ser transferida
cultural e ambiental e propiciar a implementação pelo imóvel gerador, calculada pela diferença entre o
potencial construtivo desse terreno, conforme aplicação
de projetos de interesse urbanístico e social. Os do CAB, e a área que permanecerá edificada nele.
VG = valor do m² de terreno do imóvel gerador com base no
imóveis receptores devem estar situados em ZUD- cálculo do IPTU.
4, ZAE e ADE Centralidade ou então envolvidos em AR = área edificável líquida (m²) passível de ser
incorporada ao imóvel receptor, respeitando o CAM do
projetos urbanísticos especiais ou operações terreno.
VR = valor do m² de terreno do imóvel receptor com base
urbanas, exceto em ZPA e ZUD-1. no cálculo do IPTU.
77
INSTRUMENTOS Conteúdo básico do EIV
1. Caracterização da área de influência e dos impactos.
Finalidade
LC LF

Estudo de Impacto de Vizinhança 2. Indicação das medidas mitigadoras dos impactos negativos e
potencializadoras dos impactos positivos, considerando no mínimo:
EIV
minimização dos impactos
(EIV) adensamento populacional.
oferta e qualidade de equipamentos urbanos e comunitários - EUC.
negativos à vizinhança do
empreendimento ou atividade
oferta e qualidade de espaços livres de uso público - ELUP.
uso e ocupação do solo.
valorização imobiliária.
geração de tráfego e demanda por transporte coletivo. Publicação
condições de acessibilidade pelos modos de locomoção não
motorizados. Os documentos do EIV ficarão disponíveis para consulta
ventilação e iluminação. por qualquer interessado.
paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
soluções de incentivo à sustentabilidade.
infraestrutura urbana existente ou a implantar.
características físicas, tais como vegetação, solo e recursos hídricos.
3.Pesquisa de percepção da população afetada pelo empreendimento.

empreendimento de impacto

O EIV é um estudo técnico que analisa os possíveis


impactos que atividades e empreendimentos
podem causar nas condições de vida da população
residente em sua área de influência ou vizinhança,
preponderantemente relacionados aos aspectos
de ambiência, funcionais, paisagísticos, sociais e
urbanísticos.

LC - licença para construir.


LF - licença para funcionar.
78
INSTRUMENTOS Aplicação
Lei específica deverá conter:
Finalidade
Tratamento urbanístico de áreas estratégicas na
estruturação urbana.
Operação Urbana Consorciada Área a ser atingida, finalidades, objetivos específicos e prazo de
vigência.
Abertura de vias ou melhorias no sistema viário.
Produção ou melhoria habitacional de interesse social.
(OUC) Programa básico de ocupação e intervenções urbanísticas
previstas.
Reurbanização e regularização fundiária de áreas de
interesse social.
Normas e parâmetros de parcelamento, ocupação e uso do solo Implantação de equipamentos públicos.
a serem adotados. Recuperação do patrimônio cultural.
Instrumentos urbanísticos a serem utilizados. Proteção ambiental.
Programa de atendimento econômico e social para a população
diretamente afetada.
Estudo de Impacto de Vizinhança.
Incentivos e benefícios a serem concedidos aos proprietários,
usuários permanentes e investidores privados.
Contrapartidas a serem exigidas dos setores da sociedade
envolvidos e seus prazos.
Penalidades a serem aplicadas em caso de descumprimento da
legislação específica da OUC;
Forma de controle da OUC compartilhado com a sociedade civil.
Previsão de fundo específico para destinar os recursos das
contrapartidas da OUC.

Conjunto de intervenções e medidas coordenadas


pela Administração Pública Municipal, com a
participação de proprietários, moradores,
usuários permanentes e investidores privados,
com o objetivo geral de alcançar transformações
urbanísticas estruturais, melhorias sociais e
valorização ambiental em determinada área. A
OUC poderá acontecer em qualquer área da
Macrozona Urbana, mas é proibida a flexibilização
de regras e parâmetros urbanísticos naquelas que
venham a ser realizadas em ZUD-1 ou ZPA.
79
INSTRUMENTOS Aplicação
proprietário do imóvel público ou privado

Consórcio Imobiliário

transferência do imóvel

prefeitura ou parceiro privado

pode urbanizar pode edificiar

ou
É uma forma de cooperação entre o Poder Público
e a iniciativa privada com a finalidade de viabilizar
a urbanização e/ou edificação de áreas carentes unidades unidades
urbanizadas: parte edificadas: parte
de infraestrutura e serviços urbanos que para o proprietário para o proprietário e
contenham imóveis urbanos subutilizados ou não e parte para a parte para a
Prefeitura. Prefeitura.
utilizados. Este instrumento é aplicável à ZUD-2
(exceto nas bacias de Vargem das Flores e Bom
Jesus, ZUD-3, ZUD-4, ZEIS, ZAE e ADE de ou
Interesse Social.
80
INSTRUMENTOS Finalidade

Estimular a preservação ambiental,


Imposto Territorial e Predial especialmente na bacia de Vargem

Urbano (IPTU) como instrumento das Flores.

da política urbana e ambiental Criar mecanismos


compensação no caso de bens do
de

patrimônio cultural protegidos.

Contribuir para a política de


HIS habitação de interesse social.

Contribuir para o controle da


densidade construtiva e
populacional.

O IPTU será utilizado em sua dimensão extrafiscal


como instrumento da política urbana e ambiental
do Município priorizando a isenção ou redução do
valor dos imóveis urbanos nas seguintes
situações:

Situados em ZPA, mediante a preservação


comprovada de seus atributos ambientais.
Situados em ADE de Adequação Ambiental,
visando baixa densidade.
De interesse cultural protegidos, mediante sua
preservação comprovada.
Situados na ZEIS ou ADE de Interesse Social,
pelo prazo mínimo de 2 anos.
Onde sejam instalados dispositivos
relacionados a práticas de sustentabilidade mapa das áreas prioritárias para
ambiental. redução ou isenção do IPTU
81
INSTRUMENTOS Aplicação

Pagamento por Serviços


Ambientais prefeitura benefícios à
sociedade e ao
meio ambiente

pagamento conservação,
pela sequestro de
preservação carbono,
reciclagem de
recursos, etc.

proprietário
da área
Provedores potenciais
Áreas cobertas com vegetação nativa ou
onde haja ações de restauração
ecossistêmica, ou de recuperação da
cobertura vegetal nativa ou plantio
agroflorestal.
Unidades de conservação de proteção
Incentivo financeiro para ações de preservação integral.
Locais de paisagem de grande beleza cênica.
ambiental destinadas a conservação da Áreas prioritárias para a conservação da
biodiversidade, sequestro de carbono, reciclagem biodiversidade.
de recursos e outras, visando à melhoria das Modalidades de pagamento
condições ambientais dos ecossistemas e do Observação
espaço urbano. São elegíveis para provimento de pagamento direto. Imóveis privados em que seja
serviços ambientais os imóveis privados situados constatado o interesse na utilização
compensação por certificado do instrumento apenas para manter o
na ZPA, na ADE de Interesse Turístico e na ADE de redução de emissões por terreno como reserva de mercado não
Cultural Sede. desmatamento. podem ser provedores.
82
SISTEMA DE Conselho Municipal de Política Urbana (COMPUR)

GESTÃO URBANA
PARTICIPATIVA Composição
mandato legislativo (2) executivo (10) movimento popular (5)
2 anos

empresarial (4) ensino superior (1) profissionais liberais (2)


obs: cada membro titular do COMPUR terá um suplente que o substituirá em casos de ausências e impedimentos.

SMDUH preside
Competências

CONVOCAR MONITORAR CONSTITUIR CÂMARAS TÉCNICAS

a cada 4 anos a CMPU. a implementação das diretrizes, que serão formadas com algumas das
anualmente a Plenária do Sistema de normas e instrumentos urbanísticos seguintes atribuições:
Gestão Urbana Participativa. contidos no Plano Diretor, sugerindo
alterações em sua regulamentação. deliberar sobre os processos de
É coordenado pelo Conselho Municipal de Política OPINAR licenciamento de Empreendimentos
Urbana (COMPUR) e constituído pelas seguintes COORDENAR de Impacto Categoria 2.
sobre a compatibilidade das propostas definir a classificação, a localização
instâncias de participação no município: de obras contidas nos planos o processo participativo de revisão do admissível e as condições de
o COMPUR plurianuais e nos orçamentos anuais Plano Diretor junto ao órgão instalação de atividades que não
com as diretrizes do Plano Diretor. responsável pelo desenvolvimento constem nominalmente no Anexo X.
a Conferência Municipal de Política Urbana sobre projetos de lei que versem sobre urbano. decidir sobre proposta do GTM de
(CMPU). política urbana. licenciamento mediante EIV para
atividades que, submetidas a diretrizes
o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano PROMOVER de trânsito ou diretrizes ambientais, se
PROPOR
(FMDU). fóruns, apresentações, palestras,
revelem classificáveis como
empreendimentos de impacto.
as instâncias colegiadas dedicadas à gestão medidas para o aprimoramento da audiências públicas, seminários ou opinar sobre prioridade de aplicação
legislação urbanística do Município. cursos.
de políticas setoriais. do PEUC.
definir normas complementares às
COLABORAR GERIR disposições do Plano Diretor.
O Sistema de Gestão Urbana Participativa realizará emitir parecer sobre alteração e
na aplicação e no cumprimento do o Fundo Municipal de Desenvolvimento acréscimo de área utilizada em
anualmente uma Plenária convocada e coordenada Plano Diretor e demais normas Urbano. edificação na qual se exerça o direito
pelo COMPUR. urbanísticas. de permanência de uso desconforme.
83
SISTEMA DE Instâncias de participação

GESTÃO URBANA
CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA (CMPU)

avalia a condução e os impactos da implementação da


política de desenvolvimento urbano municipal e FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO

PARTICIPATIVA
aponta diretrizes para seu aprimoramento. (FMDU)
devem participar representantes do Poder Público
Municipal e dos segmentos da sociedade civil. tem a finalidade de apoiar ou realizar investimentos
deve ocorrer no segundo ano da gestão do Executivo destinados a concretizar os objetivos, diretrizes,
Municipal com o intuito de deliberar sobre a revisão do planos, programas e projetos urbanísticos e
Plano Diretor. ambientais relacionados com o desenvolvimento
urbano e a gestão urbanística ou decorrentes do Plano
Diretor, em obediência às prioridades nele
estabelecidas.
convoca e aprova os recursos são provenientes de fontes como:
o regimento
aplicação dos instrumentos de política urbana.
contrapartidas urbanísticas, especialmente relativas a
delibera sobre a aplicação empreendimentos de impacto.
intervalo COMPUR aprova as contas regularização fundiária de interesse específico.
de 8 anos
fiscaliza a execução parcelamento do solo ou ocupação de terreno não
parcelado.
multas, correção monetária e juros recebidos em
aprova as decorrência de aplicações de instrumentos de política
diretrizes urbana e da aplicação da legislação urbanística.
multas advindas do descumprimento dos Termos de
Compromisso firmados pelo Município de Contagem
com empreendedores para o cumprimento das
REVISÃO DO PLANO DIRETOR diretrizes urbanísticas.
taxas e preços públicos referentes ao licenciamento
reunião pública de abertura da CMPU. de parcelamentos, edificações e atividades.
leitura da realidade municipal contemplando a Leitura dotações orçamentárias e créditos adicionais
Comunitária por meio da realização das pré- suplementares.
conferências regionais e a Leitura Técnica pelo repasses ou dotações de origem orçamentária da
Executivo municipal. União e do Estado de Minas Gerais.
eleição dos delegados nas pré-conferências regionais. repasses, contribuições ou doações de entidades
capacitação dos delegados. internacionais.
elaboração de propostas pelos delegados eleitos e contribuições ou doações de pessoas físicas ou
pelo Poder Executivo municipal com base nas jurídicas.
diretrizes aprovadas pelo COMPUR e nas leituras acordos, contratos, consórcios e convênios.
Técnica e Comunitária realizadas. rendimentos de aplicações financeiras.
aprovação final das propostas em plenária de outras receitas e rendas que lhes sejam destinados.
delegados.
elaboração do projeto de lei de revisão do Plano
Diretor, com base nas propostas aprovadas pela
Conferência.
84
DIRETRIZES Meio Ambiente e Saneamento
Considerar a bacia hidrográfica como referência para a
Politica Municipal de Habitação de Interesse
Social (PMHIS)

TEMÁTICAS
gestão urbana e ambiental, avaliação de impactos e sua
mitigação, licenciamento e fiscalização. O objetivo da PMHIS é promover e garantir o acesso à
habitação digna e adequada para a população que compõe
Promover e aprimorar dispositivos de proteção e seu universo de atendimento, constituída por famílias
restauração dos ecossistemas, incluindo rios, lagos, moradoras do Município: sem rendimento ou com
aquíferos e remanescentes florestais. rendimento mensal familiar de até cinco salários-mínimos;
residentes em áreas de interesse social.
Compatibilizar o desenvolvimento e a expansão urbana com
a proteção dos recursos hídricos e com o relevo natural, Constituem prioridades gerais dentro do universo de
evitando-se o desmatamento, a denudação do solo sem atendimento da PMHIS as famílias: I – que possuam
vinculação ao projeto para sua ocupação e o rendimento mensal familiar de até cinco salários-mínimos e
desencadeamento de processos erosivos. rendimento per capita de até meio salário-mínimo; II – em
situação de risco geológico ou hidrogeológico alto e muito
Articular com os municípios vizinhos o planejamento das alto; III – em situação extrema de insalubridade e/ou
ações de saneamento. precariedade de infraestrutura e serviços; IV – que pagam
aluguel em valor superior a 30% de seu rendimento mensal
Promover o controle de vetores e de reservatórios de familiar; V – constituídas por idosos ou pessoas com
doenças transmissíveis. deficiência; VI – chefiadas por mulheres; VII – removidas pelo
Poder Público em função de obra, risco ou outros motivos;
VIII – em situação de rua ou de moradia improvisada; IX –
Regularização Fundiária constituídas por imigrantes estrangeiros; X – organizadas em
Deverá ser instituído Programa Municipal de Regularização movimentos de luta pela moradia.
Fundiária e Edilícia em núcleos urbanos e edificações
informais, verificadas as condições legais, com abrangência São ALGUMAS diretrizes para a PMHIS:
em todo o território municipal, estruturado nos seguintes
eixos de ação: I – Regularização Fundiária; II – Regularização I - garantir o acesso a condições dignas e adequadas de moradia
Edilícia; III – Regularização de Endereço. a um custo acessível para as famílias que compõem o universo
de atendimento da PMHIS.
Constituem diretrizes gerais da REURB: I – vinculação da II - fomentar a ampliação da oferta de terra para fins de moradia
regularização fundiária à recuperação urbanística e da população de baixa renda, utilizando, dentre outros
ambiental do núcleo urbano informal, de modo a garantir procedimentos aplicáveis, os instrumentos urbanísticos e
condições mínimas de moradia; II – participação da tributários cabíveis.
população beneficiária em todo o processo. III - promover a ampliação de oferta de moradia para segmentos
populacionais de baixa renda e estimular a produção privada de
Constituem diretrizes específicas da REURB-S: I – HIS.
priorização das áreas de interesse social delimitadas como IV - garantir adequada inserção dos empreendimentos de
ZEIS, de acordo com o mapa apresentado no Anexo III desta habitação de interesse social na cidade, considerando os
Lei Complementar; reassentamento da população na área da aspectos ambientais e estimulando a diversidade social na
Menção de algumas diretrizes por tema. O texto regularização ou em suas proximidades nos casos em que ocupação do território urbano.
integral poderá ser consultado no Projeto de Lei. for inevitável a remoção.
85
DIRETRIZES Mobilidade
Promover acessibilidade aos serviços básicos e
Desenvolvimento Econômico e Turismo
Promover o desenvolvimento seletivo do processo de

TEMÁTICAS
equipamentos sociais. industrialização do Município pelo estímulo a atividades
industriais mais dinâmicas e menos impactantes,
Promover a integração dos diversos meios de transporte. especialmente aquelas que impliquem baixo impacto de
carbono, e de maior agregação de valor.
Priorizar o transporte coletivo sobre o individual motorizado.
Fomentar a dinâmica econômica do Município mediante a
Minimizar os conflitos gerados no trânsito, sobretudo pelo revitalização dos Distritos Industriais e das edificações neles
transporte de cargas. instaladas, utilizando técnicas que preservem a memória
desses espaços.
Priorizar o pedestre e os meios de transporte não
motorizados sobre os motorizados. Incentivar o cooperativismo, a economia local, solidária e
criativa.
Ampliar e melhorar as condições de circulação de ciclistas e
pedestres, considerando as particularidades de grupos Estimular a circulação de bens e recursos nas comunidades,
específicos, como portadores de necessidades especiais, mediante circuitos diretos de contato entre produtores e
pessoas em condição de mobilidade reduzida e crianças. consumidores, como feiras livres.

Dar prosseguimento à implementação do Sistema Integrado Estimular as atividades turísticas em suas diversas formas.
de Mobilidade - SIM.

Agroecologia e Segurança Alimentar Cultura, Patrimônio Cultural e Inclusão Social


Ser praticada em espaços urbanos e rurais, respeitando as Incentivar a criação de espaços culturais.
especificidades da legislação sanitária e urbanística do
Município, contribuindo para a sustentabilidade do território Reconhecer como patrimônio cultural do Município os povos
municipal. e comunidades tradicionais e prever diretrizes de
salvaguarda de territórios ocupados como espaço sagrado.
Promover o fortalecimento da agropecuária em base
familiar, contribuindo para geração de renda para as famílias Reconhecer o futebol de várzea como uma expressão
e a produção de alimentos para o autoconsumo. cultural importante na estruturação das relações sociais dos
bairros.
Promover feiras da agricultura urbana e familiar em todas as
Regiões Administrativas do Município. Garantir os direitos da comunidade imigrante.

Promover em terrenos públicos e particulares, Aprimorar medidas inclusivas das pessoas portadoras de
especialmente nos territórios de interesse social, a deficiência nos espaços públicos e no mercado de trabalho.
implantação de hortas e/ou pomares comunitárias.
Menção de algumas diretrizes por tema. O texto promover espaços públicos e privados mais inclusivos e
Implantar hortas nas escolas e envolver os alunos nessa seguros para toda a população, incluindo e reconhecendo a
integral poderá ser consultado no Projeto de Lei. prática. comunidade LGBTQIAPN+
86
AÇÕES PÚBLICAS Meio Ambiente e Saneamento
Elaboração de plano de ação de esgotamento sanitário da
Ordenamento, planejamento e gestão urbana e
territorial

PRIORITÁRIAS
bacia de Vargem das Flores. Regulamentação do instrumento Transferência do Direito de
Criação de programa especial de fiscalização ambiental e Construir.
urbanística nas bacias Vargem das Flores e do Bom Jesus.
Regulamentação do instrumento Estudo de Impacto de
Regulamentação de pagamento por serviços ambientais. Vizinhança.
Elaboração de estudo para tratamento e disposição final de Regulamentação das Áreas de Diretrizes Especiais - ADE que
resíduos sólidos. demandam normas complementares, quais sejam: ADE
Atualização dos planos municipais de saneamento e de Cultural Arturos e ADE Cultural das Pedreiras.
drenagem urbana.
Implantação dos Parques Urbanos da Pedreira Santa Rita, da
Pedreira do Riacho, do Sapucaias II e das Orquídeas.
Mobilidade
Conclusão da implantação da infraestrutura do Sistema Promoção de educação urbana.
Integrado de Mobilidade - SIM e sua operacionalização.

Atualização do Plano de Mobilidade Urbana de Contagem - Patrimônio Cultural


PlanMob Contagem. Recuperação do Cine Teatro Municipal e do Centro de
Memória do Trabalhador.
Elaboração e implantação de Plano de Mobilidade Ativa de
Contagem. Requalificação dos espaços adjacentes à Casa dos Cacos e à
estação ferroviária de Bernardo Monteiro.
Habitação
Implantação de projeto de requalificação do Centro
Regulamentação e retomada do programa municipal de Histórico.
regularização fundiária.
Recuperação dos espaços públicos.
Atualização do Plano Municipal de Habitação de Interesse
Social e do Plano Municipal de Redução de Riscos. Elaboração de estudo visando à definição da represa de
Vargem das Flores e suas imediações como patrimônio
Atualização da Política Municipal de Habitação de Interesse cultural municipal.
Social.
Socioeconomia e Turismo
Investimentos em ações de urbanização, regularização
fundiária e melhorias habitacionais em ZEIS localizadas na Elaboração e implementação de plano de desenvolvimento
região do Complexo Perobas, associadas aos corredores de econômico para o Município.
Menção de algumas ações públicas prioritárias. O transportes do SIM.
Elaboração de plano para a ADE de Interesse Turístico.
texto integral poderá ser consultado no Projeto de
Lei. Programas para economia informal e solidária.
87
CRÉDITOS
Marília Aparecida Campos
Prefeita de Contagem/ MG

Mônica Maria Cadaval Bedê


Secretária Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação

Isnard Monteiro Horta


Coordenação Geral

Luciane Mitraud Carvalho


Coordenação

Adriano N. Manetta - Alexander D. da Silva - Cecília R. A. Silva - Cristina M. Oliveira - Daniel


Carvalho - Daniel do Irineu - Davidson I. Bruno - Edilton P. Bispo - Egmar P. Panta - Elaine C.
Oliveira - Fabiana O. Araujo - Fausto V. Cançado - Felipe G. M. Bicalho - Floriana F. Gaspar -
Gegê Marreco - Gil Diniz Neto - Helcio N. da Silva Junior - Isnard M. Horta - João Pedro R. Lamas
- Ramon dos Santos - Jusilei B. Custódio - Lirian W. C. Lima - Luis Gustavo V. Fonseca - Mara K.
Castro - Márcio R. Lima - Marco Antônio Silveira -Marco Aurélio R. Tomaz - Marcos Paulo C.
Marcelino - Maria Aparecida R. Miranda - Maria José F. Victoriano - Maria Thereza C. M. Sampaio
- Maurício Cassim - Moara Sabóia - Monica M. C. Bedê - Nádia P. Daian - Paulo G. Vieira - Regiane
M. Oliveira - Regina M. Silva - Renê W. Junior - Ricardo Gomes Filho - Roberto Matozinhos -
Rodrigo N. Muniz - Samantha U. Sant’Anna - Tânia Maria A. Ferreira - Walison Adriano Maurício.
COMPUR

Transcon - Secretaria Muncipal de Meio Ambiente - Secretaria Municipal de Cultura


Outros órgãos municipais

Everton Jubini de Merícia


Elaboração

Mônica Maria Cadaval Bedê - Floriana de Fátima Gaspar - Gabriela Rocha Souto Costa
Colaboração
https://decidim.contagem.mg.gov.br/processes/smduh-plano-diretor

Junho de 2023.

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