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“Em termos econômicos, moeda é tudo aquilo que é geralmente aceito para liquidar
as transações, isto é, para pagar pelos bens e serviços e para quitar obrigações, ou seja, de
acordo com esta definição, qualquer coisa pode ser moeda, desde que aceita como forma de
pagamento. Ela é considerada o instrumento básico para que se possa operar no mercado.
Pois a moeda atua como meio de troca. Quando um indivíduo vende seu produto, ele
receberá moeda pelo produto vendido e, por conseguinte, terá moeda para comprar aquilo
que desejar.
Além disso, a moeda desempenha a função como unidade de conta (também
chamado de denominador comum de valor), isto é, fornece um padrão para que as demais
mercadorias expressem seus valores, e forneçam um referencial para que os valores dos
demais produtos sejam cotados no mercado.
E a terceira função da moeda é a chamada reserva de valor, função que decorre do
meio de troca, onde o poder de comprar adquirido ao vender sua mercadoria mantem-se ao
longo do tempo. Em outras palavras, a moeda deve preservar o poder de compra (assim
como acontece com os títulos, pois eles têm valor de compra e rentabilidade ao longo do
tempo).
Resumindo as três funções, temos:
• Moeda como meio de troca: intermediário entre as mercadorias;
• Moeda com unidade de conta: ser o referencial das trocas, o instrumento pelo qual as
mercadorias são cotadas; e
• Moeda como reserva de valor: poder de compra que se mantém no tempo, ou seja,
forma de se medir a riqueza.
Ao longo do tempo, a moeda evoluiu, primeiramente tínhamos a moeda-
mercadoria (sal, animais etc.), passando pela moeda metálica (ouro, prata, metais
preciosos) até chegarmos ao que temos hoje, o papel-moeda ou moeda fiduciária, para o
qual não existe qualquer tipo de lastro. Isto é, não existe a garantia física sustentando o valor
da moeda, e sua aceitação se deve à imposição legal do Governo.
Assim como demandamos moeda ao comprar e vender mercadorias, há também a
oferta de moeda. Em um sistema cuja moeda é lastreada, por exemplo, em ouro, a circulação
de moeda depende da quantidade de ouro em estoque no país. Já em um sistema sem lastro,
tem-se a moeda fiduciária, e o responsável pelo controle de oferta de moeda é o Banco
Central.”
Fonte: https://politicamonetaria.webnode.com.br/moeda/oferta-da-moeda/
Agora que nos conhecemos as funções do dinheiro e a importância na nossa vida,
vamos falar sobre o dinheiro como mercadoria, onde, assim como todas as mercadorias, sofre
com a lei da oferta e da demanda.
Dentro do contexto da nossa matéria, surgirão, inevitavelmente, as políticas adotadas
pelo governo para buscar o bem-estar da população. Como agente de peso no sistema
financeiro brasileiro, o Governo tem por objetivo, estruturar políticas para alcançar a
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Essa simples lei é um dos fatores que mais afetam a inflação pois, por definição, inflação
é:
“O aumento generalizado e persistente dos preços dos produtos de uma cesta de
consumo”, ou seja, para haver inflação deve haver um aumento de preços, mas este aumento
não pode ser pontual, deve ser generalizado.
Mesmo alguns produtos não aumentando de preço, se a maioria aumentar, já é
suficiente, mas este aumento deve ser persistente, ou seja, deve ser contínuo.
Como toda pesquisa científica, deve haver um grupo de teste e um de controle, e a
esses grupos chamamos de cestas de consumo, isso porque ao avaliar a inflação, avaliamos
a evolução de um grupo de produtos ou serviços, e não cada um isoladamente.
Imagine que você vai ao supermercado e faz suas compras, você terá vários produtos
em seu carrinho como: Água, arroz, feijão, carne, milho, trigo, frutas, verduras, legumes etc.
Terá na mesma cesta produtos como: Dólar, Euro, gasolina, álcool (combustível hein), viagens,
lazer, cinema, energia etc.
Quando você terminou a cesta e foi ao caixa e a conta totalizou R$ 500,00 no primeiro
mês. No segundo mês ao repetir os mesmos produtos a conta totalizou R$ 620,00; no terceiro
R$ 750,00 e no quarto R$ 800,00. Note que os preços estão subindo de forma persistente.
Quando o preço de algo sobe, o nosso dinheiro perde valor, uma vez que precisaremos
de mais reais para comprar o mesmo produto. Essa é a consequência mais indesejada do
processo que chamamos de INFLAÇÃO.
O processo inflacionário tem um irmão oposto que é chamado de DEFLAÇÃO. A
Deflação ocorre quando os preços dos produtos começam a cair de forma generalizada e
persistente, gerando desconforto econômico para os produtores que podem chegar a desistir
de produzir algo em virtude do baixo preço de venda.
Ambos os fenômenos têm consequências desastrosas no nosso bem-estar econômico,
pois a inflação gera desvalorização do nosso poder de compra e a deflação pode gerar
desinteresse dos produtores em fabricar, o que, em ambos os casos, pode gerar desemprego
em massa, além de tudo ambas ainda podem culminar na temida Recessão, que nada mais
é do que a estagnação completa ou quase total da economia de um país.
Tanto a inflação como a deflação são fenômenos que podem ser calculados e
quantificados, para isso nosso governo mantém uma autarquia a postos, pronta para apurar
e divulgar o valor da Inflação Oficial chamada IPCA – Índice de Preços ao Consumidor
Amplo. Esta autarquia chama-se IBGE – Instituto Brasileiro de geografia e Estatística. O IPCA
é a inflação calculada do dia primeiro ao doa 30 de cada mês, considerando como cesta de
serviços a de famílias com renda até 40 salários-mínimos, ou seja, quem ganha até quarenta
salários-mínimos entra no cálculo da inflação oficial.
A fim de manter nosso bem-estar econômico o Governo busca estabilizar esta inflação,
uma vez que ela, por sua vez, reduz nosso poder de compra. Para padronizar os parâmetros
da inflação o governo brasileiro instituiu o regime de Metas para Inflação.
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Neste regime a meta de inflação é constituída por um Centro de meta, que seria o valor
ideal entendido pelo governo como uma inflação saudável.
Este centro tem uma margem de tolerância para mais e para menos, pois como em
qualquer nota temos os famosos arredondamentos. É como no colégio quando você tirava
6,5 e o professor arredondava para 7, lembra?! Isso ajudava muito você na hora de fechar a
nota no fim do ano, e para o governo é do mesmo jeito. É uma ajudinha para fechar a nota.
Veja como foram e como estão as principais mudanças referentes a isto no Brasil.
ATENÇÃO!
Até 31/12/2016 a margem de tolerância, ou seja, de variação do Centro da meta era
de 2% para mais (teto) ou para menos (piso). Já a partir de 01/01/2017 até 31/12/2018
a nova margem de tolerância passou a ser de 1,5% para mais (teto) ou para menos
(piso).
Para o ano de 2019, o CENTRO DA META para a inflação será de 4,25%, com intervalo
de tolerância de menos 1,50% e de mais 1,50%; para o ano de 2020, o CENTRO DA
META para a inflação será de 4,00%, com intervalo de tolerância de menos 1,50% e de
mais 1,50%, para o ano de 2021, o centro da meta será 3,75% com a margem de
tolerância de 1,5% para mais ou para menos, para 2022 o centro será de 3,50%, para
2023 o centro será de 3,25% com margens de tolerância de 1,5% para mais e para
menos; para 2024 o centro será de 3%, com margens de tolerância de 1,5% para mais
e para menos e para 2025 mantem-se a mesma meta e parâmetro de 2024.
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famosa dívida pública, que trataremos mais à frente na política fiscal, pois o governo também
aumenta seus gastos para incentivar, lembra?!
Tecnicamente, no Brasil, vivemos políticas restritivas desde 2015, mas durante os anos
de 2020 e 2021 o governo adotou políticas expansionistas tendo em vista conter a
desaceleração brusca da economia, devido a pandemia causada pelo Sars-Cov-2. Importante
destacar que essas políticas só puderam ser adotadas devido à algumas condições
econômicas da época como: alta capacidade ociosa, baixo índice de consumo e baixa
expectativa de inflação de demanda.
Resumindo, as políticas econômicas resultam em duas posições:
➔ Expansionistas: quando estimulam os gastos (consumo), empréstimos e endividamentos
para aumentar o volume de recursos circulando no país.
➔ Restritivas: quando desestimulam, restringem os gastos (consumo), empréstimos e
endividamentos para reduzir o volume de recursos circulando no país.
ATENÇÃO!
Muitas pessoas se questionam do porquê o governo, quando busca estimular o consumo
e aquecer a economia, não simplesmente emite mais dinheiro e, com isso, resolve o
“problema da falta de dinheiro”. A resposta é a mais simples e, pelos conhecimentos que
você adquiriu até aqui, será perfeitamente capaz de responder. “Quanto mais dinheiro em
circulação, menor seu valor, e com isso os preços irão sempre tender a subir mais e o
“problema” da falta de dinheiro continuará. Logo, emitir moeda não é uma solução
fácil de aceitar, pois ela pode acarretar sérios danos a estabilidade do poder de compra.
Entretanto, existe uma forma NÃO convencional de emitir moeda para que possamos,
eventualmente, suprir a falta exagerada de dinheiro, mas vale lembrar que essa forma de
emitir é restrita e peculiar, pois o dinheiro será emitido APENAS de forma ESCRITURAL, ou
seja, eletrônica, uma vez que o ato de emitir papel moeda, o torna suscetível a desgastes
pela inflação, uma vez que circula livremente em qualquer lugar do país. Esta forma de
emissão de moeda chama-se FLEXIBILIZAÇÃO QUANTITATIVA ou QUANTITATIVE EASING,
ou ainda AFROUXAMENTO QUANTITATIVO.
A quantidade de moeda criada em quantitative easing é denominada valor expandido.
Trata-se de uma criação maciça de dinheiro, ou seja, de afrouxamento monetário. Os
bancos centrais, normalmente, só imprimem papel moeda de acordo com a demanda de
dinheiro (não há criação espontânea de dinheiro novo). No quantitative easing, os bancos
centrais usam o dinheiro eletronicamente(escritural) criado para comprar grandes
quantidades de títulos e diversos ativos financeiros no mercado financeiro e de capitais.
Isto aparece como reservas bancárias (depósitos que os bancos têm nas contas do Banco
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Central), não representando entrega de dinheiro novo (emissão de moeda nova) para os
bancos emprestarem.
E quais são estas políticas econômicas e como se dividem?
Política Creditícia (Influência nas taxas de juros do mercado, através da taxa Selic)
Política de Rendas (Controle do salário-mínimo nacional e dos preços dos produtos em
geral)
Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e
realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a
redistribuição da renda e a alocação de recursos. A função estabilizadora consiste na
promoção do crescimento econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de
preços. A função redistributiva visa assegurar a distribuição equitativa da renda. Por fim, a
função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços públicos,
compensando as falhas de mercado.
Os resultados da política fiscal podem ser avaliados sob diferentes ângulos, que podem
focar na mensuração da qualidade do gasto público bem como identificar os impactos da
política fiscal no bem-estar dos cidadãos. Para tanto o Governo se utiliza de estratégias como
elevar ou reduzir impostos, pois, além de sensibilizar seus cofres públicos, buscar aumentar
ou reduzir o volume de recursos no mercado quando for necessário.
A política fiscal consiste em basicamente dois objetivos: primeiro, ser uma fonte de
receitas ou de gastos para o governo, na medida em que reduz seus impostos para estimular
ou desestimular o consumo. Segundo, quando o governo usa a emissão de títulos públicos,
títulos estes emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional, para comercializá-los e arrecadar
dinheiro para cobrir seus gastos e cumprir suas metas de arrecadação.
Sim, o governo tem metas de arrecadação, que muitas vezes precisam de uma forcinha
através da comercialização de títulos públicos federais no mercado financeiro. Como,
segundo a constituição federal, no artigo 164 é vedado ao Banco Central financiar o tesouro
com recursos próprios, esse busca CAPITALIZAR o governo comercializando os títulos
emitidos pela Secretaria do Tesouro.
Desta forma o governo consegue não só arrecadar recursos como, também, enxugar ou
irrigar o mercado de dinheiro, pois quando o Banco Central vende títulos públicos federais
retira dinheiro de circulação, e entrega títulos aos investidores. Já quando o Banco Central
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compra títulos de volta, devolve recursos ao sistema financeiro, além de diminuir a dívida
pública do governo. Mas aí você se pergunta: Como assim?
Simples. O governo vive em uma quebra de braços constante, onde, precisa arrecadar
mais do que ganha, mas não pode deixar de gastar, pois precisa estimular a economia. Então
a saída é arrecadar impostos e quando estes não forem suficientes o governo se endivida.
Isso mesmo! Quando o governo emite títulos públicos federais ele se endivida, pois os títulos
públicos são acompanhados de uma remuneração, uma taxa de juros, que recebeu o nome
do sistema que administra e registra essas operações de compra e venda. Este sistema
chama-se SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). Este sistema deu o nome a taxa
de juros dos títulos, logo a intitulamos de taxa SELIC.
Esta taxa de juros nada mais é do que o famoso juro da dívida pública, isso porque o
governo deve considerá-lo como despesa por endividamento. Logo, a emissão destes títulos,
bem como o aumento da taxa SELIC devem ser cautelosos para evitar excessos de
endividamento, acarretando dificuldades em fechar o caixa no fim do ano.
Este fechamento de caixa pode resultar em duas situações. Uma chamamos de superávit
e a outra chamamos de déficit.
Resultado fiscal primário é a diferença entre as receitas primárias e as despesas
primárias durante um determinado período. O resultado fiscal nominal, ou resultado
secundário, por sua vez, é o resultado primário acrescido do pagamento líquido de juros.
Assim, fala-se que o Governo obtém superávit fiscal quando as receitas excedem as
despesas em dado período; por outro lado, há déficit quando as receitas são menores do
que as despesas.
No Brasil, a política fiscal é conduzida com alto grau de responsabilidade fiscal. O uso
equilibrado dos recursos públicos visa a redução gradual da dívida líquida como percentual
do PIB, de forma a contribuir com a estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento
econômico do país. Mais especificamente, a política fiscal busca a criação de empregos, o
aumento dos investimentos públicos e a ampliação da rede de seguridade social, com ênfase
na redução da pobreza e da desigualdade.
POLÍTICA CAMBIAL
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Dentro desta balança de pagamentos há uma outra balança chamada Balança Comercial,
que busca estabilizar o volume de importações e exportações dentro do Brasil. Esta política
visa equilibrar o volume de moedas estrangeiras dentro do Brasil para que seus valores não
pesem tanto na apuração da inflação, pois como vimos anteriormente, as moedas estrangeiras
estão muito presentes em nosso dia a dia.
Como o governo não pode interferir no câmbio brasileiro de forma direta, uma vez que
o câmbio brasileiro é flutuante, o governo busca estimular exportações e desestimular
importações quando o volume de moeda estrangeira estiver menor dentro do brasil. Da
mesma forma caso o volume de moeda estrangeira dentro do Brasil aumente demais,
causando sua desvalorização exagerada, o governo buscar estimular importações para
reestabelecer o equilíbrio.
Mas porque o governo estimularia a valorização de uma moeda estrangeira no Brasil?
A resposta é simples, ao estimular a valorização de uma moeda estrangeira atraímos
investidores, além de tornar o cenário mais salutar para os exportadores, que são os que
produzem riquezas e empregos dentro do Brasil em maior volume. Assim, ao vermos um
cenário de desvalorização do real frente a uma moeda estrangeira, como o dólar, podemos
dizer que o real se torna mais competitivo em suas exportações, pois como nossa moeda é
mais barata, podemos vender nossos produtos no exterior mais baratos que os produzidos
por muitos de nossos concorrentes lá fora, é o que ocorre por exemplo com a China. Sua
moeda é tão desvalorizada em relação a outras moedas, que seus produtos têm uma
diferença de preço muito considerável, tornando seus produtos mais atrativos,
principalmente sob o ponto de vista do preço. Já o cenário oposto também é verdadeiro, mas
para os importadores brasileiros. Calma, vou explicar!!!!
Quando o real está mais valorizado em relação a outra moeda, significa que o
comprador no outro país vai ter que gastar mais da sua moeda para comprar produtos
brasileiros, isso faz com que as exportações brasileiras fiquem menos interessantes, mas para
os brasileiros que importam teremos um cenário melhor, pois como o real está mais
valorizado, ele compra mais lá fora, e assim os importadores poderão ter mais lucro nas suas
operações, uma vez que o custo da importação será menor.
Desta forma ao se utilizar da política cambial, o governo busca estabilizar a balançam
de pagamentos e estimular ou desestimular exportações e importações. Vale destacar que os
exportadores são chamados de provedores de divisas, ou seja, eles trazem moeda estrangeira
para o Brasil; já os importadores são demandantes de divisas, ou seja, pega moeda
estrangeira dentro do Brasil e levam para fora. Vamos falar mais sobre isso no capítulo de
mercado de câmbio.
POLÍTICA CREDITÍCIA
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controla os estímulos a concessão de crédito. Cada instituição deve desenvolver uma política
de crédito coordenada, para encontrar o equilíbrio entre as necessidades de vendas e,
concomitantemente, sustentar uma carteira a receber de alta qualidade.
Esta política sofre constante influência do poder governamental, pois o governo se
utiliza de sua taxa básica de referência, a taxa SELIC, para conduzir as taxas de juros das
instituições financeiras para cima ou para baixo.
É simples. Se o governo eleva suas taxas de juros, é sinal de que os bancos em geral
seguirão seu raciocínio e elevarão suas taxas também, gerando uma obstrução a contratação
de crédito pelos clientes tomadores ou gastadores. Já se o governo tende a diminuir a taxa
Selic, os bancos em geral tendem a seguir esta diminuição, recebendo estímulos a
contratação de crédito para os tomadores ou gastadores.
POLÍTICA DE RENDAS
POLÍTICA MONETÁRIA
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Mercado Aberto
Também conhecido como Open Market (Mercado Aberto), as operações com títulos
públicos é mais um dos instrumentos disponíveis de Política Monetária. Este instrumento,
considerado um dos mais eficazes, consegue equilibrar a oferta de moeda e regular a taxa de
juros em curto prazo.
A compra e venda dos títulos públicos, emitidos pela Secretaria do Tesouro
Nacional, se dá pelo Banco Central através de Leilões Formais e Informais. De acordo
com a necessidade de expandir ou reter a circulação de moedas do mercado, as autoridades
monetárias competentes resgatam ou vendem esses títulos.
Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros e aumentar a circulação de moedas,
o Banco Central compra (resgata) títulos públicos que estejam em circulação.
Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a taxa de juros e diminuir a circulação
de moedas, o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis.
Portanto, os títulos públicos são considerados ativos de renda fixa, tornando-se uma
boa opção de investimento para a sociedade.
Outra finalidade dos títulos públicos é a de captar recursos para o financiamento da
dívida pública, bem como financiar atividades do Governo Federal, como por exemplo,
Educação, Saúde e Infraestrutura.
ATENÇÃO!
Os leilões dos títulos públicos são de responsabilidade do BACEN que credencia
Instituições Financeiras chamadas de Dealers ou líderes de mercado, para que façam
efetivamente o leilão dos títulos. Nesse caso temos leilão Informal ou Go Around, pois
nem todas as instituições são classificadas como Dealers.
Os leilões Formais são aqueles em que TODAS as instituições financeiras, credenciadas
pelo BACEN, podem participar do leilão dos títulos, mas sempre sob o comando do deste.
Além destas formas de o Governo participar do mercado de capitais, existe o Tesouro
Direto, que é uma forma que o Governo encontrou que aproxima as pessoas físicas e
jurídicas em geral, ou não financeiras, da compra de títulos públicos. O tesouro direto é um
sistema controlado pelo BACEN para que a pessoa física ou jurídica comum possa comprar
títulos do Governo, dentro de sua própria casa ou escritório.
Os títulos públicos possuem, hoje, 5 tipos diferentes com características que lhe concedem
rentabilidades distintas. Vamos conhecer quais são os títulos abaixo:
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Os juros semestrais, significam que a cada semestre o governo paga a você os juros
devidos, mas apenas os juros, o principal, que é o valor que você investiu, ele só devolve
no final do prazo, belezinha?! Esse pagamento de juros semestrais, nós chamamos de
CUPOM.
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Desta forma, os bancos que precisam cumprir com suas necessidades imediatas, enxugam as
linhas de crédito, disponibilizando menos crédito ao mercado, com isso a economia
desacelera.
Vale ressaltar que o Banco Central é proibido, pela Constituição Brasileira, de
emprestar dinheiro a qualquer outra instituição que não seja uma instituição financeira.
As operações de Redesconto do Banco Central podem ser:
I - intradia, destinadas a atender necessidades de liquidez das instituições financeiras ao
longo do dia. É o chamado Redesconto a juros zero!
II - de um dia útil, destinadas a satisfazer necessidades de liquidez decorrentes de
descasamento de curtíssimo prazo no fluxo de caixa de instituição financeira;
III - de até quinze dias úteis, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não
ultrapasse quarenta e cinco dias úteis, destinadas a satisfazer necessidades de liquidez
provocadas pelo descasamento de curto prazo no fluxo de caixa de instituição financeira e
que não caracterizem desequilíbrio estrutural; e
IV - de até noventa dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não
ultrapasse cento e oitenta dias corridos, destinadas a viabilizar o ajuste patrimonial de
instituição financeira com desequilíbrio estrutural.
ATENÇÃO!
Entende-se por operação intradia, para efeito do disposto neste regulamento, a compra
com compromisso de revenda, em que a compra e a correspondente revenda ocorrem no
próprio dia entre a instituição financeira tomadora e o Banco Central.
Todas as operações feitas elo BACEN são compromissadas, ou seja, a outra parte que
contrata com o BACEN assume compromissos com ele para desfazer a operação assim que
o BACEN solicitar. Sobre a Compra com Compromisso de Revenda temos algumas
observações que despencam nas provas.
Podem ser objeto de Redesconto do Banco Central, na modalidade de compra com
compromisso de revenda, os seguintes ativos de titularidade de instituição financeira, desde
que não haja restrições a sua negociação:
I - Títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia -
Selic, que integrem a posição de custódia própria da instituição financeira, e
II - Outros títulos e valores mobiliários, créditos e direitos creditórios, preferencialmente
com garantia real, e outros ativos.
Informação de ouro!
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Recolhimento Compulsório
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Quando uma pessoa pretende adquirir um bem, não basta ter renda e patrimônio
compatíveis com essa aquisição, é necessário que ela possua recursos disponíveis para
efetivar a compra nas condições acertadas. Assim também ocorre com as empresas ou
instituições financeiras quando vão quitar alguma obrigação com um terceiro: é necessário
possuir recursos disponíveis, ou “liquidez”, para efetivar a quitação.
A liquidez pode ser entendida como a medida dos recursos disponíveis que alguém possui
para quitar suas obrigações.
O Banco Central do Brasil possui mandato legal (Lei nº 4.595/1964) para desempenhar a
função de banco dos bancos de duas formas, por meio do redesconto ou do empréstimo.
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Outra forma de o Banco Central atuar em sua função típica de banco dos bancos ou
emprestador de última instância é o empréstimo. Uma das modalidades de empréstimo é
aquela realizada contra cesta de garantias. Nesta operação a instituição transfere
previamente ativos ao Banco central que, a partir desta cesta de ativos, vai atribuir um limite
de crédito à instituição financeira para que possa contratar empréstimos.
As diretrizes estratégicas para o desenvolvimento dessas linhas foram definidas pela Diretoria
do Banco Central (BC) por meio do Voto 140/2019-BCB de 10 de julho de 2019.
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Debêntures e Notas Promissórias Comerciais foram os ativos priorizados para compor a cesta
de garantias na primeira etapa de operação das LFL.
A ampliação dos ativos a serem aceitos de forma automática aumentará o potencial acesso
a liquidez, colaborando para a missão do Banco Central de assegurar um Sistema Financeiro
mais sólido e eficiente. Permitirá, ainda, a redução estrutural dos níveis de recolhimentos
compulsórios sem fragilizar a estabilidade do Sistema Financeiro. A inclusão de títulos de
emissão privada tem ainda o potencial de aumentar a eficiência do mercado financeiro e
desenvolver o mercado de capitais local, reduzindo custos e aumentando suas
competitividades, inclusive em relação a mercados internacionais.
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VAMOS PRATICAR?
1. (atualizada) Parte das nações indica apenas a meta na qual a autoridade monetária do
país está mirando ao fixar os juros básicos. Outras estabelecem um intervalo de tolerância,
[...], ao mesmo tempo em que sete países adotam o sistema igual ao do Brasil (meta central
e intervalo de tolerância para cima e para baixo).
MARTELLO, A. Governo fixa meta central de inflação... / Globo.com/G1, Brasília, 26 jun. 2015. Disponível
em:<http://www.g1.globo.com/economia/noticia/20150/06/governo-fixa-meta-central-de-inflamacao...>.
Acesso em: 13 ago. 2015. Adaptado
O intervalo de tolerância da meta de inflação, adotado pelo governo para 2017, sofreu
uma alteração em junho de 2015 que levou a alteração do:
a) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano para 6% ao ano.
b) piso do intervalo de tolerância, de 2,5% ao ano para 2% ao ano.
c) valor central do intervalo de tolerância, de 4,5% ao ano para 5% ao ano.
d) valor central do intervalo de tolerância, de 4,5% ao ano para 4% ao ano.
e) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano para 7% ao ano.
2. (atualizada) O Banco Central do Brasil tem por objetivo zelar pela liquidez da economia.
A liquidez é um atributo de um ativo que deve, em maior ou menor grau, conservar valor
ao longo do tempo e ser capaz de liquidar dívidas.
Sendo a moeda um ativo líquido, o Banco Central do Brasil deve interferir obrigatoriamente
na liquidez da economia quando:
a) as reservas monetárias estão baixas.
b) os empréstimos excedem as reservas bancárias.
c) a inflação está acima do esperado.
d) a inflação está dentro do esperado.
e) os empréstimos excedem os depósitos à vista.
Nesse contexto, representa uma medida efetiva que poderá ser adotada para conter a alta
inflacionária:
a) aumentar a taxa de juros básica da economia.
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( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A C A D C E D E E E
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