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SAMUEL MURAD

MATERIAL ESCRITO

HARMONIA
BÁSICA
ÍNDICE
CAPÍTULO 1…………………………. Introdução à Música

CAPÍTULO 2…………………………. Escala Maior

CAPÍTULO 3…………………………. Intervalos

CAPÍTULO 4…………………………. Formação de Acordes

CAPÍTULO 5…………………………. Campo Harmônico Maior

CAPÍTULO 6…………………………. Intervalos Compostos

CAPÍTULO 7…………………………. Inversão de Acordes

CAPÍTULO 8…………………………. Campo Harmônico Menor

CAPÍTULO 9…………………………. Desenvolvimento Técnico

CAPÍTULO 10…………………………. Performance

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CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO À
MÚSICA
NOTAS MUSICAIS • ESCALAS • TONALIDADE •
ACORDES

A s notas musicais são doze. Sete notas naturais - DO,


RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI - e mais cinco acidentadas
(sustenido ou bemol) - DO# ou RÉb, RÉ # ou MIb, FÁ# ou
SOLb, SOL# ou LÁb, LÁ# ou SIb.

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As notas podem ser representadas pelos seus nomes
escrito por extenso, pelas letras das cifras ou pela partitura.

Aqui, vamos preferir o uso da Cifragem, por ser um


procedimento mais comumente encontrado e de fácil
assimilação.

O termo escala denota um conjunto especí ico de notas. A


escala que contém todas as notas musicais é denominada
Escala Cromática. Nela, todas as notas são separadas pelo
menor intervalo musical - dentro do sistema que utilizamos
- o intervalo de meio tom (ou semitom).

A organização das notas musicais de modo lógico se dá por


meio de 3 conceitos base:

Escala Maior, Tonalidade e Acordes

Tonalidade: qual o ponto de partida da escala.


5
f
Escala Maior: Quais notas utilizar.

Acorde: empilhamento das notas da escala.

Os acordes são o ponto chave dessa construção musical,


pois eles descrevem o sentido da palavra harmonia - ou
seja, a capacidade de empilhar notas e ter um resultado
musical lógico a partir disso.

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CAPÍTULO 2

ESCALA MAIOR
CONCEITO • MONTAGEM • PRÁTICA

A escala maior é a principal referência dentro do


sistema musical ocidental, com maior foco em música
tonal. Ela representa uma sequência exata de intervalos
entre a tônica e cada uma das demais notas da escala.

Agora, pratique todas as escalas e procure memorizar a


quantidade de acidentes que cada escala possui.
Por exemplo: Escala Maior de C, nenhum acidente. Escala
Maior de A: 3 acidentes (C#, F# e G#).

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CAPÍTULO 3

INTERVALOS
CLASSIFICAÇÃO DA DISTÂNCIA ENTRE AS
NOTAS

A distância musical entre duas notas é chamada de


intervalo. Na música ocidental, o menor intervalo
existente é o semitom ou meio-tom. Essa é a menor
distância entre duas notas (C - C# ou E - F). Dois intervalos
de semitom formam o intervalo de tom (C - D ou F - G).

O tamanho do intervalo é descrito numericamente, de acordo


com sua posição dentro da escala. Basicamente, existem
cinco tipos:

MAIOR
MENOR
JUSTO
AUMENTADO
DIMINUTO

Intervalos Maiores: 2ª, 3ª, 6ª e 7ª.


Intervalos Justos: uníssono, 4ª, 5ª e 8ª.

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ALTERAÇÃO DE INTERVALO

Se um intervalo maior é alterado meio tom abaixo, ele se torna


menor; se meio tom acima, se torna aumentado. Já um
intervalo Justo, quando alterado meio tom abaixo, ele se torna
diminuto; se alterado meio tom acima, se torna aumentado.

Agora, descreva o intervalo formado entre as notas abaixo.


Envie para o número da mentoria para que possa ser corrigido
(via foto, mensagem, ou como preferir):

1. Do Mi:_____________

2. Fá Sib:_____________

3. Fá# Do#:___________

4. Sol Mib:____________

5. Si Ré:______________

6. Láb Sol:____________

7. Ré Si:_______________

8. Lá Ré#:______________

9. Sol Láb:_____________

10. Do# Si#:_____________

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Forme o intervalo que se pede:

11. 6M:______________

12. 2m:______________

13. 4J: ______________

14. 7M: _____________

15. 3M:______________

16. 5aum:____________

17. 4º:_______________

18. 6m:______________

19. 2M:______________

20. 7m:______________

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CAPÍTULO 4

FORMAÇÃO DE
ACORDES
TRÍADES E SUAS VARIAÇÕES

E nquanto 2 notas juntas formam um intervalo, um


conjunto de 3 ou mais notas tocadas simultaneamente
dá origem ao que chamamos de acorde. A menor formação
possível de acordes é uma tríade.

A tríade é a combinação da tônica (ou fundamental), 3ª e 5ª.


Existem quatro variações de tríades, dependendo da
combinação dos intervalos dentro do acorde. Vamos conferir
essas variações e praticá-las a partir de agora:

MAIOR…………………T 3M 5J
MENOR………………..T 3m 5J
AUMENTADA………….T 3M 5aum
DIMINUTA……………..T 3m 5dim

(Tabela acordes)

Repare que o intervalo de 3ª sempre determina se o acorde é


maior ou menor.

Agora, pratique as quatro variações de tríades em todas as


tonalidades.

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CAPÍTULO 5

CAMPO
HARMÔNICO
MAIOR
ACORDES FORMADOS A PARTIR DA ESCALA
MAIOR

C ada nota de uma escala pode formar um acorde. O


conjunto de acordes formados a partir da escala maior
é o que conhecemos como Campo Harmônico Maior.

Note que o I, IV e V graus são maiores, o II, III e vi são


menores e o VII é diminuto.

Cada acorde pode ser identi cado por um algarismo romano e


um nome, indicando sua função e posição dentro do Campo
Harmônico

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fi
I IIm IIIm IV V Vim VIIº
C Dm Em F G Am Bº
Db Ebm Fm Gb Ab Bbm Cº
D Em F#m G A Bm C#º
Eb Fm Gm Ab Bb Cm Dº
E F#m G#m A B C#m D#º
F Gm Am Bb C Dm Eº
F# G#m A#m B C# D#m E#º
G Am Bm C D Em F#º
Ab Bbm Cm Db Eb Fm Gº
A Bm C#m D E F#m G#º
Bb Cm Dm Eb F Gm Aº
B C#m D#m E F# G#m A#º

DO I Tônica
RÉ II Supertônica
MI III Mediante
FÁ IV Subdominante
SOL V Dominante
LÁ VI Submediante
SI VII Sensível
DO VIII Tônica (Oitava)

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Tônica (I): é o ponto de partida ou centro tonal. Portanto, o
acorde mais importante do Campo Harmônico no que se
refere à sensação causada em relação aos demais acordes.

Dominante (V): é o segundo acorde mais importante no


Campo Harmônico, por conter uma forte tendência de
movimento em direção à tônica.

Subdominante (IV): é o acorde imediatamente abaixo da


dominante e possui uma tendência de movimento transitório.

Mediante (III): é assim chamado por estar situado entre a


tônica e a dominante.

Submediante (VI): assim como a mediante, possui essa


de nição por estar situado entre a subdominante e a oitava.

Supertônica (II): é o acorde imediatamente acima da tônica.

Sensível (VII): é assim chamado por ter uma forte tendência a


se resolver na tônica.

Essas tendências de movimentos são fundamentais para o


entendimento harmônico das progressões de acordes.

FUNÇÕES PRINCIPAIS E SECUNDÁRIAS


I, IV, e V…………………… Funções Principais
Ii,iii, vi, iiº………………….Funções Secundárias

As funções secundárias são assim classi cadas por serem


relativos às funções principais.

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fi
fi
Todo acorde maior tem seu relativo menor no 6º grau de sua
escala maior, enquanto todo acorde menor tem seu relativo
maior no 3º grau de sua escala menor.

PROGRESSÃO DE ACORDES (CADÊNCIAS)


O movimento harmônico de um acorde para outro é chamado
de progressão de acorde. Nesse momento, vamos estudar
alguns princípios básicos desses movimentos.

Como vimos anteriormente, o I, IV e V graus são os acordes


mais importantes por estabelecerem a tonalidade em uma
música.

Depois da tônica, a dominante (V grau) é o acorde mais


importante numa tonalidade. Esse acorde possui a forte
tendência de se movimentar na direção da tônica. Essa é a
mais importante progressão de todas:

Dominante > tônica (V - I)

ESSA É A CHAVE PARA SE COMPREENDER


TODA A CONSTRUÇÃO HARMÔNICA DO
JAZZ.

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DESENVOLVIMENTO RITMICO
Fórmulas de Compasso:

Compasso misto:

5 7 5 7
4 4 8 8

Vamos desenvolver a execução dos acordes em três estágios:


1) as duas mãos tocando apenas no tempo 1 e mantendo as
teclas pressionadas durante todos os tempos do acorde.

2) mão direita marca o tempo enquanto a mão esquerda toca


e mantém a nota pressionada durante todos os tempos do
acorde.

3) dedilhar o acorde (tocar as notas dos acordes de maneira


melódica) na mão direita, enquanto a mão esquerda toca e
mantém a nota pressionada durante todos os tempos do
acorde.

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EXERCÍCIOS DIRIGIDOS

1.1
|| I IV | V ||

1.2
|| I IIm | V ||

1.3
|| I | IV | IIm | V ||

1.4
|| VIm IV | V I ||

1.5
|| V IIm | IV I ||

1.6
|| IIIm IV | V ||

1.7
|| I | VIm | IIIm | IV V | I ||

1.8
|| I | VIIº III | VIIm | IIm V | I ||

1.9
|| I | IV | IIm | V | VIIm ||

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2.1
|| I/3 IV/6 | V ||

2.2
|| I/5 IIm | V/3 ||

2.3
|| I | IV/5 | IIm | V/3 ||

2.4
|| VIm IV/5 | V I/3 ||

2.5
|| V IIm | IV/3 I/5 ||

2.6
|| IIIm IV/3 | V/5 ||

2.7
|| I | VIm | IIIm | IV/3 V/3 | I ||

2.8
|| I | VIIº III | VIm | IIm V/3 | I ||

2.9
|| I | IV/5 | IIm | V/3 | VIIm ||

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CAPÍTULO 6

INTERVALOS
COMPOSTOS
SOFISTICANDO O SOM DOS ACORDES

Q uando um intervalo excede a distância de uma oitava,


ele se torna um intervalo composto. É representado
pela descrição numérica mostrada abaixo:

2ª + 8ª = 9ª
3ª + 8ª = 10ª
4ª + 8ª = 11ª
5ª + 8ª= 12ª
6ª + 8ª= 13ª

Os acordes estendidos produzem uma sonoridade


extremamente moderna, desde que respeitadas as regras de
aplicação de cada extensão.

C7M(9)13, Dm7(9)11 ,G7(9) etc.

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EXERCÍCIO DIRIGIDO
Toque a sequência ii V I aplicando a extensão correspondente
a cada acorde. Em seguida, pratique os exercícios dirigidos do
capítulo 5 aplicando as extensões de forma livre e criativa.

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CAPÍTULO 7

INVERSÕES DE
ACORDES
NOVAS MONTAGENS

T odo acorde pode ser tocado a partir de qualquer uma


de suas notas estruturais.

A posição fundamental é aquela em que se inicia o acorde


pela tônica.

Se deslocarmos a tônica uma 8ª acima, a 3ª passa a ser a


nota inicial. A essa posição chamamos de 1ª inversão.

E, do mesmo modo, se deslocarmos a 3ª uma oitava cima, a


5ª passa a ser a nota inicial. A essa posição chamamos de
2ª inversão.

A quantidade de notas do acorde determina a quantidade de


posições possíveis. Uma tétrade abre espaço para uma 3ª
inversão.

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CAPÍTULO 8

CAMPO
HARMÔNICO
MENOR
UMA CONSTRUÇÃO A PARTIR DA ESCALA
MENOR

A ssim como todos os acordes possuem seus relativos,


nas escalas também percebemos essa relatividade.

TOM SEMITOM TOM TOM SEMITOM TOM

I II III IV V VI VII
C Db Eb F G Ab Bb
C# D# E F# G# A# B
D E F G A Bb C
Eb F Gb Ab Bb Cb Db
E F# G A B C D
F G Ab Bb C Db Eb
F# G# A B C# D E
G A Bb C D Eb F
G# A# B C# D# E F#
A B C D E F G
Bb C Db Eb F Gb Ab
B C# D E F# G A22
Perceba que o V grau no Campo Harmônico Menor é um

acorde Dominante (maior com 7ª menor).

I IIº III IVm V7 VI VII


C Dbº Eb Fm G7 Ab Bb
C# D#º E F#m G#7 A# B
D Eº F Gm A7 Bb C
Eb Fº Gb Abm Bb7 Cb Db
E F#º G Am B7 C D
F Gº Ab Bbm C7 Db Eb
F# G#º A Bm C#7 D E
G Amº Bb Cm D7 Eb F
G# A#º B C#m D#7 E F#
A Bº C Dm E7 F G
Bb Cº Db Ebm F7 Gb Ab
B C#º D Em F#7 G A

EXERCÍCIO DIRIGIDO
Treinar todas as escalas menores e cada campo harmônico
menor.

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CAPÍTULO 9

DESENVOLVIMENTO
TÉCNICO
DIGITAÇÃO, AGILIDADE E PRECISÃO NA
FORMA DE TOCAR

O estudo técnico é fundamental para o


desenvolvimento de tocas as competências musicais
ao piano.

Estude a partir dessas três propostas:

1) Exercício do Hanon;
2) Escalas;
3) Acordes em todas as posições, subindo e descendo;

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CAPÍTULO 10

PERFORMANCE
TOCANDO DE FORMA PROFISSIONAL

1) APLICAÇÃO DAS EXTENSÕES DE ACORDES: Acordes


com 9ª. O uso da 7ª também é possível. Faça a marcação
da 5ª alternando a 9ª com a 3ª.

2) Fazer a 2ª inversão do acorde, omitindo a tônica na Mão


Direita.

3) Acordes abertos na Mão Esquerda.

4) Arpejos na mão direita

5) Utilização da Tônica e 5ª do acorde na Mão Esquerda.

Em todo seu processo de estudo, seja criativo. Use o coração


e a intuição musical. Música, antes de qualquer estudo
técnico, demanda pleno afeto.

Samuel Murad
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