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As três emergências que nossa sociedade enfrenta: saúde, biodiversidade e mudanças

Climáticas - PAULO ARTAXO I


Laryssa Martins Pereira

O artigo disserta sobre as ligações em comum entre as três emergências sociais que estão emergindo nas
últimas décadas. Elementos como crise na saúde, perda da biodiversidade e crise climática são descritos pelo autor
como pontos que se interligam e provocam impactos sociais e econômicos fortes que afetam o planeta. É
apresentado ao leitor uma serie de questionamentos que podem guiar o leitor a expandir seus conhecimentos sobre
o campo geopolítico. O objetivo desse artigo é conscientizar e enfatizar críticas sobre diversos setores científicos,
ensinando a ambos os públicos estratégias e truques essenciais para ter ideias, escrever e revisar e editar.
A obra é dividida em 4 subtítulos. No capitulo inicial, o autor indaga como as mudanças climáticas afetam os
padrões ecossistêmicos, e como os modelos de desenvolvimentos econômicos priorizam lucro e menos soluções
eficazes. O autor dispara criticas sobre como a ciência é esnobada e sem prioridade mediante aos fatos
apresentados, novamente procurando fins lucrativos, mas ineficazes, sugerindo como medidas de equilíbrio,
conciliar a preservação do meio ambiente com desenvolvimento econômico e justiça social. O autor reitera na
seguinte citação “O Brasil precisa enfrentar os desafios impostos pela alteração climática e ambiental, que passam
pelo estabelecimento de métricas e referências, de forma a contribuir na formulação de estratégias regionais e
nacionais de detecção/atribuição, mitigação e adaptação aos seus efeitos”. Essa fala é ambígua pelo fato do
declínio ambiental é quase que 100% governamental, um país onde agropecuária consolidou-se como o principal
vetor da derrubada, provocando 95,7% da devastação, o equivalente a 1,96 milhão de hectares, e sendo é o setor
que mais consome água, chegando ao valor de quase 70% de toda a água usada. No Brasil, esse valor chega a
72%.
Em emergência climática, no subtítulo 2, o autor aponta as fragilidades ambientais e climáticas significativas. E
as extremas consequências de disponibilidade de recursos hídricos e a qualidade ambiental urbana, entre muitos
outros impactos, salientando a participação humana, ressaltando a necessidade de eliminar desmatamento de
florestas tropicais e reduzir a emissão da queima de combustíveis. O artigo exemplifica um futuro climático,
apontando a Amazônia, pois a floresta que estava absorvendo grandes quantidades de carbono há dez anos hoje é
neutra em termos de emissões, podendo se tornar uma fonte global de CO2 em alguns anos. Isso ocorre pelo
aumento da mortalidade das árvores, associada ao incremento de secas nos últimos anos. Levando
consequentemente a um tópico a se explorar, as variações climáticas na região podem ser devidas às variações
climáticas globais, decorrentes de causas naturais? Há provas documentadas das flutuações climáticas na
Amazônia que ocorreram durante a milênios e das recentes temperaturas regionais. Os tempos de resposta às
modificações de potência podem ser de anos, décadas ou até milhares de anos. Entretando a essa altura a sociedade
não pode fazer muito para evitar esta tendência, a não ser estar preparada para enfrentar os seus efeitos quando as
previsões científicas se tornarem possíveis.
Em questão da crise na saúde e mudanças climáticas, no tópico 2, o autor retifica uma linha tênue entre outras
tragédias globais, e a gravidade das mudanças climáticas, balanceando a importância das mesma com as demais
problemas emergentes, principalmente na área da saúde. Correlacionando como essas duas esferas se entrelaçam
governamentalmente, citando: “ A população é dependente de aspectos sociais, econômicos, ambientais e de
políticas públicas que integrem essa questão como estratégia para o desenvolvimento do país, estado ou município.
Clarificando como a população está politicamente invalidada, visando que o sistema político prioriza o sistema
monetário global, invalidando as minorias, que estão expostas a patógenos, pela variedade social. Os elevados
níveis de desflorestação e à consequente perda de biodiversidade global, um relatório da Plataforma
Intergovernamental das Nações Unidas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) reforça o
impacto das atividades humanas no surgimento de novas doenças infecciosas. Segundo a publicação, surgem
aproximadamente cinco novas doenças a cada ano, todas com potencial pandêmico. Jabas reforça “Os cientistas há
muito nos alertam que, se não forem abordadas, as mudanças climáticas transformarão nosso meio ambiente,
nossos sistemas alimentares e nossas condições de vida, todos com consequências potencialmente devastadoras
para nossa saúde”.
No subtítulo 3, A crise da perda de biodiversidade, o autor busca estimular uma reflexão crítica sobre como a
redução da biodiversidade significa que milhões de pessoas estão diante de um futuro em que os estoques de
alimentos serão mais vulneráveis a pragas e doenças e a oferta de água doce será irregular ou escassa.
Exemplificando, a União Mundial para a Natureza, o valor monetário dos bens e serviços prestados pelos
ecossistemas está estimado na ordem de US$ 33 trilhões ao ano, enfatizando que, os pensamentos de Paulo
Artaxo se alinham com a situação global atual. Em tal contexto, em teoria crítica, é exposto o conflito entre
presente e futuro, e como as ações sociais e governamentais atuais irão interferir biologicamente futuramente.
Após a leitura do artigo é notável a facilidade de interpretação, mediante o método de escrita do autor. Prezando
pelo entendimento do leitor, podendo atravessar por diversos públicos. O artigo é extremamente didático e rico em
utilização de dados e citações cientificas, atravessando os anos, para exemplificam clara para o público. Foram
apresentadas seguintes citações que em sua maioria pessoais argumentativas, mesclando a opinião pessoal e
impessoal do autor. Entretanto, algumas argumentações não conversavam, consequentemente ficaram “soltas”, não
se conectando com o público alvo. A seguinte obra em sua estrutura é centralizada e “humanizada”. A escrita
transmite para o leitor uma sensação de conversa, porém com argumentos objetivos. A abordagens de instruções
para um resultado satisfatório é bem pontuado e exemplificado. Um artigo recheado de informações contundentes
e adaptáveis para o dia a dia de diversos públicos. Apresentando aos leitores/escritores estratégias pontuais e
realistas. A obra resenhada entrega ao público, informações e métodos para ampliar os conhecimentos
sociológicos com eficiência.

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