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Vasame - Treinamento Automotivo

Conteúdo Paginas
Índice 1
Apresentação 4
Introdução 5
Átomo 6
Estrutura Atômica 7
Eletricidade – Obtenção 8
Eletricidade Estática e Dinâmica 9
Circuito Elétrico Automotivo 10
Esquema Elétrico Padrão 11
Detalhes do Esquema Elétrico 12
Tensão Elétrica 13
Resistência Elétrica 14
Corrente Contínua e Freqüência 15
Tipos de Sinais Elétricos 16
Multímetro Automotivo 18
Utilização do Multímetro 19
Grandezas Elétricas 22
Quadro de medições Elétricas 24
Manutenção do Multímetro 25
Circuito em Série 26
Circuito em Paralelo 28
Circuito Misto 30
Lei de OHM 31
Potência 32
Bateria 33
Nomenclatura da Bateria 35
Partida Auxiliar e Testes 36
Recarga da Bateria 38
Protetores 40
Chave Comutadora 41
Relés 42
Sistema de Ignição 43
Tipos de Sistemas de Ignição 44
Sistema de Ignição Eletrônica com platinado 45
Sistema de Ignição Eletrônica Indutivo (TSZI) 46
Sistema de Ignição HALL 48
Sistema de Ignição Estática 50
Bobinas de Ignição 51
Rotor 54
Cabos de Velas 56
Análise do Aspecto da vela 59
Resistores Elétricos 60
Potenciômetro 62
Leitura de Resistor fixo 65

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Resistores Especiais 66
Termistores - VDR - NTC - PTC 67
Diodo Semi condutor 69
Tipos de Diodo - LED 72
Diodo Zener 73
Transistores 74
Capacitores 76

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APRESENTAÇÃO

A finalidade desta apostila e de dar-lhe condições básicas de aprendizado nas áreas


ligadas a eletroeletrônica automotiva, orientando o seu trabalho para sistemas elétricos
veiculares, injeções eletrônicas e ignição eletrônica.

Fazendo-o a adquirir conhecimento e manuseio em aparelhos de medições elétricas,


proporcionando-lhe o domínio técnico e a correta utilização, evitando danos materiais,
físicos, financeiros e dispêndio de tempo.
Seu principal objetivo é à busca de condições para diagnose e reparos nas diversas
áreas que utilizam a eletricidade.

Aprendam o máximo possível e melhor de acordo com sua própria capacidade e


necessidade, pois seus atributos quanto a isso são ilimitados.

Visto que os veículos em sua grande maioria estão equipados de forma geral com
sistemas eletrônicos, seus equipamentos e acessórios opcionais, tais como, sistema de
alarme, injeção e ignição eletrônica, computadores de bordo, sistema de código
antifurto, ar condicionado e etc., força o profissional a estar atualizado efetuando no
dia a dia várias funções.

Com estas aulas você terá plenamente condições em seus limites de diagnosticar,
reparar, ou auxiliar estas funções com segurança, técnica e confiabilidade.

Procure sempre estar atualizando, pois as mudanças são constantes e interruptas.


Este é o começo de um promissor investimento em sua vida.

Parabéns

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INTRODUÇÃ0

O avanço científico nos últimos anos ocorreu de uma forma espantosa e rápida, por
isso para que possa haver um acompanhamento, precisa-se constantemente estar na
busca de novos conhecimentos.

A eletricidade proveniente do átomo trouxe-nos maravilhas que aliada com a


informática nos mostra um futuro promissor a respeito a novas formas de tecnologias,
estas fontes de energia têm impulsionado o mundo a desenvolvimentos espantosos,
além disto, outras tecnologias nos deixam de portas abertas à conquista de um futuro
com descobertas super avançadas produzindo ao homem uma melhor comodidade de
vida e progresso.

Baseado nisto cabe a cada um explorar ao máximo essas fontes e acompanhar esses
desenvolvimentos, pois tudo já está criado, basta ao homem ter domínio dos elementos
e saber utilizar-se destas fontes.

Esta apostila estará dando o impulso a esta conquista, procurando usufruir das
descobertas de vários homens como: Ampère, Ohm, Newton, Coulomb, Hertz e etc.

Vamos nos aproximar mais do futuro através da mecânica e eletroeletrônica.

Consulte-a e procure outras maneiras e fontes de informações, porque as fontes de


pesquisas estão constantemente se renovando e cabe a cada um estar sempre
atualizado para que possa estar com as informações de cada fabricante ou cada
informante a sua disposição para facilitar seu serviço, dando-lhe agilidade, comodidade
e ganho de tempo, deixando todos satisfeitos com uma boa qualidade.

O profissional automotivo precisa ser versátil, conhecer de eletricidade, mecânica,


eletrônica. Informática capotaria, enfim tudo relativo ao automóvel, para que ele possa
prevalecer num mundo tão competitivo.

As informações aqui contidas foram tiradas de várias fontes de pesquisas.


Apostilas, livros, matérias jornalísticas, internet, as quais já existiam não sendo
nada criado tudo graças aos pesquisadores e cientistas.

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O Átomo

Matéria - Substância, sólida líquida ou gasosa que tem peso e ocupa lugar no espaço.

Molécula - É a menor partícula a qual podemos dividir a matéria sem perda das suas
propriedades.

Átomo - é a menor parte em que se pode dividir um elemento.

Constituído de regiões: Nuclear e orbital.

1- Núcleo possui - Prótons e nêutrons


2- Órbita - possui elétrons. (eletros fera).
Prótons - são partículas com cargas elétricas positivas.
Nêutrons - são partículas desprovidas de cargas elétricas, não possuem cargas
elétricas, tem a mesma quantidade de prótons e elétrons.

Elétrons - são partículas com cargas elétricas negativas que giram em torno do núcleo.

Prótons > Íons positivos (cátions) Elétrons > Íons negativos (ânions)
Átomos que perderam elétrons Átomos que receberam elétrons

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Estrutura Atômica

Os elétrons situados nas órbitas são removidos pelo desequilíbrio da última camada,
está chamada de camada de valência. A quantidade de elétrons desta camada e a
resistividade definem se o material é condutor, semicondutor ou isolante.
Condutor: substância que permite o fluxo livre de elétrons possuindo baixa
resistividade (metais).
Semicondutor: substância que possui uma estrutura cristalina com átomos dispostos
em padrões regulares dificultando a circulação de corrente elétrica (silício, germânio).
Isolante: substância que conduz pouca ou nenhuma corrente elétrica com alta
resistividade (madeira, borrachas etc.). Os eletros livres determinam:

1-Condutor 1 a 3 elétrons 2-Semicondutor 4 elétrons 3-Isolantes 5 a 8 elétrons livres.


Camadas:
K= 2
L = 8
M = 18
N = 32
O = 32
P = 8
Q= 2

Bons condutores Semi Condutores Maus condutores


Prata 47 1,6 x 10-6Ohms/cm Germânio Puro 32 - 47 x Ohms/cm Plástico
Cobre 29 1,7 x 10-6Ohms/cm Silício Puro 14 - 21,4 x 104Ohms/cm Vidro 1012 a 1013 Ohms/cm
Ouro 79 2,3 x 10-6Ohms/cm Borracha
Alumínio 13 3,8 x 10-6Ohms/cm Água Destilada
Tungstênio Quartzo Fundido 75 x 1018
Ferro
Aço
Mercúrio

Transporte de elétrons
As partículas interagem entre si para que na camada de valência (última camada),
tenha 8 elétrons.
Modelo Ernest Rutherford - Bhor

Na>Sódio Na 11 -------------------------------------- Cl 17
Cl> Cloro Na 10 -------------------------------------- Cl 18
Cátions: Átomos que perdem elétrons (Na+) Ânions: Átomos que ganham elétrons
(Cl-)

Nos anos 60 os prótons e nêutrons formavam partículas ainda menores denominadas


Quarks que são mantidos juntos com partículas chamadas Gluons.

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Eletricidade - Obtenção

Existem várias formas de se conseguir produção de eletricidade: Fricção, pressão,


calor, química, luz, magnetismo...

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Eletricidade Estática: gerada pela perda de elétrons durante friccionamento (atrito).

Eletricidade Dinâmica - também conhecida como corrente elétrica. É o movimentar


das cargas elétricas através de um condutor em um determinado intervalo de tempo.

CORRENTE ELÉTRICA
Corrente Elétrica > é o fluxo de elétrons em um circuito. Também conhecido como
intensidade ( I ).
Sua unidade de medida é o Ampère que tem como símbolo a letra A. Descobridor:
Andréa Maria Ampère.
-1 Ampère corresponde a corrente que flui em um condutor com resistência de um ohm
com a tensão aplicada de 1 volt.

Ex.: Movimentar do elétron do átomo C para o átomo A.

Movimento dos elétrons em um condutor.

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CIRCUITO ELÉTRICO AUTOMOTIVO

Um circuito elétrico é responsável pela circulação de eletricidade passando por diversos


componentes, que tem como função executar um trabalho. Constituído de fonte de
alimentação (bateria), fios condutores, chave de comando (interruptores), protetores
(fusíveis), controladores de corrente, carga ou componentes que farão a transformação
de energia elétrica em outras fontes de energia.

Exemplo de componentes de um circuito simples com sua simbologia.

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Esquema Elétrico Padrão

Legenda:

01- Bateria 01 13-Eletro-válvula do GNV


02-Aterramento G1 14-Unidade de comando PCM (A147)
03-Maxi Fusíveis P93 (BJB) 15- Sensor de rotação (ESS) B 43
04-Chave de Ignição N 278 16- Interruptor Inercial N61
05-Relê de partida K 94 17- Eletro-bomba de combustível A 31
06-Caixa de fusíveis P 91 (CJB) 18-Quadro de instrumentos A30
07-Unidade de comando eletrônico A 147 19-Unidade de comando PCM (A147)
08-Módulo Anti Furto PATS A 102 20-Sensor de temperatura ECT (B6)
09-Motor de partida M8 21-Interruptor de pressão de óleo N 17
10-Comutador do GNV 22-Unidade de comando PCM (A147)
11-Relê N/F para GNV 23-Alternador O5
12-Relê N/F da bomba elétrica

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Detalhes do Esquema Elétrico

Cores de Fios – Inglês Linhas – Função Interpretação do circuito

BK= Black – Preto 30- Tensão bateria (+) 31S- AC3A 1.5 BK/RD
BN= Nut-brown- Castanho 15- Tensão pós ignição (+) 31S> Massa
BU= Blue –Azul 15ª – Tensão pós ignição (+) AC> Código Farol
GN=Green- Verde 50- Tensão partida (+) 3> Ligação comutada
GY= Gray- Cinza 31- Terra – Massa – GND A> Ramal
LG= Light blue – Verde Claro 1.5> Bitola do fio 1.5mm2
NA- Natural – Transparente BK – Cor básica
OG=Orange- Laranja Chave Comutadora RD- Listra vermelha
RD= Red-Vermelho 0= Desligado
SR= Silver – Prata 1= Acessórios / Trava da direção
VT= Violet – Violeta /Roxo 2= Ignição /Luzes painel
WH= White – Branco 3= Partida
YE= Yellow - Amarelo
BN= Marron

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TENSÃO ELÉTRICA:

É a pressão ou impulso que faz os elétrons se movimentarem, para isso tem que haver
a diferença de potencial (d.d.p) no circuito. Descobridor, o italiano Alexandre Volt.
.
1 Volt é a diferença de potencial entre dois pontos distintos de um circuito (do positivo
para o negativo) necessários para impelir 1 Ampère em 1 Ohm.

Não se pode obter corrente sem tensão. Sua unidade de medida é o volt, que tem com
símbolo as letras E, V ou U.

Tensão em paralelo. Corrente em série. Resistência em paralelo (fiação desligada).

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RESISTÊNCIA ELÉTRICA:
É a dificuldade de circulação da corrente elétrica em um circuito. Descobridor o inglês
George S. Ohm. Sua Unidade é o Ohm e tem como símbolo Ω (Letra Ômega).
Representada pela letra R ou I

1 Ohm é a dificuldade que permite a passagem de uma corrente de 1 Ampère sob a


tensão de 1 volt.

Fatores que influenciam a resistência:


1- O tipo de material.
2- A temperatura de trabalho.
3- O comprimento do condutor
4- O diâmetro do condutor.

Tipos de corrente
Corrente Alternada - O fluxo de elétrons alterna o sentido de movimentação de tempo
em tempo (período) variando sua tensão (positivo e negativo. Utilizada em residências,
geradores indutivos de ignições eletrônicas e injeções eletrônicas como sensor de
rotação com roda dentada e etc. Sua forma de onda pode ser senoidal, quadrada,
dente de serra e etc.

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Corrente contínua - O fluxo de elétrons se mantém constante em um sentido ao longo


do tempo (somente positivo). Utilizada em veículos automotivos e eletroeletrônicos.

Freqüência

É o número de ciclos em um intervalo de tempo de duração correspondente a um


segundo. Sua unidade de medida é o Hertz e seu símbolo são as letras Hz.

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Tipos de Alimentações e Sinais Elétricos

Sinal Tensão Contínuo Fixo VD: São sinais que alimentam diretamente ou
indiretamente um componente, fornecido pela fonte de tensão ou por um módulo e que
não sofrem uma grande alteração no seu valor permanecendo próximo a um valor fixo.
Ex.: Alimentação de (a): Bomba de combustíveis relê interruptores PSP, CPP, HALL,
VSS, Ar condicionado, sensor MAF, fusíveis, sensores TPS, MAP, ECT, IAT, H2OS,
chave de ignição, etc. Instrumento Medição: Multímetro ou caneta de polaridade.

Sinal de Tensão Contínuo Variável Crescente VD: São sinais de tensão que na
medida em que o trabalho é efetuado, o seu valor vai aumentando, ou seja, crescendo.
Ex.: Sinal dos sensores TPS, MAF, etc. Instrumento: Multímetro

Sinal de Tensão Contínuo Variável Decrescente VD: São sinais de tensão que na
medida em que o trabalho é efetuado o seu valor vai abaixando, ou seja, diminuindo.
Ex.: Sensores ECT, IAT de indicação de temperatura, etc. Instrumento: Multímetro

Sinal de Tensão Alternado Fixo VA: São sinais que alimentam diretamente ou
indiretamente componentes através de uma fonte de tensão ou por um módulo e que
não sofrem nenhuma grande alteração no seu valor permanecendo sempre próximo a
um valor fixo.
Ex.: Alimentação de eletrodomésticos residenciais, etc. Instrumento: Multímetro

Sinal de Tensão Alternado Variável Crescente VA: São sinais de tensão que na
medida em que o trabalho é efetuado o seu valor vai aumentando, ou seja, crescendo.
Ex.: Sensores indutivos, CMP, CKP, Ignição eletrônica TSZI (entre ferros), etc.
Instrumento: Multímetro

Sinal de Tensão Intermitente - PWM (Pulsante): São sinais que acontecem


intermitentemente enviados por um módulo que liga ou desliga um sinal negativo ou
positivo e que ocorrem com uma alta freqüência possuindo um intervalo de menor
tempo.
Ex. Eletros injetores, bobinas de ignição. Instrumento: Caneta de Polaridade ou
Multímetro em freqüência.
Sinal de Tensão Intermitente (Pulso): São sinais que acontecem intermitentemente
enviados por um módulo que liga ou desliga um sinal negativo ou positivo que não
ocorrem com alta freqüência possuindo um valor maior de tempo para sua propagação.
Ex.: Eletro válvula de Canister, etc. Instrumento: Caneta de Polaridade.

Sinal de Tensão Contínua Variável Oscilante: É o tipo de sinal de tensão contínua


que tem sua variação subindo e descendo conforme o funcionamento do componente,
ou seja, muda constantemente de valor aumentando e diminuindo.
Ex.: Sensor de oxigênio aquecido (HO2S). Instrumento: Multímetro ou Caneta de
Polaridade.

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Sinal de Tensão - on / off – liga e desliga: São sinais que alimentam o componente
mantendo-o funcionando ou não, ou seja, liga ou desliga a energia do componente
conforme a ação do interventor.
Ex.: Interruptor relê chaves, etc. Instrumento: Caneta de Polaridade ou Multímetro.

Sinal de Tensão Inversora: São sinais que conforme a necessidade do componente em


se deslocar no sentido reverso ao movimento inicial invertendo a sua polarização, ou
seja, ora o sinal é positivo ora o sinal inverte para negativo invertendo o sentido do
movimento.
Ex.: Atuador de ar condicionado tipo motor de passo. Instrumento: Caneta de
Polaridade.

Sinal de Efeito Hall: É o tipo de sinal que se propaga através de uma corrente elétrica
(alimentação) percorrendo um semicondutor sendo exposto a um campo magnético
produzindo uma tensão chamada de tensão de efeito Hall, ou seja, produz um efeito
liga e desliga (normalmente onda quadrada) pulsante. Instrumento: Caneta de
Polarização ou freqüencímetro.

Sinal Duty Cicle (Ciclo de Trabalho): É o tipo de sinal que representa uma
porcentagem (%) de um pico de tensão positivo ou negativo em relação ao período da
mesma.
Ex.: Válvula IAC, etc. Instrumento: Multímetro.

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MULTÍMETRO AUTOMOTIVO

Aparelho utilizado em eletroeletrônica para efetuar medidas. Sua principal


característica e de possuir vários equipamentos em conjunto: Amperímetro,
frequencímetro, ohmímetro, voltímetro, termômetro, teste de diodo, continuidade e etc.

Quanto à forma de leitura ele pode ser: Digital ou analógico.

As principais características de um multímetro automotivo são:


Ser digital
Ter boa resolução.
Ter medições especiais: Rpm, ângulo de permanência (dwell), temperatura, pulso e etc.
Automático com tecla hold (congelamento do parâmetro medido).
Medir: Tensão alternada ± 500 V Voltímetro
Tensão contínua ± 500 V Voltímetro
Corrente alternada ± 10 A Amperímetro
Corrente Contínua ± 10 A Amperímetro
Freqüência = Hertz ± 20 MHz Frequencímetro
Teste de diodo e continuidade sonórica
Resistência até 20 MΩ.

Modelos:
ANALÓGICO DIGITAL

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UTILIZAÇÃO DO MULTÍMETRO

Procedimentos fundamentais:

1-O que medir:

Tensão alternada→ → normalmente presente em sensores indutivos ou de relutância


magnética (sensores com roda dentada tipo ABS, sensores de rotação), eletricidade
predial ou residencial, distribuidor com ignição eletrônica tipo TSZI com estator e
entreferros (aranha) e etc.
Símbolo: V~ = VAC = AC = ACV
Tensão contínua→ →utilizado em veículos automotores e aparelhos eletroeletrônicos
___
Símbolo: V. = VDC = DC = VD
Corrente Alternada→Símbolo: A~ = ACA = CA
Corrente contínua→ →Símbolo: A.___ = ADC = AD
Freqüência →Hertz = Hz
Resistência→ → Ohm = Ω
Etc.

2- Posicionar os cabos nos bornes do multímetro.


Sempre que for retirar ou colocar os cabos manter o aparelho desligado para evitar
danos.

Cabo preto considerado massa, terra ou comum (COM).


Cabo vermelho introduzi-lo na grandeza desejada. Ex: V, A, Ω, Hz, ms, etc.

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3- Selecionar o que medir.


Após estar sabendo o que medir e posicionar os cabos nos devidos bornes, girar o
seletor (dial) para a grandeza desejada.

4- Escolher a escala de medida.

Manual: escala selecionada através do seletor indicando a capacidade desejada.


Sempre prefira a escala máxima principalmente se não souber o valor da medida, isto
protegerá o aparelho. Se ao colocar na escala máxima aparecer números zeros (0000) ir
baixando a escala até conseguir a melhor precisão, porém se continuar os números
zero indica que o circuito está fechado em curto ou sem resistência produzindo valores
baixos.
Se aparecer O/L (over load) ou símbolo de infinito, subir a escala até a máxima, se
persistir em O/L o circuito está aberto, interrompido ou com altíssima resistência.

Obs: A escala manual às vezes se torna necessária principalmente se houver oscilação


na leitura ou se for exigido uma melhor precisão.

Automática: para colocar na escala automática pressionar o botão central do seletor


giratório (dial) ou tecla range até sumir o circulo com um ponto no centro da tela de
leitura, o multímetro medirá da escala mínima a máxima suportada pelo aparelho sem
precisar ficar selecionando. Alguns multímetros aparecem à palavra auto.

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Escalas de leitura.

Manual Automático

Leitura das escalas mais usadas.


Múltiplos e submúltiplos das escalas do multímetro.

Mega = 1000 000 M = Milhão


Quilo = 1000 K = Mil
Unidade = 1 a 999 1 = unidade
Mili = 0,001 m = dividido por mil
Micro = 0,000 001 µ = dividido por milhão

5- Processo de medida.
Como efetuar a medida, usando a maneira correta de se medir.
Série = corrente (com energia).
Paralelo= tensão, resistência, freqüência, duty, m/s, dwell, diodo etc
Energizado = corrente, freqüência, tensão etc
Desenergizado e com fios ou componentes desconectados = resistência

6- Cuidados e manuseio.
Reconferir sempre que fizer uma medida, com muita atenção, com cuidado, e se ao
medir não aparecer à medida esperada interromper imediatamente a medição,
reconferir todo processo e testar o aparelho.

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GRANDEZAS ELÉTRICAS

É o processo pelo qual podemos comparar ou medir a energia elétrica.

Tensão elétrica ou freqüência.

Para se medir tensão o aparelho é o voltímetro e para freqüência é chamado de


frequencímetro, ambos devem ser utilizados em paralelo com o circuito energizado,
porém a freqüência exige que haja circulação de energia, ou seja, que o componente
esteja em funcionamento.
A unidade de medida de tensão é o volt, simbolizado pela letra V, U ou E.
Freqüência é medida em Hertz e seu símbolo são as letras Hz.
Na realidade tensão ou freqüência é a alimentação ou sinal enviado do ou para um
componente.
DDP = Diferença de potencial entre dois pontos, do pólo positivo para o negativo =
Volts.

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Corrente Elétrica: o aparelho para medir corrente elétrica é o amperímetro que tem
que ser ligado em série com o circuito (abrir o circuito). A unidade de medida da
corrente elétrica é o ampère, seu símbolo é a letra A ou I de intensidade de corrente. Na
prática dizemos que corrente é o que faz acontecer, ou seja, é o que dá eficiência ao
funcionamento.

Resistência Elétrica: a principal característica para se medir a resistência elétrica é


evitar que o componente esteja alimentado e de preferência com os fios desconectados
efetuando a medida em paralelo (externo), utilizando um ohmímetro. Sua unidade de
medida é Ohm, seu símbolo é a letra ômega (Ω).

A resistência na realidade é a medida efetuada na peça ou componente.

Medindo corrente elétrica. Medindo resistência elétrica.

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Quadro de Medições Elétricas

Caneta de polarização
Temperatura C - F ****
Ciclo de trabalho %

Âng. Permanência

Grafico de Barras
Teste de Diodo

Frequencia HZ
Ampères D C *
Continuidade

Pressão ***
Volts A C

Volts D C

Vácuo ***
Milivolts

Min/Max
R P M **
Ohms
Sistemas / Componenrtes

mm hg
Dwel
Som

m/m
C.F
Bar
DC

DC
AC

mv

HZ
Geral

%
Ω ⇥ ↺ Ⅲ ↹
Conectores e interruptores • • • • • •

Diodos Retificadores, relés do Motor • • • • • • •

mm hg
Dwel
Som

m/m
C.F
Bar
DC

DC
AC

mv

HZ
Sistema de carga e partida

%
Ω ⇥ ↺ Ⅲ ↹
Alternadores • • • • • • •
Reguladores Eletrônicos • • • • • • • •
Diodos (Ondulação A C) • • •
Reguladores • • • • •
Bateria • • • • • •
Solenòide • • • • • • •
Acionadores de partida • • • • • •

mm hg
Dwel
Som

m/m
C.F
Bar
DC

DC
AC

mv

HZ

Sistema de ar /combustível
%

Ω ⇥ ↺ Ⅲ ↹
Injetores de combustíveis(eletrõnicos) • • • • • • •
Motores do ar da marcha lenta • • • • • • • •
Pressão do sistema de combustível • •
Sensor M A F • • • • • • • •
Sensor M A P & B P • • • •
Sensores de Posição de borboleta TPS • • • •
mm hg
Dwel
Som

m/m
C.F
Bar
DC

DC
AC

mv

HZ

sistema de ignição e controles do motor


%

Ω ⇥ ↺ Ⅲ ↹
Bobinas, cabos e velas • • • • • • • • •
Condensadores (Capacitores) • • •
Conjuntos de Contato (Platinados) • • • • • • • • • • •
Embreagem do Compressor A/C • • • • •
Circuitos de Iluminação • • • •
Transmissões Mecânicas e Automáticas • • • • • •
Sensores de temperatura do motor • • • •
Sensor tipo Hall • • • • • • • • • •
Sensores indutivos de relutância • • • • • • • • •
Sensores de oxigênio O2 (sonda lambda) • • • • • • •
Pressão de óleo • • • • • •
Arrefecimento e Interruptores térmicos • • • • • • • • •
Acessórios opcionais: * Pinças para corrente *** adaptador para vácuo e pressão
** pinças indutivas tipo garra **** Sondas especiais e termopar

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Resumo

GRANDEZA UNIDADE SÍMBOLO CONDIÇÃO PROCESSO APARELHO


Tensão Volt V Energizado Paralelo Voltímetro
Freqüência Hertz Hz Energizado Paralelo Frequencímetro
Corrente Ampere A Energizado Série Amperímetro
Resistência Ohm Ω Energizado Série Amperímetro

Manutenção do multímetro Automotivo


Utilize o manual do aparelho para a correta manutenção.
Antes da desmontagem verifique com outro aparelho se multímetro esta com fusíveis
queimados.
Faça a desmontagem seguindo as orientações do fabricante e substitua a bateria (9V) e
fusível com a capacidade de corrente correta se houver necessidade.

Utilize detergentes neutros jamais use abrasivos.

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Circuitos em Série

Conhecido como um circuito que é composto exclusivamente por componentes elétricos


ou eletrônicos conectados em série .Um componente está diretamente conectado ao
outro, sendo um dependente do outro. A associação em série é uma das formas básicas
de se conectarem componentes elétricos ou eletrônicos. A nomeação descreve o método
como os componentes são conectados.

Como demonstração, consideremos um circuito simples consistindo de duas lâmpadas


e uma bateria de 6 V. Na ligação série, um fio liga um terminal da bateria a um
terminal de uma lâmpada, depois o outro terminal desta lâmpada se liga à outra
lâmpada e esta se liga no outro terminal da fonte, sendo esta ligação diferente da
ligação paralela.

As grandezas que podem ser medidas neste circuito são: R, a resistência elétrica
(medida em ohms (Ω)); I, a corrente elétrica (medida em ampéres (A), ou coulombs por
segundo); e V, a tensão elétrica, (medida em volts (V), ou joules por coulomb).

No circuito série, a mesma corrente tem que passar através de todos os componentes
em série. Um amperímetro colocado entre quaisquer componentes deste circuito iria
indicar a mesma corrente.

Circuitos série com um só tipo de componente

Geralmente um circuitos formado por um só tipo de componente é montado para obter


um componente equivalente com outro valor de grandeza, que não dispomos em um
componente isolado.

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a) Resistores conectados em sérieResistência do resistor equivalente

Os resistores são combinadas em dois tipos de associação, são elas denominadas de


série ou paralelo. Estes nomes são diferenciados pela forma da ligação entre eles.
Qualquer que seja o tipo da associação este sempre resultará numa única resistência
total a qual é também designada por resistência equivalente - e sua forma abreviada
de escrita é Req ou Rt.

As características seguintes definem uma associação em série para resistores:

• As resistências são associados uma em seguida da outra, sendo percorridos pela


mesma corrente.
• A corrente que circula na associação em série é constante para todas as
resistências.
• A queda de tensão obtida na associação em série é a soma total de cada
resistência.
• A resistência total obtida pela associação em série de resistências é igual à soma
das resistências envolvidas.
• A potência total dissipada é igual à soma da potencia dissipada em cada
resistência.
• O resistor de maior resistência será aquele que dissipa maior potência.

O resistor equivalente é calculado pela fórmula Rt= R1 + R2 + ... (esta formula só é


válida para associação de resistências em série) ou, trocando em miúdos, o valor da
resistência equivalente é a soma dos valores da resistência. Num circuito onde
tenhamos duas resistências sendo R1 com valor de 100 Ohms e R2 com valor de 20
Ohms, portanto o valor da resistência total é de 120 Ohms, utilizando a formula
teremos Rt= 100 + 20 Caso haja mais de dois resistores em série basta acrescentar os
demais na fórmula e através de uma simples soma obtemos o valor da resistência
equivalente:

Req = R1 + R2 + ... + Rn

[d) Pilhas conectadas em série

Pilhas conectadas em série formam uma bateria. A corrente é igual em todos os pontos
de um circuito série, logo qualquer quantidade de corrente que haja em qualquer uma
das pilhas conectadas em série deve ser a mesma para todas as outras também.

27
Vasame - Treinamento Automotivo
Por essa razão, cada pilha deve ter o mesmo valor de ampère-hora (pilhas novas do
mesmo tipo e marca devem ter a mesma carga), ou então algumas das pilhas se
esgotarão mais cedo do que as outras, comprometendo a capacidade do conjunto.

Tensão entre os terminais da bateria

Se as pilhas forem conectadas em série, a tensão da bateria formada por elas será a
soma das tensões individuais das pilhas. Por exemplo, uma bateria de carro, de 12
volts é formada por seis pilhas de 2 volts conectadas em série.

Circuito em paralelo

É conhecido como um circuito paralelo um circuito composto exclusivamente por


componentes elétricos ou eletrônicos conectados em paralelo. É uma das formas
básicas de se conectar componentes eletrônicos. A nomeação descreve o método como
os componentes são conectados.

Como demonstração, consideremos um circuito simples consistindo de duas lâmpadas


e uma bateria. Na ligação paralela, os terminais positivos das lâmpadas são ligados ao
teminal positivo da bateria, e os terminais negativos das lâmpadas são ligados ao
negativo da bateria, sendo esta ligação diferente da ligação série.

As grandezas que podem ser medidas neste circuito são R, a resistência elétrica
(medida em ohms (Ω)); I, a corrente elétrica (medida em ampères (A), ou coulombs por
segundo); e V, a tensão elétrica, medida (medida em volts (V), ou joules por coulomb).

A tensão é a mesma através de qualquer um dos componentes que estejam conectados


em paralelo.

Para encontrar a corrente total, I, podemos utilizar a Lei de Ohm em cada malha, e
então somar todas as correntes. (Veja Leis de Kirchhoff para uma explicação detalhada
deste fenômeno). Fatorando a voltagem, que é a mesma sobre todos os componentes,
nós temos:

que é o mesmo que .

28
Vasame - Treinamento Automotivo
A propriedade da ligação paralela pode ser representada nas equações por duas linhas
verticais "||" (como na geometria) para simplificar as equações. Para dois resistores
ligados em paralelo temos,

Circuitos paralelos com um só tipo de componente

Características fundamentais de uma associação em paralelo de resistores:

• Há mais de um caminho para a corrente elétrica;


• Segundo pesquisas, resistores em grande quantidade a corrente sofre perda para
"correr" até eles, seria necessário uma tensão maior que a desejada pelo circuito.
• A corrente elétrica se divide entre os componentes do circuito;
• A corrente total que circula na associação é a somatória da corrente de cada
resistor;
• O funcionamento de cada resistor é independente dos demais;
• A diferença de potencial (corrente elétrica necessária para vender a ddp) é a
mesma em todos os resistores;
• O resistor de menor resistência será aquele que dissipa maior potência.

A fórmula para o cálculo da resistência equivalente (Req) de um circuito de resistores


em paralelo é:

Caso os valores dos resistores sejam iguais, a resistência equivalente é igual ao valor de
uma das resistências (R) dividido pelo número de resistores utilizados:

Req = R / N

onde N é o número de resistores.

Ainda, no caso específico de um circuito resistivo com duas resistências de valores


diferentes, a equação abaixo pode ser utilizada:

Caso tenha mais de 3 resistores, será necessário calcular equivalência entre o Primeiro
Resistor e o Segundo resistor, o resultado você irá multiplicar e dividir com o terceiro
resistor

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Vasame - Treinamento Automotivo

Onde R1,2 é o resultado entre eles multiplicado e adicionado por R3

Note que 1/R é o valor da condutância, ou seja, o inverso da resistência, assim pode-se
dizer que para a associação de resistores em paralelo, a condutância total é igual a
soma das condutâncias individuais de cada resistor, ficando claro que a condutância
total será maior, logo a resistência total será menor.

A fórmula para o cálculo da condutância equivalente (Geq) de um circuito de resistores


em paralelo é:

CIRCUITO MISTO: O circuito misto possui alguns pontos de consumo ligados em série
e outros em paralelo, ou seja, apresenta seus elementos ligados uns em série e outros
em paralelo

Como o circuito misto é uma composição de circuitos em série com circuitos em


paralelo, logo este apresenta num único circuito as características dos dois circuitos
anteriores, ou seja, trechos com funcionamento independente (circuito paralelo) e
trechos com funcionamento dependente (circuito série).

30
Vasame - Treinamento Automotivo

Lei de Ohm.

A diferença de potencial, V, dividido pela corrente eléctrica, I , é resistência do resistor,


R, que denominada de Lei de Ohm: V = IR

A Lei de Ohm, assim designada em homenagem ao seu formulador Georg Simon Ohm,
indica que a diferença de potencial (V) entre dois pontos de um condutor é proporcional
à corrente elétrica (I).

Quando essa lei é verdadeira num determinado resistor,este denomina-se resistor


ôhmico ou linear.A resistência de um dispositivo condutor é dada pela fómula

onde:

V é a diferença de potencial elétrico (ou tensão, ou ddp) medida em Volts


R é a resistência elétrica do circuito medida em Ohms
I é a intensidade da corrente elétrica medida em Ampères

e não depende da natureza de tal: ela é válida para todos os resistores.


Entretanto,quando um dispositivo condutor obedece à Lei de Ohm, a diferença de
potencial é proporcional à corrente elétrica aplicada,isto é,a resistência é independente
da diferença de potencial ou da corrente selecionada.

Diz-se, em nível atômico, que um material (que constitui os dispositivos condutores)


obedece à Lei de Ohm quando sua resistividade é independente do campo elétrico
aplicado ou da densidade de corrente escolhida.

Um exemplo de componente eletrônico que não possui uma resistência linear é o diodo,
que portanto não obedece à Lei de Ohm.

Conhecendo-se duas das grandezas envolvidas na Lei de Ohm, é fácil calcular a


terceira:

31
Vasame - Treinamento Automotivo
Potência

Em física, potência é a grandeza que determina a quantidade de energia concedida por


uma fonte a cada unidade de tempo. Noutros termos, potência é a rapidez com a qual
uma certa quantidade de energia é transformada ou é a rapidez com que o trabalho é
realizado.

A potência P é dada por

Variação de energia é a energia que mudou de natureza ou transitou para outro local.

A variação de energia recebe diversos nomes, quando se refere a tipos específicos de


energia:

• Trabalho ( ): é a energia consumida ao longo de um percurso ( )

P= Watt V= Tensão I= Corrente.

Logo, a tensão ou a corrente podem ser calculadas a partir de uma potência conhecida:

Outras relações, envolvendo resistência e potência, são obtidas por substituição


algébrica:

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Vasame - Treinamento Automotivo
Bateria

A bateria é um dispositivo eletroquímico que converte a energia química em energia


elétrica.
Funcionamento: Quando mergulhamos dois condutores de materiais diferentes em
eletrólito (solução salina) gera tensão entre os pólos, isso ocorre devido a associarmos
materiais ativos imersos em uma solução de ácido sulfúrico diluído em água (H2SO4 +
H2O).
A bateria sofre a ação de descarga (do borne negativo para positivo) sendo mantida a
reposição através de um gerador (do borne positivo para negativo).
Estaticamente sua tensão deve estar acima de 12,4V, em alimentação na marcha
lenta 13,7V até 14,8V a aproximadamente 2500 rpm. Verificar o sistema se a tensão
estiver abaixo e 13,6V.
Funções:
 Estabilizador de tensão para o sistema de carga
 Fornecedor de energia elétrica para os componentes elétricos
 Compensador de energia quando a demanda supera a carga suprida pelo
alternador.

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Vasame - Treinamento Automotivo

A bateria acumuladora chumbo ácido consiste de:

Placas positivas e negativas

Forma de grade feita de liga de Chumbo e antimônio de baixa resistência e alta


condutividade, a placa positiva é coberta de peróxido de chumbo (PbO2), quando
empastada de chumbo esponjoso (poroso) ela se torna uma placa negativa. Como o
teor destes materiais ativo é baixo, exige-se periodicamente adição de água destilada
devido à perda pela formação de gases, ou seja, a dissociação de água em hidrogênio e
oxigênio contribuindo para perda de água, com isso há uma menor resistência à
sobrecarga e auto descarga rápida.
Liga de Cálcio
As baterias com liga de cálcio não exigem este tipo de manutenção e proporciona maior
durabilidade.

Liga Chumbo Prata


Por possuírem um alto teor de pureza do material usado, houve um aumento de até
aproximadamente 4 vezes a vida útil em relação às de liga chumbo antimônio e 2 vezes
maior em relação às de liga de cálcio, além de maior resistência a sobre carga e sem
adição de água.
As placas positivas e negativas são montadas em série formando elementos, cada
elemento pode chegar até 2,2 V, para se aumentar a capacidade deve se alterar o
tamanho, peso, área do material ativo das placas e a quantidade de ácido sulfúrico
contido no eletrólito.

Separadores
Os separadores são papeis microporosos (Polietileno) isolantes que são introduzidos
entre as placas positivas e negativas impedindo curto entre elas.

Caixa da bateria
Composta de polipropileno, borracha dura ou material similar, suporta extremas
temperaturas quentes e frias, resistente a ácido, vibração e isolante.

Eletrólito
Composto de aproximadamente 36% de ácido sulfúrico e 64% de água destilada ele
reage com os materiais ativos das placas.

Terminais da bateria (bornes)


Fabricados de chumbo fazem a conexão com os consumidores, o borne negativo de
coloração mais clara e menor diâmetro deve ser desconectado primeiro ao se efetuar a
remoção. A identificação possui um sinal (+) para o positivo que é em geral ligado ao
cabo conector vermelho e (-) para o negativo ligado a carroceria do veículo, também
chamado de terra ou massa.

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Vasame - Treinamento Automotivo

Nomenclatura da bateria
Tensão Nominal
É o valor de tensão aproximado de uma bateria em volts. 12 V.
Capacidade Nominal
Quantidade de corrente fornecida por 20 horas sem que a célula caia abaixo 1,75V de a
26,7º C.
Ex: Fornecimento de 3 A em 20 horas equivale a uma bateria de 60 A/h.
Capacidade (corrente) de partida a frio C.C. A (Cold Cranck Ampere)
Corrente de demanda de uma bateria ao girar o motor em baixas temperaturas,
permitindo o fornecimento durante 300 segundos ininterruptos sem que a tensão caia
abaixo de 1,2V por célula (6x1.2 =7,2v)numa temperatura de – 17,8°ou 1V a – 28,9° C.
Obs - observar cuidadosamente este item ao adquirir uma bateria.
Capacidade de Reserva (R.C).
Tempo em minutos que uma bateria consegue manter 10,5 V com uma carga aplicada
de 25 A 26,7ºC.

MOTORCRAFT

12V 590 A 90 RC - WF 558 11 EMF O97

 12 V Capacidade de tensão nominal


 590 A CCA
 90 RC Capacidade de reserva
 WF Norma DIN
 5 58 5 tensão de 12 V 6 Tensão acima de 12V - 58 Ampères / hora
 EMF 097 identificação interna da motorcraft

GERAL

12V 65 A/h – 620 A – 281x175x175mm / 12V 75 A/h – 530 A – 273x171x226m Pólo


redondo esquerda

 12V Capacidade de tensão nominal


 65 A ou 75 A Capacidade nominal de corrente
 Numeração Dimensões da bateria em milímetros.
 Pólo Formato do pólo e localização do pólo positivo

Precauções e segurança
Tenha extremo cuidado ao manusear o eletrólito, evite contato com pele e roupa utilize
óculos de segurança e luvas, se houver contato externo lave abundantemente com
água, interno beba água, leite, leite de magnésia, ovo batido ou óleo vegetal. Na recarga
remova tampas ou respiros se houver, evite faíscas, chamas, cigarros, área ventilada, o
carregador deverá estar desligado no início e cuidado com a polarização no momento da
recarga.
Descarte: faça-o protegendo o meio ambiente obedecendo à lei vigente de segurança e
reciclagem.

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Vasame - Treinamento Automotivo

Partida Auxiliar: Faça a ligação em paralelo (positivo com positivo e negativo com
negativo) se for com veículo, funcione o veículo fornecedor e aumente a rotação até
aproximadamente 2500 rpm e depois funcione o veículo receptor, em seguida ligue
consumidores (faróis) e espere aproximadamente um minuto antes de desfazer a
ligação.

Diagnóstico e verificações da bateria


Preliminares:

Verificar o tempo de uso garantia inspeções visuais, fugas de corrente, aterramentos,


conexões limpas sem acúmulos, firmes e verifique os visores de carga:

 Visor Verde Bateria boa acima de 12,3V


 Visor Preto Tensão inferior a 12,3 recarregar
 Visor Branco Sobre carga na bateria substituir

Na limpeza utilize uma solução água bicarbonato de sódio, amônia ou vaselina em um


pano embebido, após com água e seque-a.

Testes da Bateria
Estático
Meça nos bornes da bateria a tensão que deverá ser superior a 12,4Vd.
Se possível use um densímetro (hidrômetro) para verificação do peso específico.
Densidade: é o peso de um volume dividido pelo peso de um volume igual à de água
pura (1 000)
Isto quer dizer que o eletrólito da bateria é 1, 260 vezes mais pesado do que a água.

Nível: deve ficar a aproximadamente 10 a 15 mm acima das placas.

Tabela

Peso Específico - ° Baumé Tensão V Estado de carga %


1.135 Abaixo de 12 Descarregada
1.165 12,1 25
1.200 12,25 50
1.235 12,4 75
1.265 Acima de 12,5 100

Dinâmico
Isole o sistema de alimentação de combustível e ignição, coloque as pontas do
multímetro nos bornes da bateria, ligue o máximo de consumidores possíveis durante
aproximadamente 1min (um minuto), acione a partida do motor durante 15s (quinze
segundos) a tensão não deverá ser inferior 9,6V acima de 21ºC.

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Vasame - Treinamento Automotivo

Funcionando
Funcione o veículo e observe se a tensão na bateria está entre 13,7 a 14,8 V.
Caso não passe nestes testes fazer a manutenção de recarga ou substituição da
bateria.
Verifique com um alicate Amperimétrico se o gerador está carregando a bateria e se a
corrente de demanda não é superior.

Corrente de fuga
Com todos os consumidores desligados, exceto os necessários, ligar o Amperímetro em
série com o pólo negativo da bateria, o valor da corrente consumida não deve exceder a
aproximadamente 0,6 m/A (zero vírgula seis mili Ampère) por A/h da bateria.

Ex: Bateria de:


 40 A/h 0,6. 40 = 24m/A
 50 A/h 0,6. 50 = 30m/A
 Máximo sugestionado 120m/A

Se houver consumo superior retire passo a passo os fusíveis para identificação do


circuito responsável.
Faça também a medição das correntes específicas no fusível ou relê.

Associação em Série Associação em paralelo


Na ligação em série a corrente se mantém. A tensão continua a
mesma.
A tensão aumenta A corrente aumenta.

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Vasame - Treinamento Automotivo

Fornecimento de carga (simulação)

Tempo de fornecimento em minutos Capacidade de fornecimento em Amperes


60 40
30 80
15 160
7,25 320
3,75 640
1, 875 1280
60 segundos 2560
30 5120
15 10240

Recarga Lenta
É o melhor método de recarga devido à improbabilidade de danos por sobre carga.
Utiliza-se uma taxa equivalente a (1%) um por cento da capacidade de partida a frio
C.C.A (3 a 4 A) sem interrupção, o tempo médio varia entre 12 às 24h dependendo do
estado de carga da bateria. Alguns fabricantes utilizam 10% máximo da capacidade de
corrente da bateria (A/H). Ex Bateria de 90 A máximo 9A./C.C.A 850A = 8.5A Maximo.
Manter a tensão entre 13,5 e 14,8V não deixando ultrapassar a capacidade de corrente.
Obs. Monitorar o carregamento de hora em hora.

Recarga Rápida
A recarga rápida visa estabelecer a carga parcial da bateria em um curto período de
tempo, porém não se recomenda recarga acima de duas horas para se evitar sérios
danos à bateria. O ideal é que após a recarga rápida o sistema de carga complete a
carga, o que pode ocorrer de 6 a 8 horas dependendo do estado da bateria. Uma carga
de 30 A em 12V ou 60 A em 6V um tempo de 30 minutos, se estiver completamente
descarregada 20 A para 12V e 40 A para 6V.

Armazenamento: Em local seco, sem incidência de raios solares e temperaturas entre


10 e 30ºC em estrados de madeira. Instalado no veículo desligar o pólo negativo se for
ficar acima de 9 dias sem uso.

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Vasame - Treinamento Automotivo

Recarga em Paralelo Recarga Série - Paralelo

Recarga em Série

Advertências
A temperatura não deve ultrapassar 60º C, se ocorrer reduzir a corrente de carga e
não exceder a tensão ao valor de 14,8V.
Uma bateria fria abaixo de 5°C não aceitará prontamente a carga e jamais tente
recarregar uma bateria congelada.
Uma bateria totalmente descarregada demorará a estabelecer sua carga.

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Vasame - Treinamento Automotivo

PROTETORES DE CIRCUITO ELÉTRICO

Dispositivos para proteção do circuito elétrico que desligam se rompem ou derretem


quando o circuito sofre uma sobrecarga. Jamais coloque estes dispositivos com
capacidade acima ou abaixo do indicado pelo fabricante quando efetuar uma troca.
Podem ser fusíveis disjuntores ou fio fusível.

Fusível Lamina Comum / Mini Fusíveis Maxi Fusíveis Cartucho


Amperes Cor Amperes Amperes Cor Amperes
2 Cinza 10 Vermelho 20 Amarelo 20 60
3 Violeta 15 Azul 30 Verde 30 40
4 Rosa 20 Amarelo 40 Ambar 40
5 Tanino 25 Branco / Incolor 50 Vermelho 50 50
7,5 Marrom 30 Verde 60 Azul 60
Marrom 70
Incolor 80
Rosa 30

Utiliza-se para cálculos de fusíveis a corrente máxima do circuito acrescentando de 25


a 50%. F=I+50% Ex: Corrente de 5A. > I=5A.+2,5A =7,5A
F=Fusível I= Corrente

DISJUNTOR

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Vasame - Treinamento Automotivo

Chave comutadora

Sua finalidade básica é acionar fechar ou abrir o circuito elétrico quando houver
necessidade de fazer um componente funcionar.

Linhas da Chave Comutadora.

30 Positivo da Bateria (+) Posição 0 = Desligado


15A. Positivo pos chave. (+) Posição 1 = Acessórios / Trava do volante.
15 Positivo pos chave (+) Posição 2 = Painél / Ignição.
50 Positivo pos chave (+) Posição 3 = Partida

Acionam componentes de ignição e de controle eletrônico do motor, luzes de painel e


iluminação, acionam a partida do motor, e alarmes antifurto podendo ser usada
manualmente ou por controle remoto.

Nos modelos mais sofisticados possuem o IMOBILIZADOR. Esse sistema, é hoje


utilizado praticamente em todas as marcas de automóveis e também cada vez mais em
marcas de motos, consiste na instalação de uma central específica para a segurança do
automóvel e de um imobilizador eletrônico (ou transponder) na cabeça da chave.

O imobilizador eletrônico, tecnicamente o transponder (abreviação de TRANSmitter e de


resPONDER) é um dispositivo eletrônico de comunicação, incorporado na chave do
automóvel, que ao receber um sinal específico da central do automóvel, responde com
um sinal pré determinado, informando a central se aquela chave está ou não
autorizada a funcionar naquele automóvel.

O transponder apenas é necessário para colocar o motor a trabalhar e funciona do


seguinte modo: ao rodar a ignição para colocar o motor a trabalhar, a central do
imobilizador emite um sinal para o transponder da chave, ao que este responde com
um sinal pré determinado. Se o sinal for o correto, o motor começa a trabalhar, caso o
sinal de resposta não seja o correto ou não exista transponder, o motor pura e
simplesmente não trabalha, podendo adicionalmente o automóvel ficar bloqueado por
algum tempo mesmo que se tente, a seguir, ligar com a chave correto.

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Vasame - Treinamento Automotivo

Relês ou relés
Dispositivo eletromagnético que controlam a corrente elétrica comutando uma corrente
alta através de uma menor corrente. (Chave magnética).

Basicamente temos dois tipos:


N/A Normalmente Aberto – quando energizados fecham o circuito.
N/F Normalmente fechado quando energizado abrem o circuito.
Combinado – Abertura de um circuito e fechamento de outro.

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Vasame - Treinamento Automotivo

Sistema de ignição

Com a finalidade de fornecer uma tensão de demanda de ignição, este sistema é o


responsável para uma melhor combustão possível de um motor, proporcionando
economia, dirigibilidade, menor índice de emissões poluentes, potência, durabilidade e
conforto.
Em síntese a baixa tensão da bateria é transformada em alta tensão produzindo uma
centelha (faísca elétrica) nos eletrodos da vela, que fica localizada na câmara de
combustão, ocorrendo assim uma expansão de gases transformando a energia
termoquímica em energia mecânica.

Seus principais componentes são:

 Bateria
 Chave de ignição
 Resistor
 Bobina ou transformadores
 Distribuidor
 Cabos de ignição
 Velas de ignição

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Vasame - Treinamento Automotivo

Tipos de Sistemas de Ignição

Sistema de Ignição Convencional (com ruptor – platinado)

A tensão necessária para produção de centelha neste sistema em função do projeto,


aliado a compressão do motor, encontra-se de 8.000 a 15.000 volts (8 a 15 Kv).
Esta tensão depende de vários fatores:
 Desgaste das velas (abertura dos eletrodos)
 Resistência dos cabos
 Distância entre a saída e entrada dos cabos de ignição
 Resistência do rotor
 Compressão nos cilindros
 Avanço da ignição
 Formato da câmara e posicionamento da vela
 Mistura ar e combustível
 Temperatura de trabalho

Funcionamento:

A corrente fornecida pela bateria (linha 30) é enviada até a chave comutadora de
ignição (linha 15), que a envia até ao terminal primário da bobina positivo (+ 15), ao
passar pelo enrolamento primário da bobina, de aproximadamente 350 espiras mais
grossas, sai pelo terminal negativo (- 1) indo até ao ruptor (platinado), que fechado
(ângulo de permanência) devido à ausência da elevação dos câmes do arrastador do
distribuidor, a corrente de aproximadamente 4 Ampères circula pelo chassi do veículo
retornando a bateria (linha 31).

Durante o período em que o platinado está fechado, produz-se um campo magnético


no núcleo de ferro da bobina que aumenta até alcançar o ponto máximo, em paralelo
ao platinado encontra-se um condensador (capacitor), que absorve a corrente que pode
saltar entre os contatos do platinado o que pode causar desgaste entre os contatos e
interferência na formação da alta tensão.

Com a abertura do platinado pelo câme do arrastador (ângulo de defasagem), a


corrente é interrompida bruscamente, o campo magnético no núcleo de ferro e extinto,
as linhas magnéticas quando estão desaparecendo produzem (indução) uma tensão no
enrolamento secundário da bobina, a grande quantidade de espiras finas em torno de
20.000 a transforma em alta tensão que é encaminhada ao borne central da bobina,
conduzida pelo cabo de ignição e levada até ao centro da tampa do distribuidor, passa
pelo carvão, do carvão, ao rotor, do rotor ao terminal onde é conectado o cabo de
ignição que esta ligada ao eletrodo central da vela de ignição, finalizando através do
salto da corrente (centelha) para o eletrodo massa que a enviará pelo bloco do motor
até a bateria.

44
Vasame - Treinamento Automotivo

Sistema de Ignição Eletrônica com Platinado

A diferença do sistema eletrônico para o convencional consiste na existência de um


transistor que faz o chaveamento da corrente, os contatos são descarregados e ligam
apenas a corrente de controle.
Vantagens:

 Chaveamento de tensões primárias elevadas


 Vida útil dos contatos mais longa devido a baixas correntes

1-__________________________ 2-_________________________ 3___________________________

4-__________________________ 5-_________________________ 6-___________________________

7-__________________________ 8-_________________________ 9-___________________________

10-_________________________11-________________________12-___________________________

45
Vasame - Treinamento Automotivo

Sistema de Ignição Eletrônica Indutivo (TSZI)

T = Transistor S= Sistema Z= Zundung (ignição em alemão) I = Indutivo

O sistema TSZI produz pulsos indutivos a partir de um gerador magnético conhecido


como bobina impulsora, constituído por um enrolamento de fios de cobre isolado, ímãs
permanentes, formando um estator que é colocado a uma determinada distância de um
rotor (entre ferros) interno ao distribuidor. Ao girar gera um sinal alternado que serve
para informar a rotação e posição dos pistões à unidade de comando eletrônica que:
 Promove a avanço e sincronismo da centelha
 Evita desregulagem do sistema
 Mantém o ponto de ignição ajustado
Valor da bobina impulsora 990 a 1210 Ω. Pontas dos terminais para carcaça o
valor é infinito.
Teste da unidade: entre ferros alinhados chave ligada, o valor no terminal (1) da
bobina deve ser menor ou igual a 2V (dois volts). Pré resistor 0,8Ω (Ohms).
Alimentação Pino + (15): Conector do módulo ligado com chave ligada 6 a 10V.
Desligado o conector do módulo = Tensão da bateria. Funcionando: gerar tensão
alternada.

TSZI 6 Pinos Primeira Geração.


1. Positivo alternado que sai da bobina impulsora até ao pino 1 da central de
comando.
2. Negativo alternado que sai da bobina impulsora ao pino 2 da central de
comando.
3. Pino Vago - Utilizado para tacômetro.
4. Alimentação positiva vindo da chave de ignição (linha 15).
5. Aterramento – Massa.
6. Sinal negativo pulsante até ao pino negativo da bobina (-1)

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Vasame - Treinamento Automotivo

É importante observar que este sistema mesmo sendo eletrônico, necessita de pré -
resistor de aproximadamente 1,5 Ω, para permitir uma corrente de 4 A, com tensão de
8V entre a chave de ignição e a bobina, evitando que a corrente fique em torno de 8A, o
que poderia fazê-la aquecer. A aplicação dos componentes corretos através da sua
numeração facilitará o perfeito funcionamento do circuito.

TSZI - Segunda geração de 7 pinos. Meados de 1986 / 1991.

Neste sistema a unidade de comando possui corte de corrente de repouso (ccr), não há
necessidade do pré-resistor porque após um minuto sem o motor estar funcionando a
alimentação da bobina (nova) é interrompido evitando aquecimento e descarga da
bateria.

1. Positivo alternado que sai da bobina impulsora ao pino 1 da central de comando.


2. Alimentação positiva vindo da chave de ignição (linha 15).
3. Negativo alternado que sai da bobina impulsora ao pino 2 da central de
comando.
4. Aterramento – Massa
5. Vago
6. Sinal negativo pulsante no pino negativo da bobina (-1)
7. Vago

TSZI – Terceira geração 3 Pinos – Mini s/ pré resistor – com ccr

1. Sinal negativo pulsante no pino negativo da bobina (-1) – Verde


2. Aterramento – Massa
3. Alimentação positiva vindo da chave de ignição (linha 15).

TSZI – Mini 5 Pinos - com ccr

1. Positivo alternado que sai da bobina impulsora ao pino 1 da central de comando


2. Sinal negativo pulsante no pino negativo da bobina (-1)
3. Aterramento – Massa
4. Alimentação positiva vindo da chave de ignição (linha 15).
5. Negativo alternado que sai da bobina impulsora ao pino 2 da central de comando

As unidades eletrônicas de comando controlam o ângulo de permanência (dwell) em


função da rotação e carga do motor. Cada unidade é projetada em conforme o ângulo
de avanço da centelha, com isso pode mudar a unidade e sua numeração.

47
Vasame - Treinamento Automotivo

Primário Reposição Sistema Ângulo de permanência


1000 rpm 4cil. 3000rpm4cil 1000rpm6cil. 3000rpm6cil.
.
9 200 087 003
004
005 9 200 087 004 TSZ – I 29 a 37 45 a 58 19 a 27 24 a 34
006
007 015
008 016 TSZ – I ...... ...... 19 a 27 24 a 34
010 017 29 a 37 45 a 58 .... ....
011 013 TSZ – ccr 31 a 45 47 a 59 .... ....
O12 014 TSZ – I 29 a 37 45 a 58 …. ….
018 018 L.R .... .... 19 a 27 24 a 34
019 019 Mini TSZ 20 a 33 25 a 36 .... ....
– I ccr
021 023
022 022 Mini TSZ 20 a 33 25 a 36 .... ....
026 026 – I ccr
0 227 100 142 0 227 100 142 TZ - H

Sistema de Ignição Hall (TZ – H) 1991


T = Transitor Z = Zundung (ignição em alemão) H = Hall (físico americano que
descobriu o efeito Hall).

Este sistema possui na unidade de comando um limitador de corrente além do ccr


(corte de corrente de repouso após um minuto), que irá beneficiar e proteger a bobina
de ignição.

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Vasame - Treinamento Automotivo

O sinal Hall é tipo onda quadrada variando de 5 a 12 volts.


Pinos:
1-Sinal negativo pulsante no pino negativo da bobina (-1)
2- Aterramento – Massa.
3-Negativo enviado pelo módulo ao Hall
4- Alimentações positivam vindas da chave de ignição (linha 15).
5- Positivo enviado pelo módulo ao Hall
6- Sinal pulsante enviado pelo Hall ao módulo (ora 0V ora 5V ou ora 0V ora12V).
7- Pino Vago

Testes:
Pinos: 3 e 5 com a chave ligada tensão poderá estar de a até 3,5 volts da tensão da
bateria.
6 e 3 ao girar o motor com a chave de ignição ligada o valor máximo deverá ser
de 0 a 0,4V com a janela aberta e de no mínimo 8V com a janela fechada (teste do
impulsor).

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Vasame - Treinamento Automotivo

Sistema de Ignição EI ou EDIS – Ignição Estática

È atualmente o sistema mais avançado, o módulo de controle do motor faz os cálculos


de avanço de ignição em função das informações de tensão alternada enviada pelo
sensor de rotação indutiva, gerada através do(s) dente(s) de uma roda dentada. O
módulo EI ICM (módulo de controle da ignição) está incorporado ou não ao módulo de
controle do motor. A ignição é ajustada de acordo com o aumento da rotação, carga,
mistura, e um mapa de avanço informado pelos sensores do sistema de controle. A
alteração do sinal através de uma falha de dente na roda dentada determina a posição
dos pistões para indicar o momento correto da centelha. O módulo de potência
controla:
 A conversão do sinal analógico em sinal digital
 Controle ideal do tempo de fechamento do circuito primário
 Controle dos circuitos primários das bobinas estáticas e ativação da ignição pela
ordem de ignição
 Controle de funcionamento de emergência a 10° de pré-ignição
 Elaboração de autodiagnose para detectar anomalias

Bobinas estáticas integradas elevam a tensão que é enviada às velas de ignição ligadas
aos pares em série, ocasionado uma faísca dupla fluindo do eletrodo central da vela 1
para a massa, e da massa para o eletrodo central da vela 4, ou seja, em sentido
horário, o circuito das velas 2 e 3 fluem em sentido anti-horário. O pico mais alto de
tensão para centelha ocorrerá no cilindro que estiver no tempo de combustão, no
cilindro oposto o tempo de admissão determinará uma centelha perdida (fraca).
A principal vantagem deste sistema é a redução dos componentes mecânicos
(distribuidor) o que evita desgaste e produz uma melhor precisão no controle de avanço
da ignição.

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Vasame - Treinamento Automotivo

Bobinas de Ignição

Responsável por gerar alta tensão para propagação da centelha as bobinas de


ignição se classificam em duas famílias: Bobinas Asfálticas e Plásticas.

Bobinas Asfálticas.
Cilíndricas tradicionais, com isolante de resina asfálticas com ou sem óleo.
Construída em carcaça metálica, com um núcleo de ferro laminado e dois
enrolamentos primários e secundários.

A alta tensão da bobina dependerá de vários fatores e varia de veículo para veículo. Um
sistema novo fornecerá tensão em torno de 10 K. A bobina e fabricada para fornecer
uma tensão bem maior que a necessária para um trabalho normal.
A elevação da tensão da bobina dependerá de uma série de resistências encontradas
pelo caminho:
 Distância ente os eletrodos da vela de ignição
 Distância da ponta do rotor e a tampa do distribuidor
 Resistência (Ohms) do rotor
 Resistência (Ohms) dos cabos de ignição (cabos de velas).
 Maior exigência devido ao desgaste aumentando a distância dos eletrodos da vela

Ex: A cada 0,1 mm de desgaste a bobina necessita em torno de 1000V.


Se a abertura de 0,7 mm passar para 0,9mm a bobina fornecerá 12000V.

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Tipos de bobinas asfálticas

Tipo Cor Tensão Máxima Faísca/min Primário Corrente Sistema


E – 12V Alumínio 24.000 V 13.000 3Ω 4A Platinado
K – 12V Azul 25.000 V 16.000 3Ω 4A Platinado
KW – 12V Vermelha 28.000 V 18.000 1,5 Ω 8A Eletrônico e platinado

Obs. bobina KW é necessário pré resistor para evitar queima prematura dos contatos
do platinado e aquecimento da bobina.

Ex: Cálculo das faíscas: E-12V Alumínio 24.000 volts 13.000


faíscas por min.
Tensão 12V dividido por 3Ω = 4 A
Motor 5.000 rpm Distribuidor metade 2500 rpm Número de cilindros = 4
Cálculo: 2500 rpm x 4 = 10.000 Faíscas. Portanto É 12V é a bobina indicada para o
veículo.
O projeto das bobinas é em função da rotação do motor, quantidade de cilindros e
maior compressão.
Para se aumentar a tensão aumenta-se a quantidade de espiras do enrolamento
secundário até certo limite, o aumento da demanda de faísca se fará com a diminuição
de espiras do enrolamento primário produzindo um campo magnético mais rápido.
Aplicação: Em todos os casos seguir sempre ao manual do fabricante utilizando a
tabela de aplicação.

Testes da bobina asfálticas


Pode-se testar de forma não muito confiável o primário, secundário e passagem deles
para a carcaça que deverá ser infinito.

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Vasame - Treinamento Automotivo
Tabela de Medidas

Bobina Nº de Tipo Eq. Primário Primário Secundário


Nº de Tipo de reposição Ω KΩ
E 12 V 92 220 081 038 - 050/062 92 220 081 039 3,1 a 4,2 4,8 a 8,2
K 12 V 92 220 081 049 - 026 92 220 081 054 2,9 a 3,8 6,5 a 10,8
KW 12 V 92 220 081 056 – 92 220 081 068 1,2 a 1,6 5,2 a 8,8
060/063/064/065
KW 12 V 92 220 081 024 - 047/059 92 220 081 072 1,6 a 2,2 6,2 a 10,8
KW 12 V 92 220 081 073 1,4 a 4,5 a 8,5
2,1
KW 12 V 92 220 081 074 1,4 a 4,5 a 8,5
2,1
KW 12 V 92 220 081 076 92 220 081 077 1,5 a 4,8 a 8,2
2,0
KW 12 V 92 220 081 085 92 220 081 087 1,2 a 5,2 a 8,8
1,6
KW 12 V 92 220 081 088 - 089 92 220 081 091 0,9 a 4,5 a 7,0
1,5
KW 12 V 92 220 081 092 92 220 081 093 0,9 a 3,0 a 6,2
1,5
KW 12 V 92 220 081 086 92 220 081 097 0,65 a 0,75 3,5 a 4,5
KW 12 V 92 220 081 094 - 095 92 220 081 098 1,0 a 5,0 a 6,2
1,2

Bobinas de Ignição Plásticas

As bobinas plásticas foram desenvolvidas em função da necessidade de ignições mais


potentes.
Vantagens:
 Maior tensão
 Maiores disponibilidades de faíscas por minuto.
 Menor tamanho, menor espaço e menos peso.
 Dispensa do distribuidor
 Variadas formas e construção

Testes das bobinas plásticas

Segue o mesmo critério das bobinas asfálticas, porém não pode haver passagem de
primário para secundário e nem de secundário para secundário,

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Referência Enrolamento Primário Ω Enrolamento Secundário


KΩ
0 221 502 001 - 004 0,47 Ω 8,5 KΩ ± 1,0 KΩ
0 221 503 011 0,5 Ω 12 KΩ ± 1,2 KΩ
0 221 503 407 0,5 Ω 13,3 KΩ ± 1,3 KΩ
9 220 081 500 0,47 Ω ± 12% 12 KΩ ± 1,2 KΩ
9 220 081 504/ 505/ 506 / 0,47 Ω ± 12% 8 KΩ ± 0,8 KΩ
509 / 510
9 220 081 507 0,50 Ω ± 0,08 Ω 12 KΩ ± 1,2 KΩ
9 220 081 508 0,5 Ω 12 KΩ ± 1,2 KΩ
F 000 ZS0 201 - 202 0,50 Ω ± 0,08 Ω 11,13 KΩ ± 1,11 KΩ

Escova Rotativa – Rotor

A tampa do distribuidor, o carvão da tampa e o rotor são alvos de desgastes em função


do salto da centelha. Nos rotores existe um resistor supressivo que tem a função de
atenuar as interferências eletromagnéticas produzidas pela faísca. São fabricados de
epóxi (eletrônicos) e baquelite (platinado).

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Nº de Tipo Resistência KΩ
1 234 332 072 – 082 4,0 a 5,0
1 234 332 215 / 216 / 227 4,5 a 6,0
1 234 332 271 0,9 a 1,5
1 234 332 300 0,9 a 1,5
9 231 081 628 4,0 a 5,0
9 231 081 712 4,5 a 6,0
1 234 332 350 0,9 a 1,5

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Cabos de Velas

Função: conduzir a alta tensão produzida pela bobina de ignição ou transformador até
as velas, sem permitir fugas de corrente, (Isolamento) garantindo que ocorra uma
combustão sem falhas.
Agindo como um resistor (resistência) do rotor, tem também a característica de eliminar
interferências eletromagnéticas (supressão) produzidas pela alta tensão, que podem
prejudicar componentes eletrônicos dos veículos (rádios, unidades de comando
eletrônicas).
A necessidade de cabos resistivos se dá devido:
 Ao aumento da taxa de compressão dos motores que exigem tensões elétricas
maiores para centelhamento nas velas de ignição.
 Ao aumento de interferências por rádio freqüência conseqüente da alta tensão.
 A elevação da temperatura no compartimento do motor provocado pela alteração
nas formas da carroceria que pela busca de um menor coeficiente de atrito
diminuindo a área frontal.
 Ao ataque de solventes e combustíveis.

Características:
Terminal em aço inoxidável: resistente a corrosão, proporcionando melhor
condutibilidade elétrica.
Protetor de silicone, isolante auto aderente: para vedação das conexões contra
umidade e poeira.
Enrolamento de liga de aço inox de alta durabilidade, supressão magnética e de rádio-
interferência.
Fibra de vidro trançada: gera mais resistência mecânica.
Capa interna de borracha sintética especial: para melhor isolação e maleabilidade.
Capa isolante de Latex-Silicone: alta resistência ao calor.
Núcleo de Fibra de vidro reforçada: produto flexível de grande resistência mecânica.

Com essas características consegue-se anular interferências e ruídos, ignições sem


falhas, durabilidade, resistências mecânicas e a temperaturas elevadas, proteção e
conseguintemente economia de combustível.

Cabos supressivos: são construídos com fios condutores de cobre envoltos sobre uma
fibra sintética garantindo resistência mecânica à tração, revestidos por uma camada de
elastômero (EPDM) para isolação elétrica. Envolvendo todas essas camadas, há uma
capa protetora externa, garantindo maior proteção.

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Vasame - Treinamento Automotivo
Cabos com Terminais Supressivos - T.S. / S.T
O resistor de níquel cromo está instalado dentro dos terminais que vão sobre as velas, e
também sobre a saída da bobina ou da tampa do distribuidor.
Em alguns cabos os valores da resistência estão gravados nos terminais.
A resistência é de aproximadamente para cabos de 6 KΩ e bobinas 2 KΩ.

Cabos Supressivos – C.S. / C.S – Fio de Níquel Cromo.


O supressor encontra-se instalado ao longo do cabo, fazendo parte do próprio cabo e
sua resistividade dependerá do comprimento.
O valor indicado é de aproximadamente de 100 a 200 Ω por cm linear (6 a 10 KΩ por
metro NBR 6880).
Dica: Consulte a tabela do fabricante ou compare com outros cabos para a mesma
aplicação.

Defeito
Se o valor estiver acima do especificado haverá menor corrente de ignição, obrigando a
bobina a produzir maior tensão para superar a dificuldade, provocando menor potência
na ignição e maior aquecimento da bobina. Com o desgaste dos componentes a bobina
aumenta a tensão de fornecimento para suprir as necessidades, podendo chegar ao
limite máximo, isto provocará falhas na ignição.

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Vasame - Treinamento Automotivo
Cabos de vela - Codificação NGK:

L B 05 E P
Formato Diâmetro da Resistor Terminal de vela
rosca
L 90° B 14 mm O1 1 KΩ Com porca Com
E P protetor a
S Reto D 10 mm 05 5 KΩ F Sem porca prova d
X 102° D 12 mm água

Evite problemas manuseando os cabos corretamente.

Manutenção: Evite solventes, ácidos, remoção pelos terminais principalmente com


motor quente, ao lavar o motor secá-los, o comprimento deve ser correto, na limpeza
utilize leve material abrasivo ou álcool. Trocá-los com aproximadamente 40.000 km ou
conforme informações dos fabricantes, com GNV (gás natural veicular) o tempo de troca
e manutenção deverá ser diminuído, porque a tensão exigida é maior e por trabalharem
fora das especificações da montadora sua durabilidade se torna reduzida.

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Análise de aspecto da vela de Ignição

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Vasame - Treinamento Automotivo
Resistores Elétricos
•São dispositivos utilizados para limitar a passagem da corrente elétrica nos circuitos
•São feitos com material condutor de alta resistividade elétrica
•Transformam a energia elétrica em energia térmica (efeito Joule)
Construído com material resistivo, que tem como principal função resistir à passagem
de corrente elétrica. São encontrados resistores desde alguns décimos de Ohm até
dezena de Megaohm, com tolerâncias que varia de 1% até 5% e potências entre alguns
décimos de Watt até algumas dezenas de Watt.

Tipos de Resistores quando à Resistência

a) FIXOS: o valor da resistência elétrica é preestabelecido.


b) AJUSTÁVEIS: o valor da resistência elétrica pode ser escolhido e ajustado dentro de
uma faixa de valores.
Geralmente são usados para calibração de circuitos elétricos e eletrônicos. Exemplo:
trimpots
c) VARIÁVEIS: o valor da resistência elétrica pode ser variado dentro de uma faixa de
valores. São usados para
Controle de parâmetros em circuitos elétricos e eletrônicos. Exemplo: potenciômetros,
reostatos.
Tipos Construtivos de Resistores

(A) RESISTOR DE FIO:

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Vasame - Treinamento Automotivo

•Consiste basicamente de um tubo cerâmico (ou vidro) que serve de suporte a um fio
condutor de alta resistividade enrolado (níquel-cromo) sobre este tubo.
•O comprimento e o diâmetro do fio determinam sua resistência elétrica.
•Os terminais são soldados nas extremidades do fio.
•Aplicada uma camada de material isolante para proteção.
Características:
•robustos;
•suportam altas temperaturas;
•geralmente na cor verde;
•especificações impressas no seu corpo (resistência, tolerância e potência nominal)
Valores:
•baixa resistências (Ωa k Ω)
•alta potência (de 5W a 1000kW)
•alta tolerância (10% a 20%)

b)RESISTOR DE FILME DE CARBONO (DE GRAFITE)

•tubo cerâmico (ou de vidro) coberto por um filme (película) de carbono;


•o valor da resistência elétrica é obtido mediante a formação de um sulco no filme,
produzindo uma fita espiralada cuja largura e espessura define o valor da sua
resistência;
•os terminais são soldados na extremidade do filme;
•aplicada uma camada de material isolante para proteção.
Características:
•potência nominal está associada ao tamanho
•geralmente na cor bege
•especificações impressas através do código de cores
•grande faixa de valores de resistências (Ω a 10MΩ), com mesmo tamanho.
•baixa potência (até 3W)
•média tolerância (5% a 10%)

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Vasame - Treinamento Automotivo

Os resistores fixos são aqueles cujo valor da resistência não pode ser alterado,
enquanto que as variáveis têm sua resistência modificada, dentro de uma faixa de
valores através de um cursor móvel.
Os resistores fixos normalmente são especificados por três parâmetros: o valor nominal
da resistência elétrica; a tolerância, ou seja, a máxima variação permitida; e a máxima
potência dissipada.

Veja o quadro abaixo com as características de cada tipo de resistor

Código de Cores
Alguns tipos de resistores (Normalmente os de alta potência) têm as especificações
escritas diretamente em seus encapsulamentos. Porém, a maioria tem as especificações
dadas em forma de código de cores.

Existem dois tipos de resistores:


- 4 faixas (resistores uso comum)
- 5 faixas (resistores de precisão)

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Vasame - Treinamento Automotivo

Nos resistores de quatro faixas a leitura Nos resistores de cinco faixas a leitura é feita
procede-se de acordo com a figura abaixo: de acordo com a figura abaixo:

A seguir uma tabela de equivalência de cores para os resistores

Prefeitura, Municipal de Varginha, L A V A, Vaca, Cavalo e Burro.

Cor mais escura Preto=O (zero), mais Clara Branco = 9 (nove).

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Vasame - Treinamento Automotivo

c)RESISTOR DE FILME METÁLICO


•Semelhante ao de carbono
•Tubo cerâmico coberto por um filme de uma liga metálica (níquel-cromo)
Características:
•geralmente na cor azul
•potência associada ao seu tamanho
•especificações impressas através do código de cores
Valores:
•grande faixa de resistências (Ω até MΩ)
•baixa potência (até 7W)
•baixa tolerância - mais precisos (1% a 2%)
•outras cores: de potência (marrom) e de precisão (verde escuro)

d)POTENCIÔMETRO

•É um resistor variável de 3 terminais, sendo 2 ligados às extremidades


da resistência e um ligado a um cursor móvel;
•entre os extremos: resistência fixa;
•entre um extremo e o cursor: resistência variável;
•uma haste é acoplada ao cursor para permitir variação da resistência;
•usados em circuitos para variar grandezas controladas por corrente ou tensão elétrica.
Exemplos: volume de som, contraste de cores em TV,
Temperaturas, etc.
Valores: •de Ωa M Ω

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Vasame - Treinamento Automotivo
e)TRIMPOT

•É um resistor ajustável cujo cursor é acoplado a uma base plana giratória vertical ou
horizontal, dificultando o acesso manual.
•usados em circuitos em que não se deseja mudança freqüente da resistência.
Exemplos: circuitos para ajuste
ou calibração (uso interno)

f)REO ST AT OS:

Os reostatos são resistores de fio variáveis ou ajustáveis; sua resistência varia em


função do comprimento do fio utilizado entre os contatos móvel (cursor) e fixo.

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Vasame - Treinamento Automotivo

Resistores especiais.

São resistores cuja resistência depende de fenômenos físicos

LDR (do inglês Light Dependent Resistor ou em português Resistor Dependente de Luz)
é um tipo de resistor cuja resistência varia conforme a intensidade de radiação
eletromagnética do espectro visível que incide sobre ele.

Um LDR é um transdutor de entrada (sensor) que converte a (luz) em valores de


resistência. É feito de sulfeto de cádmio (CdS) ou seleneto de cádmio (CdSe). Sua
resistência diminui quando a luz é muito alta, e quando a luz é baixa, a resistência no
LDR aumenta. Um multímetro pode ser usado para encontrar a resistência na
escuridão ou na presença de luz intensa. Estes são os resultados típicos para um LDR
padrão:

• Escuridão : resistência máxima, geralmente acima de 1M ohms.

• Luz muito brilhante : resistência mínima, aproximadamente 100 ohms.

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Vasame - Treinamento Automotivo

Metal Óxido Varistor ou M.O.V. / Varistores

É um tipo especial de resistor que tem dois valores de resistência muito diferentes, um
valor muito alto em baixas voltagens (abaixo de uma voltagem específica), e outro valor
baixo de resistência se submetido a altas voltagens (acima da voltagem específica do
varistor). Ele é usado geralmente para proteção contra curtos-circuitos em extensões
ou pára-raios usados nos postes de ruas, ou como "trava" em circuitos eletromotores.
VDR
Do inglês Voltage Dependent Resistor (também conhecida como Varistor)
É uma resistência que varia, de acordo com a Tensão Eléctrica a que é submetida . É
utilizada no projeto de VCOs (Voltage Controlled Oscilators), VCFs (Voltage Controlled
Filters), etc.

Termistores

Dão resistências que variam o seu valor de acordo com a temperatura a que estão
submetidas. A relação geralmente é directa, porque os metais usados têm uma
coeficiente de temperatura positivo, ou seja se a temperatura sobe, a resistência
também sobe. Os metais mais usado são a platina, daí as desisgnação Pt100 e
Pt1000(100 porque à temperatura 0°C, têm uma resistência de 100ohm, 1000 porque à
temperatura 0°C, têm uma resistência de 1000ohm) e o Níquel (Ni100) os termistores
PTC e NTC, são um caso particular, visto que em vez de metais usam semicondutores.
Alguns autores não consideram resistências pelo facto de usarem semicondutores.

PTC

Do inglês Positive Temperature Coefficient


É um resistor dependente de temperatura com coeficiente de temperatura positivo.
Quando a temperatura se eleva, a resistência do PTC aumenta. PTCs são
freqüentemente encontrados em televisores, em série com a bobina desmagnetizadora,
onde são usados para prover uma curta rajada de corrente na bobina quando o
aparelho é ligado.
Uma versão especializada de PTC é o polyswitch que age como um fusível auto-
rearmável.

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Vasame - Treinamento Automotivo

NTC

Do inglês Negative Temperature Coefficient


Também é um resistor dependente da temperatura, mas com coeficiente negativo.
Quando a temperatura sobe, sua resistência cai. NTC são freqüentemente usados em
detectores simples de temperaturas, e instrumentos de medidas.

Strain Gauge

É um dispositivo usado para medir a deformação de um objeto. O tipo mais comum de


medir a tensão consiste de um isolamento de apoio flexível que suporta uma folha de
padrão metálico. O medidor é ligado ao objeto por uma fita adesiva adequados, como
cianoacrilato. Como o objeto é deformado, a folha é deformada, causando a sua
resistência elétrica para a mudança. Esta variação de resistência, normalmente
medido utilizando uma ponte de Wheatstone, está relacionada à tensão pela
quantidade conhecida como o fator de gauge.

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Vasame - Treinamento Automotivo

Diodo semicondutor

Diodo semicondutor é um dispositivo ou componente eletrônico composto de cristal


semicondutor de silício ou germânio numa película cristalina cujas faces opostas são
dopadas por diferentes gases durante sua formação.

É o tipo mais simples de componente eletrônico semicondutor, usado como retificador


de corrente elétrica. Possui uma queda de tensão de 0,3 V e 0,7 V dependendo do
material que é utilizado.

O diodo é um componente eléctrico que permite que a corrente atravesse-o num


sentido com muito mais facilidade do que no outro. O tipo mais comum de diodo é o
diodo semicondutor, no entanto, existem outras tecnologias de diodo. Diodos
semicondutores são simbolizados em diagramas esquemáticos como na figura abaixo.
O termo "diodo" é habitualmente reservado a dispositivos para sinais baixos, com
correntes iguais ou menores a 1 A.

Quando colocado em um simples circuito bateria-lâmpada, o diodo vai permitir ou


impedir corrente através da lâmpada, dependendo da polaridade da tensão aplicada,
como nas duas figuras abaixo.

Na imagem da esquerda o diodo está directamente polarizado, há corrente e a lâmpada


fica acesa. Na imagem da direita o diodo está inversamente polarizado, não há corrente,
logo a lâmpada fica apagada.

O diodo funciona como uma chave de acionamento automático (fechada quando o


diodo está directamente polarizado, e aberta quando o diodo está inversamente
polarizado), a diferença mais substancial é que quando directamente polarizado há
uma queda de tensão no diodo muito maior do que a que geralmente há em chaves
mecânicas, no caso do diodo de silício, 0,7 V, assim, uma fonte de tensão de 10 V
polarizando directamente um diodo em série com uma resistencia, fará com que haja
uma queda de tensão de 9,3 V na resistencia, pois 0,7 V ficam no diodo.

A dopagem do diodo semicondutor e os cristais P e N

69
Vasame - Treinamento Automotivo

A dopagem no diodo é feita pela introdução de elementos dentro de cristais


tetravalentes, normalmente feitos de silício e germânio. Dopando esses cristais com
elementos trivalentes, obterá átomos com sete elétrons na camada de valência, que
necessitam de mais um elétron para a neutralização (cristal P). Para a formação do
cristal P, utiliza-se principalmente o elemento Indio. Dopando os cristais tetravalentes
com elementos pentavalentes, obter-se-á átomos neutralizados(com oito elétrons na
camada de valência) e um elétron excedente (cristal N).

Para a formação do cristal N, utiliza-se principalmente o elemento Fósforo. Quanto


maior a intensidade da dopagem, maior será a condutibilidade dos cristais, pois suas
estruturas apresentarão um número maior de portadores livres (lacunas e elétrons
livres) e poucas impurezas que impedem a condução da corrente elétrica. Outro fator
que influencia na condução desses materiais é a temperatura. Quanto maior for sua
temperatura, maior será a condutibilidade pelo fato de que a energia térmica ter a
capacidade de quebrar algumas ligações covalentes da estrutura, acarretando no
aparecimento de mais portadores livres para a condução de corrente elétrica.

Após dopadas, cada face dos dois tipos de cristais (P e N)terá uma determinada
característica diferente da oposta, gerando regiões de condução do cristal, uma com
excesso de elétrons, outra com falta destes (lacunas), e entre ambas, haverá uma região
de equilíbrio por recombinação de cargas positivas e negativas, chamada de região de
depleção (à qual possui uma barreira de potencial).

Polarização do diodo

Gráfico mostra a curva característica do comportamento do diodo em sua polarização


direta e inversa

A polarização do diodo é dependente da polarização da fonte geradora. A polarização é


direta quando o pólo positivo da fonte geradora entra em contato com o lado do cristal
P(chamado de anodo) e o pólo negativo da fonte geradora entra em contato com o lado
do cristal N(chamado de catodo).

70
Vasame - Treinamento Automotivo

Assim, se a tensão da fonte geradora for maior que a tensão interna do diodo, os
portadores livres se repelirão por causa da polaridade da fonte geradora e conseguirão
ultrapassar a junção P-N, movimentando-os e permitindo a passagem de corrente
elétrica. A polarização é indireta quando o inverso ocorre. Assim, ocorrerá uma atração
das lacunas do anodo(cristal P) pela polarização negativa da fonte geradora e uma
atração dos elétrons livres do catodo(cristal N) pela polarização positiva da fonte
geradora, sem existir um fluxo de portadores livres na junção P-N, ocasionando no
bloqueio da corrente elétrica. Pelo fato de que os diodos fabricados não são
ideais(contém impurezas), a condução de corrente elétrica no diodo(polarização direta)
sofre uma resistência menor que 1 ohm, que é quase desprezável. O bloqueio de
corrente elétrica no diodo(polarização inversa) não é total devido novamente pela
presença de impurezas, tendo uma pequena corrente que é conduzida na ordem de
microampéres, chamada de corrente de fuga, que também é quase desprezável.

Testes com o diodo

Os díodos, assim como qualquer componente eletrônico, operam em determinadas


correntes elétricas que são especificadas em seu invólucro ou são dadas pelo fabricante
em folhetos técnicos.Além da corrente, a voltagem inversa(quando o díodo está
polarizado inversamente) também é um fator que deve ser analisado para a montagem
de um circuito e que tem suas especificidades fornecidas pelo fabricante. Se ele for
alimentado com uma corrente ou tensão inversa superior a que ele suporta, o diodo
pode danificar, ficando em curto ou em aberto. Utilizando de um ohmimetro ou um
multímetro com teste de díodo, pode-se verificar se ele está com defeito. Colocando-se
as pontas de prova desses aparelhos nas extremidades do diodo(catodo e ânodo),
verifica-se que existe condução quando se coloca a ponteira positiva no ânodo e a
negativa no catodo, além de indicar isolação quando ocorre o inverso. Assim o díodo
está em perfeitas condições de operação e com isso é possível a localização do catodo e
do ânodo, porém se os aparelhos de medição indicarem condução dos dois caminhos
do díodo, ele está defeituoso e em curto. Se os aparelhos de medição indicarem isolação
nos dois caminhos, ele também está defeituoso e em aberto.

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Tipos de diodos semicondutores

Os diodos são projetados para assumir diferentes características: diodos retificadores


são capazes de conduzir altas correntes elétricas em baixa frequência, diodos de sinal
caracterizam-se por retificar sinais de alta frequência, diodos de chaveamento são
indicados na condução de altas correntes em circuitos chaveados. Dependendo das
características dos materiais e dopagem dos semicondutores há uma gama de
dispositivos eletrônicos variantes do diodo:

Diodo Diodo Diodo


Diodo
zener Schottky túnel

Diodo emissor
Fotodiodo Varicap SCR
de luz

O diodo emissor de luz, também conhecido pela sigla em em inglês LED (Light
Emitting Diode). Sua funcionalidade básica é a emissão de luz em locais e
instrumentos onde se torna mais conveniente a sua utilização no lugar de uma
lâmpada. Especialmente utilizado em produtos de microeletrônica como sinalizador de
avisos, também pode ser encontrado em tamanho maior, como em alguns modelos de
semáforos.

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O diodo Zener é um tipo de diodo especialmente projetado para trabalhar sob o regime
de condução reversa, ou seja, acima da tensão de ruptura junção PN. O diodo Zener
difere do diodo convencional pelo fato de receber uma dopagem (tipo N ou P) maior, o
que provoca a aproximação da curva na região de avalanche ao eixo vertical. Isto reduz
consideravelmente a tensão de ruptura e evidencia o efeito Zener que é mais notável à
tensões relativamente baixas (em torno de 5,5V). Praticamente é uma válvula que
regula a tensão.

Funcionamento

O diodo Zener pode funcionar polarizado diretamente ou inversamente. Quando está


polarizado directamente, funciona como outro diodo qualquer, não conduz enquanto a
tensão aos seus terminais for inferior a 0,6 V (diodo de silício) e a partir desta tensão
começa a conduzir, primeiro pouco e depois cada vez mais depressa, sendo não linear a
curva de crescimento da corrente com a tensão. Por esse fato, a sua tensão de
condução não é única, sendo considerada de 0,6 ou 0,7 V.

Qualquer diodo inversamente polarizado praticamente não conduz desde que não
ultrapasse a tensão de ruptura. Na verdade, existe uma pequena corrente inversa,
chamada de "corrente de saturação" e devida unicamente à geração de pares de
elétron-lacuna na região de carga espacial, à temperatura ambiente. No diodo Zener
acontece a mesma coisa. A diferença é que, no diodo convencional, ao atingir uma
determinada tensão inversa, a corrente inversa aumenta bruscamente (efeito de
avalanche) e a dissipação térmica acaba por destruir o dispositivo, não sendo possível
inverter o processo. No diodo Zener, por outro lado, ao atingir uma tensão chamada de
Zener (geralmente bem menor que a tensão de ruptura de um diodo comum), o
dispositivo passa a permitir a passagem de correntes bem maiores que a de saturação
inversa, mantendo constante a tensão entre os seus terminais. Cada diodo Zener
possui uma tensão de Zener específica como, por exemplo, 5,1 V, 6,3 V, 9,1, 12v e 24v.

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Quanto ao valor da corrente máxima admissível, existem vários tipos de diodo. O valor
indicado é o da potência. Por exemplo, existem diodos Zener de 400 mW, 1W além de
outros valores. O valor da corrente máxima admissível depende desta potência e da
tensão de Zener. É por isso que o diodo Zener se encontra normalmente associado com
uma resistência em série, destinada precisamente a limitar a corrente a um valor .

Transistores

Transisotres são basicamente semicondutores que promove a ampliaçao de sinal (como


um relê), tem a capacidade de transferir corrente de uma região de baixa resistência
para uma região de alta ressitência.

Um transistor NPN pode ser considerado como dois diodos com uma compartilhada
ânodo. Em operação normal, o emissora-base de junção é polarizado e a junção
coletora-base é polarização reversa.

Constituído de uma pastilha monocristalínica de semicondutor (germânio ou silício)


com regiões dopadas com impurezas tipo N e P.

Possui base, coletor e emissor, funciona semelhante a um interruptor eletromagnético.

NPN é um dos dois tipos de transistores bipolares, nas quais as letras "N" (negativo) e
"P" (positivo) referem-se à maioria portadores de carga no interior das diferentes regiões
do transistor. Quando circula uma corrente entre a base (B) e o emissor (E) de
aproximadamente 0,7 Vd de tensão o transistor fecha-se permitido o fluir da corrente
do emissor (E) para o coletor (C), podendo essa corrente ser de até 200 vezes superior a
da base. Se não houver tensão na base 0 Vd (zero volts contínuo) o circuito se desfaz.

A seta no símbolo do transistor NPN é na perna emissor e aponta na direção da


corrente convencional de fluxo quando o dispositivo está no modo ativo para frente.

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PNP

O outro tipo é o PNP com as letras "P" e "N" referindo-se a maioria portadores de carga
no interior das diferentes regiões do transistor.

Transistores PNP composto por uma camada de N- dopados com semicondutores entre
duas camadas de material dopado com P. Uma pequena corrente deixando a base no
emissor de modo comum é amplificada na saída do coletor. Em outros termos, um
transistor PNP está "ligado" quando a sua base é puxada para baixo em relação ao
emissor.

A seta no símbolo do transistor PNP é na perna emissor e aponta na direção da


corrente convencional de fluxo quando o dispositivo está no modo ativo para frente.

Em síntese quando houver negativo na base 0 Vd (zero volts contínuo), flui uma
corrente do coletor para o emissor.

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Capacitores / Condensadores

Capacitor (português brasileiro) ou condensador (português europeu) é um componente que


armazena energia num campo elétrico, acumulando um desequilíbrio interno de carga
elétrica.

Os formatos típicos consistem em dois eletrodos ou placas que armazenam cargas


opostas. Estas duas placas são condutoras e são separadas por um isolante ou por um
dielétrico. A carga é armazenada na superfície das placas, no limite com o dielétrico.
Devido ao fato de cada placa armazenar cargas iguais, porém opostas, a carga total no
dispositivo é sempre zero.

Quando uma diferença de potencial V = Ed é aplicada às placas deste capacitor


simples, surge um campo elétrico entre elas. Este campo elétrico é produzido pela
acumulação de uma carga nas placas.

Capacitância

A propriedade que estes dispositivos têm de armazenar energia elétrica sob a forma de
um campo eletrostático é chamada de capacitância ou capacidade (C) e é medida pelo
quociente da quantidade de carga (Q) armazenada pela diferença de potencial ou tensão
(V) que existe entre as placas:

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Pelo Sistema Internacional de Unidades (SI), um capacitor tem a capacitância de um


farad (F) quando um coulomb de carga causa uma diferença de potencial de um volt
(V) entre as placas. O farad é uma unidade de medida considerada muito grande para
circuitos práticos, por isso, são utilizados valores de capacitâncias expressos em
microfarads (µF), nanofarads (nF) ou picofarads (pF).

A capacitância de um capacitor de placas paralelas constituído de dois eletrodos planos


idênticos de área A separados à distância constante d é aproximadamente igual a:

onde

• C é a capacitância em faraday
• ε0 é a permissividade eletrostática do vácuo ou espaço livre
• εr é a constante dielétrica ou permissividade relativa do isolante utilizado.

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