A Extensão Universitária é a forma de articulação e interação entre
universidade e sociedade, por meio de ações que buscam levar os conhecimentos e técnicas adquiridos por meio do ensino e da pesquisa para fora da instituição. Sendo assim, ela deve funcionar como uma via de duas mãos, onde a Universidade leva os saberes e a assistência à comunidade e também aprende com o saber dela. A partir dessa interação, novos saberes e conhecimentos são produzidos, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade e transformando a realidade social. O PNEU- Política Nacional da Extensão Universitária, concebe o conceito de extensão que conhecemos atualmente: “A Extensão Universitária, sob o princípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, é um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre a Universidade e outros setores da sociedade”. Sua importância se dá no desenvolvimento e integração social, além de ser geradora de políticas públicas. As práticas de extensão possibilitam o desenvolvimento integral da pessoa, bem como o seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho: ao entrar em contato com as necessidades das pessoas, possibilita relacioná-las ao seu curso para definir como o seu conhecimento acadêmico poderá ser útil para resolver determinados problemas sociais. Alguns exemplos de práticas de extensão universitária em outras IES se dão nas universidades como, o Unit Sergipe, onde o curso de Arquitetura possui o Núcleo de Projetos, Pesquisa e Extensão (Nuppe). Uma de suas atividades é a prestação de assistência técnica gratuita em bairros populares de Aracaju, como Santos Dumont, Santa Maria, Bugio e Bairro Industrial, cujos moradores demandam serviços como elaboração de plantas, usucapião e regularização de imóveis (estes em parceria com o Núcleo de Práticas Jurídicas/NPJ). “A gente tem essa intenção mesmo, de pensar em como contribuir com a sociedade, a partir dessas pessoas que estão em condição de maior vulnerabilidade”. Na USP de São Carlos, o Sisal, EMAU (Escritório Modelos de Arquitetura e Urbanismo) do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da instituição, promoveu ações de extensão universitária que incluíam informações abertas ao público universitário, desde conversas sobre a extensão, até rodas sobre permanência estudantil. Contava também com outros projetos, como a idealização Universidade do Oeste de Santa Catarina
APEx – Atividades Práticas de Extensão
de um mobiliário de permanência projetado para o Campus I da USP - São Carlos e
o trabalho em conjunto com a comunidade do Acampamento 3 de Janeiro, que consistia na elaboração de um ponto de ônibus escolar para as crianças da comunidade e entorno, levando em conta a quantidade de crianças que usam o ponto de ônibus ao mesmo tempo, a organização e as condições de conforto, principalmente térmico, durante o período de uso. O objetivo desses grupos é a atuação em áreas das cidades em que geralmente não há acesso ao trabalho do profissional arquiteto e urbanista, a fim de compartilhar e aprender em um processo de troca com a comunidade. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Escola de Arquitetura e Urbanismo tem diversos projetos que envolvem a comunidade. Entre eles, destacam-se iniciativas de revitalização de espaços públicos, consultoria em projetos de habitação social e desenvolvimento urbano sustentável em parceria com órgãos públicos e organizações locais. Na Universidade de São Paulo (USP), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo promove projetos de extensão que visam contribuir para o desenvolvimento de comunidades e bairros. Esses projetos incluem ações de planejamento urbano participativo, revitalização de áreas degradadas e consultorias em projetos habitacionais. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Escola de Arquitetura possui programas que engajam estudantes em projetos comunitários. Eles trabalham com a população local em projetos de melhorias urbanas, como requalificação de espaços públicos, preservação do patrimônio histórico e revitalização de áreas degradadas. Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo promove projetos comunitários voltados para o planejamento urbano e a habitação social. Os estudantes são envolvidos em ações de diagnóstico e intervenção em áreas de vulnerabilidade social, buscando melhorias na qualidade de vida da população. Já na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo realiza projetos de extensão que incluem ações de planejamento participativo, requalificação de espaços públicos, consultoria em projetos de habitação popular e intervenções urbanas em parceria com órgãos governamentais e organizações sociais.