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Telêmaco Borba - PR
2008
EMERSON DE ALMEIDA DAMAS
Telêmaco Borba - PR
2008
Damas, Emerson de Almeida.
DAM Reciclagem das embalagens cartonadas longa vida: análise de
viabilidade técnica / Emerson de Almeida Damas. – Telêmaco
Borba, PR: [s.n], 2008.
99f.
CDD 676
EMERSON DE ALMEIDA DAMAS
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________
Prof. Dr. Ivo Neitzel.
Faculdade de Telêmaco Borba
______________________________________
Prof. MSc. Rui Cezar Frazão do Nascimento
Faculdade de Telêmaco Borba
______________________________________
Prof. Patrick Roman
Faculdade de Telêmaco Borba
Ao Prof. Dr. Ivo, que aceitou orientar-me nas etapas técnicas para a realização deste
trabalho, pelos ensinamentos ministrados durante o curso e, principalmente, pela
amizade.
Ao meu ortopedista Dr. Flávio Mendes Vilela Jr. que muito me ajudou nesses últimos
cinco anos.
Aos professores e colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa importante de
nossas vidas.
Aos profissionais consultados, pelas informações valiosas que nos forneceram para
este trabalho fosse realizado.
"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore,
dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine
sem aplausos."
(Charles Chaplin)
DAMAS, Emerson de Almeida. Reciclagem das embalagens cartonadas longa
vida: análise de viabilidade técnica. 2008. Monografia (Trabalho de Conclusão de
Curso) – Faculdade de Telêmaco Borba.
RESUMO
Este trabalho teve como motivação o apelo ambiental em torno das embalagens
cartonadas longa vida e o alto potencial lucrativo que o lixo gerado por elas possui,
pois este lixo é composto de 75% de papel, 20% de polietileno e 5% de alumínio.
Para isso foram verificados quais os equipamentos que são necessários para que se
possa reciclar as embalagens cartonadas longa vida, separando seus componentes
(fibra, plástico e alumínio), tornando-os matérias-primas para outras indústrias
processa-los em novos produtos.
Para que isso fosse realizado, foram estudados os vários equipamentos envolvidos
no processo de reciclagem, bem como a sua função em cada etapa. Também foram
verificados quais os produtos que podem ser feitos a partir dos componentes das
embalagens cartonadas longa vida. Este levantamento foi possível através de
consulta de livros, artigos em revistas e internet.
Conhecendo o processo e todos os equipamentos envolvidos, podemos estimar um
custo para que se possa implantar uma empresa de reciclagem de embalagens
cartonadas longa vida. A metodologia para se conseguir esses valores foi através de
visitas em fornecedores de embalagens pós-consumo, contato com a empresa
produtora desse tipo de embalagem e benchmarking.
De posse dos dados, podemos afirmar que é possível e tecnicamente viável a
reciclagem das embalagens cartonadas longa vida, separando cada um de seus
componentes até mesmo individualmente. Também constatamos que é
economicamente viável a implantação de uma empresa recicladora dessas
embalagens sem que se agregue valor ao produto final.
ABSTRACT
The present study was impelled by the ambient request concerned to the liquid
packing board and the high profit potential that the trash produced by them has,
because this trash is composed by 75% of paper, 20% of polyethylene and 5% of
aluminum. It was verified which pieces of equipment are necessary to make possible
the recycling of the liquid packing board, separating its components (fiber, plastic and
aluminum), producing the raw material for other industries to process them into new
products. For this to happen, it was studied the several pieces of equipment involved
on the recycling process, as well as their function in each phase. It was also attested
which products can be made from the liquid packing board. This survey was possible
through books, magazine and internet issues researches. Since the process and all
the involved equipment were known, we can estimate the cost of setting up a liquid
packing board company. The methodology adopted to get this budget was through
visits to suppliers of post-consume packing, contact with the producer company of
this kind of packing and benchmarking. Considering that we got the information, we
can assure that it is possible and technically feasible the recycling of liquid packing
board, by separating each one of its components individually. It was verified that it is
economically feasible to set up a recycling company for this kind of packing unless it
is aggregated value on the final product.
Key words: Packaging, combibloc, Liquid Packing Board, Recycling, Tetra Pack and
Feasibility.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 14
2 Objetivo .............................................................................................................. 16
2.1 Formulação do Problema .................................................................................. 16
2.2 Objetivo Geral ................................................................................................... 17
2.3 Objetivos Específicos ........................................................................................ 17
3 REVISÃO BIBLOGRÁFICA .................................................................................. 18
3.1 ESTRUTURA DA EMBALAGEM....................................................................... 18
3.1.1 Água .............................................................................................................. 19
3.1.2 Papel Cartão .................................................................................................. 19
3.1.3 Alumínio ......................................................................................................... 21
3.1.4 Polietileno....................................................................................................... 24
3.2 PROCESSOS DE SEPARAÇÃO ...................................................................... 25
3.2.1 Desagregação ................................................................................................ 25
a) Produtos e Subprodutos ........................................................................ 25
a.1) Fibra ...................................................................................................... 25
a.2) Papel ..................................................................................................... 25
a.3) Polpa Moldada....................................................................................... 26
a.4) Celulose................................................................................................. 26
b.) Composto Plástico/Alumínio.................................................................. 27
b.1) Incineração ............................................................................................ 27
b.2) Telhas.................................................................................................... 27
b.3) Extrusão e Injeção ................................................................................. 29
b.4) Tecnologia de Plasma ........................................................................... 31
4 METODOLOGIA................................................................................................... 33
4.1 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO ................................................................ 33
4.2 VISITAS TÉCNICAS ......................................................................................... 33
4.3 ORÇAMENTOS................................................................................................. 33
5 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 34
5.1 DESENVOLVIMENTO....................................................................................... 34
5.2 EQUIPAMENTOS ............................................................................................. 35
5.2.1 Esteira do Desagrador.................................................................................... 35
5.2.2 Hidrapulper..................................................................................................... 36
5.2.3 Descontaminador ........................................................................................... 38
5.2.4 Trommel ......................................................................................................... 39
5.2.5 Separador Centrífugo ..................................................................................... 39
5.2.6 Depurador Horizontal ..................................................................................... 40
5.2.7 Separadores Centrífugos (Cleaners).............................................................. 41
a) Tipos de Cleaners ................................................................................. 41
a.1) Depurador Centrífugo Convencional ..................................................... 41
a.2) Depurador Centrífugo De Fluxo Reverso .............................................. 43
a.3) Depurador Centrífugo De Fluxo Direto .................................................. 43
5.2.8 Baterias De Depuradores Centrífugos............................................................ 44
a) Convencionais ....................................................................................... 45
b) Fluxo Direto ........................................................................................... 45
5.2.9 Depurador Vertical ......................................................................................... 45
5.2.10 Filtro Engrossador ........................................................................................ 47
5.2.11 Desaguadora................................................................................................ 48
5.3 Fluxograma do Processo................................................................................... 50
6 Estimativa de custo .............................................................................................. 52
6.1 Avaliação do Fluxo de Caixa ............................................................................. 52
6.1.1 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ............................................................... 52
6.1.2 Taxa Interna de Retorno (TIR) ....................................................................... 53
6.1.3 Payback.......................................................................................................... 53
6.2 Custo da matéria-prima ..................................................................................... 53
6.2.1 Preço de venda do produto ............................................................................ 54
a) Composto plástico/alumínio................................................................... 54
b) Fibra ...................................................................................................... 54
6.3 Custo de Mão-de-Obra...................................................................................... 55
6.4 Custo de Manutenção ....................................................................................... 56
6.5 Custo Administrativo e Contábil ........................................................................ 56
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................ 57
7.1 Custo Estimado de Investimento Inicial............................................................. 57
7.2 Produção da Planta Reciclagem ....................................................................... 58
7.3 Faturamento Estimado ...................................................................................... 58
7.4 Despesas Estimadas......................................................................................... 59
7.5 Fluxo de Caixa .................................................................................................. 60
7.6 Resumo ............................................................................................................. 61
8 CONCLUSÕES .................................................................................................... 62
9 RECOMENDAÇÕES ............................................................................................ 63
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 64
APÊNDICES
APÊNDICE A – Fluxograma do processo para desagregação das embalagens
cartonadas longa vida.............................................................................50
ANEXOS ...............................................................................................................65
14
1 INTRODUÇÃO
Essa pesquisa irá demonstrar quais são essas tecnologias que nos
permite reciclar esse tipo de embalagem, quais os produtos que podem ser
confeccionados a partir delas e quais equipamentos podem ser utilizados para que
essa reciclagem aconteça.
16
2 OBJETIVO
obter uma fibra limpa para que se possa reaproveita-las para fazer um novo
papel?
separados?
3 REVISÃO BIBLOGRÁFICA
Figura 1: Esquema da estrutura das embalagens cartonadas longa vida (Fonte: Cempre, 2008).
3.1.1 Água
3.1.3 Alumínio
o
Al 2 O3 + 2OH − + 3H 2 O ⎯250
⎯⎯ C
→ 2[ Al (OH ) 4 ] −
o
2 Al (OH ) 3 ⎯1050
⎯⎯ C
→ Al 2 O3 + 3H 2 O
uma corrente elétrica de 150 ampéres, ocorrendo uma reação onde o oxigênio se
combina com o ânodo de carbono, desprendendo-se na forma de dióxido de
carbono, e em alumínio líquido, que se precipita no fundo da cuba eletrolítica, o
alumínio possui uma pureza de 99,7%. Em seguida o alumínio fundido é transferido
para cadinhos para ser transformado em lingotes com 10 metros de comprimento
de 14T (Discovery Channel, 2008).
de resfriados esses rolos passam por uma laminação a frio. Assim as folhas são
comprimidas repetidamente transformando-se em laminas com 1mm de espessura.
O problema que cada vez que o alumínio é comprimido ele fica um pouco mais
duro, para amacia-lo é necessário o recozido em fornos a 400°C por 12 horas, para
que as moléculas do metal sejam realinhadas, deixando as laminas prontas para
mais compressão e depois formando folhas com 12 mícrons de espessura, que
ainda é o dobro do desejado, porém é impossível fazer laminadores com menos de
12 mícrons de espessura, então a solução é comprimir duas folhas por vez e por
esta razão que um lado do papel alumínio é brilhante (contato com o laminador) e o
outro fosco (contato alumínio/alumínio) (Discovery Channel, 2008).
3.1.4 Polietileno
ser um produto de grande oferta no mercado e devido à sua alta produção mundial,
é também muito barato, sendo um dos tipos de plástico mais comum. É Obtido pela
polimerização do etileno (CH 2 = CH 2 )n (Wikipédia, 2008).
3.2.1 Desagregação
a) Produtos e Subprodutos
a.1) Fibra
a.2) Papel
embalagens cartonada longa vida além de reduzir custos, ela ira atribuir ao papel o
aumento de suas características físicas. Isto se deve ao fato de ser uma fibra de
primeiro reciclo.
Figura 3: Polpa moldada para moldagem e acolchoamento do produto (Fonte: Ambientebrasil, 2008).
a.4) Celulose
27
b.1) Incineração
b.2) Telhas
Figura 4: Extrusão do plástico/alumínio para a produção de pellets (Fonte: ZUBEN & NEVES, 1999).
Figura 5: Fluxograma da separação do plástico e alumínio das embalagens cartonadas longa vida
com tecnologia de plasma (Fonte: EET, 2008).
33
4 METODOLOGIA
4.3 ORÇAMENTOS
5 MATERIAL E MÉTODOS
5.1 DESENVOLVIMENTO
Figura 6: Representação esquemática da reciclagem das embalagens cartonadas longa vida (Fonte:
ZUBEN & NEVES, 1999).
As embalagens cartonadas longa vida chegam na indústria em
fardo amarrados com arame cujas dimensões variam de acordo com o tipo de
prensa que cada recicladora possui. Suas dimensões são de aproximadamente
800mm x 1100mm x 1000mm, 700mm x 1000mm x 900mm, 1000mm x 1000mm x
600mm, pesando aproximadamente 300kg, 210kg, 200kg respectivamente. A
empresa dever possuir um estoque de aproximadamente 20 dias que irá contornar
problemas no abastecimento que por ventura possa ocorrer. E para isso deverá
haver um deposito coberto.
5.2 EQUIPAMENTOS
5.2.2 Hidrapulper
Figura 7 - Rotores sem cortes usados em sistemas em baixa, média e alta consistência para
desagregação de Embalagens Cartonadas Longa Vida (Fonte: Neves, 2004).
37
Após esse tempo a massa segue dois caminhos, parte de toda essa
massa segue para um descontaminador, para retirar impurezas pesadas e leves do
rejeito, e parte sai pela peneira do fundo do hidrapulper, essa peneira possui furos
de 8mm (Zuben & Neves, 1999).
Figura 8: Hidrapulper em alta consistência antes da desagregação de fibras (Fonte: Zuben & Neves,
1999).
5.2.3 Descontaminador
Figura 10: Mostra o descontaminador por dentro e por fora. (Fonte: D’Andrea, 2008).
39
5.2.4 Trommel
Figura 11: Mostra a saída do composto Plástico/Alumínio do Tommel (Fonte: Klabin Piracicaba,
2007).
do equipamento que possui um corpo cônico, o que provoca uma alta rotação
contra a parede fazendo com que as partículas que possui peso especifico mais alto
do que as fibras são retiradas pela parte inferior do equipamento, a massa por ser
mais leve sobe e é retirada pela parte superior do equipamento (D’Andrea, 2008).
Figura 12: Mostra os tipos de separadores centrífugos de alta consistência (Fonte: D’Andréa, 2008).
Figura 13: Mostra tipos de separadores centrífugos horizontais (Fonte: SENAI, 2006).
a) Tipos de Cleaners
Figura 14: Mostra detalhes do fluxo de rejeito no cleaner convencional (Fonte: Spangenberg, 1993).
Figura 16: Mostra a movimentação do rejeito em um separador centrífugos de fluxo direto (Fonte:
Spangenberg, 1993).
Figura 17: Mostra os separadores centrífugos de fluxo direto em área fabril (Fonte: Klabin Piracicaba,
2007).
a) Convencionais
b) Fluxo Direto
pedaços de casca, flocos, etc. Em um preparo de massa para uma fábrica de papel,
ele deve ser colocado antes da máquina, o que proporciona a defloculação da
massa, e para retirar partículas indesejáveis Esse depuradores normalmente são
instalados após os Separadores Centrífugos, pois retiram partículas que não são
retiradas por estes (D’Andréa, 2008).
Figura 18: Mostra o fluxo de massa no separador centrífugo vertical (Fonte: SENAI, 2006).
Figura 19: Mostra foto de um separador centrífugo vertical (Fonte: Ippel, 2008).
47
Figura 20: Mostra o principio de funcionamento do filtro engrossador (Fonte: SENAI, 2006).
48
Figura 21: Mostra o aumento da consistência no filtro engrossador (Fonte: Abreu, 2002).
5.2.11 Desaguadora
Figura 22: Desenho de um modelo de Caixa de entrada do tipo hidráulica (Fonte: D’Andréa, 2008).
6 ESTIMATIVA DE CUSTO
Payback
Então para este trabalho será estipulada uma TMA de 15%, visto
53
que esse valor é quase o dobro que o rendimento anual da caderneta de poupança
e maior que a taxa selic no mês de setembro de 2008.
6.1.3 Payback
toneladas de embalagens cartonadas longa vida para uma produção diária. Com
isso serão necessárias cerca de 1.500 toneladas por mês a um custo de
R$525.000,00
a) Composto plástico/alumínio
b) Fibra
1 operador do hidrapulper.
1 operador da desaguadora.
1 ajudante no hidrapulper.
2 ajudantes na desaguadora.
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO
7.6 Resumo
Resumo
TIR
16,07%
(Taxa Interna de Retorno)
(Payback)
5,82 anos
Tempo de Retorno do investimento
IR
1,04
(Índice de Rentabilidade)
Fonte: Autor, 2008.
8 CONCLUSÕES
9 RECOMENDAÇÕES
REFERÊNCIAS
ANEXOS