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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE NUTRIÇÃO
BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

MARINA DE PAULA CEDRAZ PESSOA

Ansiedade e depressão como comorbidades psiquiátricas em gestantes com transtornos


alimentares

Anxiety and depression as psychiatric comorbidities in pregnant women with eating


disorders

SALVADOR
2022
MARINA DE PAULA CEDRAZ PESSOA

Ansiedade e depressão como comorbidades psiquiátricas em gestantes com transtornos


alimentares

Anxiety and depression as psychiatric comorbidities in pregnant women with eating


disorders

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como um


dos requisitos para aprovação no componente curricular
NUTA01 - Trabalho de Conclusão de Curso, do curso de
bacharelado em Nutrição da Universidade Federal da
Bahia (UFBA).

Orientadora: Profª Drª Karine Curvello

SALVADOR
2022
MARINA DE PAULA CEDRAZ PESSOA

Ansiedade e depressão como comorbidades psiquiátricas em gestantes com transtornos


alimentares

Anxiety and depression as psychiatric comorbidities in pregnant women with eating


disorders

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Bacharelado em Nutrição da


Universidade Federal da Bahia, como parte das exigências para aprovação no componente
curricular NUTA01 – Trabalho de Conclusão de Curso.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________________
Profª Drª Karine Lima Curvello Silva
Profª Adjunta da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia

_______________________________________________________________
Profª Drª Carla de Magalhães Cunha
Profª Adjunta da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia

_______________________________________________________________
Profª Drª Carolina Mello
Profª Adjunta da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia
AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, pela força incondicional e por nunca desistirem de me fazer acreditar
em meus sonhos e de que sou capaz de conquistar o que eu desejar.

Ao meu filho, por me mostrar que não existe nada que uma mãe não seja capaz nesse mundo.

Ao meu irmão, Mauricio, por ser minha inspiração e parceiro de vida desde sempre.

A minha orientadora, Professora Karine Curvello, por ser uma profissional inspiradora, pela
paciência, dedicação e pela escuta sensível que foi além da relação professora-aluna.

As professoras Conceição Fonseca, Carla Magalhães e Carolina Mello, pela compreensão.

A Danilo, por segurar minha mão com amor, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença

As minhas amigas Taís, Ana Beathriz, Bruna, Lana, Michelle, Marianna, Loara, Lana, Alana,
Rebeca e Graziele, pela parceria nos momentos mais difíceis da faculdade, sem vocês o
caminho não teria sido tão gratificante

As minhas irmãs Maria Paula, Mariana e Amanda, por serem alicerce e porto-seguro.

As minhas cúmplices, Mi, Reis e Kiu, por serem refúgio e por nunca me deixarem esquecer de
quem eu sou.

Aos meus amigos, Thales, Antonio, Flávia, Gabriella, Mariana, Malú e Júlia, por sempre me
incentivarem a dar o meu melhor.

Obrigada!
EPÍGRAFE

“Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça


É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca possui
A estranha mania de ter fé na vida”
(Milton Nascimento)
LISTA DE ABREVIAÇÕES

TA Transtorno alimentar
TAs Transtornos alimentares
TCA Transtorno de compulsão alimentar
AN Anorexia nervosa
BN Bulimia nervosa
DPP Depressão pós-parto
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................10

2 METODOLOGIA...........................................................................................11

3 RESULTADOS.............................................................................................. 12

4 DISCUSSÃO.................................................................................................17

5 CONCLUSÃO...............................................................................................20

6 REFERÊNCIAS..............................................................................................21
Ansiedade e depressão como comorbidades psiquiátricas em gestantes com transtornos
alimentares

Anxiety and depression as psychiatric comorbidities in pregnant women with eating


disorders

PESSOA, Marina de Paula Cedraz 1, CURVELLO-SILVA, Karine 2

1 - Discente do curso de Nutrição da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia


2 - Profa Adjunta do curso de Nutrição da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia.

RESUMO

A gestação é um período em que muitas alterações fisiológicas ocorrem para permitir


o crescimento e desenvolvimento saudável do feto. Mas, além destas, alterações emocionais
e psicológicas também estão presentes na fase gestacional, e requerem uma atenção
individual e sensível, para que não prejudiquem o bem-estar físico e mental materno, bem
como a saúde do feto. Esta revisão tem como objetivo discutir a relação entre ansiedade,
depressão e transtornos alimentares na condição de gestação. Caracteriza-se como um
estudo de revisão narrativa, onde as buscas foram realizadas nas bases de dados Scielo,
Google Scholar e MedLine via PubMed, usando-se os descritores em saúdes “Transtornos
alimentares” ou “pregorexia”; “depressão”, “ansiedade”, “comorbidades psiquiátricas”,
“gestação”, “gestantes”. A busca inicialmente retornou 1150 artigos que após a leitura dos
resumos e dos títulos ficaram reduzidos a 45. Após leitura dos artigos completos e utilizando
os critérios de exclusão, restaram 12 artigos. Devido à ausência de estudos que relacionem
Transtornos alimentares, ansiedade e/ou depressão em gestantes, este estudo faz-se
importante para contribuir e incentivar a elaboração de mais estudos e por seguinte, mais
atenção e implantação de medidas preventivas e corretivas para a população em estudo.

Palavras-chave: Transtornos alimentares, depressão, ansiedade, gestação, pregorexia


ABSTRACT
Pregnancy is a period when many physiological changes occur to allow for the healthy growth
and development of the fetus. But, in addition to these, emotional and psychological changes
are also present in the gestational phase, and require individual and sensitive attention, so
that they do not harm the mother's physical and mental well-being, as well as the health of
the fetus. This review aims to discuss the relationship between anxiety, depression and eating
disorders in pregnancy. It is characterized as a narrative review study, where searches were
performed in the Scielo, Google Scholar and MedLine databases via PubMed, using the health
descriptors “Eating disorders” or “pregorexia”; “depression”, “anxiety”, “psychiatric
comorbidities”, “pregnancy”, “pregnant women”. The search initially returned 1150 articles,
which after reading the abstracts and titles were reduced to 45. After reading the full articles
and using the exclusion criteria, 12 articles remained. Due to the lack of studies that relate
eating disorders, anxiety and/or depression in pregnant women, this study is important to
contribute and encourage the development of more studies and, therefore, more attention
and implementation of preventive and corrective measures for the population in study.
Keywords: Eating disorders, depression, anxiety, pregnancy, pregorexia
10

INTRODUÇÃO

A gestação é um período em que ocorrem uma série de mudanças biológicas,


somáticas, psicológicas e sociais que influenciam a dinâmica psíquica individual e as demais
relações sociais da gestante. A forma como ela vive estas mudanças, repercutem de forma
intensa em toda sua maternidade, não apenas na relação mãe-bebê, mas na forma que ela
vivencia seu corpo. Dentre as inúmeras mudanças, algumas surgem durante a gestação,
outras já acompanham a mulher desde o período pré-gravídico com as alterações no
comportamento alimentar e condições psiquiátricas como ansiedade e depressão, são alguns
desses exemplos. (PICCININI, et al., 2008).

No período gestacional, o aumento da ansiedade e preocupação com o ganho de peso,


e o reforço da dieta nutricional ou de comer indiscriminadamente determinados alimentos e
precisar manter uma dieta saudável, acaba aproximando a gestante da pregorexia, termo
utilizado para caracterizar TAs no período gestacional. (OLIVEIRA, et. al 2020). Os transtornos
alimentares podem ser caracterizados por perturbações comportamentais que estão
relacionadas aos hábitos alimentares. Normalmente, envolvem uma preocupação excessiva
com a imagem corporal e levam a comportamentos como a ingestão reduzida de alimentos,
uso de laxantes e diuréticos, ou a provocação de vômitos logo após o consumo de alimentos.
(SBNp, 2019).

A mudança na dinâmica psíquica pode também ser gatilho para o aparecimento de


transtornos psiquiátricos como a depressão e a ansiedade. No período gestacional, a mulher
pode desenvolver manifestações clínicas da doença, assim, aquela que possui histórico prévio
tem risco maior de desencadear o transtorno mental, podendo trazer graves consequências,
tanto físicas como emocionais, além de influenciar na vida fetal. Dados epidemiológicos
mostram que o transtorno mental atinge inúmeras gestantes, chegando a uma porcentagem
de até 20%, em destaque está o transtorno de humor e ansiedade. Já 10 a 15% das mulheres
vivenciam o sofrimento depressivo no decurso da gravidez ou no primeiro ano do pós-parto.
(KASSADA, et al., 2015). A depressão é altamente prevalente na população em geral, e tende
a ser crônica e recorrente, principalmente quando não é tratada. (Ministério da Saúde, 2020).
11

A ansiedade é um fenômeno que pode ser benéfico e/ou maléfico, dependendo da


intensidade e circunstâncias em que o indivíduo se encontra, e pode se tornar patológico,
tornando-se prejudicial ao nosso funcionamento somático (corporal) e psíquico (mental)
(BVS, 2011). Na gestação pode ser desenvolvida em decorrência de pensamentos negativos
sobre mudança corporal, provocando baixa autoestima, por conta de incertezas quanto ao
futuro, principalmente em casos de gravidez não planejada e medo de algo acontecer com o
bebê durante e depois da gestação. Esses estímulos podem acontecer por conta das
preocupações, nervosismos e apreensão, ocasionando consequências à gestante e ao bebê
(MEIRELES, et.al., 2017). Com isso, transtornos de ansiedade configuram-se fatores de
risco para fragilidades no desenvolvimento fetal e complicações obstétricas, além de
efeitos danosos futuros no desenvolvimento físico e psicológico infantil. (NUNES, et al., 2016)

Com a falta de estudos que relacionem as duas comorbidades psiquiátricas e os


transtornos alimentares em gestantes, este estudo se propõe a contribuir para a ampliação
da discussão da relação entre a ansiedade, depressão e transtornos alimentares na condição
de gestação.

METODOLOGIA:

Trata-se de uma revisão narrativa descritiva feita a partir do levantamento de artigos


que abordam os transtornos alimentares, gestação e doenças psiquiátricas como ansiedade
e depressão.

As buscas foram realizadas nas bases de dados Scielo, Google Scholar e MedLine via
PubMed, usando-se os descritores em saúdes agrupados em três grandes blocos:
(1)“Transtornos alimentares” ou “pregorexia”; (2) “depressão”, “ansiedade”, “comorbidades
psiquiátricas” (3) “gestação”, “gestantes”. A estratégia de busca foi realizada usando-se os
descritores combinados dois a dois ou três a três, usando-se os operadores booleanos
AND/OR.

Foram incluídos estudos de revisão, ensaios clínicos, relatos de caso, estudos de


intervenção, e dissertações de mestrado e doutorado. Não foi delimitado tempo de
publicação para a busca. Estudos e trabalhos com público masculino, mulheres não gestantes
12

e pessoas com outros tipos de comorbidades psiquiátricas não sendo ansiedade e/ou
depressão, foram excluídos.

RESULTADOS

A busca inicialmente retornou 1150 artigos que após a leitura dos resumos e dos
títulos ficaram reduzidos a 45. Após leitura dos artigos completos e utilizando os critérios de
exclusão, restaram 12 artigos publicados entre 1999 e 2022.

Figura 1

Fluxograma PRISMA para inclusão no estudo

Tabela 1
AUTOR/ANO N DE ARTIGOS VARIAVEIS CONCLUSÕES
Associação entre TA e uma variedade de complicações na gestação,
Dunker (2009) Não cita TA x GESTAÇÃO no parto, para o feto e com aumentado risco de morbidade perinatal,
além de complicações na alimentação futura da criança.

As transformações vividas pelas gestantes modificam as


representações que elas têm de si mesmas, mas também aquelas
vinculadas às modalidades relacionais, onde são ativados os níveis
Vianna (2016) Não cita TA x GESTAÇÃO
mais profundos do psiquismo e da memória corporal materna.
Também ocorre um retorno às vivências psíquicas mais precoces,
principalmente aquelas ligadas à relação com os pais.

A depressão e ansiedade tem alta prevalência entre as mulheres


grávidas no período pré e pós-parto, tendo como consequências:
Da Silva 2022 n=9 ANSIEDADE E DEPRESSÃO X GESTAÇÃO
alterações ou distorção da autoimagem, falta de apetite,
sofrimentos, dentre outros.

As pesquisas envolvendo a categoria depressão demonstram, a


dificuldade em isolar um quadro, como o da depressão, de outros, e
Zucchi (1999) Não cita DEPRESSÃO X GESTAÇÃO
a ansiedade muitas vezes tratada como uma dificuldade em controlar
o estresse.
Os resultados da gravidez e do parto de mulheres com bulimia
nervosa variaram entre indivíduos e estudos. Os resultados materiais
de preocupação incluíram abortos espontâneos, ganhos de peso
Morril (2001) n=8 TA x GESTAÇÃO inadequados (excessivos ou inadequados), partos complicados e
comportamentos bulímicos retomados e/ou continuados logo após o
parto. As complicações fetais incluíram baixo peso ao nascer,
prematuridade, malformações e baixo índice de Apgar
Gestantes com TCA apresentaram maior ingestão de energia e
gordura durante a gravidez, mulheres com AN, BN ou ambas (AN +
BN) tiveram padrões semelhantes de ingestão de nutrientes das
mulheres saudáveis. Foi encontrado que mulheres com TCA ativo
apresentaram um leve aumento no consumo médio de café e
mulheres com anorexia nervosa e bulimia nervosa ao longo da vida
relataram um consumo de café significativamente maior. O elevado
Dorsam (2019) n = 13 TA x GESTAÇÃO consumo de cafeína (>355 mg/dia), é de grande preocupação, pois
pode estar associado ao aborto espontâneo. Dentre as principais
razões para o consumo de bebidas cafeinadas estavam a supressão
do apetite, sensação de saciedade, facilitação da purgação e
aumento da taxa metabólica para aumentar o gasto energético.
Mulheres com AN apresentaram risco aumentado de apresentar
anemia por deficiência de ferro na gravidez

Os fatores socioeconômicos, o histórico de saúde mental, as


complicações obstétricas e a rede de apoio frágil foram os principais
Kliemann (2017) n = 41 ANSIEDADE E DEPRESSÃO X GESTAÇÃO
fatores de risco para sintomas de depressão e ansiedade na
gestação, em termos de frequência, nos estudos analisados.

Artigos de revisão
AUTOR/ANO n IDADE VARIAVEIS CONCLUSÕES

O risco de ansiedade na gravidez foi maior entre gestantes que


não exerciam atividade trabalhista, evidenciando o emprego
n = 209
Silva (2017) 20 a 30 ANSIEDADE X GESTAÇÃO como um fator protetor da saúde mental. Histórico de
gestantes
abortamento, tabagismo e o uso de drogas ilícitas também são
fatores associados à ansiedade na gravidez.

Os resultados mostraram que O IMC, as atitudes corporais


Meireles (2016) n=17 22 a 41 IMAGEM CORPORAL X GESTAÇÃO negativas e a subescala “sentimento de gordura” aumentaram
progressivamente ao longo da gestação

Não houve Os resultados enfatizam uma relação entre sintomas de


Hasanjanzadeh (2017) n=200 delimitação de ANSIEDADE E DEPRESSÃO X GESTAÇÃO ansiedade e depressão durante a gravidez com desfecho
idade neonatal ruim.
21,1% apresentaram episódio depressivo durante a gravidez.
As mulheres grávidas acompanhadas pelo SUS apresentaram
alta prevalência de depressão, e a sua presença foi associada
Da Silva (2010) n= 1264 12 a 46 DEPRESSÃO X GESTAÇÃO com mais idade, menor grau educacional, não morar com
companheiro, ter mais de um filho, idealizar o aborto, ter feito
tratamento psicológico ou psiquiátrico, tabagismo e etilismo
na gestação e ter sofrido algum evento estressor.

Prevalência de transtorno alimentar 7,6%, sendo AN 0,1% , BN


0,7%, TCA 1,1% e picacismo 5,7%. Houve significância estatística da
associação de TA com as variáveis: religião, abortamento provocado
anterior, tempo de relacionamento, renda per capita, número de
Dos Santos (2015) N= 913 ≥ 18 DEPRESSÃO X GESTAÇÃO gestações e número de filhos vivos. Quanto às atitudes alimentares,
observou-se significância estatística com “sentir-se mal após comer
doces” e “passar muito tempo pensando em comida”. Constatou-se
ainda associação positiva com sintomatologia ansiosa e com
sintomatologia depressiva.
17

Dentre os sete estudos de revisão, cinco são brasileiros e dois estrangeiros, sendo
duas revisões integrativas e outras duas do tipo sistemática. O número de artigos incluídos
nas revisões variou de 41 a 9. Alguns trabalhos não descreveram claramente quantos artigos
ou manuscritos foram incluídos no total. Parte dos artigos incluídos foram realizados em
hospitais públicos e privados (5 deles), 2 realizados na Unidade Básica de Saúde e 2 realizados
numa unidade ambulatorial. Dentre os artigos de revisão, três analisaram a relação entre
comorbidades psiquiátricas e a gestação, enquanto quatro analisaram a relação entre
gestação e TA.

Dentre os 5 artigos originais incluídos, 4 deles foram realizados no Brasil (dois em


Minas Gerais, um no Rio Grande do Sul e um em São Paulo). A variação de idade das gestantes
incluídas variou de 12 a 46, entretanto um dos artigos não sinalizou nenhuma restrição de
idade das participantes. O número de participantes variou de 17 a 1264 nos estudos originais
incluídos na análise.

DISCUSSÃO

Durante a gestação ocorrem uma série de alterações físicas, metabólicas e


consequentemente psíquicas que podem desencadear doenças psiquiátricas, dentre elas os
TAs, a depressão e a ansiedade. Com as mudanças do físico e da bioquímica cerebral,
pensamentos negativos relacionados à imagem corporal são frequentes e podem levar a uma
maior susceptibilidade à depressão, ansiedade e aos transtornos alimentares.

A insatisfação corporal devido a tantas mudanças fisiológicas ao longo da gestação é


observada sem que seja diagnosticado um TA (MORRIL, et al., 2001), mas, quando
diagnosticado, o TA presente durante este período, está diretamente associado ao aumento
do risco de complicações no parto, podendo gerar um impacto negativo na saúde e
desenvolvimento do bebê ainda dentro da barriga e também futuramente, além de trazer
inúmeras consequências físicas e emocionais para a própria gestante (VIANNA, et al., 2016).
E, por mais que seja comum existir no período gestacional, sintomas de ansiedade, quando
18

se torna patológica, é considerada também um dos fatores de risco para o desenvolvimento


saudável da gravidez. (SILVA, et al., 2017)

Já na análise estatística do estudo de Hasanjanzadeh et al., (2017), foi demonstrado


que gestantes deprimidas possuem apetite reduzido e consomem menos nutrientes quando
comparadas com aquelas que não sofrem de depressão, podendo afetar também o
crescimento e desenvolvimento fetal, além de acarretar para a gestante diversos sintomas,
tais como sentimento de tristeza, irritabilidade, culpa excessiva, cansaço, desinteresse geral,
alterações no apetite, distúrbios do sono, alterações no peso, mal-estar físico, pensamentos
de morte, déficit cognitivo e possuem maiores riscos para desencadear DPP. (DA SILVA, et.
al., 2022) Foi observado também que a correlação entre o peso ao nascer e as variáveis do
estudo (ansiedade e depressão) é negativa, e que bebês de mães extremamente ansiosas
tiveram seu peso ao nascer significativamente menor quando comparados aos bebês de mães
sem ansiedade fora do normal. (HASANJANZADEH, et al., 2017). Já no estudo de Dunker et
al., (2009), foi mostrado que a presença de TA na gestação, assim como a ansiedade e a
depressão, também contribui para danos no crescimento fetal, visto que compromete a
passagem dos nutrientes essenciais presentes no sangue materno para o feto, podendo levar
à um quadro de desnutrição materna (o que causa danos ao sistema imune), aumentando
então o risco de possíveis doenças infecciosas maternas, e consequentemente, para o
nascimento pré-termo. Recém-nascidos com baixo peso e prematuros possuem uma maior
suscetibilidade a infecções e alterações no crescimento e desenvolvimento neuro cognitivo.

O estudo de Dos Santos (2015), mostrou que a presença de sintomas depressivos em


mulheres com TA, faz com que as mesmas sofram mais com as alterações corporais e, como
consequência, apresentem dificuldade em desfrutar momentos de prazer, visto que estão
insatisfeitas com as transformações físicas e psicológicas. O estudo também trouxe que as
elevadas taxas de TA em gestantes com sintomatologia ansiosa e depressiva, são superiores
às encontradas em gestantes que não possuem intercorrências clínicas, podendo-se pensar
que gestantes com TA, apresentam maiores preocupações, sobretudo com as questões
relacionadas à imagem corporal, peso e autoestima, tornando-as mais vulneráveis a
desordens psiquiátricas, o que fica evidenciado no estudo de Meireles et al. (2016), onde o
IMC e as atitudes alimentares influenciaram na imagem corporal em gestantes.
19

Os resultados do estudo de Kliemann et.al, (2017), evidenciaram uma variedade de


fatores que influenciam o estado psicológico materno durante a gestação, onde englobam
tanto atributos pessoais, (idade, nível educacional e aspectos cognitivos), fisiológicos, como
complicações obstétricas, de histórico de saúde (saúde mental e uso de substâncias
psicoativas), relacionais (estrutura familiar, relacionamento familiar e conjugal, rede de apoio
e violência), contextuais (planejamento da gestação e demais eventos que causem estresse)
a fatores que se estendem a questões macrossociais como fatores socioeconômicos,
mostrando que a depressão e quadros de ansiedade são comorbidades complexas. O estudo
de Dos Santos (2015), mostrou que fatores psicológicos também estão associados aos TAs,
devido à preocupação exagerada com as alterações corporais e possíveis ganhos de peso
durante a fase gestacional. Além disso, apresentar histórico de depressão e TA, aumenta a
predisposição para o desenvolvimento de ansiedade e depressão durante a gestação, e dobra
o risco para o desenvolvimento de TCA durante esse período. Foi constatado também que o
TA foi associado à menor renda per capita, indicando que a renda pode estar relacionada ao
consumo de determinados alimentos em detrimento de outros, demonstrando que quanto
menor for a renda, menor é o poder de compra e acesso a uma alimentação variada e
nutritiva.

No estudo de Da Silva, et al. (2010), pôde-se observar que gestantes atendidas pelo
SUS apresentam alta prevalência de depressão. Gestantes com mais de um filho, com idade
superior, baixa escolaridade, que não vivem com o companheiro, que pensarem em aborto,
com histórico de problemas psicológicos e/ou psiquiátricos, com experiência de eventos
traumáticos e estressantes, etilismo e tabagismo, devem ser avaliados para depressão.

No entanto, um maior acesso à alimentos diversificados, não é sinônimo de uma


nutrição adequada, por conta do componente comportamental que determina a escolha dos
alimentos, existindo também, um aspecto sociocultural presente na prática alimentar. (DOS
SANTOS, 2015). Segundo Zucchi, (1999), a melhora nas condições socioeconômicas,
educacionais e nutricionais das gestantes também não são suficientes para que haja uma
redução do baixo peso ao nascer (que apresenta uma forte relação com a prematuridade e o
crescimento intrauterino retardado).
20

A assistência pré-natal é de extrema importância para a saúde mental e bem estar


materno, infantil e do núcleo familiar. Entretanto, as ações de saúde realizadas nesse período,
infelizmente continuam sendo baseadas em que saúde é sinônimo da “ausência de doença”,
tornando a assistência completamente generalizada, engessada e que foca apenas nas
questões fisiológicas, não dando a devida importância às alterações psicológicas relacionadas
ao contexto individual da paciente. Desse modo, o primeiro passo é a adequada avaliação e
identificação dos TAs por profissionais médicos (DORSAM et. al., 2019) e da ansiedade e
depressão, ressaltando a importância de tornar a assistência ao pré-natal um cuidado mais
sensível, humanizado e individual, com a inclusão da investigação de aspectos que tangem a
saúde mental e do fortalecimento da rede de apoio materna, para que assim a gestante possa
receber seu bebê e promover seu desenvolvimento. (KLIEMANN et. al., 2017)

CONCLUSÃO

Através dos dados da literatura, esse trabalho observou equivalência entre os achados
dos estudos, no que abrange as inúmeras e possíveis consequências em gestantes
diagnosticadas com TAs e que possuem ansiedade e/ou depressão. Fica evidente também,
que é de extrema importância uma maior atenção para essa população, bem como a
necessidade da realização de mais estudos que possam contribuir para um diagnóstico
precoce, e, consequentemente, melhores resultados para a mãe e bebê.

Devido à ausência de estudos que relacionem gestantes, transtornos alimentares,


ansiedade e/ou depressão, visto que estão interligados e comprometem significativamente a
saúde física e mental materna e como consequência, o desenvolvimento fetal e
posteriormente, infantil, este estudo faz-se importante para contribuir e incentivar a
elaboração de mais estudos e por seguinte, mais atenção e implantação de medidas
preventivas e corretivas para a população em estudo.
21

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26. SCHETTER, C.; TANNER, L. Anxiety, depression and stress in pregnancy: implications for
mothers, children, research, and practice. Department of Psychology, University of
California, Los Angeles, California, USA, 2012, March, 25

27. DA SILVA, R.; JANSEN, K.; SOUZA, L.; MORAES, I.; TOMASI, E.; DA SILVA, G.; DIAS, M.;
PINHEIRO, R. Depressão durante a gravidez no sistema público de saúde brasileiro. Junho
de 2010
23

28. ZUCCHI, M. Depressão na gravidez e prematuridade. Aspectos epistemológicos da


investigação. Março de 1999

29. SILVA, M.; NOGUEIRA, D.; CLAPIS, MJ.; LEITE, E. Ansiedade na gravidez: prevalência e
fatores associados. Abril de 2017

30. HASANJANZADEH, P.; FARAMAZZI, M. Relação entre os sintomas de estresse, ansiedade


e depressão maternos gerais e específicos da gravidez e o resultado da gravidez. Abril de
2017

31. MEIRELES, J.; NEVES, C.; DE CARVALHO, PH.; FERREIRA, ME. Imagem corporal de
gestantes: um estudo longitudinal. Junho de 2016

32. DA SILVA, H.; SILVA, A.; DA ROCHA, R.; RIBEIRO, A.; DE OLIVEIRA, J.; MOTA, L.; SILVA, J.;
DIAS, I.; SANTOS, PG.; COUTINHO, C.; ROCHA, F.; DE ALMEIDA, S.; FREITAS, TC. Ansiedade e
depressão em gestantes. Março de 2022.
ANEXO REVISTA

Título do artigo no idioma principal: subtítulo (fonte calibri, tamanho 12, negrito e espacejamento simples)

Title of the article in the main language: subtitle (fonte calibri, tamanho 12, itálico e espacejamento simples)

**Dados do(s) autor(es) devem ser omitidos para avaliação e devem ser preenchidos no formulário no portal
da revista durante o processo de submissão**

Resumo

O propósito destas diretrizes é o de descrever como você deve preparar seu artigo para a Revista da
Associação Brasileira de Nutrição (RASBRAN). Estas diretrizes estão divididas nos seguintes tópicos:
Introdução; Ética e legalidade; Estrutura do artigo e layout da página e Considerações sobre direitos
autorais. Você deverá segui-las a fim de que possamos considerar seu artigo para publicação. Leia este
documento cuidadosamente. Caso o seu manuscrito não esteja de acordo com as diretrizes, ele não
poderá ser avaliado. Não hesite em nos contatar (rasbran@asbran.org.br) caso as diretrizes
apresentadas aqui não estejam suficientemente claras. Esperamos em breve receber sua proposta!

Palavras-chave: Diretrizes. Submissão. Artigo.

Abstract

The purpose of these guidelines is to describe how you should prepare your paper for submission to the
RASBRAN – Journal of Brazilian Nutrition Association. These guidelines are divided as follows:
Introduction section; Ethics and legitimacy; Paper structure and page layout and Copyright
considerations. You must follow them in order to have your paper considered for publication. Please
read them carefully. If your paper is not submitted according to the guidelines it will not be considered
for publication. Please do not hesitate to contact us (rasbran@asbran.org.br) if any of the guidelines
presented here is not sufficiently clear. We look forward to reading your paper proposal!

Keywords: Guidelines. Submission. Paper.

1 INTRODUÇÃO

Agradecemos pelo seu interesse em publicar na RASBRAN. Este documento tem como objetivo
auxiliá-lo na preparação do artigo que irá nos submeter. É importante que você siga as orientações
aqui contidas para que possamos considerar o seu artigo para publicação.
A RASBRAN somente aceita submissões on-line. Você deverá incialmente se cadastrar no
sistema (http://www.rasbran.com.br). Concluído o cadastro você poderá, utilizando seu login e senha,
submeter trabalhos, bem como para acompanhar o processo editorial em curso.
Cada artigo será lido por no mínimo dois pareceristas. O(s) nome(s) do(s) autor(es) será(ão)
omitido(s) quando enviado(s) aos pareceristas, para permitir o anonimato dos trabalhos em
julgamento. Você será prontamente notificado por e-mail da decisão dos pareceristas. Como
mencionado anteriormente, você também poderá acompanhar o andamento do seu artigo acessando
o portal de revista.
Os artigos devem ser originais, relatos de caso, resenhas, revisões sistemáticas e integrativas
não sendo aceita submissão simultânea a outras publicações.
Os tópicos seguintes irão tratar de ética e legalidade, estrutura do artigo e layout da página,
considerações sobre direitos autorais e, finalmente, de instruções sobre como enviar a proposta.

2 ÉTICA E LEGALIDADE

A RASBRAN solicita o registro de ensaios clínicos para sua publicação. Ensaios clínicos feitos no
Brasil devem ser registrados Sistema CEP/CONEP - na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
(http://conselho.saude.gov.br/comissoes-cns/conep/).
Ensaios clínicos realizados em outros países podem ser registrados em diversas instituições,
como o website http://www.clinicaltrials.gov/ e outras.
Artigos envolvendo ensaios clínicos e demais estudos com seres humanos devem ser enviados
acompanhados do número do registro e da Comissão de Ética Institucional onde foi aprovado. Não
serão aceitos estudos realizados ilegalmente.
Pesquisas com animais deverão seguir as diretrizes do Conselho Nacional de Controle de
Experimentação Animal – CONSEA. A legislação pode ser encontrada no website do Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
http://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/institucional/concea/. A adesão a esses princípios deve
constar no artigo, por meio do número de registro e identificação da comissão de ética institucional
onde foi aprovado.
Autores estrangeiros de artigos envolvendo pesquisas em humanos ou animais devem consultar
a legislação de seu país e citar no artigo a adequação às normas e princípios éticos aplicáveis, bem
como a fonte desses. Recomenda-se adequação à Declaração de Helsinque
(https://www.wma.net/what-we-do/education/medical-ethics-manual/) e/ou às regras previstas
pelo OLAW – EUA (Office of Laboratory Animal Welfare - https://olaw.nih.gov/).
As revisões sistemáticas deverão utilizar e estar adequadas os critérios do PRISMA (Principais
Itens para Relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises.
O periódico RASBRAN segue o padrão estabelecido pelo ICMJE (International Committee of
Medical Journal editors). Para mais informações úteis à boa preparação de um artigo, leia o
documento “Requirements for manuscripts submitted to biomedical journals”, na íntegra no website
www.icmje.org. As principais diretrizes do documento original estão contidas neste manual.

3 ESTRUTURA E FORMATAÇÃO DO ARTIGO

Esta seção apresenta orientações quanto à estrutura e formatação do seu artigo. Quanto à
formatação, este modelo já se encontra formatado de acordo com as diretrizes da RASBRAN. Para
tornar mais fácil o processo, seguem algumas dicas.
Uma forma fácil de utilizar este modelo sem perder a formatação é utilizar a opção de Colar
especial do editor de texto. Copie o trecho do texto que deseja colar neste modelo, selecione onde
pretende colar e clique no menu Editar ou Página Inicial, escolha a opção Colar especial e em seguida
em Texto não formatado.

3.1 Título do artigo

O título do artigo deve vir primeiramente no idioma original do artigo, em seguida, em inglês.
Os artigos escritos em outro idioma o segundo título deverá ser em português. Use caixa-alta (letra
maiúscula) apenas para a primeira letra do título do artigo, exceto para palavras onde o uso de caixa-
alta e caixa-baixa (letras maiúsculas e minúsculas) se faz gramaticalmente necessário (por exemplo,
nome de pessoas, cidades, etc.).

3.2 Nome(s) do(s) autor(es)

O(s) nome(s) do(s) autor(es), bem como os seus dados (ORCID iD, Instituição/Filiação, Resumo
da biografia), deve(m) ser cadastrado(s) durante o processo de submissão do artigo no portal da
revista. Se o artigo possuir mais de um autor, clicar em INCLUIR AUTOR e preencher os campos. No
momento da submissão todos os autores deverão ser incluídos, pois não poderá ser adicionado
posteriormente.
O(s) nome(s) do(s) autor(es) deve(m) ser omitido(s) no corpo de texto. Para garantir que seu
artigo seja revisado às cegas, bem como a propriedade dos documentos deverá ser removida. (Confira
o passo a passo nas Diretrizes para autores). Para garantir que seu artigo seja revisado às cegas, não
inclua em sua redação seu nome, instituição ou qualquer outra menção que possa identificá-lo como
autor.
3.3 Resumo

O resumo deve ser estruturado em objetivo, método, resultados e conclusão, escrito sem
parágrafo ou títulos, com no mínimo 150 e no máximo 250 palavras. Assim como o título do artigo, o
resumo deve ser apresentado primeiramente no idioma original do artigo, em seguida, em inglês e
para aqueles em outro idioma, em português.

3.4 Palavras-chave

As palavras-chave, que definem o tema do estudo, devem vir após o resumo, incluindo no
mínimo 3 e no máximo 6 termos de indexação, no idioma original do artigo. Consultar os descritores
em Ciências da Saúde nos endereços eletrônicos: http://decs.bvs.br ou www.nlm.nih.gov/mesh.
As palavras-chave e keywords deverão ser colocadas abaixo do resumo e abstract,
respectivamente.

3.5 Artigo

Os artigos devem ser divididos em Introdução, Método, Resultados, Discussão e Conclusão. O


artigo não deverá ultrapassar 25 páginas. Deve ser iniciado na mesma página do resumo/abstract e
das palavras-chave (keywords).

3.6 Seções

O artigo não deve ter mais de três níveis de seções.

3.6.1 Figura e quadros

A indicação do título das figuras e quadros deverá ser na parte inferior precedida da palavra
designativa juntamente com número de ordem de ocorrência no texto. Devem ser apresentadas na
mesma fonte do texto, com espaço simples entre linhas e somente letra maiúscula nas iniciais do
título, salvo nomes próprios. Recomenda-se que sejam colocados perto do parágrafo a que se referem.
Não são mencionadas as fontes de figuras e quadros quando elaboradas pelo próprio autor do artigo.
Indicar a fonte quando retirada de outro documento. A seguir, são apresentados exemplos de figura
e quadro.
Figura 1 - Média e desvio padrão do percentual das preparações contendo açaí.
Legenda: (CHF–charquefrito; DF– dourada frita; PF–pirarucu frito) em relação ao Valor Energético
Total (VET) diário, em uma dieta de 2000 kcal. Faixa preta indica valores diários de referência para
macronutrientes com base em uma dieta de 2000 kcal
Fonte: LeHalle ALC, Colaço RMN, Sato STA, Souza JNS, Lima CLS2

Título da coluna Título da coluna Título da coluna Título da coluna Título da coluna
Texto no quadro texto texto texto texto
Texto no quadro texto texto texto texto
Texto no quadro texto texto texto texto
Texto no quadro texto texto texto texto
Texto no quadro texto texto texto texto
Texto no quadro texto texto texto texto
Quadro 1 - Exemplo de quadro.
Legenda do quadro 1

3.6.2 Tabelas

Será usada tabela quando for necessário apresentar dados não discursivos e estes são
essencialmente numéricos.
A indicação do título da tabela deverá ser na parte superior precedida da palavra designativa
juntamente com número de ordem de ocorrência no texto. Devem ser apresentadas na mesma fonte
do texto, com espaço 1,5 entre linhas e somente letra maiúscula nas iniciais do título, salvo nomes
próprios. Recomenda-se que sejam colocados perto do parágrafo a que se referem. Não são
mencionadas as fontes de tabelas, quando elaborada pelo próprio autor do artigo. Indicar a fonte
quando retirada de outro documento. A seguir, são apresentados exemplos de tabelas.

Tabela 1 - Exemplo de tabela.

Título da coluna Título da coluna Título da coluna Título da coluna Título da coluna
Texto na tabela 01 03 05 07
Texto na tabela 02 04 06 08
TOTAL 03 07 11 15
Legenda da tabela 1

4 CONSIDERAÇÕES SOBRE DIREITOS AUTORAIS

Para evitar violação das leis de direitos autorais, não utilize longas e muitas citações de uma
mesma fonte, ou figuras publicadas previamente sem um documento de autorização de uso dos
direitos autorais. Isto também se refere a imagens produzidas por você autor, mas que já tenham sido
publicadas em outro veículo, caso o seu direito autoral tenha sido transferido à editora. Autores que
não fornecerem a autorização de uso de direitos autorais terão seus artigos devolvidos. Trataremos
rigorosamente violações de direitos autorais.

REFERÊNCIAS

As referências devem seguir o estilo Vancouver. Os periódicos devem ser abreviados segundo
o “Catálogo NLM” (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/nlmcatalog/journals). As referências deverão ser
numeradas consecutivamente segundo a ordem de citação no texto. Seguem exemplos de como as
referências devem ser listadas:

Artigos

1. Baladia E, Basulto J. Sistema de clasificación de los estudios en función de la


evidencia científica. Dietética y nutrición aplicada basadas en la evidencia (DNABE):
una herramienta para el dietista-nutricionista del futuro. Rev Esp Nutr Hum Diet.
2008;12(1):11-9.
2. Machado WM, Capelar SM. Avaliação da eficácia e do grau de adesão ao uso
prolongado de fibra dietética no tratamento da constipação intestinal funcional. Rev.
Nutr. [Internet]. 2010 [acesso em 2020 Fev 14];23(2). Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-527320100
00200006&lng=isso&nrm=isso&tlng=pt

Referenciando livros e teses

3. Gil A. Tratado de Nutrición. 2a ed. Madrid: Editorial Médica Panamericana; 2010.


4. Silva CLM. Características do suporte nutricional como preditores de sobrevida em
pacientes graves [tese]. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro;
2008.

Referenciando websites

5. Instituto Nacional do Câncer. Estimativa da Incidência de câncer em 2008 no Brasil e


nas cinco regiões (Estimates of cancer incidence in Brazil and the five regions)
[Internet]. Rio de Janeiro: INCA; c1996-2007 [acesso em 2017 Dec 10]. Disponível
em: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=1793/.
6. Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de
Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Acolhimento e classificação de risco nos
serviços de urgência [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. [acesso em 2020
Jul 10]. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_classificaao_risco_servico
_urgencia.pdf

Deve-se utilizar o padrão convencionado pela Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA.
Para outros tipos de citação,
consulte http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/bv.fcgi?rid=citmed.

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