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CINÉTICA
EAplicação
REATORES
na Engenharia Química
teoria e exercícios
. .,
Martin Schmal
4:;6 . ;UI .,>3ar._s r^t•Ps!s&+ :^.°»• : y ..:.awao ..mi, s.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
Aos meus pais, pela formação e incentivo.
S372c
À minha esposa Vitória, pela compreensão, apoio,çstímulo, paciência e amor.
Schmal, Martin
As minhas filhas, Thaiz e Alice, e a meu genro, Rodrigo, pela motivação.
Cinética e reatores : aplicação na engenharia química : teoria e exercícios / Martin Schmal. — Rio de Janeiro :
Synergia : COPPE/UFRJ : FAPERJ, 2010.
E, em especial, aos meus netos, Camille, Sophie e Heitor, que tornam a vida mais bela.
Apêndice.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-61325-41-1
SYNERGIA
Prefácio
A publicação deste livro preenche uma lacuna existente na bibliografia disponível para os
estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação em Engenharia Química. Os temas
de Cinética e Reatores, tratados neste livro, tém inúmeras aplicações na indústria petro-
química, em especial na grande utilização de reatores catalíticos que servem para aumentar
a produtividade dos processos petroc1 ,ímicos.
A publicação deste livro resultou de anos de experiência do Prof. Martin Schmal
no Programa de Engenharia Química do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação
e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O Prof. Martin Schmal é referência mundial na área de Catálise e recentemente recebeu
o título de Professor Emérito da UFRJ por sua destacada atuação no magistério, em
especial pelo desenvolvimento de pesquisas avançadas na área de Catálise e na formação
de recursos humanos qualificados que hoje atuam em centros de excelência do País e do
exterior.
A trajetória profissional do Prof Martin Schmal é marcante, destacando-se pela sua
excelente produção científica. Até o momento, orientou mais de 90 dissertações de Mes-
trado e teses de Doutorado e publicou mais de 180 artigos em periódicos internacionais.
Também publicou mais de 220 artigos em anais de congressos nacionais e internacionais.
Mas o principal legado de sua carreira profissional é a formação de recursos humanos
altamente qualificados, que hoje atuam tanto na indústria quanto nas universidades e
centros de pesquisa de todo o País. Assim, a publicação deste livro sobre Cinética e Rea-
tores estende a contribuição do Prof. Martin Schmal a gerações futuras de estudantes da
Engenharia Química.
A atuação do Prof. Martin Schmal no desenvolvimento de projetos aplicados para a
indústria química, em particular no desenvolvimento de novos catalisadores, também merece
destaque. Há anos os países industrializados buscam catalisadores eficientes para diferentes
aplicações industriais. Percebendo a necessidade de atender a essa demanda, por incentivo
,do Governo Federal, o Prof Schmal criou, na década de 1990, o Núcleo de Catálise
(NUCAT) do Programa de Engenharia Química da COPPE/UFRJ. O NUCAT é uni centro
de excelência para o desenvolvimento de pesquisas fundamentais e aplicadas, visando à
prestação de serviços relevantes à indústria química nacional e ao apoio a grupos universi-
tários e centros de pesquisa nacionais. Atualmente, o NUCAT dispõe de modernos labora-
rtórios de preparação, avaliação e caracterização de catalisadores, especializado num conjunto
de técnicas que possibilitam o entendimento e o aprimoramento de novos materiais.
X 1 CINÉTICA E REATORES 1 M. SCHMAL
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Nomenclatura
Subíndices
A,B Reagentes e produtos
e Equilíbrio
f Formação final
g Gás Sumário
Componente de reação
n Número de reatores 1
3 Reação
o Propriedade no tempo t = 0
Propriedade no tempo
PARTE 1 — CINÉTICA
Capítulo 1 — Definições e estequiometria, 3
1.1 Variáveis de medida. 4
1 Cálculo das variáveis de medida, 6
1.2.1 Grau de avanço, 6
1.2.2 Conversão, 7
1.3 Sistemas contínuos, 110
1.4 Pressões parciais, 11
1.5 Método da pressão total, 12
1.6 Grandezas genéricas, 13
1.7 Problemas resolvidos, 14
Capítulo 2 — Equilíbrio químico, 19
Capítulo 3 — Cinética de reações, 29
3.5.2 Reações irreversíveis a volume variável, 63 3.12 Cinética de reações complexas, 178
3.5.2.1 Irreversível de primeira ordem, 63 3.13 Noções elementares da teoria das colisões, 185
3.5.2.2 Reações irreversíveis de 2a ordem, 64 3.14 Exercícios resolvidos: cinética, 193
3.5.3 Reações irreversíveis de ordem n – método da meia-vida, 66 3.15 Exercícios propostos: cinética, 218
3.5.4 Reações reversíveis a vedume constante, 71
3.5.4.1 Reação elementar de primeira ordem direta e reversa, 72
PARTE 11 – REATORES
3.5.4.2 Reação elementar de 2a ordem direta e 2a ordem reversa, 73
3.5.5 Determinação dos parâmetros cinéticos pelo método diferencial, 79 Capítulo 4 – Reatores
3.6 Reações múltiplas , 88
Introdução, 229
3.6.1 Reações em série, 89
4.1 Tipos de reatores, 233
3.6.2 Reações em paralelo, 92
4.2 Definições e noções de tempo de residência, 233
3.6.3 Sistemas contínuos, 96
4.3 Reatores ideais, 241
3.7 Reações não elementares, 100
4.3.1 Reator batelada, 243
3.7.1 Modelo cinético clássico, 103
4.3.2 Reator tanque contínuo, 251
3.7.2 Reações em cadeia, 105
4.3.3 Reatorlubular contínuo (PFR), 259
3.7.3 Teoria do estado de transição, 105
3.7.4 Reações do tipo craqueamento térmico, 111 4.4 Reatores não isotérmicos ideais, 273
3.8 Cinética de reações de polimerização, 114 4.4.1 Reator adiabático, 281
3.8.1 Reações por adição de radicais, 115 4.4.2 Reator batelada, 281
3.9 Reações enzimáticas, 124 4.4.3 Batelada adiabático, 282
3.9.1 Modelo cinético, 125 4.4.4 Análise dos efeitos térmicos, 283
3.9.2 Determinação dos parâmetros cinéticos, 127 4.5 Reatores específicos, 297
3.9.3 Efeito de inibidores externos, 132 4.5.1 Reatores semibatélada, 297
3.9.4 Cinética de fermentação biológica, 136 4.5.2 Reator de reciclo, 302
3.9.5 Balanço de massa, 138 4.5.3 Reator de leito fixo pseudo-homogêneo, 306
3.10 Cinética de reações heterogêneas, 140 4.5.4 Reator com membranas, 311
3.10.1 Fenômenos externos ao catalisador, 141 4.6 Comparação de reatores, 316
3.10.2 Fenômenos difusivos internos, 143 4.6.1 Comparação de volumes, 316
3.10.3 Fenômenos de adsorção-ddsorção, 146 4.6.2 Produtividade, 323
3.10.4 Isotermas de adsorção, 150 4.6.3 Rendimento/seletividade, 325
3.10.5 Modelos de adsorção, 151 4.6.4 Rendimento global, 327
3.10.6 Reação química heterogênea, 157 4.6.5 Reações em série, 335
3.10.6.1 Modelo de Langmuir-Hinshelwood-Hougen-Watson (LWHW), 157 4.7 Combinação de reatores, 338
3.10.6.2 Modelo cinético de Eley-Rideal, 160 4.7.1 Reatores em série, 341
3.10.6.3 Efeito da temperatura e as energias envolvidas, 161 4.7.2 Reatores em paralelo, 347
3.10.7 Determinação das constantes, 161 4.7.3 Taxa de produção nos reatores em série, 348
3.10.8 Reações heterogêneas não catalisadas, 165 4.7.4 Rendimento e seletividade em reatores em série, 348
3.11 Reações em fase líquida, 171 4.8 Reação e difusão intraparticulares – poros, 368
3.11.1 Soluções líquidas, 172 4.8.1 Fator de efetividade, 372
3.11.2 Reações ácido-base, 176 4.8.2 Efeitos da difusão intrapartícula sobre os parâmetros experimentais, 377
XX i CINÉTICA E REATORES M. SCHMAL
o ções e estequiometria
• Reações simples: ocorrem numa etapa simples e podem ser elementares ou não. Se a
ordem de reação coincide com a estequiometria a reação é simples e elementar.
• Reações complexas: ocorrem várias reações simultaneamente em paralelo, em série
ou combinadas.
Exemplos
1. Hidrólise do anidrido acético:
2. Decomposição do acetaldeído: de um componente com o tempo ou a posição no reator, dependendo do sistema onde a
CH 3 CHO - CH, +CO reação é feita. As concentrações dos outros componentes podem então ser calculadas a
partir dessa variável de medida.
Cinética: irreversível e de ordem fracionária = taxa - CA t,5 não elementar onde
Em um sistema fechado (batelada) esta propriedade varia com o tempo de reação.
A = CH3 CHO
Em um sistema aberto (contínuo) varia com a posição ou com o tempo espacial. Neste caso,
entende-se como tempo espacial a razão entre o volume ou massa do sistema (reator) e o
3. Síntese da amônia:
fluxo da mistura na entrada. O esquema a seguir mostra os dois sistemas (figura 1.1).
N,+3H Z
2NH3
Agitador Amostra
Pressão
Cinética: reversível
nã o e de ordem fracionária = taxa C x C;° x C,- E,' 5
elementar
• Espectroscopia: medem-se os. comprimentos de onda, de luz, visando a determinar as Note-se que neste caso o grau de avanço é urna variável extensiva, medida em moles.
concentrações dos componentes. Os instrumentos mais utilizados são: infravermelho, Tendo a, pode-se determinar o número de moles instantâneo ou local de cada componente:
ultravioleta, refletância difusa etc., que, com seus comprimentos de onda em faixas
características, permitem ser detectados. Essas propriedades são proporcionais às con- nA = nA O -aa
centrações dos componentes e podem ser relacionadas com os respectivos-fatores de ne = nso - ba
conversão. nR = nRO + ra
• Condutividade elétrica: soluções contendo íons H- e OH- possuem condutividade ns = nso + sa 1.3
elétrica. Nesta solução, em fase diluída, a substituição de um íon por outro de condu-
Exemplo: A reação: 4 PH3 - P4 + 6 H2
tividade diferente permite determinar a concentração do íon reagente.
Partindo de 1 mol de fosfina tem-se em um instante qualquer:
• Espectrofotometria: de acordo com a lei de Beer, determina-se a absorbância que é
proporcional à concentração. Esta medida é feita por espectrofotometria.
nrH =1-a
• Dilatometria: mede-se a variação massa em uma microbalança ou através da dilatação np = (1/4)a
de uma mola de quartzo, acompanhando a variação de peso em função do tempo de nH,= (6/4)a
reação.
• Pressão total: é o método mais simples, medindo-se a variação de pressão total do Quando a reação é feita num sistema a volume constante determina-se o grau de
sistema num sistema gasoso a volume constante, acompanhando-se a pressão pelo avanço diretamente em função da concentração, pois,
manômetro.
C= (mole/)
1.2 CÁLCULO DAS VARIÁVEIS DE MEDIDA
Logo,
Em geral procura-se determinar uma nova variável que relacione as concentrações dos
CA = CAO - aa
reagentes e produtos da reação, e, consequentemente, pode-se calcular a concentração de
Ce = Ceo - ba
todos os componentes. Definiremos assim o grau de avanço da reação e a conversão de CR = CRO + ra
um determinado componente. 1.4
Seja uma reação reversível em um sistema fechado ou aberto, então o número de Cs = Cso + sa
moles iniciais e o número de moles após determinado instante de tempo ou posição será: 1.2.2 Conversão
A conversão é a variável mais usada. Define-se pelo número de moles transformados ou
aA +bBrR+sS 1.1
formados, em um dado instante ou local, em relação ao número de moles iniciais. Define-
se sempre a conversão para um reagente limitante da reação. A conversão independe de
Moles iniciais: nA o nso neo nso unidade, variando de 0 a 1 para reações irreversíveis ou de O a XAe para reações reversíveis.
Moles finais: nA nR nR ns
Portanto, para reações irreversíveis, considerando-se A o componente limitante, vem:
em que n é o número de moles; os índices 0 e i representam a condição inicial e instantânea X A = n Ao —nA 1.5
ou local, respectivamente, sendo A e B os reagentes e R e S os produtos da reação. nAO
e para reações reversíveis:
1.2.1 Grau de avanço
XAe= nAo - n,4 1.6
Define-se a como o grau de avanço da reação, indicando o quanto se transformou de nAo
reagente ou o quanto se formou de produto. Portanto, pode ser genericamente representado em que nAe é o número de moles no equilíbrio, e portanto XAe < 1,0.
por:
Em um sistema a volume constante, a conversão pode ser expressa em função da
a = nAo - nA = nso - nR _ nRO
nR - = ns - nso 1.2 concentração e, portanto,
a b r s
XA= C AO -CA 1.7
em que a, b, r e s são os respectivos coeficientes estequiométricos da reação. 1
C.40
~:} M ;r} 1 F:.1 3 Y k , di4..Y..
Tendo a conversão, pode-se determinar o número de moles ou a concentração de em que XA é a conversão (equação 1.5) e YAO a fração molar inicial de A.
cada componente, conhecendo-se a estequiometria da reação. Logo, em analogia com o
grau de avanço, tem-se para uma reação do tipo: Define-se o termo
Av
EA = Y AO
aA + bB rR + sS
Ao (1 — X A )
n a =n ouaV = cte Ca =CAO (1—XA ) como fator de contração ou de expansão, conhecido como EA, indicando a variação de
= neo — (b / a)n AO X A
nB CB= CBO — ( b/a ) C volume do sistema de reação.
A O XA
11R_ nRO +(r/a)nAO X A CR = CRO + ( r/a
) C AO X A Substituindo-se Ova na equação 1.12 e considerando-se que
Cs ns= nSO +(s/a)n AO X A +
= Cso (s / a)CAO X A 1.8
Note-se que para um sistema a volume variável, deve-se considerar a variação total n = POV ° ,
do número de moles. Assim, por exemplo, numa reação do tipo: A + 3B — > 2R, o número ° RT
de moles totais dos reagentes é 4 e o dos produtos é 2. Portanto, há uma contração de
obtém-se, para um sistema à pressão e temperatura constantes, a variação de volume do
volume. Nesse caso, para expressar as concentrações em função da conversão é necessário
sistema em função da conversão, ou seja,
levar em consideração esta variação de volume. Utilizando a lei dos gases ideais, tem-se
o número de moles total:
V =VO (1+E A X A ) a PeT=cte 1.13
PV
n= 1.9
RT Portanto, o fator EA será definido como a razão entre a variação total de volume da
reação e o volume inicial. Logo,
Pela soma do número de moles de cada componente, conforme a equação 1.3, EA = 1.14
obtém-se o número de moles totais em função do grau de avanço a:
Vx, ,= 0
n = no+(r+s— a— b)a 1.10 Se nas reações em fase gasosa EA for positivo, haverá expansão, caso contrário,
Faz-se (r + s — a — b) = A v, o que indica se há contração ou expansão. Note-se que haverá contração de volume. Quando for nulo, não haverá variação de volume. Nas reações
r, s, a e b são os coeficientes estequiométricos dos produtos e reagentes, respectivamente,
em fase líquida EA = O.
e no = nA o + nA O + nRO + nso é o número total de moles iniciais. Logo, A variação de volume nas condições não isotérmicas deve ser corrigida pela tem-
peratura. Para condições não ideais corrige-se pelo fator de compressibilidade Z. Assim
sendo, a equação 1.13 transforma-se em:
n = no +A va 1.11
T
V =V o (1+E , ir,) 1.15
Substituindo-se a equação L9 na equação 1.11 obtém-se: To ZO
PV Po VO Nota-se que o volume varia com a conversão do reagente limitante A, mas pode
= +A va 1.12
RT RT variar com qualquer outro componente. Somente nas condições equimolares que EA = EB
No entanto, para qualquer outra condição, eles são diferentes. Para o mesmo volume total
sabe-se que:
Em função da conversão: substitui-se a pela equação 1.2 e rearranjando, obtêm-se:
V =VO (1+E A X A )=Vo (l+E B X B )
A va=A vnA O —nA no nAo
a no n40 Logo,
4v EA X A = E B X B 1.16
A va= XA y AO no
a
10 1 PARTE I: CINÉTICA i M. SCHMA L CAPÍTULO 1: DEFINIÇÕES E ESTEQUIOMETRIA i M. SCHMA L 1 11
Portanto, para um sistema a volume variável EA ou constante (£A = 0), vale a defi-
Exemplo E1.1 N, + 3H, ‹=> 2NH 3
nição geral:
co Sabe-se, pela lei dos gases, que a pressão parcial é função da pressão total, pA = yA P. Por-
ACBO Produtos tanto, conhecendo-se as frações molares do sistema, aberto ou fechado, podem-se determi-
vo nar as pressões parciais de cada componente. Considerando novamente a reação química:
Define-se fluxo molar local em relação ao componente A , como F = CA V (moles/h), aA +bB –+rR
onde v é o fluxo volumétrico [L/h]. O fluxo molar na entrada será F40 = CA OV O. Para qual-
quer outro componente, reagente ou produto, têm-se analogamente, FB, FR. Note-se, O balanço de número de moles será:
porém, , que o fluxo volumétrico local em um sistema a volume variável não é constante e
varia com o fator de contração ou expansão. Neste caso, em um sistema à pressão e tem- Moles iniciais: nA o nBo nR0 no (totais iniciais)
peratura constantes, tem uma expressão análoga à equação 1.13, para o fluxo volumétrico, Moles em t qualquer: nA nB nR n = no + A va
ou seja,
Moles reagidos: nAO _ aa nBo _ (b/a) a nRo + (r/a)a
v=vo (I+E A X A ) 1.17
Têm-se as frações molares:
nA ,
Logo, considerando-se que a concentração local varia com £A , já que C4= v
tem-se:
nAO – aa x n0O – (b/a) a x n 0O +(r/a)a 1.22
FA =nv= nAO £A X A ) nO +A va no+Ova nO +Ava
vo( 1+E A X A ) = F4O( 1–X.4)
V VO(1+
em que FAO = CAO V O . Podem-se também determinar as frações molares em função da conversão, utili-
zando-se a equação 1.2, e o fluxo molar, sabendo-se que:
12 1 PARTE I: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 1: DEFINIÇÕES E ESTEQUIOMETRIA 1 M. SCHMAL I 13
Consequentemente, calculam-se as pressões parciais de cada componente. Consideremos novamente uma reação genérica do tipo:
aA + bB –+ rR
1.5 MÉTODO DA PRESSÃO TOTAL
Em um sistema em fase gasosa e a volume constante acompanha-se a reação pela formação e, seja GI uma grandeza característica de cada componente. Portanto,
de produtos e a variação da pressão total. A pressão é uma medida direta em um sistema
fechado. Determinam-se igualmente as pressões parciais em função da pressão total, G = GAnA + GB nB + GR nR 1.27
conhecendo-se as frações molares parciais. Para uma reação em fase gasosa do tipo:
Mas, considerando o número de moles em função do grau de avanço (equação 1.3),
aA + bB -* rR tem-se:
PA = YAP Vem
G=GO +A Ga 1.28
pela lei dos gases ideais
sendo,
RT = nA0 ` aa RT
PA =
V Go = GAOnAO + Geonao + GRO nRo
Se a reação é irreversível; sabe-se que X A , = 1 e Ge = G– = 0, quando a grandeza Considerando o volume e a temperatura constantes
está relacionada ao reagente. Portanto, para reações irreversíveis, simplifica-se para:
P.a = CA RT,
G –G
X = °G 1.31
o logo, pela equação 1.7 vem:
ou Ge = G– e Go = O quando é relacionada ao produto: XA =
CA O – CA = PAO – PA
E1.4
XA = G 1.32
Substituindo pA da equação E1.1,
CAO PAO
A reação é irreversível e em um tempo suficientemente longo a pressão total atingiu b) Considerando P = 9 mm Hg, a conversão X A = 0,44, a variação de volume será, de
31,5 mm Hg. acordo com a equação 1.13,
0=7,5–Q
v (31,5–9) EA = 2,5
A--4R El .3
hn-,
Solução
Cálculo das conversões pela equação 1.7:
C– pA 0 = yA OP = 0,0609 mol/L
A RT RT
Calculando, conforme a tabela a seguir, temos:
C=— = 00609 moi/1.,
.ffiE
B0 = y8OP , -
e RT RT
— . me
V (mi) 52,5 32,1 23,5 18,9 14,4 10,5
pois, yAo = yBo = 0,5, já que as concentrações iniciais dos reagentes são iguais. nA (mol/L) 0,0354 0,02166 0,01586 0,0127 0,00972 0,00708
XA 0 0,388 0,551 0,639 0,725 0,799
O reagente A é o limitante e, portanto, calculamos XA.
aA + bB rR + sS
A variação de energia livre com a temperatura e pressão para um sistema aberto será:
dG=O
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portanto,
A G°= A H°- TA S° 2.9
^µdn =0 2.2
Substituindo-se a equação 2.9 em 2.7 , obtém-se:
o potencial químico para gases ideais, em função da pressão parcial é definido por: (A s /
K = exp exp
µ i = µ°+RT In pi R RT 2.10
vem: Esta é a equação de van't Hoff, em que o termo exp (ASo/R) independe da tempe-
RTa In pi =-^ai µ°i 2.3 ratura, e sim da entropia do sistema. Genericamente, a constante de equilíbrio depende da
temperatura, conforme a equação:
por definição, a energia livre total de Gibbs é: AH°
K=K ° exp 2.11
RT
G° _ ni µ° = µ° ( n° +a1 a) A variação de entalpia A fio é conhecida nas condições-padrão. A variação da cons-
com a, o grau de avanço, definido pela equação 1.2: tante de equilíbrio com a temperatura também pode ser determinada, derivando-se a
equação 2.11.
nj0 -n.
a= - d lnK AH°
a^ 2.12
dT RT'
Derivando em relação a a, o btém-se:
Para reações reversíveis, um aumento ou diminuição da temperatura tende a influen-
3G° ciar diretamente sobre a constante de equilíbrio, mas depende se a reação é exotérmica ou
= 2.4
aa >µ i ai =A G°
endotérmica. Quando a reação é exotérmica AH° < 0, um aumento da temperatura favorece
a reação no sentido reverso, pois K « 1, e ao contrário para reações endotérmicas.
A entalpia de reação varia com a temperatura e depende do calor específico de cada
Portanto, substituindo a equação 2.4 em 2.3, vem:
componente. Para gases ideais, o calor específico varia segundo uma função polinomial,
ou seja:
AG°
= 1, a. In p. - ai In pi 2.5
= a1 +f3 1 T +y 1 T' 2.13
RT produtos reagentes
cpi
em que agi, (31 e-yi, são constantes de cada componente gasoso nas condições ideais.
Para uma reação do tipo: aA +bBrR+sS , vem:
A entalpia de cada componente variando com a temperatura será:
T
PR Ps= exp (-A G° H. = f cp dT
K 2.6
PAPO RT T
r0
A R
A fim de obterem-se os valores de conversão e a composição das espécies j no
equilíbrio termodinâmico para a reação, é feita uma simulação que leva em consideração Pela definição de constante de equilíbrio, em função da concentração, vem:
a possível existência de produtos da reação A^ produtos .
No estudo termodinâmico de uma reação utiliza-se também o software HYSYS ® CRe _ X ,,e
versão 3.1, módulo reator de Gibbs, com o pacote termodinâmico Peng-Robinson e o CA,, 1-X ,, e
método da minimização da energia livre de Gibbs do sistema, i.e., minimização de G, dada
pela equação Portanto, a conversão de equilíbrio pode ser calculada:
n) alk— A k =0
E2.2No exemplo anterior, determine a conversão de equilíbrio em função da tempera-
tura conhecendo a constante de equilíbrio em função da temperatura, ou seja:
Exemplos
9.060
E2.1 Determine as concentrações de equilíbrio da conversão do ácido hidroxibutírico InK = - 27,4
T
em solução diluída, ou seja:
Solução
CH2 Partindo da equação do problema anterior:
CH3 -CH2-CH2-000H CH2-CH2-C=0 + H20
K= `Y " = Koe- e
1— O—i 1-X A,
em que,
A concentração inicial do ácido a 25°C é de 0,182 mol/L e a constante de equilíbrio 2,68.
AH 9.060
Solução RT T
Como a solução é diluída com excesso de água, podemos admitir uma reação reversível e
direta e reversa de primeira ordem, ou seja:
Ko = e -27,4 = 1,186 x 10- t2
Chamando CH3 -CH2 -CH2 -COOH = A
J{ J .Y ai ia..LáY 1GY!'ki °¡a5
_^.^y . ' ^-.F Y .:.S'^7F t :`tin>uwKKiLi -
0,6 -
Exotérmica
0,4 -
0,2 -
0,0 -
Temperatura (°C)
A fração molar das espécies envólvidas na oxidação parcial de CH4 em função da tem-
0,07 -
peratura, para a composição de entrada CH4 /0 2 /He = 2/1/8, foi calculada e é apresentada
na figura E2.3.1 3,4 . Em temperaturas inferiores a 400°C, CH4 é convertido predominan- 0,06 -
temente a CO2 e H2O, o que indica que a reação mais provável de ocorrer é a oxidação
total do metano, altamente exotérmica. No entanto, outras reações de oxidação subes- 0,05 -
tequiométricas podem sobrevir. É importante também notar que a fração molar de 02 é 0,04 -
nula em toda a faixa de temperatura analisada, pois no equilíbrio este reagente tem 100% K
de conversão. - 0,03 -
0,02 -
0,01 -
E2.4 Determine a conversão de equilíbrio da seguinte reação:
0,00 i
400 450----500 550 600 650 700
C2H4 + H,0 (g) --> C 2 H S OH
T(K)
• Em função da temperatura, a 30 atm e razão molar vapor/etileno igual a 10.
Figura E2.4.1 Constante de equilíbrio em função da temperatura.
• Em função da temperatura, variando a pressão total.
Dados
A H 98 = -10.940 cal/mol
• Cálculo de A H4I8K
418
AI-T,,, =A H° 9 + (—3,1+
298
Logo,
A H418K = - 10,978 cal/mol T(K)
• Cálculo da constante de equilíbrio a partir da equação 2.16: Figura E2.4.2 Conversão de equilíbrio em função da temperatura.
K 673 A HO
In T=J dT
Iço 418
RT
REFERÊNCIAS
5. YORK, A. P. E., XIAO, T., GREEN, M. L. H. Brief overview of the partia/ oxidation of methane to
synthesis gas. Topics in catalysis. v. 22, n. 3-4. p. 345-358, 2003. 3.1 TAXAS DE REAÇÕES – DEFINIÇÕES
Variação do número de
moles do componente
no sistema por tempo
A+ B a R + S
Fluxo de moles de
produtos formados R,S ou
( Fluxo de moles de reagentes não consumidos
reagentes A e B que saem em V
1 que entram em V
Fi Imoles/h)
Fi (moles/hl
Diferente de outros sistemas,
só existe quando há reação
Sendo as taxas de formação ou desaparecimento grandezas intensivas é conveniente Esquematicamente tem-se na figura 3.1.
relacioná-las a um sistema de referência. Num sistema em fase homogênea usamos como
referência a unidade de volume (moles/Lh). Por outro lado, em sistemas heterogêneos (a)Gás/Líquido (b) Gás ou Líquido/Sólido (c) Gás/Liquido/Sólido
usamos a área superficial ou interfacial (moles/m 2h).
Sistemas homogêneos:
o
C,H6 C,H,+H2 n o o w
-m
o
.a) -o o -o
U o, _5 (7 7
.o o- o.
b) Reações hetorofásicas J J
Várias reações processam-se em fase heterogênea: Figura 3.1 Modelos homogêneos e heterogêneos.
• Gás/sólido (leito fixo ou fluidizado).
• Gás/líquido (leito fluído).
• Líquido/líquido (leito fluído).
• Gás/líquido/sólido (leito trifásico-lama). Muitas vezes é difícil conhecer a área de interface, seja devido à presença de poros
e irregularidade do contorno externo ou mesmo modificação da interface, como no caso
de bolhas através de um líquido. Assim, no caso de sólidos, particularmente catalisadores,
A oxidação do etileno é feita na presença de um catalisador. Esta reação se dá em usa-se como referência a massa do sólido e consequentemente a taxa é expressa como:
fase gasosa, mas a presença do catalisador toma o sistema heterofásico.
Nota-se que esta taxa representa a velocidade de reação, ou a atividade. No entanto, os catalisadores suportados são constituídos de partículas metálicas de diferentes tamanhos
esta definição leva em consideração o meio reacional, seja ele, volume, interface ou super- que podem variar. Com o aumento do diâmetro de partícula as concentrações dos átomos
ficie e não propriamente o centro ativo. Nem toda a massa ou superficie é ativa, mas parte metálicos e dos sítios expostos variam significativamente, indicando que há mudanças de
da sua superfície externa possui centros ativos, que são verdadeiramente os sítios onde se estrutura superficial. São chamadas reações sensíveis a estrutura aquelas onde a taxa de
dá a reação química. Portanto, a taxa ri é na veMS.de aparente. Um exemplo importante reação intrínseca relativa ao número de sítios ativos superficiais, ou seja, a frequência de
que diferencia a taxa aparentd da verdadeira é a reação de hidrogenação do monóxido de reação varia com o diâmetro de partícula, mas não nas reações insensíveis a estrutura. Isto
carbono, que foi feita sobre diferentes catalisadores, visando à formação do metano. Com quer dizer, que nas reações sensíveis a estrutura a frequência de reação depende significa-
catalisadores de ferro e cobalto, a taxa por unidade de massa do catalisador, usada como tivamente do tamanho de partícula, da dispersão dos metais ou da estrutura dos sítios ativos
referência, apresentava valores controvertidos 15 . A atividade dos catalisadores na síntese do catalisador. Já nas reações insensíveis a estrutura a atividade independe desses parâme-
de Fischer-Tropsch para a formação de hidrocarbonetos seria decrescente segundo a ordem tros, conforme figura 3.2.
Fe > Co > Ni. Porém, ao definir a taxa por sítio ativo a ordem de atividade era diferente,
isto é, Co > Fe > Ni. Esta controvérsia foi resolvida por Boudart 4 definindo a atividade Taxa ri
intrínseca, ou seja, a taxa por sítio ativo. Melhor, definiu-se a frequência de reação por
sítio ativo (TOF). Assim sendo, a atividade intrínseca é determinada, conhecendo-se os
sítios ativos, ou seja,
TOF = taxa de formação do componente r
sitio ativo
TOF = F.
NA (s -'
S;
Onde:
Fj = fluxo molar (moles/s)
NA = número de Avogadro = 6.023 x 10 23 moléculas
Si = sítio ativo = [L] x [S]
[L] = densidade de átomos — (átomos/m 2) Diâmetro dp
Diâmetro d,
[S] = área superficial (m2)
Figura 3.2 Atividade – reações sensíveis e insensíveis a estrutura.
Esta medida nos dá uma ideia de quantas vezes uma molécula atinge a superficie e
reage formando o produto ou quantos ciclos por segundo a molécula colide com os sítios Na desidrogenação a atividade do catalisador, TOF, independe do tamanho da par-
ativos e reage. Nem todas as moléculas que se chocam sobre os sítios ativos reagem. tícula do metal ou do catalisador utilizado. Portanto a reação é insensível a estrutura.
Colidem mas retornam sem reagir, mas quando possuem energia suficiente para reagir, Nas hidrogenações ou hidrogenólises a atividade intrínseca (TOF) depende da estru-
uma parte dessas moléculas que colidiu com a superfície reage transformando-se em pro- tura. Depende do tamanho das partículas e da estrutura da superfície do catalisador. A taxa
dutos, segundo a teoria das colisões. não é proporcional ao tipo de sítio da superfície.
Neste caso, entende-se por sítios ativos a superfície que apresenta pontos com A atividade intrínseca depende, portanto, do tipo de sítio e da natureza da superfície
características específicas. Assim, num catalisador de platina suportado, admite-se que a externa. De uma maneira geral a figura 3.2 mostra este comportamento 4 .
superficie externa possua um conjunto de átomos, representando a densidade dos átomos
de platina, isto é, o número que os átomos ocupam uma área de 1 m2. Muitos sólidos 3.2 VELOCIDADE DE REAÇÃO
apresentam diferentes tipos de sítios, como os sítios ácidos na superfície de zeólitas. Para
sistemas mais complexos como de interface líquido-gás, gás-líquido-sólido usam-se con- A velocidade de reação ou taxa de reação de formação de produtos depende da concen-
venientemente as taxas por unidade de superfície ou massa. tração, pressão e temperatura dos reagentes e produtos da reação. É uma grandeza intensiva
A diferença°entre as duas definições é que as taxas variam com o tempo ou a posição, porque têm unidades específicas e vale para qualquer sistema fechado ou aberto. Como a
enquanto que o TOF depende somente da disponibilidade dos sítios presentes. A atividade concentração varia com o tempo num sistema batelada ou com a posição num sistema
ividade da reação dependem das características do material. Vale contínuo, a velocidade de reação também depende dessas variáveis. Esta velocidade
lembrar algumas características importantes dessas reações. A primeira é quanto a sensi- decresce com o tempo ou posição, tendendo a zero quando todo o reagente foi consumido
bilidade ou não de uma reação química com a estrutura do catalisador. Segundo Boudart 4 ou no equilíbrio. A velocidade ou taxa de reação é definida em função de um componente,
34 1 PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPITULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMA L 1 35
As velocidades específicas têm unidades e dependem da ordem de reação. Quando • Reação de ordem n (global)
a ordem de reação é inteira, têm-se alguns casos particulares:
Exemplos
mol 1. CH3 CHO - CH4 + ÇO
• "Ordem zero r = kCACB k
lLh
É equivalente a uma reação irreversível de l a ou 2a ordem:
1 a ordem' r=kC,; -k (h')
A -R+S
• ,. 2 ordem . r = kCÁ k Taxa = —rA = kCA ou
molh)
—rA = kCá
mõlh-
2. C4 H,, + NaOH - C 2 H5ONa + C2 H 5 OH
ordem .
E equivalente a uma reação irreversível de 2a ordem:
A +B-R+S
Se a ordem for fracionária as Unidades de k, k' terão as unidades correspondentes.
No equilíbrio, a taxa resultante de uma reação reversível é nula. Logo para uma A taxa correspondente será:
temperatura consequentemente:
rr = — r8 = kCA CB
36 1 PARTE]: CINÉTICA Í M. SCHMA L CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES M. SCHMA L 1 37
As taxas de reações complexas envolvem as taxas dos componentes que participam Nas reações reversíveis devem ser consideradas as taxas reversas, portanto, a decom-
das várias reações do tipo série, paralela ou combinação de ambos. Para simplificar, con- posição dos produtos nos respectivos componentes, cujas respectivas velocidades especi-
sideremos as taxas de reações elementares com ordem inteira, isto é, quando os coeficientes ficas reversas seriam k'; de cada reação i.
estequiométricos coincidem com a ordem de reação. Há três casos clássicos:
1. Reações em paralelo: deconposição, que são representadas pelas reações: Exemplos
As taxas dos componentes correspondentes para as reações, no caso irreversível, são: CO + H2O CO2 + H2 AH = – 42,3 kJ/mol
É uma reação série paralelo, onde o monóxido de carbono reage com a água, conhe-
rP = k,C,
cida como reação de deslocamento. Ela é reversível, dependendo das condições de pressão
rR = k2 C a e temperatura. A primeira reação e endotérmica, portanto, termodinamicamente desfavo-
rável, e só reage fornecendo calor, enquanto que a segunda e exotérmica, portanto, termo-
–rA = k,CA + k 2 CA 3.2.6 dinamicamente favorável, espontânea. As taxas correspondente~ cada componente em
ambas as reações são indicadas acima. Deve-se acrescentar o termo reversível.
2. Reações em série: por decomposição e que podem ser representadas da seguinte
maneira: 2. Utilização do gás de síntese:
Síntese de Fischer-Tropsch:
— r; = k^CA
CO + 2 H2 - [C r, H2n]n + H2O = AH = – 165,0 kJ/mol
rp = k,CA – k 2 C P
Síntese de Metanol:
rR = k 2 CP 3.2.7
CO + 2 H2 - C H3 OH AH = – 90,8 kJ/mol
3. Reações mistas: quando irreversíveis podem ser representadas por: Reação de deslocamento (shift):
3. Hidrogenação de crotonoaldeíde a butanol. Pode-se definir a taxa de formação dos produtos rR, mas deve-se tomar cuidado ao
relacioná-la com a taxa de transformação do reagente. Pela lei da proporcionalidade,
Pode ser representada por uma reação em série do tipo: tem-se sempre a relação:
CH 3 —CH 2 =CH 2 —HC=O + H2 —> CH 3 —CH 3 —CH3 —HC = O + H2 --> CH 3 —CH 3 —CH3 —HCOH ( —rA) = ( — YB ) _ rR 3.2.11
a b r
Crotonoaldeído Butiraldeído Butanol Portanto, as velocidades específicas também são definidas em relação a cada com-
ponente. Escolhendo o reagente A teremos kA e, segundo a equação 3.2.11, poderemos
As taxas correspondentes encontram-se na equação 3.2.7, considerando os compo- relacioná-la com qualquer outro componente, reagente ou produto:
nentes limitantes, já que a reação ocorre com excesso de hidrogênio, e, portanto, a taxa
independe da concentração de hidrogênio. kA = k = R
BB
3.2.12
a b r
M = CB O
• Pseudo la ordem
sempre ? 1,
CAO A concentração de um determinado reagente é muito maior que a concentração do
outro componente. Isto acontece com reações em fase líquida, quando um dos com-
relacionando as concentrações iniciais dos reagentes, sendo A o limitante. Quando B for o ponentes, em geral água, participa como reagente e diluente ao mesmo tempo. Assim,
reagente limitante, a relação é invertida, pois M é sempre 1. Quando as concentrações simplifica-se a reação de 2a ordem em pseudo Ia ordem.
iniciais são iguais, tem-se M= 1.
Substituindo as concentrações CA e CB na equação 3.2.9, vem
rA = kCA OM (1-X A ) 3.2.14
b'
rA = C;;O (1-X A )° (M- (b/a)X A ) 3.2.10
Onde: Onde:
n = a'+ b' = ordem global M >>I -3 CBO » CA O
Ys MQ S,M ...¡_ . fi , ï5:+i....:JJá
Representa-se a taxa em função da constante aparente k. = kCÁ O M , ou seja: 2. Reação elementar de primeira ordem direta e reversa.
A R
Cuja taxa é representada por:
rA =k . (1-X 4 ) 3.2.15
1
• Ordem genérica n r=k C A -- CR
C=
C R
= cte 3.2.16 A +B R
a b
A R +S
Colocando a concentração CB em função de CA na equação 3.2.9
Substituindo-se
As reações reversíveis são representadas genericamentepara
por 3 tipos: o caso 2, vem:
1. Reação de ordem genérica.
ll
Kl (R + (r / a) X A )]
r = kCAO [(I — X A ) -- 3.2.19
aA +bB rR+sS
Mas, no equilíbrio, a taxa resultante é nula, logo, pela equação 3.2.3, e considerando
Cuja taxa será: a estequiometria mais simples (a = r = 1), vem:
r kI CA CB CR CS 1 k _ R+X AQ
= K —> equilíbrio 3.2.20
l K J k' 1- XAQ
42 1 PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPITULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 43
Substituindo K da equação 3.2.20 na equação 3.2.19, obtém-se a taxa em função da Sistema aberto:
conversão de equilíbrio. A conversão de equilíbrio pode ser determinada, ou calculando-se
pela constante de equilíbrio termodinâmica, (conhecendo LIGO ), ou a partir dos dados
experimentais da curva cinética, sabendo-se que quando r - 00, a conversão X A -* XA e .
Logo:
kCAO (R+1) I
r= 1X A –X ,) 3.2.21
(R+X , , Sistema fechado: pistão sem atrito
dr kCao(R+1) _1 <0
3.2.22 Há duas maneiras de expressar a equação da taxa de reação:
dX , –, (R+X A )
1. Em função das pressões parciais para uma reação irreversível de 2a ordem, onde A é
Portanto, a taxa decresce negativamente e a curva é sempre côncava, obtendo-se o reagente limitante tem-se:
uma variação do tipo:
– rA = kC 4 CB = reação irreversível 3.2.23
dr/dX,,
C,= P.9
CB = Pa
RT RT
Vem:
k 3.2.24
PA PE
rA (RT )2
1
Pode-se também colocá-la em função das frações molares e pressão total do sistema,
pois,
P PB
Y A =P ,, YB =
Xq P
Neste caso, as frações molares podem ser colocadas em função do grau de avanço a,
utilizando a equação 1.22, para uma reação do tipo: (1– XÁ )a (M – (b / a) XA)b
r,, = kC. T" 3.2.28
aA+bB - rR (I+E A X A ) n —
\To/
Ou seja:
Exemplos
r= k (nAO–a a)( nao–(b/a)a) p2
A 2 3.2.26
(no (RT) -
+Ava) E3.2.1 Uma reação irreversível de decomposição A –4 rR e de 2a ordem, em fase gasosa.
Inicialmente, faz-se um teste num reator batelada, introduzindo A puro, a 300 K. Após
2. Em função dos fluxos molares num sistema aberto; para uma reação irreversível de 10 min a pressão foi de 3 atm. Deixando-a um tempo suficientemente longo a pressão
2a ordem, parte-se da mesma equação 3.2.23: atingiu 5 atm, permanecendo constante.
Sabe-se que os fluxos molares são, respectivamente,
A seguir, faz-se o teste num sistema fechado com pista sem atrito, mas a pressão
constante igual a 1 atm, sendo que o volume final dobrou. Determine a equação da taxa
FA O = CAO VO e calcule a taxa para uma conversão de 50% e a taxa inicial, para as duas condições.
Sabe-se que k = 0,034, /(mol x min).
FA = C, v
Solução
FB = CB v A primeira parte da solução e igual ao problema EI.1.5.1
Se o volume e constante, a pressão parcial será 1.25:
Substituindo as concentrações na equação 3.2.23, vem:
PA = PAO – Av ( P–Po)
r,=k / 1( FB Como,
v v J
a=1
Os fluxos molares e a vazão volumétrica v são conhecidos em função da conversão
X A , para reagentes ou produtos, por meio das equações 1.21 (capítulo 1), reproduzidas Para t = pA = O,pA O =P o = 1 e P = 5, vem:
abaixo:
Av = 4r=5
FA = 1—X A) Mas,
FAO(
PO
VOEA = 2
Barreira energética
Com a mesma converso X A = 0,5 = EA = 4 P
= kC{0 (1—2( 4 ) 2
z (1— X , )2
—=kC E3.2.1
aa
(1+s .4 X l) 2
Mas,
5
C,,° P ' ° = P°
=' = 1 = 4,06 x 10 moles / L
RT RT 0,082 x300
Substituindo os valores na equação E3.2.1, obtêm-se para XA = 0,5:
Decorrer da Reacão
Batelada: (—rA ) = 1,23 x10 -5 moles/Lmin Figura 3.3.1 Energia potencial com o decorrer da reação.
Pistão: (—r,) =1,37 x10 -6 moles / Lmin
E1
A taxa inicial é igual para ambos os casos: k=k°e t,Rr 3.3.1
—r,)0 =4,95x10-5 moles/Lmin
Nesta expressão, o fator pré-exponencial -k0 representa um fator proporcio nal ao
número de colisões de moléculas, e pode ser considerado constante 4.
k
Colocando num gráfico em função do
3.3 INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA SOBRE A VELOCIDADE DE REAÇÃO k° ET
Observou-se experimentalmente que um aumento de 10°C de temperatura pode até duplicar conforme figura 3.3.2, pode-se verificar a influência da energia de ativação sobre a cons-
a velocidade de reação numa reação exotérmica. Esta observação empírica depende muito da tante cinética e o efeito da temperatura.
reação. Mas o fato é que a velocidade de reação é muito sensível à variação de temperatura. Se a energia de ativação for constante, a constante cinética k varia exponencialmente
Isto fez com que se procurasse uma lei geral da dependência da taxa com a temperatura. com a temperatura e é muito sensível numa pequena faixa de temperatura, mas depende
Sabe-se que a energia potencial varia com o decorrer da reação e apresenta uma bar- da ordem de grandeza da energia de ativação. Se a energia de ativação é grande, pequenas
reira energética que deve ser transposta para que a reação ocorra. Partindo-se dos níveis variações de temperatura afetam significativamente a constante k. Ao contrário, para baixas
energéticos diferentes dos reagentes e dos produtos, caracterizando a entalpia de reação de
energias de ativação, a constante k é pouco sensível numa ampla faixa de tempera tura.
transformação de uma reação química, a curva da energia potencial varia conforme figura de
3.3.1. O fator de frequência k0 é aparentemente constante. Depende da probabili dade
colisões das moléculas e da temperatura. A probabilidade das moléculas colidirem num
A ultrapassagem da barreira energética está ligada à energia de ativação, inerente a dade de
espaço depende da energia do sistema e do meio. Num espaço vazio a probabili
cada reação. Se a energia de ativação for superior à energia de barreira, haverá reação.
colisão das moléculas é relativamente pequena quando comparada com um espaço que
Assim, Arrhenius4 definiu uma constante cinética que depende principalmente da tempe-
contêm partículas ou recheios. Neste caso a superfície de contato é muito maior e a apro
ratara e é função da energia de ativação E. A equação de Arrhenius mostra que a constante imação das moléculas com a superfície aumenta a probabilidade de colisão entre as
cinética varia exponencialmente com a temperatura, conforme equação 3.3.1 4. moléculas. Assim, por exemplo, para diferentes valores de k0 e mesma energia de ativação
IK.
tl.'.L1.
48 1 PARTE I: CINÉTICA 1 M . S CHM A L
CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES J M . S CHM A L 1 49
dlnk E
3.3.5
dT RT`
1
Reações reversíveis
Nas reações reversíveis do tipo A + B R há duas constantes cinéticas, (velocidades
específicas) direta e reversa, com as correspondentes energias de ativação. Assim,
-(E/RTi
Reação direta = kl (CA .C, ), k = k° e
-IE,Rri
Reação reversa = r = k f (CR ) , k' = k'° e
RT/E Vimos que a constante de equilíbrio químico, para uma mesma temperatura é dada por
Figura 3.3.2 Influência da temperatura sobre a constante cinética.
k
K =— .
k'
para ko = 10 20 k = 1,164 x 10-2 min- 1 = (volume vazio)
Passando o logaritmo, tem-se:
para ko = com
(volume 10 2222 = k = 1,164partículas)
min-1
InK=Ink -Ink'
O efeito da temperatura sobre k0 é pequeno e com base na teoria das colisões varia
no máximo com uma potência de m. Admitindo: A variação das constantes com a temperatura será:
ativação mais fácil se dá a reáção. O contrário acontece com reações endotérmicas, onde Cuidados de interpretação
a entalpia AH° > 0 e, portanto, E < E'. Torna-se mais fácil a reação reversa.
1. Ordem de grandeza da Energia de ativação
O efeito da temperatura sobre a taxa resultante é de uma maneira geral representado Colocando a equação de Arrhenius na forma logarítmica (equação 3.3.8) e representando-a
por: graficamente como mostrado na figura 3.3.4, obtém-se uma reta, cujo coeficiente angular será
i
r=troe j(CA CB)-k'oe lxrJ ) E\
f ( CR
Ri
Derivando em relação à temperatura e considerando que o primeiro termo corres-
ponde à taxa direta rd e o segundo à taxa reversa rr, obtém-se: E
luk=Ink 0 - 3.3.8
RT
dlnr E E'
= 3.3.7
dT RT Zr- RT Zr As inclinações são diferentes e pelo gráfico nota-se que as energias de ativação são
constantes, mas Et < E2. Isto significa que dependendo da reação a energia de ativação
Nota-se que a taxa-direta-rd e reversa rr crescem com o aumento da temperatura e
muda. Através desse gráfico, pode-se determinar a energia de ativação da reação, medindo-
são sempre positivas. Além disso, as energias de ativação direta ou reversa são sempre se as taxas ou velocidades específicas a diferentes temperaturas. Recomenda-se fazer pelo
positivas. Portanto, a variação da taxa com a temperatura é sempre crescente e positiva. menos três experimentos ou três medidas em temperaturas diferentes.
No entanto, dependendo se a reação for exotérmica (AH° < 0 e E < E') a variação da taxa
resultante vai depender da diferença Erd - E'rr. Portanto a taxa resultante é crescente e
sempre positiva, e quando a taxa reversa aumenta a taxa resultante atinge um valor máximo In k
e decresce positivamente (conforme figura 3.3.3). Logo,
dlnr
>0
dT
It
Taxa r
Reversível
1/T
2. Etapas intermediárias
T As reações não elementares são constituídas por várias etapas de reações elementares.
Figura 3.3.3 Influência da temperatura sobre à taxa. Reconhece-se pela mudança de energia de ativação. Assim, se a forma de Arrhenius for
uma curva, podem-se reconhecer duas ou mais etapas intermediárias, como apresentado
na figura 3.3.5.
A energia de ativação varia com a temperatura durante a reação, indicando que
houve mudança de mecanismo ou efeito compensatório 4 .
Per ,a;.(.:• ... r.:é.e...aarrr. :: sY4;'rrtily, .t. r.
In k
Considerando Fj o fluxo molar do componente j e Gi a taxa gerada ou consumida,
além de n/ o número de moles do componente j, temos o seguinte balanço molar:
dn.
F.o - F +G ; _ —' 3.4.1 .
dt
T alta
Nota-se que o balanço é feito para qualquer componente, reagente ou produto da
reação e tem a unidade em moles
l tempo
Esquematicamente é mostrado na figura 3.4.1.
A taxa gerada ou consumida neste sistema é representada por unidade de volume,
dentro de cada elemento de volume A V. Assim,
G;=rV
1fr moles
Onde: r; (taxa)
Figura 3.3.6 Efeitos difusivos. tempo volume
54 1 PARTE I: CINÉTICA 1 M. SCHMAL 1 55
CAPITULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMAL
Variação do número de
moles do componente
no sistema por tempo
A+Br= R + S
Fluxo de moles de Obtém-se uma expressão igual a taxa já definida, representando a variação do no de
Produtos formados R,S ou moles de um componente, reagente ou produto por unidade de volume, num sistema
Fluxo de moles de Reagentes não consumidos fechado. Relembramos que se a taxa é de formação de produto, tem sinal positivo (ri) e
Reagentes A e B que saem em V
se é de transformação do reagente representamos pelo sinal negativo (–ri.).
que entram em V
Considerando uma reação do tipo:
F, imoles/h)
t F, + d F, (moles/hl A - produtos
idzl Diferente de outros sistemas, Se a reação é de primeira ordem tem-se em função da conversão:
só existe quando há reação
Gi = A Gi; =X r,A l
Num reator batelada o volume é constante.
ll
G i =fr.dV Portanto,
dx A 3.4.7
Substituindo a expressão da taxa G] na equação 3.4.1, obtém-se: t=CA O
0 A)
( —r
dn.
F.o–F.+fr.dV =— ' 3.4.2
dt 3.4.2 Reator contínuo tanque agitado (CSTR)
Parte-se da equação geral 3.4.2 para qualquer componente da reação. Em geral considera-
Esta é a equação geral do balanço molar para qualquer componente j. se o regime permanente. Quando há perturbação do sistema inclui-se o termo [4] do
A partir daí, podem-se fazer várias simplificações.
esquema 3.4.1, caso contrário, não. Na maioria dos casos utiliza-se este reator para as
3.4.1 Batelada reações em fase líquida, sendo, portanto o volume constante. Se ocorrerem reações em
fase gasosa, considera-se a variação de volume, conforme equação 1.13. Assim,
Neste caso não há fluxo e, portanto, desaparecem os termos de fluxo 5, 7 , obtendo-se a
equação para o reator batelada: Fio– Fi +rV =O 3.4.8
dn.
f r.dV =
a. 3.4.3 Para um reagente A ou B da reação do tipo:
aA + bB-rR
C*ssEZTÇ >i L€3,rt. Vis'
t Y l ^^ r,
Tem-se: dV
FA =F.4o(1– X A )
Fazendo-se o balanço no elemento dV , considerando-se a seção transversal do tubo
E substituindo FA na equação 3.4.9, vem: constante, obtém-se:
Daí, podemos determinar a taxa (–rA ) tendo a conversão, volume do reator e fluxo Portanto,
molar de entrada.
Se o balanço molar for feito em relação ao produto R ou S, dF _ rdV 3.4.14
Logo, usando-se a relação vista na equação 1.20: O balanço molar em relação ao reagente A (ou B), considerando que
FA = FAO ( 1—X A)
FA O— FA Feo — FR — FR — FR,
aFAO bF ll
AO rFA o
t t dFA = –FAO dX A
Logo:
Obtém-se:
F o dX A = (–rA ) dV 3.4.15
FR – FRO = (r/a) FAO X A
V ¡ dxA 3.4.17
T =— =CAo
Vo o r
58 1 PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPITULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 59
Método integral
Há 4 etapas sucessivas:
1. Escolhe-se o modelo cinético: admite-se uma reação com ordem definida, inteira ou
fracionária, e escreve-se a taxa de reação apropriada.
Figura 3.5.1 Representação da função integral. XA
Onde r1 é a taxa de um componente j da reação, reagente ou produto; A é o reagente Nota-se que a área debaixo da curva é igual a integral representada nas equações
limitante, j(XA ) uma função da conversão XA para reações irreversíveis e reversíveis. 3.5.2 ou 3.5.3, conforme figura 3.5.1. Se representarmos as áreas por F(XA ), para cada
valor de X A, teremos uma equação linear do tipo:
Geralmente admite-se uma ordem inteira. Portanto,
F(X A ^=Caã' k
3.5.4
r = kC,s0f ( )C A) 3.5.1
Esta equação é representada graficamente na figura 3.5.2 onde k é uma constante.
2. Escolhe-se o sistema: batelada ou contínuo (tubular). Para ambos os casos, substitui-
se a expressão da taxa, obtendo-se uma solução do tipo: . 4. Verificação experimental: os experimentos em laboratório nos dão as medidas de con-
centração em função do tempo ou tempo espacial, para urna temperatura constante.
Batelada (equação 3.4.7): k. Se
Calculam-se as conversões, a função f (XÁ) e finalmente a velocidade específica
os valores experimentais de F (X Á ) vs t-ou i cstivcrcm sobre a rota, pode-se concluir
- CAO
= A
dX A
t - CAU fO ` r. J kCAOf ( X A)
jia¡YNHF'i±^ t „.^.1u4r'xcaçrrJC;c^,3kki
que o modelo proposto foi correto. Caso contrário teríamos de escolher outro modelo. 3.5.1.2 Modelo cinético de 2a ordem global
Na figura 3.5.2 mostram-se os pontos cinzas que seguem o modelo. Os pontos em
preto indicam que o modelo não é apropriado. Este modelo representa as reações do tipo:
Caso a) 2A - produtos
F ()(A )
Caso b) A + B —e produtos
(— rA ) = kC =kCá0( 1—XA ) 2
t = CA0
(SA
A
I In (MX A )= k C.aot 3.5.6a
o kCA 0( 1X A ) (M—1) M(1— X A )
—In(1 X A )=kt
M =C
B0 , quando A é o reagente limitante.
3.5.5 CAo
Para um sistema batelada obtém-se a mesma solução. Para um sistema contínuo tipo tanque a solução será diferente, pois substituindo a
taxa (—rA) na equação 3.4.10, obtém-se:
-1n( 1-XA )=kt 3.5.5a A = TkCAo
X/
(1 X A )(M X A ) 3.5.7
62 1 PARTE 1: CINÉTICA ] M. SCHMAL
CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 63
Portanto, é importante a escolha do reator para determinar os parâmetros cinéticos Considerando la ordem: equação 3.5.5a
e utilizar as expressões cinéticas específicas.
Se a reação é irreversível e de 2a ordem, mas as concentrações iniciais são iguais –In( 1– X A ) =kl 3.5.5a
CAO = C80, portanto, M= 1, não podemos simplificar a expressão 3.5.6, pois é indetermi-
nada. Parte-se de uma nova cinética, ou seja: Logo,
As soluções para os reatores batelada ou tubular e tanque, serão, respectivamente: Considerando 2a ordem: equação 3.5.8,
(tubular ou batelada) XA
AO ,
(1-X A ) - kC
XA XA
kC ou = kC,ao t 3.5.8
( 1-(1-X
X ,,^ .,) Como
(tanque) pAO _ 0,5Po
C Ao _ = 7,39 x 10-2 moles/L
RT 0,082x330
XA
)Z= kCAO T 3.5.8a Obtém-se:
(1 - XA
k = 2,74 L/mol x min
Exemplo
E3.5.1 Uma reação A -^ 4 R é feita num reator batelada. Introduz-se Nota-se que os valores de k são diferentes. Por isso, é necessário verificar, experimen-
A com 50% (vol) talmente e observar se o valor de k é constante. Como no presente caso, somente há um
de inerte. Não se sabe se a reação é de la ou 2a ordem, mas é inteira e irreversível. Teste
dado experimental, não é possível concluir qual é a verdadeira ordem da reação e sua
e mostre a diferença. A reação é feita à temperatura constante a 27°C. Mediu-se a pressão
constante cinética.
final 10 atm, que ficou constante. Observou-se que após 8 minutos a pressão total foi
de 8 atm.
3.5.2 Reações irreversíveis a volume variável
Solução As reações típicas a volume variável podem ser representadas assim:
Observa-se que a pressão final de 10 atm foi atingida, quando todo o reagente se transfor- com expansão de volume
Caso a) A - R +S
mou em produto. No entanto, a pressão total inicial não é conhecida, sendo que 50%
corresponde ao inerte. Logo, aplicando a lei das pressões parciais:
Caso b) A + B -> R = com contração de volume
Neste caso, PA a
= 0, e PAO = 0,5 PO, — = 1/3. Logo, quando P = 10 atm, tem-se:
PO = 4 atm. Ov 3.5.2.1 Irreversível de primeira ordem
Com estes valores, pode-se calcular a conversão após 8 minutos, pois, Considerando inicialmente uma reação de primeira ordem. Parte-se da expressão da taxa
(3.2.9), quando a' = 1, b' = O e n = 1, junto com a equação 1.17. Então, para T constante,
XA = PA O - PA =1- (P – PO) = 0 67 vem:
PAO 3 0,5PO
r,)=kCA Okl
+ A X A)
64 l PARTE I: CINÉTICA M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES M. SCHMA L 1 65
Para um reator tubular, (equação 3.5.3), substitui-se a expressão da taxa e após Nas condições isotérmicas para uma reação elementar (a = b = 1), procedemos da
integração, obtém-se a seguinte expressão: mesma maneira, substituindo a expressão da taxa na equação 3.5.3 correspondente a um
reator tubular
—(l+e,,)1n(1—XA)—EAx" =kT 3.5.9
X "dX Xa (I+E A X A )2
T CAU
Esta solução é diferente da equação 3.5.5 para um sistema a volume constante. Fica o kC, (1— X ,,)(M— X ,) dx,a
o
igual quando EA = 0.
Se o reator é batelada a expressão muda, pois partimos da expressão com volume Obtêm-se as seguintes soluções:
variável (equação 3.4.6), ou seja:
(l( j)'^1n(MM .,)_ ((Meai) 112(1—X.,)+EA2X.,=TkC,,o
t = nA 0 3.5.6 3.5.12
o V ( —rA )
Para reações em fase gasosa, como por exemplo num reator batelada pistão à pressão
constante, o volume varia conforme, e quando M = 1
(— ri =kC2° (1
X M A )( XA)
(1+ s A X A cuja solução foi mostrada na equação 3.5.13:
)
(1+ e )2 X A + E A 2 X A +2E A (1+E A )In(1 —X A )=TkC A ,
Será simplificada para o caso b), quando M = 1. A (1— X Á )
Podemos calcular a conversão conhecendo o fluxo de saída de R:
66 1 PARTE]: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES M. SCHMAL 1 67
Portanto, taneamente, que não são identificados. Escolhe-se um componente principal como referên-
FR = 2FAO X A cia para o estudo cinético e admite-se uma ordem global n. Esquematicamente:
XA
= kCAO t Nota-se que há duas incógnitas, k e n e, portanto, a solução deve ser iterativa. Em
(1— X A )
geral simplificamos, escolhendo uma concentração e o tempo correspondente. É difícil
Logo,
acompanhar a cinética de reações muito lentas ou muito rápidas; ocorrem em tempos
t = 0,107 s excessivamente longos ou curtos, respectivamente.
Neste método propõe-se fixar um tempo e determinar a sua concentração naquele
Comparando com r = 0,124 s —t , observa-se a diferença devido a expansão no sistema
contínuo em fase gasosa. instante. Porém, a experiência também muda, já que é necessário começar o experimen to ,
partindo-se de uma nova concentração inicial. Procede-se assim, medindo a concentraç ão
em função do tempo para diferentes concentrações iniciais e para-se num determin ado
f.
lis 3>. .^^t `zsM
3ç?.^u s K_ 'Y t ' - ..Y .J..',y
'k
t. . ^sx ^^s ;r^'$iaáSsii7i
Onde
1)
(2(°')–
3.5.21
(n -1)k
In t,,
Tempo de meia-vida
Existem casos particulares, onde a velocidade específica pode ser determinada direta-
mente através de uma só medida, conhecendo-se a concentração inicial e o tempo de meia- E3.5.3Uma reação A - R + S é feita num reator batelada (V = cte). A experiência foi
vida. Obtêm-se soluções exatas, porém, quando a reação é de primeira ordem (n = 1) a equação feita partindo-se de várias concentrações iniciais e quando se atingia a metade dessa
3.5.16 é indeterminada. Parte-se da equação 3.5.5, fazendo X A = 0,5. Para uma reação de concentração, mediu-se o tempo correspondente. A tabela abaixo mostra os valores a
ordem zero, quando a taxa independe da concentração, simplifica-se a expressão acima. duas temperaturas diferentes. Determine a ordem de reação, a velocidade específica e a
Portanto:
energia de ativação.
Para n=0 k= CA O T= 100°C
2t,,, 3.5.17
Para soluções genéricas, faz-se um rearranjo da equação 3.5.16 e a seguir passa-se tv2 (min) 2,0
o logaritmo. Portanto,
Solução
(2 (° ) – 1)
Observe a tabela e note que a reação se dá em fase gás e sofre expansão. No entanto, num
(n -1) k CAO 3.5.19
reator batelada o volume é constante. Pode-se aplicar diretamente as equação 3.5.19 e
Logo, 3.5.20. Note-se ainda que só foi dado um valor a temperatura de 110°C. A ordem n é
constante e será determinada com o primeiro conjunto de dados. Portanto, com o primeiro
In t12 = 1nk*+(1– n)ln CA, conjunto de dados obtêm-se a ordem n e a constante k, através da equação 3.5.20, ou seja:
3.5.20
70 1 PARTE 1: CINÉTICA Í M. SCHMAL
CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 71
i
k= E3.1
Logo, C t
A O I, 2
A R
.r=k CA --CR
=CA,( 1 KC.A - X A )
CR =CA O( M - X A )
=CAO( R+ X A)
CR
L/
Tou t
r (R+X A e) (X A X) 3.2.21 I
l _ k(1+R)
— 11I— X A
i
XAe J ( R+X A e) 3.5.23 Sabendo que CR = 2C, O X A .
74 1 PARTE I: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPITULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES I M. SCHMAL 1 75
As raízes são X A e e X ' 4ei sendo a primeira real e a segunda fictícia. Há somente um
valor real de equilíbrio X A e que varia de 0 e X A e < 1.
Transformando a equação 3.5.24, obtém-se:
Solução e analogamente a energia de ativação reversa E'. Note que as temperaturas são dadas
a) Determinação das velocidades específicas direta e reversa k e k'. em Kelvin.
Portanto,
Sendo a reação reversível de primeira ordem direta e reversa, tem-se a taxa: E = 5.135 cal/mol
Estes dados mostram que a reação direta é maior que a reversa, pois K é superior.
Cujas velocidades específicas são k e k'. Escolheu-se o reator batelada para deter-
Além disso, como a energia de ativação reversa é maior que a direta, portanto, a energia
minar estas constantes. Logo, substituindo-se a taxa na equação do reator batelada e
de barreira é maior para a reaçào reversa que para a direta.
integrando, obtém-se a expressão já deduzida anteriormente, equação 3.5.23. Pela equação de Arrhenius, teremos que determinar as constantes de frequência
ko, que independem da temperatura. Assim,
In ( 1_ }CA k (1+R)
\= t 3.5.23
X,1e (R + )(A , ) r E1
k = k0e ` Rr)
Neste caso, como só existe reagente no início, o valor de R = 0. Logo, tendo a Para T = 300 K, K27 = 5,29 x 10- 3 min- I . Logo:
conversão de equilíbrio XAe = 0,90, e a conversão X I = 0,40 após um tempo de 100 min,
podemos determinar a constante k.
—1
ko = 30,0 min
K27 =5,29x10 3 min- I
Idem para a constante ko = 1,71 x 104 min- I e k'o = 1,71 x 104 min -1
No equilíbrio a taxa resultante é nula e a constante K pode ser determinada. Por- Com estes valores têm-se as seguintes equações válidas para qualquer temperatura:
tanto, como a conversão de equilíbrio XAe = 0,90, vem:
-5.13vRT
k = 30 x e
z
K= k = X A c =9 k ' =1,71x10°e -10zi"nr
k' (1— XAe
Podemos finalmente calcular as velocidades específicas a 87°C. Substituindo os
Logo, a velocidade específica reversa será: valores obtêm-se:
k87 =2,25x10 2 min- I
k'27 =5,87 x 10 -4 min- 1
.k'q7 =1,03x10 2 min- 1
Estas velocidades específicas foram calculadas para uma temperatura de 27°C
A conversão de equilíbrio pode ser determinada:
(300 K). Para conhecermos a velocidade específica a 87°C, precisamos calcular a
energia de ativação E. Para isto utilizamos o dado a 107°C. Utilizando as mesmas Ae
K R7 – k87 = 2,16 X
equações acima, têm-se: k'R7 (1 A ,- A,)
_2 Logo,
km =3,29x10 min- 1 X,,e = 0,684
k',07 = 2,19 x10 -2 min- 1
Cálculo da conversão final no reator PFR.
Tendo o fluxo molar na saída do reator, pode-se calcular a conversão:
Calculamos a energia de ativação, utilizando dois valores de k e de k' .
FR = 20 moles/min
In k 107 / k27
E_ –R(1/T27 - 1/T,07) FR = CRV O = CA O V OXA
78 1 PARTE I: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES M. SCHMAL 1 79
Substituindo estes valores na equação 3.5.23, obtém-se: ti = 60 min In = k ''t (t) 3.5.26
Onde:
= 0,956
k. =k(x–1) (4 1)C,oX,
E3.5.5 Uma reação 2 C 2 H 5 NCO C 2 H5 N 2 (C = O)C 2 H 5 é feita num reator contínuo
(PFR) de 5 ml e à temperatura de 25°C. A reação é reversível de 2a ordem direta e Onde:
reversa, sendo a constante de equilíbrio de 0,125 nestas condições. Introduz-se 0,36 L/h K= X A =–5,83
X 'A ,
de reagente puro com uma concentração de 0,2 moi/1., e a conversão final é igual a 70%
da conversão de equilíbrio. Calcule as velocidades específicas direta e reversa. X, =0,7xX A,
Solução
k'r =1,432
Sabe-se que a reação é do tipo: 2A R
K =k =XAQ z
= 0,125
k' 4 (1–X
A,)z 3.5.5 Determinação dos parãmetros cinéticos pelo método diferencial
Ou
No método diferencial há duas maneiras:
(4K -1)x ,2,Q – 8KX Ae + 4K = O
• Utilizando os dados experimentais de concentração em função do tempo e por apro-
X Ae =0 , 414
ximação determinam-se as taxas a partir das curvas cinéticas.
X ',, = -2,41 Determinando as taxas diretamente, utilizando os dados de um reator diferencial.
•
Logo, a taxa resultante em função das conversões será:
Assim, para uma reação do tipo:
A –+R+S+T
ss'
CA
A taxa também pode ser representada genericamente em relação ao componente
principal A, com ordem genérica:
rA) = k ' C'.", 4i —(dCA/dt) 0
i
dCA
dt In[—(dCA /dt)]
dCA
dt ,00
d) Ambas as concentrações variam e procede-se da mesma maneira, como mostra o In(—rA ) In(—rA )
exemplo abaixo. E o chamado método das taxas parciais.
A + B -, produtos
A taxa correspondente será:
Exemplo
Ciy2a Gano
0,225 0,2250 1,76 1
0,90 0;90 10,9,
0;675 0,675 8,19.
0,450: ' ' 0,450 4,465
0,5637 0;2947 4,82
0,2881: 0,1517 1,65
0,3103, 0,5064 3,28 —2,0 -1,8 -1,6 -1,4 -1,2 -1,0 -0,8 -0.6 -0,4 -0,2 0,0
0,1552 0,2554 1,267 InC„ 2o
Determine a ordem de reação em relação a cada componente (adaptado de Fogler, 2000 n A — Linear Fd of Data1_A
e Hill, 1977).
Figura 3.5.9 Método diferencial – taxas iniciais.
Solução Por outro lado, como
Parte-se da taxa de formação do HBr, ou seja:
('IBr)o = kCH2 Cá. °1
b
rHB, = kCH, Ce r
Ca,o \, Caro i
CH,0 )
?
IuY 17lat hM áj
0,0 0,150 –4,445
0,0 0,874 -4;38
Passando o logaritmo e fazendo o gráfico (figura 3.5.9), obtém-se a ordem de 0,0 0,6070 –4,30.
reação n e a constante ka. 0,0 0,362 -4,395
0,648 0,211 -3,779
Logo, 0,641 0,0911' –4;85
-0;489 - 0,421
n = 1,28 –0499 0 0,1766 -4;937
k* = 1,198 x 10—2
Logo, o expoente a = 0,86, e com n determina-se b' = 0,42 e a constante
Aproximando A V = V, tem-se:
AV C8H 16 B
Os fluxos molares na entrada e saída serão FAO e FAs, respectivamente. Portanto (— re)0 x 102 MoleslLh 0,073 0,70 1,84 4,86. 12,84
(equação 3.4.13):
FAO -F,u +rA A V =O
Kió
.. 'tV.•yì ....t .• ° e,?.;eP•^5•N.: .-.. titr T.. tiae +Y ^Y . df.': ,.ib..l. .>.:.1.460 .. z...d
muda,
I (p , = 3.6.6 Observa-se que (pRmax ou a concentração máxima do intermediário CRmax
variando-se o parâmetro x. Isto significa que, se a velocidade específica k2 da reação
a con-
e 0 R k' * S é maior que a velocidade específica kl de formação de R (A k'—* R)
(p R - e-" ) 3.6.7 centração máxima do produto intermediário R e o tempo correspondente t,,,,, decrescem.
(x-1) (
A figura 3.6.1 (b) mostra o comportamento da concentração de R em função de x.
(ps =1 + e -x e _ x e
3.6.8 CR ca (PR
(x- 1 ) ( x -1 ) C CRmax C Rmax
Sendo
kz
x
Onde x é um parâmetro de velocidade específica.
K
Resolvendo as equações 3.6.6 a 3.6.8 obtêm-se ()A,tpR e (ps em função de 0 e conse-
quentemente as concentrações de cada componente em função do tempo, representadas
pelas curvas cinéticas mostradas na figura 3.6.1. As curvas mostram que o perfil de con-
centração de A decresce exponencialmente, desaparecendo totalmente quando O - os. Por
outro lado, a concentração de R cresce inicialmente e depois decresce, pois R vai se for-
mando com o decorrer do tempo e se transformando em S. Nota-se que a curva de R apre-
senta um máximo e depende do parâmetro x, relacionando as velocidades específicas das t tmax OU emax
reações. O tempo correspondente a esta concentração pode ser determinado fazendo-se:
dCR = 0 ou d(pR Figura 3.6 Perfis de concentração".
=0 3.6.9
dt d0
Pode-se assim determinar experimentalmente as velocidades específicas das duas
Derivando-se a equação 3.6.7 obtém-se:
etapas de reação através das curvas cinéticas. Ao atingir-se a concentração máxima de R
d(pR = 1 -xe calcula-se o parâmetro x pelas equações 3.6.13 ou
(CRmax) e o tempo correspondente tmax,
de (x -1)
(xe _ e-e) = 0 3.6.10
3.6.14. Voltando a equação 3.6.11 calcula-se o valor de Omax. Pela definição de Omax = ktt
Consequentemente, determina-se o tempo correspondente a este máximo, ou seja: determina-se diretamente a velocidade específica kt. Conhecendo-se x, calcula-se a velo-
cidade específica k2.
Inx
On = 3.6.11
(x -1)
Exemplo
ü
}., f1 4'.5.e .T+ Ìt4 k .I.CS:iï^:^°.i9A.l. h4eea"i.-,¿ i .^' ,A •. %o'^ !dli. ^i7/ • até,' ,
1,0
.4 >R 3.6.15
0,8
A IS 3.6.16
Cs -In cPa
o 2 4 6 8 10 12 14 16
t (min)
Hm— 0 _e_ C Dl
CS t
Figura 3.6.2 Determinação das velocidades específicas de reações paralelas.
Exemplo
zsá
.
0,172 0,300 0,395 0,465 0,517 0,556
0,026 0150 0,197 0,232 0,258 0,278
0,585 0,606 0,621 0,633 0,648 0,65 0,1 0,2 0,3 0,4
Fração molar R
0,5 0,6 0,7
rr
rR = k,C A
3.6.28
rr = k,CA
s 3.6.30
F
=F AO X A,
FT = 2FAO 3.6.31
X .a2
Normalmente, usa-se um reator contínuo e as reações são feitas em fase gasosa, podendo vo (1 +EA , A, + e ,2 X A, )
ocorrer variação de volume, devido a expansão ou contração de volume. Analogamente,
podem-se utilizar os métodos integrais ou diferenciais. Para a determinação dos parâmetros (FAO 1— X ,4,-X .,2) 3.6.36
rT k 2
cinéticos utiliza-se um reator diferencial. vo (1+EA , X A , +e 4 ,X A2)
Consideremos duas reações em fase gasosa do tipo:
As taxas num reator diferencial em relação a R e T são:
A R+S 3.6.25 dFR
3.6.37
A 2T 3.6.26 dV
Solução
dFR = F, o dX A , 3.6.39
Nota-se pelas reações que EA2 = O. Calcula-se então o valor de E A 1, ou seja:
dFr = 2F,o dX A 2 3.6.40
Moles: base 1 mol ;c.
Obtêm-se dum equações diferenciais.
• No reator diferencial determinam-seas taxas experimentais diretamente. m-X benzeno + CH4 Inerte Total
• No reator integral, resolve-se o sistema integrando as expressões acima, determinando-
se a curva cinética das conversões em função do tempo espacial. Das equações 3.6.35
e 3.6.40, obtém-se após integração a seguinte relação: 41TéW2 =InMe,.,a`+,.:
0,75 0 O 0,25 1
0 0,75 0,75 0,25 1,75
k,
X A, = X .a 3.6.41 Portanto,
ki
EAI = 0,75
Substituindo então X A 2 nas equações 3.6.35 e 3:6.36, e integrando, conforme equação ..
3.5.3:
x{' dX Calcula-se:
r=CAO J A 3.5.3
o
FAO = C ,,o vo = 0,05 x = 0,12 moles/min
Obtém-se: 2,4
(1+sA , FR = CA OX A 2 = 0,077
)
1+`x ) £A ,)Kln L 1-(1+1(X )-(£A^1+K))KXA,]=tk' 3.6.42
Onde: Logo,
k,
K == e
k, XAt = 0,35
Com os valores experimentais das conversões em função do tempo espacial, deter-
minam-se as constantes k1 e k2, respectivamente. Cálculo de r
A reação foi feita num reator tubular a 673°C. Introduziu-se m-X com 25% de kl = 0,742 s-1
inerte, a uma concentração de 0,05 mol/L e com uma vazão de 2,4 Llmin. O reator tem
1 mL de volume. Na saída mediu-se o fluxo molar de p -X igual a 0,077 mol/L. Calcule k2 = 1,35 s-I
as velocidades específicas.
.000000,
,..;-s',^i^i!5. "RY~C-
. . 'Y'Iriq•.. } TysiY.ffi
SJ6i.•'.11:.^J°^:d4.4 ,: fim P. : J.,.. P'
3.7 REAÇÕES NÃO ELEMENTARES Estas constantes dependem da energia de barreira ou energia de ativação. Cada etapa
do mecanismo tem uma energia de barreira diferente e quanto maior, mais difícil ela ocorre,
Reações não elementares podem ser identificadas quando a ordem da cinética da reação mostrando com isso, que a energia envolvida é determinante no processo do mecanismo
não coincide com a estequiometria da reação propriamente dita. Uma reação aparentemente reacional. A energia de ativação da reação global não é uma média das energias de cada
elementar não mostra o mecanismo real que pode envolver várias reações intermediárias, etapa, mas um somatório de todas as energias envolvidas. Para uma análise inicial apre-
que por sua vez são elementares. A. reação global pode apresentar diferentes mecanismos sentamos algumas hipóteses genéricas para deduzir um modelo cinético de uma reação
intermediários. Para conhecer a cinética dessa reação é necessário conhecer as etapas inter- não elementar.
mediárias, e consequentemente, indicar quais ou qual dessas etapas é determinante num
processo global. Hipóteses 1
Há vários exemplos clássicos 7: a) Admitem-se etapas elementares irreversíveis.
b) Uma das etapas é lenta e, portanto, determinante.
1. 2N0 + 2H, - N2 +2H 2 0 c) A concentração do intermediário é muito pequena, já que sua formação e decom-
posição são muito rápidas da ordem de 10-9 s.
Cuja cinética é:
d) A taxa resultante do intermediário é muito rápida e, neste caso admite-se um
rNZ = k [NO]2 x [ H,] estado pseudoequilíbrio.
e) A taxa resultante da espécie intermediária é a soma das taxas intermediárias, ou
seja:
Onde [...] representa a concentração do componente.
= 3.7.1
2. H,+Br, (2HBr
Onde j é a espécie intermediária e i a reação da etapa intermediária do mecanismo global.
Cuja cinética é: Pode-se também demonstrar que a taxa resultante seria composta por uma série de
etapas intermediárias em série e paralelo, análogas à resistividade 14 .
Sendo os expoentes não inteiros, não coincidindo com a estequiometria da reação. Para compor um mecanismo reacional envolvendo espécies intermediárias é preciso
conhecer algumas regras gerais:
Qual é a explicação? Moléculas estáveis dificilmente reagem, mas quando formam a) Estabelecer o mecanismo com todas as possíveis reações intermediárias, com-
radicais livres, carbênios ou complexos intermediários, íons ou valências. Estas espécies, postas por etapas elementares.
que são muito reativas, combinam-se facilmente com as moléculas ou com outras espécies b) Conhecer a estrutura eletrônica ou atômica.
intermediárias, reagindo em etapas sucessivas ou paralelas. Estes mecanismos intermedi- c) Identificar os produtos e os intermediários.
ários têm que ser conhecidos para determinar a cinética da reação. Isto prova que a cons- d) Os intermediários são altamente reativos
tante cinética global nem sempre é verdadeira, -m eng oba varias outras constantes e) Conhecer a química das etapas intermediárias.
relativas às diferentes etapas intermediárias do mecanismo.
Vejamos um caso clássico 5 • 7
102 1 PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 103
A *^ R +S 3.7.7
3.7.9
CA ( k, [k,] [A ]] Cl, k > 2C1* (radical)
b) Propagação:
Substituindó-se esta expressão na equação 3.7.8, obtém-se a taxa de formação do
produto S, ou seja:
Cl + H, - HCI+ H* (radical) AH = 25 KJ/mol
kk 3 [A ] 2
Aff rs =
= 133.7.10 KJ/
H` +Cl, —>mol
HCI+Cl *
+k, [ A ])
Esta expressão é igual à equação de taxa (k) do exemplo acima. (ciclo de 106 vezes)
Pode-se simplificar a taxa de formação de S para certas condições de concentração,
como nos seguintes casos 5,7 :
c) Terminação:
a) Se a concentração de [A ] é pequena: k 2 [A ] «k3 2Cl* -^C1 2
Logo,
r3 = k l [A ]2 Se compararmos as energias necessárias para formar HCI envolvendo os radicais com
3.7.11
a, energia total necessária para a formação de HC1 a partir das moléculas H2 e Cl 2, observamos
Neste caso a cinética é de 2a ordem. que são bem menores, devido à alta reatividade dos radicais. Os radicais são instáveis e
facilmente combinam-se com outros radicais ou moléculas devido às energias mais baixas.
b) Se a concentração de [A ] é grande: k3 « k2 [A ] .
Logo, 3.7.3 Teoria do estado de transição
Para explicar a cinética do mecanismo de reações em cadeia utiliza-se a teoria do estado
rs
= k,kk3 [A ] 3.7.12 de transição. Segundo Eyring, Evans e Polaniy 4,14 forma-se um estado de transição loca-
z lizado com energia Eb. Neste caso, só existe um grau de liberdade, correspondente à
106 1 PARTE I: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1107
energia de vibração, devido à dissociação da molécula. Mas, devem ser feitas algumas c) Decomposição do radical em produtos: A " k R
ressalvas e valem as seguintes hipóteses:
A" k' S
• Segundo a teoria de B oltzman, há colisão entre moléculas, formando um estado inter-
mediário A* com energia Eb.
A'
• Se a molécula possui energia inferior à energia de barreira, desativa-se voltando ao
estado inicial da molécula A.
• Quando a molécula ultrapassa a energia de barreira não volta mais.
• Os complexos ativados estão em equilíbrio com os reagentes, satisfazendo à distribui-
ção de Boltzman. O m ovimento das moléculas provoca um aumento de energia e,
consequentemente um aumento de temperatura no meio.
• Ao ultrapassar a barreira energética podem formar-se vários outros produtos
independentes.
Logo,
k 3.7.14
CA =` [A ]=K" [A]
kz
Energia ,4.
rR =k 3[ A * ] 1.7.15
E, rR = K"k 3 [A ]
kz[H z^ ^ k/
^ k4 ^'/2 [Brz]' 2
Exemplos E3.7.5
k'2 [HBr +k,[Br2
1
E3. 7.1 Determine a taxa de formação de HBr considerando o mecanismo da reação em
cadeia, ou seja5,7,11,12: Substituindo E3.7.5 e E3.7.4 em E3.7.1 e resolvendo obtém-se a taxa:
k
kk 2 [H,]x[Br2 13 2
E3.7.9
r"B = (k, +k 2L Br2])
E3.7.2 A formação do HBr do exemplo E3.7.1, como visto não é elementar, e a taxa
expressa em E3.7.7 foi confirmada experimentalmente. Mas para checar esta expressão • Em relação ao [HBr] temos:
partiu-se de observações experimentais. Foram feitas as seguintes observações experi-
mentais (adaptado de Fogler) 5 : E3.7.10
rHBr (
k + k' [HBr])
1) Na primeira experiência observou-se que a taxa independe da concentração de [H 2].
Esta experiência foi feita mantendo-se as concentrações dos demais componentes Pelo experimento 2) se a concentração de [HBr] é pequena, então k » k' [HBr]
constantes. e a taxa independe da sua concentração. Por outro lado, se a concentração de [HBr]
for grande, então k « k' [HBr] e, consequentemente a taxa é inversamente propor-
2) Na segunda série de experiências foram feitas duas observações:
cional a sua concentração, ou seja:
• Para pequenas concentrações de [HBr] a taxa independe da sua concentração.
• Quando a concentração de [HBr] é grande a taxa cresce inversamente com a E3.7.11
sua concentração. rHBr [HBr]
3) Na terceira série de experiências foram feitas mais duas outras observações: Juntando as equações E3.7.9 com a E3.7.11 obtém-se a taxa:
• Para pequenas concentrações de [Br 2 ] a taxa varia proporcionalmente com a
concentração de [Br2 ]'/2 . k, k [H Z ] x [Br2
]3/2
2 E3.7.12
Se as concentrações são grandes a taxa varia com a concentração de [Br, ] 3'2
r"B` k 3 [HBr]+k2 [Br2 ]
gasosa existem vários modelos cinéticos, mas o mais interessante é o modelo de Rice-
2 k k3
Herzfeld7 . A ideia principal é que na primeira etapa da reação ocorre a abstração do H da
molécula reagente e subsequentemente uma decomposição com formação de um novo
[R 1 =
k2k,
3.7.27
.4 2 R; (radical) 3.7.28
b) Propagação da cadeia:
A taxa de transformação de A é de primeira ordem em relação à concentração de
R; + A ? > R, H + R; (radical) [A], mas a constante cinética engloba as quatro velocidades específicas do mecanismo.
Experimentalmente determina-se a constante aparente, ou seja:
R; P, + R;
k,k 2k3
(ciclos de n vezes) k = 3.7.29
k,
c) Terminação: Nota-se que as velocidades específicas dependem da temperatura e têm energias de
k4
ativação próprias, satisfazendo a equação de Arrhenius, ou seja:
R; + R;
ki = ko exp (— E / RT) 3.7.30
Os radicais mais comuns são CH;, C 2 H;, H" etc. Logo, substituindo-se a equação 3.7.30 na equação 3.7.29 e passando o logaritmo
Escrevem-se as taxas correspondentes: obtém-se a energia da ativação aparente.
rR. =k2[R,"]x[A ]— k3[Rz]— k,[R; ]x[R_]=0 3.7.25 Consideremos a decomposição do acetaldeído, cujo mecanismo de reação é
E3.7.3
conhecido:
Somando-as, vem: k
CH 3 CHO— ^CH; +CHO "
Solução TiO2 – MgO. Com estes catalisadores produzem-se polímeros de grau variável. O impor-
tante é obter produtos seletivos numa determinada faixa de hidrocarbonetos e para isto é
A taxa de decomposição do acetaldeído (que agora denominaremos A) será fundamental o catalisador. Novos catalisadores já foram desenvolvidos, bastante seletivos
para a faixa desejada.
(—ra)=k,[A]+k_[CH;]x[A]+k3[CHO1x[A] E3.7.3.1 O segundo problema é conhecer a cinética das reações de polimerzação e que
envolvem diferentes etapas, semelhante ao que vimos nas reações não elementares. Esta
As taxas correspondentes aos radicais: cinética depende do mecanismo de polimerização, que é um problema químico. Deve-se
conhecer a composição e a estrutura das diferentes etapas envolvidas. Uma vez estabele-
'cH. =k,[A ]+k3[CHO.]x[A ]—ka[CH;]z=0(a) cido este mecanismo pode-se determinar a cinética da reação e as constantes envolvidas.
Estas reações não são elementares e podem ser identificadas quando a ordem da
(b) E3.7.3.2 cinética da reação não coincide com a estequiometria da reação propriamente dita.
rcxò =k,[A ]— k3[CHO']x[A ]=0
Somando as duas expressões, vem: Há vários exemplos clássicos 5'7 :
k • Reações de condensação.
[CHO ' ]= E3.7.3.3 • Adição de reações.
Nesta etapa, uma vez os radicais formados, que possuem um grau de liberdade e, portanto, 3.8.11
(–r,,)=ko[12]
são muito reativos, podem combinar-se com os monômeros para formar uma sequência
de novos radicais, também multo reativos.
ri =2k o[12] 3.8.12
R, + M R; 3.8.4 A taxa de formação do radical R¡ na etapa de iniciação obtém-se a partir da equação
R_ + M k' + R3
3.8.2:
3.8.5
.....................................
..................................... R. =k,[M]x[1] 3.8.13
R:* + M k° Rm _
Portanto, a taxa resultante do iniciador será:
Admite-se neste caso que as constantes cinéticas não são tão diferentes e, portanto,
iguais a uma constante kp de propagação. r1 = 2 ko[12]–k,[M]x[I]=0
A seguir, ocorre o crescimento da cadeia, com a formação sequencial dos polímeros,
via reação dos radicais com o monômero. Este crescimento pode-se dar de três maneiras: Assumindo um estado pseudoestacionário, determina-se a concentração do íon ini-
ciador em função das concentrações medíveis 12 e M. Note-se que somente uma fração do
a) Transferência radical para o monômero, formando o radical inicial: iniciador participa da reação, daí a correção por um fator y. Portanto,
R; + M k e— P +R; 3.8.7 Pode-se assim determinar a taxa de formação do radical, substituindo a equação
3.8.14 na equação 3.8.13, ou seja:
c) Transferência do radical para o solvente:
R. = 2yko[12] 3.8.15
R; +M^ P +R¡ 3.8.8
• Terminação • Taxas de terminação:
Admite-se a terminação por adição de radicais e conforme equação 3.8.9, vêm:
Estas reações são importantes para terminar a cadeia de crescimento e podem se dar de
duas maneiras:
Rj + Rk k^, P. +k 3.8.9
118 Í PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES Í M. SCHMAL 1119
Como a taxa de iniciação é muito menor que a taxa de propagação, pois as taxas de
A taxa do radical R, na terminação será, de acordo com as reações anteriores:
formação de decomposição deste iniciador são muito rápidas, pode-se desprezá-la frente a taxa
de propagação dos radicais. Substituindo também a equação 3.7.20, obtém-se finalmente:
(– R.)=kA [R, ] 2 +kA [R; ][R;]+kA[R; ][R;] +kA [R; ][R;]
( - r,,.) =kA[R: ]X[ Ri] 3.8.16 Para determinarmos a taxa de formação dos polímeros, tem-se igualmente por
definição:
• Taxas de propagação e terminação em relação ao radical R; e R , respectivamente.
rP = ( —ril 3.8.23
R, = r R, +k r,[R; ][rtd]–k,[R, ]l [R ] +km [ M ] 1,[ R l]–k0[RI1,[R;]
eq.3.8.15 eq. 3.8.3 eg.3.8. 16 eq.18.6 eg.3.8.10 As constantes cinéticas dependem da temperatura e têm suas energias de ativação
próprias, sendo igualmente expressas pela equação deAlilieuius.
+kp [ B]1,[ R; ] +ks [ s ][R ; ] 3.8.17
eq. 18.7 eq. 3.8.8
k =koe
ÍR7'
Generalizando para qualquer radical R.:
Logo, a energia de ativação aparente da taxa de decomposição do monômero será:
kP[M]([R;]–[Ri-r])+kq[R;+kM[MI [R;]+kD[R,]1,[R;]
( –rRil
E= ( E,-2 E,) + EP 3.8.24
+kB LB] 1,[ R ; ] + ks ts] 1,[ R; ] 3.8.18
Nota-se que a concentração do iniciador é um parâmetro importante e entra na
Faremos então a soma das taxas de todos os radicais , e somamos as (r R. ) = R. expressão da taxa. Porém, a concentração do iniciador varia com o tempo, apesar de
pequeno em relação ao processo de polimerização, deve ser considerado. Assim, conside-
duas equações 3.8.17-18. Renomeando [R. ] _ [R . ] ; definindo k, = kl + kD e desen- rando o sistema batelada, partimos da equação da taxa de iniciação, conforme a equação
volvendo o primeiro termo da taxa da equação 3.8.18, ou seja, [[R;] – [R;_, i) , obtém-se 3.8.1, ou seja:
finalmente a taxa:
(–rr_)=ko[ 1,1 3.8.11
3.8.19
R: =2 Yko[12 1 –k, 1[ R[R ]2 [R;]
;] Como o volume é constante tem-se da equação 3.5.6:
'2 dl,
t= -J
No estado pseudoequilíbrio tem-se R. = 0. Logo
r2o ( rr, )
Quando a concentração do iniciador não varia com o tempo, parte-se da equação Solução
inicial 3.8.26, expandindo em série o termo exponencial, desprezando os termos dos expo-
Os dados do problema nos conduzem a mesma expressão deduzida anteriormente, admi-
entes maiores que 1. Nestas condições a equação 3.8.27 é transformada em:
tindo que a taxa de iniciação varia pouco com o tempo.
Analisando o efeito da concentração do inibidor sobre a taxa vemos que:
^ tU2^,fmÌ^1^1?^^`%J:ú+:.v^`R(wrM)x{tn^óies/^1r^il,
jMá^(nlgOleslf̀il^,^;i x^.
^ ^. ^
Esta taxa de decomposição do monômero ou formação do polímero é válida para 4,82 0,313 0,122
qualquer sistema, batelada ou contínuo. Mas, a concentração do iniciador também varia 4,80 0,192 0,0937
com o tempo. A maioria das reações poliméricas se dá num reator batelada.
Obtém-se a constante diretamente a partir dos dados experimentais da variação de ou
concentração do monômero em função do tempo de reação. ¡ (moles/rp j É&Ii és r r
, r moles m x s-+^ >
aumento da taxa de 1,49 vez. Isto mosfra que a taxa é diretamente proporcional a [12] 1/2 . Substituindo-se o valor de k* e de [12 ], obtém-se a constante aparente:
'Está de acordo com a equação da taxa:
ou k,=5,107L/molxs -'
Fazendo-se
Onde:
k' = kP E8.1
k. = 2kP I 27kkr[120] =
1,91 x 10 -3 (m3 / mol x s)
Mo –M
(— rM )=k ' [M] E8.2 X ,,,, _
_
M0
obtém-se:
Logo, a conversão foi de 0,56 ou seja 56%.
k* = 0,0213 s-'
s¡ïfãtr, ira:: .., r...:.... .
T
3.9 REAÇÕES ENZIMÁTICAS " Nota-se que é fundamental a presença de água nessas reações.
As reações enzimáticas são de muito interesse e têm grandes perspectivas no futuro da Representado a equação 3.9.1 pela seguinte sequência:
biotecnologia. Estes processos enzimáticos não são novos, mas bastante conhecidos nos
processos de fermentação de álcool e processos biológicos, como a fisiologia. Os processos ES'
a) Formação do complexo:
enzimáticos de fermentação podem ser promovidos por micro-organismos, tais como as
bactérias e o mosto. Mas podem ser promovidos particularmente por enzimas, que são
produzidas quimicamente. b) Estado de equilíbrio:
De uma maneira geral representa-se um processo fermentativo pela transformação S+E A ES' 3.9.2
17 da matéria orgânica, que na presença de enzimas ou bactérias forma produtos nobres, de
grande utilidade na indústria de alimentos, na indústria farmacêutica e na de produção de
álcool. c) Decomposição do complexo em produtos:
As enzimas agem quimicamente e não se reproduzem. Por outro lado as bactérias ES' (+HzO) P 3.9.3
agem quimicamente e podem formar mais bactérias ou células. Nos processos enzimáticos
ou de fermentação a química é fundamental, mas a cinética do processo é muito importante, ES' (+H,0) S
já que esta cinética permite o conhecimento da velocidade de reação, da atividade e da
seletividade dos produtos de formação. A figura 3.9.1 mostra a energia potencial com o decorrer da reação. Sem as enzimas
Aqui, apresentamos a cinética das reações enzimáticas e fermentativas 5,16. a energia de barreira (ou ativação) é grande e o complexo formado ES'é instável, desati-
t
vando rapidamente. Esta energia de barreira diminui drasticamente com a presença de
Os principais tipos de reações que ocorrem são:
enzimas, facilitando a transformação do complexo ES' em produtos finais irreversíveis P
1. Enzima solúvel + Substrato insolúvel.
e S. Este comportamento é explicado pela teoria do estado de transição.
2. Enzima insolúvel + Substrato solúvel.
3. Enzima solúvel + Substrato solúvel.
3.9.1 Modelo cinético
As reações com ambos solúveis ocorrem em fase homogênea e líquida, em reações A taxa de reação em relação ao substrato obtém-se pela reação 3.9.1, ou seja:
biológicas, usadas principalmente nas indústrias farmacêuticas. Quando as enzimas são
insolúveis as reações são heterogêneas e a grande vantagem que estas enzimas não se Energia
perdem. Em geral, as enzimas são ancoradas em materiais sólidos com alta área superficial Energia de ativação (E A, EB)
e pequeno volume de poros. O caso de substratos insolúveis e enzimas solúveis é o mais Sem enzima (curva cinza)
comum na indústria de detergentes.
Atualmente, estão sendo abordadas reações biológicas com células animais, cujas
cinéticas são igualmente complexas, mas enquadram-se neste sistema.
A ação das enzimas é igualmente explicada pelas energias envolvidas e pela teoria
do estado de transição, como vimos anteriormente. Formam-se complexos intermediários,
que por sua vez possuem energias de barreira menores, possibilitando assim a sua fácil
transformação em produtos. Entalpia de reação
Pode-se representar esquematicamente o modelo cinético, da mesma maneira como
o fizemos no item 3.7, ou seja:
k Produtos
S+E ESi k' >P+E 3.9.1
Onde: Percurso
S = substrato (reagente)
E = enzima Figura 3.9.1 Energias envolvidas nas reações enzimáticas.
ES' = complexo enzimático
126 1 PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMA L CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMA L 1127
r,, =k3 [H 2 O]x[ES ] 3.9.5 Substituindo estes novos parâmetros na equação da taxa 3.9.10, obtém-se:
onde [ ] representa a concentração.
Em relação ao complexo ES" tem-se igualmente: v [S]
(—rs)= °' 3.9.13
[S]+ Km
rES = k,[E]x[SI–k 2 [ES . ]–k3 [ES . ]x[H 2 0]=0 3.9.6
Existem casos particulares, que simplificam a expressão da taxa.
Mas, nem todas as enzimas são consumidas e as enzimas complexadas são parcial-
a) Se a concentração de S é baixa, pode-se simplificar: S « Km
mente recuperadas. Nesse sentido, as enzimas livres é que participam da reação inicial. Obtém-se uma taxa que é diretamente proporcional a concentração do substrato,
Pelo balanço das enzimas vem:
observando-se uma variação linear, ou seja:
Er = E + ES*
Vir„ s Enzimas
Tocais Livres
Enzimas
Complexadas
3.9.7
(–rs) =V KS]
M
3.9.14
seja: Da equação 3.9.6 e 3.9.7 determina-se a concentração das enzimas complexadas, ou b) Se a concentração do substrato for grande, observa-se o inverso, podendo-se simpli-
ficar a equação da taxa, pois, Km « S. Neste caso a taxa de desaparecimento do
substrato é igual a taxa máxima. Logo,
kl[ E ]r [S]
. 3.9.8 (_rs )=V 3.9.15
k, [S] + k, + k, [H 2 O]
c) É bastante frequente utilizar-se o método da meia-vida, assumindo que metade da taxa
Substituindo-se a equação 3.9.8 em 3.9.5 e considerando que (–rs) = rp, vem: máxima seja atingida. Isto é extremamente conveniente, já que o experimento pode
ser parado após atingir a concentração correspondente à metade da taxa máxima.
Fazendo-se então:
( rs)=k, ,[S]+k[ + ]k [HO]O] 3.9.9 V ,,.,,
(—rs ) 2
No entanto, a quantidade de água é muito grande e a sua concentração praticamente e substituindo-se na equação 3.9.13, vem:
não varia frente a variação de concentração do substrato e das enzimas. Admite-se que a
3.9.16
sua concentração permanece constante. Desse modo, podemos também colocar o termo K, = [S] i/z
k 3 [H 2 0] = cte = k* 3 .
Estes três casos, além da taxa geral, podem ser visualizados na figura 3.9.2:
Logo,
Método diferencial
Método integral
No método integral, partimos da equação da taxa e escolhemos o sistema. Estes processos
geralmente são feitos em reatores batelada. Neste caso, usamos a equação do reator bate-
lada, ou seja (equação 3.4.7) em função do subtrato:
va. t – ( dS 3.9.18
2 sa (-Y)
3.9.19
e
KM = [S] vz [Si tso] dX A 3.9.20
Figura 3.9.2 Taxa versus concentração do substrato. o ( -ri)
1
--In(1–XA) =
V^[
– S ojX 3.9.23
t K :t, t
Observa-se pela equação 3.9.22 que a cinética dessa reação envolve uma cinética
de ordem zero (1° termo) e de la ordem (2° termo). Para tempos maiores satisfaz à cinética
a cinética de ordem zero.
de la ordem e ao contrário, para tempos menores predomin a
[S]
-kIn(1-XA ) V [H,0 2 ]
( rs)
[ H 2 0 2] +K M
- 1 ln(1-X.a)=
V [ H2O
2I X
l K
bf
mM t
sendo,
[ 0
_ [ H,0 2]o - H2 2]
XA
[ 11 2 0 21 0
Onde:
KM
X,, é a conversão
XA
t Como {H 2O 2 ] = 0,02 obtêm-se:
Figura 3.9.4 Método integral.
H202 +E ^^H 2 O z E
Foram obtidos os seguintes resultados experimentais: O coeficiente linear é igual a 0,018, portanto,
Com este mecanismo obtém-se uma taxa igual a equação 3.9.13, ou seja: t = 15 min
di ,' J ....:.-ss&-:.:... ,' jt.t, ; .s1 !'y ... oo°é'z .-. .¿.
Não competitiva
0,0140 -
0,0135 -
Competitiva
0,0120 —
0.0115 I , , , ,
0,0070 0,0075 0,0080 0,0085 0,0090 0,0095 0,0100 0,0105 0,0110 0,0115
XA7t
O Bloqueador
e Substrato Enzimas
n B Linear Fit of Data1 B
Figura 3.9.5 Modelos competitivo e não competitivo.
Figura E3.9.1 Determinação das constantes cinéticas.
Sendo S o substrato e E a enzima - Mas a constante reversa favorece a formação da enzima complexada [ES" ] e
2,4 --
consequentemente k5 » k4. Despreza-se o último termo do numerador e transformando
obtém-se:
S
2,2 n
1 —rs^ kk,[ ][ET
[S + K ,,],
2,0 - t
Onde:
1,8 - •
Km = (k, k3) constante de Michaelis
E 1,6 - k,
Sendo
1,4 - \
1,2 - k i[Er] =V
1,0 - n
Vem,
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 V [Si
IS] mmol/I
–rs1 1=
k [S] + K,,,
Figura E3.9.2 Dados experimentais de taxa em função da concentração [S].
Transformando, vem:
Deduza a expressão da taxa em relação ao substrato S e determine as constantes. ' 1 V,. E3.9.6
Caso possível, simplifique. Calcule as constantes utilizando os dados da figura E3.9.2. k, + K,, ^S] _ (-r
Solução
Colocando na figura E3.9.3 os valores, obtêm-se:
-r,) = k, [E][S] - k, [ES * ] E3.9.1
Mas, 2,5 -
Dessa figura obtêm-se os-resultados: (ii) Na fase II tem-se um período de crescimento. Isto significa que há suficiente nutriente
e número suficiente de células que permitem rápido crescimento das células.
K,y = 0,07281 (iii) Nesta fase III tem-se um período estável e já não há mais nutriente suficiente para o
crescimento das células, mas atinge-se um equilíbrio entre a formação de células e
k1 = 0,8 transporte de nutriente.
(iv) Na fase IV é o período da desativação (ou chamado morte) das células, pois não há
mais nutriente. Formam-se os produtos e subprodutos que também podem alterar o
meio, seu pH principalmente, provocando assim a desativação ou morte das células.
3.9.4 Cinética de Fermentação Biológica
A taxa de crescimento das células segue praticamente a mesma expressão da taxa,
Geralmente são alimentos que entram em contato com as bactérias e que diferentemente segundo Michaelis, no entanto, temos que levar em consideração também a c oncentração
dos casos anteriores, há um crescimento dos micro-organismos. As células vivas compõem das células. Ou seja:
um conjunto de reações de aplicação muito grande em saúde, como insulina, antibióticos
e na produção de alimentos. Nos processos em biomassa têm-se, na verdade, células que k[S][C]
consomem nutriente, produzindo energia e crescimento de células. rc_ 3.9.26
[S]+K A,
Os exemplos mais comuns são:
• Substrato (S) + Célula (C) - Células (C) + Produto (P)
• [Frutas] + Bactérias -3 Bactérias + álcool Estas constantes devem ser determinadas. Na maioria dos casos usam-se taxas
• [Matéria orgânica] + Bactérias -3 [Mais bactérias] + [Produto + CO 2 , H 2 O] empíricas de crescimento das células, e segundo Monod tem-se a seguinte equação:
Para acompanhar o crescimento'das células ou bactérias utiliza-se o gráfico da figura rr = g[C] 3.9.27
3.9.8, mostrando a variação de concentração das células em função do tempo. Este gráfico
apresenta as diferentes fases que se formam e se desfazem num processo cinético. onde g é um coeficiente empírico e a unidade é dada em a- 1 , já que as concentrações são
s,16 :
medidas em g/dm3 . Este coeficiente foi determinado por Monod
Nota-se que o balanço de massa nos reatores deve levar em consideração as taxas de células Partindo da equação da taxa 3.9.29:
vivas, geradas e mortas. Tanto no reator batelada como no CSTR, mais frequentes, tem-se
em relação ao fluxo mássico das células:
rC 3.9.29
[G] [dl + [ rgeada ] = [ racumulada ]
="'
[SI + K on
3.9.3 1
entrada — saída Transformando
Mas, a taxa resultante será: K ,y,,n + l = [C]
E3.9.3
µ^,^ [S] ima r
[ geação de células vivas = [ rgerda 1—[ mortas] = (rg — Y u) 3.9.32
Gélilfa i á 91«;? y
[G] [G] +(g – °,) = [ r,] 3.9.33 '..0.'W .com 'T ltf
a 0,5 0,9 0,642
0,25 0,45 0,360
Num sistema contínuo, mas em fase líquida, tem-se em função das concentrações
0; 25 0,125, 0,227
das células:
0,10 0,15 0,187
0,0833 0110 0,125
([C]-[c]=)va+(g- m ) =[d] 3.9.34
Na forma gráfica obtém-se a figura E3.9.3:
Num reator batelada, não há fluxo, portanto, Resolvendo, obtém-se:
[dC]
(^K Y ^) —
3.9.35 0,7 -
dt
O mesmo balanço deve ser feito em relação ao substrato, só que a taxa será a de 0,6 -
transformação. do substrato, ou seja:
( v=d[S]
0,5
_rs) 3.9.36
0,4
Com estas equações determinam-se as constantes cinéticas, utilizando os mesmos Parameter Value
métodos diferencial ou integral (capítulo 5).
A = 0,05951
0,3
B = 1,17528
Exemplo R = 0,99519
0,2
E3.9.3 Quer-se determinar os parâmetros cinéticos de uma reação enzimática com o
substrato S e diferentes concentrações de células, conforme tabela abaixo: 0,1 -
t
El olOL., '^Súbstrat01
2 -,
lt y `: éfUlas L^^ ? gILz s y'ì
T1,4 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
1 0,9
1/[S]
2 4 0,45 1,25
8 0,25 1,10 B • - - - Linear Fit of Data 13
10 0,15 - 0,80
--12 0,10 0,80 Figura E3.9.3 Gráfico a partir da equação E3.9.3.
Por regressão linear: 1. Difusão da molécula reagente do seio do fluido para a superfície da partícula.
2. Difusão da molécula reagente da superfície da partícula pelo interior do poro.
Y =A +B *X 3. Reação química no sítio ativo.
4. Difusão da molécula do produto formado do interior do poro para a superfície da
partícula.
Parâmetro Valor I 5. Difusão da molécula do produto da superfície da partícula para o seio do fluido.
A= 0,0595 Entretanto, uma questão que se coloca é como ocorre a reação química sobre os
B= 1,175 sítios ativos? Qual a cinética de reação e as diversas variáveis envolvidas?
- ------------------------------------
3.10.1 Fenômenos externos ao catalisador
R= 0,99
------------------------------------ Imagine-se um corte transversal do reator apresentado na figura 3.10.2. Observam-se no
Portanto reator, partículas do catalisador e fluxos das correntes contendo reagentes e produtos.
l.tma., = 16,8
Entretanto, a reação ocorre na superfície do catalisador.
Kuo„ = 19,7
transferência de massa e de difusão intra e/ou extra-partícula. Para uma molécula reagente caso, há uma barreira difusional provocada pelo filme ao redor da superfície do
alcançar o sítio ativo onde a reação ocorre de fato, há várias etapas 3,4, 5 , 6 : catalisador.
,
CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES ^ M. SCHMAL 1 143
142 I PARTE 1: CINÉTICA í M. SCHMAL
Cas
No estudo cinético de uma reação, esta segunda possibilidade é indesejável e deve ser
diminuída ou eliminada. Na determinação dos parâmetros cinéticos evitam-se problemas de
difusão, operando sob condições cinéticas. Opera-se sob condições de alta velocidade ou altos
1 2 ' 3lld, 4
valores de Reynolds, diminuindo-se, portanto, a camada do filme ao redor da superfície.
A verificação experimental é feita variando-se os fluxos molares ou massa do sólido Figura 3.10.5 Efeito do diâmetro da partícula sobre a conversão na presença de difusão.
ou mesmo as dimensões de altura e diâmetro do reator e medindo-se a conversão, conforme
figura 3.10.4 3 : 3.10.2 Fenômenos difusivos internos
x,
Catalisadores porosos contêm sítios ativos localizados no interior dos poros. Portanto, as
moléculas reagentes devem difundir pelos poros, conforme mostra a figura 3.10.6. O rea-
gente A difunde pelo poro até atingir o sítio ativo, onde ocorrerá a reação química.
W/F
XA
W/F cte
O rnear
Figura 3.10.4 Efeitos de transferência de massa. Figura 3.10.6 Difusão de uma molécula de A no interior de um poro.
fs x >ï r -C :7' 11
- ~'. :..d...A .'A ,!~ d1 ;v•4_c..,,«,• . dwSz ,««. >r". , e. •á.: ^. k d: ;S!/1 sldy°:^
f,` // Poro
O— 07-
¡
^ ^--- ® i'íì
1 / ^--
Distância à
rne rfície
Figura 3.10.7 Gradientes de concentração na vizinhança da superfície de
Urn catalisador i–S.
(ii) Difusão de Knudsen: ocorre em poros de diâmetro médio (10 – 1.000 A) onde o
Como verificar os efeitos de difusão nos poros do catalisado r
transporte de massa se dá por choques entre as moléculas e as paredes dos poros: e se é uma etapa
limitante do processo?
(i) Partículas localizadas no interior do sistema estão sujeitas a forças em todas as dire-
ções, com resultante nula.
(ii) Partículas da superfície possuem forças oriundas somente das partículas do interior.
Esquematicamente:
1/T
Tabela 3.10.1 Comparação entre os diferentes tipos de regime em uma reação catalítica
em fase gasosa.
w
4Frx: it
Figura 3.10.9 Interação entrá as partículas em um sistema condensado (sólido ou líquido) 3,4
3.10.3 Fenõmenos de Adsorção-desorção
Os sistemas agregados (sólidos, líquidos e gases) possuem dois tipos de energia:
Logo, conforme figura 3.10.9, as partículas da superfície possuem um excesso de
energia, chamada de energia superficial, E. Esta energia é a responsável pela tensão
(i) Energia Cinética, Ec, ou energia térmica, que confere às partículas do sistema (átomos,
superficial dos líquidos e pela adsorção de um fluido sobre um sólido.
moléculas ou íons) diversos tipos de movimento: translação rotação e vibração.
Uma reação química catalisada envolve fenômenos físico-químicos de adsorção e
(ii) Energia de interação entre as partículas, E;, como as forças de Van der Waals é as
desorção além da reação química. Conforme figura 3.10.10, a energia .de barreira, ou
forças eletrostáticas.
energia de ativação de uma reação catalisada é inferior à energia de ativação de uma reação
A relação entre essas energias define as propriedades do sistema: não catalisada, provocadas pela adsorção e desorcão. Portanto, numa reação química cata-
A) Quando Es» E;, as moléculas do sistema possuem o máximo de liberdade, pois lisada, as absorções são exotérmicas e permitem que as moléculas em fase gasosa estejam
a distância entre elas pode variar. O volume do sistema passa a ser função da adsorvidas sobre a superfície com uma determinada força, tanto de adsorção como de
temperatura, pressão e número de moles. Este sistema corresponde aos gases desorção, diminuindo o seu grau de liberdade e facilitando a reação química catalisada. A
ideais. energia de ativação catalisada mostra, portanto, que a energia de barreira é menor. Torna-se
B) Quando Ec E;, as moléculas ou átomos do sistema possuem um menor grau de fundamental determinar as taxas da adsorção e desorção num processo catalisado.
liberdade. As moléculas movimentam-se, mas a distância entre elas varia pouco. Termodinamicamente, explica-se o fenômeno de adsorção de um fluido sobre a super-
O volume do sistema depende da temperatura e do número de moléculas, mas fície de um sólido através da energia livre de Gibbs. É um fenômeno espontâneo e, portanto,
praticam iiidcpcndcuk ds pressão. Este sistema é representado pelo estado
e11tc
A Guds < 0. Por outro lado, a entropia final do sistema também diminui, já que a sua desordem
líquido. é menor quando a molécula está adsorvida, ou seja AS < 0. Pela termodinâmica:
bt i
Energia A fisissorção de gases sobre sólidos é muito usada na determinação das propriedades
potencial texturais de catalisadores, tais como área superficial e distribuição de tamanho de poros.
Como A Gads < 0 e AS < 0 então a variação de entalpia do sistema será menor que
zero, e portanto a adsorção é um fenômeno exotérmico.
Dependendo da natureza das forças de adsorção envolvidas, pode-se distinguir dois
tipos de adsorção:
,,, ítk
I ^,^:^ :xst.Éts ss̀ fr a t _'.1 . ns o s ,, Pressão Relativa (P/P o )
Tipo de sólido Ocorre em todos os soldos Dependo do gás Figura 3.10.12 Tipos de isotermas de adsorção 3 ,a
Tipo de gás Ocorre com todos os gases Depende do sólido
Próxima à temperatura de ebulição Muito acima da temperatura de •
Temperatura A isoterma quando ocorre a quimissorção é representada pelo tipo 1 e caracteriza-se
do gás ebulição
por atingir a saturação a baixas pressões relativas, formando uma monocamada com-
Cobertura Geralmente multicamadas Monocamada
Reversibilidade Reversível Geralmente irreversível pleta. Isotermas deste tipo também são características de sólidos microporosos. As
Energia de ativação Nula - Maior do que zero isotermas dos tipos II a VI são encontradas quando ocorre adsorção fisica: nas isoter-
Calor de adsorção Baixo (-0,5 a 5 kcal mol-/) Alto (—10 a -100 kcal mol- 1 ) mas dos tipos II e ITI a quantidade adsorvida tende a infinito quando P/Po -* 1, cor-
respondendo à adsorção fisica em camadas múltiplas sobrepostas e que ocorrem em
sólidos não porosos ou macroporosos.
3.10.4 Isotermas de adsorção • As isotermas IV e V correspondem, respectivamente, às isotermas II e III quando o
sólido apresenta macro ou mesoporos e a quantidade adsorvida tende a um valor finito
A quantidade de gás adsorvido por um sólido é proporcional à massa da amostra e depende,
o qual corresponde ao enchimento dos poros.
também, da temperatura, da pressão, do tipo de sólido e gás. Assim, a quantidade de gás • Finalmente, a isoterma do tipo VI (em degraus) ocorre em superfícies uniformes não
adsorvido sobre um sólido é dada por4:
porosas e representa uma adsorção camada a camada, sendo que a altura do degrau
corresponde à capacidade da monocamada em cada camada adsorvida.
n = f (P,T, gás, sólido) 3.10.3
3.10.5 Modelos de adsorção
Para uma temperatura constante, a expressão será:
Foram propostos modelos teóricos diversos procurando interpretar os fenômenos de adsor-
n — f (P) T, gás, sólido
ção-desorção. Os modelos mais importantes são descritos pelas isotermas de adsorção-
desorção que foram introduzidos por Langmuir, Freundlich e Temkin 4,9.
que é chamada "isoterma de adsorção" e relaciona a quantidade de gás adsorvido com a
pressão de equilíbrio à temperatura constante. i) Modelo de Langmuir
Os resultados experimentais permitiram classificar as isotermas de adsorção em seis O primeiro modelo teórico quantitativo da adsorção de gases em sólidos foi proposta por
tipos característicos, conforme apresentado na figura 3.10.12. Langmuir em 1916 4,4J . Langmuir admitiu as seguintes hipóteses no desenvolvimento do
modelo:
_o ... d e.;.r°.,i 1, ,..f•:• x ,7....»..
1. A superfície de um sólido contém um número definido de sítios para a adsorção. Por outro lado, haverá simultaneamente desorção das moléculas adsorvidas. A taxa
2. Cada sítio pode adsorver somente uma molécula. de desorção de A é diretamente proporcional à fração de sítios ocupada por A, cuja cons-
3. Todos os sítios são energeticamente equivalentes, i.e., todos possuem a mesma entalpia tante de proporcionalidade kd é chamada de constante de desorção. Portanto,
de adsorção.
4. A adsorção indépende da presença ou ausência de espécies adsorvidas na sua vizinhança, rd^ = kd O A 3.10.6
i.e., a entalpia de adsorção independe do grau de cobertura.
5. No equilíbrio, a taxa de adsorção é igual à taxa de desorção. Evidentemente, que a taxa resultante seria a diferença entre as taxas de adsorção e
6. No equilíbrio, a uma dada temperatura e pressão, existe um número nA de moléculas desorção, mas em princípio admite-se que haverá equilíbrio, permitindo assim que cons-
adsorvidas. A fração de sítios ocupados por uma molécula A é: tantemente sejam desorvidas as moléculas, dando lugar a adsorção de novas moléculas
sobre a superfície. Portanto, no equilíbrio,
n4
=A 3.10.4
n
7. A uma dada temperatura, a taxa de adsorção de uma_molérmda de um gás A depende Consequentemente, pode-se determinar a fração de sítios ocupados pela molécula
da pressão parcial de A , (PA ) e do número de sítios vagos. A taxa de desorção depende A sobre a superfície, conforme equação abaixo:
do número de sítios ocupados.
%3
kap
eA
Ll Adsorção simples kd + ka pA
Consideremos a adsorção de uma molécula A sobre uma superfície. Uma fração de sítios
está ocupada e a outra é livre. Seja, Esta equação pode ser escrita em função da constante de equilíbrio de adsorção-
0,4 – a fração de sítios ocupada por A desorção, que é uma propriedade termodinâmica. Definindo-se:
(1– OA ) – a fração de sítios livres ou vagos _k
KA
kd
Onde:
vem:
0A
= naJ'
n,a
= K,, p,, 3.10.7
eA
1 + K A p ,,
e
nm = número de moléculas de uma monocamada
Esta é a equação de Langmuir para a adsorção simples. Note-se que a fração de
superfície pode ser determinada experimentalmente, medindo-se os volumes num sistema
Esquematicamente: a pressão total e a temperatura constante, segundo a lei dos gases, pois,
A9ás eA
v dr
3.10.8
= V,nonocmnaJa
e,
O valor da constante de equilíbrio da adsorção, KA, é um indicativo da afinidade do
gás pelo sólido. Quanto maior for o valor de KA, mais o equilíbrio está deslocado no sentido
da adsorção e vice-versa. Dois casos extremos podem então ser considerados:
A taxa de adsorção de A é diretamente proporcional a pressão parcial de A e a fração 1. Se KApA 0, a equação anterior se transforma em 0A = KApA , ou seja, a cobertura da
livre de sítios na superficie. Este fator de proporcionalidade é chamado de constante de superfície é proporcional à pressão do gás. Esta situação ocorre quando pA ^ 0 i.e.,
adsorção ka. Portanto, no trecho inicial da isoterma ou quando KA ^ 0, i.e., quando a afinidade do gás pelo
sólido é pequena.
rads =kaPA ( 1–0 A) 3.10.5 2. Se KApA » 0, a equação se transforma em 0A = 1, ou seja, a cobertura é constante
formando a monocamada completa. Esta situação acontece quando pA » 0, i.e.,
próximo à pressão de vapor do gás, ou quando KA » 0, i.e., quando o gás tem uma
alta afinidade pelo sólido.
YK
CAPITULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 155
154 1 PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL
k, 1)A ( 1— e A ) 2 = kd e A 2
10, = ( K APA + K BPB +KRPR 0°
V
Como EK i Pi (1 - 10 i )
Portanto,
OA _
JK A p A 3.10.12 e
1 +.JK APA
0 3.10.14
( 1 +I K , p,)
Esta é a equação de Langmuir para a adsorção dissociativa.
Logo, pode-se determinar a fração de sítios ocupados para cada componente utili-
L3 Adsorção de n- moléculas ?
Quando há adsorção-desorção simultânea de várias moléculas, tanto reagente como pro- zando a equação 3.10.14, sabendo que para cada componente tem-se:
duto, tem-se uma situação equivalente ao seguinte esquema:
O; = K ;P1 0 ,
Superfície
Se um determinado componente for dissociado, substitui-se seu termo pelo termo
que inclui a raiz quadrada. Por exemplo, se A está dissociado, vem:
°Onde:
__ JK APA
e OR são as frações ocupadas pelo segundo reagente B e pelo produto R,
0B OA ( 3.10.16
respectivamente. 1+ JK APA + K RPR + K RPR
e.:. _=é;»»:.-,i is'vf.^^s ed4s 5,.,d trc t..kai 31'. f:,,,,.:,.,^b r ,..r.,-^r..:r r,8a .,, ;,::: ^; Eadvats.7 .7e °es iQe 5 .ra° P8•ë' • yÁ i'.". f ¿ 8 i P^M4P.é yb ó•:°k ,L ...
Estas expressões das frações dos sítios ocupados pelas moléculas dissociadas ou não, 3.10.6 Reação química heterogênea 9 , 10
são importantes para determinar as taxas de adsorção ou de desorção, conforme equações
As moléculas gasosas podem ligar-se a superfícies (sítios ativos) tanto através de processos
3.10.5 ou 3.10.6. Além disso, são importantes para determinar as taxas de reações onde
de adsorção física (fisissorção) como de adsorção química (quimissorção). A natureza e a
ocorrem simultaneamente adsorções e desorções com reações químicas, como veremos a
força da ligação entre a molécula gasosa e o sítio ativo do catalisador são fundamentais
seguir.
para que haja reação química. A atividade catalítica depende da força de adsorção, con-
forme figura 3.10.13. Na adsorção fraca, quando a ligação é do tipo Van der Waals a ati-
ii. Outros Modelos de Quimissorção 4.9
vidade é baixa. Na adsorção química, quando a força de ligação é muito forte (ou muito
O modelo de Langmuir para a adsorção falha pois: fraca), a atividade também é muito baixa. Existe, portanto, uma faixa de força de adsorção
intermediária que permite obter atividades crescentes, atingindo um máximo, decrescendo
• Todos os sítios não são igualmente ativos. com o aumento da força de adsorção.
• A entalpia de adsorção depende do grau de cobertura. Moléculas adsorvidas inter-
ferem na adsorção de sítios vizinhos.
0 = kPIV"1 3.10.17
(i) A dsorção de A sobre a superfície Mas, a fração de superfície adsorvida por A, foi determinada admitindo-se equilíbrio
entre as taxas de adsorção e desorção do reagente e do produto, confonne equação 3.10.15.
A +* A. Substituindo-a obtém-se:
k,;
Onde: kK ,,PÁ
r, ) =
* = sítio ativo na superfície (_ 3.10.22
(1++ K R p R )
A* = molécula adsorvida sobre a superfície
kQ e kd = constantes de adsorção e de desorção, respectivamente
Para uma reação bimolecular faz-se analogamente, admitindo um segundo lc gente
(ii) Reação química superficial para reagir formando o produto R, ou seja,
Trata-se de uma decomposição da espécie adsorvida em produto que fica adsorvido sobre
o sítio. Portanto, A +B R
Estas expressões são válidas somente para o caso (b), onde a reação química
R* superficial é a etapa limitante. Quando as adsorções ou desorções tanto do reagente como
A* produtos são as etapas limitantes, admite-se que neste caso as taxas não estão em equi-
líbrio. Portanto,
• Quando a adsorção de A ou a desorção R são as etapas limitantes, então:
Comparando-se as equações 3.10.22 e 110.24 observa-se que são semelhantes e Logo, analogamente a equação 3.10.24, obtém-se:
podem ser generalizadas na seguinte forma:
rA l kKpA pB
3.10.26
1 1 (1+K ,p,+ K R p R)
r _ (constante cinética)(termo potencial)
t ( termo de adsdrção)"
3.10.6.3 Efeito da temperatura e as energias envolvidas
Portando, generalizando: Sabe-se que, tanto a constante cinética como as constantes de equilíbrio adsorção-desorção,
dependem da temperatura. Mas, a constante cinética também é função da energia de ati-
(i) Os numeradores apresentam um termo igual à constante cinética. Costuma-se chamá- vação, seguindo a equação de Arrhenius, enquanto as constantes de adsorção-desorção
lo de termo potencial da reação catalisada. dependem do calor de adsorção ou desorção respectivamente, que são exotérmicas. Por-
(ii) O expoente n no denominador representa o número de sítios ativos envolvidos na tanto, partindo da equação 3.10.26, por exemplo, têm-se que 10 :
etapa, ou seja, .o número de sítios ativos que participam da reação.
(iii) Os denominadores representam a contribuição das etapas que se encontram em equi- k = k,exp(— E/RT)
líbrio. Não aparece a pressão nem a constante de equilíbrio da etapa limitante.
K =K ;o exp(MI,/RT)
3.10.6.2 Modelo cinético de Eley-Rideal
Este modelo é de certa forma decorrente do modelo anterior. Por exemplo, na reação Onde A í1 < 0
catalítica em fase gasosa:
Se a taxa catalisada é:
A (g)+B(g)-3P(g)+R(g)
ria, = k« exp (E., /RT) 3.10.27
O modelo de Eley-Rideal assume que somente um dos reagentes (e, portanto,
somente um dos produtos) sofre adsorção no sítio ativo, o outro permanece em fase gasosa. e igualando-a a equação 3.10.26, após substituição das respectivas constantes cinética e
Uma representação esquemática é mostrada na figura 3.10.14. de adsorção – desorção, tira-se que a energia de ativação aparente é igual a:
O
E _ E – A H, + OHR 3.10.28
Figura 3.10.14 Modelo de Eley-Rideal. A determinação das constantes é muito parecida com os métodos anteriores, já desenvolvi-
dos, tanto no método integral como diferencial. Graficamente, obtém-se uma solução fácil,
transformando a equação da taxa. Por exemplo, para uma reação monomolecular, irrever-
Ou seja, não haveria adsorção de B e de R. Assim sendo, tem-se da equação 3.10.23 sível e de primeira ordem, equação 3.10.22, onde a reação é a etapa limitante, e conside-
rando que tanto o reagente como o produto estão adsorvidos e em equilíbrio, tem-se:
r = kOA p B 3.10.25
Onde: 1 1 KR pA
pR= 3.10.29
K R =O kKA + k P"+ kKA (–rA )
KR=O
Colocando-se em um gráfico obtém-se a figura 3.10.15.
162 I PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPITULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 163
Solução
OH
+ H2O
A—,R+S
Fazemos uma análise em cada componente para verificar se eles estão ou não
PA adsorvidos sobre os sítios, com base nos resultados da tabela.
Figura 3.10.15 Determinação dos parâmetros. (i) Em relação a A
Partindo da equação geral, considerando só a adsorção-desorção de A e mantendo cons-
tantes as pressões parciais dos produtos:
Exemplo
kK A PA
E3.10.1 Dados experimentais foram obtidos em laboratório, conforme tabela abaixo. As r=
(1+K ApA+ K R pR)
conversões foram em torno de 5%, portanto, considera-se o reator diferencial. A reação
seria Pelos dados da tabela:
1 3,3 _1 1
A reação é feita com catalisador. Sugira a taxa de reação, considerando que haja 2 1,05 5 1 1
adsorção-desorção e reação química, sendo esta última limitante. Tente estimar a cons- 0,565 6 1 1
tante de reação utilizando alguns dados da tabela, admitindo que as constantes de
adsorção-desorção dos produtos sejam aproximadamente iguais 5. Nota-se que se PcH- = PHZo = 1 e portanto:
• Aumentando a pressão PcH em 5 vezes, a taxa cai 3 vezes.
• Aumentando (experiências 2 e 3) a pressão 1,2 vez, a taxa cai =--2 vezes.
móiesli • Auméntando (experiências 1 e 3) a pressão 6 vezes, a taxa cai 6 vezes.
1. 3,3 1 1
2 1,05 5 1,
1 Portanto, aumentando a pressão, a taxa não é diretamente proporcional, mas
3 0,565 6.
inversamente proporcional, porém não igual, o que significa que A estará no denomi-
4 1,826 2 5
5.
nador, no termo de adsorção-desorção. Portanto, estará fortemente adsorvido.
1,49 - 10
6 1,36 3 6 5
. (ii) Em relação a S (H2 0)
7 1,08 3 10
-
164 PARTE 1: CINÉTICA i M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES i M. SCHMAL 1165
• Aumentando a pressão 2 vezes, a taxa praticamente não se modifica (1,3 vez). Por- PR = Ps = 1,0
tanto, sua adsorção é muito fraca, mas cai levemente, o que significa que poderia
estar no denominador, mas pode ser considerada desprezível frente a adsorção de A. Logo,
R SD N P
1 3,3 `. 1 .;1 0.9999 0,10095
8 0,862
: 10
1
4 1,826 5
2 5- 1,49. ' 10.. .
Pelas experiências 1 e 8
• Aumentando a pressão 10 vezes, a taxa cai 4 vezes.
Pelas experiências 4 e 5
• Aumentando a pressão 2 vezes, a taxa cai 1,2 vez.
Pode-se concluir que o termo R está adsorvido, mas comparado com a adsorção
de A esta adsorção é mais fraca, embora maior que a da água. 0 2 4 6 8 10
Observa-se que todos os componentes estão adsorvidos e que as adsorções dos PA
produtos são mais ou menos da mesma ordem de grandeza, fracamente adsorvidos. A — LinearFit of Datal A
Logo, admitindo que a reação é irreversível e de 1° ordem, e que seja a etapa limitante,
obtém-se da equação 3.10.22: Figura 3.10.1 Representação da equação E3.10.2.
kK A PA Onde:
r E3.10.1
(1+KA p A+ K R pR) c*=cy_+dy 3
a*=a+c*
ou rearranjando vêm:
KR KS a*=0
PA
1 +I
PA + PR + — PR = E3.10.2
kKA kKA kKA r
kb ^r b =1,146 x 105
a c d
k=1/b=8,72x10 -6 (L/mol)s -'
. a+by,+cy 2 +dy 3 =X
Consideremos as experiências:
3.10.8 Reações heterogêneas não catalisadas
As reações heterogêneas não catalisadas são aquelas reações em que o sólido participa da
reação na presença de um gás reagente. Estas reações são muito importantes nas regene-
rações de catalisadores, onde o coque ou o carbono formado sobre as superfícies desativam
o catalisador, bloqueando os sítios ativos. E o caso da queima de particulados diesel, pro-
veniente da exaustão dos escapamentos de caminhões, devido à combustão incompleta de
diesel, eliminando uma grande quantidade de partículas finas de carbono, criando um sério
problema ambiental.
166 1 PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1167
Há vários outros casos onde o sólido participa da reação como a eliminação de H2S Há duas etapas importantes:
gtiè se faz através reação com ZnO. Este óxido vai se transformando em sulfeto, e eviden- (i) Difusão de gás (0 2 ) através da camada reagida (cinza) até a interface.
temente depois é descartado. Alguns exemplos típicos: (ii) Reação na interface, com formação de produto com difusão.
1. Queima de coque formado sobre catalisadores: No balanço mássico de gás (02 ), tem-se 6,7
d r2 dCo, 3.10.35
=0
dr dr 1
r = Ro Co. = Clo, lo
r– `interface -) CO, = 0
Obtém-se:
1 1
Coz _ _R r 3.10.36
C[o:lo 1
R Ra
(iii) Reação na interface, com formação de produto com difusão. Dessa expressão tira-se a variação do consumo de carbono na interface, ou seja:
a) Fluxo de oxigênio na interface dR_ r^
dt (pcs *) 3.10.39
Derivando a equação 3.10.36, obtém-se:
Balanço em relação ao carbono/gás (0 2) na interface
t
C[o,l o
—D dCO' r2 =–D 3.10.37 Sábe-se que para cada mol de oxigênio que reage sai um mol de CO 2 :
dr nterface 1 1 2
IY
R Ro
[Taxa de desaparecimento de C] = [Fluxo de 02 na interface]
1,0
r = —Mo 2 =D C[0 Z lo
3.10.40
Ro
dR = D C[0,],
3.10.41
dt 1 1
(pcs) R Roi
3
l2 Ra t (pc E (
Rlt) R 0
IR I +2 I 3.10.42
6DC)1–3r 0) \ RO J
Figura 3.10.17 Concentração de gás através do sólido. [0=10
Definindo a conversão 6 :
d(4/37c R' p, E*)Co,
(4tr R2) = –D 3.10.38
dt x–(4
(4/3)7(12 3 = -3.10.44
Onde:
r= taxa de reação de carbono por unidade de área (g/m2 x min)
= densidade (g/m3)
pc
e* = fração de carbono
D = coeficiente de difusão
170 1 PARTE 1: CINÉTICA M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA DE REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 171
O[1–3(1–X)2"+2(1–X)] 3.10.45
6( CD 1U ±lo
Exemplo
Có versão x
0; ..
0 0
2 4:
0,00054
6 8 0,00238 0 50 100 150 200
10 -15 0,00572
t(min)
16 -30 0,01086
25 45. 0,01821 Figura E3.10.2 F (X) versus tempo (equação 3.10.45).
38 60' 0,02839
55 80 0,04242
70 120 0,06215 O coeficiente angular nos permite determinar o parâmetro r3
90 150 0,07533
130 200 0,09211 DC1o=10
(pg *) =4,914x10 -4
Calculando pela equação 3.10.45, vem:
Logo: Estas reações são muito importantes, pois ocorrem em diferentes formas. A presença de
íons nas soluções pode afetar sensivelmente a constante dielétrica do solvente. Estas reações
são muito rápidas devido a eficiência na energia de transferência, principalmente devido ao
x
6DC10210 choque entre as moléculas, e a pequena distância entre as moléculas na fase líquida.
t =F(X ) E3.10.2.1
(PcE) Ró Existe ainda o efeito do meio ácido na solvatação, devido a formação de complexos
e a transferência de prótons. Um exemplo clássico:
Obtém-se a figura E3.10.2:
CH3I + Cl- - CH3 C1+1 -
Onde:
ko = constante quando a solução a diluição infinita
6 Moléculas Y A. e yB = coeficientes de atividade de A e B, respectivamente
XAB* = coeficiente de atividade do complexo ativado
Cl- ions
Energia potencial
co
T
O grande problema é como calcular a cinética dessas reações. Existem várias pro-
postas mas uma é a teoria das colisões de gases, pois são da mesma ordem de grandeza. Barreira energética
As colisões repetem-se com muita frequência, portanto são múltiplas colisões. Estima-se À Nível energético dos reagentes
que as distâncias entre as moléculas na fase líquida são aproximadamente iguais, enquanto AH' -a Entalpi a de reação < 0
que na fase gasosa são bastante diferentes. Existem, por outro lado, forças repulsivas além
das atrativas, mas o importante é que para que a reação ocorra é necessário ultrapassar a Nível energético dos produtos
barreira energética Eb. Diferentemente das reações em fase gasosa, as colisões na fase
líquida são 10 a 1.000 vezes maiores, mas dependem de outras propriedades como, por
exemplo, a viscosidade. Decorrer da reação
A formação de radicais é também importante, já que elas não se encontram em Figura 3.11.1 Energia de barreira.
equilíbrio e portanto possuem grande capacidade energética e maior grau de liberdade que
permite ultrapassar facilmente a barreira energética, mas é bem inferior quando comparada Em geral estes coeficientes de atividade não são conhecidos termodinamicamente e
ao estado de equilíbrio. A colisão das moléculas favorece a formação desses radicais que podem ser determinados por analogia com os dados existentes para os compostos, a menos
em fase líquida é muito mais numerosa. Por outro lado existem problemas difusionais que dos complexos ativados. Por outro lado, usa-se a teoria das colisões para determinar a
em certos casos podem ser limitantes no processo. constante cinética e obtendo-se 7,14:
Já vimos anteriormente que nas reações fotoquímicas ocorre uma etapa de iniciação
devido a absorção de um fóton, favorecendo a quebra homolitica e formando dois radicais q' J87tNo /1.000
logrou k = logro ko + 2 z A z B 3.11.3
livres. Na fase líquida estes radicais são vizinhos e podem recombinar-se ou combinar-se 2
(
k )
B T c' ''2 ^
com outros radicais ou moléculas.
Onde:
zA e zB = cargas dos íons A e B, respectivamente
3.11.1 Soluções líquidas
q = carga do elétron
Procura-se relacionar os coeficientes de atividades dos íons com a composição, a constante e' = constante dieléctrica
dielétrica, sob condições determinadas de temperatura. A teoria mais indicada é a de kB = constante de Boltzman
Debye-Hückel, para soluções diluídas. Esta teoria não é válida quando as concentrações g = força iônica
são grandes.
Faz-se uma certa analogia com a teoria do estado de transição, para prever a influ- Esta força iônica depende das concentrações dos reagentes e da carga dos respecti-
ência da força iônica sobre a constante cinética. O modelo é o mesmo que já apresentamos vos íons. Usualmente pode ser expresso pela equação 7.14:
para a teoria do estado de transição. Forma-se um complexo intermediário (figura 3.11.1),
conforme reação:
µ= 2(^I Cf] z 2)
A(,) + B(,) AB k' + R 3.11.1 Onde:
[C;] = concentração molar do componente
Não faremos a dedução, e detalhes podem ser vistos no livro de Hill 7, mas de acordo
com esta teoria a constante cinética para uma reação bimolecular seria dada por:
Quando a solução é diluída podem-se calcular as constantes acima a 25°C e o valor
k = ko
YA Y B da equação 3.11.2 é determinado. Logo,
3.11.2
AB
1og,o k =1og, o ko + 2z A z B 0,509 . 3.11.4
174 1 PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES ( M. SCHMAL 1 175
Neste caso a constante kl não depende da força iônica, ou seja, para qualquer valor de
b m+ ZA ZB ~ (-)
g a constante kl apresenta o mesmo valor. A tabela E3.11.1 mostra que os valores de
kl são aproximadamente os mesmos.
Existem outras variáveis importantes que podem afetar as constantes cinéticas em logo, a equação fica:
particular o efeito da pressão. Quando a pressão é baixa não afeta, mas quando é alta, a
taxa pode aumentar ou diminuir, dependendo do volume do sistema. log10 k = log,B kB - 2 x 0,509
Exemplo
Substituindo-se os valores, vem:
E3.11 A reação 7: Quando g = 0, k2 = 19. Logo, ko =19k 0 e Iog, 0 ko =1,278 .
Portanto,
H,0 2 +2H*+2I - - 3 2 H 2 O+I 2
ü
log,B k=1,278-1,018
Observou-se a seguinte taxa a 25°C:
Para os demais valores da tabela e figuras E3.11.I e E3.11.2, calcula-se k2, ou
r= k,[H2O,]CI- ]+ k 2 [A*1-k,[H 2 O 2 ][1 ][H seja:
20 - Ao contrário do caso anterior, esta reação não envolve elétrons e, portanto, não
18 -
há repulsão. As moléculas polarizam-se e possuem um alto grau de solvatação num sol-
vente polar.
16 A taxa ou constante cinética segue a teoria de Brõnsted-Lowry e é função dos íons,
em particular do íon hidrônio, que é a conj ugaçáõ-do próton com a água. Depende também
N..
..• das concentrações dos ácidos conjugados. Sua expressão é7:
^ro
'r- Experimental k=ko +k y, [113 O1+koH _ [ OH - ]+ ^ kf [HX i ]+ 1, k, [X ; ] 3.11.6
(on hidrõnio Outros ácidos Outras bases
8
Calculado Esta constante depende da temperatura, e principalmente do pH da solução.
6 Quando são ácidos e bases fracas, pode-se simplificar, ou seja:
0,00 0,05 0,10 0,15 0.20 k=ka +k 0, [H3 01+kOH _ [OH - ]+kHA [HA ]+kA _ [ A - ^ 3.11.T
Força iónica
A contribuição dos termos depende das condições experimentais e, dependendo do
c caso, podem ser desprezados e simplificam-se. Assim, quando um ácido é fraco, como por
Figura E3.11.1 Constantes k2 calculadas versus exemplares em função da força iônica. exemplo CH3COOH (HA- neutro) e sua base conjugada-CH 3 000- (A-), tem-se no equi-
líbrio que: rH _ K [HA ]
K, [Al 3.11.8
20
8 10 12 14 16 18 20 k
k2 Experimental
kBA + k„
[HA ]
3.11.2 Reações ácido-base
Essas reações se dão por transferência de prótons. As espécies protonadas ou não proto-
nadas ou talvez intermediárias reagem a seguir com os outros componentes da reação.
Segundo Brõnsted ocorre o seguinte esquema reacional:
KX + Y ----> HY +X 3.11.5 [HA]
X
Acido de BrOnsted Base conjugada Ácido conjugado Acido Figura 3.11.3 Dependência de k' com a força ácida.
178 i PARTE 1: CINÉTICA i M. SCHMAL
CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES M. SCHMAL 1 179
3.12.11
— dA =k, C., 3.12.1
dCP
' =kC
,A —k 2Cp 3.12.2 Assim, tendo os valores experimentais das concentrações Pi e P2, determinam-se
dt Consequentemente
os correspondentes valores de e (p PZ n 'n, e calculam-se Kl e K2.
determinam-se os valores de OP ,,,. e OP n. e finalmente as constantes. Nota-se que os
dCP
k2C —k3C 3.12.3 valores máximos dependem da relação entre as constantes cinéticas, portanto dos valores
dt
de K2 e K1, conforme tabela abaixo:
dCP
= kC, 3.12.4 Tabela 3.12.1 Constantes cinéticas
dt
moi. ! y
E, analogamente (p P ,(p 1, , e (pi, , usando sempre como referência a concentração como no primeiro
Os resultados mostram que se a velocidad e de reação k2 > k1,
inicial CA O . Adimensionaliza-se também o tempo: O = k l t, Substituindo estas novas variá- P2 é rápida
caso, a concentração máxima de P2 é menor, indicando que a transformação de
veis e considerando a condição de contorno que no início da reação só existe reagente e que a etapa limitante da reação é de Pt para P2. No segundo caso, ambas as etapas são
puro, obtendo-se as seguintes soluções integradas: limitantes e somente a transformação de A para PI é rápida. Os tempos máximos dependem
das velocidades nas diferentes etapas.
(PA = 3.12.6
". i !d....k..:w ,•.+.•.4f. •io-• éMe•S: 'BGhYVS.^etxk9RCYAfM.piYr3 ,çFy;..í? +a;2e ? 17i1Sdi^11Ffi:'
CA, CAo
A +B2 PZ
Com esta relação pode-se expressar a equação acima em função de (pP .
s Como O = klt e conhecendo as concentrações dos produtos PI e P2, determina-se
Sendo PI e P2 os produtos finais e desconhecidas as constantes kl, k2. Ki e com a equação 3.12.19 a constante kl.
As taxas correspondentes seriam:
Exemplo
dCA =
k i CA – k 2 CA CB 3.12.13
dt E3.12.1 Seja uma reação do tipo em solução diluída. As concentrações dos produtos
foram medidas a 40°C e encontram-se na tabela a baixo 7,11 :
k , C A CB, 3.12.14
ddi
dt = A+H2 O- k' P
Onde: A + B, P2
CA + Cp + Cp = CAO 3.12.15
,a
As concentrações iniciais de A e B2 são iguais a 1 mol/L. Determine as constantes
CBD + C, = C8 3.12.16 cinéticas kI e k2.
Tabela E3.12.1
Adimensionalisando e dividindo as equações 3.12.14 e 3.12.15 e integrando obtém-se: f, (^7n) .'' 1,41 2,9 7,6 . 19,4 43
2 mollLj 0,117 0,2 0,35 0,46 0,49
cpA = (1- N)+q 8 +[R/K,)ln ((p B, /N) 3.12.17
Onde: Solução
Logo,
K,=R
In (1-
N 3.12.18 Logo, pela equação 3.12.18:
¡l
I(Pr -1)
K = 1,42
Podemos, assim, determinar a concentração de B2, substituindo a equação 3.12.18
na equação 3.12.17 e na equação 3.12.14. Integrando, obtém-se: Integrando 3.12.19, vêm:
wB CAo kl = 2,57
dtPB,
CA Oe=-f 3.12.19
0 K(pB, f^1–N) +cp B1 +(R/1c,)ln/N
(9, 2 ll kl = 2,57 min -1
)1
k2 = K kl = 3,65 L (mol- 1 min 1)
1 CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 183
182 1 PARTE 1: CINÉTICA M. SCHMAL
A figura E3.12.1 mostra os valores de (P P, versus t da tabela E3.12.1 e a figura Caso 3: Reações irreversíveis de primeira ordem tipo série-paralela 11 :
E3.12.2, a função da equação 3.12.19.
A +B P, onde ko constante cinética
Integration of Data 1_B from zero:
i=1>10 P,+B ^Pz kl
x=0>0,49
Area Peak at Width Height ..................
t (min) dC
di
—•_ A =kn CP_C B 1 CP_CB 3.12.22c
dt
Figura 3.12.1 WP2 versus tempo. dCP
' CB 3.12.23d
dt –
120
sendo,
100
60 Como para cada molécula de PI consome-se uma molécula de B e para cada molécula
de P2 duas moléculas de B e assim por diante, o balanço global em relação a B será:
40
As equações 3.12.20-24 são transformadas, e resolvendo vem: Conhecendo os valores experimentais de CA , Cpi em função do tempo tma^, pode-se
calcular (PPma, e consequentemente as constantes cinéticas separadamente.
dcp, (P,;
=K -- 1 3.12.26 Para determinar o tempo de reação t parte-se da equação 3.12.26 e, e substituindo
d(pa ' PA (fia em função de (ppi . Obtém-se finalmente:
-1)
demais componentes.
Ki k, r
(PP _ [(K,—K,)(pA–(1–x,)(p' +(l–K,)(pa'] 3.12.30 Ede
(1-K, )(1-K2 )(K, -K, ) E, = 3.13.1
e ( ks r )
depois decresce. Pela condição de máximo, deriva-se (PPi+I e iguala-se a zero. aT 3.13.2
( K
= e (kár) 3.13.3
af
(PP.ar — KI)
/^
3.12.32
Para o presente caso calcula-se ã função de partição, obtendo-se a seguinte
Observa-se que (pPimaz depende somente da relação entre as constantès cinéticas Kl.
expressão:
Analogamente, (ppi+1,,, será determinada em função somente das relações K.
186 Í PARTE]: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES Í M. SCHMAL 1 187
Translação Rotação (2) A função de partição para uma molécula diatômica pode ser determinada com a
Vibração (1) seguinte equação:
q; = coordenadas do átomo (q t , q2, q3) = qlx, qty, qlz •••• cr = (7/2)k B T +Ua 3.13.12
Pi = momentos relativos (x, Py, Pz) PI x, Pty, Plz
r °.•4PoR .:.ti b.. 4.••s_nJ'.'. e ?, h •:... ii: _. aPd^S;P'.f^P°Y "- '
Nota-se que esta expressão contém a contribuição da energia de translação do centro Assim, o número de moléculas por unidade de volume que passam a um novo estado
de massa [3/2k 8 T], do movimento relativo dos átomos devido à vibração harmônica 1,m após a colisão. representa a taxa de transferência de energia. Esta taxa é proporcional
(kBT +UB ) e da rotação k B T. à probabilidade de colisão das moléculas na secção de colisão 6 passando para um novo
Esta expressão coincide com a energia determinada a partir da teoria clássica. A estado. Esquematicamente tem-se a seguinte configuração":
diferença no conceito quântico é que a posição e o movimento não dependem do tempo A taxa de colisão e representada pela variação do n° de moléculas por volume
como no conceito clássico, onde a posição é bem definida. Portanto, as funções de partição
no sentido mais amplo (quântico) não interagem. Logo, pode-se dizer que:
O
{ B
fp diaràmica = fp translação X fp ,ibração X fp roração O o
• • e •
Dos seis graus de liberdade, 3 correspondem ao movimento de translação do centro A A
de massa, um à vibração e dois à rotação. Antes da colisão Seção e e transferência Após a colisão
no estado j de energia com ângulo no estado 1, m
de inclinação
(n° moléculas espalhadas)
dnA
= G nA n B U A u B dS2duA duB = 6f (u )d u dt 3.13.14
dt
Admitem-se moléculas como esferas rígidas com diâmetros dA e dB, conforme
Consequentemente a energia do sistëma diatômico é função desses movimentos que
contribuem separadamente, ou seja: esquema:
Conforme Van Santen e Niemantsverdriet 14 a velocidade média é dada por Imo'1 8k6 T RT
3.13.21
µu^
g
flue z Brj u ' dudr
u= 3.13.16 Portanto:
zkBr
f f e^ *--dudr 3.13.22
Onde:
Logo, passando-se o logaritmo vem:
dr=d(cos0)dcp.
1nka kB +- E,
3.13.23
Portanto, a constante de colisão será: dT 2T RT2
3.13.18 Isto significa que, além da energia de barreira, a energia de ativação da reação
1rµ química, contém um termo que leva em consideração a energia de distribuição das molé-
culas, devido à colisão, representado pela constante de Boltzmann e a temperatura. Isto
Nota-se que a taxa de colisão (r ol) é diretamente proporcional a temperatura T I/2 e explica o diagrama de Lennard-Jones, representando a variação de energia com o decorrer
a pressão P2. _
da reação. Os reagentes no estado inicial tem uma energia potencial num patamar diferente
da energia dos produtos no estado final. A energia de ativação deverá ser maior que a
O número de colisão de moléculas é muito grande e nem todas as moléculas reagem.
energia de barreira para passar ao estado final. Somente aquelas moléculas que após a
Neste processo de colisão haverá transferência de energia. Esta energia é necessária e distri-
colisão possuírem esta energia mínima conseguirão reagir, as demais não.
buída uniformemente ao meio para manter o sistema energético total constante e, portanto,
uma distribuição uniforme de energia e temperatura. O equilíbrio térmico satisfaz a lei de
Boltzmann. A reação só ocorre quando a energia envolvida na colisão for superior a uma ^rsa€^cs
go4encaF Energia 6e ativação
energia de barreira Eb, que está embutida na equação de Arrhenius, ou na constante k^. Logo,
a taxa de reação de formação de produto R de uma reação do tipo A + B - R será:
B 3.13.19
Onde:
`RT J
k6 = k0e 3.13.20
Considerando a energia de barreira Eb na taxa de colisão teríamos uma expressão POrCISI'SO de MOÇÃO
Observa-se pelos resultados da figura 3.14.1 que não é uma linha reta e que para
Portanto, a constante experimental e inferior a constante calculada, indicando que
temperaturas mais elevadas há efeitos difusivos. No entanto, considerando os valores a
grande parte das moléculas que colidiram não reagiram, já que a sua energia não foi temperaturas entre 50 e 200°C tem-se uma linha reta (figura 3.14.2), correspondendo a
suficiente para ultrapassar a energia de barreira. Nota-se que a constante ko é da ordem uma energia de ativação de 23.400 cal/mol, satisfazendo o regime cinético. Acima desta
de 10- 10 , portanto muito próxima da constante k0 da equação de Arrhenius, ou do fator
temperatura há efeitos difusivos.
de frequência. Isto comprova que este fator de frequência é função da colisão das molé-
culas no sistema.
1/T 1/T
3.14.2 Mostre que a taxa do produto formado de uma reação autocatalítica do tipo: A constante de equilíbrio a 25°C é igual a 1725. A conversão é igual a 90% da con-
versão de equilíbrio. Introduz-se 0,36 L/h de reagente puro com concentração inicial igual
a 0,2 mol/L num reator de 0,5 litro. Admite-se uma cinética de primeira ordem direta e
A + B k '— B+B reversa. Calcule as constantes direta e reversa.
É dada pela seguinte expressãp:
Solução
Onde: 2A R
C X A ck
2C6H5 NCO C6H5N N C6H5 T (t) = CAO J0 YA
C
O
^ 1^!i°át^.. n^a•.'3 v°.. ..... a :^*e^ai?•as._ .da+$,^. 9^^>°. t.^ ï tir 4's'_^Jlr-^
1
196 PARTE 1: CINÉTICA M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 197
Após 50 minutos a pressão total do sistema foi de 3,3 atm, sendo a pressão inicial
Daí tiramos:
igual a 2 atm. Como a variação de volume Av = 2 - 1 = 1 e a = 1, vem:
k1^
= 2,207 pA =1,8-1(3,3-2)=0,5
XAQ
V
Como T = — = 83,3 min. Logo, calcula-se a conversão:
.a vO
X = PAO - PA =0,72
Logo, A
PA O
-2
k=1,89x10 min -` Se a reação é de primeira ordem, a taxa será: (-ra )= kC, = kCAO (1- X ,) , pois o
sistema é a volume constante.
Substituindo a taxa na equação do reator batelada e integrando vêm:
H,C — CH2_ CH,+ CO
dX A
O t=Cao
kCAO( 1-XA)
k'=1,51x10 -- min -'
-In(1-XA )=kt
Substituindo a conversão com o tempo correspondente, obtém-se a constante:
3.14.4 A reação abaixo é feita em reator batelada e em fase gás. Introduz-se o reagente k = 0,0256 min- I
com 10% de N2 a 2 atm e 450°C, quando se dá o início da reação.
Na 2a parte, admite-se um reator fechado, tipo pistão, onde a pressão é constante e
Após 50 min a pressão atingiu 3,3 atm. A reação é irreversível e de primeira ordem. há variação de volume, e devido a expansão do gás, o volume é variável. Logo,
Calcule a constante cinética.
Se fosse feita num reator fechado (pistão) qual seria a variação de volume, man- V =Vo (1+e A X ,)
tendo-se a pressão a 2 atm e considerando a mesma conversão do item anterior? Calcule
a concentração inicial.
Calcula-se o fator de expansão:
Solução
A — *R+S
A reação é do tipo:
r aís`z_; ''-A§%]
A — *R+S Início 0,9 0 0 0,1 1,0
Final 0 0,9 0,9 0,1 1,8
198 1 PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 199
Cálculo de CAO:
Súbstituindo os valores de vdlume inicial, fator de expansão e conversão, vem:
= y, O PO - 0,3x10
=4 57x10 -2 moles/L
v=0,1 (1+0,8x0,722)=0,157 L CaO
RT 0,082x(273+527)
Sendo o fluxo total na entrada igual a 7,2 moles/min. A energia da ativação é igual Cálculo de E
a 30 kcal/mol. Com estes dados calcule as constantes e comente os resultados. Não há
A---> 2R +1/2S
difusão limitante. Qual é variável que deve ser calculada.
70% A F,=7,2 moles/min A R S Inerte Total
Inicial 0,7 0 0 0,3 ' 1,0
30%I 0;35 0,3 2,05
10 atm, 527 ' C Final 0 1,4
4X A +
A)Z X,+41n(l-X4)=tk CA°
(
r )= kC- (1 X (1-X ,)
(1+E,XA ) -
Substituindo os valores da tabela, determinam-se os valores de k, conforme tabela
Substituindo a taxa na equação do PFR:
acima.
Os dados para os primeiros dois valores mostram que a constante cinética a 800 K
f' (1+E A X A ) 2 é constante e igual a 5,85 x 10-2 (L/mol x min). No entanto, como não há efeitos difusivos,
TC = J dXA provavelmente houve engano na leitura da temperatura de reação. O 3° resultado é 10
"° ° k(1-X A ) -
vezes maior, portanto, calcula-se a temperatura, sabendo que a energia de ativação é cons-
tante e dada. Logo,
-(Eixr)
k = k°e
200 PARTE]: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES M. SCHMAL 1 201
Calcula-se inicialmente a constante ko, pois para a temperatura de 800 K o valor de A taxa de desaparecimento de A será:
k foi determinado igual a 5,85 x 10- 2 . Sendo a energia de ativação conhecida E = 30.000
cal/mol, vem: — r, = k, [A ]+k, [A ][H]+k 4 [MR ][A ] E3.14.6.1
ko = 8,25 x 106
H. =k,[A ]-k2[A ][H]=0 E3.14.6.2
Logo, como a constante para o 3° valor foi de ko = 5,85 x 10- 2 , vem:
30.000 k
-(E'RT) [H]= E3.14.6.3
k=kae =5,85xl0-2 =8,25x10 6 xe 2T 1
Teste os dados abaixo para determinar a constante cinética, admitindo-se uma reação Substituindo a equação E3.14.6.6 em E3.14.6.7, vem:
irreversível. Compare com o mecanismo global.
Despreza-se o primeiro termo desta equação que representa a taxa inicial. Esta taxa =k
-r) CM =kcaa(1-X A E3.14.6.13
é rápida em relação a etapa 3. Portanto, pode-se escrever a taxa de desaparecimento de A
da seguinte forma: Substitui se igualmente esta equação para o reator batelada e integrando obtém-se:
I2k [A]
r, = k, [M]. E3.14.6.9 2X4
^I s =kCY2 r E3.14.6.14 V
l-X ,, °
Nota-se que a concentração do- reagente [A] está dentro da raiz e pode variar com
Com os dados calculam-se as constantes, conforme tabela E3.14.6.
o tempo. A concentração do monômero M indica que a reação em relação a ele é de pri-
meira ordem. Tabela E3.14.6 I;
Os dados abaixo mostram como o reagente [A] varia com o tempo
s)k
640 .750 830 -0 0,8740 O
i(s) 0- 350 400 - 500
0,478 0,432 0,382 . 0,343 350 0,5100 0,416476 0,002333 0,003813
[A] 0,874 0,223 0,510
400 0,4780 0,453089 0,00237 0,003873
500 0,4320 0,505721 0,002341 0;003826
A taxa de desaparecimento de [A] segundo a equação global é de 2a ordem, ou
640 0,3820 0,562929 0,002303 0,003763
seja: 0,3430 0,607551 00,002362 0,003859
750,
830 0,3240 0,629291 0,00234 0;003824
RSH + CH2 = CHR ' ` - RSCH2 -C HR' Valor médio 0,002341 0,003826
A +M— >MR
Nota-se que a constante para uma cinética global é de 2,34 x 10-3 L/mol x min. Para
A taxa: uma cinética real do modeloé praticamente o dobro, ou seja: 3,82 x 10-3 L/mol x min.
rA = k[AI [MI = k[A ]2 = kC; E3.14.6.10
XA
= kCAO I E3.14.6.12 Substituindo na equação do PFR, vem:
XAi
¡"(I+£,X.4]2.4
Verifica-se também a equação E3.14.6.11 admitindo-se proporcionalionalidade: iCA° o
k(l-X j 2
rA = k[A 0 [M]
-. . . .:.. V.. .o
rr•n .
t^, . yf" ?a^^s+^,v:.?AY+ r.`,^^. ^r ^• ,ï.,
,^ .°ti, , ^°,t. 4, .:.rr :..^ a;• rn...
'A .03 > ^ r ° ^^ ..a.o..,, s":'a.
"rS' ^e -2,T h 3
,fia
0,05
r3 K.e^
^ ^,.r^'
!^t^`^.$^
h• ,
•r
0,05
MRIDMcf?0,137 a
0,0795
Pela tabela E3.14.1 calcula-se as constantes que na figura E3.14.1, permitem calcular
a energia atual.
0,00757 0,15 ' 0,413 0,0798
0,00352 0,2 0,550 0,0801
0,00155 0,25 0,688 0,079
k (médio) = 0,0798
ro (moles/L min)4,9 x 10-a 6 x10-5 1,1 x 10- 2 4 x 10-3 2,2 x 10-2 1,18x10-1
1,82
CAD(moles/L) 0,2 0,06 0,020 0,05 0,08 • 0,1 0,06 0,00112 0,00120 0,00128 0,00136 0,00144
T(K) 700 700 750, 800 850 900 950 1R (K)
Determine a ordem de reação, a energia de ativação e as constantes para cada - A -D a t a ] , " .,
temperatura.
Figura E3.14.1 Determinação da energia de ativação.
206 1 PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 207
Ou,
XA XA
r= kC' XAe 1- K E3.14.9.3
3.14.9-Unia-reação reversível em fase líquida é feita num PFR ideal, conforme reação:
XAe XAe
A +B R
Onde:
As constantes cinéticas não são conhecidas mas a constante de equilíbrio é igual a X
K==
10 1/moi. Sabe-se que a conversão de saída do reator é de 70% da conversão de equilíbrio. XA
As concentrações de A e B são iguais a 2 mol/L cada e a vazão de entrada total é igual a
0,2 L/min sendo o volume igual a 0,1 litros (diferencial). Calcule as velocidades específicas Esta é a taxa de reação em função da conversão. Substituindo a equação E3.14.9.3
direta e reversa. na equação do PFR:
ca,
A
Solução T = CA o J E3.14.9.4
o r
A taxa resultante é igual a: r = kCA CR – k CR
Mas para concentrações equimolares, tem-se: r = kC,; – R
Obtém-se após integração, a seguinte solução:
Em função da conversão:
KCA O = Ke = 20 Onde:
K
k' = (K—1) kC XA, E3.14.9.6
o=[((1— X A j)z XAe
20 )]
20X 2 -41X Ae +20=0 A conversão final é 70% da conversão de equilíbrio: XA = 0,7X Ae = 0,56, sendo
XA
Obtém-se: K = X" = 1,56 e = 0,7
XÁ, XAe
XAe = 0,80 e X 'A e = 1,25
r f.P.v+.; ;,•.,N ?!,;:;,. ,t 'P,C^! RY.'L1Y
e .: f ;,..,r {..?^.bFd:•i b:r ;
»
Logo, Onde:
[S]
lt = l-tma
[S]+ K Mo,,
* Logo,
In =0,608=k r `- S C
r^ =g.. [S]+K
K M,,
Ou seja:
v [Si+nMon [S][C]
Mas, ti=— =2
vo ltm^ r
Numa forma mais conveniente, vem:
0,608 = k*ti
i KMon + 1 = [C]
Portanto, ltm, [S] -
! t m^ r
o,so
Substituindo os valores, vêm: 0,45
0,40
k = 3,57 L/mol min 0,35
0,94915
0,30
k' = 0,178 min- 1
0,25
3.14.10 Uma reação biológica segue a equação de Monod, cujas constantes são desco- Conc.Celulas - C
nhecidas. A partir dos dados da tabela, determine-as. --r--B - - - Data1_B
Solução
A taxa para o crescimento das células é dada pela equação 3.9.27:
Logo,
rc = µ[C]
210 Í PARTE i: CINÉTICA Í M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 211
3.14.11 Na fermentação foi consumido oxigênio a 28°C. Os dados da tabela foram 0,045
obtidos a 23°C. A taxa segue a equação básica de fermentação. Calcule a taxa máxima
a 28°C. Usando meia-vida calcule a constante Km
0,040 -
Solução
0,030 -
Os dados são mostrados na figura E14.11.1. Partindo-se da equação 3.9.17 vem, conside-
rando um mol de oxigênio é consumido/mol de substrato:
0,025
1 _ KM 1
+
—a2) V.k Po2] V
0,020
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
Colocando os dados na figura E14.11.2, obtêm-se os valores:
(1 Pz )
._.. D Datal_D
V = 0,01991 V,ne,, = 50,22 .
Figura E14.11.2 Determinação das constantes
V__ V.
portanto, Ú = 50,22
T T'' 296 = 51,7 02 = 0,52.
Com o tempo de meia-vidá, tira-se do gráfico: rol = 21,3 e a pressão 1'
A constante é determinada: Conforme equação 3.916, vem: KM = [s] 2 = 0,5 2 .
K1 ente.
Este valor é muito próximo do valor obtido graficam
KM
=o 01107 Km= 0,565
"
50 a E, obtendo-se H2O e 02,
3.14.12 A decomposição da H2 02 é feita com uma enzim
42,5
segundo o modelo cinético enzimático:
40
H,02 + E [H = 0 2 El
30
E
E H2O2 + E
C H202E1
? 20
Solução
0,0140 -
Com este mecanismo obtém-se uma taxa igual a equação 3.9.13, ou seja:
0,0135 -
(–rs) = V ar [H 2O2
[ H 2 O 2] + K ,t7
–lln(1–XA)==–[H202 XA 0.0120 - n
t K7 Km t
sendo, .l ,
0.0115 1 i 1
1
1 1 1 1
0 2i
[H 2 0 – [ H 2 0 2] 0.0070 0,0075 0,0080 0,0085 0,0090 0,0095 0,0100 0,0105 0,0110 0,0115
XA —
[ H 2O 2]0
1.,05 0,94 0,75 são de segunda ordem respectivamente e são feitas num PFR a 500 K. Determine as cons-
tantes, sabendo que a conversão de A é de 53%, sendo o fluxo 0,181 mol/min e o volume
4
O coeficiente angular é -0,56468. Portanto, como [H 202]o = 0,02, então: do reator 0,5 litro. Introduz-se o reagente com 50% de inerte. A pressão total é de 10 atm.
Despreze a variação de volume. A seletividade foi de 70%.
KM = 0,0354
Solução
O coeficiente linear é igual a 4,01802, portanto,
As taxas: rR = k 1 CA
V max = 6,37 x 10- (moUL) min 4
rs = kz CA
z
V,,, =k3 E,
A taxas relativas ao reagente são:
= 3x6,37x10 -4 = 1,911x10 (moUL)min
-3
YR
Logo, o tempo para uma conversão de X A = 0,95 será: ( –r41) =
2
( — rA 2) =rS
t=^ °-]x X A — v a Cu(1–X A )
(—rA ) = 2+rS =I 2'+k 2 IC , =k ` C2
t = 189 min
214 I PARTE 1: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 215
k' =(z k, C 2 H5 Br C Z HS + Br
Br' + C2 H5 Br '=-> HBr + C 2 H4 Br*
Substituindo a equação da taxa no PFR e resolvendo obtém-se a solução (equação
3.6.8) C Z HaBr* k3 -> C2 H4 + Br'
; = k, [M] E14.14.4
R3 2k, LR,
T
216 1 PARTE I: CINÉTICA 1 M. SCHMA L CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES Í 217
M. SCHMA L 1
Ea = E, + E, + E3 - E4 = 27 k,00 =4
, 5 kcal/mol kao
2
Logo,
0,067
k80 = = 0,0167 min- 1
4
3.14.15 A reação de hidrodenitrogenação é feita num reator batelada a 100°C contendo
20g/l de catalisador CoMo/AlQ3 , obtendo-se os seguintes resultados: Com estes valores calcula-se a energia de ativação:
t (min) 0 5 10 20 30 40 50 ln (k / k ,
E=R¡
XA 0 0,30 0,50 - 0,73 0,85 1/
0,93 0,97 T ) =1,80x104 ca1/mol
l 80 m( 1 /g 100
T–R1n2
_ IOE r
3.15.2 A seguinte a reação foi feita num reator batelada para determinar a cinética:
Foram obtidos os seguintes dados experimentais: Como varia a energia de ativação quando ela depende da variação de entalpia, con-
forme equação:
t(s) 0 27 45
E=C–d(–A H ° )
--62 .79 93 105. 120._ _
Q(cm- 1 )
3,5 – . 0;352 0,646 0;813 0,969 1,12 1,26 1,40 -
Onde C e a são constantes. O que significa isto?
Admitindo uma reação de 2a ordem, sob condições isotérmicas a 25°C, calcule a
constante cinética, partindo-se de 3,6 x 10- a moles/m 3 .
3.15.6 Interprete os seguintes gráficos, explicando detalhadamente se há efeitos de trans-
ferência de massa. Mostre como varia a energia de ativação com a temperatura.
3.15.7 A reação:
Onde:
CH3 000C6 H5 +Na'OC 6 HS -> CH 3 000 - Na +2C6 HS OH
Km= constante de Michaelis
é feita num reator batelada e em fase líquida. Introduzem-se concentrações K1= constante do inibidor (k4/k3 )
equimolares de éster e fenolato igual a 30 moles/m 3 . Durante o aquecimento
houve reação e quando sé iniciou a contagem de tempo a concentração foi de Faça todas as simplificações possíveis, justificando.
26,9 moles/m3 , e a do fenol 7,42 moles/m3 .-Admite-se uma reação irreversível,
dada pela seguinte expressão:
+C 3.15.9 A reação (CH 3 )3 COOC(CH3 )3 2 H6 +2CH 3 000H3 é feita num reator
r k CACE, batelada, medindo-se a pressão total em função do tempo a 50°C. Dados:
CR
Sendo:
t (min) 0 . 2,5 5 10 15 20
CA = concentração do éster CH3CO00 6H5 P (mmHg) 7,5 10,5: 12,5 15,8 17,0 19,4
CB = concentração do fenolato Na+OC6H5
CR = concentração do fenol C6H5OH Escreva a taxa em função da pressão total, sabendo que a ordem é n.
Mostre a variação de P com o tempo e determine a ordem de reação
Foram obtidos os seguintes dados experimentais, retirando amostras em momentos Aproxime o valor de n ao número inteiro e calcule a constante pelo método
diferentes: integral.
E+S^ .k '' ES 3.15.11 Uma reação do tipo em série A R k' > S é feita num reator batelada.
As taxas correspondem a reações irreversíveis de primeira ordem. Sabe-se que a 50°C
E+1 k- El a relação
ES —A:2—> E + P k, = 3
k,
Onde:
e a 70°C é igual a 1,5. Calcule a concentração máxima de R, sabendo-se que o tempo
E = enzima
correspondente é de 30 min a 50°C. Calcule as energias de ativação e a seletividade
1 = Iniciador
máxima de R.
ES, E1= complexos
Prove que a taxa de formação do produto P é dada pela seguinte equação: 3.15.12 A hidrodenitrogenação é feita a 100°C e 60 atm num reator batelada contendo
20g/l de catalisador sob forma de pó. Foram obtidos os seguintes dados:
rP
_ [SI
[S]+K M ^[1+ [I ^ \ t (min) 0 5 10. 20 30 40 50
XA 0 0,3 0,5 0,73 0,85 0,93 0,97
K,k, ,
222 1 PARTE I: CINÉTICA 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 3: CINÉTICA E REAÇÕES 1 M. SCHMAL 1 223
Durante a reação são formados subprodutos. O Cl2 formado pode envenenar o cata- Cl
lisador quando a sua concentração for superior a 150 ppm. Observaram-se várias razões
,CH,
de C12/HC1 a diferentes temperaturas, conforme tabela:
+ CH3 OH + H' + CI-
.T(°C) 408 . 440 455
C12/HCI
4,0 1,7 x 10-
x 3,2 x 10-4
10- 4
Quer-se projetar um reator tubular com 0,15 m3 para temperatura de 450°C e pressão de A reação é feita em fase líquida num reator batelada a 25°C, coletando-se amostras
1 atm com fluxo molar de 41,7 moles/kseg de tetracolroetano. Pergunta-se: haverá de tempos em tempos, medindo a condutividade elétrica, conforme tabela abaixo. Intro-
enveneamento? duziram-se concentrações iguais de reagentes, sendo a reação irreversível e de segunda
ordem. Obtiveram-se os seguintes dados:
REFERÊNCIAS
3.15.17 A reação: etanol- dietiléter + água é estudada num reator diferencial, obtendo-
1. BAILEY, J. E., OLLIS, D. F. Biochemical eng. fundamentais. New York: McGraw-Hill, 1986.
se os seguintes dados. Utilizando a lei das potencial e separadamente a equação de LH,
determine a ordem de reação em relação a cada componente e se possível as constantes 2. BILLMEYER, F. Textbook of polymer science. New York: John Wiley & Sohns, 1984.
cinéticas e de adsorção-desorção.
3. BOND, C. C. Heterogeneous catalysis and applications. Oxford: Clarendon Press, 1974.
LH - Langmint-Hinshelwood 8. LEVENSPIEL, O. Chemical reaction engineering. 3. ed. New York: J. Wiley & Sons, 2001.
9. MASEL, I. R. Principies of adsorption and reaction on solid surfaces. New York: John Wiley &
Sohns, 1996.
3.15.18 A reação A -- R é irreversível mas catalítica. Com os dados abaixo, obtidos
a baixa conversão estime um mecanismo e proponha uma expressão de taxa tipo LH. 10. SATTERFIELD, C. N. Heterogeneous catalysis in industrial practice. 2. ed. New York: McGraw-
Hill, 1991.
11. SCHMAL, M. Cinética homogênea aplicada e cálculo de reatores. 2. ed. Rio de Janeiro:
` XR er çia` °r ,. affi m W ft'al clfles ri % Guanabara, 1982.
1 1,0 1 3,3 x10-5
2 5 12. SMITH, J. M. Chemical engineering kinetics. 3. ed. New York: McGraw-Hill, 1981.
1 :1,5 x 10-5
3
10 1 0,56 x 10-5 13. SOMORJAI, G. A. Introduction to surface chemistry and catalysis. New York: John Wiley & Sohns,
4 1- 10 0,86 x 10-5 1994.
.5 2 5 1,82 x 10-5
14. VAN SANTEN, R. A., NIEMANSTVERDRIET, J. W. Chemical kinetics and catalysis - fundamental
6 2 10 1,49 x 10-5 and applied catalysis. New York: Plenum Press, 1995.
15. VANNICE, M. A., BENSON, J. E., BOUDART, M. Journal of catalysis, 16, p. 348, 1970.
16. WINGARD, L. B. Enzyme engineering. New York: John Wiley & Sohns, 1972.
Reatores
Capítulo 4
1 Reatores
Capítulo 5
Reações em sistemas multifásicos
Capítulo 6
Reatores heterogêneos
Capítulo 7
Reatores não ideais
Capítulo 8
Práticas de laboratório
v. 1>; , t .. .,..:r.,..<v°.fy^i ?,.s.ea..^^ ti.^ {•.è^.Fi's_'.^ rY -. ã.l.S.4..:•[áé+a...o .^ F1^-rt:<s,:.a ,...z. f-- . —Lë=. Fy1t44
._
INTRODUÇÃO
Báfeládá r L^ ^^^'
Vantagens Vantagens
Pequena escala Grande escala
Fase homogénea – líquida ou gasosa Fase homogênea e hetërogênea
Qualquer pressão e temperatura Qualquer pressão-e temperatura
Custo baixo Custo alto
Requer mão de obra Requer mão de obra especializada
Equipamentos simples Equipamentos de contróle adequados
Desvantagens Desvantagens
Grandes perdas (tempo e material) Problemas não previstos (parada total)
O reator batelada é sem dúvida vantajoso para processos em pequena escala, como
produção de remédios e química fina. E muito útil para estudar a cinética do probesso,
podendo-se variar vários parâmetros para determinar a cinética da reação. No entanto, deve
ser construído de tal maneira que não apresente caminhos preferenciais, com sistema de
agitação bastante eficiente para que a mistura seja homogênea. Podem ser feitas amostra-
gens intermitentes, ou no término da reação, determinando-se assim as composições
intermediárias ou do produto final. Para estudos cinéticos retiram,-se amostragens em
diferentes tempos, permitindo acompanhar o sistema reacional com o tempo de reação.
1 CAPÍTULO 4: REATORES M. SCHMAL 1 231
230 1 PARTE II: REATORES M. SCHMAL
As desvantagens dependem da escala do sistema. O reator deve ser carregado e O escoamento ou fluxo depende também da forma do reator. 0 reator tubular cilín-
descarregado, e limpo, resultando num tempo as vezes muito maior do que a própria drico é o mais usado, mas há outras formas, em particular, tronco cônicos ou cilíndricos
reação. Não exige mão de obra especializada, mas por outro lado exige cuidado especial com escoamentos transversais, que mudam o perfil de velocidade e portanto afetam o
para evitar contaminações. Tem aplicação na indústria farmacêutica, na química fina, em escoamento, conforme figura 4.1.1.
produtos naturais e nos processos pouco conhecidos., (b) Fluxo transversal
Os reatores contínuos são os finais usados industrialmente em grande escala e em Produtos'
todos os processos industriais. Podem ser empregados processos homogêneos e heterogê- (a) Fluxo longitudinal
neos e operam durante vários meses ou anos com paradas intermediárias, produzindo
grandes quantidades de produtos. As condições operacionais são amplas, mas exigem um
Produtos
controle contínuo e consequentemente mão de obra qualificada.
Há problemas sérios de escoamento e de transferência de calor e massa. O regime
de escoamento afeta o sistema, principalmente quando são sistemas heterogêneos. As
variáveis mais importantes, como a vazão, temperatura e concentração devem ser contro-
ladas continuamente, e exigem um instrumental de grande precisão. Reagentes Produtos
A principal desvantagem é a ocorrência de entupimentos ou sobrecarga exigindo a
parada imediata do reator, principalmente nos sistemas de reações com perigo de explosão.
O escoamento num reator do tipo tanque ou tubular deve ser conhecido. Num reator
contínuo tipo tanque, o escoamento não pode ter caminhos preferenciais. No reator con- D Varia
tínuo tubular o escoamento pode ser nos casos limites, laminar, não desejado ou turbulento
(desejado), mas sem volumes mortos. A forma de escoamento pode causar efeitos de (c) Reator tronco cônico
difusão radial e longitudinal e, portanto, provocar gradientes de temperatura e de concen- Reagentes
tração radiais ou axiais e consequentemente afetar a reação química.
O dimensionamento do reator pode ser fácil quando o escoamento é ideal. Para
Reagentes
verificar o escoamento recorre-se ao chamado "balanço populacional".
Consideremos uma reação química irreversível e de primeira ordem, sob condições Figura 4.1.1 Formas de reatores tubulares.
isotérmicas, cuja solução é:
A escolha do tipo de reator depende não somente do fluxo, mas de vários outros fatores,
— 1n(l— X ,)=kt como por exemplo:
a) Tempos de residências.
onde XA é a conversão do reagente A, k é a constante cinética e t o tempo de reação. O b) Perda de carga no reator.
tempo t é o tempo de contato ou o tempo de residência das moléculas no reator. No reator c) Tipo de carga no reator (recheio ou catalisador).
batelada, o tempo medido é igual ao tempo médio de contato das moléculas. Num sistema d) Troca de calor interno ou externo, que por sua vez, depende se a reação é exotérmica,
endotérmica e consequentemente se a operação pode ser isotérmica ou adiabática.
contínuo o tempo de permanência das moléculas pode ou não ser igual para todas as
moléculas; pois depende da sua distribuição no reator, que por sua vez, depende do escó-
O fluxo no reator e, portanto, as velocidades superficiais numa secção transversal do
amento do fluido. Portanto, é impossível determinar a constante cinética sem saber qual é
reator variam com as condições e a forma do reator. O perfil de velocidade no fluxo laminar ,4s
o "verdadeiro" tempo de reação. em tubo cilíndrico pode ser calculado, apresentando uma distribuição de velocidade para-
bólica e, portanto, variável na secção transversal, causando diferentes tempos de contato
Na realidade podemos considerar os seguintes casos: das moléculas ao longo do reator, caracterizando um reator não ideal. No escoamento
a) Todos os elementos de fluido ou as moléculas têm o mesmo tempo de permanência turbulento, quando o número de Reynolds é alto, a distribuição de velocidade varia na
no reator, ou o mesmo tempo de contato médio, caracterizando assim uma mistura secção transversal, com maiores velocidades próximas as paredes e com velocidades mais
perfeita — batelada ou tanque ideal. ou menos uniformes na parte central do tubo. Estes perfis de velocidade podem ser calcu-
b) O escoamento do fluido é igual numa secção transversal do tubo e uniforme ao longo lados pela teoria de Van Karman 3 . Quanto maior o número de Reynolds maior será a
do reator, caracterizando assim um escoamento pistão — reator tubular ideal. velocidade e mais uniforme é o perfil de velocidade no reator, aproximando-se bastante do
c) O escoamento do fluido ou a distribuição das moléculas não é uniforme na secção escoamento ideal, favorecendo um contato uniforme e, portanto, um tempo de residência
transversal, fluindo ao longo do reator com tempos de contatos diferentes, caracteri- médio ideal das moléculas. Os reatores heterogêneos, particularmente os reatores catalíti-
zando assim os reatores não ideais. cos, apresentam distribuição de velocidade bastante variável e apesar de ser possível prever
t A'.
.,.r sr¢59:,.^,.aR"4ric G.^v.n:"!b`M` iSOC nG>:r;¢' :a/>1 d°a) Y;é.£faiP.SS.ir vedas f.... ±:.vit^é, ^e2stPrPt .
o comportamento do fluido nestes sistemas, é bastante difícil calcular os espaços vazios, 4.1 TIPOS DE REATORES
favorecendo caminhos preferenciais. O escoamento depende do tipo e colocação das par-
tículas de catalisadores no reator. Por outro lado, o contato entre as moléculas é muito As condições para classificar os reatores ideais são:
maior, devido à maior área, favorecendo assim a reação química entre as moléculas. Quanto • Reator tubular: o tempo de contato é igual para todas as moléculas ou elementos de
mais alto o número de Reynolds e, portanto, quanto maior a velocidade do fluido, mais fluido ao longo do reator quando a velocidade for uniforme na secção transversal do
próximo será de um escoamento turbulento e das condições pistão de um reator ideal. tubo, satisfazendo assim o escoamento empistonado. Todas as moléculas têm a mesma
Além do escoamento, devem-se considerar os efeitos de transferência de massa e velocidade. Logo, a concentração é uniforme numa secção transversal do tubo e varia
de calor. Nos reatores sem recheio pode-se prever a troca de calor e massa e, portanto, somente ao longo do reator. No caso isotérmico a temperatura permanece constante e
determinar as condições de uma operação isotérmica ou adiabática, conhecendo-se o perfil não há variação de temperatura na direção radial ou longitudinal. No caso não isotér-
de temperatura no reator. Para velocidades uniformes a transferência de calor depende das mico a temperatura varia ao longo do reator. Este reator será denominado PFR ideal.
capacidades caloríficas. Se forem constantes, o perfil de temperatura é uniforme. Caso
contrário há grandes desvios, e consequentemente grandes variações de temperatura. Nos • Reator tanque: as moléculas devem ter o mesmo tempo de residência médio no tanque
reatores catalíticos, há ainda a influência do calor condutivo das partículas. Como se sabe e, portanto, a concentração no tanque deve ser igual e a mesma na saída do reator. Isto
a temperatura afeta sensivelmente : a constante cinética e consequentemente a taxa de implica que a mistura deve ser uniforme, perfeita. Numa mistura perfeita devem ser
reação. Paralelamente, há efeitos de transferência de massa devido à convecção e à difusão evitados os volumes chamados " mortos " , para que o tempo de residência médio seja
nos poros das partículas que dependem do escoamento do fluido e das propriedades difu- uniforme. Este reator nestas condições será denominado CSTR ideal.
sivas das moléculas, afetando sensivelmente a constante cinética e, portanto, a taxa de
• Reator batelada: deve ser de mistura perfeita com concentração homogênea no seu
reação química, causando diferentes tempos de residência das moléculas.
volume. Deve ser bem agitado e não deve possuir volumes mortos nos cantos ou nas
Estas considerações também valem para os reatores tanque contínuo e batelada ou
periferias. A temperatura também é uniforme.
semibatelada. No entanto, a forma de contato entre as moléculas depende ainda da geo-
métrica dos reatores. Devem-se evitar, volumes "mortos" e geralmente utiliza-se forte
agitação. Quanto maior a agitação melhor é o contato entre as moléculas e menor é a 4.2 DEFINIÇÕES E NOÇÕES DE TEMPO DE RESIDÊNCIA
probabilidade de ocorrerem volumes mortos. O contato é instantâneo e as concentrações
Como visto, num reator batelada a concentração varia com o tempo de reação ou tempo
no tanque ou batelada devem ser uniformes, e se possível iguais à da saída do reator.
Atinge-se a condição ideal quando a mistura for perfeitamente uniforme. A figura 4.1.2 de contato. Este tempo é um valor cronometrado.
ilustra os diferentes casos. No caso de reatores contínuos a concentração varia com uma variável que é equi-
valente ao tempo, denominado tempo espacial, medido em função do volume do reator e
do fluxo de entrada do fluido ou da velocidade de entrada do fluido. O fluxo é medido
Escoamento de fluido experimentalmente usando o rotâmetro ou bolhômetro nos casos mais simples, ou por
medidores de fluxo de massa (MFM) através de sinais condutores. Portanto, são medidas
concretas. Assim definiremos as novas variáveis 2.3 :
4.2.1
v
=s=
V ( h- ^ )
ou
Agitador 4.2.2
V =s= FAO ( ã-' )
^.ao V
F(t)= 4.2.5
C =1-e
Co
`T^
1 c
vo
Figura 4.1.3 Balanço de massa de fluido não reativo no reator tanque.
CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 237
• Cálculo da função F:
t=i t
G(t)–G, 2–C(t)
Figura 4.1.4 Curva da função de distribuição de tempo de residência. F(t)=
G –G, =2- 2
O tempo de residência médio será quando t ='r, ou quando a área 1 for igual a área 5 10 20 30
0,1 0,2 1 2
^fi!r 0,004
2, conforme figura 4.1.4: note que uma fração de moléculas na área 1 tem um tempo de 1,96 1;93 1,642 1,344 0,736 0,286 0,034
residência menor e outra fração (área 2) um tempo maior que o tempo de residência médio. 0,632 0,866 0,983 0,088
0,02 0,035 0,179 0,328
Frações iguais têm um tempo de residência correspondente ao valor médio, que designa-
mos t .
1,o
No PFR ideal, o tempo de residência é o mesmo para todas as moléculas, admitindo
velocidade uniforme e constante, de modo que a concentração de saída do traçador é igual I
a concentração de entrada. Logo, F(t) = 1, ou t ='r. O tempo de residência médio é igual 0,8
Data: Data1_B
ao tempo espacial. Model: Boltzmann
Qualquer outra forma de distribuição de tempo de residência entre o CSTR ideal e 0,6 Chi A 2/DoF 0,00001
o PFR ideal comporta-se como um reator não ideal. RA2 = 0,99996
Para determinar a função F(t) a partir de dados experimentais, usaremos a proprie- u- Al -8,69359 ±4,14906
dade G, já indicada no Capítulo 1. Se G é uma propriedade qualquer (condutividade, 0,4 A2 0,99782 ± 0,00285
x0 -10,08414 ± 2,52512
ionização, comprimento de onda, etc.) que é proporcional à concentração, Gr a sua gran- dx 4,65647 ± 0,1517
deza na entrada e G2 na saída, então a função de distribuição de tempo de residência 0,2
cumulativa que permaneceu no reator num instante menor que t será:
o,o
F(t)= G(t)– Gr 5 10 15 20 25 30
4.2.6 o
GZ – G,
t (min)
O tempo de residência médio pode ser determinado pelo gráfico, admitindo áreas Integrando:
iguais AI e A2 conforme linha tracejada que corresponde a t = 5 min. A função de distri-
buição cumulativa em função do tempo é mostrada na tabela acima: JdF= J- dt
Nota-se que tempos maiores indicam que a fração de moléculas que sai do reator é o
maior que o tempo de residência médio e inversamente. Mas, pela curva conclui-se que:
Traçadores em pulso
C
f Co dt= JCtde=1
co
O outro método para determinar o tempo de residência é introduzindo o traçador sob a
forma de pulso num pequeno intervalo de tempo. A resposta da concentração na saída do onde 4.2.8
reator pode ser calculada, admitindo-se que uma fração de moléculas A F saiu do reator no t
=-
intervalo de tempo A t. Uma fração de moléculas sai com a concentração Co e a outra fração t
sai sem Co na saída do reator. Logo, no intervalo de tempo A t tem-se o seguinte Define-se E(t) a função de distribuição de tempo de residência por:
balanço:
dF _ E(t)
vo A F(t)C0 = v0C dt
ou
dd (e)
No limite A t - co tem-se:
tE(t^=C 4.2.9
limA F(t)dF C o
AI-,O At dt Co 4.2.7 Logo:
Exemplo
E4. 1.2 Determine o tempo de residência médio do CSTR através do traçador utilizando
os seguintes dados:
5. 10 i5 20.. 25 -30 35
84,9 141;5 141.5 °113,3 28,3 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
t (min) 0 5 10 15 20 25 30 35
t (min)
n B — Polynomial Fit of Datal_B
^_n*g^z F s^
A cinética das reações foi estudada para diferentes sistemas de reações em fase líquida ou
gasosa, reações simples e múltiplas, com variação de volume para os diferentes casos e
são fundamentais para o projeto dos reatores.
Para projetar reatores devemos fazer os balanços molar e de energia, considerando
que as reações podem ser feitas também sob condições não isotérmicas. Estes balanços
O tempo de residência médio é determinado pela equação 4.2.10, ou seja:
contêm sempre o termo de geração, devido à reação química representada pela taxa de
reação.
t= JtE(t)dt
Os reatores ideais convencionais são de batelada, contínuo e semibatelada. As:condi-
A figura E4.2.2 mostra a curva t x E (t) versus t. ções estabelecidas para reatores- ideais foram mostradas no capitulo anterior, e relembrando,
Integrando-a, conforme equação 4.2.10, obtém-se o tempo de residência médio: devem ter mistura°perfeita nos tanques e fluxo empistonado nos reatores tubulares.
O balanço molar num sistema aberto e para qualquer reação, inicialmente a tempe-
t = 15 min ratura cuusiaute, é uiostiado no seguinte esquema e figura 4.3.1:
242 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 243
Nota-se que o balanço é feito para qualquer componente, reagente ou produto da F.o – F. + f rdV = 0 4.3.3
reação e tem a unidade em moles/tempo.
A taxa gerada ou consumida neste sistema é por unidade de volume, e é representada 4.3.1 Reator batelada
pela taxa de reação dentro de cada elemento de volume A V. Logo, Basicamente, não há fluxo e, para calcular o volume do reator para processar uma deter-
dn minada reação e atingir uma desejada conversão final, precisamos determinar o tempo total
Fo–F.+frdV = ' 4.3.2 de reação. Precisamos também conhecer a taxa de reação através da cinética intrínseca,
dt
ou o contrário; determinar a cinética intrínseca ou a taxa de reação, conhecendo-se o
Esta é a equação geral do balanço molar para qualquer componente j de uma reação volume do reator. No reator batelada desconsideram-se os termos (1) e (2), e, portanto, a
química. equação 4.3.2 toma-se: °
Devemos distinguir claramente o termo de reação do termo de acumulação. Consi-
deremos os seguintes esquemas distintos na figura 4.3.2: f rdV =dn.+
,o.P:h. .,.<:c. -'.. sra ,S,a g. ..:.:5,•x....0 !e:e- .F^.;..p;aa _.. ;.; .z;
Num sistema fechado o volume é constante e, portanto, Em geral, admite-se um fator de segurança no cálculo do volume do reator. Este
dn. fator é arbitrário e muitas vezes 100% maior. No entanto, este chute é desnecessário, pois
rV = pode-se prever o tempo de reação conhecendo a cinética da reação. No início a velocidade
dt
de reação é alta e vai diminuindo com o tempo de reação. Logo, a taxa de reação inicial
Logo—i
, entre Cio e calcula-se o tempo total de reação. é máxima e decresce no final. Com isto o tempo final da reação torna-se longo demais
para converter o percentual restante muito baixo. Se levarmos em consideração este tempo,
dC^ mais o tempo de operação o rendimento do processo torna-se inadequado. Portanto, melhor
t=f
será se pudermos obter uma taxa média, entre a máxima no início e a final. Aconselha-se
c,o
escolher uma taxa cuja reta tangente à curva parte do ponto correspondente ao tempo de
Usando a conversão como variável, em sistemas líquidos ou em gases sem contração operação mais o tempo de reação, indicada à esquerda da abscissa do tempo de reação,
ou expansão de volume, temos: conforme figura 4.3.3. Observa-se que a conversão não é total, mas elevada, restando
pouco para converter num tempo muito longo. O tempo de operação é estimado. O tempo
C.4 =C AO( I-X A) final de reação é escolhido após atingir a conversão X4 da tangente a curva. O restante
pode ser reciclado. A taxa média será:
x' ¡dx a
t=CA OS 4.3.4
o \—Y A) Taxa de produção média: G [kg/h] 4.3.7
t, + to
Este é o tempo necessário para atingir uma conversão final e pode ser calculado
conhecendo-se a taxa de reação (ri ).
Num sistema gasoso fechado, admite-se um pistão, onde a pressão é constante e o
volume do gás varia (expansão ou contraçãó). Neste caso a equação 4.3.4 torna-se mais
ampla, ou seja:
_ x, dX 4
t
—nA0 f o 0 L ( 4.3.5
—Y A)
Onde:
V =Va (l+E 4 X A )
t = tr+to
E4.1.3 Uma reação A + B — . 2 R é feita num reator batelada e em fase líquida. Intro-
Considerando-se a capacidade diária do reator G, como a massa diária de produto duzem-se os reagentes com concentrações iniciais de 1,5 e 3,0 k moles/cm3 , mas o reator
desejado (kg/dia), N o número total de bateladas diárias e p a densidade média da mistura, já contém o produto cuja concentração inicial é de 2,25 k moles/cm3 . Calcule o volume
então o volume do reator por batelada será: do reator visando a uma produção de 20 ton/dia. A conversão final foi de '80% de rea-
gente A. O tempo de operação, incluindo a abertura, a limpeza e o carregamento, foi de
G 1 hora e a densidade da mistura final é de 880 kg/m 3 . A taxa de reação é conhecida e
v.or = 4.3.6
p•N dada pela seguinte expressão.
246 Í PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES l M. SCHMAL 1 247
C.4 =C A0( 1–X .4) E4.1.4 Para a produção de acido propiônico, dissolve-se sal de sódio em uma solução
de ácido clorídrico, conforme reação:
C R =C .40( M–X .a^
CR CAO( R+2X A)
C2H5COONa + HC1 --> C 2H5COOH + NaCI
Sendo CAO , CBO e CRO as corlt;entrações iniciais dos reagentes e do produto.
A reação é reversível e de segunda ordem. No laboratório foram retiradas amos-
tras em diferentes tempos, neutralizando-as com uma solução de 0,515 N de NaOH. As
_ k , CA O( 1-X A )( M -X
4)
E3 .1 concentrações iniciais a 50°C foram iguais. Os dados são mostrados na tabela abaixo:
rA
(N+k ' X A )
Onde: _ 0. 10 20:. 30 50
í ánáim^1 52;5 32,1 23,5 18,9 14,4. 10,5
M = CBO/CAO
R = CRO/CA O Calcule o volume do reator para produzir 453 kg/dia de produto. O tempo de
N=k 2 R+k 3 carga e descarga é de 30 min. A conversão final desejada é de 75%. A densidade da
k ' =2k 2 –k 3 mistura é de 0,21 kg/L.
e. ^:J :k ^^ ?}kër-.3::.; v<,.sacssAl^s'^..^:iis??sáxvr}:o,.^.:,^, ^,. ^Mr._. s:: :• ,..s L? W...:..;i ^ <^. ..t^t.{ri .^-.^ w`rarvc _.vi^^.F^`::.._{a.: x.57. S^ •-:. ^: ^ -:.•°•+i
st
K=k=( Xae
2 ,
= 158
k 1— X A
K =k 2K -1=1,672
(K — l)X Ae
k*=k,— k 2
0 10 20 30 40 50
Cálculo da conversão:
t (min)
n° de moles = V N (normalidade) = V = 0,515 — Linear Fit of Datal_B
1.000 1.000
Os valores encontram-se na tabela 2: Figura E4.1.4.1 Determinação das constantes.
Para uma produção diária de 200 kg calcule o volume do reator, sendo a conversão M= 11,0 kg/batelada.
final de 80% e o tempo de operação igual a 60 min.
Se a densidade da mistura é 1 kg/L, calculamos o volume-do ieatui.
Solução
A equação da taxa é igual a taxa correspondente a uma reação enzimática, conforme: V = 11 litros
V CA
r=
KM + CA
4.3.2 Reator tanque contínuo
Onde:
Há fluxo e queremos determinar o volume total do reator para processar uma determinada
V,,, = taxa máxima
KM = constante de Michaelis
reação e atingir uma desejada,conversão final. Conhecemos a cinética intrínseca da reação,
mas precisamos de dados adicionais, como o fluxo de alimentação e o tempo de residência
médio. O tempo de residência das moléculas não é uniforme e há volumes mortos com
Transformando-a em função da conversão de A:
caminhos preferenciais. Neste reator, consideraremos o regime permanente, sem levar em
consideração a acumulação.
CA =CAo( 1 - X A)
CAO
Sendo CA O a concentração inicial da ureia (reagente). C.O
Logo: V.
KM =0,125
VM = 2,66 x 10-4 mol/s x L
Cao = 0,1 mol/L
KM* = K CA
MICAO = 1,25
Co
V
Substituindo a expressão da taxa E5.1 na equação 4.3.4 vem:
( 1-X A) dX A FA
txV =CA OJ K M ,+ E5.2 ^. .^^ F.
0 1-XA
Integrando vem:
%reator
txV_ =K,[-In (1-X A )+X A ] Figura 4.3.4 Balanço num reator tanque.
`!i ..,.w
..^r;;Ei ^...{ '... uzi..
h.+ _,„^. ..:s_o....
.•A 4 ui
a° ^d.4a 9fiY Sa.^#'ii1 :.^5'Pas^ i. '1V P: `i L
Pela equação geral consideraremos os fluxos de entrada e saída, os termos (1) e (2), A taxa de reação (—r A ) foi determinada para diferentes casos. Para reações irrever-
mas desprezamos o termo de acumulação e, portanto, a equação 4.3.2 torna-se: síveis, primeira e segunda ordem a volume constante, vimos, respectivamente, que:
k = constante cinética
Vem:
Logo, para calcular o volume do reator ou os fluxos de entrada e saída no reator,
devemos conhecer as constantes cinéticas, que de maneira geral, são irreversíveis, rever-
FA X A = (-r4) V 4.3.9
síveis, múltiplas ou complexas, enzimáticas ou poliméricas.
Para o produto tem-se, considerando a relação: Tempo de residência médio no CSTR
o O tempo de residência dos reagentes num reator tanque não é homogêneo, e como vimos,
I FAO — FA__ Fao — Fe __FR — FRo tem uma distribuição de tempo variável. No entanto, o tempo de residência médio pode
a FAO ^ bFAO ser calculado diretamente, sabendo que:
rF
Ao
—
v reaior
=-
Logo: g
V:a ida
No caso particular em fase líquida, podemos usar a concentração como principal variável
-
de medida, pois, O tempo de residência médio t nào é igual ao tempo espacial T.
Portanto, para calcular o volume do reator tem-se a seguinte equação geral: E4.1.6 A reação de saponificação do acetato de etila em solução de hidróxido de sódio
é rápida e a cinética foi determinada, sendo a velocidade específica dada por:
V =T=CA O XA
4.3.11
vo ( — rA 0
log,O k=— 1. ^ +0,00754+583
Se a concentração do éster é de 6 g/L e do sódio 5 g/L , calcule o fluxo molar na i = 2,65 min
entrada do reator CSTR de 100 litros. A temperatura é igual a 40°C, sendo a conversão
final desejada 98%.
F,o = C„0OV = 2,56 moles/min
A
B
F,,ia = 2,56 moles/min
98% E4.1.7 Uma reação A 2 R se dá em fase líquida num reator CSTR de 5 litros. Introduz-
se 1 mol/L de reagente A. Foram feitas medidas de concentração do produto a diferentes
temperaturas, conforme tabela abaixo. Calcule a conversão na saída do reator, sabendo
CH3 CO2 C2 H5 +_ NaOH - CH3 CO2 Na + C2 H5 OH que o fluxo de alimentação é de 0,5 L/min a 50°C.
A +B–>R+S
0.92. 13 1,8
13 1,5
A reação é irreversível, segunda ordem (unidade de k), e a volume constante (fase 84. 1,8
líquida). Portanto, a taxa será:
r = kC,CB vo
Concentrações iniciais:
n m 6
= 0,0681 (mol/L) V = 5 litros
CA , _ V V M 88 _
R (moles/L)
(mol/L)
CB0 40 = 0,125
Como a reação ocorre em fase líquida não há variação de volume e, portanto, a
Logo, a concentração de A (éster) é de 0,0681 mol/L, portanto é o reagente taxa pode ser de primeira ou segunda ordem. Tentaremos determinar a ordem e a cons-
limitante. tante cinética através dos resultados da tabela acima, admitindo uma cinética de 2a ordem,
A taxa será: cuja taxa em função da conversão é:
Os valores da constante cinética são calculados pela equação E7.1 e são apresen- Solução
tados na tabela acima.
Obtêm-se valores de k praticamente iguais a mesma temperatura (T = 286 K), Substituindo as constantes na equação E8.1 obtém-se a taxa:
podendo-se admitir que a hipótese inicial é verdadeira. Têm-se dois valores a mesma
(— rM) = 6,33 x 10-2 [M]
temperatura e um valor a temperatura diferente. Assim pode-se determinar a constante
cinética a qualquer temperatura, determinando-se a energia de ativação E, usando a
equação de Arrhenius. Substituindo os valores de k e de temperatura obtém-se a energia Definindo-se a conversão:
de ativação E. Portanto,
k
[M M] - [ M ] =X
M
In k [ M° ]
E =1,1,98 2 = 5.735,0 cal/mol
1 1 Determina-se o tempo espacial T pela equação do CSTR
(T,
V—^_[Ml XM E8.2
Onde T (K). 1 6,33x10-2 [M° ](1-
Solução
Mas, F,o = 0,8—
m = 0,38 mol/s
0,8 A + 0,2 Inerte (V)
250Kg/h
CA 0 = 0, 8 = 0,044 moles/L
RT
FA O = CAO V o
P = 4 atm R+S
T = 600°C Portanto,
Reação : A - R + S vo = 8,64 L/s
1 XA 4.3.20
Para o produto: =
kCA, (1—XA )
FR = FAO XA ---> dFe = FAOdXA
c) Reação reversível a volume constante: (A H R)
Note-se que esta equação é válida para quaisquer sistemas gasosos e líquidos. A taxa CAO( M—XA)
CB __
de reação vai depender do modelo cinético da reação. A reação pode ser irreversível, (1+EA 5 A)
reversível, simples, elementar ou não, bem como múltipla, enzimática ou polimérica. Se
a reação se dá com variação do número de moles ou a volume variável, deve-se considerar
o fator E, já definido anteriormente.
262 Í PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 263
Substituindo-se as concentrações nas equações das taxas e a seguir na equação do o aumento do fator de expansão, podendo ser da ordem de 4 a 5 vezes maior para altos
, balanço equação 4.3.17 e integrando, obtêm-se: valores de EA, o que significa que o volume necessário pode ser 5 vezes maior, dependendo
do fator de expansão EA. Esta diferença é maior para reações de segunda ordem.
Caso a) primeira ordem.
2\ 1n
1 (i+E A M) (M–X A ) ( (I+E A )2
T– ln(l–X A )–E A 2 X A 4.3.23
kCAO (M–1) M M–1
i
Onde:
C,30
M =— .
CA O M XA E
Caso c) Segunda ordem com concentrações iguais: CA O = CBO : (a) (b) (c)
Figura 4.3.6 Efeito dos parâmetros sobre 'r ou volume do reator.
1 XA
T= 1+EA2 +E A 2 X A +2E 9 (1+E A )ln(l–X A 4.3.24
k CA 0 ( 1–
XA) )]
Tempo de residência médio.no PFR
O tempo de residência no reator tubular depende da velocidade de escoamento do fluido.
Influência dos parâmetros cinéticos
Considerando o escoamento pistão no reator PFR ideal, todas as moléculas têm a mesma
A taxa de reação tem como principais parâmetros a ordem de reação, as concentrações
iniciais (razão M) e o fator de expansão ou contração (E A). O tempo espacial e, consequen- velocidade ao longo da secção transversal, mas variam ao longo do reator. Define-se, de
temente, o volume do reator dependem desses parâmetros. maneira geral, o tempo de residência médio no reator por:
dV
Efeito do parâmetro (M) t =f- 4.3.25
v
O tempo espacial varia com a mudança das concentrações iniciais (parâmetro lvi). Admi-
tindo a mesma conversão para uma reação irreversível de segunda ordem, vemos pela Porém, pelo balanço molar no PFR, tem-se (equação 4.3.14):
figura 4.3.6a que T decresce com o aumento de M
dV= F/AOdXA
(— rA
Efeito da ordem de reação
Comparando reações de primeira e segunda ordem e mantendo Mconstante (equações 4.3.18 Dependendo se a reação ocorre a volume variável ou variação de número de moles
e 4.3.19) observa-se que a relação entre os -tempos espaciais T (T I/ T2) decresce com o o fluxo volumétrico será igual a v = v0 (1 + E A X A ). Substituindo na equação 4.3.25, vem:
aumento da conversão, conforme figura 4.3.6b. Nota-se que para baixas conversões os
tempos espaciais ou os volumes dos reatores são praticamente iguais, porém, para altas
conversões, estas diferenças são significativas, sendo o volume do reator ou tempo espacial,
para uma reação de 2a ordem duas vezes maior que o volume do reator para uma reação de
primeira ordem.
Nota-se que se não há variação de volume (EA = O), obtém-se a mesma expressão
Efeito da variação de volume da reação (EA ) do tempo espacial (equação 4.3.17), significando que o tempo de residência médio é igual
Finalmente, para sistemas a volume variável, deve-se considerar o fator de contração ou ao tempo espacial. Quando há variação de volume (de moles) então (EA ^ O), e os tempos
expansão (EA), conforme equações 4.3.22 a 4.3.24. Comparando-se os tempos espaciais de residência médio e espacial são diferentes. A expressão da taxa depende da ordem de
para reações de primeira TI ou segunda ordem T2 em função do fator EA, fixando-se uma reação e do fator EA , para qualquer tipo de reação (irreversível, reversível, múltipla etc.).
conversão, observa-se na figura 4.3.6c, que estes tempos aumentam significativamente com Em resumo:
,
,+.b t ,.. ,rr .. _,a..kC`c. ^ 1, },,,Adfvf .+, J.. i t. .e •d..'.Yi'0o•^.$: u<aatN...
:;V 1:,J^`
Logo:
1
ti = 6,75
Nota-se que o tempo espacial é maior que o tempo de residência médio, devido
E4.1.10 Uma reação A -^ R + S se dá em fase gás num reator PFR. Introduz-se o rea-
à expansão do gás no reator com volume variável.
gente A com 30% de inerte (molar), operando isotermicamente a 300°C e a pressão
No CSTR o tempo de residência médio será:
ambiente. A reação é de Ia ordem e a constante cinética é dada:
T
t- = 4.3.12
(1+E A X A )
k=110+0,8(T-200)x10-3 s e T(K).
Mas o tempo espacial no CSTR é conhecido
O tempo de residência médio é de 5 s.
a) Calcule a conversão e o tempo espacial.
XA 4.3.11
b) Se a reação fosse feita num CSTR e nas mesmas condições, qual seria a conversão? V — ==CA
v0 1 O
( —rA
Compare os dois casos.
Substituindo a taxa vem:
Sendo a reação de primeira ordem tem-se a taxa:
XA
1- =
(-ra)=kCA O E10.1 k(1-X Á )
( l+E X ))
Portanto,
O tempo de residência médio será
X9 = 0,68
x,
[- = dXA 4.3.26
c." J (1+EAX.4)(—r4) Para tempos de residências médios iguais nos dois reatores, a conversão no CSTR é
Onde a taxa é dada pela equação E10.1. Substituindo-a e integrando, obtém-se: menor em aproximadamente 21%.
t= -- ln (1-X A )
E4.1.11 A cloração do propeno:
A constante cinética é calculada a 300°C: 573 K
Portanto, se 1 =5 s-1 , então: se dá em fase gasosa num reator PFR de 5 m3, a 300°C e 20 atm. Introduzem-se 30%
de C3H6, 40% de C12 balanceados com 30% de N2 e um fluxo molar total de 0,45 kmol/h.
XA = 0,86 A constante cinética é dada:
Para calcular o tempo espacial, substitui-se a equação da taxa E10.1 na seguinte k = 4,12 x 1010 x exp (-27.200 / R T) (m3 /kmoles x min)
expressão:
Calcule a conversão final e o tempo de residência médio.
ti= V = CA0 1 ,A 4.3.17
vO 0 ( — rA)
266 Í PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 267
Solução
E4.1.12 A reação se dá entre dois gases que se misturam na entrada do reator PFR. O
O reagente C3H6 (A) é limitante e mesmo em fase gasosa não há variação de volume, primeiro, gás A, entra com um fluxo de 14,2 m 3 /min e o segundo contém 50% de gás
sendo EA = 0 (A + B - R + S). Logo, a expressão da taxa é de 2a ordem, com base na B e o restante é inerte 1, entrando com um fluxo de 7,1 m 3 /min. Ambos são misturados
unidade da constante cinética. Admite-se uma reação elementar. A taxa de reação será: instantaneamente na entrada do reator a 86°C e 1 atm. Os gases são ideais obtendo-se
como produto R, segundo a reação estequiométrica:
' (1–)(A ) (M–X A )
–rA )=kCA Xe =kCAo
A +B-*R
Substituindo na equação do balanço do PFR:
V dX A A cinética é conhecida sendo dada pela seguinte expressão:
T=—=C 4.3.17
v0 A°
0 (-rA ) 5470
InkP =– +12,5 (moles/ atm 2 Lmin)
Obtém-se a seguinte solução: T
A razão M = CB0 = 0,4/0,3 = 1,33 Observa-se que o componente B é o limitante. Neste caso, a expressão da taxa
CA 0 em função do produto R ou do reagente B será igual a:
Portanto, o fluxo molar de A:
(l–XB)(M–Xe)
FA O = Y A OF o = 0,3 x 0,45 = 0,135 kmol/h –rB)=kC2 E12.1
)2
E o fluxo volumétrico será:
FAO CAO VO A equação do PFR ideal é dada:
vo = 1,063 m 3 /h
V dX
ti=— =CBO J E12.2
Logo: Vo o l— rB
't = 4,7 min
Substituindo a equação da taxa E 12.1 na equação do PFR obtém-se a seguinte
Substituindo os ovalores na expressão E11, obtém-se a conversão:
solução:
XA = 0,66
,mf e.~M_. 5N dNJ.li
is un r..
X34 `ãT J} LU rflÉFt4
Inicial 0,67 0,165 0 0,165 1,0
Final 0,50 0 0,165 0,165 0,83
E4.1.13 Acetaldeído, etano, além de outros hidrocarbonetos, provenientes de uma
unidade de produção são misturados e passam por dois reatores PFR em paralelo. A
EB = – 0,17 520°C dá-se preferencialmente a decomposição do acetaldeído em metano e monóxido
de carbono, mas a 800°C o etano decompõe-se em etileno e hidrogênio. Introduz-se
Cálculo de M = CAo uma mistura molar de 9% de acetaldeído, 8% de etano e vapor da água como diluente.
Cso Os demais componentes são desprezíveis. O primeiro reator opera a 520°C e 1 atm
Sendo: enquanto que o segundo reator opera a 800°C e a 1,4 atm. Quer-se uma conversão de
y,o _ 0,165x1,0 60%. Qual deve ser a razão molar de entrada, admitindo que os reatores tenham o mesmo
CBO -= = 0,00564 (mol/L) volume, sendo as constantes cinéticas dadas:
RT 0,082x359
y,ao _ 0,67x1,0
0, 082 x 359 = 0,0228 (moUL) Acetaldeído: k = 0,33 L/mol x s a 520°C
CA , _ RT
Portanto,
C2H4
k = k , (RT )2 = 0,0648 x (0,082x359)2 = .56,1 L / (moi min) H2
Substituindo os valores de XB = 0,90 (limitante) obtém-se: A cinética das reações é conhecida. A decomposição do acetaldeído é de 2a ordem
e se dá a volume variável, enquanto a decomposição do etano é de Ia ordem, conforme
'CKCBO = 0,486 as unidades das constantes dadas.
Para o primeiro reator tem-se a seguinte equação integrada:
T = 1,537 min
X
O volume do reator será: T kC I (1+EA
)z +EAZXA+2EA(1+E,)ln(1–X4) EI3.1
(1 AOL ,)
X
Inicial 0,09 .0;08 0 0 E4.1.14 Uma mistura de 15% de C 2 H4 , 55% de Br2 com 30% de inerte em peso é
Final 0 0,08 0;09 0,09 introduzida num PFR a 330°C e 1,5 atm. O fluxo de alimentação é de 10 in 3/h. A reação
é reversível do tipo:
EA = 0,09
C2H4 +Br2 E kT -->-C 2 H4 Br2
Cálculo de CA 0 :
_ 0,09x1,0 = As constantes cinéticas são dadas:
CA, yA 0 =
(moles/ 1,34x10
L) -3
RT 0,082x793
kl = 500 m3 /kmolh
Substituindo estes valores e a conversão XA = 0,60 na equação E13.1, obtém-se:
k i = 0,032 h-t
T = 58,6 min
Calcule o volume do reator para uma conversão de 75%.
Para o segundo reator, a reação é de primeira ordem e a equação seria:
(Dados: Pesos moleculares: C 2 H4 = 28; Br2 = 80; inerte = 44)
C2H6 -- C Z H 4 + HZ
Solução
T [0,+EA )ln(1-X A )+E A X A ] E13.2 Como a mistura foi dada em peso, têm-se que calcular o n° de moles na entrada:
k
m=nxM
Mas o fator de expansão é:
Para C 2 H 4 (A ) — * mA = n; x MA = 0,15 nA = 5,35 10-3 moles/h
Inicial 0,08 0,09 O 0 0,83 1,0
Para Br2 (B) mB = nB x MB = 0,55 nB = 6,87 10-3 moles/h
Final 0 0,09 0,08 0,08 0,83 1,08
Para Inerte (I) m, = n, x M, = 0,30 —> nI = 6,81 10-3 moles/h
EA = 0,08
Usaremos aqui a outra variável a que representa o grau de avanço da reação, e
Calcula-se CAO = 1,273 x 10-3 molfL i utilizando o seguinte balanço molar:
Calcula-se a constante k2 para a temperatura de 800°C ou 1.073 K, obtendo-se
Pi = Y iP
K, = ri-
k = 1,56 x 10° (m ' /kmoles)
Observa-se que a constante de equilíbrio é elevada e a constante cinética na 4.4 REATORES NÃO ISOTÉRMICOS IDEAIS
direção direta é muito maior que na reversa, podendo-se desprezar o termo reversível
da reação, Admite-se, portanto, uma reação direta de 2a ordem, dada pela seguinte A cinética das reações foi estudada para diferentes sistemas de reações em reatores isotér-
expressão em termos de pressão parcial: micos. A grande maioria das reações e de processos não é isotérmica, já que as reações são
endotérmicas ou exotérmicas. Dependendo do grau de exotermicidade ou endotermicidade
k, k,P2k ,P2 (0,00535 — a) (0,00687 — a) os efeitos térmicos sobre a conversão, seletividade ou rendimento são bastante acentuados.
r= (RT)2 Pa PB = (RT)2 Y AY B As reações em fase líquida com baixa capacidade calorífica podem ser realizadas
= (RT) 2 (0,0191—a) 2 num reator operando isotermicamente. No entanto, as reações com altas capacidades calo-
ríficas, tanto em fase líquida como em fase gasosa, afetam sensivelmente a conversão, a
Substituindo a equação da taxa no balanço do PFR : seletividade e o rendimento e/ou as especificidades do reator, volume principalmente.
O efeito da temperatura sobre a cinética da reação foi observado sobre taxa de reação,
V ai pois afeta a constante cinética através da constante de Arrhenius. A temperatura influi signi-
i=— =n o E I4.2
vo ficativamente sobre a constante, devido ao termo exponencial, contendo a energia de ativação
or
e a temperatura. Menor é o efeito sobre o fator pré-exponencial, que leva em consideração
onde no é o número de moles totais iniciais. as colisões de moléculas, mas pode tornar-se importante nas reações catalisadas.
Vimos pela termodinâmica que a conversão de equilíbrio cresce exponencialmente
Logo: com o aumento de temperatura nas reações endotérmicas, mas decresce para as reações
exotérmicas.
V (RT )2 'j= (0,0191— a)2 da
vo n0 P2 o (0,00535 — a) (0,00687 — a)
XA
Substituindo os valores de k1 e considerando que no = Covo, sendo a concentração
inicial total dada
k ,P2
(RT) 2 =0,46
z
Figura 4.4.2 Distribuição de concentração e temperatura em reatores não isotérmicos. Onde:
Ei = energia de cada componente
Se a conversão varia em função da temperatura temos mais uma incógnita, ou seja, Fj = fluxo molar de cada componente
a temperatura e, portanto, precisamos fazer o balanço de energia s,13 W = trabalho realizado
Consideremos um sistema qualquer aberto, conforme esquema da figura 4.4.3 e Q = Calor em J/mol
quadro a seguir: t = tempo
u±5^í^.t^'^^i^fÉi.7537ï
c •rss
j t
!^ hiS ,k^:.'4'Y.. f. e: s^` vd.. ^ _.:.•'vti.
Nota-se que o trabalho realizado W compreende o trabalho devido ao fluxo dos Onde:
reagentes e o trabalho externo, que pode ser uma turbina ou um agitador. Em geral, este
AKr = entalpia de reação total: ( H Ptodntos — Hie,gentes )
tipo de trabalho é desprezível. Mas o trabalho realizado pelo fluxo depende da pressão e
do volume molar. Portanto,
rj = taxa de reação total em (moles/L h):
Wrearzado = — Éj (P V.) +IF.(PV ) + W ,,«. 4.4.2
1=% entra
Ì=/ Nota-se ainda que a entalpia de cada componente, segundo a termodinâmica,
sai
depende da temperatura. De uma maneira geral, como vimos:
Onde:
(PV1) (Pa m 3 /mol) = IJ/mol T
Substituindo 4.4.2 em 4.4.1, vem 5 , 7 : Sendo ct,./ o calor específico de_cadaponente, reagente ou produto, que por sua
vez também depende da temperatura. Há duas possibilidades:
O calor específico cp./ não varia com a temperatura num determinado intervalo. Esta
dE
—= F. (E. +PU ) > F. (E; +PV .) 4.4.3
situação é bastante normal para a maioria dos sistemas reacionais.
dt entra sai
+ Qgerado + Qextemo — ' ,alizado
O£calor específico cp./ varia com a temperatura e para as condições ideais de sistemas
gasosos, tem-se também, pela termodinâmica, esta variação, ou seja:
Porém, a energia do sistema é constituída pela energia interna (U), a energia cinética
c p; =a; +(3T+y ; T 2 4.4.9
e a energia potencial, ou seja 5,7 :
v2
E.=U,+— '+gz 4.4.4 Onde as constantes a, [3 e y são conhecidas e tabeladas para uma série de compo-
2 nentes e misturas.
Nos reatores convencionais as energias cinética e potencial são desprezíveis frente Têm-se dois casos distintos, que dependem das unidades. Quando a unidade é
a energia interna do sistema. expressa em (cal/g x °C) usa-se diretamente a nomenclatura cpi. Por sua vez, quando é
Sabe-se pela termodinâmica, que a entalpia de reação num sistema aberto é definida usada em (cal/mol x K), usa-se a nomenclatura com barra c,.
em função da energia interna e do fluxo, assim sendo: Substituindo a equação 4.4.9 em 4.4.8, tem-se a variação da entalpia com a
temperatura.
H; =U,+PV Se o sistema opera em regime permanente, o termo de acumulação é nulo. No
sistema transiente, a energia deve ser função do número de moles e do calor específico de
Considerando-se que a energia do sistema é igual a energia interna E, =Ui , vem: cada componente. Nota-se que este termo é diferente do termo de fluxo de calor de ali-
mentação que passa pelo sistema. Portanto, aqui também temos dois casos a considerar:
H; =E/ + PV 4.4.5 dE
a) — = 0 --> regime permanente 4.4.10
Substituindo-se a equação 4.4.5 na equação 4.4.3 vem:
dt
(a
dE d c piT
=F.H. -^P H; 4.4.6 dE 4.4.11
dt i_, + Qgetndo + Qextemo — ff/e.. b) —> regime transiente
entra sai dt dt
Substituindo os termos das equações 4.4.7 e 4.4.11 na equação 4.4.6 e desprezando
O calor gerado devido a reação química depende da entalpia de reação e da taxa de o trabalho externo, quando comparado com os demais termos vêm:
reação, num sistema de volume dV. Assim, podemos expressar este calor gerado da
seguinte forma: Para o regime transiente:
–^Fcp,(T–To)
Por outro lado, pelo balanço molar para um reagente A num reator contínuo PFR
tem-se:
—rA )d V =FAOdX A
não isotérmicos.
Substituindo estas duas expressões na equação 4.4.13 e integrando entre To e T e Figura 4.4.4 Calor em função da temperatura em reatores
XA = OaXA ,vem:
e
O calor sensível ou de fluxo, varia linearmente com a temperatura e depend
^Fj cp,(T–To ) +A H,F90 X 4 =QCk12mo 4.4.14 ra
somente das capacidades caloríficas dos componentes, que neste intervalo de temperatu
constantes. No entanto, o fluxo de cada componente varia com a
são aproximadament e
conversão.
Portanto:
Consideremos uma reação irre'versivel e em fase gasosa do tipo:
Qfluxo + Qgerado = Qextcmo
aA + bB -4 rR
Onde:
A H, = Ho — Ho Assim:
produtos reagrntes 4.4.15
\1—1 4.4.16
t Fi cp¡'= CpA +FB CpB +FR CpR
i=f
Sendo AH,. constante no intervalo de temperatura. Se varia com a temperatura,
utiliza-se a equação 4.4.8. Mas, pela relação:
cp, é a capacidade calorífica e é constante para cada componente. Se variar com a o
temperatura, utiliza-se a equação 4.4.9. FAO –FA = Feo –FB_ = FR FR,
A equação da energia, em termos de calor pode ser visualizada na figura 4.4.4: aFA O bF,fo
rFA o
FB = r M-
FAOI
LL
-a IX
\I aIl 1 Sendo que a função f(XA) depende da cinética de reação, podendo ser simples, múl-
tipla, complexa, irreversível ou reversível, em sistemas a volume constante (líquidos) ou
variável (gás).
=FAO+ L ( aIXA
4.4.1 Reator adiabático
Os reatores não isotérmicos e isotérmicos são os casos mais usados quando as reações são
Sendo M = -BO e FRO = O. Admite-se a = b = r =1. Portanto:
exotérmicas ou endotérmicas, podendo-se fornecer ou retirar calor para mantê-los isoter-
FAO
micamente ou não e determinar como a temperatura varia com o progresso da reação. Um
cpi = FAO [(1 –X A )cpA +(M — X A )CpB +XA c,R]
caso particular é o reator adiabático, onde não há troca de calor, mantendo-se o reator
J=1
isolado termicamente. Neste caso, a temperatura e a conversão no interior do reator variam
diferentemente. O termo Qexterno é nulo na equação 4.4.14 ou 4.4.18.
Onde:
c pa , c pa e c,,,, são os calores específicos dos componentes em (J/mol x K) Fj Cpj (T –To )+A H,F1O X A =0 4.4.19
j=I
O calor externo Qext depende do fluido de aquecimento (vapor) ou de resfriamento, Logo:
através de uma serpentina, manta, ou trocador de calor externo.
De uma maneira geral, usa-se o coeficiente global de troca de calor U , que consi- (T-To)=-A H, F.40 A 4.4.20
dera os coeficientes de troca de calor entre o fluido refrigerante e o fluido reagente, mas ^F.c pj
também o coeficiente de troca do material, ou seja, hfiuido e kR a condutividade do material.
Portanto,
Nota-se que a temperatura varia linearmente com a conversão. Por outro lado,
observa-se que o termo
Qextemo = U A.pefiC1e (T – T) 4.4.17
t Fj c pj
Onde T é a temperatura do sistema de reação e Tr a temperatura do fluido de troca i=t
externo (serpentina ou manta). Como representado na figura 4.4.4 o calor externo varia depende de cada componente, como vimos na equação 4.4.16. A entalpia de reação
linearmente com a temperatura de reação do sistema. –A Hr e os calores específicos c pjindependem da temperatura neste intervalo de
Substituindo as equações 4.4.17 e 4.4.16 na equação 4.4.14, vem: temperatura.
e substituindo o termo r;V pela expressão acima, obtém-se: 4.4.4 Análise dos efeitos térmicos
Nos reatores contínuos e bateladas, há uma série de parâmetros que permitem fazer urna
ni c p;T análise dos efeitos térmicos sobre a temperatura reacional dos sistemas.
–A H nAO A = \ i=' J Consideremos então a equação de energia para reatores contínuos PFR ou CSTR,
+Qex`em°
V dt dt equação 4.4.18 ou batelada equação 4.4.24
J AHr n AO dX A + JQ ,, dt= J^ni cP;dT 4.4.22 A transferência de calor, através da serpentina ou manta, será devido ao calor sen-
0 o 7o i=1
sível, sendo Tio a temperatura de entrada do fluido no trocador, cÉf seu calor específico,
e a vazão de entrada do fluido v0, ou seja:
Integrando X A entre O e X A ; T entre T0 e T , sendo dt a variável comum.
Substituindo o calor externo 'em função do coeficiente global de transferência de Q emo =1' A (T — Ts
calor, vem: e
Qs,^ ei = P f v fo c pf (Ti — Tio
UA (T— T)=A HrnAO X +c, (T— To ) 4.4.23
e
i=I
Igualando-se pode ser determinada a temperatura Tf e substituindo-a, obtém-se o
Esta é a equação geral da energia para um reator batelada, onde T é a temperatura calor retirado ou fornecido:
reacional, Ts a temperatura da serpentina ou manta e To a temperatura inicial do sistema.
Todos os outros parâmetros já foram definidos. (T —Tfo ) 4.4.24
Consideramos diferentes casos para analisar o efeito dos parâmetros sobre a tempe-
t=CAO A 4.3.5 ratura do sistema reacional. 3y
O V (— rj
Onde: • Se a capacidade calorífica do fluxo de alimentação é grande, ou seja:
Af%1X5';1¡' 'q.W I&.A
O sistema de reação será isotérmico, isto é: T — 7 . onde (3 é o novo parâmetro, que denominaremos de parâmetro de energia, já que envolve
no numerador a entalpia de reação e no denominador a energia sensível de fluxo de
calor.
• Se a capacidade calorífica de remoção ou adição de calor for muito grande, seja, devido Portanto, a temperatura que varia num sistema contínuo CSTR ou PFR adiabáticos
ao coeficiente global de transferência de calor ou devido a grande-área de transferência será:
de calor da serpentina ou n?anta, então,
T
1+(3X , 4.4.28
To
UA s —>
Neste caso o sistema será isotérmico, quando T - To. Num CSTR o tempo espacial será:
•
v XA
4.4.29
Se, por sua vez, a capacidade calorífica é muito baixa, seja devido ao baixo coeficiente
vo ko exp[— y/(T/To )](1—X _ a )
global de transferência de calor ou da área de transferência, então:
Neste caso, não haverá troca de calor e o reator será adiabático. Portanto, a temperatura Tkoe
1,a,
l+'rkoe`
Nos demais casos não isotérmicos os parâmetros, principalmente, vazão, capacidade
calorífica, coeficientes de transferência de calor e área de troca, influem significativamente Os resultados encontram-se na figura 4.4.5, para diferentes valores dos parâmetros
sobre o perfil de temperatura. y e (3. Na ordenada encontra-se a variável Tko que é proporcional ao volume do reator para
Consideremos como exemplo um CSTR adiabático e uma reação irreversível de determinadas condições de entrada e na abscissa a conversão X A .
Ia ordem, a volume constante. Sabe-se que a taxa de reação é:
13 Y
— rA )=k0 exp(— E/RT)CAO (1—XA ) 600
—n — Y=1,o 3=0,2
A constante de Arrhenius: —.—y=5,0 P=-0,2
--A--y=5,0 (3=0,0
—y—y=5,0 (3=0,5
k = k0 exp(— E/RT)=koexp[— y/(T/TO )] 5 = 0,2
- ♦- y = 5,0
T =1+ (—AHr)FAO X A o-
To F cP;
J=I
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Definindo: xq
— (— A Hr) FA o Figura 4.4.5 (tko) em função da conversão em reatores CSTR não isotérmicos.
o R 4.4.27
F cp;TO
.1=1
286 i PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL ) 287
Nota-se que, quando o reator opera isotermicamente ((3 = 0), o volume aumenta com A comparação entre os reatores PFR e CSTR, nas condições isotérmicas e adiabá-
a conversão, já que r V. Comparando com uma reação exotérmica, o volume depende ticas para o caso particular de (3 = 0,5 e y = 5,0 é mostrada na figura 4.4.7.
de (3ey. Notam-se diferenças significativas, principalmente para conversões acima de 50%,
Para o mesmo valor de (3 = 0,2 (exotérmico) e com energias de ativação diferentes, com fatores da ordem de 3 vezes, o que torna o reator adiabático muito importante.
y =1,0 e 5,0 há uma grande variação de volume, o mesmo acontecendo, fixando-se y = 5,0
n — (PFR adiabático, = 0,5)
e variando o parâmetro (3 = -0,2 ate (3 = 0,5. ` 600 (PFR isotérmico)
CSTR isotérmico
Quanto mais exotérmica a reação ((3 > 0) menor será a variação de volume para (CSTR adiabático, p = 0,5)
conversões maiores que 50%. Por outro lado, para reações endotérmicas ((3 < 0) o volume 500 —y— (CSTR isotérmico)
o-
T =1+(3X A 4.4.28
O
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Integrando para diferentes intervalos de XA, mas fixando os parâmetros de energia, E4.4.1 Uma reação irreversível do tipo A - R é feita num reator CSTR não isotérmico.
y = 5,0 e (3 = 0,5, obtém-se o gráfico da figura 4.4.6. Confirma-se também para o PFR que Deve-se processar 130 kg/h do reagente que é introduzido no reator a 20°C, sendo a con-
versão final de 90%. A temperatura final é de 160°C. Calcule o calor necessário para atingir
o volume do reator adiabático é significativamente menor que o volume do reator isotér-
esta temperatura e o volume do reator operando isotermicamente a 160°C, sendo dados:
mico para a mesma reação, principalmente para conversões acima de 50%.
400 - -(i°s70/T) h-1
– n – = 0,5 PFR adiabático Constante cinética: k = 2,61 x 1014 e
350 -
reação de 1' ordem, irreversivel
Calor de reação: AHR = 83 cal/g
y= 5,0
Calores específicos: CPA = CPB = 0,5 cal/g x °C
300 - Densidade da mistura: P = 0,9 g/cm 3
Isotérmico
Peso molecular de A: 250
250 -
150
100
n
n^ Exotérmico
50 n
^j n
n
o
0,2 0,4 0,6 0,8
xx
Figura 4.4.6 (tko) em-funçãe-da-m esau a1111rature5 PFR não isotérmicos.
Av1 ,•//:i' 4's. y.•rr^l`r^..tlue ^...C.°JS?^.fAJ ,. .. .e...^• R... .^ ,.. . . "r.:. ,A ,..ar,,A e;{ 4s e: .r[.k v6i:., ti..^.,.<. x'•S'r .. : +f. 1."r'ti J l'4b: : ...'W,.er -.:: °: a ._^. ~1,4- e ....ao .. ..,.•°,1Y...:..
Portanto:
^F
i=
cp./ = [FAO (1–XA) +XA] cp = FAO C P E4.4.3
Mas:
_G _ 130.000
250 = 520 (moles/h) 20"C 80°C
FA0 M
0,2 m' /min
290 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES Í M. SCHMAL 1 291
Solução
E4.4.3 Uma reação irreversível de 2a ordem e em fase líquida (A + B --> 2R), foi feita
• Conversão de equilíbrio a 80°C:
num CSTR adiabático de 1,5 litro. A s concentrações iniciais de A e B são respectiva-
Da equação da taxa e com a temperatura de 80°C, obtém-se: mente, 10 e 40 moles/L, sendo o fluxo volumétrico na entrada igual a 0,2 L/min. e a
temperatura inicial é de 17°C.
r=0,2110(1— X A ) 2 -0,0716X A 2 =0
Determine a conversão e a temperatura. Se o fluxo de entrada for 10 vezes menor,
XAe = 0,63 .calcule a conversão e temperatura: Se a temperatura de entrada for 50°C e a concentra-
ção de entrada 3.78 moles/ L, calcule a conversão e temperatura. São dados:
Conversão de saída do reator é igual a 60% de conversão de equilíbrio.
Portanto,
• Calor específico da mistura — > cP = 2,7 cal/g x K
XA = 0,378
• Calor de reação -- 4HR = -34.000 cal/ mol
• V olume do reator: • Constante cinética — > k = 33 x 109 exp (— 20.000 / RT)(L / mol min)
r = 0,210(1— X A ) 2 -0,0716XA -
v =ti = CAO X A 11 E4.4.3.1
Substituindo na expressão E4.4.1 a expressão da taxa e a conversão final, obtém-se:
v4 -r
( A)
V = 3,77 m3
Sendo:
• Á rea da serpentina:
Pelo balanço de energia no CSTR não isotérmico: M= CBO =4,0
CAO
Q, =Gc P ( T—T°)+A H,GX A =Ú ' A ,(T— T 0 ) Portanto:
FAO = C4OVO = 1,415 x 8 = 11,32 kmol/min XA
E4.4.3.2
T =CA °
33x10 9 exp(— 20.000/RT)CA 0 (1— X A )(M — XA )
G = FAO M = 11,32 x 88 = 996,16 kg/min
cP =1,864 x 103 J/kg x °C Nota-se que o há variação de temperatura no termo exponencial da constante
cinética. Portanto, se a reação ocorre adiabaticamente, temos que determinar a variação
60 CIA , = -8,48 x 106 (calor a ser retirado) de temperatura, utilizando o balanço de energia para o reator adiabático, cuja solução
foi apresentada na equação 4.4.28:
UA I =1,41x10 5 T
=1 +RXA 4.4.28
TO
A S= 1,02 m2
292 1 PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES Í M. SCHMAL 1 293
ko MCAO =9,9x10'3
kO = 33x10 9
E
Y= =34,8
RT0
+ B R
A
V
r=—=7,5 min
vo Determine o tempo de residência médio e o volume no PFR nas condições iso-
térmicas e o volume na condição adiabática, separadamente, para uma conversão final
Substituindo estes valores na equação E4.4.3.4 e resolvendo, obtêm-se três
soluções: de 10%, conhecendo-se:
Figura E4.4.4.1 Perfil de temperatura e conversão. Substituindo a expressão da taxa E4.4.4.1 obtém-se:
Solução
xf^ (i +E A XA) 2 A
E4.4.4.3
A taxa de reação irreversível e de 2a ordem para concentrações iniciais iguais será:
t–
O CAO (1 + E A X ,a )(1–
X ,.) 2
(1– X A )2 T
(–rA) = kCaoz l2 E4.4.4.1 Integrando, obtém-se:
( 1+F
AX .a) 2To)
- ,:1 X A (1.+EA)
O volume para um reator isotérmico pode ser determinado, substituindo a equação +EA ln(1– X A )]
da taxa no balanço molar do PFR, equação 4.3.17: t kCAO (1–X A )
• Isotérmico
t=159,4s
V ¡' dX
. T =— =C, o
J '
^'O
O
r
• Não isotérmico
Obtendo-se como solução: A taxa de reação irreversível e de 2a ordem para concentrações iniciais iguais
será:
EA )2 X a
T= 1 (1+ + E A 2 X A +2E A (l+E A )ln(l–X 4 ) E4.4.4.2
kCAO ( 1–X A) z (1–X 4 )°
–rA ^=kCA O (T
,Ti
1i J
( 1+E
4X .a
Cálculo de EA:
Determina-se a temperatura através do balanço de energia num sistema adiabá-
8a; 'I*H1 ^H sz '. 5i E'- tico, conforme equação.
Inicial 0,4 0,4 0 0,2 1,0
Final O O 0,4 0,2 '0,6 T =1+íw A 4.4.28
To
EA = -0,4 Onde:
__ —AHFAo
CAO = Y AO T = 8, 43 x 10 -3 moi / L
Onde:
4.5 REATORES ESPECÍFICOS
F CGl = FAO [(l — XA )cPA
- + (1— X A )c pB + XACPR ] A cinética das reações é específica para diferentes sistemas de reações e processos, mas
J= n válida para reatores isotérmicos e não isotérmicos. Dependendo da reação os efeitos sobre
a conversão, seletividade ou rendimento são bastante acentuados. As reações em fase líquida
^Fc} ;=FAO (57+2,5X ,) ou gasosa com alta capacidade calorífica podem ser realizadas em reatores específicos e
J=^ que operam isotermicamente ou não. Veremos os casos mais utilizados, como os reatores
semibatelada, reatores de reciclo, reatores de leito fixo e reatores com membranas.
41,5
E4.4.4.5
Q (57+2,5X,) 4.5.1 Reatores semibatelada
O reator semibatelada (tanque ou tubular) contém um reagente (líquido) em grande volume
Logo:
no tanque e vai reagindo continuamente com a adição de um segundo reagente, (líquido
T 41,5XA ou gasoso), sendo consumido instantaneamente. Note-se que a cinética é a mesma, mas o
-1+ E4.4.4.6 consumo vai aumentando com o tempo de reação à medida que o segundo componente é
To (57+2,5X,)
adicionado (figura 4.5.1).
=1 E4.4.4.7
o
107,50Ao
(l—XA) 41,5X, 18,8
1+ exp —
(I+c,X 4 )Z [ (57+2,5XA ) 41, 5XA
1+
57+2,5X,
Ay +
Sendo:
Figura 4.5.1 Esquema de reator semibatelada.
4.5.1
FAO—FA+(—r') V(t) = dt
Onde:
(—rA ) = taxa de reação
Resistência FA= fluxo molar do componente A
elétrica
V = Volume do sistema que varia com o tempo
FA=O
dV
CAO v ° -0+(-rA )V(t)= d(C,V) =V dCA +CA 4.5.2
dt dt dt
Figura 4.5.2 Perfis de concentração para diferentes casos.
A variação de volume com o tempo, causada pela adição do reagente A ao reagente
B contido no tanque é calculada, fazendo-se o balanço mássico global, considerando a
Variação do número de moles do densidade média p no sistema sem reação química. Assim sendo,
componente A.
d(pV) 4.5.3
povo -0+0=
dt
F,,(mol/h)
Moles de reagente Admitindo que a densidade média ao sistema é constante, isto é:
Moles de B contido no
reagente A tanque p=p O =cte
que entra em V V
L Obtém-se:
CB moi/1 _ dV 4.5.4
Diferente de outros sistemas, V0 dt
existe 8 no tanque Com a condição de contorno:
A(g) + B ra R
t=O-->V =V o
Figura 4.5.3 Balanço de massa (molar) no semibatelada. Obtém-se a variação de volume com o tempo, ou seja:
V =V° +v ° t 4.5.5
T=tio +t 4.5.6
f. ^•,^ t "1 .+
Substituindo equação 4.5.4 em 4.5.2, vem: Note-se que CAI é a concentração inicial de A no tanque antes da reação propria-
mente dita.
CAO V O - CA VO + (-r4 )V (t) = V dCA 4.5.7 A solução será:
dt i
CA 1 1 CA ; tio
mas, e A' 4.5.14
CA , (t+ti0)k* \rok* CA , (t+t o )
dCA _ dCA dti 4.5.8
dt d'r dt
eq.4.5.6
E4.5.1 Seja uma reação irreversível do tipo: A + B -* produtos, cuja taxa é representada
por uma reação pseudo la ordem. Esta reação se dá num reator semibatelada de 10 litros
Substituindo a equação 4.5.8 na equação 4.5.7, obtém-se:
e 25°C , cujos dados são:
( -rA) V (t ) 4.5.9 t = 0 — * CA o= 3 x 10-4 moles/L
(Cao — CA)vo + =V dCA
clT
— > CA ; = 5 x 10-5 moles/L
vo = 2 L/min
Consideremos uma reação irreversível e de 2a ordem
--> (-rA ) = 0,38 (mollLmin)
A + B -+ produtos
Calcule o tempo necessário para atingir a conversão estabilizada?
Onde o reagente Bem fase líquida está contido no reator de volume V com concen- Solução
tração CB e o reagente A é adicionado a uma vazão constante. Portanto, a cinética pode
ser representada por: Pela equação 4.5.14 precisamos calcular:
V
(-ri ) = k C,CB
4.5.10 To = — = 5 mm
vo
A concentração do reagente B é muito maior que a concentração de A e varia pouco Com k* = 0,38, calcula-se,
com a adição do reagente A, podendo admitir-se que a sua variação seja desprezível em
relação a concentração do reagente A. Neste caso, admite-se uma reação pseudo la ordem. rok* =1,9
CA 1 1 5 x 10' S e 0,381
Onde:
CAO 0,38(t+5) 1,9 3x10-0 (t +5)
k* = k CBo
Pela definição de conversão:
Substituindo a expressão da taxa 4.5.11 na equação 4.5.9 obtém-se:
C
XA =1-
CA CAo
(CAo -CA ) vo- k*CA V(t)=V 4.5.12
di Vem:
Rearranjando, vem: 2;63 1, 8 -0,38, E4.5.1
,A l-
t+5 + t+5 e
dCA + (1+Tk*) C -CA
A 4.5.13
d'r i T
0,5 1,0 1,5 3,0 5,0 10,0 20,0 25,0
t (min) O
Resolve-se esta equação usando o fator de integração fi = exp(f f (x)dx), com a XA 0,474 0,792 0,766 0,751 0,743 0,764 0,827 0,895 0,912
condição inicial: T = To --* CA = CA ;
302 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMA L CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMA L 1 303
i
Os resultados são colocados na figura E4.5.1.1:
T- V - CAO
A
1 ,o - VO r
4.5.15
n
0,9 —
Note-se que o limite inferior na entrada do reator mudou para XAI, sendo a conversão
em qualquer posição ou de saída XA (figura 4.5.4).
0,8 -
Sendo:
0,7 -
CA =C AO( 1—X A)
X e
0,6 - (1— l
CA I =CAO X AI)
0,5 —
Para simplificar a solução, admite-se uma reação irreversível de primeira ordem do
tipo: A - Produtos , cuja cinética, num sistema a volume constante, é representada por:
0,4 0
(-rA) =kCA =k CA O( 1 - X A
5 10 15 20 25 30
1
T PFR =--1n (1—XA ) 4.5.21
• Quando o reciclo é grande (R —• 00) haverá efeito de mistura e obtém-se uma solução CAO, v
o
que corresponde ao reator CSTR ideal. Neste caso, expandindo a função logarítmica nó 1 PFR
em série e desprezando os termos de ordem superior, obtém-se:
v o ,CA, v01 , • v01 Cai '
1 XA
4.5.22 1
k (1—XA )
CSTR v02 Reciclo
Portanto, dependendo da razão de reciclo têm-se soluções que podem indicar o
aumento da conversão final, da produtiQidade e podem representar comportamento do Balanço no nó (1):
reator não ideal. A razão de reciclo seria um parâmetro que indica o desvio do comporta-
mento ideal. E um parâmetro equivalente ao tempo de residência médio, que também CANO 1 CANO +C A V02 (a)
indica o grau de desvio do comportamento do reator ideal. Vai = Vo + V02
Exemplo
VóI
1+ R =
vo
E4.5.2 Uma reação A R + S se dá em fase líquida num sistema constituído de um
reator CSTR e um reator PFR com reciclo. Introduz-se no primeiro reator 1 kmol/m 3 vo ,=vo (1+R) (b)
de reagente A, e ambos operam isotermicamente a 300°C e a pressão atmosférica. O
volume do primeiro reator é de 0,086 m3 e a vazão de entrada é de 1,6 m 3/kseg. A Sendo:
conversão na saída do PFR é de 90%. R=1
vo
A reação é de Ia ordem e a constante cinética é (—rA ) = 8CA kmoles/m3 h. Substituindo (b) em (a), vem:
Calcule o volume do PFR considerando que a razão de reciclo R = 1.
C4, (1 + R)=CA , + C4R
Solução
Ou, em função das conversões:
Sendo a reação de primeira ordem tem-se a taxa:
(I—XA , ' )+ R (1—XA )
(— rA ) = 8CA = 8CA O (1— XA 1— X A , =
(I+R)
Para o 2° reator (PFR) com reciclo, utilizamos a equação 4.5.16: Fluido dinâmico
Sendo:
va, = v„ (1 + R) = 3,2 m3/kseg
Laminar Turbulento Leito fixo PFR ideal
Obtém-se: Figura 4.5.5 Esquema de reator heterofásico.
erência
Há, portanto, efeitos de dispersão axial e radial devido a fenômenos de transf
V — T e,R V 01 — 0,722 x 3,22,3 m3
de massa e de calor nos sistemas isotérmicos e não isotérmicos.
V= 2,3 m3 Para a transferência de massa por convecção, tem-se o fluxo de massa:
m = k„A C
Nos reatores CSTR e PFR ideais em fase homogênea os reagentes e produtos encontram-se A transferência de massa por difusão nos poros é dada pela lei de Fick, ou seja:
numa única fase. A reação homogênea ocorre numa fase líquida ou gasosa, cuja concen- dC
M
tração varia ao longo do reator PFR e no CSTR a concentração é instantânea. De dz
Num caso especial quando a reação ocorre na parede do tubo com o catalisador na dC = gradiente de concentração no poro (cilíndrico)
superfície interna do tubo e escoamento uniforme, o comportamento é igual a uma reação
em fase homogênea. dz
Se o catalisador é constituído de partículas tem-se um reator de leito particulado De = difusão efetiva do gás no poro
fixo ou móvel. O escoamento não é mais uniforme e a reação é considerada heterofásica.
O número de Reynolds é característico do escoamento e quando definido em função
Neste caso o catalisador é constituído de partículas sólidas, mas os reagentes e produtos
são gasosos ou líquidos, podendo ambos escoar através do leito particulado no sentido do diâmetro-da. partícula, será:
concorrente ou contracorrente. A reação pode ser catalítica ou não catalítica, e ocorre na 4.5.23
Re =. udP
superfície das partículas e/ou dentro dos poros do catalisador. Neste caso, o sistema é
considerado heterofásico, do tipo sólido-gás, sólido-líquido ou sólido-gás-líquido, respec- u = velocidade superficial do gás na secção transversal
tivamente, leito fixo ou móvel, leito trifásico (trickle bed) ou leito de lama.
dp = diâmetro das partículas
A fluido-dinâmica destes reatores é complexa. O perfil de velocidade numa secção v = viscosidade cinemática
transversal não é uniforme, devido à influência da parede e a porosidade do leito catalítico,
causando a não idealidade do reator contínuo. Por outro lado, as dispersões radiais e axiais, representando os coeficientes conv
tivos e difusivos nos poros, serão caracterizados pelo número de Péclet, assim defino
c-
As partículas sólidas apresentam altas áreas específicas devido a alta porosidade
(volume de poros). No reator de leito fixo ou móvel, ocorrem fenômenos de convecção, (ver capítulo 7):
devido a três mecanismos: difusão molecular; difusão de Knudsen nos poros das partículas 4.5.24
ud Taxa de transporte convectivo
e difusão superficial, dependendo das características geométricas dos poros e das partícu- Pé = P=
las. Procura-se determinar a difusão efetiva combinando os três fenômenos. DQ Taxa de transporte difusivo
308 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 309
u = velocidade superficial do gás na secção transversal Portanto, o número de Péclet (Pé) é um parâmetro importante para avaliar se há
dp = diâmetro das partículas efeitos de massa, e o número de Reynolds para verificar se o reator encontra-se em esco-
De = difusividade efetiva amento turbulento e consequentemente, nas condições próximas de um reator ideal podem-
se aplicar as equações básicas dos reatores ideais.
As dispersões radiais e axiais, em geral, existem num leito catalítico particulado.
No entanto, sob determinadas condi ões podem-se desprezar os gradientes radiais. Pode-se Exemplo
considerar a velocidade uniforme numa secção transversal (PFR ideal) quando a relação
entre os diâmetros do tubo e da partícula é maior que 30, e quándo o número de Reynolds
é elevado, caracterizando assim um escoamento mais próximo do turbulento, ou seja, altas E4.5.3 A hidrogenação do tolueno foi feita num reator tubular de leito fixo, contendo
velocidades superficiais (vazões elevadas). Neste caso, o número de Pé pode ser calcu- um catalisador (p = 2,3 g/cm 3 ). A reação se dá em fase vapor, operando isotermicamente
lado, conforme equação empírica ?: a 600°C e a pressão 10 atm. Introduz-se os reagentes com 20% de tolueno, 40% hidro-
gênio e o restante com inerte (%vol) com uma vazão de 400 L/min. Sabe-se que o fluxo
de saída do benzeno é de 10 moles/min. Calcule a massa de catalisador no reator,
Pé=1+19,4 4.5.25 sabendo que a cinética é dada pela seguinte expressão da taxa i .
P
Solução
C(t)
20% T
40% H2 Fe = 10 moles/min
40% N2
T = 600°
P=10atm
p = 2,3 gim'
CH3
T H B M
t
Sendo:
Cálculo da velocidade superficial: _YroP_0,2x10_ 2
CTO RT RT RT
A = rrd z
= 5,06 c m2
4
M= —
C `=20
Cro
v4x105 =7 9x(0 4 cm/min=13,1 m/s
u=-±'.= Substituindo as pressões parciais na equação E4.5.3.1, obtém-se:
A 5,06
5,6x10-°(1-XT )(2-X)T
Cálculo do número de Reynolds:
(-rr) 1+ 2,52 xXT + 2,02(1- X T)
udp = 13,1x2,54
Re= =4,52x10' Ou
u 0,74x10 6
336x10"6 (1-x )(2-XT )
E4.5.3.2
(-rr) (3,02+0,5x XT
Nota-se que o número de Reynolds é muito alto e encontra-se em regime turbu-
lento. Pode ser considerado como escoamento uniforme na secção transversal e ao longo
do leito. Substituindo a expressão da taxa E4.5.3.2 na ewlação 4.3.17, vem:
W zr
Cálculo do número de Péclet: (3,02+0,5xX T )dKr
E4.5.3.3
Fro - o 3,36x10 -6 (1-X r ) (2-XT )
ud 7, 9 x 104 x 0, 5
Pé= = -6,58x10'= 6,58 x 103
DQ 0,1x60 Cálculo de FTo
Logo:
0,2 x10 x 400
Fro = Y ro Fo = Cro v o = 0,082 x (273 + 600) _11 ,in
17
/min
(1/Pé) = 1,5 x 10-4
O critério para um reator com comportamento ideal é (1/Pé) = 2 x 10-3 . Cálculo da conversão final:
Portanto, os efeitos de transferência de massa e difusão são desprezíveis.
Os números de Reynolds e de Péclet indicam que o reator tem comportamento
FB = Fro X T
pseudo-homogêneo, próximo ao comportamento de um reator ideal. Nestas condições, XT = 0,89
podemos calcular a massa do catalisador, utilizando as equações de um PFR ideal.
Integrando a equação E4.5.3.3 e com os valores acima, obtém-se:
Logo, pela equação 4.3.17 vem:
W dX T
w= 2,2 x 104 kgcat
T ==C J 4.3.17
Fro
.ao
o
Um exemplo é utilizar os reatores de membranas para gerar e separar hidrogênio No segundo caso, a membrana é porosa e inerte, mas o catalisador encontra-se dentro
para células a combustível 1 . do reator, onde ocorrem as reações e um produto deve ser separado, passando através da
O hidrogénio pode ser obtido pela reforma do metano e reforma autotérmica, onde membrana porosa inerte, os demais passam diretamente até a saída do reator. Dessa
ocorrem as seguintes reações: maneira aumenta-se o rendimento ou seletividade para o produto desejado, aumentando
também a conversão, já que a reação se desloca na direção dos produtos 5,13.
Reforma com vapor: CHI + H20 t-a CO +3H2 AH 298K = 206 kJ/mol Consideremos uma reação do tipo:
Reforma seca: CH4 + CO2 2C0 +2H2 AH 298K = 247 kJ/mol A +B-9R+S
Oxidação parcial do metano: CH4 + 1/20 2 H CO +2H2 AH 298K = -36 kJ/mol Sendo R o produto a ser separado pela membrana.
Pelo balanço molar de qualquer componente no elemento de volume dV tem-se:
Reação deslocamento (shift): CO + H20 t-+ CO2 + H2 AH 298K = -41 kJ/mol
dn.
F.-(Fj+dF)+JrdV = di 4.5.26
As reações de reforma com vapor e a reforma seca são endotérmicas enquanto que
as reações de oxidação parcial do metano e de deslocamento são exotérmicas. No processo
autotérmico o processo toma-se exotérmico e é termodinamicamente favorável. Considerando o regime permanente, obtém-se genericamente (equação 4.3.13):
13á dois tipos de reatores com membranas mostrados na figura 4.5.7: JdF.=JrdV
a) Membrana catalítica (parede porosa ativa).
b) Membrana não catalítica (inerte).
Para o componente A vem (equação 4.3.16):
V_ Xf
d .a 4.5.27
Fo - (, ( - r,
Portanto,
— rt = ri?
RR = k C C R .4.5.30
E4.5.4 A reação
ç- em fase gasosa A F k ; R é feita num reator de membrana, sendo R o X A = 0 95
XA,
produto separado pela membrana. A reação é reversível e de la ordem, sendo k = 0,05 s—I .
O reator opera a 8,2 atm e a temperatura é constante a 227°C. A constante de equilíbrio a X A =0,316
227°C é igual a 0,5. Sabe-se que o fluxo de entrada do reator é de 2 moles/min e o volume Com separação
10 litros. Dada constante kc= 0,3s- I , calcule o fluxo de saída de R. A taxa muda, incluindo-se o termo de transferência de massa.
=0 33 E4.5.4.4
Ae 1 K \ X Ae/
A taxa resultante em função da conversão de equilíbrio será: Onde,
k'=(1+ke^=1,3 s-'
r=kC.ao l1- XA I E4.5.4.1
11 XAe J Substituindo a equação E4.5.4.4 na equação E4.5.4.3, e integrando, vem:
Sem separação:
X^
. =_ X A e In 1– k ^ X A E4.5.4.5
kk` \ XAe /
= V = CAO f dX A E4.5.4.2
vO o r
Dados, k = 0,05 s- I , T =1 min = 60 s, calcula-se a nova conversão:
Substituindo a equação da taxa E4.5.4.1, vem:
XA = 0,248
XA
T= ---In 1— E4.5.4.3 Finalmente, calculam-se os fluxos de R
k l X4)
Calculando a concentração inicial: Sem separação:
moles j
P 8,2 _ =C R V O =CA,vo X A =FAO X A =2x0, 316=0, 632
0,2 moUL FR
min
CAO _ RT _ 0, 082 x 500 —
Com separação:
Cálculo do fluxo volumétrico:
moles¡
FR =0,427
min )
=F4OXA
FAO 2 (L
v° _CA O 0 2 -10 1/min) A taxa de retirada será:
Cálculo do tempo espacial: molses ¡
RR = k C CR = kçC AO X A = 0,0644[
.iili^."
°!,' . ". fi i-dM1... teá^3 bV:A.".>>o.3n. ... .. I.au .°one..9..sd:a. .r .o P^ o_ .a 1. P...Br: ^.. . ^ o ^.r.,.
A escolha do reator é de grande importância e deve ser feita em base técnica. Há três Reator batelada:
critérios principais para diferenciar os reatores batelada, tanque e tubular: x, dx.
r 4.6.1
t = Coo r Al
• Volume do reator. \—rA /
• Produtividade.
Tanque (CSTR):
• Seletividade.
= CA0 XA
No primeiro critério comparam-se os volumes dos reatores com base no tempo de V = 4.6.2
residência médio para um determinado grau de avanço da reação ou conversão final. O tempo v0 ( — Y4
de residência médio depende da cinética de reação e, portanto, da taxa de reação, que por
sua vez depende se a reação ocorre a volume constante ou a volume variável. Num sistema Tubular (PFR):
a volume constante tem-se diretamente a relação entre os volumes, pois o tempo de residência V ¡.< dX
médio é igual ao tempo espacial, este definido como a relação entre o volume do reator e a ti= — =CAO J 4.6.3
vO o r
vazão na entrada do reator. Para uma mesma conversão a relação entre os volumes é pro-
porcional. Como o tempo de residência médio num reator PFR é similar ao tempo de reação
num reator batelada, pode-se admitir que tenham comportamentos similares e comparar Analisando as equações do PFR, batelada e CSTR, representadas pelas formulas 4.6.1-
somente os reatores tubulares (PFR) com os reatores tanque (CSTR) ideais 5.7 . 4.6.3, observa-se que a área debaixo da curva AC representa a integral da equação do PFR,
enquanto que a área do retângulo ABCD representa a equação do CSTR. A taxa correspon-
4.6.1 Comparação de volumes dente a concentração de saída no CSTR é igual a concentração media no tanque.
Para visualizar a diferença entre os volumes e os tempos de contatos nos reatores a figura Para uma dada temperatura constante e reações a volume constante, estas áreas são
4.6.1 mostra o inverso da taxa em função da conversão. Esta curva representa o compor- diretamente proporcionais aos tempos espaciais nos reatores e também aos tempos de
tamento cinético da reação, independentemente do tipo de reator. A taxa de reação decresce residências médios, admitindo-se a mesma vazão de entrada e uma mesma conversão final.
4y com o aumento da conversão e, portanto, o inverso da taxa é crescente e positivo. Portanto, elas representam os volumes dos reatores.
Pela figura 4.6.1 conclui-se que o volume de um CSTR é sempre maior que o volume
do PFR. O tempo espacial ou tempo de residência médio (contato) no PFR é sempre menor
que no CSTR. Como o tempo de reação do reator batelada é igual ao tempo de contato
do PFR, pode-se compará-lo diretamente com o PFR. Se a reação ocorre a volume variável,
os tempos de residência médios não são iguais aos tempos espaciais e, consequentemente,
os volumes não são proporcionais.
Pela figura 4.6.1 observa-se que para conversões baixas, os volumes dos reatores
PFR e CSTR são próximos, conforme áreas AEFG e, portanto, têm võlumes iguais. Estes
são usados para estudos cinéticos.
Consideremos alguns casos para comparar os volumes dos reatores PFR e CSTR e
verificar quais os parâmetros mais significativos no critério de comparação.
10,0
t=— 1 ln(1— X A ) 4.6.4
k vcsn,
1 XA
t t=- 4.6.5
k(1 –XÁ)
tcs,
tpF.,
Para a mesma vazão de alimentação os tempos espaciais são diretamente propor-
cionais aos volumes correspondentes. A relação entre os volumes do CSTR e PFR 5,0
[V CSTR
V PFR /
VPFR
A razão entre os volumes do CSTR e PFR será13 :
em relação à reação sem variação de volume (EA = 0), para uma mesma conversão final.
XA Quando há contração tem-se o inverso. Por exemplo, para uma reação irreversível de 2a
ordem, com EA = 1 e conversão X A = 0,80, obtém-se:
4.6.6
Exemplos
TPFR = 311 min = 5,2 h
E4.6.1 Efeito do Parâmetro M
O volume do PFR, sendo vo = 40 L/h:
Butanol e monobutilftalato reagem na presença de-11 2 SO4 formando dibutilftalato e
água em CSTR e PFR separadamente. Os reagentes encontram-se em dois tanques VPFR = 207 L
separados, contendo 0,2 mol/L de MBF e 1 mol/L de Butanol com 10 L/h e 30 L/h,
respectivamente. Misturam-se os reagentes antes de entrar no reator. A constante cinética Logo, a razão entre os volumes do CSTR/PFR será:
é: 7,4 x 10-2 L/molmin. Calcule os volumes do CSTR e PFR separadamente e mostre
a relação entre os volumes para uma mesma conversão de 70%. VCSTR = 2,5
V PFR
Solução
Taxa de reação: -rA = kC 4 CR , sendo A = Butanol e B = MBF os reagentes.
A vazão total na entrada do reator será:
+v02 = vo = 40 L / h
v01 E4.6.2 Efeito do Parâmetro EA
VCSTR = 520 L
t 1 1+EAXA
+In(1-XA )
No PFR tem-se: kCAO [ 1-X A J
_ 1 (M-X A )
4.6.6
t'" k CA O(M-1)1n M(1-X A )
322 1 PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES Í M. SCHMAL 1 323
Cálculo de EA:
Volume:
V CSTR = 159 litros
0,4 0,4 0 0,2 1,0
o O - 0,4.i' p;2 0,6 ` EA = - 0,4 . (contração)
Logo:
V PFR = 73,8 L
4.6.9
Turr =
XA (1+ EAXA )2 tPFR =CAO
1 11+E AA)
— rO)
kCAO (1— X A ) 2
Note-se que para os dois casos os tempos de contato médio são diferentes para
= 15,9 min
T CSTR
sistemas a volume constante e variável, dependendo de_E A. ____
324 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL l 325
Assim, 1,0
-
• seEA =O tcutr= T CSTR
- e t PFR — T PFR
• seEA ^ O
-4 t csrr # ZCSTR e tPFR # T PFR V CSTfl
• Em qualquer caso: tPFR = t barelada VPFA
CSTR:
0,5
aA C. AO X A –
WCSTR — ¿ 1+E A X A )(— rA ) 4.6.10
t
PFR:
aa = Cao X a _ 4.6.11
W t X" X w. — t
dX
(1+EAXA)(—r. )
Para exemplificar, consideramos uma reação reversível de primeira ordem direta e Xg/X=
reversa do tipo: A R R. A taxa resultante em função da conversão é conhecida. Substi- Figura 4.6.3 Comparação de produtividade e volume de reatores 13 .
tuindo-a nas equações 4.6.10 e 4.6.11, obtém-se:
4.6.3 Rendimento/seletividade
CAO k(l+N)X 4
W PFR / 4.6.12 Havendo mais de uma reação, onde um produto ou subproduto é desejado, a escolha do
(N+X Ae )ln 1— XA reator e as condições de reação são muito importantes, já que a cinética de cada reação
XAe depende da temperatura e da ordem de reação.
Onde: Inicialmente, vamos definir rendimento e seletividade para reações múltiplas que
ocorrem simultaneamente, seja para reações em paralelo, série ou mistas. Quando ocorre
N = CRo
somente uma etapa de reação, o rendimento confunde-se com a conversão.
Cao Considerando um sistema de reação do tipo:
_ CAO k(1+N)XAe XA 1 4.6.13
WCSTR
(N+X Ae ) 1 — XAe / I A +B R (produto desejado)
Substituindo a equação 4.6.22 na equação do rendimento global 4.6.20, obtém-se Requer-se alto rendimento e como mostram as equações acima, estas dependem da
para um sistema a volume constante (em função da concentração), cinética de cada reação, em particular da ordem de reação e das constantes cinéticas em
cada etapa.
1 c, Analisando o efeito da ordem de reação, sabendo que R é o produto desejado, se aí
4.6.23
cl:oA=–(C
–CA ) J YA dC A for maior que a2, então, pela equação 4.6.27, a diferença (ai — a2) é negativa e, portanto,
AO
a concentração aparece no denominador. Para que o rendimento seja alto, é necessário que
a concentração local seja grande, ou seja, baixa conversão, tal que rpA —> 1. Ao contrário,
Onde 4 A é o rendimento global.
se a2> a1, a concentração fica no numerador. Logo, a concentração CA local deve ser baixa,
ou seja, conversão alta. Para altas conversões sugere-se o reator PFR e para baixas con-
• Efeito da ordem de reação:
versões o CSTR. Se ai é maior que a2 o CSTR é a melhor solução.
Consideremos as reações em paralelo:
Esta reação deve ser feita num PFR e CSTR separadamente. Calcule os rendi- 1,0 —•.v^
mentos local e global em função da concentração na saída dos reatores, mantendo as CSTR/PFR
X = 0,5 _
(A = E4.6.3.2 F
SA [1+ k 1 0,4 X = 0,5
k1 C,,
= k2 0,2
Define-se: x' como um parâmetro que relaciona as duas constantes
k 1 CAo
cinéticas. y
o,o r -- T
O rendimento global do CSTR é igual ao rendimento local e, portanto, 0,0 0,2 0,4 0, 0, 1,0
c d c,a
1 7 CSTR
CSTR = Figura 4.6.5 Rendimento de PFR, OCSTR para x' = 0,5 e razão
l+x. c" para diferentes valores de x•. \ 0 PFR
C A
J
O rendimento global do PFR é determinado substituindo a equação E4.6.3.2 na
equação 4.6.23.
x C
C Nota-se que, ao contrario da comparação entre os volume de reatores, onde o
volume do CSTR é sempre maior que o do PFR, o rendimento no PFR é maior que o
= 1 + vX CA
In
1+x.
Ao
E4.6.3.3
PFR
[ CSTR. O mesmo vale para comparação de seletividades nos reatores.
1–
CA,
Para a seletividade em relação ao produto desejado, conforme equação 4.6.19,
obtém-se:
Analogamente, se (b2 - bt) > 0 então será necessário ter baixas concentrações de B
na saída. Portanto, sugere-se um reator PFR com A sendo alimentado na entrada e B ali-
mentado em várias posições. O reagente B é consumido imediatamente. A alimentação de
B sequencial permite que todo o reagente A seja consumido até o final do reator.
Se ao contrário (b1 - b2) > 0, ambos os reagentes saem com altas concentrações.
Sugere-se um CS T R .
1,2 -
Exemplo
1,0 -
0,8 -
E4.6.4 A decomposição térmica do butano se dá a 650°C e 1 atm, transformando-se em
0,6 - butadieno. Este por sua vez transforma-se por craqueamento e polimerização, conforme
taxas:
0,4
0,2 -
Butadieno k' - dímero (R) -+ produto desejado
0,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Butadieno HC (S) - produto indesejado
C ,,,/C A ,
z
Figura 4.6.6 Razão de rendimento e seletividade para PFR e CSTR. rR = kiPR E4.6.3.1
A relação entre as seletividades do CSTR e PFR é mostrada na figura 4.6.6.
rs = k2Pa
Verifica-se que o rendimento e a seletividade (definição alternativa) são distintos.
Sendo
O rendimento varia sempre de O a 1,0, enquanto que a seletividade pode ser maior que 1,
já que relaciona a taxa de formação do produto desejado com o produto indesejado. 30.000
lnk = +7,24
2 4,57T
• Presença de dois reagentes:
Quando há a presença de dois reagentes simultaneamente em duas reações paralelas, define-se . Alimentam-se o reator com 1 moi/1 de hidrocarbonetos, sendo 72,5% butenos e
o rendimento em relação ao reagente participante nas duas reações. Assim por exemplo: 27,5% de butadieno. Determine as condições finais nos reatores PFR e CSTR, admitindo
rendimento global de 80% do rendimento máximo em dímero.
k-
A +B R -* produto desejado
Solução
B -S - produto indesejado Butadieno é o reagente principal no sistema de reação paralela, sendo o dímero (R) o
produto principal. O rendimento no CSTR será dado pela equação 4.6.30:
Admite-se ordem genérica para as taxas de reações dos produtos formados:
1
0 CSTR
rR =k,C a °'CB a 4.6.30
[l+ X .Pso ]
rs = k 2 CB b,
Onde:
Como o reagente B participa das duas reações e R é o produto desejado, o rendi- k,
mento será: x=
'
1 kiPBo
`PB =
k .0 (` ' -q) 4.6.31 A 650°C - k2 = 1,14; kl = 8,47
l+?B
k, C,,'
PBO 0,275P
=0,275P=0,275 atm
334 1 PARTE 11: REATORES M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES Í M. SCHMAL 1 335
Logo: Onde:
k2 k2
= 0,49 = 0,50 x =18 k,CB,
k PBo
CB
—1- Mas, para uma conversão de B de 80% o valor de = 0,2 e sendo eD CSTR =
0,85, obtém-se x* = 0,035. CRo
O máximo rendimento no PFR para x* = 0,50 (figura 4.6.5) é de PFR= 0,67.
Para 80% do rendimento máximo o valor será Logo, a concentração C' O rendimento no PFR é dado:
'FFR = 0,5.
CAO CB
nas saídas do CSTR e PFR serão 0,65 e 0,35 e as conversões 0,35 e 0,65, x+
x ln C"
PFR =1+
respectivamente. 1+ 1+ x
CB
Ceo
Como a conversão no PFR é igual a do CSTR, obtém-se:
(D PFR = 0,934
E4.6.5 Consideremos um exemplo com participação de dois componentes, sendo
conhecidas as respectivas taxas de reação.
2B--- '=---> S -- produto indesejado Reações em série num sistema a volume constante, onde R é o produto desejado e S o
indesejado são representadas por:
rR = k, CA CB _ A A^ R S
Solução In ^I1
= A —(p 4.6.33 .
A taxa de transformação de B em ambas as reações é (— r8 ) = rR + 2rs e, portanto, o ren- `PR
(x -1)
dimento local será:
_ 1
1 x 4.6.34
qps 1(P .4
tPB = (x — 1) NAx — x
kzC R
1+2
k, CA Onde:
'a
Para determinar o rendimento máximo de R, calcula-se a sua concentração máxima Os rendimento ou seletividade máximos são obtidos para a concentração máxima
e o tempo correspondente. A concentração máxima, conforme equação 3.6.13: do produto R. Neste caso, obtém-se:
4.6.41 4.6.35
cPRm = x''x = 1+x '"=
^CSTRmH
4.6.36
0PFR =
(1–cPA)–[(x1 1)((PA—(PAx)]
CA0 –C 4 CR
= = 4.6.38
k,CA k,C 4 –k,CR
_ CR _
':D CSTR 4.6.40
C.40–CA
1+ x(1–(PA ) E4.6.6 Uma reação em série A S é feita num CSTR. A cinética é des-
(PA conhecida, mas o rendimento é de 68% e a conversão de A é 35%. Se o volume do
reator é de 300 L e o fluxo 150 L/min, calcule o rendimento da mesma reação e nas
Os resultados são mostrados na figura 4.6.7. Nota-se que o rendimento no CSTR é
sempre menor que do PFR e depende também do parâmetro x relacionando as velocidades mesmas condições no PFR.
específicas das reações
Solução
kz
O rendimento no CSTR é dado pela equação 4.6.40:
k,
CR = 1
^csrR
A diferença é maior para altas conversões, (PA pequeno. Quando a velocidade espe- CAO CA 1+ x( 1– (PA)
cífica de formação de R é maior que a de decomposição (x< 0), o rendimento do PFR é (PA
muito mais alto para altas conversões, decrescendo significativamente quando x > 0.
Finalmente, as velocidades específicas dependem da temperatura e da energia de ativação Sendo a conversão 35% o valor de chh = 0,65 e como c13,,,.= 0,68, obtém-se o
de cada etapa que podem influir na escolha do reator. valor de x = 0,874.
338 1 PARTE II: REATORES M. SCHMA L
CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMA L 1 339
O rendimento do PFR pode ser calculado pela equação 4.6.37 para a mesma A figura 4.7.1 mostra que é possível combinar reatores, diminuindo o volume ou o
conversão final, ou seja: çoA = 0,65 tempo de residência de cada um, associando-os de tal maneira que o volume final seja
equivalente ou igual ao volume de um (mico reator. A vantagem é combinar os reatores
em série ou paralelo de modo que ocupem um espaço menor com a mesma eficiência,
PFR=
xl
I x ^x=r) rendimento, seletividade e conversão final. Na figura 4.7.1 mostra-se dois reatores em
série. Assim, por exemplo, as áreas achuriadas ABEA' e BCDE indicam os dois reatores
PFR em série, sendo a conversão na saída do primeiro reator X A I e a saída do segundo
0,822 reator XA2 . Observa-se que a área é proporcionai ao volume de cada um, e, portanto, o
PFR –
volume total equivale a soma dos volumes V1 + V2 = VPFR.
Para calcular o volume do PFR, devemos determinar a constante kl. Esta pode
ser determinada pelo CSTR, tendo a vazão e o seu volume. Logo,
kl = 0,27 min-1
A
TPFR -CA OJ = 1 ln(l - X 4 )
ki Ca k,
A XA
XA,
XA2
4.7 COMBINAÇÃO DE REATORES Figura 4.7.1 Inverso da taxa de reação em função da conversão.
Foram estudados separadamente os reatores contínuos tanque (CSTR) e tubular (PFR) com
características próprias e distintas. Ao compará-los vimos que, para uma mesma conversão A área hachurada ABEE' equivale ao volume do primeiro CSTR e a área BDCF ao
final, o volume do CSTR é sempre maior que o do PFR, principalmente para altas conversões. segundo reator em série. Estes volumes são diferentes e a soma deles não é igual ao volume
Além disso, o tempo de residência médio no CSTR também é maior que no PFR. Ao con- de um único CSTR, indicado pela área ACDF'. Portanto, a combinação de os dois reatores
trario, o rendimento e a seletividade são sempre superiores no PFR comparado com o CSTR. CSTR em série permite diminuir o volume do reator, mas a mesma conversão final.
A cinética é a mesma para qualquer sistema e a taxa depende da concentração e Têm-se, consequentemente, diferentes tempos de residência médios em cada reator, aumen-
temperatura. O inverso da taxa em função da conversão é mostrado novamente na figura tando o rendimento final. Nota-se que a combinação de vários reatores CSTR em série
tende a se aproximar de um único reator PFR.
4.7.1, mas varia de reação para reação, seja ela irreversível ou reversível, e de ordem
genérica. Além.da combinação em série, podem-se colocar os reatores em paralelo. Conse-
quentemente aumenta-se a produção final com reatores de menor volume comparado com
Como vimos no capítulo anterior as equações básicas mostram que a área debaixo
um único reator de maior volume. Existem várias combinações, conforme figura 4.7.2.
da curva cinética ACDA' representa a integral da equação do balanço num PFR, enquanto
que a área retangular ACDF' representa a equação do balanço no CSTR. Ambos represen-
tam o tempo de residência médio dos reagentes nos reatores.
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Ji
tem-se o fluxo molar inicial FAO. Na saída do primeiro reator tem-se a concentração CAI e
r, subsequentemente, concentrações decrescentes C4 , Cat , até atingir a concentração final
C4n. Num sistema qualquer a volume variável ou constante calcula-se os fluxos molares
h) PFR correspondentes, FA ;. Define-se a conversão em relação ao reagente limitante na entrada
CSTR
do primeiro reator, tal que a conversão varie entre 0 e X A final do ultimo reator. Deve-se
PFR tomar como referência sempre a concentração inicial na entrada do primeiro reator e não
I)
em cada reator separadamente. As conversões intermediárias devem ser sempre menores
que a conversão final, variando entre X,,_; e XAi.
Figura 4.7.2 Combinação de reatores5. Fazendo o balanço molar em relação ao limitante A no i-reator (l;) obtém-se (figura
4.7.3 (a)):
1 Ou,
Como a conversão é definida por:
V ( X A, –X )
FAO — F„-, 4.7.6
FAO ( – ':a )
FAO
= F,O – F A
Esta expressão vale para sistemas com volume constante ou variável. Quando o
F40 sistema é a volume constante, pode-se fazer o balanço em função da concentração, con-
FAO —FA, forme expressão abaixo:
FA O
I; ( CAr-, –C.,,)
4.7.7
— =T=
vo ( —r1)
Obtém-se:
–dFA Como vimos anteriormente, a soma dos volumes dos tanques (CSTR) em série é
= F ,odXA
menor que a de um único CSTR (ver figura 4.7.1). Observa-se ainda que, quando o volume
e é constante, o tempo de residência médio será igual ao tempo espacial tcsrR = Tcs=R em
cada reator em série, mas é diferente para um único reator. A cinética da reação deve ser
Fgo dX a = – rA dV conhecida e é válida para qualquer reator em série ou paralelo.
O objetivo é determinar o número de reatores necessários, em série ou paralelo,
Integrando, vem: visando atingir a máxima conversão ou produtividade desejada com o menor volume
V x ' dX possível, bem como as condições de reação, para qualquer tipo de reação4, s.
4.7.2 E possível obter soluções analíticas para reatores em série para reações irreversíveis
=J A
FAO X•:_, (-rA) de la ou 2a ordem a volume constante, como veremos abaixo. Para os demais casos, as
soluções são complexas e exigem métodos computacionais 6 .
Comparando com o balanço num só reator, observa-se que a única mudança foi feita
nos limites de integração. Para n reatores em série, o volume total será igual a soma dos • Cálculo do número de reatores em série para uma reação irreversível de 10 ordem
volumes intermediários e a conversão final será XA „. Logo, Consideremos uma série de reatores CSTR de volumes iguais. Isto significa que o tempo
de residência médio e o tempo espacial são iguais em cada reator. Logo,
4.7.3 V
T. =
vo
Ou
Se o fluxo volumétrico vo é constante, num sistema a volume constante, podemos
dX dX afirmar que o tempo espacial total será T = n'ri.
XI A dX f"' dX X¡1,a;
Xr"
dX .4
A + + .A +...+ 4.7.4 A taxa para uma reação irreversível de la ordem será 13:
J
+XJ A
J J
0 ( - r,) 0 (- rA) 0 ( -rA) X " ,_, ( -rA) Xm,_i (-r4 )
Como i; = cte, pois os volumes são iguais, tem-se, após somar e subtrair a unidade
(1), a seguinte expressão: (—rA ) = kC,' = kC402 (1— X A) 2
Observa-se que a conversão inicial é nula XAO = O. Logo, V (X A; -XAI-1) ()G ) 4.7.11
( - r4) kCAO( 1-XA)2
(1—XA,)=(1+tik) 4.7.9
Nota-se que esta expressão contém um termo de 2° grau, cuja solução apresenta
Substituindo na equação 4.7.9, obtém-se sucessivamente: duas raízes. Sugere-se o caminho inverso: partindo da conversão final desejada no último
reator, calculando-se as conversões ou volumes nos reatores anteriores até chegar ao pri-
( 1—X AZ) =
meiro reator, observando que a conversão neste reator tem que ser positiva. Este método
1 z
(1+'r k) permite determinar~es diferentes de reatores em série, conhecendo as conversões nas
e entradas e saídas do mesmo. Assim, rearranjando a equação 4.7.11 obtém-se:
1 4.7.12
(1—X A,, ) = 4.7.10 (1—XAr-i)=(1—XA;)[(1+^;kCAO)(1—XAI)]
(1+i;k) n
Ou,
1
(1— )(A j =
((1 + T ;k)
i=i E4. 7.2 Considerando n reatores em série e conhecendo-se as conversões na saída do
primeiro 0,40 e no ultimo reator 0,85, calcule o número de reatores, sendo desconhecidas
as constantes cinéticas.
E4. 7.1 Admitindo que a conversão na saída do 1° reator é de 0,475 e na saída do ultimo
reator de igual volume é de 0,99, calcule o número de reatores CSTR em série. Observa- Solução
se que a cinética não foi dada, mas admite-se que a reação é irreversível e de Ia ordem. No primeiro reator a conversão 0,40. Substituindo na equação 4.7.12 para i = 1
XAt =
tem-se:
z ;kC 40 =1,1
Solução
Tendo a conversão no primeiro reator igual a 0,475, pela equação 4.7.9 determina-se o Sendo os volumes iguais tem-se que Ti = i = cte. Partindo-se do último reator
y_= termo (1 + T,k) -' = 0,525 Portanto, conhecendo a conversão final no último reator igual onde a conversão final é igual a X A „ = 0,85, calculam-se as conversões nos reatores
a 0,99, pode-se calcular as conversões intermediárias nas saídas de cada reator, utili- anteriores, utilizando a equação 4.7.12. A conversão na saída do primeiro reator não
zando a equação 4.7.10. Note-se que a conversão no ultimo reator não deve ultrapassar pode ser inferior a 40,0%. Resolvendo, obtém-se:
0,99. Com isto calcula-se o número de reatores CSTR necessários para atingir esta
conversão. = 0,241 < 0,40
Obtém-se 6 reatores em série de igual volume.
I
Portanto, para este caso, necessitam-se 7 reatores em série de igual volume.
Para reações mais complexas obtém-se soluções, utilizando-se métodos numéricos. 4.7.2 Reatores em paralelo
• Solução gráfica Consideremos reatores PFR ou CSTR em paralelo, conforme figura 4.7.2 (c, d) e detalhada
O método gráfico serve somente para visualizar a sequência de determinação de volumes na figura 4.7.5, para ambos os casos.
e condições de entrada e saída de reatores em série nas condições isotérmicas. A condição principal é que a concentração ou conversão na saída de ambos os
Tanto os volumes como o1 tempos de residência médios podem ser diferentes. reatores deve ser igual, implicando que o tempo de residência médio e tempo espacial
Deve-se conhecer a taxa de reação, que é válida para qualquer caso como representada na sejam iguais.
figura 4.7.4. Consequentemente, as concentrações, os fluxos volumétricos e os volumes de cada
reator podem ser diferentes.
Logo, pelo balanço molar chega-se a mesma expressão de um único reator, conforme
equações abaixo:
V _ ¡ dX ,,
PFR 4.7.14
FAO! o ( —rA )
U )
CSTR — /(X ^ 4.7.15
Fio; l—r+
)= — Ca; 4.7.13
Ti
Esta expressão representa uma linha reta que intercepta a curva da taxa (—rA ;), (a) (b)
obtendo-se a concentração na saída do reator seguinte, sendo o coeficiente angular igual a
Figura 4.7.5 Combinação de reatores PFR e CSTR em paralelo.
Ti visando atingir a máxima produtividade desejada, bem como as condições de reação, para
qualquer tipo de reação.
Pela figura, basta conhecer a concentração inicial, o tempo espacial no primeiro reator
para calcular diretamente a concentração de saída do reator e assim sucessivamente, até E possível obter soluções analíticas para reatores em série para reações irreversíveis
atingir a concentração final do ultimo reator, conforme indicado na figura 4.7.5. Os pontos de la ou 2a ordem a volume constante. Para os demais casos, as soluções são complexas
B, D e F representam as concentrações nas saídas dos reatores em série. Note-se que T, pode e exigem métodos computacionais.
ser diferente, portanto, os volumes também são diferentes °
O método pode ser usado para reatores PFR em série ou combinações diferentes.
.ssi ?itv 4 ,.rt!'a,^,Srtt e J-..'.{i_ i3,..ti:4>»^Yeg..sé.,. ti' ',"r. id,.t.__, xr.h?:, _.• nt' M^ > _ g::
t 4.6.23
°A- A dCA
1 J cp
`CAO —C C,O
A)
4.7.18
(c,. —c.)
de
E4.7.3 Conhecendo-se a cinética das reações pode-se também calcular o rendimento
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 n reatores em série. Para as reações:
Conversão X,,,
C82
4.7.4 Rendimento e seletividade em reatores em série r0 = kICA
Os rendimentos nos reatores CSTR e PFR foram estudados na seção 4.6.3 e quando com-
parados mostraram que o rendimento no PFR é sempre maior que no CSTR. Para n reatores
Solução
em série o rendimento global será igual a soma dos rendimentos em cada reator. No CSTR
o rendimento global é igual ao rendimento local, enquanto que no PFR o rendimento é Calcula-se o rendimento local:
integrado ao longo do reator, conforme equações 4.6.20 e 4.6.23. 1 E4.7.3.1
(P4 r'' —
(1+ kC,
Para n reatores em série:
k, CA
• CSTR em série
O rendimento para n reatores CSTR em série, será de acordo com a equação 4.7.18: Com dois reatores em série têm-se duas situações:
1,
• Dois reatores PFR em série com a conversão no ponto máximo e um segundo reator
1
C (CA -
em série, (curvas ABFH e BFDC).
k CA,)
i,-1
B_ j • A melhor combinação será com um CSTR seguido de um PFR. Portanto, o rendimento
— t\ 1+ x
global seria representado pelas áreas do retângulo ABFG e da curva BFDC. Qualquer
E4.7.3.2 outra combinação apresentará um rendimento global inferior.
(CA, —CA n)
Exemplos
Para qualquer cinética o rendimento local em função da conversão é mostrado na E4.7.4 Éster é hidrolisado com excesso de soda caustica. A solução de éster entra com
figura 4.7.7. Há dois casos, conforme figuras (a) e (b).
uma vazão de 200 L/min e concentração 0,02 moles/l, enquanto que a soda cáustica
com 50 L/min e 1 mol/L. A reação é de 2a ordem e irreversível, cuja velocidade espe-
(a) (b) cífica é 2 L/(mol x min). São utilizados três reatores CSTR em série, sendo o volume
do primeiro desconhecido, do segundo 2.200 L e o terceiro 800 L. Calcule o volume
do primeiro reator e as conversões na saída de cada reator, sabendo-se que a conversão
G final é de 95%. Utilize o método analítico.
E D¡
Solução
a) Método analítico:
Como a reação é de 2a ordem, tem-se a taxa:
Onde:
A =éster
B = soda cáustica
Figura 4.7.7 Rendimento em função da conversão: (a) e (b)4. 13 Mas a soda cáustica é bastante diluída e entra separadamente. Logo, as novas
concentrações na entrada do primeiro reator serão:
No caso (a) a curva do rendimento decresce com a conversão. O rendimento global
é a integral (equação 4.6.26) representada pela área debaixo da curva (HF) para uma con- CAO = 0,02 x 2500 = 0,016 (mo)
versão final (XA f) no ponto C. O rendimento global de um CSTR é mostrado pelo retângulo
(ACFG). Comparando, observa-se que o rendimento do PFR é maior que o CSTR. 50 =0,20 (mo)/
CBO=1,0x
Com dois reatores em série obtém-se os rendimentos pelas áreas debaixo das curvas 250 1 /
(HD) (HF) cuja soma é igual a de um único PFR. Com dois CSTR em série, os rendimentos
são representados pelas áreas dos retângulos e o rendimento global será a soma dos dois Observa-se que a concentração de soda cáustica (B) é maior e, portanto, o rea-
retângulos, diferente do rendimento de um único CSTR. O rendimento de dois CSTR é gente A é o limitante. A relação entre as concentrações iniciais será:
maior que o de um só CSTR, porém inferior ao rendimento de dois PFR em série. 12,5
No caso (b) a curva do rendimento apresenta um máximo no ponto B. No PFR o M = CBO =12,
CA,
rendimento global (curvaHFD) é menor que do CSTR (retângulo ACDH).
Pela equação da taxa o valor de Mé muito maior que a conversão XA. Neste caso,
pode-se desprezar o segundo termo e considerar a taxa como pseudoprimeira ordem.
352 PARTE II: REATORES M. SCHMAL
1
CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 353
Mas, Onde XAe é a conversão de equilíbrio. Resolvendo esta última equação determina-
se a conversão de equilíbrio. Logo, com K dado obtém-se:
T ; kMC AO =X3 kMCAO = ^óx2x12,5x0,016=1,28
g
0
(4K–1)X Ae 2 -8KX Ae +4K=0 E4.7.5.3
Logo:
X A ,-1 = X ..12 = 0,86 Logo:
X Ae =0,88
Para o segundo reator, têm-se a conversão de saída e o volume, e, portanto,
calcula-se: XAe = 1,14 raiz fictícia (desprezada)
T 2 kMC AO = 3,52
A conversão na saída do reator deverá ser 85% da conversão de equilíbrio. Logo,
XAt = 0,486
XA = 0,75
Sendo o fluxo total na entrada do primeiro reator 250 L/min, obtém-se o volume Substituindo a equação da taxa resultante na equação do CSTR 4.7.6, obtém-se:
do reator:
T 1'kMC AO = 0,94 XA Xa
T CSTR = CÃ O = E4.7.5.4
(r) '1 XA 2
Ti = 2,35 kCAO2 (1—XA)z
K4
V = 588 L
Com os valores de K = 16 e de X A = 0,75, obtém-se o valor de T e, consequente-
mente, conhecendo o fluxo vo = 3,5 m 3/h, calcula-se o volume de um CSTR.
V = 1,35 m3
E4. 7.5 Quer se processar uma reação reversível a volume constante do tipo 2A -o P + Q Considerando que a capacidade do reator disponível é apenas 5% do volume do
em um reator CSTR ou vários reatores em série. Introduz-se um fluxo de 3,5 m 3/h do reator calculado, ou seja,
reagente puro A com uma concentração inicial igual a 48 kmoles/m 3 . A velocidade
específica de reação direta é igual a 0,75 (m 3/kmol x h) e a constante de equilíbrio V = 0,067 m3
K = 16. Se a conversão final deve ser 85% da conversão de equilíbrio, calcule o volume
de um único CSTR. Se a capacidade dos reatores disponíveis é de apenas 5% da capa- Então o tempo espacial em cada reator (igual ao tempo de residência médio, já
cidade do volume calculado, quantos reatores CSTR em série seriam necessários? que o volume é constante) será:
Ti = 0,0193 h
Solução
Assumindo uma reação reversível a volume constante, tem-se a equação da taxa resultante Admite-se que os volumes sejam iguais e substituindo a taxa de reação E4.7.5.1
em função da conversão, conforme equação já apresentada na cinética, ou seja: na equação 4.7.6 obtém-se após rearranjo a seguinte expressão:
XA, 4K
r=kCAO 2 (1—XA ) 2 1 XA2 J E4.7.5.1 l–I 1 ){ (1+T;kCA ° 1— E4.7.5.5
Ll K 4 ll XAe1 X Ae 4K 1XAe )[IXAe -1)+I XAe
A conversão de equilíbrio para esta reação de 2a ordem direta e reversa também
Substituindo os valores vem:
é dada por:
354 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES ^ M. SCHMAL 1 355
4K — 1 Solução gráfica
1+ ti,kCAO A, = 0,604
4K X Calculam-se as áreas:
Substituindo-se a conversão final X A e = 0,75 e com os valores de X A e = 0,88 e
X 'Ae = 1,14, obtém-se sucessivamente: A o = 0,4 x 200 = 80
VPFRI = 160 m3
E4. 7.6Quer-se combinar reatores em série com base no gráfico representando a cinética
VPFR2 = 150 m3
de uma reação, conforme figura abaixo. Dados o fluxo volumétrico vo = 1 m 3/h e a
concentração inicial do reagente CA O = 1 kmoles/m3 , escolha a melhor combinação e
calcule os respectivos volumes. Note que a taxa é dada em moles/l x h.
- B
E4.7.7 Dois reatores PFR em paralelo processam uma reação do tipo A k > R + S em
fase gasosa. O reagente A é introduzido com 20% (1') de inerte separadamente, sendo
a pressão 10 atm e a temperatura isotérmica de 550°C. Sabe-se que o tempo de residência
médio num reator é de 3,3 min. O volume de um reator é o dobro do outro. Calcule a
razão entre os fluxos na entrada dos dois reatores, sendo dada a velocidade específica
da reação. Calcule a conversão na saída dos reatores.
Solução
A velocidade específica da reação é calculada para a temperatura de 550°C ou 823 K.
Logo, substituindo-se vem:
X„
v *n " 'k.°^. ._.^ dn, v vA ♦ f n, l/.' i,.. .. .. ^<..,,a.^, d.r.:r; .,^, , srt,
Conclui-se que a reação é irreversível e de 2a ordem e, portanto, a taxa corres- Substituindo-se os valores, obtém-se:
pondente, já em função da conversão será:
¡ z r=829s=13,7 min
l I^ 2 ( 1-X
2 n^AO
(-Y A1=kCA A) E4.7.7.1
(I+E A X A ) 2 Mas,
f
1
d4
-CA ° E4.7.7.2 v02
o (1+EA X A )(-r )
EAXA)+E4ln(l-X,)] E4.7.7.3
=[(^1
Cálculo de CA O:
CA O = PAO =Y A °
4 RT RT
=1,35x10 -1 (mol/L)
E.4. 7.8 Uma reação do tipo A--=-->
' R é feita num PFR que na verdade é composto por
Cálculo de E,4: 3 reatores em série. Introduz-se 100 moles/min de reagente a 25°C e aquece-se até
atingir a temperatura de 1 '00°C. Houve reação durante esta fase da aquecimento?
r... ç
0,8 O 0 0,2 A seguir o reator operou adiabaticamente, mas a temperatura não pode ultrapassar
0 0,8 , 0,8 0,2 650°C. No entanto, quer-se atingir uma conversão final de 85%. A_partir de 650°C o
reator operou isotermicamente, passando-se a retirar calor.
EA = 0,8 Perguntas
Substituindo estes valores na equação E4.7.7.3 e tendo o tempo de residência 1. O reator é equivalente a 3 reatores em série, sendo o primeiro não isotérmico, o segundo
médio, calcula-se a conversão na saída dos reatores: adiabático e o terceiro isotérmico. Quais as conversões na entrada e saída do segundo
reator (adiabático).
XA = 0,7 2. Calcule o volume do reator isotérmico.
3. Calcule o calor de aquecimento no primeiro e o calor necessário para manter o ter-
ceiro reator isotérmico?
Nota-se que a conversão final na saída de ambos os reatores é igual, já que o
tempo de residência em ambos os reatores deve ser o mesmo.
Dados:
Para calcular o tempo espacial, parte-se da equação geral do PFR. a 00T
0
k=4x106e min- 1
dX A
2 = CA0
J E4.7.7.4 A HR = - 150 kJ/mol
0 (-r )
Calor fÁ gua
Solução
1. Primeiro reator – Aquecimento de 25°C até 100°C
T
Pelo balanço de energia no PFR vem: =2,34
Ta
^F_C Pì = FAC pA +FR CPR = FAO (1- X A )CPA +FAO XA CPR E4.7.8.2
O terceiro reator em série opera isotermicamente, e conhecem-se as conversões
de entrada e saída, determinadas anteriormente. Logo, pelo balanço molar num PFR
Como CPA = CPR =180 J / mol°K tem-se:
O segundo termo:
O terceiro termo: Substituindo a expressão da taxa na equação E4.7.5.5 e integrando entre os limites
de conversão de entrada e saída do terceiro reator, vem:
Q=UAxAT=300x60x1x100=1,8x10 6
– 1 lnll–X4N
Substituindo-se os valores na equação E4.7.8.2, calcula-se a conversão na saída k 1-X,,
IJ
do primeiro reator. Neste caso,
Como o terceiro reator opera isotermicamente a 923 K, calcula-se k:
XAl = 0
8.00
-k=4x106e r
Portanto, não houve conversão durante o aquecimento.
No segundo reator, operando adiabaticamente, a temperatura aumenta, mas não k = 0,688 min -'
pode ultrapassar 650°C = 923K.
Pelo balanço de energia num sistema adiabático, deduzimos: Logo, pela equação E4.7.5.6 calcula-se,
T3 = 1,31 mim
T =1+(3XA E4.7.8.3
To Cálculo da concentração inicial:
•. a •. r e i4• t ..t^t 4 o., ,e °.¢a ^2.+. ..
vo F2,44x103 L/min
V3 = 3,2 m3
XAI = 0,501
Solução
Logo, no PFR tem-se a seguinte expressão:
CAO (1—XA )
1
VO _ kln E4.7.9.5
(1)
PFR
( 1— X
95% .41 )
X'AI = 0,103
362 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMA L 1 363
Dados:
= 80 J / mo1K - 3a22RT
CPR k=8,19x10 15 e (L/molxmin)
CRs=90J/molK
k = 1,106 (1/moi x min)
A HR = - 80 kJ/mol
Tendo o tempo de residência médio e com os valores acima, determina-se a con-
Isotérmico versão na saída do reator isotérmico:
XA = 0,203
O tempo espacial pode ser calculado pela seguinte equação E4.7.10.4, ou seja:
vo =194(L / min)
Substituindo a equação E4.7.10.1 na equação E4.7.10.2 e integrando, obtém-se:
V
ecom r=-
vo
E4.7.10.3
t— 1 (1—> A X ") +E 4 ln(1—X 4 )
kC,,, L(1—X,,) V= 1,05 m3
J
ï3
d', ., 'R2 °^ h .^.. ,J { F ^. .., ^, ^.... s' f o, .• r:.. ,irr aa T, a. , fi.:. ;b :.. :....: .,..^: i ...1:. u... b c., ., i.4, yd tfF..v .. F^.:. rr, er od• F Asnfd. a.laa.!„a:^% .,!.,Fp `...
r eat or ad iab át ico. Por t ant o, o v olum e d o r eat or ad iab át ico é o m esm o.
T =To +(3X 4
O nd e:
—^xR X FA0
1F C
Send o:
L ogo:
Conv er são X
= 470
E4.7.11 O r end im ent o local d e r eações m últ ip las foi d et er m inad o sem conhecer a ciné-
2
cp =0,6+2X A —5X 4
L ogo, o r end im ent o glob al no p r im eir o C ST R ser á igual ao r end im ent o local,
q uand o X AI = 0,2.
O nd e X A é a conv er são d o r eagent e. C om est e r esult ad o é p ossív el calcular o
r end im ent o d e um r eat or ou d e v ár ios r eat or es com b inad os. V er ifiq ue q ual é a m elhor
CSTR = =0,8
com b inação p ossív el.
=0=2—lO X A =0
CAPITULO 4: REATORES 1 1 367
366 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL M. SCHMAL
Onde: os
E4.7.12.1
ri,y =kI [ M ][H 2] " k, = 55 (L / mol)
= Cao dX .a -dC., 5
E4.7.12.2 r2T =k ,[X ][H2] 2
k2= 30 (L/mol)°'
Logo:
Para um tempo esr16tial de 30 min a concentração máxima de m-xileno foi de
06
3.13.10-3 e a do Mesitileno foi 2.10-2 moles/l, com temperatura de 700 K e 1 atm.
CI) PrR = 1
- X .41) 0,2
J (0,6+2X ,, - 5X , 2 )dXa Calcule o rendimento local no PFR.
Resumindo:
M = Mesitileno
Y32 65%
X = m-xileno
T = Tolueno
Portanto, o rendimento global será de acordo com a equação 4.7.18: CH4 = Metano
H2 = Hidrogênio
( C Á I-I - C .a, M+ H2 - X +CH,
o = 1=I
X + H2 - T+ CH4
( C.ao - CA „
1 =0,71=71%
dFV = rlX - r2X
dF,,
1M
dV
E4.7.12 As reações abaixo se processam no reator CSTR isotérmico:
dFT
—YZr
dV _
CH3
rICH + r2CH ,,
dV
d
H, >
+
rM = k, L M JL H 2 1 E4.7.12.5 A taxa intrínseca é definida pela cinética na superficie do poro ou nos sítios super-
ficiais, nas condições de reação e, 1 é doravante denominado fator de efetividade. Ainda
aqui desprezamos os efeitos de massa ou calor externos.
Logo, substituindo equações E4.7.12.4 e E4.7.12.5 em E4.7.12.3 vem:
Definiremos inicialmente o fluxo de A por unidade de área, como
[X r
i
k2
PPx=1– E4.7.12.6 moles
k, [ M ]
cm' - h
Substituindo os valores de concentração e constantes vem:
e consideremos uma partícula de modelo esférico. Logo, o fluxo molar de reagente (A)
cpx =0,918
que passa por um elemento Ar será igual as, 7:
d ( F'.a )
–r,,'A ;r2 -0 4.8.6
dr
Sob condições equimolares, o fluxo direto é igual a contra difusão. Pela lei de Ficíc
o fluxo de difusão do gás A através do poro será:
dCa
Figura 4.8.1 Efeitos de difusão intraparticula. FaI, =–D dr 4.8.7
370 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
Substituindo equação 4.8.7 em 4.8.6 vem: Nesta equação o termo cn é chamado Módulo de Thiele. Ele representa a relação
entra a taxa de reação superficial e taxa de difusão no poro, ou seja:
d( r2D dCa )
dr kRCa Sg ps Taxa Reação
+r' A .r- 2 =0 4.8.8
dr De (C,; -0 ) Taxa Difusão 4.8.15
R
A área interna A; é desconhecida, mas a área superficial total Sg (BET) e a densidade
da partícula sólida ps, são grandezas que podem ser medidas. Logo,
Nota-se que no numerador o parâmetro mais importante é a velocidade específica,
=
A, í cm sendo a taxa de reação representada por k'Ca , enquanto que no denominador a
g 4.8.9
difusão efetiva De junto com o gradiente de concentração dividida pelo raio do poro ou
P, Ssord "
partícula, representa a taxa de difusão.
O módulo de Thiele é definido para qualquer ordem de reação n. Para o caso parti-
A taxa de reação de desaparecimento de .r' moles depende da ordem de reação. cular de uma reação de primeira ordem, tem-se:
m2xh
Admitindo uma reação irreversível e de ordem genérica n, vem:
k'Sg p
r'j = –k'C,, 4.8.10 =R 4.8.16
D
Substituindo equações 4.8.10 e 9 na equação 4.8.8, tem-se:
Onde:
dCA 1 k' é a velocidade específica da reação de primeira ordem e tem unidade
cm'
d (r-Q
D
dr — cm2s
k'C a"S gPs r2 = 0 4.8.11
dr A área específica total Sg (cm2/g) é medida por BET
A densidade do sólido ps (g/cm 3).
Onde k' moles
x h) é a velocidade específica (unidade por área). ( cm 2\
m2 Coeficiente de difusão De
s ,
D, (m 2 /s) difusão efetiva. O coeficiente de difusão efetiva de Knudsen e de difusão molecular dos componen-
1 Transformando a equação acima, obtém-se uma equação diferencial geral para o tes gasosos são distintos e determinados por correlações empíricas ou na maioria dos casos
perfil de concentração: são tabelados , 6, 7
d2CA 2 dCA k'C,; Sg P, Observa-se que o módulo de Thiele apresenta casos limites.
4.8.12
dr- r dr DQ • Quando o seu valor é alto significa que a difusão efetiva ou taxa de difusão é muito
Esta equação pode ser resolvida com as seguintes condições de contorno: pequena em relação à taxa de reação e, consequentemente, a difusão é a etapa
limitante.
r=0 CA = finito • O oposto ocorre quando o módulo de Thiele é pequeno, representando uma velocidade
4.6.13 de reação lenta em relação à velocidade de difusão e, portanto, a reação química
r=R -* C, = CA , --> concentração superficial
superficial é a etapa limitante.
Adimensionalisando com:
A equação 4.8.14 pode ser resolvida para as condições de contorno indicadas,
obtendo-se a seguinte solução:
Esta expressão é válida para uma reação de primeira ordem. Os perfis de concen-
tração são ilustrados na figura 4.8.2, e dependem do módulo de Thiele.
.x- .14155.
Ar Vir`:av a d >, h.:. .,b t ^,.^ :tC;3,v ., .1.$.).,J.h.
A figura 4.8.2 mostra os perfis de concentração em função do raio do poro para os A taxa observada seria dada pela difusão no poro, mais pre cisamente pela taxa de
casos limites de difusão controlando e reação química controlando em função do módulo difusão dentro do poro, equação 4.8.3. Logo,
de Thiele. Observa-se que com a difusão controlando a reação praticamente acaba próximo
a superfície, quando r -> R. O oposto ocorre quando a reação química controla, o perfil
de concentração ocorre ao longo do raio do poro. FA Lárea =E4 47rr z
--
1,0 1 Junto com a equação 4.8.7, vem:
dC 4
AIr=
-DQ dr
O1 Pequeno Vem:
dCA
Reação r,;es =-4r[r2D, =-4rrRCA sDe d7<,
dr 4.8.20
superficia 1 r=R
controla
onde x = r/R
Derivando a equação 4.8.17 vem:
do
= coth O, -1 4.8.21
d2i, X=1
4ttR '
rn =-kCils S g p s 4.8.19 Colocando num gráfico o fator de efetividade em função do módulo de Thiele
3 (escala logarítmica, calculado), obtém-se a figura 4.8.3. Esta curva é semelhante a citada
Nota-se que, como a reação é irreversível e de primeira ordem em relação a A, a na maioria dos livros1-5' 9, 10.
unidade de Observa-se que quando o módulo de Thiele é pequeno (da ordem de 0,5),'o fator
( de efetividade é praticamente igual a 1, não afetando a taxa de reação observada. Por outro
s lado, para 01 variando de 2 até 10, nota-se que o fator de efetividade varia linearmente.
ce a unidade de (— Acima de 10 o fator ri sofre um desvio maior, indicando forte efeito de difusão nos poros
(cm2sj
ss da partícula esférica, afetando significativamente a taxa de reação observada em relação a
taxa de reação intrínseca.
374 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1375
6'
k
R 2 CA" 'Sg p
.v
_ 4.8.27
D
1=( 3n
4.8.28
2 1%
n+1
2 'Z 3 DQ
C', ^ 4.8.29
q– n+1) R\k,,Sg ps
Esta expressão é válida para reações com grandes efeitos difusivos e para esferas,
1
mas de ordem genérica. Observa-se que o fator de efetividade nas condições isotérmicas
Figura 4.8.3 Fator de efetividade em função do módulo de Thiele.
não ultrapassa o valor unitário.
Quando a reação não é isotérmica, principalmente nas reações fortemente exotér-
Para valores de 1 entre 2 e 10 pode-se admitir uma variação linear do fator de
0313 micas, o fator de efetividade varia sensivelmente com a temperatura, já que a temperatura
efetividade com o módulo de Thiele, ou seja (coth(D, - 0), portanto, varia no interior dos poros ou partículas, provocando um gradiente de temperatura, devido
a reação química. E necessário fazer um balanço de energia para um modelo específico
3 (esfera, cilindro). Vale lembrar que a velocidade específica de reação varia com a tempe-
tl _ 4.8.24
ratura. A solução da equação de energia nos conduz a um parâmetro de energia, assim
definido s, -':
Aqui, o módulo de Thiele é definido para uma ordem genérica.
Para uma reação irreversível de la ordem, o módulo de Thiele é, de acordo com a C,,, (–A HR )DQ AT
equação 4.8.16, dado pela seguinte expressão: 4.8.30
T,
=R ^kSg p s Onde:
V D, (-A I-IR ) = calor de reação (kcal/mol)
= respectivamente, a condutividade térmica e a temperatura na superfície do poro ou
k,Ts
Substituindo-se na equação 4.8.24, obtém-se:
partícula
3 \I DQ
4.8.25
A Tm a máxima diferença de temperatura entre a superfície externa e a do poro.
R k Sg p,
O parâmetro de energia (3 tem sinal positivo se a reação for exotérmica e negativo
Neste caso, pode-se determinar diretamente a taxa observada, substituindo a equação quando for endotérmica.
4.8.25 na equação da taxa, Para estas condições obtém-se:
= 3 jD, k Sg p
(m) 0 _ T _ (– A uR ) De
ob,
R
CA, 4.8.26 (c. – Cm) 4.8.31
T kT
Quando o módulo de Thiele é grande o valor de Cm é efetivamente nulo e a máxima 4.8.2 Efeitos da difusão intrapartícula sobre os parâmetros
diferença de temperatura entre o centro e a superfície externa da partícula será igual a: experimentais
(—AR )DQ Quando há efeitos de difusão intrapartícula a taxa observada é diferente da taxa intrínseca
T= (C 4.8.32 superficial, controlada somente pela cinética de reação e, portanto, deve ser corrigi pelo
°
fator de efetividade rl.
O fator de efetividade para reações não isotérmicas em função do módulo de Thiele Com fortes efeitos difusivos este fator de efetividade é inversamente proporcional
pode ser representado genericamente, pela figura 4.8.4. Nota-se que para sistemas isotér- ao módulo de Thiele. Quando a ordem de reação é genérica n deve-se tomar o cuidado na
micos o valor de (3 = 0. Admitindo uma reação exotérmica com (—AHR ) = 20 Kcal/mol; interpretação do resultado experimental, já que, segundo a equação 4.8.29, a ordem de
condutividade térmica ke = 2 x 10-3 cal / (°Ccros) e DQ = 0,I(cm2 / s) e a concentração reação não é a mesma da taxa intrínseca. A taxa observada é dada por:
externa C, =10 -4 mol / cm3 , obtém-se uma diferença de temperatura de 100°C.
Na verdade, os valores experimentais podem ser inferiores, mas os cálculos indicam
que se não levarmos em consideração o gradiente de temperatura o erro pode ser signifi-
cativo. A figura 4.8.4 mostra o comportamento do fator de efetividade quando há gradientes Substituindo-se o fator de efetividade em função do módulo de Thiele, o fator é
de temperatura nas partículas. inversamente proporcional ao módulo de Thiele quando há fortes efeitos difusivos. Logo,
ií com a equação 4.8.29 vem:
2 1S
X 4.8.33
3(?
R n+l
Dek j Ca
r°b S
Ou
r br
=3( 2)Y 2 I P(k o
ler)l
[eJ
(i+./
Ca 4.8.34
R n+l SK ,
Tem-se, portanto, uma ordem de reação medida aparente n', que será obtida, igua-
lando as equações 4.8.34 e 4.8.35:
Solução
O fator de frequência aparente contém vários parâmetros, sendo proporcional a
Adimite-se uma reação reversível de la ordem direta e reversa, já que a solução e bas-
I De tante diluída, ou seja:
Isto sugere que ele aumenta com grande coeficiente de difusão, e diminui com alta
Logo, a taxa será:
área superficial.
Existem várias maneiras para determinar os efeitos difusivos e, vários critérios para
verificar se há fortes efeitos difusivos. A maioria desses critérios é particular para cada r"=kC,–k'CR =k[c 4 – I CR] E4.8.1.1
K
tipo de reação e sob condições limitadas.
O critério mais usado é conhecido como critério de Weisz-Prater, que é definido No equilíbrio, a taxa resultante é nula, ou seja:
como, a relação entre a taxa observada e a taxa de difusão, ou seja [1-3, 6-9]:
Cne
K= = X =16,6
= r obs = r'observadar'i"r ^2
4.8.38 1– X A
wr = Tl " CA e
rD rim rD
Portanto, a conversão de equilíbrio será:
__ t,tx1U xl
1 =0,213
1,65x10 5 x [0,94 – 0,75)x 0,021
. dY !^.^....!,.5:.ae}P..vrbtov.l.,T... :.,e J<
„,f s£e+d.-.^... dY ',•° d P.:. y^ IFR.,.,S:.._.ra....:... .^` o::., r,^e4^^,.,
Mas,
rD
_
'"Sg
De CA,
R
z
=3,02
Logo:
Mas, o fator de efetividade etn função do módulo de Thiele é igual a:
`P„ _ = 0,28
10, 6
– 3(4), cothO, -1) 3 r 1 1 1 E4.8.1.5
413,2 cl), tanh t1 O, Por este critério não há efeitos de difusão quando o raio da partícula é menor.
Resolve-se este sistema por iteração, arbitrando um valor de fl e calculando (13 1 até
achar o valor correto do fator de efetividade. Por iteração, parte-se de n = 0,70 obtém-se
após 3 iterações seguidas, utilizando as equações E4.8.4 e E4.8.5, os seguintes-valeres:
4.9 TRANSFERÊNCIA DE MASSA COM DIFUSÃO
=6,30
1 =0 , 4 0 0 Num reator catalítico o fluido escoa através das partículas e há resistência causada pelo
gradiente de concentração entre o meio fluido e a superficie da partícula. Esta resistência
deve ser acrescida à resistência à difusão nos poros ou interpartículas.
A taxa global deve considerar estes fenômenos junto com a reação química. A figura
4.9.1 mostra os perfis de concentração causados por diferentes fenômenos num sistema
E4.8.2 Considere o mesmo problema anterior, onde foi feita mais uma experiência com sólido-gás ou sólido-líquido na presença de uma partícula porosa.
um diâmetro de partícula esférica igual a 0,13 cm, sendo que a taxa observada foi
0,8 x 10-5 moles/sgea t . Os demais valores são iguais. Determine qual o tamanho neces-
sário para eliminar os efeitos difusivos? Transferência
de massa
Solução externa + difusão
Utiliza-se o critério de Weisz-Prater, equação 4.8.40, junto com a equação 4.8.39, ou seja: (II)
„
Rl z r obs _
Partícula
k1J E4.8.2.8
y12
R22
2
r”obsl ,
Substituindo os raios e as taxas, obtém-se: Figura 4.9.1 Efeitos de transferência de massa externos+ internos.
`P” =10,57 A concentração externa CA O é conhecida e CA varia no filme até atingir a concen-
T12
tração na superfície do poro ou da partícula, CAS. Observa-se que devido a resistência a
Logo, `11 ,2 = 11 transferência de massa na região 1 há um gradiente de concentração. Logo, a taxa de
10,6 1
transferência de massa nesta região seria igual a:
382 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
CAPITULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 383
(—r ") = kS
Ra = km a,,, (C, — C A,) 4.9.1 g CAO (1— X .a ^
1+
k S gA0n 4.9.8
Onde: ka
"
(—rA ) = k'S g CA s = k'Sg C.4 (1— X A S ) Tl 4.9.4
Em regime permanente as taxas de transferência de massa e de reação com difusão E4.9.1 Uma reação irreversível é feita num PFR contendo catalisador de partículas
são iguais. Logo: esféricas de 3 mm de diâmetro. Introduz-se o reagente A puro com uma vazão de 1.000
Lis, sendo a pressão 1 atm e temperatura constante de 300°C. A conversão na saída do
k ,,,a,,, (CA — CAS) = k'S g CAS Tl 4.9.5 reator deve ser 80%. Calcule a massa de catalisador que deve ser colocada no reator,
conhecendo-se os dados adicionais:
Colocando em função da conversão, vem:
Solução
P
A Taxa será: x10-2 (mole,/)
C4O = RT = 2,12
-= J( „) 21,2 (mole/)
F = CAO V O =
s/
Finalmente, calculamos a massa:
Substituindo a taxa na equação 4.9.3 e integrando, obtém-se:
W = 896g = 0,89 kg
W1
ln(1–XA )
F k*CAO Sem transferência de massa:
Sendo k. = k 'S» 7
k' =k'Sg r1=0,07 x300x0,154=3,23
Precisamos calcular S2 Pela equação 4.9.9 vem: cm/xs)
_, Tl Logo,
k'Sg rl W_
1+ ln(l–X,)=23,4
k na,,, F k.11
Para avaliar o catalisador nas mesmas condições industriais, faz-se um scale down Deposição de carbono — filamentos:
em laboratório, utilizando a mesma velocidade espacial, pressão e temperatura, mas com
uma massa de catalisador em escala de bancada. Além disso, para avaliar os catalisadores
sob regime cinético, determinam-se condições tais que sejam minimizados os efeitos difu-
sivos e de massa. Nestas condições podem ser feitas avaliações comparativas entre os
resultados de bancada e os obtidos ndustrialmente.
A escolha do catalisador comercial mais apropriado passa necessariamente pela
determinação da estabilidade. O envenenamento e deposição de coque podem ser reversí- Figura 4.10.1 Esquemas de desativação.
veis, enquanto a sinterização é geralmente um processo irreversível.
A sinterização é um processo termodinamicamente favorável que diminui a área A figura 4.10.2 apresenta um resultado interessante da conversão de etanol em
superficial do catalisador. Embora a natureza do sólido e a atmosfera à qual o catalisador função do tempo nos testes catalíticos sobre catalisadores de Níquel suportados, realizados
esteja exposto influenciem o processo, o fenômeno de sinterização é basicamente domi- em diferentes temperaturas.
nado pela temperatura. A temperatura mínima de sinterização pode ser estimada a partir
da temperatura de fusão do sólido (Tfusão), dada em K12 : 0,9
—A— 723K
= 0,3 TTusão 4.10.1 0,8 -
—O— 773K
— *— 873K
A temperatura de fusão do Ni é 1.726 K. Assim, segundo a equação, a sinterização 0,7 -
—C— 973K
do níquel pode iniciar a partir de 517 K.
0,6 -
Coque são espécies carbonáceas deficientes de H2, que se depositam sobre a super-
fície do catalisador. A deposição de coque pode ocorrer sobre a superfície catalítica. O 0,5 -
carbono quimissorve muitas vezes de forma reversível. Assim sendo, o catalisador pode
ser regenerado pela eliminação do carbono com algum agente oxidante, tal como 02, H2O 0,4 -
ou mesmo CO2 . No entanto, em alguns casos as elevadas temperaturas necessárias para a
oxidação do carbono podem promover a sinterização do metal, o que diminuiria a atividade 0,3 -
do catalisador para o reuso.
0,2 -
Esquematicamente: r
0,1 -
• •
Sinterização:
0,0
00:00 00:25 00:50 01:15 01:40 02:05 02:30 02:55
Tempo (horas)
Figura 4.10.2 Conversão de etanol em função do tempo para diferentes temperaturas.
Condições: GHSV = 200 mLEtOH x min-1 x gcat-1 , H20/EtOH = 3, vo = 100 mUmin.
Conforme pode ser observado nesta figura 4.10.2, a atividade inicial do catalisador
aumenta com a temperatura. Para as temperaturas de 773 e 873 K a desativação é muito
elevada. A medida de carbono é feita por termogravimetria (ATG), ou seja, por oxidação,
acompanhando-se a perda de massa, conforme figura 4.10.3.
Envenenamento e deposição de coque sobre os sítios ativos: A 557°C há uma perda da massa, indicando que há carbono depositado sobre os
sítios ativos e, portanto, provocando desativação constante. A 570°C houve bloqueio dos
poros. Há também formação de carbono filamentoso.
A figura 4.10.4 mostra a análise obtida por microscopia eletrônica de varredura
(MEV) do catalisador desativado. Observa-se a grande quantidade de filamentos de carbono
sobre a superfície do catalisador, bem como aglomerados de coque.
388 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES i M. SCHMAL 1 389
Nota-se que a taxa é dada por massa de catalisador e neste caso deve-se conhecer
a área superficial das partículas Sg.
A taxa de desativação varia com o tempo e pode ser de ordem genérica:
da
rd =--=kda
dl
" 4.10.5
Em geral é de primeira ordem, mas pode também ser de ordem fracionaria, dep en-
dendo do mecanismo de desativação, satisfazendo a lei das potencial. Admitimo s o caso
mais simples de primeira ordem e assim teremos:
ii
390 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMA L
1
CAPÍTULO 4: REATORES i M. SCHMA L 1391 1
Integrando, tem-se a variação da atividade com o tempo para uma temperatura 4.10.2 Desativação no reator PFR ou CSTR
constante, ou seja: Partindo da equação do PFR ou batelada
a=e 4.10.8 x,,
= t = CAO dA
¡ Y
Finalmente, substituindo as equação 4.10.8 na equação 4.10.4, vem: 0 \ A'' ) obs
kdr
4.10.9 Onde [ é o tempo de reação e r o tempo espacial.
=k'SgCA11e
Esta taxa depende da partícula.(pellet) e no caso são partículas esféricas. Se não há A taxa observada em função da conversão é dada pela equação 4.10.4, em função
efeitos difusivos o fator de efetividade r1 = 1. No entanto, se há efeitos difusivos este fator da efetividade e da ativação: .
decresce sensivelmente e depende do módulo de Thiele. O fator de efetividade varia con-
forme equação 4.8.24 ( —rA" )obs = g
k 'aS CAO (1— X A )' 1
3
rl _ Substituindo-a na equação do PFR, considerando efeitos difusivos, usando as equa-
ções 4.10.10 e o fator de efetividade, obtém-se para um PFR com efeitos difusivos:
O módulo de Thiele (DL deve ser corrigido, variando também com a.
3k'Sg i (-z
In^l— X A )= e 4.10.11
0,6 _
E4.10.1 Uma reação irreversível é feita num PFR contendo catalisador de partículas
esféricas de 24 mm de diâmetro. Este reator é do tipo com alta taxa de reciclo, e
0,4 - comporta-se como um CSTR. Introduz-se o reagente A puro a pressão 1 atm e tempe-
ratura constante de 300°C, com um tempo espacial de 4.000 (kg x s/m3 ). Foram feitas
medidas de conversão com o tempo, conforme tabela abaixo Calcule a taxa de desati-
0,2 - vação com e sem difusão, conhecendo-se os dados adicionais:
z
D, =2 x10 -8 m2) ; Sg =--30( m Z kg ); PS V3)
=1.500( k
O 2 4 6' . Calcula-se o módulo de Thiele para verificar se não há difusão com os dados
0,75 0,64 0,52 0,39 acima.
Solução k'SgP.
(I), = R
Consideremos inicialmente o caso sem difusão: D,
Trata-se de um PFR com alta razão de reciclo, comportando-se, portanto, como 2,493x10 5 x30 x1.500
um CSTR. A solução é (r( = 1) (equação 4.10.12): 4), =2,4x10-3 -8 =18
2,0x10
k'
-0,4 Porém:
3k'Sg c
-0,6
0 1 2 3 4 5 6 7
Tempo(h) Mas:
Figura 4.10.6 Taxa de desativação.
k'SgPs
=R
Portanto, o coeficiente angular nos dá o valor de kd = 0,256 h-1 e o coeficiente De
linear permite calcular 1n(kSg i,„r,) =1,096. Daí, calculamos o valor de k', tendo Logo:
Sg = 30 m2/kg e 1= = 4.000 (kg x s/m3) R2p
k ' -- =9x10
Sg 'r2De -4(m/,m )
s
k' = 2,493 x 10-5 (m' /m2s)
Ou
Ou
k" = 2,7 x 10-2 (m3 /kgs)
k" = 7,48 x 10-4 (m3 /kgs)
394 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 395
0,8
Calcularemos novamente o módulo de Thiele com os dados acima.
I k'Sg p s 0,6
4) –R
' D,
XA
0,2
Portanto, o valor correto da constante será:
k'OS g P,
(I>, d = R =1084
DQ 4.10.4 Desativação forçada
e o fator de efetividade será: O teste de desativação forçada a altas temperaturas permite simular rapidamente a desati-
vação do catalisador durante uma campanha. Para certas condições há uma drástica redução
_ 3 _ 3 de atividade. A seguir procura-se determinar as condições de regeneração.
11
1084
A desativação forçada pode ser provocada de duas maneiras:
Finalmente a conversão varia com o tempo e a atividade será:
Sem difusão: 1. Através de testes em temperaturas mais altas, induzindo de certa forma a sinterização
XA -(0.2561) do material para verificar qual o grau de desativação por um período limitado e curto.
= k'Sgti,,fre-(0.2561) = 2,99e 2. Utilizando a carga real com altas concentrações do componente principal, aumentando
1–X A
o craqueamento e a formação de coque.
Com difusão:
XA 3k'S g ti
Os catalisadores são testados acompanhando-se a conversão com o tempo. Aumenta-
/
= 0,5, e -0s2i se gradativamente a temperatura, voltando a condição inicial. Após os testes catalíticos os
1–XA catalisadores são analisados por termogravimetria para verificar a quantidade de coque
Portanto, formado.
XA 0,521
= 0,5
1–X A
Para verificar os dados, temos a seguinte figura 4.10.7:
396 1 PARTE II: REATORES M. SCHMAL
CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 397
a, N
^.re én ;^^'
+3Yrï vst. r^ - .va^.âft^ce^ü,s^^ E4.10.3 Com base nos resultados experimentais acima e com os dados do exemplo
i t
anterior, admitindo a desativação sem difusão, mas com desativação forçada, calculamos
B gasolina 5,2 51,7 77,1 87,1' 60,8 a curva da conversão vs tempo. Partindo da equação 4.10.12 e os dados da tabela 4.10.2,
carga sintética 34,5 42,8 90,9 98,5 calculamos as constantes de desativação, admitindo comportamento próximo do CSTR.
C gasolina 5,4 6,6 8,6, 3;9
carga sintética 96,5. 78,1 98,9 99,3
A gasolina 11,6 52,6 82,8 93;8 83,5 X A = 2, 99e -(' ° ')
carga sintética 45,7 .97,2 99;7 . 1—XA
*a 350°C
O tempo estimado da reação foi de t = 5 h. Logo, calculamos as constantes kd
utilizando as conversões da tabela 4.10.2:
Nesta etapa observa-se uma grande desativação com relação à etapa 1, utilizando
a carga sintética. Isto é constatado principalmente com o catalisador C, que praticamente XA = 0,35-4kd (60°C)=0,35
não havia sofrido desativação anteriormente (em torno de 4%) após tratamento severo
°a 350°C. No caso dos outros dois catalisadores, A e B, apesar de sofrerem também um Após desativação a 350°C e novo teste de atividade, para o mesmo tempo de 5 h:
aumento na desativação, de 65 para 94% e de 54 para 88%, respectivamente, observa-se
uma recuperação na atividade destes catalisadores após a etapa de regeneração. XA = 0,05 -* kd (120°C) = 0,77
Os resultados de atividade com gasolina de pirólise na conversão do estireno e,
medida a 120° C, para as três amostras selecionadas, são mostrados na figura 4.10.9.
398 1 PARTE II: REATORES Í M. SCHMA L CAPÍTULO 4: REATORES Í M. SCHMA L 1 399
Substituindo estes valores na equação 4.10.11 e com os mesmos dados de conversão ou mesmo CO 2 . No entanto, em alguns casos, as elevadas temperaturas para a oxidação
do problema anterior variando XA com o tempo de reação obtém-se o gráfico da figura 4.10.9. do carbono podem promover a sinterização do metal. A oxidação ou combustão ar na
presença de vapor de água permite a remoção do coque.
O processo de regeneração dos catalisadores não é simples e envolve uma série de
parâmetros que estão diretamente relacionados com a desativação. E fundamental conhecer
os mecanismos de desativação para poder escolher as condições de regeneração. São afe-
tadas as propriedades texturais, como a área superficial e volume de poros, bem como as
fases superficiais metálicas ou propriedades ácidas do suporte. Portanto, dependem da
história do processo, do tipo de alimentação, do tipo de processo e suas variáveis, como
a pressão e temperatura, que são os principais fatores de desativação. Portanto, a regene-
ração tem sentido quando a desativação pode ser revertida ou as fases podem ser recupe-
radas, e só pode ser avaliado caso a caso.
Os parâmetros que influem sobre o processo de regeneração são as taxas de aque-
cimento no processo de combustão do coque, o tempo de regeneração e os gases carreados
no fluxo de regeneração.
Evidentemente, a taxa de combustão é critica e a temperatura de ignição, que por
ser altamente exotérmica provoca aumentos de temperatura incontroláveis. A dissipação
de calor é uma alternativa para evitar bruscos aquecimentos devido à ignição de combus-
0,0 ;, . 11 tão, o que é significativo quando a relação atômica H/C é elevada. Finalmente o tempo de
O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011 121314151617181920 remoção do coque é fundamental e pode ser feito em vários ciclos sem que o processo
Tempo (h) seja afetado.
Figura 4.10.9 Desativação dos catalisadores — constantes de desativação. No processo queima-se o carbono ocorrem as seguintes reações:
Os resultados mostram que a desativação após 6 h foi de 0,38 enquanto que com C + 02 -4 CO2 AH°298K = - 406,4 kJ/mol
desativação forçada após 6 h a conversão foi da ordem de 0,02, indicando uma queda
2C + 02 -4 2C0 AH°298K = - 246,3 kJ/mol
acentuada. Extrapolando a curva de desativação normal o tempo necessário para desa-
tivação completa seria de 11,5 h. CO +'/2 02 --4 CO2 AH°298K = - 567,3 kJ/mol
C + 2 H2 - CH4 AH°298K = - 83,8 kJ/mol
C + H2O -> CO +H2 .H°298K = 118,5 kJ/mol
A—R
In E— 1 +InI 4.10.13
TCz R TC E
As curvas de DSC das amostras para diferentes casos são mostradas na figura
4.10.11.
Figura 4.10.12Perfis de Oxidação das amostras: (a) 02, (b) CO, (c) CO2.
Condições: 10 K x min- i , 5 %0 2/He sem adição de água.
A valiação catalítica
Utiliza-se um reator de leito fixo variando a temperatura fixando a pressão total e a velo-
cidade espacial. Os experimentos são realizados em testes contínuos durante 30 dias.
Sólido
A (produto, gás)
R (produto, gás)
Interface
Cinza
Figura 4.10.13 Modelo uniforme de consumo de sólido.
O balanço molar num elemento de superfície 4nr2 entre r e r + dr, onde não há Figura 4.10.14 Perfil de concentração de consumo de sólido.
reação será:
N a 4nr2 1-NA 4nr2 0
r+dr - Logo, o fluxo molar de reagente A na interface será:
Logo: dC
NA =-E4 - 4.10.17
NA r2 )= 0 4.10.15
dr ` R
r2
R Rot
Subtituindo na equação 4.10.14, vem:
Balanço em relação ao sólido (carbono):
(_Dr2 dCA
)=o 4.10.15 Taxa gerada = taxa acumulada
2 d(^nR 'pe)
r' 41rr =
dt
Com a condição de contorno: dR r" 4.10.18
Na superfície externa: - r = Ro -+ CA = CAO dt pe
Na interface: -> r = R(t) -^ CA = 0
Onde
Resolvendo a equação 4.10.13, obtém-se (equação 110.36): E = fração de sólido
1 1 p = densidade de sólido
Co __ R r 4.10.16 A taxa de reação (desaparecimento) na interface é igual ao fluxo de reagente A que
Co,o 1_
chega até a interface:
R Ro
De CA,
O perfil de concentração ao longo do raio é mostrado na figura 4.10.14:
r = NA ir R- R2 4.10.19
CR
RJ
404 Í PARTE II: REATORES Í M. SCHMAL
CAPÍTULO 4: REATORES Í M. SCHMAL 1 405
(
t=
pR02 c
1_3[R +2I R 4.10.21
6D,CAO
ll Roi ll Ro J)
Caso particular:
A reação química na camada não reagida é determinante. Neste caso, a taxa de reação será
de primeira ordem, ou seja:
rs "=ks CA
dR rs" = k CA o
dt p£ p£
t pRoorl
\ RRJ]
406 1 PARTE 11: REATORES 1 M. SCHMAL CAPITULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1407
PFR
CSTR £A = - 0,25
t = — In (1— X A ) 1.3
O valor da constante pode ser calculado à temperatura de reação de 150°C, ou seja: Cálculo de vo:
5.400
lnk=— +12,5
T
Como t = 3 min
71
= 0,7x 50
v =ti = C.ao XA CA O - PA O
= 5,52 x 10-' moles / L
R T 0,082x773
v0 (-r
Logo:
Substituindo a taxa equaçãó 1.1, e substituindo os valores para a mesma conversão,
vem: Fao = CAO Vo
i = 4,71 min
Tendo o fluxo e a concentração, calcula-se:
Com a mesma vazão de entrada obtém-se o volume:
VO = -
F A0 =90,5 L/h=1,5 L/ min
V= 1,63 m3 CA O
Logo:
4.11.2 A reação A ^R+S é irreversível e de la ordem. É feita num PFR com 50 = V = 0,084 min = 5,04 s
'r 2.3
tubos, sendo cada um de de diâmetro e 1 m de altura. Introduz-se 200 kg/h de rea- vo
gente, com peso molecularA = 80 junto com 30% inerte, à pressão de 50 atm e temperatura
de 500°C. A conversão de saída é de 80%. Calcule o tempo de residência médio. Cálculo de EA :
Solução
A taxa-de reação será: Inicial 0 0 0,3
Final 0 0,7 0,7 0,3
(1-X Á )
-Y A = kCA = CA0 1+ E 2.1
AXA EA = 0,7
Substituindo esta taxa na equação do PFR vem: Com estes valores calcula-se a constante cinética, utilizando a equação 2.2:
Para determinar 'r precisamos calcular o volume e a vazão. O tempo de residência médio pode ser determinado, usando a equação para o tempo
Sendo o fluxo de massa total G dado, temos que para cada tubo: de residência médio no PFR, ou seja: equação 1.3, admitindo a mesma conversão de 80%.
G,= Ó
S =4kg/h t=-kln (1-)(A )
Sabe-se que a reação é elementar e k = 0,07 (L/mol x min) a 27°C, sendo a energia
de ativação igual a 20 kcaUmol.
Qual dos reatores você recomendaria e sob que condições? Justifique.
Se a reação fosse feita num reator batelada de 200 litros e a conversão final fosse
igual a do PFR, calcule o tempo necessário a 77°C e a 0°C, sabendo-se que as concentra-
ções iniciais são iguais a 1 moUL.
Solução
A: 5 Umin, 4 (moles/LI
10 L/min, 2 moles/l
B: 5 Umin 4 (moles/L)
2X 2 –2X ,,+1=0
No CSTR
X A > 1 impossível.
No PFR
Calcula-se a constante k a 77 e 0°C. Mas a 27°C tem-se k e, portanto, ko será: Calcula-se:
412 1 PARTE II: REATORES M. SCHMAL C APÍTULO 4: REATORES M. SCHMAL ^ 413
= CAO d A
3.6
0 ( -rA) A equação do CSTR:
M
4.4
J )
k 50 =13,8 (L/mol x min) L
Mas substituindo os valores em k*
Obtém-se:
2yk0 [I,] =10 _2 /2,150x-2 x10 -2 Js -' molL '
k = kn, =S
t = 0,65 min k, l mo1L 's '
t = 5.000 min = 83 h = 3 dias Substituindo os valores de k* e a conversão de 80% na equação 4.4 vem; .
V=12,6L
414 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
CAPÍTULO 4: REATORES Í M. SCHMAL 1 415
_V _ JdX
T – — CA o 4.11.6 A figura a seguir mostra o comportamento da taxa em função da conversão.
o r
Podem-se sugerir os seguintes casos:
Cuja solução é:
• Dois PFR em série.
1 X • Um PFR e um CSTR em série.
^(1+BA );
l +E A ' X A +2x 4 (1+E A )In(1–X A 5.2 • Dois CSTR em série.
k C AO ( ^) )]
Qual o esquema que resulta no menor volume total?
Base de cálculo: 1,0 g A unidade da taxa: (mol/L/min) e a vazão de entrada vo = 10 L/min. A concentração
inicial CA = 1 mol/L.
NA _0,5_
nA 40 – 0,0125 mol
MA Solução
Calculam-se as áreas, considerando que o volume é proporcional a área;
n,= = Ó=0,025mol
0
Mr V
No PFR = 1= = = CAo x área (integral)
Cálculo de e f r
_yÁo P _ 0,33 _
-2 moles / L(kmoles / m3
CA 0 R T 0, 082 x 333–5,68 x10
t46^3'"bá\.,,3á.,-k+"e^ML ^ti.^,:éé > 1.V^RY A^!A,.:S',•..?=ï..Y ,ac, ni .^
nf CSTR,
Área 3=2,0
Para o primeiro caso: admitindo PFR 1 em série com PFR 2 , obtém-se uma área total Cálculo das vazões e concentrações de entrada do reator:
de 2,4.
Para o segundo caso: PFR 1 em série com CSTR 2 , obtém-se uma área total de 2,7. L
Para o terceiro caso: CSTR Z em série com CSTR2 obtém-se uma área total de 3,2.
O volume total com menor área é quando se tem PFR 1 em série com PFR 2 . C.a01 v01 = CHO V O
O sistema mais indicado tem um volume total: Vtotal=24 litros. 2 x 10 = CAO x 40 -4 CAO = 5 x 10 —1 moles / L
C 01 v01 = Cao v°
4.11.7 Dibutilftalato (DBF) é produzido a partir de MBF com butanol em fase líquida
e catalisada com H 2 SO 4 num CSTR, conforme reação: 1x30=CBO x40-->CB0 = 7,5 x10-' moles / L
HC, ,O
CH C'
CH , C-- 1
1 Substituindo 4.1 em 4.2 vem:
OH O
H9C4
V XA
4 .11.8 Uma reação irreversível deve ser feita no PFR e CSTR separadamente. Calcule A relação:
os volumes dos mesmos, conhecendo-se a cinética conforme dados abaixo, sendo o vcsrR = 2,4
fluxo de entrada igual a 2 m 3 /min. A pressão é de 1 atm e a temperatura 300°C. Introduz-
V PFR
se o reagente com 30% de inerte. ^%2
XA, T 2 =120
Solução
Pela velocidade específica de reação pode-se dizer que a reação é de 2a ordem, e
portanto,
– Cálculo de CAO
0,7
,7x1
-2 (moles/L)
= 0,082 x573 =1,49x10 Portanto:
x,, dx
V =2,46x10"
No PFR = i = = CA, J A
= CA o x área(integral) = 3,72 s ka
vo o r
Logo:
V XA
No CSTR = — = = CA o = CA, x área (retângulo) = 8,9 s
vo (—rA
VcsTR = 17,8 L
fl
—rA =kCZ=k CA O (1 — XA )2 =1,5x1x(1—0,7) 2 =0,135(kmoles/m'kseg) 9.4 4.11.10 Dois reatores em paralelo processam uma reação do tipo A R + S em fase
gasosa. O reagente A é introduzido com 20% (v) de inerte separadamente, à pressão de
Substituindo as equações 9.4 em 9.3 e considerando que o tempo de residência 10 atm e temperatura de 550°C. Sabe-se que o tempo de residência médio num reator
médio é igual a 50 kseg, vem: é de 3,3 min. O volume de um reator é o dobro do outro. Calcule a razão entre os fluxos
de entrada nos dois reatores, sendo dado:
FA, =13,4
12.00
O fluxo molar de saída do 1° reator: lnk -+10,6 (L/molxs)
T
Calcule as conversões nas saídas dos reatores.
FAO–FA' =X A ,=0,33
F4o
Mas: Solução
FAO = C Vo
AO
A+1
20
vO = =20 m' /kseg
Como t = i
V2 = tiu0 =54 m' A+I V 1 =2V 2
Considerando que a taxa de saída do 1° reator seja igual, calculamos a temperatura Para calcular a constante a 550°C:
no primeiro reator.
12.000 +10,6 10.1
Ink=— T,
— r4 = kC', (1– X A , )2 = k x1 x (1– 0,33) 2 = 0,135 (Imoles / m 'kseg)
84.000
4.11.11 A dimerização 2M => ' D é feita num reator PFR adiabático em fase líquida.
r O reagente entra com 1,3 m3/kseg, a uma temperatura de 312 K. Calcule o volume e a
t=CAo o ( l+E .a'V A ) (—r4 temperatura na saída do reator para uma conversão de 70%, sendo conhecidos os seguin-
tes dados:
Substituindo a equação 10.2 sem 10.3, vem:
• Entalpia 300 K: -42 kJ/mol
1 • Coeficiente de troca de calor: 200 J/mol
1= {[(1 ln(l— X a ) 10.4
kCA, (1–X A ) ] } • Concentração inicial:16 kmoles/m3
• Constante cinética: k = 2,7 x10 " e -(" 'avT) (m3 / mol x kseg)
Concentração inicial:
Solução
= 0,8 x 10
CAo =1,35 x 10 - ' moles / L) Seja 2A k ^R
0,082x723
A reação é de 2a ordem, conforme unidade de k.
Logo:
EA = 0,8
XA = 0,7
Mas:
424 1 PARTE II: REATORES M. SCHMA L
CAPÍTULO 4: REATORES M. SCHMAL 1 425
Mas:
Que são resolvidas junto com a equação 11.10, ou seja:
FAO –F4 __ FR __ X.4
2 FAO FA O 2 T _ 1,34XA
To 11.10
Logo: 1+ (2–X ) Á
J=]
Como: T =172
,
To
CpA = CpR =Cp = 200 (J/mol x K)
T = 538 K = 265°C
Logo:
Integrando a equação 11.12, obtém-se a solução gráfica:
^F.Cpj = FAO C F'°P
P [(1-X A )+ Z'4]= (2–X )
.4 11.7
–A H, FAO
1,34 42.000FAO
11.9
FAO 100(2–X )312 (2–X ,,)
^F.c
A
pilo
j=l
T 1, 34X 4
TO =1+(3XA=1+(2–XA) 11.10 -0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
X,,
Mas, segundo a equação de Arrhenius:
Volume do PFR:
k=2,7x10" e -('2i85/T) =2,7x10"e -[39(L °)] 11.11
Substituindo a equação 11.11 em 11.3, vem: V PF,FR = 1,3 x área = 5,55m '
xaA
e-(27.2o°'Rrl
=F A CpA +FB C PBA +FR C pR +Fc0s+Fc p, 12.5
k = 4,12 x 103 /m3 /kmol x min
Porém:
Dados adicionais:
FA =FAO( 1–X Á)
AH° = -2,67 kJ / mol
ao( M–X A)
FB =F
Calores específicos molares em J/mol: FR = FA O XA
Fs = FAO X
C3H6 = 1,7 J/mol; Cl2 =0,5 ; C 3 H 5 CI=1,1 ; HC1 = 4,0 ; N2 = 1,04 J/rnol
Substituindo-se na equação 12.5 vem:
Calcule a constante.
Calcule o fluxo de entrada.
Calcule o volume do PFR.
F,o(3,4+2,9X A )To
X
A
CAo
A equação do PFR:
V x dX A T 8, 8X ,
= — =CAoJrf 12.2 12.8
vo o —r To =1+(3,4+2,9X A )
Esta equação não pode ser integrada, pois k varia com a temperatura.
Pelo balanço de energia tem-se: Substituindo-se a equação 12.9 em 12.3, vem:
–A H,) FAO
T — =1+ ( 12.4
12.10
T0
^F cp;To AA
;_I
428 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAP ÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 429
Dados adicionais:
Q2x3
CA '= ' (kmoles
0,082 x 303 =241xl0
Fluxo de entrada:
v° =5,6m' /h=336m'/min
4.11.13 Propileno reage com água produzindo etilenoglicol. Introduz-se o reagente com
excesso de água num PFR a 27°C e com uma vazão de 5 L/min, com concentração de
e-(41.8°"Rr)
1 moles/l. Dada a constante: k = 1,69 x 105 (min-1 ), sendo E (J/mol). O reator
é adiabático, mas a temperatura máxima não pode ultrapassar um valor de 400 K, então
opera isotermicamente até atingir a conversão final de 90%. É possível fixar a tempe-
ratura em 300°C? Por quê? Qual seria a temperatura se a conversão fosse a metade na
0,2 0,3 0,4 0,5 saída? Calcule os volumes dos setores adiabático e isotérmico.
Dados:
Volume para conversão final de 70%:
OFí° =-4,7x104 kJ / mol
V=11,9m '
Cp(propil,no) = 45 (J/mol x K)
Volume para 50%: Cp(agua) = 23 (J/mol x K)
OH
T = 390 K = 117°C
Pelo balanço de energia:
Cálculo dos volumes:
Para o reator isotérmico:
T
=1+(–AH,)FAO 13.1
X^
Ta
F c pi ra
Mas:
XA = 0,607
Se XA = 0,45
r.,frv.xi:.
Sugira uma taxa que pode apresentar adsorção, desorção e reação. Tente resolver
30 —n— B
analisando a tabela e calcule as constantes.
Solução
Admite-se uma reação do tipo:
A R+S
kK A p,
r= 14.1
1+K,p ,,+K R p R +K s p s
0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
Analisando as experiências 1,2 e 4 onde só a pressão parcial do componente A varia:
XA
'1 7,10,
Logo: 2 7,11 5
ii = 9,41 3 7,62 ' 10
6 5,36. ' `. 3 0 5
7 5,08 3 0 10
7 10 7,0 3 -3 3
8
Observa-se que para as pressões fixas de A e R, pelas experiências 6 e 7, a pressão
de S varia 2 vezes e a taxa é praticamente constante. O mesmo com as experiências 7 e
10: a pressão de S cai cerca de 3 vezes e a taxa está na mesma ordem de grandeza. Isto
sugere que o componente S (água), que deve estar no denominador, não influi significati-
A reação é: ciclo-hexanol —+ ciclo-hexano + água.
vamente sobre a taxa. Não se encontra adsorvido.
OH
Consideremos analogamente a influência do produto R (ciclo-hexeno), observando
as experiências 4 e 5:
7;82 2 5 1
7;11" 2 10 1
A k -R+S
434 1 PARTE 11: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REAT ORES 1 M. SCHMAL 1 435
Nota-se pelas experiências 4 e 5 que um aumento de 2 vezes da pressão do ciclo- O coeficiente angular é igual a 1.293, portanto,
hexeno (R) não afeta significativamente o denominador, indicando que ele não se encontra
adsorvido, e pode-se considerá-la desprezível. 1 =1.293
k
Logo, a taxa pode ser representada: Logo:
°- a
kK, p,, k=0,522 min - '
r= 14.2
1+K A p ,,
O coeficiente linear é igual a 9,9. Portanto,
Rearranjando vem:
1 1 p,, = 9,9
= 14.3 kKA
kK a +pA
k r
E consequentemente,
Transformando-se C4 = e considerando T = 400 K obtêm-se os valores da
tabela e figura abaixo: RT KA = 0,193
R a r ^^ I,YI i.
7,1 0,030488: "4,29E+01 4.11.1 5 A transformação do cumeno é feita por craqueamento catalítico sobre sílica-
2 7,11 0,152439 .2,15E+02: alumina a 950°C e é do tipo A—" +R + S , onde A-cumeno, R-benzeno e S-propileno,
7,62 0,304878 4,00E+02 ou seja:
8 6;20 0;030488:' 4,92E+01.-
10 - CH 3 —CH ,CH3
7,00 0,091463 1,31E+02
No gráfico tem-se:
+ CH3 — CH= CH3
0 1 1 1 I i f
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35
C,,
• . o:b;7FiArnol35P. Y rri+! .. ...v ,. ^^.,. . dr. aJ._. »:.., ?<., a. 4.... > ...
Dado: Ma:
8RT
k° 4 itM )
- 1 r8x8,31 1x10'12
1,7x10 15 =2,44x10 1
3,14x78
A constante de desorção:
k = 0,097 min- 1
Neste caso, assume-se uma reação de primeira ordem, cuja solução é:
KA = 6,64 (1— X A )
—rA = kCA = CAO
1+EA X A
Pela teoria do estado de transição (TST) vem:
kdr Substituindo na equação do PFR (equação 4.3.16) e integrando, obté m-s
e:
KR(benzeno)
kd
438 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
0.
0 0,2 1,0
0,8 0,8 0,2 1,8
0,536=–[I,81n (1-)(A )+0,8X A ] 4.11.17 Uma reação em fase gasosa A ° > R + S é processada em dois reatores PFR
em paralelo, sendo que um opera isotermicamente a 2 atm e 200°C e o outro adiabati-
Portanto, a conversão ou concentração de saída serão: camente. Introduz-se A puro com 10 moL/min separadamente, sendo,
XA = 0,38 222,RT)
k=8,19x10"e-(34 (L/molxmin)
Cm =170 (J / molK)
C,R = 80 (J / molK)
Cps =90 (J/molK)
OHR = - 80 (J / molK)
Solução
440 1 PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 441
Cálculo de e
Mas:
^ F. Ç pj = [FAO(1—X A ) C PA + (cpR+C PS ) X
A]
EA= 1,0 i=
2
=5,15x10-2 (moles /L) Logo:
C40 = 0,082x473
cpj =170FA0
Cálculo de k (200) i=
E
k = 8,19 x 10 15 e (J42z2n,9'73) =1,106 (L / moles x min
80.000
O XA
=To +470X A
Sendo o tempo de residência média 4 min e com os valores acima, calcula-se a
T=T0 + 1
ij
Logo:
4.11.18 Duas reações processam-se num PFR diferencial isotérmico a 700 K:
CH3
CH3
+ + CH,
CH
H3C CH3
(M) m-xileno (X)
CH; CH3
H, + CH,
• •
CH3
Tolueno (T)
(X)
0,05 0,110 0,1 15 01 ,20 Onde m-Xileno é o produto desejado e Tolueno o produto indesejado, sendo conhe-
X,, cidas as constantes:
iS
ru=k,[M][H2]':2
k,=3,42 [(L/mol)°'' x h] 18.1
CAO = 0,07894
P = CAO RT = 0,07894 x 0,082 x 377 = 2,43 atm Onde os índices 1 e 2 representam as reações 1 e 2.
Quando o tempo espacial é 0,5 h, a concentração máxima de X é de
V2 = T 2 V 0 = Vt 0,313 x 10 —2 moi/L e a concentração de M é igual a 7,6 x 10-3 mol/L, sendo
[Mo] = 0,02 mol/L. Calcule o rendimento global no PFR, usando a máxima produção de X.
s Solução
—'IH =— rim
=YX = ri» 18.8
O rendimento:
(p rx 18.10
rM
Mas:
E•
444 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
CAPÍTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 445
Cálculo de E
18.11
Inicial 8 0. 2 10
Final 0 8 26 34
EA = 2,4
0,8x1,48 .2
CA° = = 2,04 x 10 (moles / L)
0,082 x 708
k, [X ]
9x=1– 18.12 Logo:
k:[M]
v0 = 3,92 Lis
F=15L
4.11.19 A desidrogenação do ciclohexano é feita num PFR, conforme reação:
Adoece: H D
3H2 Adoece em contato com outros doentes: H + D — 2D
Doente fica bom: D— k— H
Doente morre (irreversível) D k' * M
Introduz-se 8 e 2 moles/s de ciclohexano com hidrogênio, respectivamente. A reação
é de primeira ordem e irreversível, sendo feita a 435°C e 1,5 atm. Calcule o volume do Perguntas:
reator para atingir uma conversão de 70%. Determine a taxa de morte.
Determine a taxa de pessoas adoecendo.
Solução Qual é o tempo de meia-vida?
Tem-se uma reação do tipo A — ^R+3S em fase gasosa. O fluxo total de entrada é de
k1 =10-5 h-'', k2 =10-7 11 -1 , =5 x 10 -6 h-' e k4 =10-' h-'
10 moles/s e a taxa pode ser representada por:
Solução
–r =kC k CAo( 1–X A )
As taxas correspondentes a cada etapa:
1+ EA XA
Cuja solução é: = k4 [D] 20.1
Ou:
ro =k,[H]+k2[D][H]–(k3+k,)[D]=0 20.3
446 1 PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPÍTULO 4: REATORES Í M. SCHMAL 1447
Desprezando o primeiro termo, que é a taxa inicial, pequena em relação as demais, O tempo de meia-vida:
vem:
_ 0,693 _ 0,693 _
[H]= k3 +k 4 -1.444h=60 dias
20.4 t"Z k 4,8x10
k2
Além disso,
4.11.21 A reação 3A — 2R + S foi feita num reator batelada. A reação é exotérmica,
rH =k3[D]— kz[D][H]=0 20.5 sendo A H = -25.000 kcal/ kmol. O reagente é aquecido até 400°C, mas em seguida
deve operar adiabaticamente. Durante o período de aquecimento 10% foi convertido.
Somando a equação 20.3 e 20.5, vem: Qual é o tempo necessário para converter o restante até 70%? Dados:
— volume do reator = 1 m3
[D] = [H] 20.6
k4 – massa = 950 kg
Logo, substituindo a equação 20.6 e 20.4 em 20.1, vem: —C, = 0,59 kcal/kg x K
– concentração inicial = 10,2 kmoles/m3
3 + k4 In k = _ 10.000 +
rM = kk
, 20.7 – 5 [(m 3 / kmol) / s]
RT
Mas:
v0 ( -rA) ( -rA )
2 e -p0.000 er) (rira)]
k = 1,48 x 10 =1,48 x 102e-{7.5 21.3
Ou sob outra forma:
Substituindo as equações 21.3 e 21.2 em 21.1 e integrando, vem:
x¡,, . t CA O – CA
=1 dgA
e [^si(r, ro )]
0 1,35 x 103 (1– X A ) 2
1 a /f(X,,)
i i r
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,215 0,30
I 1 1 I I I
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Xq
k,,, = h ,,a
k• = koe-(E/RT) = 0,01
Então:
xA
k = 8,2e-(10"'T)
Figura E4.11.23
452 I PARTE II: REATORES I M. SCHMAL CAPITULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 453
Logo:
= CB0 - CB
4.11.24 São conhecidas duas reações em paralelo, cujas taxas também são dadas: CP
2
Solução Ou:
1
A taxa de transformação de A será: 1 dC 4
CAO — CAf + kz
+ rs = k,C 4 CB
kCB
— rA = rP + k 2 CA
Onde:
Logo, o rendimento ou seletividade será: dC
2B
— dC4 =
rp k, CA C B
^A —
k,CA CB +k2CA k2 CA dCB
_rA
1+ _ 1 1
k,C4 CB
CAO —CAf
1+-k, L 2
kCe
Onde:
Fp = 1,5 = Cpvp
CAO -CAf = 0,15
r
Cpf= 0,15 moles/L R é feita num reator adiabáticO .
4.11.25 Uma reação irreversível do tipo A + B
Introduz-se os reagentes em concentrações equimolares a 27°C e a 20 Lis.
• Qual seria o calor retirado para manter a reação isotérmica, tal que a temp e-
ratura externa não supere os 50°C?
43
^2:
6.0000
T = 300 + XA = 300 + 200X,
3
Cálculo do calor retirado para manter o reator isotérmico, tal que a temperatura
externa não supere 50°C. Logo:
Pelo balanço de energia:
=-429 (m J kgxs
dO P
dl' =UA(T -T)
Onde:
T = 300+200XA 4.IIP..1 A reação A + B— > R é feita num reator batelada a 227°C e 10,3 atm, sendo
Ou: sua composição inicial 33,3% de A e 66,6% de B. Foram obtidos os seguintes dados em
laboratório:
T
—= 1+ 0, 666X, 0,001
0,010 0,005 0,002
.0,4 0,6
0 0,2 '
dV = f (X A )dXA
Mas: Calcule o volume de um PFR com conversão de 30% de A, sendo o fluxo de entrada
iguala 2 m3/min.
dQ=UA (T -T)dV Calcule o volume do CSTR nas mesmas condições.
Compare os volumes para conversões mais altas, 60% e 80%.
Q UA v 'f (T -T)dXA Trace a curva da taxa e da conversão em função do volume.
P P o o (16.8 25.4 Se a densidade do catalisador for 0,8 g/cm 3 ' como seria a taxa/massa? Calcule as
1,93 x 10' e (''T° )) cAo (1- XA ^ 2 massas necessárias para atingir as mesmas conversões do item 3.
É possível determinar os tempos de residências médios? Calcule e compare com os
A solução é mostrada na figura E4.11.25.3. tempos espaciais.
Qq/p
4.11R2 Faça um resumo dos tempos de residências mediados no batelada, CSTR e PFR,
5000 -
considerando os diferentes casos:
4000 -
• Volume constante.
3000 - • Fase líquida.
• Fase gasosa.
2000 -
A 2R
A S
Isotérmico 4.11P.8 A desidrogenação do etanol foi feita num reator integral a 275°C, obtendo-se
os seguintes dados experimentais em laboratório:
4.1185 Uma reação do tipo A ^R irreversível apresenta uma taxa de reação:
P(atm) 1 1 1 1
1 1 1 1 1
8C,
–Y^
..0,6.. ,1;53 1,6. . 2,66 4,22 4,54
1+4C A +2C0
3 3 3 4 4 4
3
4
P(atm) 3 <`
A concentração inicial (A puro) é igual a 10 moles/L. 0,2
W/F(kgh/kmol) 0,4' 0,6 0,88 1,6 0,2 0,4 0,6 0,88
Faça um gráfico da taxa em função da conversão.
Calcule os volumes de dois reatores em série, sendo um CSTR e PFR. A conversão
intermediária é de 50% e a conversão final foi de 90%. 7 7` 7 7 7 10 10. 10.,
Justifique a solução. 0,4 0;6 088;, 1,6 0,2 0,4 0, 6 :-.
1 wd. a:;. i^G+.e oknaane. Lfl4d _,kv+^+ '^ .+.f h.. •fih•0ile'.i{•..o!' ..^ , :estie +bi'Teo. ^Po°'3d. oe°.i'i°c ..-,: . ^..nae .^. s .0.9:: < „ .,.. . o:!h .i^, ;^ n_4 ^,. ., .o, o . P.+ ^ P
,.
e.w,a...t. kée. o. ao
A constante de equilíbrio é igual a 0,589. A carga consta de uma mistura azeotrópica Dados:
etanol-água contendo 13,5% (molar) de água. A água não adsorve. Estime os parâmetros CA O= 1 mol/L
de adsorção-desorção e reação, usando a conversão como variável de regressão. Defina = 5 moL/s
FA O
qual é o melhor modelo. UA = 5 kJ/s x dm3/K
Calor de reação: -231-0,012 (T-298) kJ/mol
Calores específicos: A- 0,122 kJ/molK
4.11P9 Uma série de experimentos foi feita usando diferentes tamanhos de partículas, Velocidade específica: k = 1,48 x 10"exp (19.124/T) L/mol x s
que foram moídas para verificar o efeito de difusão. A reação é de primeira ordem e
Temperatura de entrada: 675 K
irreversível. A concentração na superfície é igual a 2 x 10-4mol/cm3 . Os dados abaixo
Temperatura de saída: 700 K
mostram as taxas observadas:
-(' 9.'24'T)
k=1,48x10"e Lí mols
Adiabático 400°C Resfriamento
Uo =5kJ/s LK
Diâmetro - 5 cm
O fluxo do trocador é suficientemente alto para manter a temperatura em 50°C. As constantes de taxa e de equilíbrio podem ser obtidas em função da temperatura
Introduz-se .4 puro a 5,42 moles/s e concentração de 0,27 mol/L. O catalisador entra junto de referência (T,.)
com o reagente a 450 K e o coeficiente de troca de calor entre o gás e o catalisador é
infinito. A capacidade calorífica do sólido é de 100 J/kgK. A desativação é dada pela
seguinte constante:
CO + H 2O< CO2 + H,
Tabela 2
3. Reação inversa: tiÍVÌóli
CO - 70,65
CO, +3H 2 CH4 +H,0 H2 0,0296 -82,90
CH4 0,1791 - 38,28 823
As cinéticas são conhecidas: H2O 0,4152 88,68 823
3
-rA =1,77 x 10 -5 CA (m /kg x s)
1. ALBERTOU, A. L. Reforma a vapor do etanol sobre catalisadores de Ni/Al203. Dissertação
(Mestrado). COPPE/UFRJ, 2006.
Faça um gráfico da conversão do etanol em função do tempo para a alimentação 2. ARIS, R. Elementary chemical reactor analysis. New Jersey: Prentice Hall, 1969.
contínua apenas do gás (A). 3. BOUDART, M. Kinetics of chemical process. New Jersey: Prentice Hall, 1968.
Faça o mesmo para a alimentação contínua de líquido e gás.
4. DENBIIGH, K. G. Chemical reactor theory. Cambridge University Press, 1965.
Dados: 5. Exercícios resolvidos de cinética e de reatores. Divulgação interna, 1980.
d^ = 10 -4 m
6. FOGLER, H. S. Elements of chemical reaction engineering. 2. ed. Upper Saddle River, New Jersey:
De =4,16x10 -10 m' /m^,1 s Prentice Hall, 2000.
(k Ag a) g = 0,052 s"' 7. FROMENT, G. F RISCHOFF, K. B. Chemical reactor analysis and design. New York: John Wiley &
Sohns, 1979.
k 4c =4x10 -4 m/s
8. HILL, G. Chemical engineering kinetics and reactor design. 1977
V.., = 5m x 0,1 m2
9. HOUGEN, O. A., Watson, K. M. Chemical process principies. part 3. Kinetics and catalysis. New
fg = 0,05; f = 0,75; f = 0,2 fração volumetrica) York: John Wiley & Sohns, 1959.
alimentarão: vs = 0,01 m' /s;v, =2x10 -4 m3 /s 10. LEOCADIO, I. C. L. Combustão de materiais particulados de diesel com catalisadores contendo
Mo. Tese (Doutorado), COPPE/UFRJ, 2005.
KA = 86.000 Pam 3 / moi
11. LEVENSPIEL, O. Chemical reaction engineering. 3. ed. New York: John Wiley & Sohns, 2001.
CB = 400 moi / m3
12. MOULIJN, J. A., MAKKE, M., VAN DIEPEN, A. Chemical process technology. Nova York: John
Wiley & Sohns, 2001.
4.1IP.16 A hidrogenação em fase líquida foi feita num reator de leito de lama, sendo
13. PETERSEN, E. E. Chemical reaction analysis. New Jersey: Prentice Hall, 1965.
dados os seguintes valores da tabela abaixo 7 :
14. SATTERFIELD, C. N. Mass transfer in heterogeneous catalysis. Cambridge, Massachusetts: M.I.T.
Press, 1970. -
EtEZá.211.ç.M ," 15. SCHMAL, M. Cinética homogênea aplicada e cálculo de reatores. Rio de Janeiro: Guanabara,
A 4,2 0;01
1982.
A 7,5- 0,02
. 0,01
B4 1,5 16. SMITH, J. M. Chemical engineering kinetics. New York: McGraw-Hill, 1981.
B 2,5 0,03 .
B 3;0 ;0,04
Onde
S = solubilidade do H2 no líquido (mol/L)
(–r' L) = taxa de reação de reagente líquido L (mol/Lmin)
Líquido
Sólido
468 i PARTE II: REATORES i M. SCHMAL CAPÍTULO 5: REAÇÕES EM SISTEMAS MULTIFÁSICOS 1 M. SCHMAL 1 469
Nos casos de leito fluidizado e de lama, os gases reagentes mantêm pequenas par- 2. Taxa de transferência de massa do gás para a fase líquida.
tículas em suspensão e a reação se dá na interface gás-sólido. O processo mais conhecido
é o de craqueamento catalítico FCC (Fluid Cracking Catalyst). Já o reator trifásico é igual R, = k b ab (C — Cb) (mo/s) 5.2
ao leito fixo, onde gás e líquido fluem concorrente ou em contracorrente. O processo
envolve a reação química na interface gás-líquido-sólido. Tem-se como exemplo o hidro- Ci = concentração do reagente A na fase gás ou global
tratamento de óleos pesados, cisando à eliminação de compostos nitrogenados, sulfurados Cb = concentração de A na interface gás-líquido
e oxigenados provenientes das cargas de petróleo. Encontram-se também nessa linha as
aplicações biológicas 2 . Onde:
kbab = representa o produto da taxa de transferência de massa na fase gás (global) e
Nessas reações ocorrem as seguintes etapas s : a área da interface gás/líquido
• Absorção de gás no líquido sob a forma de bolhas.
• Difusão do gás no líquido — bolhas.
3. Taxa de transferência de massa do gás no líquido até a interface do sólido:
• Difusão do líquido até a superfície do sólido.
• Difusão nos poros.
• Reação na interface líquido/sólido ou gás/sólido.
RA =k,a,m(Cb —C ) ( mWs)
S 5.3
Onde:
kl = representa o coeficiente de transferência de massa (cm/s)
a^ = representa a área da superfície externa da particular líquido/sólido — (cm 2/g)
m = representa a massa das partículas de sólido no leito (g)
RA = mi (— r4; ) 5.5
Figura 5.2 Perfis de concentração nas diferentes etapas.
Considerando-se uma reação irreversível e de primeira ordem, tem-se a taxa por
massa de sólido, na superfície dos poros:
1. Separadamente temos 2,5:
Concentração na interface gás-líquido:
Para baixas concentrações aplica-se, em geral, a lei de Henry: l -rA: )= k ( CA,) 5.6
(UBs) mol/L
C; = Hp; 5.1
Em regime permanente as taxas de transferência são iguais, ou seja:
Onde H é a constante de Henry e i representa a interface gás-líquido.
RA(bolha) = RA(Iiquido) = RA(sólido)
470 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 5: REAÇÕES EM SISTEMAS MULTIFÁSICOS SCHMAL
Í M. 1 471
, t
Separando as concentrações, rarranjando5vem: , d
i
, / ,
, ,
, ' ,
,
' i
, ,
, , ,
, ,
m
Figura 5.3 Resistências mássicas em cada etapa.
Esta expressão engloba a transferência de massa, a difusão rios poros e a reação Se o diâmetro das partículas é pequeno, já vimos anteriormente, que o fator de efeti-
química. A figura 5.3 permite visualizar o efeito de cada etapa, representando a equação vidade independe praticamente do modulo de Thiele, ou seja, ri = 1. Neste caso a difusão
5.7 tendo como parâmetros de medida o inverso da massa na abscissa e o inverso da taxa nos poros da partícula não afeta a taxa e a resistência é somente devido à reação química
superficial, que é a etapa limitante do processo. Sabe-se que /ciai dependem do diâmetro de
global na ordenada.
particular e da difusão, muitas vezes representados pelo número de Sherwood, ou seja:
Observa-se que a resistência a transferência de massa na fase gás/líquido independe
da massa do sólido (caso a). Por outro lado, tanto a transferência de massa ria fase líquida "
Sh = k,d
até a interface como a difusão e a reação nos poros dependem da massa do sólido (caso b) D
e do tamanho da partícula. O inverso da taxa RA representa a resistência ao fluxo de massa Se o diâmetro de partícula é pequeno a resistência à transferência de massa na fase
e a reação na passagem do gás reagente da fase gasosa até a superfície do sólido, onde líquida é desprezível.
ocorre a reação química. Por outro lado, analisando as mesmas expressões para diâmetros de partículas maiores,
Ocorre que tanto a área de interface líquida/sólido ae como o fator de efetividade vemos que o fator de efetividade decresce e o número de Sherwood cresce. Sendo o fator
dependem do diâmetro da partícula. Pela figura 5.3 observa-se que esta resistência global de efetividade inversamente proporcional ao número de Thiele e o número de Sherwood
varia linearmente com o inverso da massa do sólido e dependendo do diâmetro da partícula diretamente proporcional ao diâmetro da partícula há efeitos combinados. Portanto,
muda a inclinação. A resistência à taxa decresce com a diminuição do diâmetro da partícula
Sendo tl =3
(casos c e b).
O caso (d) mostra que a resistência a transferência de massa na bolha é praticamente
Então:
nula, ou seja, tamanho de bolhas de gás muito pequenas, mas por outro lado, quanto maior
o diâmetro da bolha maior será a resistência a transferência de massa (caso e).
Isto pode ser observado acompanhando separadamente os efeitos de cada etapa.
Partindo da equação 5.7, vem:
Nota-se que, com o aumento do diâmetro de partícula a resistência cresce signifi-
cativamente. A figura 5.4 mostra um comportamento geral da resistência em função do
diâmetro de partícula. Pequenos diâmetros mostram que a reação independe e é a etapa
limitante do processo. Com o aumento do diâmetro de partícula a difusão é limitante e
com partículas grandes a transferência de massa controla o sistema.
I rr
1
u 0 5x10 -6
R, Sc= ' =5.000
D 1x10 -10
Transferência de
massa limitante Sh =2+0,6Re0`xSc''3 =0,6x\/2.000x5.000 0'3 ' = 460
Sh = ''
(k a )xd
D
° = 460
Difusão Logo:
Reação
limitante (k,a,)=460 e =4,6x10 (Ls)
limitante
A taxa será:
b
Ln dP
Figura 5.4 Etapas limitantes. RA = k,a,,x(C –C,)=4,6x10 6 (1.000–100 =4,14x10 -3 (moi /Ls)
E5.1 A hidrogenação de um óleo é feita em fase líquida num reator PFR catalítico Re = d ,u = 1,10 -' 0,005 =1.000
contendo partículas (pellets) de diâmetros esféricos de 1 cm. A concentração externa é u 0,5 10 -6
de 1 kmol/L e na superficie da partícula é igual a 0,1 kmol/L. A velocidade superficial
é igual a 0,1 m/s. Verifique se há efeitos de massa. Se o diâmetro das partículas for de Sh= (k,a')xd° =325
0,5 cm há mudanças? Desprezar os efeitos difusivos nos poros. Dados adicionais t : De
(k,a,)=6,5x10-6(/s)
Viscosidade cinemática = 0,5 x 10-6 m 222/s
Difusividade = 10- 10 m2/s Ra = 5,85 x 10-3 (moi / Ls)
Equação de Sherwood = Sh = 2+0,6Re o,5Sco,33
Sendo Re = números de Reynolds e Sc de Schmidt
Área superficial = 100 m 2/g
Solução E5.2 A hidrogenação de linolina é feita num reator de leito de lama, utilizando-se dois
• Taxa de transferência de massa: equação 5.3 tipos de catalisador A e B. Mediram-se as taxas de reações em funções de diferentes
massas, conforme tabela abaixo. Em função destes dados qual é o catalisador que apre-
RA = k,a, r (Cb _ C) (m%) senta o menor fator de efetividade? Usando o catalisador A com 50 g/L, haverá aumento
da taxa se a distribuição do gás for melhor 1 ?
Para calcular o coeficiente de transferência de massa, calcula-se o numero de
Sherwood, e conforme correlação também os números de Re e de Sc, assim definidas:
5.10 42
Sh = 2 + 0,6 Re" Sc"3 C2. 7,5
Ç3 1,5
0,1
Re =d°— u=1 10-2 =2000 3,0
u 0,5 10-6
1 CAPÍTULO 5: REAÇÕES EM SISTEMAS MULTIFÁSICOS 1 M. SCHMAL 1 475
474 1 PARTE II: REATORES M. SCHMAL
6-
Pela equação 5.7 temos. considerando uma reaçã$ de primeira ordem:
5-
E5.2.1
4-
S/l-r p )
Definindo 3-
Como o coeficiente dó- conjunto (Cl , C2) é 6 vezes maior que o de (C3 ,C4 e C5)
A partir da equação E5.2.1 podemos fazer um gráfico de
e sendo o coeficiente angular inversamente proporcional ao fator de efetividade, conclui-
C. se que o conjunto (Cl , C2) apresenta menor efetividade.
R Pela relação:
rlr
476 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 5: REAÇÕES EM SISTEMAS MULTIFÁSICOS 1 M. SCHMAL 1 477
Solução
3 6 D 6 1 10-9
=0,0447 Concentração do líquido: 1.000 kmol/m 3
d,k 'S . p, 0,01xI0-2 '40,48x2,5x1.500
Hz + CH3–CO–CH3 --> CH3–CHOH--CH 3
Portanto, há indicação de fortes efeitos difusivos.
(A+B -> R)
Logo:
=rB =k CH, °. 5 (kmol kgxs )
=0,048x2,5=0,12 (my
kgs J
PA
1 1 km 0V
CA(H,) HA – 0 37 – Z' 7 (l m'
Nota-se que a concetntração do líquido (B) é muito maior que o H2. Portanto,
encontra-se bastante diluído e a taxa depende da concentração de H2.
Pela equação 5.7, tem-se a taxa global:
CA
RA -
1 1( 1 1
+— I` --+---
kbab m k,a, k"r) 1
Admite-se um CSTR.--ideal para calcular o volume do reator, portanto,
T=CA o X A
RA
k,=5,54x10
Precisamos determinar os diferentes parâmetros de transferência de massa e de /m as)
difusão: Não conhecemos e é difícil determinar a área interfacial. Admite-se, um valor
al = 1.000 m2/kg
– Calculo do fator de efetividade: determina-se o modulo de Thiele:
Como a reação de ordem 0,5, o modulo de Thiele será:
=--5,54 x 10-1 /1g s l
Admite-se que a transferência de massa na` fase gás seja desprezível, ou seja,
kbab = grande
Sendo:
Re = n° Reynolds
Sc = n° Schmidt
Mas:
m = 1,3 kg
REFERÊNCIAS Os reatores de leito particulado podem ser de leito fixo, fluidizado, lama e trifásico,
1. FOGLER, H. S. Elements of chemical reaction engineering. 2. ed. Upper Saddle River. New Jersey:
onde a reação é heterogênea na presença de catalisador ou material sólido fixo ou em
Prentice Hall, 2000. movimento. A maioria dos processos em petroquímica e gás natural é heterogênea, como
por exemplo, reforma do metano e metanação a partir dos gases de síntese; síntese da
2. FROMENT, G. F., BISCHOFF, K. B. Chemical reactor analysis and design. New York: John Wiley &
amônia a partir de nitrogênio e hidrogênio; síntese de metanol a partir de gás de síntese;
Sohns, 1979.
craqueamento catalítico para produzir gasolina etc.
3. HILL, C. G. An introduction to chemical engineering kinetics and reactor design. New York: John Nas reações sólido-gás a taxa de reação varia com as propriedades da superfície do
Wiley & Sohns, 1977. sólido e a constante cinética é o parâmetro mais importante para decidir qual o tipo de
4. LEVENSPIEL, O. Chemical reaction engineering. 3. ed. New York: John Wiley & Sohns, 2001. sistema a ser adotado. Sendo o sólido um catalisador ou não, ele é poroso e os poros
podem ser grandes ou pequenos. Por isso, a difusão das moléculas é importante, podendo
5. SATTERFIELD, C. N. Mass transfer in heterogeneous catalysis. M.I.T. Press, 1970.
ser de difusão intrapartícula, difusão Knudsen ou difusão superficial, dependendo das
características da superfície se tem alta ou baixa área superficial. Normalmente, determina-
se a difusão efetiva englobando ambas.
A constante cinética aparente ka depende também das propriedades do sólido, da
.difusão ou da transferência de massa. A taxa é definida por unidade de volume, ou por
unidade de superfície ou por unidade de massa. Por exemplo, para uma reação de 1' ordem
a taxa por unidade de volume é:
r = kCa = (mol/Ls) ,
Onde: - .
CA (moUL) e k(s-'
A relação das taxas para diferentes condições e para a mesma ordem de reação
(Ia ordem) será:
Taxa/volume:
Taxa/massa:
484 Í PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPÍTULO 6: REATORES HETEROGÉNEOS 1 M. SCHMAL 1 485
6.4
ED = é a dispersão devido a difusão
e = porosidade do leito Tanto as dispersões axiais como radiais podem ser desprezadas para reatores dife-
d, e dp = respectivamente os diâmetros do tubo e da partícula. renciais operando com baixas conversões.
Em resumo:
Para o número de Re maior que 10 observa-se que o número de Pé axial ou radial
Para - >>((10
1 0—>330)
0)
independem do escoamento, sendo Pé,. radial da ordem de 10 e Pé, axial da ordem de 1,
tanto para os gases como para os líquidos. e sob condições isotérmicas a dispersão radial é desprezível, mas a dispersão axial não é
No entanto, diminuindo o número de Re < 1, o número de Pé decresce linearmente desprezível. Logo, a equação básica será:
para os gases, indicando difusão molecular. Para escoamentos em fase liquida o compor-
tamento é diferente, já que para Re pequeno a variação radial e axial é maior e decresce dC, , d2C
com a diminuição de Re.
u =E- —r 6.5
dz dz2
Nos sistemas particulados a ordem de grandeza dos efeitos radiais e axiais não é
uniforme. Algumas hipóteses podem ser feitas para simplificar, desprezando os efeitos Onde r é a taxa de reação (moi/1 x s) e E,* é a dispersão axial.
radiais e axiais, aproximando-os para as condições ideais.
A primeira condição é escolher um número de Reynolds tal que o escoamento seja Para L > 50
homogêneo e uniforme radial e àxialmente, isto é, tenha uma boa dispersão. De acordo com d
as experiências os gradientes radiais podem ser desprezíveis quando a relação entre o diâ- pode-se desprezar a dispersão axial.
metro do tubo e o diâmetro da partícula do sólido é grande, tornando a diferença entre a
velocidade em qualquer posição e a velocidade média do fluido praticamente desprezível. Portanto:
Recomenda-se que dC,
u = —rA 6.6
dz
d >(10-> 30) 6.2
dP Onde —rA desaparecimento de reagente A . Esta equação é a do PFR ideal.
Pela correlação:
dP u= 2pg
6.7
dz - gdP
Onde:
us = velocidade superficial
dP = diâmetro da partícula
pg = densidade do gás
f = fator de atrito
z *_ u
L eu u
O mais importante é conhecer o fator de atrito num leito particulado. Há várias
correlações que são funções do número de Reynolds e da porosidade do leito particulado.
Sendo ú a velocidade superficial média.
A equação mais conhecida e usada é a de Ergun 4 , ou seja:
1.2 Com as seguintes condições de contorno:
(1-e)
f =6,8 Re-0 2 6.8
e3 =0 X A =0
r = k, CA, 1- -A 6.10
XA, j
Onde
Onde XAe é a conversão de equilíbrio. Partiu-se de reagente A puro (R = 0). 6.16
E E.
o parâmetro de Arrhenius.
Y RT0
No equilíbrio a taxa resultante é nula e determina-se a conversão de equilíbrio a
partir da 6.9, 6.10, e observando que a constante de equilíbrio a temperatura constante é O balanço de energia para um reator adiabático será:
igual a (equação 3.2.20):
6.17
K= k! = XAe
(-AH, )xr
6.11
1- X A ,
r^:^.^u, am..ia9 4
488 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 6: REATORES HETEROGÊNEOS 1 M. SCHMAL 1 489
Onde
_ — ^R I
C-" é o parâmetro de Energia. 6.19
P Cr To
varia com a temperatura. A figura (c) e (d) como a conversão varia com a temperatura para Figura 6.3b Influência da entalpia de reação sobre a conversão de equilíbrio em função da
diferentes taxas constantes e as soluções para diferentes condições de temperatura. temperatura.
XA
T
Figura 6.3d Soluções de conversões e temperaturas para o reator adiabático .
Reatores em série
Nos reatores adiabáticos em série pode-se passar por diferentes etapas de resfriamentos
intermediários, conhecendo-se a taxa de reação em função da conversão e da temperatura.
O objetivo é atingir maiores conversões em temperaturas mais baixas na saída do reator.
Assim, para uma série de três reatores, parte-se de uma temperatura To e uma taxa r3 E6.2.1 Segundo W.J.Thomas2 a produção de S03 a partir de SO2 é feita num reator
constante (figura 6.4). Na intersecção da linha reta (equação 6.18) com a curva ri atinge- adiabático. A composição da mistura na entrada do reator: 7% de S0 2;11% de 02 e 81%
se B a temperatura TI e conversão XAI . Na saída do primeiro reator resfria-se a mistura de N2. A temperatura de entrada no primeiro reator é de 400°C e o fluxo molar 170
até atingir uma temperatura menor Tio C. Admitindo a mesma taxa (3 e com a intersecção- moles/min. Calcule a massa de catalisador e para a conversão de 79% na saída do reator.
da reta com a curva r2, encontra-se uma temperatura menor 7'2 e conversão maior D, Dados:
como pode ser observado no esquema abaixo. Dessa maneira, pode-se construir um
sistema com três reatores em série, atingindo a conversão mais alta e temperaturas Densidade do catalisador: 2 g/cm3
menores. Pressão: 1 atm
Entalpia de reação: L.HR = -23.290 kcal/kmol
To T3
Tz T20
D X^/ E
XA, XAz
Solução
Cálculo do peso molecular médio:
M=0,07x64+0,11x32+0,01x80+0,81 x28=31 , 48
u; a' ::
492 Í PARTE II: REATORES Í M. SCHMAL CAPÍTULO 6: REATORES HETEROGËNEOS Í M. SCHMAL Í 493
Cálculo do Calor específico médio: Calcularam as taxas e os resultados são apresentados na seguinte tabela (Coulson e
Richardson) 2 :
C, = 0, 07 x 0,190 + 0, l 1 x 0, 246 + 0, O 1 x 0, 240 + 0,81x0,226=0,239 kcal / kg°C
r
— BRC.A 0 = Com esta tabela construiu-se a figura 6.6, colocando na ordenada o inverso da taxa
R= 0,537
A CP T0
e na abscissa a conversão, bem como o perfil de temperatura em função da conversão.
400 -
PSO3
ki PPo so,--
1 K P P ,;,
y SOz O; _
r=
22,4x1+K,Ps0 z + K,Pço
Onde: 200 -
f
0,78 0,78 V
W =y 40 F
r
-=0,07x0,170x60 J4á
r
o
o 0
Foi calculada a área total = 25,3 kgh/kmol
W=0,714) f(
W=0,714x25,3=18,0 kg
494 1 PARTE II: REATORES I M. SCHMAL CAPÍTULO 6: REATORES HETEROGÊNEOS 1 M. SCHMAL 1 495
6.2 REATOR DE LEITO FLUIDIZADO Nota-se que é possível medir a altura correspondente a mínima fluidização, e
conhecendo-se as densidades do sólido e do gás e a fração de vazio pode-se determinar a ;3
O reator de leito fluidizado caracteriza-se pelo fluxo de gás ascendente mantendo ou arras- perda de carga.
tando partículas muito pequenas em movimento. O reagente gasoso em contato com as A velocidade mínima de fluidização é determinada diretamente pelo gráfico expe-
partículas do catalisador facilita a reação devido a alta velocidade, baixo tempo de contato,
rimental da figura 6.7(3), ou seja, umf, bem como a velocidade terminal ui ou de arraste uf
efeitos importantes que favorecem o transporte4ide calor e massa. Em muitos casos, as
(7). Correlações empíricas foram formuladas por Leva et alii4, conforme relações abaixo:
partículas são arrastadas e podem re-circular, passando por um processo de regeneração,
como é o caso do processo de craqueamento catalítico de petróleo.
O ponto de partida é estabelecer a hidrodinâmica do leito fluidizado, que definirá
se as partículas estão paradas, em movimento ou sendo arrastadas pelo gás reagente. Para
verificar e estabelecer o regime de escoamento mede-se a perda de carga em função da
velocidade superficial, conforme figura 6.7. Sendo:
,P dp = diâmetro da partícula (µm )
mmHZO
3
g = viscosidade dinâmica (Ns/m2)
Leito
fixo A medida que a velocidade superficial cresce o leito torna-se menos denso e as
partículas são arrastadas, podendo a velocidade terminal ou de arraste ser calculada pela
equação empírica:
u — ,I 4drg(p'—p) 6.22
3pCn
24
CD é conhecido pela literatura4 para um regime laminar: C„ = .
Sendo: Re
U slcm/s)
O equacionamento de um reator de leito fluidizado pode ser feito através de modelos O balanço de massa para o modelo apresentado na figura 6.8 é feito separadamente
específicos, separando a fase gás da fase particulada. Um dos vários modelos apresentados para a fase gás e fase emulsão, considerando regime permanente e sistema isotérmico 4,6 :
por Levenspiel6 é apresentado a seguir:
O escoamento das bolhas na fase gás está em contato com a fase particulada cons- Fase gás (bolha)
tituída por partículas sólidas muito pequenas, sendo chamada fase densa ou fase de
emulsão. A bolha é envolvida por uma densa nuvem de partículas, chamada emulsão, onde ^9h
lbub d +k, ( CA b — CA e)+r"A Y fb = 0 6.24
há o intercambio de fluxos, com transferência de massa, calor e de reação química. A figura
5.7.2 ilustra este modelo:
Onde:
fb = fração do leito ocupada pelas bolhas
k; = coeficiente de interface (cm 3/cm3i e ito x 6)
ub = velocidade superficial da bolha (cm/s)
CA b = concentração de gás na bolha
CA e = concentração de A na fase emulsão
Fase r" = taxa de reação (mole/g x s)
Densa
t, (partículas p = densidade do gás (g/cm3 )
Fase +gás)
Bolha Fase emulsão (gás + partículas)
(gás)
dC z 2
fuedCA e+k,(C .ab —CAe — fD +rp e (l—fb )=0 6.25
dz edz
Onde:
i (2) Ee = fração de gás na emulsão
fe = fração do leito ocupada pela emulsão
De = coeficiente de difusão efetiva (cm 2/s)
ue = velocidade superficial da emulsão (cm/s)
e
Pb
Pb = 6.29
PFR ideal
( 1— lb )
D, O
Onde k,mO
CSTR ideal De= O, k,
ub
a= k; x0, D e =O
(u ,,,f /E f)
_
k; 0, D,
Onde pe corresponde a fração do volume total ocupado pela bolha na zona de inter-
face (emulsão), desprezando a massa de sólido na bolha em si.
Os coeficientes de troca na interface foram determinados empiricamente, sendo as
mais usadas as seguintes correlações:
kb, =4,5
df +5,85 6.30 w
Fo
gb
u
= >_6--* -11,
um/
Onde:
E6.3.2 Quer-se produzir 40.400 ton/ano de acronitrila em leito fluidizado pela amoxi- g = 9, 8 /, x 3.6002 =1,1,27 x 106 m/h 2
dação do propileno. O reator de leito fluidizado opera a 1 atm e 400°C (*). A fração s
molar de propileno é de 0,24. A conversão de propileno foi 78%, sendo a reação de Logo:
primeira ordem, cuja velocidade específica de reação é igual a 1,44 m3/ kgcat x h a
400°C. Dados adicionais (*) Adaptado do Froment 4: 136 = u, — u f + u6 = 1.800 — 7,2 + 2.534 = 4.326 m/h
• Porosidade do leito —> e = 0,24 _ Com estes dados é possível calcular o coeficiente de transferência na interface da
• Diâmetro médio das partículas — d, =511.t bolha com a nuvem, ou seja, kb, utilizando a seguinte formula empírica (equação 6.30):
• Densidade do sólido -4 p, = 2.500 kg/m3
• Velocidade mínima de fluidização*umf = 7,2 m/h U De"
2d 4
fxk
502 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMA L CAPÍTULO 6: REATORES HETEROGÊNEOS 1 M. SCHMA L 1 503
ur -u,,f - 1.800-7,2
- Fração da bolha na emulsão: fb = = 0, 414 Mas, a conversão desejada é de 78%. Logo,
ub 4.326
V.2 1, 17
- Volume da interface emulsão/gás (equação 6.28): =
V 0,17+a
Com todos estes parâmetros calcula-se o coeficiente Kr, , ou seja, equação 6.33:
.. .w.. .1.s1 4 .r.... 1J.:. A •• LJ1.0j .
REFERÊNCIAS
1. ARIS, R. Elementar)/ chemical reactor analysis. New Jersey: Prentice Hall, 1969.
3. FOGLER H. S. Elements of chemical reaction engineering, 2. ed. Upper Saddle River, New Jersey:
Prentice Hall, 2000. 1
4. FROMENT, G. F., BISCHOFF, K. B. Chemical reactor analysis and design. New York: John Wiley &
Sohns, 1979.
5. HILL, C. G. An introduction to chemical engineering kinetics and reactor design. New York: John
Wiley & Sohns, 1977.
6. LEVENSPIEL, O. Chemical reaction engineering. 3. ed. New York: John Wiley & Sohns, 2001.
7.1 INTRODUÇÃO
7. SATTERFIELD, C. N. Mass transfer in heterogeneous catalysis. M.I.T. Press, 1970.
Nos reatores industriais as reações podem ocorrer em fases múltiplas. É o caso de reatores
8. SCHMAL, M. Cinética homogênea aplicada e cálculo de reatores. Rio de Janeiro: Guanabara, de leito fixo, leito fluidizado, leito de lama e leito trifásico. Nos reatores de leito fluidizado
1982. e leito de lama o sólido (catalisador), na forma de partículas muito pequenas, está em
movimento no reator. O escoamento do fluido é complexo. Nestes sistemas o escoamento
da fase fluida não é homogêneo e há grandes desvios em relação ao comportamento ideal
de um PFR ou CSTR, caracterizando um reator não ideal.
Por outro lado, há vantagens excepcionais nestes reatores, onde há melhor transfe-
rência de massa e calor, melhor e maior contato entre os reagentes, e principalmente menor
tempo de contato de reação,.
Como nos reatores ideais, as cinéticas e as condições de reação são semelhantes, no
entanto, a distribuição dos produtos é completamente diferente e para correlacioná-los com
os experimentos, necessita-se de um estudo mais detalhado das condições de não ideali-
dade, levando-se em consideração os escoamentos, os fenômenos interfaciais e superficiais
e de transferência de calor e massa. Estes fenômenos caracterizam a dispersão axial e
radial, causados pela difusão e convecção.
Os exemplos mais conhecidos são mostrados na figura 7.1. No reator PFR vazio, o
escoamento pode ocorrer com um perfil de velocidade laminar ou turbulento. O escoa-
mento laminar no PFR é caracterizado como um reator não ideal, já que o perfil de velo-
cidade numa secção transversal não é uniforme e, consequentemente, o tempo de contato
entre as moléculas é diferente no centro e próximo a parede. Num escoamento turbulento
o perfil de velocidade não é uniforme, mas na média pode comportar-se como escoamento
uniforme, estando mais próximo das condições ideais de um reator ideal, já que o tempo
de contato entre as moléculas dos reagentes é aproximadamente igual.
Diferentes são os escoamentos em leitos catalíticos, tanto de leito fixo como de leito
fluidizado ou de lama. Os escoamentos são aleatórios, dependem dos espaços vazios no
leito fixo por onde fluem os gases ou líquidos reagentes, ou mesmo da velocidade aparente
do sólido num leito fluidizado ou de lama. Estes são conhecidos como reatores não ideais.
(c Reator) Tronco cônico a) Fluxo mais próximo das condições ideais e tempos de residências iguais.
Reagentes b) Menor queda de pressão no reator.
c) Carga do reator (recheio ou catalisador), visando melhor escoamento e menor perda
de carga.
d) Troca de calor interno ou externo, que depende se a reação é exotérmica, endotérmica
Reagentes
e se a operação é isotérmica ou adiabática.
Figura 7.1 Tipos de reatores. O fluxo no reator e, portanto, as velocidades superficiais numa secção transversal
do reator, variam com as condições e a forma do reator.
Ao estudamos os reatores ideais, que são casos limites, não verificamos a influência O perfil de velocidade no fluxo laminar em tubo cilíndrico pode ser calculado,
de outros fenômenos causados pelo escoamento, pela transferência de massa e de calor. apresentando uma distribuição de velocidade variável na secção transversal, causando
Portanto, os parâmetros até agora estudados foram determinados em regime cinético sem variação no tempo de contato das moléculas ao longo do reator e, portanto, não pode ser
considerar os efeitos de fenômenos de transporte. Quando isto acontece a taxa real é menor considerado reator ideal.
que a taxa cinética intrínseca. No escoamento turbulento, ou seja, quando o número de Reynolds é alto, a distri-
Nos reatores contínuos CSTR o escoamento têm caminhos preferenciais. Nos rea- buição de velocidade varia na direção axial e radial, com maiores velocidades próximas
tores contínuos tubulares vazios o escoamento pode ser laminar, turbulento e ter volumes as paredes, sendo mais uniforme na parte central do tubo.
mortos. O escoamento pode causar efeitos de difusão radial e _longitudinal e, portanto, Quanto maior for a velocidade ou o número de Reynolds, mais uniforme-se torna o
provocar gradientes de temperatura e de concentração radiais ou axiais, consequentemente perfil de velocidade no reator, aproximando-se bastante do escoamento ideal, favorecendo
afetando a reação química. um contato uniforme e portanto um tempo de residência médio ideal das moléculas.
O reconhecimento do reator pode ser feito recorrendo-se ao chamado "balanço popu- Os reatores com colunas de recheio; pailirulanuuelite us icalmcs catalíticos, apre-
lacional". O que significa isto? Consideremos uma reação química irreversível de primeira sentam uma distribuição de velocidade bastante heterogênea e é bastante difícil prever os
ordem, sob condições isotérmicas, cuja solução é: espaços vazios e caminhos preferenciais, que dependem do tipo e forma do recheio ou
508 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 7: REATORES NÃO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 509
partículas de catalisadores e a sua colocação no interior do reator. No entanto, o contato Veremos que as técnicas que foram desenvolvidas para tratar dessas questões utili-
das moléculas é muito maior, devido ao aumento da área de contato, favorecendo a reação zam noções de distribuição de propriedades dos fluidos nos sistemas, baseadas na teoria
entre as moléculas. Mesmo assim, quanto maior o número de Reynolds, ou seja, quanto das probabilidades. Veremos as noções de distribuição de tempo de residência (DTR) para
maior o fluxo, o reator se aproxima mais do escoamento turbulento e, portanto, das con- as reações e escoamento de fluidos i,2, além de outras propriedades, como a distribuição
dições ideais de reator. ` de partículas sólidas tratadas pelo balanço populacional de partículas.
Além do escoamento, delem-se considerar os efeitos de transferência de massa e
de calor. Nos reatores sem recheio consegue-se prever a troca de calor e, assim, determinar
as condições para uma operação isotérmica ou adiabática, conhecendo-se o perfil de tem- 7.2 DISTRIBUIÇÃO DE TEMPO DE RESIDÊNCIA
peratura no leito catalítico. Para fluxos uniformes a transferência de calor depende da
capacidade calorífica e, portanto, o perfil de temperatura pode ser uniforme, havendo O tempo de residência leva em consideração o tempo que cada elemento de fluido ou
grandes desvios, caso a capacidade calorífica seja muito elevada. conjunto de molécula passa pelo reator, que por sua vez, depende da velocidade das molé-
Nos reatores catalíticos ou com recheio, há ainda a influência da condução de calor culas no interior do reator e, portanto, do fluxo do reator. Ele pode ser igual ao tempo
das partículas. A temperatura afeta sensivelmente a constante cinética e consequentemente espacial, se a velocidade for uniforme numa secção transversal, como é o caso de um reator
a taxa de reação. Paralelamente, há efeitos de transferência de massa por convecção e por PFR ideal. O mesmo não acontece com o reator tanque, pois a distribuição de velocidade
difusão nos poros das partículas que dependem do escoamento e das propriedades de não é uniforme. Na maioria dos reatores não ideais o tempo de residência não é igual para
difusão, afetando sensivelmente a constante cinética e, por conseguinte, a taxa de reação todas as moléculas, causando variações de concentrações radiais ao longo do reator, ou
química, devido aos diferentes tempos de residência4as moléculas. seja, a sua concentração no tanque e na saída não são uniformes. Isto significa que preci-
Estas considerações também valem para os escoamentos em tanques e para o reator samos inicialmente definir o tempo de residência e calcular a distribuição de tempo de
batelada. No entanto, o contato entre as moléculas depende ainda da forma geométrica dos residência para cada sistema.
reatores. Devem-se evitar os volumes chamados "mortos". Quanto maior a agitação, maior Pode-se visualizar a distribuição do tempo de residência através de um experimento
é o contato entre as moléculas e menor é a probabilidade de ocorrerem volumes mortos. com o uso de traçadores, introduzindo moléculas marcadas num determinado instante.
O contato é instantâneo e a concentração na saída do tanque ou no reator batelada deve Escolhe-se um fluido não reativo e adiciona-se um traçador, medindo-se a sua concentração
ser o mais uniforme possível. Atinge-se a condição ideal quando a mistura for perfeita. A na saída do reator. Em geral, usam-se corantes, mas podem ser utilizados outros materiais
figura 7.2 ilustra os diferentes casos: com propriedades condutivas ou material radioativo, que possam ser medidos.
Escoamento de fluido Monitorando o traçador na saída do reator, podem-se observar diferentes situações
para as moléculas marcadas. Se o escoamento tem um comportamento ideal, como um
-pistão, observar-se-á que para um tempo médio todas as moléculas sairão rio mesmo ins-
tante (figura 7.3a). Num reator tanque ocorre o oposto, onde a concentração das moléculas
marcadas decresce com o tempo na saída do reator (figura 7.3b). Reatores não ideais têm
um comportamento intermediário onde a concentração das moléculas marcadas na saída
do reator terá uma distribuição tipo "Gaussiana". No início observa-se na saída uma
pequena fração de moléculas marcadas; a maioria sai num tempo intermediário e nova-
mente uma pequena fração de moléculas sai no final, conforme figura 7.3c.
O traçador é introduzido sob a forma de degrau ou pulso. Para simplificar, utiliza-
Batelada Tanque remos um reator tanque de volume V e um fluido líquido inerte (água) com fluxo vo. Num
determinado instante introduz-se um corante pelo fluxo sob a forma de degrau com con-
centração Co e mede-se a concentração C na saída do reator a partir do instante t = 0. Pelo
balanço (figura 7.4) tem-se:
dCl
v0C0 — v% C= V 7.1
dor dtJ
F(t)
Co
1
Área 2
1I CSTR ideal
v o C o — v o C= V (dC/dt) I
Reator I
não idea-NI
Moles do
Fluxo molar Fluxo molar
— traçador
que entra — que sai
Acumulados
moles/h moles/h PFR ideal
moles/h -
No reator PFR ideal, o tempo de residência é o mesmo para todas as moléculas, 1,0 -
admitindo velocidade uniforme e constante, de modo que a concentração de saída do tra- Área 2
çador é igual à concentração da entrada. Logo, F (t) = 1, ou t = T . O tempo de residência
0,8 -
médio no PFR ideal é igual ao tempo espacial.
Qualquer outra forma de distribuição de tempo de residência entre o CSTR ideal e Data: Data1 B
Model: Boltzmann
o PFR ideal é considerada não ideal.
Chi A 2/DoF = 0,00001
Para determinar a função F(t) a partir de dados experimentais, usaremos a proprie- RA2 = 0,99996
dade G, já definida no Capítulo 1. Se G é uma propriedade qualquer (condutividade, Al -8,69359 ± 4,14906
ionização, comprimento de onda, etc.) que é proporcional a concentração G1 na entrada e 0,4 - A2 0,99782 ± 0,00285
x0 -10,08414 ± 2,52512
G2 na saída, então a fração de distribuição de tempo de residência cumulativa que perma- dx 4,65647 ± 0,1517
neceu no reator num instante menor que t será:
0,2 Area 1
F(t)=G(t)–G,
7.6 0,0
G,–G, 5 10 15 20 25 30
t(min)
—no
Solução Nota-se que tempos maiores indicam que a fração de moléculas que sai do reator é
maior que o tempo de residência médio, acontecendo também o inverso.
Tempo espacial:
V 1 Traçador em forma de pulso
'r=—=—=5 min
vo 0,2 O outro modo de determinar o tempo de residência é quando o traçador é injetado sob a
forma de pulso. A resposta da concentração na saída do reator pode ser calculada, admi-
Cálculo da função F(t): tindo-se que uma fração de moléculas A F saiu do reator no intervalo de tempo At. Uma
fração de moléculas saiu com a concentração Co e a outra fração saiu sem Co na saída do
reator. Logo, no intervalo de tempo At, tem-se o seguinte balanço:
F(t)= G(t)–G, C(t)–C, – C(t)–2 – 2–C(t)
.. voLF. (t)Co = v0 C, 7.7
GZ – C2 – C, -2 2
No limite A t - 0 tem-se:
F(t) – dF – C
limo ^a 7.8
At dt Co
514 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
CAPÍTULO 7: REATORES NÃO IDEAIS 1 M. SCHMAL ^ 515
Onde:
t= tempo de residência médio
E(t)dt = E(6)d6
t
Integrando:
m(C
f dF = f — ]dt 7.2.1 Casos ideais
o o \ Co
No PFR ideal a resposta é instantânea sob a forma de pulso. No caso do CSTR ideal a
Mas pela curva conclui-se que: resposta ideal será uma distribuição de moléculas não instantânea, conforme figura 7.6.
Para a determinação da distribuição de tempo de residência com um traçador em
-/c 1 forma de pulso num volume V e com fluxo volumétrico vo, admite-se que sejam introdu-
f — dt=1= tiCo SC(t)dt 7.9 zidos N unidades de traçador. O balanço global nos dá o tempo retido neste volume.
o \ Ca / 0
Logo,
5 10 15 20 25 30 35
84,9 1 141,5 141,5 4 113,3 56,6 28,3 O
\
Solução
0
Pelos dados determinamos o gráfico da concentração na saída do reator (figura E7.2.1). 1 2 3 4 5 6 7 8
1i
Integrando-a determinamos a área, e com a equação 7.9 calculamos -;Co: Tempo t (min)
15 20 25 30
t (min)
• D — PolynomialFit of Data1_D
Integrando-a. conforme equação 7.11, obtém-se o tempo de residência médio: Na tabela abaixo, encontram-se os valores calculados das funções de distribuição
de tempo de residência E(t) e E(0) (equação 7.12).
t = 15min
_t
0,0795 2,56917 0,030948 6,600634 0,204277
0 0,5 1 X1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7
7 4 3 3 1 0 7 - -0 O O 2,766798 O 7,655173 0
' 0 5 22 27 26 22 19 15 10
0,8
f s > "::^W B
t (min)
n B — Polynomial Fit of Data1_B Figura E7.3.2 Distribuição t E (t).
Figura E7.3.1 Distribuição de concentração versus t. Pelo cálculo da área, obtém-se conforme a equação 7.11 o tempo de residência
médio:
Integrando obtém-se a área total igual a 81,75 x 103 c/min. 1=2,35 min
Logo, pela equação 7.10 calcula-se E (t):
O tempo espacial foi 3,25 min. Obtém-se um desvio de 22%.
^7 yr:^s`. r ac4Yth •:`: ^r •s n:t'i,€1 á s ^e,xv^: k
520 1 PARTE 11: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 7: REATORES NÃO IDEAIS ^ M. SCHMAL 1 521
7.2.2 Variança
a' = 0, 264
O tempo de residência médio representa o tempo de contato médio das moléculas num ele-
mento de fluido. A função de distribuição do tempo de residência, seja através de F(0) ou
Logo, calculando a variância, podemos verificar o desvio do comportamento ideal
E(e) mostra uma variação dos tempos de contato e, portanto, há uma variação de tempo em do reator útllizando a dispersão axial, através da equação que relaciona a variância com
torno do tempo de residência médio, mi variação de distribuição de tempos de residência.
o número de Péclet (4.5.24) , ou seja:
Analisando as curvas pode-se inferir que a largura da curva representa a variância.
No caso do PFR esta largura é praticamente nula, enquanto que no CSTR ideal é relati-
a2 =2
—= 0,264 7.17
vamente larga. Portanto, a largura do pico pode indicar o desvio do comportamento entre Pé
os dois casos ideais.
Define-se, portanto, variância como uma distribuição de tempo de residência em Pé = 7,6
torno do valor médio, e pela teoria da probabilidade pode ser representado por:
Quando o número de Péclet é grande (Pé--> 00)tem-se um comportamento
próximo ao PFR ideal e quando é muito pequeno (Pé -* 0) aproxima-se de um CSTR
ideal.
Onde: No presente exemplo o reator tem um comportamento não ideal.
Os reatores tanque (CSTR) e tubular (PFR) ideais preveem distribuição uniforme de con-
centração e temperatura dentro dos reatores, de modo que as concentrações de saída são
Portanto:
uniformes.
a ' = f0 ' E(8)de–1 7.16 No entanto, este comportamento não é real, pois o tempo de residência ou de contato
o das moléculas nestes reatores nãõ é uniforme, apresentando uma distribuição de tempo de
residência diferente do tempo espacial T. O tempo de contato das moléculas-no reator é
Para um reator tanque CSTR ideal, obtém-se uma variância: a' = t 2. Para qualquer próprio de cada conjunto ou elemento de fluido, que passa pelo reator. Portanto, há molé-
reator não ideal obtém-se uma variância que mostra a largura do pico e, assim, o desvio culas que saem rapidamente e outras que permanecem mais tempo, consequentemente
do comportamento ideal. Este método pode ser utilizado também para determinar a função afetando a cinética da reação e principalmente a concentração ou distribuição dos produtos
de distribuição de tempo de residência E(t). na saída do reator.
Conhecendo a distribuição de tempo de residência no reator e a cinética de reação
podemos prever a concentração de saída dos produtos, ou seja:
E7.4 Pelo exemplo anterior, usando a equação 7.16, calcule a variância.
C= f C(t)E(t)dt= C(t)dF 7.18
a' = f 0 2 E(e)de -1=1,26416–1=0,264 Esta concentração média representa a soma das concentrações dos elementos de
.o fluido ou conjunto de moléculas no efluente, cada qual com o seu próprio tempo de
residência.
Este é o chamado modelo de fluxo segregado, baseado na hipótese fundamental de
que os elementos de fluidos são independentes ou não se misturam (modelo de macromis-
tura). Até agora, considerávamos mistura perfeita no balanço de massa e concentração
uniforme, sem interação entre os elementos de fluido (micromistura), denominado modelo
de fluxo não segregado.
A seguir serão estudadas reações cinéticas específicas em modelos"segregados.
a =8,09174–6,40=1,689
t Z'
522 PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPÍTULO 7: REATORES NÃO IDEAIS Í M. SCHMAL 1 523
1+ Tk
— =T=C aa X 4.3.11
CAO
vo (—rA
A conversão será:
Substituindo a expressão da taxa em 4.3.11, vem: CA O — C4=
Tk 7.26
X A, =
C,o 1+ Tk
X,
7.20 Portanto, comparando as conversões de uma reação irreversível de primeira ordem
k(1—XA )
para o modelo não segregado (equação 7.21) e o modelo segregado (equação 7.26), obtêm-
Resolvendo em função da conversão XA, vem: se resultados iguais, que dependem somente do parâmetro Tk, independente do tempo de
residência médio. Conclui-se que somente o tempo, e não o grau de mistura, determina a
Tk conversão de uma reação 'irreversível de primeira ordem.
7.21
1+ Tk Para um reator contínuo pistão (PFR), o tempo de residência médio é igual para
todas as moléculas e analogamente obtém-se a partir da equação 7.2.3 uma solução do
Agora, considerando o modelo da macromistura (segregado) para um sistema a tipo:
volume constante, parte-se da equação da taxa:
7.27
XA, =1— e -"
(— r,) = dC, = kC., 7.22
dl Concluindo, obtém-se a mesma resposta para ambos os casos.
Logo: Para uma reação irreversível de 2a ordem o volume constante da taxa é:
CA = Cé
zk
7.23 (— rA ) = kCA ' = k CA02 (1— X A ) 7.28
rn
Para o modelo segregado parte-se na equação 7.18, ou seja: Para o modelo não segregado (micromistura) tem-se pela equação de balanço molar
de um CSTR,
f C(t)E(t)dt= JC(s)dF XA 7.29
= ZC .ao k
(1-X A )'
Mas pela equação 7.5 para um CSTR a distribuição de tempo de residência cumu-
lativa é dada por:
Explicitando XA obtém-se:
F(t)=C-C =l— exp(- 7.24 7.30
o
T XA = R +1- Já(i+2)
Logo:
dF=é-e
k
524 I PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 7: REATORES NÃO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 525
-X,,,
=1— (3e a E, ((3) 7.34 Os resultados da figura 7.9 mostram a relação entre as conversões do modelo segre-
gado e não segregado em função do parâmetro (3 e, ao contrário do que foi observado para
Onde E,{Q) é a integral exponencial. uma reação irreversível de 2a ordem, o comportamento é o oposto. A razão decresce com
A relação entre as conversões dos modelos segregados e não segregado em função o aumento de 13, indicando que a conversão do modelo não segregado é maior que a do
do parâmetro 13 é mostrada na figura 7.8. modelo segregado. Isto significa que quanto menor o tempo de residência menor será a
conversão no modelo real.
1,10 -
1,08-
—e— C
ã
k
1,00
0,5 1,0 1,5 2,0• 2,5
0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
1/p
R
Figura 7.8 Razão conversão modelo segregado e não segregado.
Figura 7.9 Razão conversão modelo segregado e não segregado reação de ordem diferente.
526 1 PARTE II: -REATORES M. SCHMAL CAPÍTULO 7: REATORES NÃO IDEAIS Í M. SCHMAL Í 527
A figura 7.10 mostra as conversões para todos os modelos acima discutidos em Tabela E7.5.1 Dados experimentais {
função do parâmetro 113, explicando o comportamento dos reatores ideais (mistura perfeita 0 .0 ,5 1 1 5 .-2 2,5 . 3 3,5 4 4,5 5 :5;5 6 6,5
ou pistão) e não ideais, levando em consideração o tempo de residência real do conjunto -0' S 22 27 26 -22 19 15 10 7. 4._ . B 3 T ::
de moléculas no reator.
0,9 -
Solução
0,7 - k=3,255
moi x min )
0,6 - A taxa de reação será:
X., =1,05
–
E7.5 Uma reação irreversível do tipo 2A --+ produtos é feita num reator em fase líquida. X,
Introduz-se 1 mol/L de puro A em uma vazão de 15 L/min. A constante cinética é dada Logo:
por:
XA =0,58
2." (
k=5,41x104e O aumento é pouco significativo.
mol xmin) -
Determine o volume do reator CSTR operando a 25°C para uma conversão de Caso 3:
55%. Calcule as conversões para uma DTR de CSTR e para uma distribuição do Considerando uma distribuição de tempo de residência, conforme-tabela E7.5.1,
exemplo E7.3. obtêm-se as diferentes funções de distribuição de residência mostrados na tabela E7.5.2.
528 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 7: REATORES NÃO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 529
0 0 . XA = 0,864
0,0611 0,023278',
22 0,269 ~246 .
27 0;330 0,056145 Comparando-se com o modelo segregado ideal, obtém-se um desvio de 57%, o que é
26 . 0,318 0,042349
bastante significativo.
22 - 0,269 0,029452
19 0,232 0,02159
15 0,1.83 0;014806.
0,122 0,008725 7.4 ANÁLISE DAS EQUAÇÕES EM REATORES NÃO IDEAIS
.0,085 0,005472
0,049 0,002832_ Admite-se uma reação química global (homogênea ou heterogênea) e o escoamento de
0,0366 0;001941 fluido em reator tubular, com dispersão radial e axial tanto de movimento, massa ou calor.
0;0366. 0,001787
- 0,0122 -0,000552 Esta análise é válida para qualquer caso, porém as propriedades físicas e químicas das
0' -:0 misturas têm comportamento ideal.
Onde CAO k = 3.255 e CAO =1 moIJL O tensor tensão depende do tipo de escoamento. No escoamento laminar é propor-
Logo, cional a viscosidade que depende da temperatura, enquanto que no escoamento turbulento
C A = -j- 1 E(t)dt=0,13609 depende do coeficiente de troca de quantidade de movimento E2i ou seja,
0 1+3,25t
A figura E7.5.1 mostra a distribuição de concentração. 1 =f(v,e,) 7.4.2
0,07 -
Junto à parede o coeficiente Ez é desprezível, predominando o escoamento laminar,
0,06 -
N enquanto que na região central predomina o turbulento. Neste escoamento turbulento Ec é
função da posição radial. Nos leitos particulados esta função depende de vários fatores.
0,05 -
n
Balanço de massa
A equação do balanço de massa, expressa em função da concentração, varia ao longo do
reator com a posição radial dada por:
0,02 -
uaC=1 a
0,01 - [r(D+E )aCl+a[(D+ED)----1+r 7,4,3
az r ar L ° ar az az A
0,00 • *—^
0 1 2 3 4 5 6 7 8 Onde ED é a difusividade efetiva radial e axial e D é o coeficiente de difusão.
t
530 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 7: REATORES NÃO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 531
Balanço de energia
d ud
O balanço de energia também pode ser escrito da seguinte forma, para um tubo e tempe- Pé = Péclet radial 7.4.8
LD
raturas, variando radial e axialmente. Admite-se que as propriedades térmicas são cons-
tantes e não variam com a temperatura.
Pé = ud Péclet axial 7.4.9
D
pCpuaT — 1 á [r(k + E,) + á [(k+E,)aT] +(— rA ^+Q 7.4.4
az r ar ar J az az Analogamente, para o balanço de energia:
Onde ç é o calor específico (cal/gx°C); Ir, condutividade térmica; Eh difusividade
térmica axial e radial; LHR calor de reação (kcal/mol); (—rA ) taxa de reação de transfor- 1 1 a Ek 1dT ' 1 a r(1 Er^91aT ' Da_
u * _ar
— == r' 1+
---— + 1 - + J +(3 +Q' 7.4.10
mação de reagente A (mol/L x h) e Q calor externo (kcal/h). k, az' Pé_
Chamaremos E*h e E*D as dispersões axial ou radial de calor e massa,
az' Pé, r' ar' C k ar' Pé, az'
respectivamente:
Onde:
e, =k+Eh 7.4.5
u*
aX 11 a
A =---
L r ED ax:
r' 1+- -
-
+
la ^ l + Pe (1— X A ) 7.4.7
resultado desta análise permitirá justificar as simplificações adotadas e suportar as hipóte-
ses feitas para as equações simplificadas nos reatores ideais. Além disso, permite prever
dz' Per r' ar' D) ar' Pez az' \1+D,) az o grau de influência das dispersões sobre a reação.
Analisando a ordem de grandeza de cada termo ou variável nas equações podemos
Surge o número de Péclet, um parâmetro que relaciona a velocidade convectiva com concluir que:
a velocidade difusiva, ou seja:
u *= 0 (1) = ordem de grandeza de 1
e^ „t..:..
-. y i^h, r•aa r, .+,n ..: .i. . ,r.,.-N.::;+i.-,a, :,ta:;.. r. t..
532 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPITULO 7: REATORES NÃO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 533
Dr
aa ,, .o(l)
u'
ax A 0(1) ; logo, o termo convectivo é da ordem de 1.
:: -
Gases
F
i
Por outro lado, observa-se pela definição dos números de Damkõhler e de Péclet
que a relação é da mesma ordem de grandeza. O número Da relaciona a velocidade da
reação e difusão, enquanto que o número de Pé relaciona a velocidade convectiva e difu-
siva no balanço de massa. A análise é semelhante para a equação de energia. Líquidos
0,001
Como os termos acima indicam
A
=0(1) ou u* —;{
aa -0(1),
u*aa
0,01< Re < 1.000
pode-se concluir que o desvio do comportamento de reator ideal (PFR ou CSTR) é somente
Figura 7.4.1 Difusão radial e axial.
devido aos números de Pé axial ou radial. Quando estes números são grandes, Pé, ->
ou Pé, ---> , os termos de dispersão axial e radial são desprezíveis e o reator comporta-se
como ideal. Caso contrário, terá um comportamento não ideal.
O número de Pé relaciona a velocidade de escoamento u e o coeficiente de difusão
D ou a relação E/D, onde E varia com a posição. A análise deve levar em consideração a 0,001< D, < 1.000
variação desses parâmetros radiais e axiais.
Líquidos
E=
A relação e E''
E, E,
ordem de 10-2 . Para valores de Reynolds maiores (10 3 ) o Péclet é menor ainda, obtendo- Figura 7.4.2 Difusão radial e axial.
se um valor de Pés = 1. Portanto, a dispersão axial para líquidos e gases não é
desprezível.
534 Í PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 7: REATORES NÃO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 535
Para escoamentos turbulentos há uma variação significativa dos coeficientes radiais e Analisando os termos, observa-se que Pér -oo (o termo de dispersão radial) é des-
axiais, principalmente devido a não homogeneidade dos perfis de velocidade. Há convecção prezível e os outros termos são da mesma ordem de grandeza 0 (1). A dispersão axial não
e difusão simultaneamente na região central e próxima a parede. Os coeficientes de dispersão pode ser desprezada, já que Pé, é de ordem finita. Quando os coeficientes de dispersão e de
E dependem do gradiente de velocidade e portanto, da posição, conforme figura 7.4.3.
difusão forem da mesma ordem de grandeza e forem pequenos, aproximam-se de um esco-
amento tipo pistão, pois o perfil de velocidade é uniforme na secção transversal radial. Neste
Observa-se que £D radial é da ordem de 3-20z e por isso, 1,7 vez maior, afetando o
caso, obtém-se a equação de um reator ideal. Portanto,
perfil de concentração radial, conforme figura 7.4.3.
Junto a parede prevalece o escoamento laminar e a dispersão radial é desprezível.
Caso a) Reator não ideal:
Próximo ao centro a dispersão radial é da ordem de 20-30.
Analisando a equação do balanço de massa, conforme equação 7.4.7, mas conside-
7.4.13
rando a dispersão axial e radial,
u* =1 1 a ,aX A 1 Lr
+ 1 [aX 2A 1
+ Da 1–X A^ 7.4.12 Caso b) Reator ideal:
az' Pe r' ar'L ar' j Pe az'2 J Pe_
aio — o . o 7.4.14
Onde:
£p
A nálise das condições de contorno
Nem sempre as condições de contorno levam em consideração as mudanças na interface,
no caso de sistemas heterogêneos, onde estas condições são diferentes. Consideremos
Radial somente as condições de contorno para o balanço de massa onde há mudança de fase,
desprezando o escoamento radial. Assim, podemos dizer que os fluxos molares na interface
são iguais, ou seja:
Na interface z = 0, tem-se:
Re <1.000
7.4.15
Figura 7.4.3
d ud
Pe, = Péclet radial 7.4.8 Sabe-se que os coeficientes de dispersão e difusão são diferentes em z = 0+ e z = 0-. Analo-
L E,
gamente para z = L, na outra extremidade do reator. Se não há diferença, o reator comporta-
se como um pistão, ou seja, comportamento ideal. Logo a equação acima simplifica-se.
Per = uL Péclet axial
7.4.16 E,
Para z= O-4CA =CAo
Porém, nos escoamentos heterofásicos ou mesmo com escoamentos não unifor- Em resumo, num reator com dispersão axial temos:
mes (laminar, turbulento ou particulado), pode-se admitir que em z = 0- o coeficiente
de dispersão é desprezível, mas não em z = 0+. Neste sentido a condição de contorno
a - 1 rax2,,1 k ' L A)
será: + u (1-X 7.4.22
a Pez ILL a JJ
7.4.17
a) No PFR ideal o número de Pé oo, e portanto,
=0 X A =0
e sendo DE -> 0, então Péclet axial Pé, -j oo. Nestas condições o reator comporta-se como
reator ideal e, portanto, para z = 0 a conversão inicial será nula (.X = 0). Por outro lado, 7=1 X A =1
se DE ^ 0 tem-se Pé, = 0 (1) e portanto,
Quando Pé = 0 (8, = oo) tem-se o reator tanque ideal (CSTR). Portanto,
z_o , > 0.
dz'
7.4.24
Logo, quando z = 0+ a conversão XA é diferente de zero. Há efeito de mistura desde
logo na entrada do reator.
A condição para z = L, será: Com a seguinte condição de contorno:
aX = constante
7.4.21
Logo, com a condição de contorno, observa-se que:
XA = constante.
PFR ideal
CSTR ideal
REFERÊNCIAS Vários compostos orgânicos podem reagir entre si, formando novas moléculas duplas que
reagem com a molécula inicial para formar moléculas maiores. E o processo da polimeri-
1. ARIS, R. Elementary chemical reactor analysis. New Jersey: Prentice Hall, 1969. zação. Estes também ocorrem em moléculas naturais, como por exemplo, na celulose e na
2. FROMENT, G. F., BISCHOFF, K. B. Chemical reactor analysis and design. New York: John Wiley & borracha. As características dessas moléculas dependem do monômero, do comprimento
Sohns, 1979. da cadeia e da composição. O mecanismo e a cinética foram estudados anteriormente e
podem ser observados na seguinte experiência em fase homogênea.
3. HILL, C. G. An introduction to chemical engineering kinetics and reactor design. New York: John
Wiley & Sohns, 1977. No caso mais simples, faremos uma experiência com uma solução de estirol e de
AIBN em solução. Esta molécula é um iniciador e com calor se dissocia em radicais:
4. SCHMAL, M. Cinética homogênea aplicada e cálculo de reatores. Rio de Janeiro: Guanabara,
1982.
R* + H2C \
C6H5
540 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 8: PRÁTICAS DE LABORATÓRIO 1 M. SCHMAL 1 541
f
mantido pressurizado por aproximadamente 1 fi7 A reação ocorreu ao adicionar como co-
catalisador vapor de HCI diretamente. Ao fim da reação o produto era vertido em uma
solução de NaOH 1N, separado e destilado. Foram feitos testes entre zero e a temperatura
ambiente utilizando como reagente isobuteno puro (AGA 99,0%) e RAF 1.
Foram planejados testes em diferentes temperaturas e quantidades de co-catalisadores
(HCl/Cat = 3 e HCl/Cat = 1). Os produtos obtidos foram analisados por Infravermelho.
Devido à formação de HF, foi confeccionado, inicialmente, um reator de Teflon. Em
razão à exotermicidade da reação, a temperatura da reação passou de 0°C a 70°C em apenas
9 T alguns segundos após o início da adição do reagente. Foi utilizado um reator de aço inox
de maior volume e com um bom sistema de refrigeração (figura 8.2), onde foi possível
um controle preciso da temperatura de reação. A figura 8.3 apresenta uma amostra do
produto obtido.
Na tabela 8.1 estão descritas as condições em que foram realizadas as reações de
polimerização. Foram realizados testes utilizando tanto isobuteno puro como a mistura
Figura 8.1 Esquema experimental da reação em fase homogênea: polimerizaçãos. RAF1 (proveniente da Polibutenos) como reagente. Nestas reações foi utilizada uma tem-
Í!
peratura de "set point" no banho termostático em torno de 0°C de forma que a temperatura
ü
interna do reator ficasse em torno de 5°C. A adição do reagente era feita bem lentamente
Procedimento de forma a não aumentar significativamente a temperatura do sistema. Após o término da
1
O estirol é seco com CaC1 2 por retificação, sob vácuo de 50 mbar. Benzol também deve ser adição do isobuteno, a temperatura permaneceu estável em torno de 8°C. Verificou-se que
purificado. O iniciador deve ser descristalizado com metanol, aquecido a 50°C, resfriado para um volume de sistema reacional (reagente + sol. etanol em diclorometano) de 1.000
sob vácuo e a seguir secado a temperatura ambiente. O balão com três bocas deve ser limpo mL produziu-se em torno de 600 mL de produto.
e secado várias vezes. Depois deve ser colocado em banho mana a 50°C. O balão deve ser
purgado com N2 várias vezes. Os reagentes são introduzidos no balão pela torneira S. Tabela 8.1 Condições de reação
Fecha-se o balão e começa-se a agitação. Atingindo a temperatura de equilíbrio, introduz-se Temperatura (°C) 5
o iniciador. Retiram-se amostras após 2, 4 e 6 h, inicialmente 20 mL e depois 10 mL. Estas Razão volumétrica etanol/diclorometano 1:100
amostras são colocadas num pequeno Erlingmeir contendo o neutralizante e a seguir Razão molar BF3/etanol 1:1
pesadas. A solução deve ser bem agitada e o precipitado é também filtrado e pesado. Lava-se Volume da solução etanolIdiclorometano (mL) 101
com metanol e seca-se a 60°C por 4 horas. Observe que há aumento de volume. Despreza- _
1.000 Volume total do meio reacional (rnL)
se a influência da temperatura sobre a densidade. Volume da solução etanol/diclorometano (mL) 101
Coloca-se num gráfico a conversão com o tempo de reação e determinam-se as taxas Tempo de reáção•(min) 45
para diferentes condições, ou seja:
542 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPITULO 8: PRÁTICAS DE LABORATÓRIO 1 M. SCHMAL 1 543
UV-10
- - PIB24
POLBF3 (Isobuteno)
••••••••• POLBF3 (RAF1)
em
Figura 8.4 IV na região entre 1.700 e 1.560 em- 1 .
8.2.1 Experimental
A figura 8.5 apresenta o fluxograma da uma unidade geral de testes. Emprega-se um reator
de quartzo em Usem bulbo, cuja temperatura é controlada por um termopar tipo K, asso-
ciado a um controlador/programador Therma, acoplado a um forno de resistências
elétricas.
A unidade tem saturador cuja temperatura é controlada por banho termostático e
monitorada por termopares do tipo K. O sistema também possui um controlador mássico
de fluxo gases com quatro canais. Válvulas de quatro vias permitem que estas correntes
sejam desviadas dos saturadores (posição by-pass). Uma válvula de três vias permite
substituir o He pela mistura reacional.
A determinação das vazões volumétricas pode ser realizada por um medidor de fluxo
tipo bolhômetro e auxílio de um cronômetro. E necessário considerar perda de carga ao
se borbulhar os gases pelo saturador, obtendo-se curvas de calibração da vazão lida no
flowmeter em função da vazão determinada no bolhômetro.
Para evitar a condensação de líquidos, a linha é mantida aquecida à temperatura de
aproximadamente 75°C com um sistema de resistências, empregando-se um Variador de
Voltagem ATV115
Figura 8.3 Polímero obtido utilizando BF3 como catalisador3 .
544 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
CAPÍTULO 8: PRÁTICAS DE LABORATÓRIO 1 M. SCHMAL 1 545
Resistências de Controle de
aquecimento '-, , i temperatura
da linha Termopar por banho
1 temostático
Fluximeto Saturador EtOH
Canal 7
Termopar
4 viasç acoplado a
Reator um forno com
programador/
Fluximeto controlador de
Canal 4 temperatura
4 via
CH, Fluximeto
Canal 2 Saturador H,0 Controle de
Fluximeto 1 temperatura
H21 ^p2j ^ Canal3 Termopar por banho
egurança temostático
Bloqueio Figura 8.6 Cromatograma típico obtido durante a reação CH4 + CO 2 .
Ar Cromatógefo
Purificad
Bloqueio
0,2 - AE,
e
Bolhõmeto
Y Ei 8.2
Figura 8.5 Fluxograma da unidade de testes 2.
1+0,2 A
A nálise cromatográfica
A análise é feita através de um cromatógrafo a gás em série com a unidade experimental, onde: Ei é um componente yEi é a fração molar do componente, A Ei e A 02 são as áreas
equipado com coluna de fase ativa Hayesep D e um detector de condutividade térmica corrigidas do componente e oxigênio, respectivamente.
(TCD) e de ionização de chama (FID). O gás de arraste utilizado é o hélio, com vazão na
Para a análise da alimentação do reator o gás hélio é borbulhado pelos saturadores
coluna em tomo de 12 ml/min a 20°C.
contendo o líquido, mantidos nas temperaturas desejadas, por pelo menos 40 minutos,
A calibração do sistema é feita por meio de injeções de misturas padrões certificados
sendo analisadas diversas amostras no cromatógrafo. A fração molar correspondente à área
e com concentrações conhecidas, por exemplo, padrões de H2, CO, CH 4, CO2 e H20.
Obtendo-se as respectivas áreas, pode se calcular os respectivos fatores de conversão da de componente (alimentação do reator) pode então ser determinada a partir do padrão
externo por uma regra de três, segundo a equação 8.3.
área dos picos cromatográficos em concentração molar, por meio de normalização mate-
mática. A figura 8.6 ilustra um cromatograma típico obtido, onde se observa a pequena 0
sensibilidade para o H2, e na tabela 8.2 estão os tempos de retenção e os fatores de cali- A E' Y Ei 8.3
3'°= Ã
bração de cada um dos componentes.
Tabela 8.2 Tempos de retenção e fatores de calibração das áreas dos cromatogramas onde y° é a fração molar do componente (por exemplo: etanol) de alimentação e AÉi é a
área correspondente à fração molar de componente na alimentação.
Hz 3,5 4,275 A fração molar de água na alimentação do reator (Yr t_o) pode ser determinada pela
CO 5,3 0,67 razão das áreas corrigidas de água (AH 0) e outro componente (A E, ), segundo equação
CH4 9,2 0,45 8.4:
CO2 13,9 , 0,915
H2O 18,9 0,55 °
A°Hr°
°
YH,o = A YF 8.4
H2O
Determinação das frações molares e pressões parciais
O cálculo de pressões parciais para o efluente do reator a partir das áreas cromatográficas
é realizado pelo emprego de um padrão externo e pelos balanços de carbono. Antes do Verificação do regime cinético
início dos testes cinéticos, a mistura é borbulhada no saturador. A partir do conhecimento
Para a verificação do regime cinético são realizados dois testes, nos quais a vazão volu-.- ---
da razão, por exemplo, 02 /He (0,2/0,8) e das áreas cromatográficas, é possível determinar
métrica (vo) é alterada, mantendo-se a razão (m cat/vo) constante.
qual a fração molar correspondente a uma determinada área de A, segundo a equação 8.2.
Este é o padrão externo empregadof .
546 1 PARTE II: REATORES l M. SCHMAL CAPÍTULO 8: PRÁTICAS DE LABORATÓRIO M. SCHMAL 1 547
Para o sistema sob regime cinético não deve haver alteração na conversão em testes
que possuam a mesma razão (mca,.%vo). Caso a transferência de massa externa determine a
velocidade da reação, uni aumento na vazão volumétrica tende a diminuir a camada limite
entre o gás e a superfície do catalisador, aumentando a concentração das espécies gasosas
na superfície, e consequentemente a taxa de reaçãoconversão atingida.
Benzeno foi o único produto encontrado e não se observou desativação dos catalisa-
Testes catalíticos dores após 4 h. A Al2O3 não apresentou atividade. Os resultados são apresentados na tabela
8.3 e a figura 8.7 mostra o TOF com o inverso da temperatura, e a energia de ativação foi
Os testes são realizados à pressão atmosférica. As pressões parciais de líquidos são fixadas igual a 24 ± 2 kcal/mol 5 .
pelo controle de temperatura dos banhos terrnostáticos e das vazões volumétricas que passam
pelos saturadores. A metodologia destes cálculos está descrita em detalhes em Patat, 1975. Tabela 8.3 Desidrogenação do tido-hexano sobre catalisador de Pt/AI 203 (P =1 atm H 2/C6 H 12 = 13,2)
Os catalisadores são em geral reduzidos sob fluxo de vo (mL/min) de uma mistura s
10% de H2/He, sendo aquecidos a temperatura T (°C), à taxa de aquecimento (10°C/min). 3 5cw-. a t'_ ,a ^3^KL
Cafáüs ` or n Pt rf ZOFa (s 3) E (k aÌ/ I
1
Para o ajuste das pressões parciais dos reagentes, interrompe-se o fluxo de gás sobre o reator.
Depois de atingidas as vazões e a temperaturas -desejadas nos saturadores, várias amostras
0,9% Pt/Al 2 0 3 0 161,5 1,0 24
da alimentação (contendo líquido e água) são analisadas no cromatógrafo. Uma vez esta-
bilizadas as condições de entrada, a temperatura do reator é então aumentada até a tempe-
ratura desejada de teste, e após algum tempo (cerca de 30 minutos), inicia-se a reação.
A transferência de massa externa ou interna deve ser investigada aumentando-se a
velocidade espacial, sendo mantida constante a razão m CR1/FE , (massa de catalisador/vazão
molar de líquido). Estes testes são feitos na temperatura de fixa e pressão parcial do líquido
na alimentação fixa. Por exemplo, a massa de catalisador e a vazão volumétrica do gás
empregadas nos teste são da ordem de 25 mg e 100 mL/min (mc a,lvo = 25 x 10- 5 gcat x mL -1
x min 1). Para o segundo teste utiliza-se metade de uma massa de catalisador e metade da
vazão volumétrica para obter a mesma razão e acompanha-se a conversão.
A velocidade espacial é calculada (GHSV) da seguinte forma:
Experimental
Os testes são realizados na unidade racional multipropósito, conforme figura 8.5. O pré-
tratamento dos catalisadores consistia sempre de uma secagem até 150°C sob fluxo de He
durante 30 minutos, seguida de redução com mistura 10% H 2/Ar (30 m1/min) até a tem-
peratura de 500°C (10°C/min), mantida por uma hora. Em seguida os catalisadores são
resfriados até a temperatura ambiénte sob fluxo de He. As misturas disponíveis para a
reação devem ser: 10% CH4/He e 10% CO2/He.
Os testes catalíticos com análise cromatográfica podem ser realizados à pressão
atmosférica em um microrreator de quartzo de leito fixo. A massa de catalisador é de 20 i
mg e a vazão total dos reagentes de 200 mL/min, com relação CH 4:CO2 :He = 1:1:18
(GHSV = 600.000 cm 3/h x gcat). O fluxo dos gases são monitorados por controladores de
fluxo mássico com válvulas transdutoras conectadas a um painel de controle de 4 canais
(MKS), permitindo uma diluição precisa entre as misturas reagentes.
— Equilíbrio
+- PtAI
—e— PtZr
Pr1Zr Data: ptzr550_C
—4— Pt10Zr Modal: r=P/(a*P+b)
Chi^2 = 0.0002
0
a 4,27612 ±0,41389
i I 1 1 1 I b 59,125 ±12,003
400 500 600 700 800 900 1.000
Temperatura (°C) 0,00
0 10 20 40
Figura 8.8 Conversão em função da temperatura 8 . 30 50
Pco2 (Torr)
Determinação das taxas Figuras 8.10 Taxa em função das pressões parciais de, variando a pressão CO2 a
e mantendo a pressão de CH4 constante a T = 550°C.
Para determinar a cinética com um modelo específico, determina-se inicialmente o efeito da
variação da pressão parcial de CH4 e CO2 sobre a taxa de consumo de CH4 para o catali- Modelo cinético
sador PtZr a 550°C, cujos resultados são mostrado nas figuras 8.9 e 8.10. Cada ponto foi
A partir da análise dos dados disponíveis na literatura e dos resultados obtidos, foi proposto
medido após 30 minutos de reação naquela condição. Quando a pressão de CH4 é mantida o seguinte mecanismo bifuncional para a reação CH4-CO2 8 .
fixa em 19 Torr, a taxa de consumo de CH4 exibe dois diferentes níveis, um quando
Pco, < PcH, e outro quando Pca4 • Quando a pressão de (-02 e fixada em 19 Torr a {A} CH4 +p^CHx–p+( 4–x 1 HZ 8.6
2taxa de CH4 aumenta com o aumento da pressão de CH4 até 27 Torr; para pressões acima J
deste valor a taxa é praticamente constante.
{B} CO 2 +z^CO,-z 8.7
CAPÍTULO 8: PRÁTICAS DE LABORATÓRIO 1 M. SCHMAL 1 551
[z] + [CO 2 – z] = 1 8.14 Logo, plotando-se PcH //^ H versus PcH , têm-se as constantes A ' e B'.
e substituindo as parcelas (8.12), (8.13) e (8.14) em (8.10), chega-se à seguinte c) Com as constantes A , B, A ' e B 'pode-se então calcular kcH, ,
Kco, e k.-
expressão para a taxa de reação do metano: Os parâmetros cinéticos calculados a partir desse procedimento são apresentados na
tabela 8.5, juntamente com os coeficientes de correlação obtidos para o catalisador
kK co, k cH, Pco, PcH, PtZr a 55°C.
rcH, _
8.15
kK co2 PCO, +(1+ K co, Pco, )(kcn P. +k&' P} 4-')' 2) !t t'
kcH4 a 0,030..
As constantes cinéticas foram calculadas através do seguinte procedimento: kcoz b 0,0.148 .
1.,138
a) Quando a pressão parcial de H2 é nula e a pressão de CH4 é mantida constante, a taxa correlação 0,983
de reação do metano pode ser expressa por: a Unidade: mol/hgcatTorr b Unidade: Torr 1 Unidade: mol/hgcat
= aPCO'
rcH onde a, b e c são as seguintes constantes: 8.16 O modelo proposto ajustou muito bem os dados obtidos pelos testes cinéticos para
bPCO +c os catalisadores contendo zircônia. No entanto, os resultados mostram que a cinética pode
a = kK c02 kc1 PcHJ 8.17 ser simplificada, considerando-se:
1» K co, Pco,
b = kKco, + K co, kcH, PcH, 8.18
Portanto:
O estudo da otimização das condições de operação do reator Parr para a reação de
rCH, = kcH^ Pcri, = 0,03P,,,
8.26 hidrogenação de açúcares, foi baseado nas condições industriais visando à obtenção de -90%
de conversão a 65 niin de reação.
Volume do reator Parr = 450 mL 8.3.2 Reator integral contínuo (tubular) — testes de isomerização de xilenos
Massa de catalisador Ni-Raney para 6% (Pcat.novo/ Psólidos) = 10,92 g
A Unidade de Isomerização de xilenos tem como função aumentar o teor de orto-xileno
Temperatura de Reação = 130°C
na corrente de xilenos a partir da conversão do etilbenzeno.
Pressão Total = 40 bar (580 psig)
Concentração da amostra de HD a ser hidrogenádo = Etilbenzeno -->o-xileno 8.27
1. Sacarose: 1,14%
2. Glicose: 51,72 % Durante o processo de isomerização, o etilbenzeno pode reagir de diferentes formas:
3. Frutose: 47,14 % i) Isomerização para o-xileno; s1
• Agitação = 1.200 rpm ii) Desproporcionamento em benzeno e dietilbenzeno;
• Tempo de Reação = 50 min iii) Desalquilação.
• Filtração a quente (80°C) para evitar-se a polimerização dos produtos formados
Catalisadores bifuncionais (suporte ácido/metal hidrogenante) são requeridos para
As análises do reagente e dos. produtos de reação foram realizadas em cromatógrafo reação de isomerização. Nestas condições, ocorrem simultaneamente as reações de hidro-
líquido HPLC-WATERS, equipado com coluna Shodex Sc101, com fase móvel aquosa. genação de aromáticos (reagentes e produtos) e de alcenos, reações secundárias de hidro-
Os resultados das corridas de hidrogenação de HD a 50 min e 130°C dos catalisa- craqueamento de naftênicos e hidrogenólise. Devido às funções ácidas do suporte, as
dores lixiviados a 100°C (exceto comercial) estão descritos na figura 8.13. O catalisador reações de transalquilação, desproporcionamento e interisomerização dos xilenos também
Ni-Raney comercial apresentou a maior conversão (—60 %) seguido um pouco abaixo dos ocorrem em catalisadores bifuncionais:
catalisadores promovidos com Cr e Mo. Os outros catalisadores aditivados apresentaram
nível de conversão em torno de 35% a qual foi semelhante à obtida pelo catalisador o-xileno m-xileno p-xileno 8.28
Ni-Raney 100 lixiviado (liga da GETEC lixiviada no NUCAT) a 100°C. A ordem de ati-
vidade dos catalisadores testados foi a seguinte: Cabe ressaltar que a conversão de meta-xileno para orto-xileno é indesejada.
Estudos já publicados na literatura relatam uma maior atividade para catalisadores
Ni-Al(comercial) > Ni-AI-Cr Ni-AI-Mo > Ni-raney (100) = Ni-Al- Fe = Ni-AI-Co de platina suportados em zeólitas quando comparados com catalisadores suportados em
y-Al203 . Igualmente são relatadas como preferenciais as reações de etilbenzeno via rotas
Reação a 130C (cat. Lix. 1000) de isomerização, transalquilação e desproporcionamento.
Desta forma, a avaliação de catalisadores comerciais exige uma metodologia de
acompanhamento simultâneo da atividade e da seletividade, assim como a avaliação da
Convi (%) estabilidade catalítica nas condições de operação.
O objetivo é avaliar catalisadores comerciais à base de platina (Ptl, Pt2 e PO),
Sel. soro (%)
comparando-os quanto à atividade e seletividade, para sua utilização em unidade industrial
de isomerização de xilenos 7 .
Metas
1. A valiação da atividade dos catalisadores de platina quanto à conversão de
etilbenzeno.
2. Determinação da seletividade dos catalisadores de platina quanto à conversão de
f
etilbenzeno em xilenos.
3. A valiação da performance dos catalisadores submetidos à desativação forçada.
N^e\
b° C. • Go
Os catalisadores selecionados foram submetidos a testes de performance nas condi-
ciocc \, ções operacionais apresentadas na tabela 8.6, com carga real. Foram realizadas as etapas
de secagem, ativação, reação, desativação e reavaliação, descritas a na figura 8.14.
Figura 8.13 Conversão e seletividade da reação de hidrogenação de HD a 130°C e 50 min 6. O pré-tratamento foi feito de acordo com o esquema abaixo, mostrado na figura
8.14.
556 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPÍTULO 8: PRÁTICAS DE LABORATÓRIO 1 M. SCHMAL 1 557
400 °C
30 °C 360 °C
225 °C t5 min
N 1% 02/N 2 2,,,. H2 mo
Secagem
O catalisador é seco em fluxo de N2 (24 L/h) com 1% de 02 (1,2 L/h de ar) a 400°C por Cromatógrafo
10 min, a uma taxa de 400°C/h. O catalisador é resfriado a 225°C sob o mesmo gás. A
225°C passa-se um fluxo de N2 puro (100%) por 5 min.
Ativação
Troca-se o N2 por H2, passando de 5 a 37 L/h em 10 min (8,3 L/hgcat). Simultaneamente,
o reator é aquecido a 400°C e a temperatura é mantida por 1h.
Reação
Desativação
Foram retiradas amostras a 360°, 370° e 385°C e novamente a 360°C (360°C, v).
A etapa de desativação foi realizada sob fluxo de nitrogênio, a 4500 C por três horas. E
novamente foram avaliados os pontos a 385°C e 360°C (385°C, D e 360°C, D).
A carga e a fase líquida do efluente do reator foram analisadas por cromatografia
gasosa, sendo, no mínimo identificados os seguintes compostos: ciclo-hexano e leves até
C7 (denominados não aromáticos), estireno, benzeno, tolueno, etilbenzeno, meta, orto e
para-xilenos.
Os testes foram realizados usando uma carga industrial. Os resultados de composi-
ção da carga e do produto dos testes a 360°C, para os três catalisadores avaliados, são
mostrados na tabela 8.7.
Observa-se, para os catalisadores Pt2 e Ptl, uma grande diminuição de xilenos nos
produtos a 360°C, que foram convertidos em compostos mais leves (não-aromáticos). O
catalisador Pt3, embora apresente o maior percentual de etilbenzeno na composição do
produto, não apresentou alteração significativa da corrente de xilenos.
Tabela 8.7 Composição da carga e produtos dos testes de atividade a 360° C, ® Seletividade (360 °C) NF<' o-xileno (360 °C)
para os três catalisadores avaliados
o-xileno(370 °C) o-xileno (385 °C)
= Repetição (360 °C)
Seletividade
A seletividade a o-xileno, com relação à corrente total de xilenos (% — lxilenos), foi
calculada pela equação a seguir e apresentada na figura 8.16, juntamente com os valores
de produção (% molar da composição final) de o-xileno.
S n —Kilenoproduto
100 8.30
o seno = Xilenos pr° dmo
560 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
REFERÊNCIAS
5. PATAT, E, KIRCHNER, K. Praktikum der teschnishen chemie, 3. ed. Berlin: DE Gruyter, 1975.
i
6. Projeto PEQ2470/COPPE/UFRJ, 2002.
Análise de ar
• Peso: oxigênio 23,2%; nitrogênio 76,8%
• Volume: oxigênio 21,0%; nitrogênio 79,0%
• Peso molecular médio do .ar: 29
• Peso molecular do nitrogênio: 28,2
Constantes (gases)
• R = 1,987 cal/(mol x K)
• 82,06 (cm3 x atm)/(mol x K)
Densidade
• 1 mol (gás ideal a 0°C e 760 mm Hg) = 22,41 L
Energia
• 1 Joule (J) = 1 (watt x s) = 1 Nm = 1 kg x m2/s2 = 107 erg
• 1 kcal = 4,186 J
• 1 kcal/h = 1,163 W
• 1 kcal = 4,186 x 103 J = 1,163 x 10-3 kWh
Comprimento
• 1 pol (in) = 2,54 cm
• 1 micron (µ) = 10- 6 m
• 1 Angstrdm = 10- 10 m
562 1 CINÉTICA E REATORES 1 M. SCHMAL
Massa
•1 lb = 0,454 kg = 453,6 g
•1 ton = 1.000 kg = 2.000 lb
Volume
1
• 1 in3 = 16,38 cm3
• 1 ft3 = 1,728 in3 = 28,31 dm3
• 1 L = 61,02 in3
• 1 m3 = 1.000 L
Força
• 1 lbf = 4,448 N A
• 1 kw = 1,348 HP Acetaldeído
• 1 W = 14,34 cal/min decomposição do, 4
Açúcar(es)
hidrogenação de, 552
Temperatura Acumulação
• T (K) = 273,15 + T (°C) = (5/9) T (R) termo de, 243
Adição
• T (R ) = 1,8 T (K) de radicais, 115
• T (°C) = T (K) — 273,15 reações por, 115
iniciação, 115
propagação, 116
Pressão terminação, 116
• 1 atm = 760 Torr = 1,013 x 105 N/m2 = 1,033 bar = 1,033 x 104 kgf/m2 Adsorção
num reator tanque, 251
da molécula reagente, 157
Batelada, 54
força da,157
adiabático, 282
Calor sobre sítios, 157
•1 kcal/m2 x h = 27,78 x 10- 6 caUcm2 = 1,163 x 10- 4 W/cm2 = 0,368 BTUft 2 x h física, 148, 149,150 C
isoterrnas de, 15
•1 kcal/m x h x (°C) = 2,77 x 10- 3 cal/cm x s (°C) tipos de, 151 Cálculo
•1 kcal/Kg x (°C) = 4,18 caUg x (°C) modelos de, 151 das variáveis de medida, 6
conversão,7
de Langmuir, 151
grau de avanço, 6
química, 149,150
Calor
Viscosidade Adsorção-Desorçào
em reatores não isotérmicos, 279
• Cinemática: 1 Stokes = 1 cm2/s = 10- 4 m2 /s fenômenos de, 146
em função da temperatura, 279
Amido
• Dinâmica: 1 Poise = 1 g/cm x s hidrolisado, 552
Carvão
gaseificação de, 4
10 Poise = 1 kg/m x s hidrogenação de, 552 Catalisador(es)
•1 Poise = 360 kg/m x h Amônia BF3 como, 542
síntese da, 4, 140 polímero obtido com, 542
com reator catalítico, 140 desativação dos, 398
representação esquemática da, 140 fenômenos externos ao, 141
- Anidro i-S, 145
acético, 3 superfície do, 145
hidrólise do, 3 gradientes de concentração, 145
Arrhenius micrografia do, 388
diagrama de, 146 o perda para os, 388
gráfico de, 51 de massa, 388
Atividade por ATG, 388
reações a estrutura, 33 regeneração de, 398
insensíveis, 33 Célula(s)
sensíveis, 33 crescimento das, 136
564 Í CINÉTICA E REATORES 1 M. SCHMAL
ÍNDICE 1 M. SCHM,4L Í
sós
para líquidos, 483 gráfico a partir da, 139 G de fluido não reativo, 234
radial, 483 E3.10,2, 165 no reator tanque, 234
para gases. 483 representação da, 165 Gás(es) no semibatelada, 298
para líquidos, 483 Equilíbrio dispersão para, 483 num sistema aberto, 242
Distribuição conversão de, 273 axial, 483 perda de, 388
cumulativa. 513 para reações, 273 radial, 483 para os catalisadores, 388
função de, 513 enclotérmicas, 273 Gaseificação por ATG, 388
de concentração, 518 exotérmicas, 273 de carvão, 4 transferência de, 142, 381, 475
versus r, 5/8 em função da temperatura, 24. 27 Gráfico com difusão, 381
de tempo de residência. 236. 237. 238 constante de, 27 . a partir da equação, 139 efeitos de, 142, 381
casos ideais. 515 conversão de, 24 E3.9.3, 139 externos, 381
curva da função de, 236. 238 químico, 19-27 de Arrhenius, 51 internos, 381
variança, 520 Escoamento Grandeza(s)
influência da, 475
características de, 508 genéricas, 13
DSC (Calorimetria Exploratória Diferencial), 399 Medida
formas de, 232
E reatores, 232 H variáveis de, 4, 6
cálculo das, 6
Espectrofotometria, 6 Hidrogenação
Efeito(s) conversão, 7
Espectroscopia, 6 de açúcares, 552
de mistura, 521 grau de avanço, 6
Estado de amido, 552
reações, 522 condutividade elétrica, 6
de transição, 105 hidrolisado, 552
irreversíveis, 522 teoria do, 105 cromatografia, 5
do crotonoaldeído, 4
difusos, 52 Eslirol gasosa, 5
Hidrólise
térmicos, 283 polimerização do, 539 líquida, 5
do anidro acético, 3
análise dos, 283 com radicais livres, 539 dilatometria, 6
Efetividade Etapa(s) espectrofotometria, 6
fator de, 372, 374, 376. 390 intermediárias, 52 espectroscopia, 6
Inibidor(es)
em função do módulo de Thiele. 374 Exercício(s) pressão total, 6
externos, 132
para reações não isotérmicas, 376 propostos, 218, 406, 457 efeito de, 132 titulometria, 5
modificado, 390 cinética, 218 Isobuteno Membrana(s)
Eley-Rideal resolvidos, 193, 406 polimerização do, 541 reator com, 311
modelo de, 160 cinética, 193 Isomerização esquema de, 312
cinético, 160 reatores, 406 de xilenos, 555 Metanação
Energia(s) reatores, 406, 457 testes de, 555 de Fischer-Tropsch, 4
de ativação, 546 [soterntas Metano
F
determinação da, 546 de adsorção, 150 reforma do, 547
tipos de, 151 com CO 2, 547
de barreira, 173 Fenômeno(s)
envolvidas nas reações, 125 de adsorção . desorção, 146 Método
K
enzimáticas, /25 difusivos, 143 diferencial, 81, 85, 128
global, 275 internos, 143 Knudsen taxas iniciais, 85
balanço de, 275 externos, 141 difusão de, 144 integral, 129, 130
potencial, 47, 148, 149 ao catalisador, 141 MFM(Medidores de Fluxo de Massa), 233
L
com o decorrer da reação, 47 Fermentação Modelo(s)
curvas de, 149 biológica, 136 Langmuir cinético, [03, 160
para fisissorção, /49 cinética de, 136 modelo adsorção de, 151 clássico, 103
para quimissorção. 149 Fischer-Tropsch Leito de Eley-Rideal, 160
variação da, /48 metanação de, 4 fixo, 485 competitivo, 133
Entalpia síntese de, 4 reator de, 485 de reação, 166
de reação, 489 Fisissorção, 148 fluidizado, 494, 496 não catalisada, 166
influência da. 489 modelo de, 496 heterogêneos, 31
curvas de energia para, 149
sobre conversão de equilíbrio, 489 potencial, 149 reator de, 494 homogêneos, 31
Equação(ões) Fluido Liquido(s) não competitivo, 133
35.4, 60 dispersão para, 483 Módulo
não reativo, 234
representação da, 60 axial, 483 de Thiele, 372, 374
no reator tanque, 234
análise das, 529 radial, 483 fator de efetividade, 374
balanço de massa de, 234
em reatores não ideais, 529 L W H W (Langmuir-Hinhelwood-ougen-Watson) em função de, 374
Fração(ões)
cinéticas, 38, 40 modelo de, 157
molares, 95
O
a volume constante, 38, 40 relação entre as, 95
M
irreversíveis, 38 Função ^cru(ns)
reversíveis, 40 integral, 59 Massa parciais, 83
E3.9.3, 139 representação da, 59 balanço de, 138, 234, 242, 298 determinação das, 83
k k&, t t.: s&, sbta
ab+i K;;-- . >O,i
efeitos nos parâmetros experimentais, 377 efeitos nos parâmetros experimentais, 377 PFR, 348 distribuição de, 274
fator de efetividade, 372 fator de efetividade, 372 razão de, 332 influência da, 46, 48, 50
poros, 368 poros, 368 para CSTR. 332 na constante cinética, 48
transferência de massa com, 381 regeneração, 398, 401 para PFR, 332 na taxa, 50
distribuição no, 308 de catalisadores, 398 Sintese na velocidade de reação, 46
de concentração, 308 estudo cinético da, 401 da amónia, 4, 140 perfil de, 294
específicos, 296 tanqúe,25/ com reator catalitico, 140 Tempo
com membranas, 311 balanço nuns, 251 representação esquemática da, 140 concentração versus, 240. 517
de leito fixo, 306 tempo de residência, 233 de Fischer-Tropsch, 4 conversão em função do, 302
pseudo-homogêneo, 306 definições de, 233 Sistema(s) de meia-vida, 68
de reciclo, 302 distribuição dc, 237. 238 abertos, 53, 54. 242 de residência, 233, 263, 509, 515, 520
semibatelada,297 curva de. 238 balanço de massa num, 242 definições de, 233
esquema de, 297 função de distribuição de. 236 com reação química, 53, 54 distribuição de, 237, 238, 509, 515, 520
exercícios, 406 curva da, 236 balanço molar em, 53, 54 casos ideais, 515
propostos, 406, 457 noções de. 233 batelada, 5 curva de, 238
resolvidos, 406 tipos dc, 233 curvas cinéticas para, 5 variança, 520
formas de escoamento, 232 tubulares, 231 condensado, 147 função de distribuição de, 236
heterofásico. 307 formas de, 231 partículas do, /47 curva da, 236
esquema de, 307 Reciclo interação entre as, 147 médio, 253. 263
heterogêneos, 481-503 reator de, 302 contínuos, 5, 10, 96 no CSTR, 253
de leito, 485, 494 esquema de. 302 curvas cinéticas para, 5 no PFR, 263
fixo, 485 Regeneração fechados, 53 noções de, 233
fluidizado, 494 de catalisadores, 398 com reação química, 53 médio, 245
ideais, 241 estudo cinético da, 401 balanço molar cm, 53 num reator batelada, 245
batelada, 243 testes de, 397 multi fásicos, 467-480 Teoria
não isotérmicos, 273 Rendimento(s), 325, 331 reações em, 467-480 das colisões, 185
adiabático, 281 de reatores, 348 Solução)ões) noções elementares da, 185
análise dos efeitos térmicos, 283 em série, 348 diferencial, 86 Termo
batelada, 281, 282 CSTR, 348 taxas iniciais. 86 de acumulação, 243
adiabático, 282 PFR, 348 líquidas. 172 de reação, 243
PFR, 259 em função da conversão. 350 Teste(s)
esquema de reatores, 32. T catalíticos, 552, 553, 557
tanque continuo, 251
tubular continuo, 259 global, 327 Taxa(s) unidade de bancada, 557
introdução, 229 para reações em série, 337 dados experimentais de, 134 de atividade, 558
multifásicos, 467 do CSTR, 337 em função da concentração, 134 a380°,558
esquemas de, 467 do PFR. 33 decolisão, 188 para três catalisadores, 558
não ideais, 505-538 razão de, 332 de desativação, 392 de desativação, 397
características de escoamento, 508 para CSTR, 332 de reações, 29. 188, 475 de isomerização, 555
efeito de mistura, 521 para PFR, 332 definições, 29 de xilenos, 555
reações irreversíveis, 522 Residência influência das, 475 de regeneração, 397
equações em, 529 tempo de, 233, 509, 515, 520 do substrato, 128 unidade de, 544
análise das, 529 definições de. 233 versus concentração, 128 fluxograma da, 544
introdução, 505 distribuição de, 237, 238, 509. 515. 520 influência na, 50 Thiele
tempo de residência, 509 casos ideais, 515 da temperatura, 50 módulo de, 372, 3 74
distribuição de, 509 curva de, 238 iniciais, 85, 86 fator de efetividade, 374
tipos de, 506 variança, 520 método diferencial, 85 em função de, 374
Parr, 552, 553 função de distribuição de. 236 solução diferencial, 86 Titulometria, 5
esquema de, 552 curva da, 236 inverso da, 316 TPO(Oxidação com Programação de Temperatura), 401
práticas de laboratório, 539-560 médio, 253 em função da conversão, 3/6 Traçador(es)
desempenho de reatores, 552 no CSTR, 253 num reator batelada, 245 balanço molar do, 510
batelada, 552 noções de, 233 versus pressão, 210 de patamares, 234
integral contínuo, 555 Resistência(s) Temperatura em pulso, 238
tubular, 555 mássicas, 471 conversão em função da, 24, 25. 27, 488 resposta do, 510, 511, 514
reações, 539, 543 de CHa, 25 na saída do reator, 510
S no equilíbrio termodinâmico, 25 para entrada em degrau, 511
em fase heterogênea, 543
em fase homogênea, 539 Seletividade, 325 de equilíbrio, 24, 27 Transferência
...^YLs, 368, 467-480 de reatores, 348 influência do parâmetro sobre a, 488 de massa, 142, 381, 475
em sistemas multifásicos, 467-480 em série, 348 em reatores não isotérmicos, 274, 279 com difusão, 381
intraparticulares, 368 CSTR, 348 calor em função da, 279 efeitos de. 142, 381
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Premiações:
Prêmio Humboldt Award 2003;
Prêmio Ciência e Tecnologia dó México 200
Prêmio Scopus/Elsevier/Capes, 2009;
Prêmio Pesquisador Sênior da FisoCat —
Federação de Sociedades Iberoamericanas
Catálise, 2010.